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J.

MARTIN

ELETRÔ-NICA
DIGITAL

.
EDITORA FITTIPALDI LTDA.
Rua Major Angelo Zanchi, 303
CEP 03633 - São Paulo - SP
Introdução

Não é preciso ressaltar a importância da eletrônica digital


« m nossos dias, para que os leitores se conscientizem da necessi-
ciCIa deste livro. Na verdade, com a evolução acelerada da infor-
m itica, que se baseia totalmente na eletrônica digital, cada vez
J11ui dispositivos empregam componentes cujo funcionamento
«!lI totalmente regido por princípios desta tecnologia.

Não é preciso, pois, explicar exatamente o que se pode


f 11r com a eletrônica digital para que os leitores, já ligados na
eletrônica, compreendam que somente conhecendo este setor a
Iundo. se pode estar em dia com a eletrônica.

Dando então seguimento a esta série apresentamos o


primeiro volume de eletrônica digital - sem mistérios, que levará
() I itor a entender os princípios da tecnoloq.s digital aplicada,
incluindo projetos práticos e muitas inform çõe.: de grande utili-
d ide.
Partindo do fundamental, que é a pr ópria álgebra boolea-
IH1, passamos pelas funções lógicas e chegamos aos circuitos pr á-

(; :..

Damos informações sobre componentes para eletrônica


digital, o que se pode e o que não se pode fazer, além de circui-
to que o próprio leitor poderá montar. A partir destes conheci-
m ntos o leitor poderá também partir para a própria informática,
entendendo melhor como funcionam os microprocessadores e
microcomputadores e até desenvolvendo seus projetos.

A linguagem que utilizaremos é aquela que os leitores


que acompanham os livros do autor já estão acostumados. Usan-
do termos simples, as vezes até em prejuízo a uma explicação
mais acadêmica, tornamos compreensíveis os princípios que pre-
isamos levar ao leitor. A linguagem simples deve servir de ponto
COPVRIGHT BV
de partida a um aprofundamento futuro maior que certamente le-
EDITORA FITTIPALDI LTDA.
1987
vará o leitor a evoluir em seus conhecimentos, quem sabe com a
realização de cursos técnicos de nível médio ou mesmo um curso
superior.

Entendendo, mesmo que de maneira rudimentar, é mais


fácil realizar alguma coisa, do que tendo informações avançadas, 1. Circuitos Digitais
mas que não sejam fáceis de ser decifradas.
Muito simples e didático é o nosso trabalho mas as in-
formações que nele o leitor vai encontrar, não têm nível de utili-
dade. Estas informações serão úteis tanto ao aprendiz, estudante
como ao projetista avançado e mesmo ao engenheiro. A palavra digital vem de "dígitos", que em latim que sig-
1I111t .I "dedos", já que os sistemas de numeração mais utilizados
Depois de aprender, o leitor certamente vai usar esta obra
como excelente fonte de consultas. .1 hdh iam totalmente nos dedos de nossas mãos. Para contar
IIhJI to , os antigos e até mesmo nós, usavam os dedos como re-
A extensão do assunto, por outro n"s leva a impossibili- Ii I I inci ,1.
dade de incluir tudo o que queremos num único volume, daí ser Os próprios Romanos desenvolveram um sistema em que
este apenas o primeiro da série. Aguarde o próximo! I', II fi rencias principais eram justamente devidas a mãos cheias
1)[11 lovnvarn a quantidades maiores.
J. Martin 1\ sim, chegando a uma mão cheia ou 5 unidades, passa-
v I ,,(, il utilizar um outro símbolo, o V que significa a mão com
til!! <Iodos abertos. Para 10 unidades, tínhamos o X que significa
dlld', 11H10S cruzadas, ou duas mãos cheias (Veja afigura 1).

y X

FIGURA 1

Veja que o nosso sistema "decimal" deriva justamente do


filo ct termos 10 dedos em nossas mãos.

Quando "enchemos" as duas mãos, ou seja, temos uma


qll.lIllidade que é representada por 10 dedos, temos de utilizar
Ilt li de um sinal além dos que conhecemos de O à 9, Usamos
4
5
então um sinal para dizer "qu ant as mãos cheias" temos e mais 'li I, II mo valor total do número 3 mihares, 4 centenas, 5 de-
quantas unidades. "I I h unidades, ou ainda como lemos corretamente:"três mil,
111 1110t.l IIt e cinqüenta e seis".
O nú mero 27, por exemplo, siqnific a qu e temos 2 mãos
(duas dezenas) e mais 7 unidades. Ir á que ooderfamos representar outras quantidades

Perceba o leitor que, utilizando este sistema de numeração \I !lIdo outras bases de numeração.
só podemos representar quantidades discretas, ou seja números lm gine se o leitor vivesse num mundo em que as pessoas
inteiros. '( m um único dedo!
Não podemos "trabalhar" (ainda) com quantidades que- Ó xistiria então neste mundo a possibilidade de repre-
bradas, como por exemplo dois objetos e meio. "111 quantidades com dois algarismos: O zero (O) que seria
IH
111.1,1 do dedo e o um (1) que seria a presença do dedo.
Isto diferencia o sistema digital do analógico.
I' Ir facilitar as coisas, neste mundo extravagante, supo-
Inicialmente o leitor deve ter em mente que no sistema di- mn t imb érn que para compensar a falta de dedos os habitan-
gital, somente quantidades inteiras podem ser representadas,o tlVI H m 8 braços em lugar de apenas doisl(veja a figura 2).
que não ocorre num sistema analógico en. que qualquer valor in-
termediário entre duas unidades pode ser representado.

Na verdade, o sistema digital também admite este tipo de


representação, com alguns sacrifícios, mas isso só será visto bem
mais adiante.
4 braços com
O sistema que u sarno s, normalmente, é o de base 10, ou milos de 1 dedo
seja, utilizamos 10 algarismos diferentes para .representar qual-
quer quantidade:
0123456789
Para representar uma quantidade maior que ~O, passamos
v
a empregar os mesmos algarismos, mas com uma posição no
número que passa a ter um "peso".
,\ 1\
Este "peso" ou valor relativo é sempre uma potência de
10, ou seja, pode ser 10, 100,1 000,10000, etc.
Assim, o número 3456 tem os seus algarismos 3,4,5 e6
com diversos pesos que correspondem a sua posição relativa: FIGURA 2

O 6 tem "peso 1", devendo portanto significar realmente 6. o leitor perceberá então que a contagem de objetos da
O 5 tem "peso 10", ou seja, representa 5 dezenas ou 50. , I 'li Ir do fazemos seria perfeitamente possível, mudando ape-
I ) modo de fazer a representação.
O 4 tem "peso 100", ou seja, representa 4 centenas ou
400. tivermos um único objeto, ele será representado por
lU 1111 do rguido, conforme mostra a figura 3.
O 3 tem "peso 1 000", ou seja, representa 3 milhares ou 3
000. tivermos 2 objetos, este dedo não mais serve. Usamos
,I o o guinte artifício: para o indivíduo de um dedo em cada
Somando os valores que cada dígito ou algarismo repr e-
7
6
(luas unidades, ou seja, é erguido o dedo com peso 4, conforme
1 dedo = 1 objeto----l
mostra a figura 6.

