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Frei Pedro Sinzig, O. F. M.
Opus 31

:I!' oE :I • Ml!roHlEI R O
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Ull3
Typographl ,, dds ,.Vozes d., PdrO]:olís"
P<:TRO:POL15
1. Lagrimas ")

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~~--3 =i1 $Jtttf;ã--t~
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-- __ IL --.--
1. Com as lu-g ri- rnas nos o - lh os,
2. Den-tro d'al-in a foi na - sei - da,

~~-=f~ •
Com a do r no co - ra - çao,
->--:..__

Foi a tl ôr q ue m'u- in-spi-ron,

~--fi=~-ª~ Vou sol -tar da t ri- ste ly -ra


Foi a fn r-vi - da sau - da - de

~~l~t _-rlf~ll~"i=t-1ª-~
A mi- nh a t ri - ste can - ção.
Qur no pei - to m 'a ge - ro u.

j-~ ::/- ?t- J~ll::::j~~


f@- - r:=r ~r~~ -~wr
E' sin - ge - - - - la tão sen-
Foi a ben - - - - ç.ão der - ra-
--=-.J,...O:::-o-ceo-·-m-p-anhamento d este canto acha-se ent1·c u phan-
losina publicados em •Salve I Bra,IJ•, o pus SO, <lo m osruo
auror, e d itadas pelas VozCb de Petropohs•. P re~.o 2$000.
- 4-

~·m~-r=J=td~
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ti - da Co-mo~os ais da
dei- ra Que mi - nha miie

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I orp =-=±~--=FI
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so - - li · diio, Ma11 ar-
me lan - çou, Foi a

~~-~~~~
den-te;--a - b1·a - za · do - t'a Co- mo~a
àôr, a diir im - mcn - sa Que-es-te

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eo · rn - ção:
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Mas ar-
CII.n - to mc~in-spi-rou; Foi a

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den-te~a- b ra - za - do - ra Co· mo-a
dôr, a dôr im men- sa Que-es-te
- 5 -

1--~~~l=:=§~-f~_a-=-Etl•
~i'-~--i-?~·Er-~
-- - "i- -

dói' do C•l • ra • ~~ão.


r.an - to nw-inspi- rou.
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..
.
•>·
. Miuha i\Iâe.•! Primeiro nome
QUfJ- a ~ or-rir balbuciei!
dl-linha mão . ! Doce- harmonia
• Qu(~ jamais olvidarei!
Eu por ella,-as santas crenças
No meu peito-acalentei.
<l\tâc·. e <-Deus• foram os no mes
Que- a sorrir balbuciei.

4.
Minha mãe, oh !"'minha-amig a,
}T<•n primeiro-o ~anto amor !
Para mim fo8te na vida
Mais t}lte-um anjo do Senho r !
Quantas vezes no teu peito
E >o~oncli a minha dôt·!
l\lãe, uh! ;\Iãe, tu foste sem pr e
Meu primeiro-·e santo-amor !

5.
Sempre meiga e c-arinhosa
Vi o teu pranto correr,
Doce pranto que soltavas
A' vo:r. do meu padecer,
-6 -
F.ra!' mãe! Só tu podias
Minhas magoas compr' ender ;
Ab ! mil vezes, com t"Hen pra nto,
t Vi o teu pranto co r rer.
(l.
Am or d e m ãe! amor santo !
Ai de mim, já o perd i!
Tiío ardente, tão sagrado
Nunca, nu nca~o conheci !
Ha m uito~amor nestH vid a,
Mas, tão pu r o, nu n ca~o vi !
•Amor d o miie • conheci-o
Só d epois, quando- o pert.li.
7.
E perd i-o! ... Si m, no mundo
Ao desam par0 Eiq n<'i . . .
Foram lagrimas de fogo,
Lagrimas quP.~ent ão chorei.
De joelhos sobre-a campa,
l\lãe, oh ! mihl, por ti brad ei !
l\las debalde! Xãu me~ouvias,
Ao de~ampar o fiquei.