~t1~L1
~~~ 0000 0001

FIGURA 3
0100 = 4
0000
mão,2 unidades representam duas mãos cheias.
FIGURA 6
A representação será então conforme mostra a figura 4.

o resu Itado é que 4 é representado como 100.


Veja então que, cada mão tem um peso que é uma potên-
cia de 2. Veja a figura 7.

7 6 5 4 3
2 2 2 2 2 22 2' 2°
0000 0010

nhum, ou seja, 10.

Se tivermos
mostra a figura 5.
FIGURA

Temos uma mão com o dedo erguido

três objetos,
4

a representação
e a outra sem ne-

será conforme
R~~~ 1) J ~
128 64 32 16
16 +
8 4
4 +
2
2
1
= 22

FIGURA 7

A mão da direita
representa a unidade, ou seja 2° 1 e =
I m este peso. a seguinte, para a esquerda, tem peso 2' = 1 e
3
portanto 2. A terceira, para a direita, 22 = 4, a seguinte, 2 = 8,
vindo depois 2 4 16,25 =
32, 26 = =
64, até a última a esquerda 27
128.
0000 0011 = :3 Veja então que, o indivíduo de 8 braços de um dedo pode
íacilrnente representar números até 255 (veja afigura 8).
FIGURA 5
A representação de qualquer número desta forma pode
Teremos uma mão que representa duas unidades e a ou- ( ntão ser feita simplesmente por uma decomposição em fc1tores
tra que representa mais uma, ou seja, 11. múltiplos de 2, conforme explicaremos a seguir.
Para quatro objetos, os problemas são resolvidos da se- 2. Conversão para a Base 2
guinte forma: temos 1 mão que representa que temos duas vezes
Para converter um número na base 2, sendo ele na base
8 9
Repare que na representação. em binária, cama em deci-
mal, a algarismo. que tem vaiar maior fica mais a esquerda e a
que tem vaiar menar, mas à direita.

É costume representar o. de menor par LSD (da inglês


],28 + 64 + 32 + ..•, +
I ss Significant Digit) e a de maior vaiar par MSD (Mast Signi-
8 + 4 + 2 + 1=255
ficant Digit}.
FIGURA 8 Estes termas aparecem muita em eletrônica digital.
10, au sistema decimal, a pracedimenta é simples.
3. Conversão para a Base 10
É muita impartante a leitor saber cama fazer isso, pais
A conversão de um número. em binária puro, cama vimos,
conforme veremos a seguir as circuitos digitais trabalham todos
na base 2. para um número. na base 10 é bastante simp les , bastando. lem-
brar que cada algarismo. sucessiva da direita para a esquerda tem
Para tornar mais fácil, tornemos a seguinte exemplo: que- () dobro de pesa da que a precede.
remas canverter 278 na base 10 (escrevem as 27810) em um nú- Assim, basta escrever a número. verticalmente e-oroceder
mero. na base 2 (X2). . li seguinte cálculo. em que ta mamas corno exemplo. a vaiar
Fazemas então. a seguinte divisão. sucessiva par 2: 11001011:
1 X 128 = 128
278 12
1 X 64 = 64
O 139 12 O X 32 = O
1 69 l2 O X 16 = O
1 34 12 1X 8 = 8
O 17 12 OX 4= O
1 8 L.::12,--_ 1X 2 = 2
O 4 12 1X 1= 1
O 2 12 ornando: = 203
O
Assim, 110010112 = 20310
Pegamas então. as restas, cameçanda par 1, e.es~revemas
na ardem inversa: Será interessante a leitor treinar um pouco realizando. as
100010110 278 = guintes conversões:
De f ato : a) Converter em binária pura:
1X 256 =256 1) 324 1010"",, 2) 1067 3) 1089; /O,-~
OX 128 = O 10'""'·..... I q

OX 64 = O bl Converter em decimal:
OX 32 = O 1)110011 2)11001111 3)100000 4)1000101 5)100101111
1X 16 = 16 Respostas:
OX 8= O a) 1) 1100H--.(00 2)1101111 3)1000101
101000
1X 4= 4
b) 1) 51 ( 2) 207 3)32
1X 2 = 2 4) 69 ( 5) 303
O X 1 = O Veja que a exemplo. que tornamos da indivíduo. de 8 mãos
limita a contagem a 255, mas corn mais .dígitas não. há limite para
Samanda: = 278 os vaiares representadas.
lO
11
4. Por que Binário? 0+0=0
O +1= 1
A utilização do código binário nos circuitos eletrônicos
1 +O = 1
digitais oferece inúmeras vantagens em relação a um eventual 1 + 1 = 1 (vai um)
código em base.10.
De centenas de operações que devem ser memorizadas
Vamos começar pela própria quantidade de operações. pura a operação com decimais, caímos num número muito menor,
Utilizando a base 2 as operações são mais simples do que tl para multiplicação e 4 para soma que devem ser conhecidas no
em relação à base 10. <.fI leu 10 com binários.

Num circuito eletrônico, por outro lado, se fôssemos re- o


matemático britânico George Simon Boole desenvol-
presentar os algarismos de O à 10 teríamos de dispor de 10 níveis veu nos fins do século XVII uma matemática que trabalhava ex-
de corrente ou de tensão. Na base 2 podemos ter apenas a pre- clusivamente com a base 2. Boole partia do princípio que dois fa-
sença, ou a ausência da tensão. tos só admitiam dois tipos de interpretação: Ou eram falsos, ou
Vol.t~do às operações, os leitores devem até hoje se lem- verdadeiros. Transportando isso para a eletrônica podemos dizer
b~ar das dificuldades em memorizar as operações de multiplica- que um circuito só pode estar em dois estados: ligado ou desli-
ondo, que corresponde justamente à base 2. (
çao envolvendo todos os algarismos na forma de tabuadas.
A álgebra Booleana esteve durante anos esquecida, sen-
Para a multiplicação, partindo da tabuada do 2 até a do 9
do estudada apenas como cu riosidade matemática, até que a ele-
(7 tabuadas) temos de memorizar 70 operações, ou seja, o valor
de 70 produtos para poder realizar qualquer multiplicação. trônica se desenvolveu a ponto de tornar possível uma aplicação
prática para o que então estava somente na teoria.
!r~bal~ando na base 2 memorizamos apenas 4 operações
Surgiram então os circuitos lógicos digitais que podiam
de multiplicação: !\ """''''..~.:_ .tJ- ~ .
s 'r projetados exatamente com base naquela álgebra Booleana,
""";r""'("'" R.. ~<t."
OXO=O realizando operações matemáticas das mais diversas, totalmente
O X 1 =O om função da afirmação de que os fatos só admitem duas afirma-
1 X O = O ções possíveis: falso ou verdadeiro.
1 X 1 = 1
Na figura 9 temos uma possível representação para os
A realização de uma multiplicação em binário não difere circuitos eletrônicos (ou elétricos).
em nada de uma multiplicação em decimal, conforme segue no
exemplo 13 X 29.
Em binário:
-----o"" o--- F a Is o = O
11101 (29)
Desligado = falso = O
X 1101 (13)
11101 ~ Verdadeiro = 1
00000
11101
11101 -0- Apagado = fal.o=O

101111001 377 'I/,. Ligado = verdadeiro =1

Aceso = verdadeiro =1
Na própria soma, usada na multiplicação as regras tam- , . ,
~,/
bém são só 4: I I\ '

FIGURA 9
12 13
· Um relé ligado (chave fechada) representa um fato verda-
deiro ou u "1" bi , . Enfim, as vantagens do binário se tornam patentes se
m inarro. Um relé desativado (chave aberta) re-
presenta um fato falto, ou um "O". quisermos projetar um circuito complexo que realize muitas ope-
lições com muitos números.
Partindo para um outro circuito, conforme mostra a figu-
ra 10, temos outra possibilidade. Cada número pode ser representado facilmente por ape-
nus dois níveis de sinal(O ou 1) e as operações podem ser reali-
/udas facilmente com poucas regras (que no fundo representam
poucos componentes).
~s
O leitor pode imaginar a dificuldade em termos um circui-
i= o o to digital na base 10, tentando representar os algarismos de O à 9
otravés de 9 níveis de tensão.
ou
Uma pequena variação da tensão da fonte e tudo estará
.:.L :[-----.0
descontrolado:
do se complica.
um 9 pode, repentinamente, se tornar um 8, e tu-
s
Com a presença, ou ausência, de tensão, mesmo com va-
riações de tensão, os circuitos ainda podem facilmente diferen-
ciar entre presença e ausência numa boa margem de valores, e o
O continua sendo O, assim como o 1 continua sendo o 1.
FIGURA 10 Com a u tiliz aç âo de uma linguagem binária, a segurança
ele operação é muito maior!
t - A cha.ve .f~chada faz aparecer no resistor de carga uma
ensao que significa que o fato é verdadeiro ou "1" P d De que modo combinar elementos de um circuito para
ta bé di ,. o emos
m em rzer que o níve] de tensão é alto ou "High" b . d realizar operações é o que veremos a seguir.
por HI. "a revia o
Cabe aqui definir o que é um circuito lógico: um circuito
_ ' . A chave
d_esligada :epresenta um fato falso e, portanto, a lógico é composto de entradas e saídas que mantém uma deter-
aus~ncla de tensao no resrstor. A tensão é baixa ou nula' o minada relação bem definida.
em Inglês é escrito como "low" e abreviado por LO. ,que

do: Isso significa então que temos uma lógica positiva quan- 5. Circuitos lógicos

Representamos a presença de tensão (ou corrente) por 1 Trabalhando com o sistema binário podemos ter circuitos
ou HI. lógicos muito simples.
Um relé e uma chave, um relé e duas chaves são alguns
Representamos a ausência de tensão (ou corrente) por O
ou por LO. exemplos que podemos dar, conforme mostra a figura 11.
Estes circuitos se caracterizam por apresentar um deter-
, Poden:os ter uma lógica "ao contrário", ou negativa, que
minado estado em seu elemento de saída (o relé) em função das
tambem funciona, quando representamos a presença de tensão'
entradas, ou seja, das situações da chave, ou das chaves.
por O ou LO e a ausência de corrente por 1 ou HI.

,. Pa:~ efeitos didáticos, daqui por diante só falarem de Como podemos estabelecer exatamente o que acontece
lóqica positiva. os com a saída em função da entrada ou das entradas, dizemos que
ste circuito corresponde (cada um) a uma certa função lógica.
14
15
f

~
Relé
. :-...o

I
C !C-<'
T
~:~r-~
.". I
Este é um exemplo de função em que as duas entradas
podem apresentar 4 condições possíveis e somente em uma delas
a saída será ativada.
Representando as chaves abertas por O e afechada por 1,
e a sarda ativada por 1 e desativada por O, podemos formar uma
(a ) (b ) tabela que todas as situações poss íveis para o circuito são repre-
sentadas:
FIGURA 11
Sl S2 Relé
O O O
Numa função existe uma correspondência única (biunívo- O 1 O
ca) entre a entrada e a sarda, ou seja, para uma determinada si- 1 O O
tuação da entrada só existe uma única situação posslvel da sarda. 1 1 1
No caso da chave podemos dizer que E S, ou seja, que = Esta tabela recebe o nome de "tabela verdade', e é usada
a entrada é igual à saída, o que significa que o relé estará ativa- para representar as funções lógicas.
do quando a chave estiver ligada (Veja a figura 12).
Podemos representar as entradas por A, B, C etc. e a
saída por S.
Para o caso da chave única teremos:

'~ E ~>-S--O A S
O O
1 1
E=l 5=1 Na figura 14 temos um exemplo mais complicado em que
E=O 5=0
temos 3 chaves ligadas em paralelo, ativando um único relé.
A tabela verdade para este circuito pode ser escrita da se-
FIGURA 12
guinte forma:
Para o segundo caso, de duas chaves, podemos dizer que Sl S2 S3 Relé
a saída será ativada somente se as duas entradas (duas chaves) O O O O
estiverem ligadas (Veja a figura 13). O O 1 1
O 1 O 1
O 1 1 1
/o ~o 1 O O 1
1: SI S2
O 1 1

.".~IG
/'
1

1
1 1 O 1
1 1 1 1
o leitor já deve ter percebido que as situações possíveis
SI 52 Relê
das entradas podem ser representadas justamente por uma se-
Aberta Aberta Desativado
Aberto Fechada Desotivado qüência de números binários e que sua quantidade depende jus-
Fechada Aberta Desotivado tamente das potências de 2 desta base.
Fechada Fechada Ativodo
Assim, para uma entrada temos duas situações de saída
FIGURA 13 possíveis.
16 17
51
R2
... 52
t-:
I
Saído
Relé E nlrodo
53 01

7
Chove aberta = O
Chove fechado =1
FIGURA 15
FIGURA 14
Podemos então raciocinar da seguinte forma, em torno
Para duas entradas temos quatro possibilidades de saída. deste simples circuito lógico:
Para três entradas temos oito possibilidades de saída. • Com a ausência de tensão de base, ou seja, com um ní-
vel de entrada "0" ou "LO", o transístor não conduz, de modo
Para "n" entradas, temos 2n possibilidades de sarda.
que sua tensão de coletor é quase a mesma que a tensão de ali-
Veja o leitor também que não é obrigatório que as saídas mentação. A tensão de saída é pois "1" ou "HI".
sejam seqüências de "0" ou "1" como nos exemplos dados. Pode
• Com a presença de tensão na base o transístor conduz e
haver uma variação maior, dependendo da configuração.
a tensão de coletor cai praticamente a zero. Para uma entrada
Os ci rcu itos que descrevemos fazem uso de relés e cha- "1" ou "HI" temos então uma saída "O" ou "LO".
ves. Na eletrônica prática, entretanto, tais dispositivos são incô- A tabela verdade para esta função seria:
modos, pois exigem a atuação do operador para que se tenha a E S
saída desejada. Circuitos com relés e chaves podem ser usados O 1
em escolas para demonstrar como funcionam as funções lógicas 1 O
digitais, mas não servem para a montagem de um equipamento
que deva funcionar rapidamente ou automaticamente. Em linguagem técnica dizemos que esta função corres-
ponde a um "inversor", pois a saída é sempre a entrada "inverti-
Podemos ter circuitos semelhantes utilizando transísto- da", ou seja, quando uma é zero, a outra é um, e vice-versa.
res, por exemplo, que fornecem a saída no momento em que a
entrada é ativada e de um modo melhor: a entrada é uma tensão Os primeiros circuitos digitais utilizavam válvulas, depois
que pode vir de outro circuito. vindo os transístores, mas na hora em que se tornaram muito
Isso significa também que os transístores, em configura- complexos, mesmo os transístores se tornaram incômodos. Mi-
ções especiais podem ser ligados de modo a exercer funções em lhares deles eram necessários para se ter um computador.
seqüência. No instante em que um circuito tem sua saída definida O advento do circuito integrado possibilitou uma enorme
ele já entrega esta saída a Um circuito seguinte que realiza outra economia de componentes e, principalmente, de energia, obten-
função e assim por diante, até se obter os resultados desejados do-se assim, montagens muito compactas.
com muita rapidez.
Entretanto, as diversas funções utilizadas num circuito
Na figura 15 temos um transístor numa configuração que precisavam ter características que permitissem a interligação de
pode ser considerada básica para um circuito lógico. uma na outra, sem problemas, ou necessidade de componentes
dicionais.
O transístor funciona como uma "chave" comutadora,
Para desenvolver um equipamento seria então interessan-
conduzindo a corrente, ou "Iigando" quando for aplicada uma
que a saída de uma função tivesse tal característica que cor-
tensão determinada em seu circuito de polarização de base.
18 19
Analisemos as principais funções:
respondesse ao que a entrada da função seguinte necessitava.
a) A função E
No caso de nosso transístor, tomado como exemplo; va-
mos supor que, para obter o nível O, ou seja, a comutação, a ten- A função E ou ANO (do inglês) corresponde a multiplica-
são fosse de 5 volts. Neste caso, seria muito interessante que a ção binária e é representada pelo s írnbo lo da fi.gura 17.
sua saída no nível 1 fosse também 5 V.
Assim, teríamos: nível O = O V
nível 1 = 5 V
:~S Símbolo ® À.e
Com isso, sendo a saída da mesma ordem que a entrada
seria possível o acoplamento direto de diversas funções, como
mostra a figura 16, que elas funcionariam perfeitamente.

A.e Diagrama
de vem
R2 Circuito

Saído
FIGURA 17
Entrado

Q2
o circuito equivalente ao relé e chaves é mostrado em (b)
na mesma figura, assim como a representação por um diagrama
'------,V'---~I "'----~v'---~ de Venn.
Função 1 Função 2
Este diagrama tem por universo A.8, e dentro deste uni-
verso, as possibilidades de valores assumidos por A e B. Temos
FIGURA 16
ntão a região em que A está presente, mas B não (8 negativa =
de B), e a região comum que corresponde ao universo em que a
Neste caso, teríamos a função inversa da inversa, ou seja,
arda é 1, ou seja, A. B.
a entrada seria igual' a saída!
A região hachurada corresponde pois, a interseção de
Existem diversas "famílias" de circuitos cujas caracterís- classes, onde A e B precisam ser consideradas simultaneamente.
ticas combinam entre si, o que significa que eles podem ser in-
terligados diretamente, sem a necessidade de componentes adi- A utilização deste tipo de diagrama, que não será apro-
cionais. Mais adiante falaremos destas famílias. fundada aqui, é de grande utilidade na elaboração de projetos
que utilizam funções lógicas.
A tabela verdade para a função E é:
6. Funçoês Lógicas
Função E
Existe um certo número de funções lógicas que são bas- A B (A.B)=Sarda
tante usadas nos circuitos digitais e que por isso podem ser en- O O O
contradas "prontas" nas diversas famílias de circuitos integra- O 1 O
dos. 1 O O
1 1 1
A reunião destas funções permite a realização de projetos
que exercem operações mais complexas. As funções sozinhas, Podemos expressar a função E através de uma frase que
exercem as operações mais simples. cilmente possibilita a memorização:

20 21
"A saída estará no nível HI se, e somente
A e B, simultaneamente, estiverem no nível H I".
Podemos igualmente ter uma função E de três entradas,
se, as entradas
D-
ou uma "Porta E" de três entradas, conforme mostra afigura 18. ANSI

FIGURA 19

função lógica. Assim, dizer "porta E" é o mesmo que dizer "cir-
cuito que exerce a função EU.
b) A função OU
A função OU ou OR (do inglês) corresponde a adição bi-
nária, sendo representada pelo símbolo da figura 20.

••
FIGURA 18

o ·circuito equivalente, com três chaves.e um relé é mos- A


trado na mesma figura. Conforme podemos perceber, o relé só
será energizado se A, B e C estiverem fechadas ao mesmo tempo. +
Diagrama de Venn
A tabela verdade para esta função E de três entradas será:
B
A B C (A.B.C) = saída
O O O O
Circuito
O O 1 O
O 1 O O FIGURA 20
O 1 1 O
1 O O O
1 O 1 O O circuito equivalente é mostrado em (b) da mesma figu-
1 1 O O ra, consistindo em 2 chaves ligadas em paralelo, as quais podem
1 1 1 1 nergizar um relé.
Conforme podemos perceber, o relé será energizado se
Para qualquer situação diferente das três entradas no ní- uma entrada,OU outra forem ativadas. Ou seja, teremos uma saí-
vel 1 ou H I a saída será zero ou LO. da em nível H I se A ou B forem ativadas ou levadas ao nível 1.

Perceba que temos 8 combinações de entradas diferentes, O diagrama de Venn para esta função é dado na mesma
das quaisapenas 1 resulta no sinal no nível HI. figura.

Uma outra representação para a função E é mostrada na Veja queo Universo de saída 1 é maior do que na função
figura 19. I pois a região hachurada abrange tanto A como B.

Observe também o leitor que utilizamos a palavra "porta" Podemos escrever para esta função que:
(do inglês gate) para representar um circuito que execute uma S=A+B
22 23
A tabela verdade para esta função é a seguinte: :==[)-s
A B (A + B) saída = Símbolo
O O O
O 1 1
101
1 1 1
Também podemos ter uma função OU de três entradas
I~ Diagrama de Venn

que será representada conforme mostra afigura 21. Circuito

FIGURA·. 22
~=D-s s ím bolo
Na mesma figura o diagrama de Venn que claramente re-
flote que o universo desta é justamente aquele que não é abran-
lido pela função E.
A
O circuito equivalente com -re!é mostra que usamos os
+ 8 ontactos NF em lugar de NA para "inverter" o resultado, o que
iquivale a "desenergizar" em lugar de energizar com a atuação
Diagrama de Venn
c obre as chaves.
O mesmo seria possível se, na saída da função E, ligás-
Circuito unos um circuito inversor, com transistores ou outros elemen-
to .
FIGURA 21
Conforme o leitor pode perceber na sarda do slrnbo lo
A tabela verdade para esta função será então: tdotado tem-se uma pequena esfera que indica a negação.

(A + B + C) = saída Outro tipo de símbolo para esta função é mostrado na fi-


A B C
O
O
O

,,
O
O
1
,
O ura 23.

O
O
,,
O
, ,,
1

,
O

,,
O ,
O
,, ANSI

FIGURA 23
1
,
O
1 A tabela verdade para a função será:
Observe então que, para que sarda seja' é preciso ape- B (A.B)
NÃO-E A
nas que uma, ou mais, entradas estejam no nível'
Para três entradas também são 8 as combinações
ou HI.
que po-
O
O ,
O 1
O
demos obter, das quais em apenas uma a sarda é LO. 1 O O
1 1 O
c) A Função NÃO E ou NE
_ NAND
A função NAO E ou ~ (do ing lês) que corresponde à
(Observe o traço que indica a negação).
negação de E é representada conforme mostra a figura 22.
25
• 24
Igualmente, podemos ter uma porta NÃO E ou NOR de O diagrama de Venn para esta função é mostrado nesta
três entradas,que será representada como mostra a figura 24. mesma figura, assim como o oircuito equivalente em que temos
um relé com os contactos NF empregados.

~==L)--S A tabela verdade para esta função é muito simples, já que


temos apenas uma entrada e uma saída:
Símbolo A A-
O 1
1 O
FIGURA 24
Quando a entrada está no nível HI a sarda estará no LO e
O circuito equivalente com três chaves ligadas em para- vice-versa, para a função NÃO.
lelo, mais

o relé com os contactos NF usados I é mostrado na e) Função NÃO-OU ou NOU
mesma flgu ra.
A tabela verdade para este circuito será: A função NÃO OU ou NOU consiste na negação da função
OU, ou ainda, NOR do inglês.
A B C (A.B.C)
O O O 1 A representação desta função é mostrada na figura 26.
O O 1 O
O 1 O O
O 1 1 O
1 O •O
O
1 O 1 O
1 1 O u
1 1 1 O
..
A saída estará no nível HI quando todas as entradas esti- Diagrama de Venn
verem no nlvet LO.
d) A função inversora
K
I~
A função NÃO ou NOT é um simples inversor que tivemos Circuito FIGURA 26
já a oportunidade de analisar ao falar dos.circuitos lógicos. Ela
também é bastante usada e pode ser representada como mostra a o diagrama de Venn é mostrado na mesma figura, assim
figura 25. mo o circuito equivalente usando um relé e duas chaves ligadas
m paralelo. Observe a utilização dos contados NF do relé.
Uma outra representação para esta porta é mostrada na
Símbolo ura 27.

.J:---O'~O----
~l

Diagrama d. V.nn

Circuito
FIGURA 25 FIGURA 27
26 27
A tabela verdade é dada a seguir:
A B A +B = sarda
O O 1 Símbolo

O 1 O
1 O O
1 1 O

Também podemos
mostrada na figura 28.
ter esta porta com três entradas, que é If~ s 0"'''.0 doV••,

FIGURA 29
+ B
Veja que esta função é um pouco diferente do OU, já que
chaves do circuito equivalente não são simples interruptores,
m S chaves de 1 pólo X 2 posições.
O diagrama de Venn é mostrado na mesma figura, e a ta-
l> I verdade é a seguinte:
FIGURA 28
A B (AB + AB)
o circuito equivalente com chaves e relé é mostrado na O O O
mesma figura, observando no símbolo funcional a presença da O 1 1
negação na forma da esfera na saída. 1 O 1
1 1 O
A tabela verdade para este caso será:
A B C A+B+C
Veja que teremos a saída em nível 1 exclusivamente com
O O O 1
m ou outra entrada no nível HI. Se as duas entradas estiverem
O O 1 O
nível LO ou no nível HI a saída será LO ou O.
O 1 O O
O 1 1 O Reunindo estas funções podemos ter os mais complexos
1 O O O Ircuitos lógicos, conforme veremos adiante e futuramente.
1 O 1 O
7.Postulados da Álgebra Booleana
1 1 O O
1 1 1 O Conforme vimos, trabalhando exclusivamente com a base
, podemos realizar mais complexas operações, utilizando um
mero reduzido de regras. Estas regras são fixadas por postula-
Veja que só teremos a saída no nível HI quando todas as , os postulados da álgebra booleana que passamos a dar em
entradas estiverem no nível LO. uida:
f) Função OU-exclusivo Lembramos que: A significa a negação de A
A função OU-exclusivo ou Exclusive-OR é uma das mais a) Lei associativa
importantes na eletrônica digital e tem seu símbolo mostrado na
figura 29. • (AB)C = A(BC)
28 29
e (A + B) +

b) Lei comutativa
c= A + (B + C)
:=D- AB

e AB = BA
eA+B=B+A

c) Lei distributiva
e A(B + C) = AB + AC
e A + (BC) = (A + B)(A + C)

d) Lei da identidade
FIGURA 30

eA=A A tabela verdade para AS será:

e) Lei do complementar A S AB
,O O O
e AA = O O 1 O
eA+Ã=l 100
111
f) Lei da equipotência
e AA = A Para a porta BA teremos:
eA+A=A
S A BA
g) Lei da dualização (Teorema de De Morgan) O O O
e(A+B)=AB XtY=X.Y O 1 O
1 O O
e (AB) = Ã + B X·y ::- X t Y 1 1 1
h) Lei da dupla negação
Conforme podemos ver, as sardas AS e BA são iguais, o
eA=A
ue demonstra a validade do postulado. (Observamos que os
i) Lei da absorção stulados não precisam de demonstrações, pois partem de fatos
e A(A + B) = A bvios, que não necessitam de comprovação alguma, enquanto
ue os teoremas são proposições que precisam de demonstra-
e A + (AB) = A es). O que fizemos não foi uma demonstração da validade do
stulado, mas sim dar um exemplo de que realmente ele "fun-
Com estes postulados podemos projetar diversos tipos de
I na".
circuitos digitais.
Se o leitor tem dúvidas, pode elaborar as tabelas verdade
A prova da validade pode ser feita de diversas maneiras
ra todos os outros casos!
para todos os casos, mas como não temos muito espaço disponl-
vel, daremos apenas um exemplo. 8. Flip-f1ops

Queremos provar que AB = BA (Lei comutativa), partin- Um dos circuitos mais usados em equipamentos digitais é
do das duas configurações mostradas na figura 30. flip-flop, ou multivibrador biestável, ou ainda, disparador ou
31
30
báscu la de Eccles-Jordan, em homenagem aos que o desenvolve-
ram.
Para explicar melhor o funcionamento deste circuito, ex-
plicaremos de forma simples o funcionamento também de dois
outros tipos de multivibradores asociados, que são o astável e
mono est ável,

a) Multivibradores astáveis
tl : Tempo de condução de 01
Na figura 31 temos a configu ração básica com transísto- t2: Tempo de condução de '02
res de um multivibrador estável.
FIGURA 32
r-----------~-------.------------~--__o+V
Os circuitos digitais operam pois exclusivamente com si-
1\ I retangulares, e sua freqüência vai depender de diversos fato-
Õ 0--..----11-----'- .•...
--~ 1----*-----0 o I , conforme veremos.

Um "trem de pulsos" ou uma seqüência de sinais pode


t o perfeitamente ser usada para representar um valor em bi-
02
11 rio, conforme ilustra a figura 33.
L---------------------------------~--__oov
Astóvel

FIGURA 31

Os dois transístores são ligados de tal forma que, em um


1 00 o 1
dado instante somente um deles pode estar conduzindo a corren- \~--------------------~vr---------------------JJ
te plenamente (satu rado), enquanto que o outro estará obrigato- Valor binório
riamente desligado (corte).
FIGURA 33
Assim, se levarmos em conta a tensão nos coletores dos
transístores deste circuito veremos que, enquanto um está com o No caso do multivibrador astável, sua troca rápida de es-
nlvel lógico 1 (HI) ou a tensão próxima da tensão de alimentação, o, passando de 1 para O e de O para 1 numa freqüência deter-
e outro, no mesmo instante estará no nlvellógico O (LO) ou com I Inada por C, permite que ele seja usado como ritmador para o
a tensão de massa, em vista da condução do transístor. cionamento de um sistema digital.
O capacitor C em conjunto com o resistor R de cada ramo O circuito que dá o "ritmo" ou velocidade de um equipa-
do multivibrador determina o tempo que cada transístor fica em nto digital recebe o nome de "relógio", ou ainda, como nor-
condução ou desligado. Os transístores trocarão então de estado Imente o chamamos do inglês "clock",
continuamente, passando de O para 1 e de 1 para O, produzindo
Assim, é comum termos circuitos digitais cujos "clocks"
assim, um sinal retangular, conforme mostra a figura 32.
ram em 1 MHz,o que significa que as operações podem ser
Veja então que um sinal retangular consiste na forma ca- s a razão de 1 000000 por segundo.
racterística típica de um circuito digital. Só podemos ter dois va-