8.
...
Mãe, oh! mãe, adeu& ! ... E u calo . . .
Mais não podc~o coração !
Expirou, morreu nns labias
A minha triste ca n ~ão.
Só teu nome- inda repetem
Os echos da solidão ...
Teu nome, que-o tenho n' alm a,
Como-a dôr no coractão.
Plnltelro Calda•
2. Saudades
La = fi'á

~~ !~§~I~ -~-- S
L Que sau - da - de;; cu te - nho da'""in-
2. Mi-nha-in-fan-cia tão lin- da~e tão

fan-cia! Qne sau-da-d(~s eu te-nho do


bel-la, Lin-da quadra dos tcmpos fe-

• &i:J
v
..J 1-l kf~~-=llt J-J tJ
lar ! Des-~a q ua-clra pas - sa-da ri-
lizes, Em quc- a-le-gt'o cor - l'en-donos

so-nha, ::34m tri - ste- zas, sem


Ca!ll-}JO S Eu ria;. ro · sas co -

3.

E de:~: (llllWS cu tin!l :! Rúmente


Quantlo~' um di a~o,, I'Oehedos deixei
E"""cssas flores c vel'dcs campinas
E.--..as rolinhas que tanto-afaguei.
-8 -
4.

k E depois cmpalada uas ondas,


Eu deixei este meu Portugal;
Soluçando bom triste, coitada,
Com saudades da terra natal.

3. A Corôa da Virgem
La egunl a Sol
É:c J~~~ =++~J~ -~
~=-- ~--~g~=--U7
1. Não vês, don-zol-la, como nasce~a ro-sa
2. Com cs - sa c' rô-a q uc tu tens,don-zel-la,

~~-r-:;ttt:::E:t_~
~~~
------ ------------~
L- '-..
Que tão mi-mo-sa des -a- brocha-a flôt· ?
Po-des com el - la glo- ri- ar-te~a - qui;

~k!EffE~I~
P ois, tu, oh! vir-gem,in-da~4~smaisfor-mo-sa
C'rõ-a de vir-gem, não a per-cas, bel - la,

ii±at:=E::J ~J~~-=n :=a:t


!itl= ===-" i:±~
----==·- -~*tJ
Do que~essa ro - sa de tão !in -da côr.
Por-que-a per- de!- a, que 5C - rá de ti?!
9-
3.
Mas essa flôr que já foi t~io formos'7t,
A linda rosa, para-o chão pendeu; •
Agora murcha, desfolhou-s e ~a rosa
E de viçosa toda--a côr perdeu.
4.
C'rôa de virg:em, ~i-a perderes, bella,
Assim como-clla perdeu viço-e cór,
Toda-a beller-a que tu tens, donzelln,
Has de perdel-a, COHio-a penle~a flôr.

4. Meus oito annos ')

:É3f c· -~- ~dmE==t:=t--~


~:±: __ t:l _ __l~ ::r-
- -El
1. Oh! que sau-da-des que te - nbo
2. Co-mo são bel- Its os di - as

ilf~ ffl= ~~~ig!Jr t-=I~~


D 'au-r~ ra da mi-nha vi - - da,
Do des-pon-tar da~e-xis - ten - - cia !

Da minha-infau-cia que- ri - · da
Res-pi-ra-a al-ma-inno- cen - cia
•) O accompanhumento acha-se em >Os jov•ns muslcos>
para plano e violino, op. 10 do mesmo autor.
- 10-

~~~~~
an-n os ni\o tra-r.cn1 mais!
~tc ~os Qu e~a -
Co-mo per - fu - mcs a flôr ! O

~p~-t--
-g-l_~T*"~
-=-:-r=- _=~~==-~
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mor, qL<e :;o-nhos, que fl ô- rcs Na -
m:ll' c la · go se · re - no, O

@F-b:
1 -
~l~- -E~i;l-==r-:x3Et=±l
=tB- _.- - ___ 3. --=-~
+ +•-..--- I
I ,.. ·• +
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q u<'l-las t:u- • <les fa-guei-ras A'
céu um ma n -to~a-zu-la - do, O

__::t::t=J- L- t-=p Ir~ _J_ :l


-~F-r=-~·-:-:
-, -- -- oo -~- -='=-3 ...
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som-bra da ~; ba - na · nri · - "ras De ·
m un -do~um so-nho doi - ra · - el o, A-