b) Multivibradores monoestáveis
lores de tensão que trocam,' conforme a operação do circuito. O
valor alto corresponde justamente ao HI ou 1 enquanto que o O multivibrador monoestável tem a configuração básica
baixo, ao LO ou O. gura 34.
32 33
~ ~ ~~ ~ __ ~+v
Este tipo de circuito é muito usado quando os pulsos de
ntrada têm durações diferentes e se necessita na saída de pulsos
d duração constante (veja a figura 36).
00---.--; •....
-- ...•.. ~-- ..••.
--~---()Q

Q2

~ ~ --~ __ ~ov
+ y Entrada
Saído
O

FIGURA 34

Neste circuito também, cada um dos transístor~s só pode FIGURA 36


conduzir a corrente quando o outro não estiver conduzindo.
Veja que podemos usar qualquer uma das duas saídas do
No entanto, a operação de comutação, ou se~a, de troca
multivibrador, ou seja, a que passa de O para 1 ao receber o estí-
de estado de condução para não condução do translst?r. se faz
mulo que é a saída O e a que passa de 1 para O ao receber o estí-
através de um estímulo externo. Isso significa que multivibr ador ulo que é a saída complementar O.
monoestável tem uma entrada, além de duas sardas.
) O multivibrador biestável ou flip-flop
O multivibrador monoestável ao receber um p.ulso ~e en-
trada que o leva a mudar de estado, fica nesta nova· sltu.aça? por A corfiguração básica de flip-flop com transístores bipo-
um tempo que vai depender dos valores de R e de C no circuito. I res é mostrada na figura 37.

Decorrido o tempo em questão, o multivibrador monoes-


r------------.-- -. ~--~+
tável volta ao estado anterior sozinho.
Assim, supondo que a saída do multivibrador seja zero R6
(O), ao receber um pulso de curta duração (1), ele mud? de estado
e passa a apresentar um pulso ou nível 1 em sua salda por um
Q
certo tempo constante (veja a figura 35).

Q1
Q2

S,id, ~1- As_tó_ve_1


__ ----'~ E."",

~-------------Pulso FIGURA 37
Entrodo~ de disparo
I
Aqui também, cada um dos transístores somente num da-
instante pode estar conduzindo a corrente. Neste mesmo ins-
~ ------Pulso
Sarda ~I~ -C...-____ de saído te o outro deve estar desligado. Assim, neste circuito temos
t=l.lxRXC entrada de excitação e duas saídas complementares.

FIGURA 35 A cada pulso de excitação o biestável muda de situação.


34 im se ele estiver inicialmente na situação do transístor 01
35
, " t ',', '1' I
• , I •.• i' I

conduzindo (coletor nivelO) e 02 no estado de não condução r-----------~r-----~------------~----~+v


(cortado) com o coletor no nlvel1, vindo o primeiro pulso, ocor-
re uma mudança (veja a figura 38). R6

-u I
u
I
I
U
I
I
I
Entrada

I 'Saída

~ I r Q2

~------------------------------~--_co
FIGURA 38
FIGURA 39
No pulso seguinte ele volta a situação inicial.
Para que ocorra nova comutação um novo impulso deve
LED aceso = 1

ser aplicado. Veja que a mudança ocorre quando o pulso apre- LED apagado = O
senta uma certa polaridade, ou seja, na sua transição de um valor Fazemos então a conexão de 4 flip-flops em série, con-
HI para LO. Na transição de LO para HI o circuito permanece in- forme mostra a figura 40.
diferente. Não há resposta.
O multivibrador biestável tem, pois, dois estados em que
ele pode permanecer indefinidamente, até que um pulso na en-
trada venha modificar esta situação. .r
O multivibrador biestável é um dos circuitos mais impor-
tantes da eletrônica digital, pois ele apresenta uma caracterlstica
importante: ele pode realizar a contagem dos impulsos que lhe
são aplicados dando em sua saída uma "situação" que corres-
FIGURA 40
ponde a sua numeração binária.
Vejamos como isso pode ser feito.
Partimos da situação inicial em que todos os LEDS estão
9.0 contador binário agados, ou seja, todos os multivibradores na situação estável
Vamos supor um multivibrador biestável,em que no cole- rrespondente a 0000 (o que em decimal representa o número O
tor de um dos transístores que corresponde à salda,liguemos um mbém).
LED, conforme mostra a figura 39.
Nestas condições, podemos associar ao transístor
condução e o LED aceso um valor binário que, por convenção
em ,. Representamos esta situação conforme mostra a figura

pode ser 1. (Veja que não é preciso que tomemos a tensão no


coletor neste caso como 1, para termos os mesmos resultados fi·
nais, se convencionarmos de uma forma e a seguirmos até o fim,
para efeito de operação, o resu Itado final será o mesmo).
o o o o
Deste modo, associamos ao mu Itivibrador ativado o LED
aceso e desativado o LED apagado: FI GURA 41
36 37
, ,
, \ \ ,\ 1\' \ , ,\

Aplicando um primeiro pulso negativo na entrada deste


circuito, o primeiro flip-flop muda de estado, fazendo seu LED, 3
inicialmente apagado, acender. Teremos então a apresentação do
número binário 0001 que corresponde justamente a 1 em decimal o o
(veja a figura 42).
FIGURA 44

Vem agora o quarto pulso. O primeiro flip-flop novamen-


t muda de estado, passando de 1 para O. Ocorre então uma tran-
lção negativa que é sentida pelo segundo flip-flop que também
o o o muda de estado, passando de 1 para O. O terceiro flip-flop, desta
vez, na presença de uma transição negativa muda de estado e
FIGURA 42
assa de O para 1. A passagem de O para 1 deste não afeta o quar-
Veja que o segundo flip-flop não muda de estado tam- O flip-flop que permanece em sua situação de O.
bém, porque a transição na saída do primeiro flip-flop foi de zero
Temos então a situação 0100 que justamente corresponde
para um, e este só pode responder a uma transição de 1 para O.
"4" em binário (veja a figura 45).
Vindo agora o pulso seguinte, de número 2, o primeiro
flip-flop muda novamente de estado, passando de 1 para O. O
LED apaga, mas a transição agora na sua saída é negativa e i~so
faz com que o segundo flip-flop mude de estado. Seu LED, rru-
cialmente apagado, acende e passamos a ter a representação
0010. Esta corresponde justamente a "2" em binário!(veja a figu- o o o
ra 43).
FIGURA 45

Na figura 46 temos o que ocorre nos pulsos sucessivos


2 é 169 quando então o sistema "zera", ou seja, depois de atingir
a capacidade máxima de contagem volta ao estado inicial.
o o o Conforme o leitor pode perceber, com 4 flip-flop podemos
ntar até 16, ou seja 24.
FIGURA 43
Veja também que, se aplicarmos 3 pulsos no circuito e
Veja que o terceiro flip-flop não muda de estado, pois no pois mais 5, o sistema acumulará 8 pulsos e representará o re-
segundo temos uma transição de O para 1 a qual ele não respon Itado da soma 3 + 5 =
8 em binário. Este circuito, por este mo-
de. o, também recebe o nome de acumulador e pode ser usado na
alização de somas.
Vem agora o terceiro pulso. O primeiro flip-flop nova
mente muda de estado, passando de O para 1. O segundo não su 10.BCD ou Decimal codificado em binário
altera, pois a transição foi positiva de O para 1, o mesmo acont As representações que vimos foram em binário puro e
cendo com o terceiro. s estamos acostumados a trabalhar com números decimais.
Temos então a representação 0011, que justamente COI
No entanto, se agruparmos 3 flip-flops só podemos contar
responde a 3 em binário. 8, quando nossa base é 10, e se agruparmos 4 flip-flops pas-
A representação pode ser melhor vista na figura 44. mos de 10, pois vamos até 16.
38 39
Aplicando um primeiro pulso negativo na entrada deste
circuito, o primeiro flip-flop muda de estado, fazendo seu LED,
inicialmente apagado, acender. Teremos então a apresentação do
3
~ ~ ·c$f·cff
o o
número binário 0001 que corresponde justamente a 1 em decimal
(veja a figura 42).
FIGURA 44

~$ $
o o o
cf)~!
Vem agora o quarto pulso. O primeiro flip-flop
ti muda de estado, passando de 1 para O. Ocorre então uma tran-
lção negativa que é sentida pelo segundo flip-flop que também
novamen-

uda de estado, passando de 1 para O. O terceiro flip-flop, desta


VIZ, na presença de uma transição negativa muda de estado e
FIGURA 42 sa de O para 1. A passagem de O para 1 deste não afeta o quar-
Veja que o segundo flip-flop não muda de estado tam- flip-flop que permanece em sua situação de O.
bém, porque a transição na saída do primeiro flip-flop foi de zero Temos então a situação 0100 que justamente corresponde
para um, e este só pode responder a uma transição de 1 para O. "4" em binário (veja a figura 45).
Vindo agora o pulso seguinte, de número 2, o primeiro
flip-flop muda novamente de estado, passando de 1 para O. O
LED apaga, mas a transição agora na sua saída é negativa e isso
faz com que o segundo flip-flop mude de estado. Seu LED, ini-
cialmente apagado, acende e passamos a ter a representação
4~

o
cff ~ ~ o o
0010. Esta corresponde justamente a "2" em binário!(veja a figu-
ra 43).
FIGURA 45
Na figura 46 temos o que ocorre nos pulsos sucessivos

2~

o
~

o
$ ~ o
tê 162 quando então o sistema "zera", ou seja, depois de atingir
ua capacidade máxima de contagem
Conforme o leitor pode perceber,
volta ao estado inicial.
com 4 flip-flop podemos
ntar até 16, ou seja 24.
FIGURA 43 Veja também que, se aplicarmos 3 pulsos no circuito e
Veja que o terceiro flip-flop não muda de estado, pois no pois mais 5, o sistema acumulará 8 pulsos e representará o re-
segundo temos uma transição de O para 1 a qual ele não respon- ultado da soma 3 + 5 =8 em binário. Este circuito, por este mo-
vo, também recebe o nome de acumulador e pode ser usado na
de.
alização de somas.
Vem agora o terceiro pulso. O primeiro flip-flop nova-
mente muda de estado, passando de O para 1. O segundo não se 10.BCD ou Decimal codificado em binário
altera, pois a transição foi positiva de O para 1, o mesmo aconte- As representações que vimos foram em binário puro e
cendo com o terceiro. 6s estamos acostumados a trabalhar com números decimais.
Temos então a representação 0011, que justamente cor- No entanto, se agruparmos 3 flip-flops só podemos contar
responde a 3 em binário. tê 8, quando nossa base é 10, e se agruparmos 4 flip-flops pas-
mos de 10, pois vamos até 16.
A representação pode ser melhor vista na figura 44.
39
38
.; \

o Ac•• o 6
.•
0.0 001000110101

• Apagada 6 .00• Em informática é comum o aproveitamento


lores em binários que são representados por:
de mais 6 va-

7
.000 1 o 1 O A
1 O 1 1 B
8 O ••• 1 1 O O C
1 1 1
9 0••0 1 1
O
1 O
D
E
10 0.0. 1 1 1 1 F
Assim, quando um programa em "linguagem de máqui-
11 0.00 na" 0l,J Assembler se digita F5 o que entra nos circuitos lógicos é:
11110101.
12 00•.•
Existem outros códigos que permitem traduzir informa-
13 00.0 ções decimais em binário, como o Octal, mas estes ainda não de-
'verão ser abordados para não "complicar" a vida do leitor pelo
14 000. menos por enquanto.
16
0000 11.Cir cuitos Bã si cos

16

FIGURA
•••• 46
circuitos
Do mesmo modo que usamos chaves e relés para formar
lógicos e transístores
configu rações mais complexas.
para os f!ip-flops, podemos ter

Assim, podemos ter todas as funções feitas com transís-


De modo a adaptar um sistema ao outro existe o código tores, conforme passamos a exemplificar!
BCD em que estabelecemos os valores em binário que correspon-
• Função NAND ou NÃO-E
dem aos algarismos decimais e estes são apenas 10.
O circuito equivalente transistorizado é mostrado na fi-
Assim, temos o código BCD que é dado por:
gura 47.
O O O O O
O O O 1 1
O O 1 O 2
O O 1 1 ~
O 1 O O 4
O 1 015 ~ Saída (TI)
O . 1 106
A Ql
O 1 1 1 7
1 O O O 8
100 1 9 B Q2
Assim, para escrever o número 78 em BCD fazemos:
0111 1000
O número 235 será: FIGURA 47
40 41
Veja que precisamos ter as duas entradas no nível lógico aplicando tensão em qualquer uma das duas entradas.
HI (presença de tensão positiva) para que os dois transístores • Função ANO
conduzam a corrente e com isso façam a tensão da saída carga
zero, levando-a ao nível lógico LO. Usando uma porta NAND e mais um inversor podemos
chegar facilmente a função eAN D, conforme mostra a figura 50.
Na figura 48 temos a mesma configuração para uma porta
NAND de 3 entradas.
A

03

~Saída (ABC)
B t-----o Saído (A BC)
A 01

B 02

c 03
FIGURA 50

• Função OR

FIGURA 48 Do mesmo modo, com um inversor e a função NOR che-


gamos a função OR, conforme mostra a figura 51 .
• Função NOR
"""',

Com apenas um transístor podemos elaborar uma porta


NOR ou NÃ.Q OU com facilidade, conforme mostra a figura 49.

R6
R3 A
R1

~(A+B) • o Saído
'7 (A+B)

R2
'7

NOR

FIGURA 49
Veja então, que podemos fazer com que o transístor con-
duza e, portanto, a tensão no seu coletor caia de HI para LO FIGURA 51
42 43
Perceba o leitor que podemos reunir as diversas funções
para obter diversos tipos de circu itos, mas que, para isso é preci-
so que os circuitos sejam compatfveis, o que nos leva as diversas
famílias que serão analisadas a seguir. 7400 = 4 portos
NAND de 2 entrados

12. Famílias lógicas

A possibilidade de termos num único processo de fabrica-


ção a montagem de muitos componentes já interligados, obten-
do-se assim o circuito integrado proporcionou um enorme desen- FIGURA 52
volvimento para a eletrõnica digital.
Integrados contendo centenas, ou mesmo milhares de
Assim, logo os fabricantes elaboraram famílias de com-
portas, ou outras funções, já são hoje disponíveis para projetos
ponentes (circuitos integrados) que reuniam em seu interior um
muis complexos.
determinado número de elementos interligados com os quais se
tinha funções lógicas as mais diversas, flip-flops, e muitos outros 13.A família TTl
ci rcu itos de uti Iidade na eletrônica di g ital.
O nome TTL vem de Transistor- Transistor-Logic, sendo
Uma família de circuitos integrados digitais é composta IIBla família a mais popular pelo seu baixo custo, velocidade boa
de uma série de tipos, correspondendo a funções, flip-flops e ou- I' baixo consumo.
tros dispositivos que estudaremos com características compatí- Os integrados da família TTL devem ser alimentados com
veis de modo a poderem ser alimentados por uma fonte comum e III11a tensão de 5 V. Admite-se uma tolerância que os leva a um
interligados diretamente sem a necessidade de muitos elementos íuncionarnento normal com tensões entre 4,5 e 5,5 Volts.
externos e em alguns casos, nenhum.
Os transístores empregados nos integrados TTL são do
Reunindo estes componentes de uma mesma família po- tipo multi-emissor, conforme mostra a figura 53.
de-se projetar os mais diversos circuitos digitais, tais como con-
tadores, cronômetros, calculadoras, computadores, máquinas de
El
controle e automação etc.
Atualmente temos duas famílias básicas que são ampla- " ~ c
mente usadas nos projetos, dado seu baixo custo e a facilidade
com que podemos obter no comércio especializado as diversas
funções existentes. FIGURA 53
Destas famílias derivam, algumas sub-famílias que são
Cada emissor funciona como um diodo, porporcionando
usadas em informática ou na elaboração de projetos especiais em
assim um isolamento da entrada em relação ao circuito que a ex-
que se exige baixo consumo, alta velocidade ou outras caracterís-
cita. Assim, dois circuitos, um a cada entrada TTL, eles não terão
ticas que as famílias normais não podem fornecer.
qualquer tipo de interação.
Na figura 52 temos um exemplo de circuito integrado de
Existem diversas sub-famílias TTL, que são variações com
uma família lógica digital bastante comum.
caracterfsticas diferentes no que se refere a velocidade e consu-
Este componente reune em seu interior 4 portas lógicas mo.
do tipo NAND que podem ser usadas independentemente e que
Assim temos o high-Speed TTL que opera em velocidades
podem ser perfeitamente interligadas numa aplicação em que is-
maiores, mas também exige mais potência para operação.
so seja necessário.
45
44
Por outro lado, o Low-speed TTL (baixa velocidade) opera Nível LO
mais devagar, mas apresenta consumo de energia extremamente Que tensões seguramente o integrado TTL interpreta
baixo. rorno um O ou LO? Este conhecimento é fundamental em qual-
qu er projeto.
Em informática temos o low-power Schottky que se carac-
teriza pela alta velocidade e baixo consumo de energia, sendo to- As tensões situadas entre O e 0,8 V são interpretadas se-
talmente compatível com os circuitos internos de maioria dos mi- iu rament e como LO ~ O valor 0,8 V é representado por VEL.
croprocessadores. Esta sub-família é usada em projetos de inter- Nível HI
faces.
A tensão menor que pode ser interpretada como HI é de
Na figura 54 temos uma porta NAND típica TTL por onde ,4 V. Assim, valores entre 2,4 e 5 V são sentidos como HI ou 1
podemos analisar seu funcionamento. As demais são bastante pelo TTL.
semelhantes.
Podemos desenhar um gráfico em que temos duas faixas
I I " , 'o -vcc distintas de operação para os integrados TTL (veja a figura 55).

R4

proibido
(A ) E 1 o-----l(J
(8)E2cr--J
Saída

'-----y---J
o
Entrado

FIGURA 55
Tensões fora desta faixa são proibidas para os integrados
ITL, pois não podemos garantir que elas sejam interpretadas por
~ '-----y---J () ou por 1.
Inversor Saída
O que vimos é a caracterfstica de transferência de um
FIGURA 54 rTL.
Observamos na entrada o transístor multi-emissor, que Na sarda de cada integrado podemos garantir que os ní-
neste caso possui dois, pois são duas as entradas. veis de sinais em LO e HI estarão também nesta faixa, o que ga-
Esta etapa alimenta um inversor de fase com mais um I ante também a possibilidade de interligação de diversos inte-
transístor, o qual excita por sua vez, uma etapa de saída de maior Irados.
potência com dois transístores em série. Cabe definir neste momento o que seja cargabilidade ou
As características elétricas de entrada e de saída dos cir- I an-out:
cuitos TTL são as que mais interessam na elaboração de qualquer Se na saída de um integrado TTL temos um nível de ten-
projeto. ',50 HI, digamos em torno de 4 V,no momento em que ligamos
Assim, vamos definir alguns termos importantes a este mais de uma entrada TTL de outras portas, elas "carregam" o
respeito. circuito de modo a reduzir a tensão (veja a figura 56).
46 47
I I'L Low-power Schottky: pode excitar 5 entradas de TTL normal
~ Hl pode excitar 20 entradas de TTL low
~3V
power
(Sem cargo) pode excitar 4 entradas de TTL High
power
":' pode excitar 4 entradas de TTL
(Com cargo) Schottky
pode excitar 10 entradas de TTL low
FIGURA 56
power Schottky
O resultado é que esta tensão pode cair abaixo do limite
Importante também é saber, na família TTL normal, quais
da faixa em que o integrado interpreta a tensão como "1" indu-
.ro as correntes que temos nas entradas para excitação e que ob-
zindo assim o sistema a um funcionamento errático.
turnos nas saídas:
Existe pois, um limite para a quantidade de entradas que
Assim, um TTL normal fornece em sua saída uma corren-
podemos ligar na sarda de um TTL e isso chama-se fan-out.
IIImáxima de 16 mA, enquanto sua entrada precisa de uma cor-
Um integrado TTL normal (standard) pode excitar 10 en- innte de pelo menos 1,6 mA para ser excitada.
tradas de TTL normais. Os integrados da série TTL normal começam pelo tipo
Damos a seguir uma importante tabela que mostra as ca- 11100. Todos os demais iniciam com a numeração "74". Existe
pacidades "fan-out" das diversas sub-f arnílias TTL cruzadas. íumbérn uma variação militar desta série que é a 5400.
TTL normal: pode excitar 10 entradas TTL normais Os integrados das sub-famílias têm letras adicionais nos
pode excitar 40 entradas de TTL low-power tipos que indicam a qual delas pertencem. Assim temos:
pode excitar 6 entradas de TTL high-power High-power - 74HOO
pode excitar 20 entradas de low-power Schottky Low-power - 74LOO
pode excitar 6 entradas de TTL Schottky Schottky - 74S00
Low-power Schottky - 74LSOO
TTL low-power: pode excitar 2 entradas de TTL normal
pode excitar 10 entradas de TTL low-power 14.A família CMOS
pode excitar 1 entrada de TTL high-power A palavra CMOS vem de Complementary Metal-Oxide-Si-
pode excitar 1 entrada de TTL Schottky hcon. tendo por característica principal o baixo consumo de cor-
pode excitar 5 entradas de TTL low-power
I unte.
Schottky
As velocidades em geral, para a série normal são menores
TTL High-pówer: pode excitar 12 entradas de TTL normal dos que a dos TTL, mas já existe a série H-C MOS (onde o H é de
pode excitar 40 entradas de low-power TTL Iligh-Speed ou alta velocidade) que tem as mesmas característi-
pode excitar 10 entradas de TTL High-power cas de velocidade dos integrados TTl.
pode excitar 10 entradas de TTL Schottky
Os integrados da série CMOS podem operar com tensões
pode excitar 40 entradas de TTL low-power
Schottky untre 3 e 15 V, o que significa também maior flexibilidade de
projeto, já que as fontes podem ser adequadas as aplicações.
TTL Schottky: pode excitar 12 entradas de TTL normal
pode excitar 40 entradas de TTL low-power Na figura 57 temos um exemplo de inversor com transís-
pode excitar 10 entradas de TTL high-power tor de canal P e de canal N do tipo MOS.
pode excitar 10 entradas de TTL Schottky A curva de transferência deste circuito é mostrada na fi-
pode excitar 40 entradas de TTL low-power ura 58, onde se observa os valores em que ocorre a transição de
Schottky . () para 1.
48 49
+ Assim, o manuseio do CMOS é delicado, devendo ser evi-
indo tocar com os dedos diretamente nos pinos, soldar o cornpo-
uunte com o ferro alimentado, ou mesmo deixar o componente
p
obre materiais que possam acumular cargas estáticas, tais como
cnlxas plásticas, 'tapetes, carpetes etc,
Dependendo do fabricante existe uma proteção interna
Entrado Saído pllra a comporta do integrado, que consiste num diodo, conforme
mostra a figura 59, mas dependendo da intensidade da descarga
11\1 de sua duração, o circuito pode não ser suficiente para evitar a
queima do componente.
N
+V

01
o
FIGURA 57
Outra característica dos integrados CMOS é a corrente
entrada extremamente baixa que não carrega as sardas.
de
Entrado

02
9'·05
A principal série de integrados CMOS é a que inicia com o 01. 02 = proteção
4000 (prefixos podem aparecer conforme o fabricante como
CD4000 para aRCA etc.).
FIGURA 59
Um fator importante deve ser observado no trato dos cir- Máximo de cuidado, pois no manuseio dos integrados
cuitos CMOS. CMOS:
(V)
+v I •• • Evite segurar os terminais com as mãos
• Use soquete
• Não solde com pistola de soldar
• Guarde-os sempre em caixa metálica ou na esponja
Entrado +V/2
oondutora em que normalmente vêm do fabricante
Algumas regras de uso são importantes:
• Não se deve deixar entradas de portas livres: ligue-as à
V/2 +V +(V) turra ou ao positivo da fonte, conforme o caso.
Sarda
• Use sempre pontas de prova de alta impedância ao tes-
rnr integrados CMOS.
FIGURA 58

Os transístores de efeito de campo têm suas entradas 15.Usando Circuitos Lógicos


abertas nos circuitos lógicos, o que significa que o dielétrico do
Vista as famílias e os tipos de funções, podemos começar
semicondutor, extremamente fino, fica sujeito a descargas estáti-
uorn a prática. O primeiro ponto a ser observado é em relação
cas que podem furá-Io. Se isso acontecer o dispositivo é inutili-
10S invólucros em que obtemos os integ rados das duas f amílias:
zado.
CMOS e TTL.
50 51
Normalmente os integ rados que mais usamos são os d
14 pinos DIL e de 16 pinos DIL. DIL significa Dual-in-line, o
seja, duas filas de terminais paralelos, conforme mostra a figu
60.


8
-
8 7 10 7
'VII )/ .e-; Soquete ../
9 6 6

10 5 5

11 4 13 4

12 3 14 3

13 2 2

14

14 pinos DI L 16 pinos DIL

FIGURA 60 FIGURA 61

Observe que, para estes invólucros existe uma marca qu lonte de 5 V (se você trabalhar com TIL) ou entre 3 e 15 V se
identifica o pino 1, a partir do qual fazemos uma contagem. você trabalhar com CMOS.
Funções mais complexas podem exigir invólucros d As exper.iências e montagens que descreveremos, em sua
maior número de pinos, chegando em alguns casos a mais de 40. maioria serão em torno dos integrados TTL. Assim, a fonte que
daremos será de 5 V (que também serve para CMOS, pois eles
Estes integ rados podem ser soldados diretamente num
placa de circuito impresso ou fixados num soquete, conform também trabalham com esta tensão).
mostra a figura 61.
Ponto fino
Soquetes de baixo custo tipo "molex" são comuns,
permitem o aproveitamento dos integ rados de uma experiênci
em outra. Na verdade, o uso do soquete é sempre recomendado
pois evita também o choque térmico na soldagem que pode at
danificar o componente.
Para a soldagem direta do integrado, o soldador deve te
ponta bem fina e deve ser evitado a todo custo solda em excess
que pode espalhar e cu rto-circuitar terminais (veja figura 62 ).
Se isso acontecer, a "ponte" de solda pode ser eliminada FIGURA 62
com ajuda do próprio soldador e de um palito. Existem integrados reguladores de tensão que facilitam
Aqueça o local e passe o palito para remover a solda em 110 máximo a montagem de uma fonte.
excesso que o problema estará eliminado. Em especial recomendamos os integrados da série 78XX
Para alimentar seus aparelhos será preciso dispôr de uma irn que o XX indica a tensão que fornecem na sarda. Assim,
52 53
\ ,

usando o 7805 teremos uma salda de 5 V.


Na figura 63 temos o aspecto deste integrado que forn
ce uma corrente de 1 A e que precisa ser dotado de um radiador
de calor.

1 (E)-
2 (T)--.J
3 (S)----.J

O 7400 consiste num integrado que contém 4 portas


FIGURA 63 AND (NÃO E) de duas entradas, conforme mostra a figura 66.
Cada uma das portas pode ser usada separadamente, e o
A entrada deste integ rado pode ficar entre 10 V e 34 V,
onsumo de energia é de 12 mA por integrado.
o que nos leva a possibilidade de usar qualquer transformador do
9 à 20 V, aproximadamente, com corrente de 1 A.
O circuito pronto, mostrado na figura 64 pode ser usado
para alimentar projetos com grande quantidade de integrados
TTL.

Lembramos então que neste integrado "Quando as duas


Para alimentar circuitos CMOS damos em especial uma
ntradas estiverem no nível Hl então a sarda será LO". Nas ou-
fonte com 7812 que fornece uma tensão de 12 V (veja a figura
as condições possíveis a saída será HI.
65)
A tabela verdade para este integrado e mostrada a seguir:
O integrado também deve ser dotado de um radiador de
calor, principalmente se for alimentada grande quantidade de Tabela verdade A B S
componentes. O O 1
011
16.07400 1 O 1
Começamos por descrever cada elemento da famllia lógi- 1 1 O
ca TTL e em alguns casos até dando alguns circuitos interessan-
tes, como no caso do 7400.
O circuito da figura 67 permite que o leitor verifique estas
54 55
\ \

condições com facilidade. O LED acenderá quando a saída do in- Iam em alta freqüência produzindo um sinal de áudio e duas em
tegrado estiver no nlvel LO. aixa freqüência produzindo a modulação (veja figura 70).

k J.S2 0+" +5V lOOnF

+6 à 12V

2
7400
lK lK
\

~
\

FIGURA 67

Veja que é mais vantagem fazer projetos em que o LI II


acenda no nivel LO,como mostra\afigura,68,f pois nesta coruli
ção a corrente que podemos obter é maior.

Acende no Lo

\-----0+ FIGURA 70

Saída TT L
Os capacitores determinam o tom e a modulação podendo
riados pelo leitor à vontade.
FIGURA 68
A etapa de saída de potência permite que um alto-falante
Na figura 69 temos um oscilador feito com duas drl xcitado com bom volume.