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_ r- ~-r _& -t~
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-·-

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-
4-

hai - xo dos la ran -


jaes!
vi-il a~u m hym-nod'a - mor!
11

3.
Quc~auroral', que sol, qn c vida .
Que noites de melodia! ..
N'aquella uoce~ale~ria,
X'aquclle~ingenuo folgar !
O céu bordado de~cstrellas,
A terra d'aromas cl1eia,
As ondas l.Jeijando~a areia,
E~ . HW h e ijarH.lo~o mar~

4.
Oh! dias da minha~infuncia,
Oh! meu céu de primavera!
• Que doce~a vida não era
Ne~sa risonha manhon!
Em vez das mag·oaR d'agora
Eu tinha nesRas delícia~
De minh;\ mãe as cari<;ias
E beijos de miuha irman.
5.
Livre filho das""montauhas
Eu ia bem satisfeito.
l)e r.umi~a...-ab crta.--no i.leiln,
l'f>;; de~cnh:os, ul'H\.os nús,
Correndo pelas campinas
"'-J roüa das eaúllO(•ira~,
Atra:t. dai" azas ligeiras
Das lmrLJoletas uznc,; !

6.
N'aquelles tempos dito~os
Ia colher a:; pitangas,
Trcpava~a tir·ar as manga,
Brincava---á beira do mar;s
- 12 -
Rezava~as Ave Mariai'l,
Achava--o céu sempre lindo,
Adormecia sorrindo,
E despertava~a r.antat.

7.

Oh! que saudades que tenho


D'aurora da minha vida,
Da minha.-..infancia querida
Que--os annos não trazem mais!
Que--amor, que l'Onhos, que flôres
N'aquellas tardes fagueiras
A' sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjaes!
Caslmlro de Abreu

5. A donzella

~ 1 8-=F--=f=fffl~
I ~ Fi=l
r··· I,. ; 1

1. Quem cre -ou, ter- na dei - da- de, O


2. Quem cre -ou a lu-a, -os ~:..- - res, O

~u r-c ;fflftF'~ r
céu desse~azul sem fim'? Quem creou a~immensi­
mar,es-trel-las e sol'? A tin-taquetinge~os
- 13 -

~+~
§1=r~=rlf=t~
da-d e, Quem tr. fez tão bel-la-as-sim?} A'1 1
ma-res Ao as- so-mar do~arre- boi ? ·

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• quem foi, di - ze, Íon - zcl - - Ia, Quem

-~ .~~~~
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-(1--fll--•==== - i ,. ~
1-'"' "'
q uc1u foi,
~ c I
di - ze, don - zel - la, Quem

~m~~- foi. q u~ te fez tão bel- la ?


- 14 -
3.
Quem creou tantos peixinhos
No mar, no rio,~a !'laltar ?
Esses leves passarinhos
Cu'as azas fendendo~o ar ?
Ai ! quem foi, dize, donzella,
Quem foi, que te fez tão bella '?
4.
Quem fez o pégo profundo,
Quem foi que~a terra creou?
Quem do nada fez o mundo?
Quem tantas cousas formou?
Ai ! quem foi, dize, donzella,
Quem foi, que te fez tão bella '?
5.
Quem for mou as maravilhas
Vistas na terra e nos céus ;
Quem deu pcrfume~ás baunilhas,
Quem fez tudo .......isso ? ... Foi Deus !
Ai! foi Elle, sim, donzella,
Foi Deus, 'I{Uem te fez tão bella !

6. A' minha irman

~~~ !ª~ =}3J J; ; J


1. Não te......es-que- <:as de mim, ir · man-
2. Não te..-..es-quc- ças de mim,quahJo~o

~~=gp~~~
si-nha, Quando-a aurora no céu des-pon-
vi-res Lá nas grimpas o mo-cho-a pi-
- 15 -

tar, Não te~esq ueças do m im quan-do


ar, Eu como~el-lo tam-bem vi - vo ·j

~~~ --~~~--a
~-==- - ~- -~~ W- p
vi - rcs As es - trcl -las no céu a bri-
tri -ste Pas-so ~a vi-da~em con-ti - nuo cho-

~~=====
lhar-
rar- 3.