portas NAND do integrado 7400. Para alimentar com uma tensão de 6 volts este circuito
te um artifício muito interessante que consiste na produção
l00nF à lO)lF
ma queda de tensão de 0,7 V com um diodo de silício, con-
mostra a figura 71.

0.7V

6. -o
5Ul-
Saído
I"
+

v.s:
~
lN4001 U

5.3V

FIGURA
Podemos usar este circuito no projeto
de um pisca-pisca.
69
de uma '.111111 1 --o

FIGURA 71
Para si rene, temos então o uso de 4 portas, pol
57
56
Este diodo ligado em série com a fonte, reduz a tensão Cada uma das portas deste integrado pode ser usada in-
para 5,3 V, aproximadamente, que está dentro do suportado pe- ependentemente.
los integrados TTL num funcionamento normal.
18.07402
O tempo de propagação do sinal por uma porta 7400 é de,
Este integrado consta de 4 portas NOR (NÃO OU) de duas
aproximadamente, 10 nanosegundos.
entradas, conforme mostra a figura 74.
17.07401
Este integrado TTL contém 4 portas NAND de duas en-
tradas, mas do tipo "Open Colector".
Isso significa que a saída dos transístores não possui um
resistor interno de carga. Este resistor, tipicamente de 2 k2 deve
ser ligado externamente, conforme mostra a figura 72.

2K2

7402
)o • OSoída
FIGURA 74
7401
Modo de usar o 7401
As quatro portas podem ser usadas independentemente,
FIGURA 72 lembrando apenas que a alimentação é comum a todas.
O consumo de corrente por integrado é de 12 mA em rné-
Observa-se também, pela figura 73 que a pinagem deste
integrado cor responde a uma disposição diferente do 7400.
Podemos descrever o funcionamento destas portas
O consumo de cada integrado 7401 é de 8 mA tipicamente
por:"Quando as duas entradas estiverem no nível LO então a
e a tabela verdade é a mesma do 7400, pois se tratam das mes-
saída será HI". Nas outras condições possíveis a saída será LO.
mas fu nções.
A B S
O O 1
O 1 O
100
1 1 O

19.07403
Este integrado TTL consiste em 4 portas NAND de duas
entradas com colétor aberto na saída. Confo rme dissemos, no
caso do 7401, neste tipo de integrado, é preciso ligar um resis-
tor de 2 k 2 entre a saída e o + da alimentação para se obter a
saída em nível HI.
FIGURA 73
58 59
Isso significa que, quando a entrada de um inversor for HI
Na figura 75 temos a configuração interna deste integra-
a sarda será LO, e seja, quando aplicarmos uma tensão entre O e
do, assim como a sua pinagern. 0,8 V na entrada teremos entre 4 e 5 V na sarda e vice-versa.
O consumo de corrente por integ rado é de, aproximada-
mente, 12 mA. Lembramos que a corrente de salda máxima de
cada inversor é de 16 mA.
Na figura 77 temos um circuito oscilador que utiliza in-
versores e que pode ser usado como injetor de sinais, clock ou
mesmo como base para um projeto de sirene .

.2KV
+5V

lnF
';' +5V

FIGURA 75 2K2
X
A tabela verdade é a mesma do 7401 que também é for- ~ • oSoído
mado por 4 portas NAND de duas entradas.
20.07404 7404/7405
Este integ rado consiste em 6 inversores, ou seja, um Hex
Inverter, sendo que cada um dos seis inversores pode ser usado FIGURA 77
independ entemente. O tempo de propagação do sinal por uma porta é t ipic a-
Na figura 76 temos a disposição interna no integrado mente de 10 ns, sendo este valor um indicativo de sua velocidade
destes inversores. de operação.
A tabela verd'ade de cada inversor é muito simples:
21.07405
A S Este integrado consiste em seis inversores (Hex Inverter)
O 1 com saídas em coletor aberto, o que, conforme já vimos, exige
1 O a ligação de resistores de 2,k2 entre estas saídas e o + da alimen-
tação para obtenção do nível HI.
Na figura 78 temos o circuito interno deste integrado com
a identificação dos terminais.
A tabela verdade é simples:
A S
1 O
O 1

A saída tem nível lógico contrário ao do sinal aplicado à


entrada.
FIGURA 76 61
60
23.07407
O 7407 consiste em seis não inversores também com saí-
das em coletor aberto até 30 V com a pinagem mostrada na figu-
ra 80.

7405

FIGURA 78

A corrente consumida por integrado é de 12 mA. Todos


os seis inversores podem ser usados independentemente.
ZiQL
22.07406 FIGURA 80
Este também é um inversor sextuplo (Hex Inverter) com
saída em coletor aberto de até 30 V.
O consumo por invólucro é de 25 mA em média e cada um
Na condição de saída LO pode-se drenar em cada saída os não inversores pode ser usado independentemente.
deste integrado uma corrente de 30 mA com tensão de alimenta-
ção de até 30 V. Observe que a tensão de alimentação deste inte- Observe que a tabela verdade deste dispositivo é ultra
imples:
grado é ainda 5 V (veja a figura 79).
A S
O O
1 1

Em outras palavras, a saída tem o mesmo nível lógico da


ntrada. Para que isso? Este integrado pode ser usado como
'buffer", ou seja, amplificador para fornecer um sinal de corren-
e maior ou de tensão maior sobre uma carga, já que as saídas
ão para tensões até 30 V.
No nível LO podemos drenar em cada saída uma corrente
e até 30 mA.
7406
que a tensão de alimentação do integrado per-
FIGURA 79

O consumo de corrente por integrado é de 30 mA e CI 24. 07408


tempo de propagação é de 10 ns para levar a saída ao nível HI 1I
Este integrado consiste em quatro portas AND (E) de
de 15 ns para levar ao nível LO. uas entradas, com a pinagem mostrada na figura 81.
62
63
A corrente consumida por integrado é de 6 mA.
A tabela verdade para uma das portas deste integrado é:
A B C S
O O O 1
O O 1 1
O 1 O 1
O 1 1 1
1 O O 1
1 O 1 1
7408 1 1 O 1
FIGURA 81 1 1 1 O

A tabela verdade para estas portas é a seguinte:


A B S Para termos o nível LO na saída é preciso que as três en-
O O O tradas estejam no nível HI. Nas outras condições possíveis a saí-
da será HI.
O 1 O
100 Cada uma das três portas pode ser usada independente-
1 1 1 mente.

Para que tenhamos o nível lógico 1 na saída é preciso que 26.07414


os níveis lógicos das entradas sejam 1. Este integrado corresponde a uma função que ainda não
A corrente consumida por unidade é de 16 mA e o tempo estudamng, mas que podemos perfeitamente explicar agora.
de propagação, tipicamente, de 15 ns. Trata-se do Schmitt trigger. O "trigger" ou disparador é
Cada uma das 4 portas pode ser usada independentemen- um circuito que responde com uma transição muito rápida de ze-
te. ro para um, ou vice versa, em seu nível de saída, quando a tensão
de entrada passa por um valor determinado, denominado limiar
25.07410 (veja a figura 83).
Este integrado TTL consta de 3 portas NAND de 3 entra-
das, com a configuração e pinagem mostradas na figura 82.

7414
FIGURA 82 7410
64 FIGURA 83
65
Podemos usar um Schmitt trigger para alterar a forma de
onda de um sinal, obtendo um sinal perfeitamente retangular
próprio para o trabalho com circuitos digitais.
Em cada transição pela tensão limiar, o integrado produz
uma transição de O para 1 ou 1 para O em sua saída.
Observe o símbolo adotado para representar este "dispa-
rador" e que ele inverte o sinal de saída, pois consta de seis
Schmitt triggers inversores (Hex Scmitt trigger - inverting). Veja
a figura 84.

VI v I
FIGURA 85

28.07417
Este circuito integrado TTL consta de seis não inversores
de coletar aberto para tensões de saída até 15 V. Pode ser usado
I
I
para excitar cargas de tensões mais alta, já que no estado LO a
I I
,
I
I
~ V corrente drenada com 15 V pode chegar a 40 mA.
'--.,r-.J
A pinagem do circuito integrado é mostrada na figura 86.
Hist.rn.
+5V
FIGURA 84

Cada integrado consome uma corrente de 30 mA em mé-


dia e tem um tempo de propagação de 17 ns.
A impedância de entrada destes inversores é de 6 k e c
ponto de transição em que ocorre a excursão positiva est
torno de 1, 7 V. A transição negativa ocorre quando a ter":;'" I'

0,9 V.
a "histere-
Esta di" -p.nCrl de valores de 0,8 V deterr
se" do circuito.
27.07416 FIGURA 86
Este integrado TTL contém 6 inversores com coletor aber-
A tensão de alimentação do integrado é de 5 V e a corren-
to, operando em tensões de até 15 V.
te drenada por unidade é de 25 mA em média.
A pinagem é mostrada na figura 85.
A saída acompanha a entrada o que nos leva a seguinte
Na salda LO pode-se drenar correntes de até 40 mA em tabela verdade: .
cada saída inversora com tensões de até 15 V. O estado de saída
A S
HI só obtido com a ligação de um resistor da saída ao + da ali-
O O
mentação. 1 1
A tensão de alimentação do integrado é ainda de 5 V.
67
66
Cada um dos não inversores pode ser usado independen-
temente.
O tempo de propagação para saída H I é de 6 ns e para a
saída LO é de aproximadamente 20 ns.
29.07420
Este integrado TTL consta de 2 portas NAND (NÃO E) de
4 entradas cada uma, com a pinagem mostrada na figura 87.
Cada uma das portas pode ser usada independentemente,
apresentando o circuito uma corrente de consumo de 4 mA em
média. FIGURA 87
Somente quando todas as entradas estiverem no nível HI
é que teremo a saída no nível LO, o que nos leva à seguinte ta- O consumo de corrente por integrado é de 2 mA em mé-
dia e o tempo de propagação é de 10 ns.
bela verdade:
A B C D S
Observe que com 8 entradas temos 28 =
256 combinações
de estado. Somente quando todas as entradas estiverem no nível
O O O O 1
HI é que a saída será LO: Para todas as demais 255 combinações
O O O 1 1
de estado, a saída será HI.
O O 1 O 1
O O 1 1 1
O 1 O O 1
O 1 011
O 1 1 O 1
O 1 1 1 1
1 O O O 1
1 O O 1 1
1 O 1 O 1
1 O 1 1 1
1 1 O O 1
1 1 O 1 1
1 1 1 O 1 ~
1 1 1 1 O FIGURA 88

Observe que a existência de 4 entradas nos leva a 16


31.07432
combinações de estado possíveis para este integrado.
Este circuito integrado TTL contém 4 portas OR (OU) de
Observe também que dois dos pinos do integrado não
duas entradas, num único invólucro, as quais podem ser usadas
possuem conecções (NC) ficando pois, livres. independentemente.
30.07430
A pinagem é mostrada na figura 89.
Este integrado contém uma única porta NAND de 8 entra-
O consumo de corrente por integrado é de 19 mA e o
das, apresentando a disposição de ligações mostrada na figura
tempo de propagação é de 12 ns em média.
88. 69
68
"\ \ \

1..1ft. 'f.o "71


7437
FIGlJRA 89
FIGURA 90

A tabela verdade para este integrado é: 33. 07440


A B S Este integrado consta de duas portas NAND de 4 entradas
O O O mas com potência elevada, ou seja, são buffers.
O 1 1 Como no caso do 7437, cada saída deste TTL pode excitar
1 O 1 30 entradas de TTL convencionais, o que significa um fan-out três
1 1 1 vezes maior que o 7400.

A pinagem ou dísposição dos elementos deste integrado é


Para que o nível de sarda seja LO é preciso que as duas mostrada na figura 91.
entradas sejam LO. Nas demais condições, a sarda será HI.
A alimentação, como em todo TTL é de 5 V.
32.07437
Este integrado consiste em quatro "buff ers" do tipo
NAND de duas entradas, ou seja, são portas com sardas de po-
tência maior que podem excitar maior quantidade de outros inte-
grados.
Cada sarda deste integrado pode excitar 30 portas TTL
normais. Isso significa que este integrado tem uma capacidade de
excitação três vezes maior que o equivalente funcional 7400.
A pinagem deste integrado é mostrada na figura 90.
FIGURA 91
A corrente por unidade é de 5 mA quando todas as saídas
estiverem no nível H I. Com as saídas no nível LO a corrente con- A tabela verdade é a mesma do 7420 que também consta
sumida sobe para 34 mA. de 2 portas NAND de 4 entradas.

A tabela verdade é a mesma do 7400, já que se trata da 34.07442


mesma função.
Eis aqui uma função lógica desconhecida dos leitores até
70 agora, mas de grande utilidade.

71
I"~

o 7442 é um decodificador BCD para 1-de-10 com saldas


Observamos que qualquer código maior que 1001 (maior
compatlveis TTL. que 9) leva todas as saídas ao nlvel HI.
O que significa isso:
Para codificar números de O a 7 (1 de 8) basta aterrar o
Na entrada deste integrado aplicamos pulsos ou sinais pino 12 deste integrado.
(nlveis lógicos) que correspondam a um número em BCD de O a 9.
" /
As saldas podem drenar neste circuito 16 mA o que sufi-
A salda que vai ser levada ao nlvel HI será justamente a ciente para acender LEDS comuns.
que corresponde a esse número.
Para correntes maiores de sarda, os fabricantes. recomen-
Assim, as entradas 1, 2,4 e 8 (que dão os pesos) podem dam usar o 7445.
ser excitadas da seguinte forma: Podemos estabelecer
uma seguinte tabela de funciona-
1 248 meento para este integrado:
1 O O 1 Entradas Saldas
0000 O O O O 00 O O 01
o número em binário corresponde então ao "9". A sarda OOO 1 0000000010
que será levada ao nível HI será então a correspondente ao pino OO1 O 0000000100
11, ou seja, o 9, segundo a pinagem mostrada na figura 91-A. O O 1 1 0000001000
O 1O O 0000010000
Entradas O 1O 1 0000100000
1 2 A 4 O1 1O O O O 1O O O O O O
O111 0010000000
1O O O 0100000000
1 OO1 1000000000
o consumo de corrente por integrado é de 28 mA e sua
velocidade de operação é de 17 ns.

35.07445
Este integrado tem a mesma função de 7442, com a dife-
rença que suas sardas podem excitar cargas com maior corrente e
o 2 maior tensão.

7442 De fato, as sardas são para tensões até 30 volts e corren-


tes até 80 mA.
FIGURA 91-A
A pinagem deste integrado é mostrada na figura 93.
Todas as demais saldas ficarão no nlvel LO.
A "tabela de condições de entradas e sardas é a mesma do
Na figura 92 temos um interessante circuito que permite 7442.
converter números em BCD para decimais.
Cada integrado exige uma corrente de 43 mA sendo ali-
As chaves de entrada (quatro) permitem estabelecer o mentado por 5 V e opera com um tempo de propagação de 45 ns.
número em binário acendendo 4 leds que correspondem: acesos
Observe que os 80 mA com 30 V de alimentação podem
= 1 e apagados O.= ser drenados apenas no estado LO de sarda. O estado HI é obti-