Xão te-esq ueças de mi m, quando fõrefl


A correr pela beir a tlo mar,
1\ão te esqueças ele mim, quando--as ondas
Virem, lêdas, na p raia br~d ar.

~ão te--esqueças de mim, quando--o ool


Occultar-f'P DOr traz do--hori~onte,
Não te esqueças de mim , quando~o vire~
Vi r a !f:'g re~os cul ar t ua fronte.
fi.

Não te~ csq u eças de mim, innanzinha,


Não te~e sq u eças do pobre--exilado,
Que f:Ó te ve mo mentos feli:r.es
Quand o,.-.alegre, vi via~a teu lado.
7. O Anjo e a criança
Dó egual a La
~~~~ ~r;-~~~3
~~-i~~ "I~
Sobre-um berço r e - cli- 11:1 -do, Rn-di-
Ir - mão - si-nho, ne;; - te mun-d o, Pas-sa-
A dôr de teus pa e~ que- r i -dos Sa-be-

an-te~an-jo do céu Con-tem-


gei-ro ~ é
o pra - zer, Não ha
rá Deus con - so - lar, E com

pla- v a s u-a i - ma - gem Co-mo"'a-


go - w Hem tri - ste - za Lon- go
fé mcs - mo ~llo - rnn - do, Di - rào:

~- ~- j1 ~-===-_:_:h:3
-==•- ==-=~~-=
W:::::!:
"~~~-=--=- no
-1==~
véu. .. - - -- · Cri-
pran-to é o vi - ver. Com-
.: por nós foi o - r ar.- Vem,

~~~==-:==tm --:fE::)
- - - .Ei-
!W= . ~
=~
-"'--- _ s,
an - ça t ao lm - d a ~ e pu- ra• - El - lc-
mi -go vem! Não, não que-ro Vêr-
pois, do -ce cri · an - ci -nha, Yern
- 17 -

diz, •com- mi - go vem ! Sim, cor.}-


te tão dc-bil sof - frer ! Não que -
- com-migo~a Deus ver! Que fa -

~~
---- --;, ff~
-·-
---
- -- - - -
ro vêr de
----
mi-go nas ai - tu - ras, Vem - - -
tem; o - lhoH Tão a -
zes tu nes - ta ter-ra? P'ra -- -

~~~
v
vêr a .Te- ~us tarn - bem !
--
Que
zucs cho -ro cor · rcr! Vem, for-
ti mor-rer ú vi - ver! E o~an-

~
~-=
_c_9:Q:(bc-=~
L. -
~..J~: ~-c , '4=Fr
fa - zes tu n es-ta ter - ra, Tri-ste
mo- !:fà cre - a - tu - ra, No cs-
ji - nho com a cre -an - ça, Mi-mo-

~· a=~~=!=~~
mo - ra - - da de dôr '? El - la
pa-ço~i n-fín -do vo - ar, Ve m com
~>at> fio - - res do céu1 Fo - ram
w-±
- 18 -

~: ~-f---=:;:=~
~=:? ~ ~-t-e i-=3
de ti não é di • gna, Oh! do
teus irmãos, o~ an - jos Ao nos-
na mansão c - ter - na Con-tem-

~~~~~
~~-=t~~T:_:r
3
ceu · •
m1 - mo - sa fiAor.
so Deus e - xal - tar !
piar a l>eus sem véu.
P. O. O.

8. Angela de Jesus
..
~~-~;~-r-iH·'-~
±=d td
==~- i-
1. Tens um no - me tão bo " ni - to!
f4
2. Pois tau - ta do - çu-ra--en-cer- ra,

M=f ~4 mt~í--ffl
(As-sim fos se~o no-me meu!) Quer di-zer an -
Fa- la tan-to--ao co-ra-ção, Que~alinguagem
- 19 --

~RliP~~rtJJ
I --. I I
jo, c acre-di -to Que foi t ··a-zi- do rln céu.
)
eá da ter-r a .\ãn ,. :,;- vcn - w-va, nrí•' 1