Na salda acenderá umdos 10 LEDS que corresponde jus- do somente com a ligação de um resistor entre a sarda e o + da
tamente ao número codificado em binário. alimentação.
72
73
Q 7447 é um decodificador BCD para display de 7 seg-

16l :~t~'"
+5V
mentos.
o display de sete segmentos, ou mostrador, é um dispo-
sitivo que pode mostrar um número de °
à 7 através do acendi-
mento combinado de certo número de seus 7 segmentos, con-
fo rme most ra a fi gura 94.
2
LSB
./ I 12
:3
r- Saídas
~A~ _

1 3 /1 9 a b c d e'
4
+ 5 vo-l..-.-./o 113
51 4
7442
- a
14
6
1 5
vr
e/ /c
7F,
15
MSB I 1
d
"2" "4" LAMP OUT IN "e" "1"
TEST ~ /
9 : \ \... ~3Iank . _
I
FIGURA 92 Entradas
7447

FIGURA 94
Observe que o número 3 é obtido quando os segmentos
A, B, C, D e G acendem. O número 8 é obtido quando todos os
36. 07447 segmentos acendem e o 1 quando apenas o B e o C acendem.

Esta é uma outra fúnção bastante interessante e de g ran Este integrado pode receber uma informação em BCD
de utilidade que deve ser estudada em pormenores. através de 4 níveis lógicos e formar na saída os níveis que, apli-
cados a um display provocam o aparecimento do número corres-
E nlradas
pondente.
/ A~ ~,

1 2 4 8 Assim, se aplicarmos nas entradas: "1" = O, "2" = 1 e


"8" = O, que corresponde ao número 5, as saídas A, F, G, C e D
serão levadas ao nível LO·de modo que poderá circular uma cor-
rente por, estes segmentos acendendo-os e formando assim o
número 5.
Veja pela figura 95 que o display usado é do tipo "anodo
comum", ou seja, que tem um anodo para todos os segmentos li-
8
gados ao pólo positivo da alimentação, acendendo pois quando o
catodo é levado ao nível LO.
,0 1 2 3 4 5 6
v J

Saídas -
Do mesmo modo, existem displays para catado comum,
F I GUR A 93 7445
que acendem com outros tipos de decodificadores.
75
74
levando a saída Blanking ao nível lO qualquer algarismo
Anodo comum
projetado é também eliminado.
A corrente por integrado é de 43 mA.
37.07473
Este importante integrado TTL contém dois flip-flops do
o b c d e 9 tipo JK. Trata-se de um tipo de flip-flop que explicaremos melhor
o funcionamento a seguir. A pinagem deste integrado é dada na
FIGURA 95 figura 97.

Este circuito pode, no estado lO, drenar urna corrente do


até 40 mA com tensão de até 30 Volts, mas necessita de resisto-
res limitadores de corrente, quando displays de lEDS são usa-
dos.
Para displays fluorescentes ou de filamento não são ne-
cessários tais resistores.
A entrada "Iarnp-t est e" serve para verificar todas as saí-
das do integrado. Quando esta entrada é aterrada todas as saí-
das são levadas ao nível lO, acendendo assim, o número 8. So
algum filamento, ou segmento não acender podemos suspeitar
do integrado ou do display.
Em algumas aplicações, o zero não precisa acender, como FIGURA 97
por exemplo, nos casos em que este algarismo aparecer a es-
querda. Em lugar de aparecer 0045 num grupo de 4 displays po- Estes Flip-flops são do tipo disparado por nível (levei
demos "apagar" os dois primeiros zeros e projetar apenas 45 triggered) com um sistema de pre-clear.
(veja a figura 96). Estes flip-flops são controlados por clock externo, ou seja,
mudam de estado não só em função dos sinais de entrada, mas
também em função da presença de um pulso de clock (relógio).
/7/7/ 11-
L /L / 7
- - -
=r; os
zeros É importante observar esta presença do clock. Num circui-
to complexo em que existam muitos flip-flops e portas operando
simultaneamente, deve haver um sistema que sincronize seu fun-

/7rr:
_I - Sem os zeros
cionamento. Se isso não existir, pode perfeitamente que uma
porta receba um nível lógico que a leve a uma resposta antes da
outra porta ter tempo de receber o nível lógico que corresponda
ao efeito real desejado.
Num contador binário, por exemplo, onde aparecem os
FIGURA 96 fli-flops, é preciso que todos sejam sincronizados, pois pode ha-
ver a mudança de estado de um, antes que ele receba, por exem-
Para que isso aconteça basta levar a entrada [l N] Blan-
plo, o "pulso de vai-um" do anterior, ocorrendo então uma con-
king ao nível LO. Se ligarmos a saída (OUT) Blanking à entrada
tagem irregular.
correspondente do circuito seguinte ela também extinguirá o ze-
ro se ele for o dígito projetado no display. Analisemos o funcionamento do 7473:
77
76
Sob certas condições a
e Õ podem mudar de estado so- O funcionamento é o seguinte:
mente se a entrada- de clock for levada ao nível LO. As saídas e a
Õ não mudarão de estado para uma mudança de estado nas en- A informação levada a entrada O é levada a saída a, a não
tradas J e K. O único instante em que pode haver a mudança é ser que a entrada de clock receba um pulso de transição, do nível
baixo para o nível alto. O único instante em que a saída pode
quando a entrada do clock for levada ao nível LO.
mudar de estado é quando o clock aparece. Mudanças na entrada
Se J e K estiverem no nível LO (aterradas), o clock não O não passam para a saída a não ser que o circuito seja excitado
tem efeito algum sobre o circuito. Se J e K forem levadas ao nível por um pulso de clock (veja a figura 99).
HI, o clock pode mudar o estado das saídas a
e Õ, ou fazer a con-

D~'
tagem binária. Se J estiver no nível HI e K no nível LO, um pulso
de clock leva a saída a ao nível H I e Õ ao nível LO.
Se J estiver LO e K HI, um pulso de clock faz com que a
seja levada ao nível LO e Õ à HI. ,nnr
UUu- Q~a(daS

A informação nas entradas J e K podem ser mudadas


apenas uma de cada vez, imediatamente após o pulso de clock.
A entrada de Clear, se aterrada, faz com que a passe ao FIGURA 99
nível LO e Õ ao nível HI.
Se O estiver HI, no pulso de clock, então a passa ao nível
A corrente consumida por cada integrado deste é de 20
mA. alto e a saída complementar ao nível baixo. Se O estiver lO, no
pulso de c/ock, então a vai ao nível baixo e a complementar ao
nível alto.
38.07474
Este é um outro tipo de flip-flop, denominado de Tipo O, As entradas de C/ear e Set devem estar sob potencial po-
disparando pela transição negativa de um pulso e possuindo pre- sitivo para uma operação normal. Se a entrada Clear for aterrada,
set e preclear. . o flip-flop imediatamente vai ao estado em que a fica lO e sua
Na figura 98 temos a pinagem deste integrado. complementar HI. Se a entrada SET for aterrada, o flip-flop vai a
condição de a HI e sua complementar LO.

A máxima corrente consumida é de 17 mA e a velocidade


máxima de operação deste flip-flop é de 25 MHz ..

39.07486
Este integrado TTl consiste em porta Exc/usive-Or (Ou
exclusivo). No invólucro existem 4 portas de duas entradas com
um tempo de propagação de 18 ns e um consumo de corrente de
30 mA.

A pinagem deste integrado é mostrada na figura 100.


7<47<4 A tabela verdade para estas portas é:
A B S
P'IGURA 98 O O O
O 1 1
O integrado possui dois flop-flops independentes qUI
1 O 1
possuem saídas a e Õ.
1 1 O
78
79
Q4

1~!5)
CLOCK
2

FIGURA 100
Observe que, somente quando uma ou outra das entradas
está no nível HI é que a saída é levada ao nível HI. Nas outras FIGURA 101
condições a salda permanece no nlvel LO.
temos a ligação mostrada na figura 103.
Cada uma das quatro portas que formam este integrado
pode ser usada independentemente, lembrando que a alimenta- As sardas são em BCD, ou seja, têm peso "1 ", "2", "4" e
1'8".
ção sempre deve ser feita com uma tensão, de 5 Volts.
40.07490 Assim, se aplicarmos na entrada 6 pulsos, as sardas serão
levad as ao n ível O110 qu e co rresponde justamen te a 6 em BCD.
Completamos esta série inicial com o 7490 que é um do!'
mais importantes circuitos digitais da série TTL, possibilitando 11
elaboração de inúmeros projetos interessantes.
Também se trata de uma função que merece algumas ex Entrada >----f .;. 2
f
';-5 I---- Saída
plicações adicionais, se bem que o leitor já possa entendê-Io com fiLO
certa facilidade a partir das explicações dadas quando falamos
\ .-- j
dos contadores binários. v
';-10
O 7490 consiste num contador de década (divisar por 10)
que avança uma unidade a cada transição negativa do pulso di FIGURA 102
clock.
Observe o leitor que, se ligarmos este circuito ao 7442
Na figura 10.1 temos a sua pinagem, por onde passamos /I que é um decodificador BCD para 7 segmentos e depois um dis-
explicar seu funcionamento. play já teremos um importante circuito: um contador digital de O
até 9.
O 7490 é formado por dois blocos, um que divide por ~ ,
outro gue divide por 5, ou seja, duas séries de flip-flops que po Esta é justamente a base de nosso projeto prático/(veja a
dem contar até estes valores. Interligando os dois blocos obt« figura 104).
mos um circuito que conta ou divide por 10 (veja a figura 102).
A cada pulso, li salda do 7490 muda e isso pode ser
A entrada dos pulsos é feita pelos Clocks. Observe qUI acompanhado pelo decodificador BCD X 7 segmentos e pelo dis-
temos duas entradas de clock correspondentes aos dois blocos. play. Se na entrada for ligado um oscilador de clock Que dê um
Supondo o funcionamento normal como divisar por 1(1, pulso em cada segundo, j41teremos um outro projeto interessan-
te/ Um cronômetro.
80
81
QI sua velocidade máxima de operação é de 18 MHz.
E"t, •••
"41.Fazendo Projetos
A interliqáçáo deste integrados em diversos projetos exi-
ge do leitor um bom estudo e conhecimento de todos os princí-
pios envolvidos. Deste modo, não será fácil, pelo menos de início,
projetar equipamentos digitais mais complexos sem a ajuda de
manuais ou informações mais detalhadas.
No entanto, com os ensinamentos que damos aqui o lei-
tor já pode começar, e" muito mais que isso, pode entender como
funcionam aparelhos prontos que apareçam em publicações téc-
I ~ Ao
m6dul. seguinte ·nicas ou mesmo montados.
Os projetos iniciais que daremos a seguir são mais de cu-
FIGURA /O:J
nho didático, permitindo que o leitor entenda o funcionamento
Para resetar o contador, ou seja, levá-Io a indicar zero nn de cada integrado e de sua união em disposições mais complexas.
saída (0000) basta levar as entradas reset ao nível O, ou. $eja, II Lembramos que o leitor pode desenvolver estes projetos
gando-as à terra. em placas de circuito impresso de sua própria confecção, ou se
Para levar o circuito a indicar "9" basta levar as entradu desejar uma experimentação deve fazer uso das matrizes de con-
de set 9 ao nível HI. tacto ou "proto-boards", conforme mostra a figura 105.

eco
r-
.......... *-~.~
..•••.•.•.•..... ~~ ~
_..~~..~~.~
~.~.•~~.~~.....•.
...•...........
Ent,ad
f-- /7 •
• •

:::
••••••••••••••••••• ~ •••• A •••••••••••••••••

:':::'::!::f::::J,"
• *._ ...• _•...... •
7447
.••...• :i:::::: :::: :.::':-
::::.!::!!::::-::;:!:::::::
O
7490
pulsos
•.••••.••••.•
~ ••.••..••..•... --••-,,*'
• -_
'.'•••..•.•.•••.•.•••.•••.•••
•..•••••
«..--. ..... .-.••..•. ,..- ..•.••
J' •• ~
_•••••.••••• ~~'"':~:rr~
_. J" ••••.••••.••••
-
-
••••.•••••
~...••.~••.~•••••...
•.• -•.•••••••••
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'••••.••.• -
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- ..
~ ••••••••••••••.•.•••..•••••••••• It' ••••

- ••••••••••••••••
••••~._ •••••• w.,J••••
.." .•.....••
••••• ~*•••
,••• ~., •••••••••••••
_•••••••• ~••
~.~ •••••• ~•••••
.••....,. .....
Contador O.codificador Oisplay
•..... • •••.••••
~ ..
"" •• " •.«.
-_ ..... ....••••••
-

FIGURA /04
O 7490 somente conta para frente, isto é, em numeraçn«
FIGURA 105
crescente. Existem contadores que podem ser programados pU111
contar em valores decrescentes (contagem regressiva), rnasesn Com estas matrizes de contactos, o aproveitamento de
serão vistos numa outra oportunidade. componentes é imediato, pois feita a experiência o componente
Para fazer a contagem até 9, é preciso interligar externn pode ser retirado e guardado e novamente aproveitado em outro
mente os dois blocos. projeto. .

liga-se então um "jumper" (fio de ligação) entre o clock Montagens experimentais muito interessantes com circui-
e Q8 caso em que o sinal entrará pelo clock 1. tos digitais podem ser feitas com facilidade.

O consumo de corrente por cada integrado é de 32 mA I Se o leitor gosta de eletrônica digital e pretende realizar
82 83
seus experimentos, sugerimos comprar um certo número de inte
grados.

Os integrados sugeridos são:

2 7400
7
2 7402
2 7404
2 7408
1 7410
6
.
555
3iJUL
1 7420 2
L-

1 7432 C
2 7442
2 7447
I -:
2 7474
FIGURA 106
1 7486
2 7490
tegrado, em que ele aciona um LED que piscará na freqüência de-
1 555
terminada pelo valor de C e ajustada no potenciômetro P1.
Este 'último, o 555 não é realmente um integrado TTL,
Este circuito pode ser usado como um "clock experimen-
mas sua utilidade nos projetos digitais ficará patente com as ex
tal lento" para estudo do funcionamento de circuitos digitais co-
plicações que daremos a seguir, não esquecendo naturalmente II
mo contadores.
fonte de alimentação.
+6V
42.0555
O 555 é um timer com características compatíveis com o
circuitos TTL. Podemos usar o 555 como oscilador de freqüência
que vão de 0,01 Hz a 100 kHz o que permite utilizá-Io como clock
de circuitos integrados digitais TTL.
Na figura 106 temos a ligação do 555 como oscilador qUI
produz um sinal retangular. 7
I 4700
A freqüência de operação é dada pela seguinte fórmula: 555 3
f 1,44 6
= (Rl + 2R2)C
~~L"

Onde: f é a freqüência em Hertz


Rl é dado em Ohms ~
R2 é dado em Ohms
C é dado em farads FIGURA 107
O valor mlnirno de Rl + R2 é de 1 k
O valor máximo de Rl + R2 está em torno de 3 M O LED acende quando o nível de saída é HI.

Na figura 107 temos um circuito de aplicação para este in Ligando este circuito um multivibrador biestável ou flip-
84 85
flop podemos analisar seu funcionamento. 100","

43. Conta dor Binário


220n
Na figura 108 temos um projeto de contador binário
usando o 555 e o 7490 com 4 LEDS.
ti

+5V ~Sordo
ri J1JL
L7- ~

is Só h6 saída com S ativodo


I

• 16 ~
555
3 FIGURA 109
7490
Neste circuito, somente quando S é ativado é que o osci-
t=j: '-------
Contodor
/
lador entra em ação, produzindo os pulsos de clock.
Quando S é solto, o circuito "é inibido parando a conta-
IlO~F gemo
Uma aplicação interessante é dada no projeto a seguir.
FIGURA 108 45. Sortea dor
Usando o circuito de disparo em questão, em que, ao
Este contador conta até 9 em binário, acendendo os LED!. apertar S produzimos um número aleatório de impulsos, mais um
de modo a formar o número correspondente. decodificador 1 de 10 e um 7490, podemos fazer um interessante
Assim, um LED apagado, dois acesos e um apagado,indl projeto capaz de sortear um número de O a 9 (ou 1 a 10). Veja a
figura 110.
cam 0110 que em binário corresponde ao 6.
A velocidade com que os números mudam vai depender 100nF
da freqüência do 555 que pode ser ajustada no potenciômetro P1.
Observe que o 555 também é alimentado com 5 V. Esl<
integrado pode ser perfeitamente alimentado com tensões de at
15 V que o torna aplicável também em circuitos equivalente:
CMOS.
7442 +5V
44.Um Cloek Disparado
Um outro circuito que pode ser usado para ativar o con
tador experimental até 9 é mostrado na figura 109 e usa um 7400. '--v-I
Diagrama simplificado de 10 Ieda
A freqüência é dada pelo capacitor C que 'pode ter valoro
um sorteador digital
entre 100 nF e 10 ~F. Quanto maior o valor de C, mais baixa é 11
freqüencia e, portanto,mais lenta a mudança dos números.
FIGURA 110
86 87
Sem este resisto r a corrente não tem limite e pode quei-
o pulsador com o 7400 é ligado ao 7490 que faz a conta
mar, tanto o display, como o integrado que o excita.
gem dos pulsos de O a 9 fornecendo uma saída. Em seguida, V811'
o 7442 que toma a saída em BCD e a transforma numa saída de 1 Existem alguns integrados que possuem o resistor limita-
a 10 acionando um dos LEDs ligados. dor já em seu interior, dos quais deveremos falar futuramente.
~ São dois os tipos principais de displays de 7 segmentos
Assim, quando pressionamos o interruptor um numero lh
pulsos aleatórios são produzidos, sendo contado pelo 7490 [nu usados:
final de cada 10 ele volta ao O). Quando soltamos o interruptor, 11
a) anodo comum
\ , circuito pára no número de pulsos produzido até então. b) catodo comum
Temos na saída do 7490 uma indicação binária (BCD) des No display de anodo comum, todos os anodos dos seg-
te número de pulsos que é usada para excitar o decodificadoi mentes são interligados a um terminal único, conforme mostra a
7442.
fi gura 111.
Na saída deste lntegrado uma única levada ao nível L()
é

+
acendendo o .LED correspondente. Este LED indica o número SOl
teado.
, O capacitar de 100 nF é o recomendado, pois permite qUI
a velocidade de clock seja tão grande que o jogador não consiqu
controlar o sorteio, fazendo' cairo número que ele quer.
/7
Uma versão do jogo "rapa-tudo" pode ser elaborada iI
partir desta configuração em que, nos LEDs teremos as sequintos L-
_/
indicações:
O-tiraum
1 - tira dois
2 - põe um Acionado no L O
3 - rapa tudo (Anodo comum)
4 - deixa como está
5 - tira três FIGURA 111
6 - põe três
7 - jogue outra vez Este anodo é então ligado ao (+) da alimentação e os ca-
8-tiraum todos na saída do integrado decodificador. Os segmentos acen-
dem então quando o catodo do segmento vai ao nível LO, ou se-
9 - põe um
ja, é aterrado.
O jogo pode ser feito com fichas, e te' irá quando al
Displays de anodo comum são usados com o 7447, por
guém ficar sem nenhuma delas.
exemplo.
46.Displays
No display de catado comum, os catodos são interligados
Os displays usados nas montagens digitais mais comuns, e.vão ao negativo da fonte. figura 112
são os formados por diodos luminescentes ou LEDs.
O segmento acende quando a saída correspondent ') in-
Cada segmento é um LED que acende com uma tensão tegrado passa ao nível LO para o HI.
mínima de 1,6 V, aproximadamente, e que precisa ter um resistot
Um decodificador para este tipo de display é o 9 8 que,
limitador de corrente que normalmente é um resisto r de 330
Ohms. apesar do nome, faz parte da linha TTL.
88 89
tos, a corrente será de 420 mA.
Numa montagem em que temos dois dfgitos, o consumo
de corrente chegará a 840 mA. Uma fonte de 1 A é o mfnimo que
se exige para esta aplicação.
/-7 Na figti,ra 114 temos o aspecto deste interessante display

L-
_/
mOi.·!"~·O.

A8COEFG

0000
AciOllodo
(ltatodo.
110 HI
comll"')
8 0°
~OOOO

FI6URA 112 °000°


Os tamanhos e as identificações dos terminais dos dis-


K ou A
plays variam conforme o fabricante.
Se o leitor tiver dificuldades em obter um display conven- FIGURA 114
cional em sua localidade, pode perfeitamente montar um com
LEDs comums, segundo mostra a figura 113. Uma possibilidade interessante consiste em se utilizar
SCRs e alimentar lâmpadas incandescentes de 110 V ~ assim fazer
um display gigante. Placar de jogos pode ser feito segundo esta
0000
0° ,p'LedS técnica.

° 00000 . A-@@-K Voltaremos no volume dois com mais projetos, mais inte-
grados e novos ensinamentos para os leitores interessados em
O O eletrônica digital. Aguardem.
0000

FI6URA JJ~

A alimentação será de 5 V e serão usados 7 transístores


BC548 para excitar as "barras" ou segmentos, cada quaL com 3
LEDs. . •• •
A entrada deste circuito é compatlvel com os dispositivos
TTL, mas seu consumo de corrente existe uma boa fonte.
De fato, cada LED .consorne em média 20 mA, o que signi-
fica 60 mA por segmento. Como temos 7 segmentos, quando o
número 8 for projetado, caso em que acendem todos os segmen-
90 91
OISP~

/-7
NOSSO PROJETO PRÁTICO L-
_/
MÓDU LO CONTADOR DE O A 9 - TT L IIIIill
O.codlf"
( Icador

Damos elementos para que o leitor monte um módulo IÍÍI


contador de 1 dfgito(O à 9) com o qual podem ser desenvolvidos Elltrada >-J
diversos projetos interessantes. Com dois módulos pode-se ter a
contagem até 99, Com três até 999 e Com 4 até 9999.

Dentre as possfveis montagens que o leitor pode ter des- I


tacamos: FIGURA J

• Contador de objetos em linhas de montagens a contador usado na entrada é um 7490 que é um conta-
• Contador de pessoas em entradas de teatros ou cinemas dor de década, divisor por 10, que conta somente no sentido
cr.escente ou progressivo.
• Cronômetro
Este ci rcu ito recebe os pu Isos de entrada do ci rcu ito de
• Contador de eventos em pesquisas cientfficas sensor ou clock e fornece uma sarda em BCD de 4 dígitos.
• Contador de voltas para enroladores de bobinas Futuramente, daremos elementos para que se altere a
• Medidor de rotações por minuto contagem até 6, caso em que podemos fazer a montagem de re-
lógios, ou divisores por 60.
A montagem é extremamente simples e não há limite para
o que se pode adaptar na entrada para a produção dos pulsos a sinal deste integrado é levado a um 7447 que faz deco-
que devem ser contados. dificação dos níveis BCD para acionamento de um display de 7
segmentos.
A velocidade máxima de contagem é determinada pelas
caractedsticas do 7490 e está em torno de 18 MHz para o TTL da Este integrado atua pela queda de tensão nos terminais
série normal.
dos segmentos que devem ser acesos, o que exige o emprego de
displays de anodo comum. .
As caracterrsticas do módulo são:
Para displays de catodo comum pode ser usado o 9368,
Tensão de alimentação .............••.•.••.....•. 5 Volts
cuja pinagem e modo de ligação são mostrados na figura 2.
Número de dígitos ...•..........•.•......•.......•..• 1
Resistores de 330 Ohrns devem ser ligados em série com
Freqüência máxima de contagem · •••.•.••••..•••.•. 18 MHz os segmentos para limitar Sua corrente.
Consumo de corrente ......•.•.•••...• 75 mA (mais o display) A alimentação deste integrado também é feita com uma
Como funciona tensão de 5 V e seu consumo de corrente está em torno de 43
mA.
to. Na figura 1 temos a disposição em blocos de nosso circui-
Temos finalmente o display, cuja medida é de um tipo
comercial comum para o qual damos diversos equivalentes na lis-
92 ta de material.

93
tI

9368
, +5V

" (N
FIGURA 2

Em suma, a pinagem dada nesta placa de circuito impres-


so, assim como as dimensões correspondem a todos os tipos in-
dicados na lista de material.

Se o leitor tiver outro tipo de display com terminais dife- FIGURA 4


rentes ou dimensões diferentes, nada impede que seja feita uma
alteração no desenho da placa de circuito impresso. Um LED indicador de funcionamento pode ser acrescen-
A fonte de alimentação para o circuito pode ser a da figu- tado com um resistor em série de 1 k.
ra 3.
Montagem

jj'
12+12V
Começamos por dar o diagrama completo do módulo de
N. 'II i 11 o+5V contagem (veja a figur~ 5).
A placa de circuito impresso usada é dada em tamanho
C2
IOOnF natural na figura 6.
lN4002 +. CI
Ao realizar a montagem, se possível, use soquetes para os
lOOO)lF
circuitos integrados e observe o seguinte:
, • , , oOV
a) Observe a posição dos circuitos integrados e do dis-
FIGURA s play, pois inversões comprometem o funcionamento do circuito.

Nela temos um transformador com primário de acorde b) Observe os valores dos resistores !imitadores que, se
com a rede local e secundário de 12 V X 1 A. posslvel, devem ser todos de 10% de tolerância para que todos os
segmentos acendam com o mesmo brilho. .
O circuito integrado regulador de tensão é o 7805 que d
ve ser dotado de um radiador de calor. Na figura 4 mostramos /I c) Observe cuidadosamente a polaridade das ligações do
montagem desta fonte tendo por base uma pequena ponte d módulo na fonte, pois se houver inversão haverá também a
terminais. queima dos integrados e do display.
Os diodos podem ser do tipo 1N4002 ou equivalentes d d) Nunca alimente o circuito com tensões superiores a
maior tensão e os capacitores de filtro têm tensões de trabalh 5 V, pois pode haver a queima dos integrados.
de 16 ou 25 Volts.
e) Observe bem a construção da placa evitando trilhas em
94 95
1I I

+ 5Vo i

CI-2= 7447 pj,~ .~


IJ-V--
93b& ~~ {O"" w

E O I
-- s

Prova e uso

Na figura 7 temos a ligação do circuito a um interruptor


que serve de produtor de pulsos de contagem, para verificação de
funcionamento do módulo.

a. "
(.-

0+5V I ~l-I ti 0+5V


I -

P
S % S.i." pe,. entrada .0 IIIÓdlllo d. "Z •••08
- c.
lK 1-'
FIGURA 5
0000000
rrm
curto ou interrompidas que podem prejudicar o funcionameuu si 10" ••
CEJ :t=:~v
doclrcuito,

Para experimentar o circuito depois de montado fl)(lIàI~ml


diversas possibilidades •.
FIGURA 7
96
97
\l

Um circuito melhor para a prova de funcionamento' -a.i.nemeção para todos os módulos écorm.n
mostrado. na _ •••• em
que usamos um 555 para a produção de
pulsos sem o perigo de transientes, como ocorre com a chave. Listade material
CI-' - 7490 - contador de década TTL
CI-2 - "7447 - decodificador BCD X 7 segmentos TTL
DV-1 - Display de 7 segmentos
R1 à R7 - 330 Ohms X 1/8 W - resistores (laranja, laranja,
f.Ol ~+5'o'
marrom)
lQJ Diversos: placa de circuito impresso, soquetes para os in-
tegrados, fios, solda, material para a fonte de alimentação.
0000000
E c=J • I • S
Aplicação 1

c:::J 0'0'
Contador de Objetos
Na figura 10 temos o circuito para um contador de obje-
tos utilizando na entrada um 555.
O potenciômetro permite ajustar a sensibilidade do sis-
FIGURA 8 tema em função da luz ambiente.

Os transientes podem fazer com que, num fechamento dI 9 senso r é um LDR comum, e a alimentação é feita com
chave mais e um pulso seja gerado e o display "salte" números. uma tensão de 5 Volts.

Para acoplar dois módulos ou mais de modo a ter' um +5V


contador dedoisou mais'dfgitos, a'Iiqaçâoé mostrada nafiqura +5V
Oezenol Unidades lOK
~
I I_I
/ LI

ra'
~ ~

,-,II

'_I
• 16
555 .J Ec=J 5
c::::=:J
ECJ
lOOnF
r=J T'
0000000 0000000 • I 12 ov
r-
~E QE!J S
-:
@:::TI
J...eE s. r-
@:!J @JJ

~F
Ao +
..+------0 60V
E dos centenas FIGURA 9 1 Objeto

Observe que o módulo mais próximo da entrad II dI! ~ Lâmpada 15 à 40W

unidades, o seguinte o das dezenas, e assim por diante. FIGURA 10


98 99
Aplicação 2
100nF
Cronômetro I • O+5V

2200

. figura
Novamente
11).
temos um 555 como base deste projeto (veja a
lOl
+5V
l!:2J
JJI
E
c::::Js
~

CJ
14+-O+
7400 {

[0']
t: lOl 7+-<>OV
I_I l!:2J Unidades
c=Js c=J Dezenas

6
JHEc=:J Ec:=:J ~
FIGURA 12

• • 12
Com três dígitos o sorteio será de números entre 000 a
:r:lO)JF 999.

~
Ajustor poro 1Hz

FIGURA 11 •••
o trim-pot deve ser ajustado para que o oscilador 555 te-
nha uma freqüência de 1 Hz. O contador com dois dígitos contará
então de O a 99 segundos.
Se o leitor ajustar a freqüência para 1 pu Iso a cada minu-
to então o cronômetro contará de O a 99 minutos.
Aplicação 3
Sorteador
O circuito da figura 12 permite sortear qualquer número
de O a 99 formando assim um disposit ivo de lato à prova de f rau-
des.
Aperta-se o interruptor S e quando ele for solto apareco
rá no display um número qualquer compreendido entre 00 e 99.
Como não dispomos de memória, nos sorteios seguinl
nada impede que haja repetição do número sorteado numa p rn
babilidade de 1 para 100.
~
100 101
PEDIDOS PELO REEMBOLSO POSTAL
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Caixa Postal 14.637 - CEP 03698- São Paulo - SP.


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PEDIDO

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