;$.
Mas ... (l'erdôa-me-..a franqueza)
:Mas a ti fica- te bem.
Tu tens m eig uice~e bellcza
Como só um anjo tem !
.t.
Teufi olhos da côr d 'esp'rança,
Faces cln côr da~a lv orada !
Que te falta, pois, criança,
P'ra seres um anjo '? • . . ~a da.
i).
De Je<J·u s! - Pois, não chegava
Seres anjo? . . . Que"'"'ambiç~ío!
Angela só, já ba:.~tava;
P ois, os anj os de quem são~
6.
De Jesus - ai, oxalá,
Q 11~ assim fosse toda~a gente!
De ti duvida não ha :
E' s de Jes us, innoeeJlto;.
7.
Tens um nom e tão bonito!
(As si 11 1 fosse o nome
,....--...
meu ! )
Quer dizer anjo, c acredi to
Que~ um d ia"'"'o seras n o cén !
P. A gostinho da C osta I! Silva
9. As rosas de S. Isabel
P. S.

~ll-;-d%[TIYE[j~
1. On-de~i - d~~. cor - ren-do , ~a - si -
2. El - Rei per - gun - ta~ese~es -pan-

~~-m~~=s
0/
nha, On-dc~i - des, bel - la Ra - i·
ta A' nos - sa Ra - i - nlut San-

~ r ~ r r i~~~ ft~
nha, On-de~i - dr.s, cor - ren-d o ~as- sim '?
ta, P er-guu - ta~E l- Rci Dom Di - niz,

~ ~ ~.J=.J=.=8=R
~-FF t<t=f-t
- -_::::::J~
g
~ Por-que--an-daes fó - • ra dos
Que de--i n - du - stria, por - ta.

~~ pa-ços
I I
Que pe - ~o
,
le - vaes nos
· I
fé-ra, Pe-los ca - mi -nhos de---a-
-21 -

~·r=~-~
--~~=r =r-=~71-: I -'
bra-ços Y Oh! di - zei-me""'a- go-ra~a
go-ra D'in-dustria--encon - trai- 11

~
~~------
t f-- --- - - - - -- - - -- - - -- -
t.J --.
1
--
-
I
-- ================
- -----

mim!
quiz.
3.
Coram-lhe--as faces formosas,
E responde - Levo rosas ...
Dom Diniz deitou-lhe--a mão
Ao regaço, de repente;
}tas de rubra côr virente
Só rosas lá viu--então! ...
4.
Como--o tempo--era passado
Nos jardins, no monte--e prado,
De rosas c toda--a flôr,
E!-Rei, cheio de piedade,
Nas rosas da caridade
Viu a 'beuçam do Senhor.
5.
A Santa regalos novo s,
Fructas, carne, pão e ovos
No regaço e braços seus,
Se m cuidar ser surprehendida,
Ia levar farta vida
Aolol pobrcsinhos de Deus.
- 22-
(i.

E d'aq uelle r osa! cl 'ella


Tirando--u ma r0sa bella,
• Que gua~u no peito se u,
Disse-lhe : ·Em paz ide--agora,
Que--eu me~encom m~ndo, 8enhora,
A' Santa, ao anjo elo Céu• .
João de Lemos

10. Minha mãe

f~=f±=-1=7=-=r~
1. Da pa · tria fo r - mo - sa dis-
2. Nas h o - r as ca · la -das das

-F-~-==-ªª~-==b:J
~:=E:-E~ _;_-J;=_~
i r· 1,1
tante..-e sau - do - so,
I Í I I I. c
C~o - r a n-cl o~e ge-
noi - tes J 'es - ti - o Sen - ta - do só-

~f=l±ff=f1t-~
men-do meus can - tos de dor, Eu
si · nho co•--a fa · ce na mão, Eu
-- 2a-

i:=-=:1- ------=:! _j~==Pr-~ B


ljjl~3-;==r=fE=f ~-j
ri - da Do mais ver - da -dei - ro, rlo
ma- v a: . Oh ! fi - lh o q uc - ri - do do

~~Ffftr @
maissan-to'"'n- mor: l lll"1 1 -
mnn co - ra - (;âo !:. f - nta mae .
.'
r.,
J ----
i --
LI
-
~
- --
----
-----
=1__ -- ~-~-------
-----
-J5-~· ~~ -=========-===
---

I :.1
mi - nha mã e !
~l .

Xo berço p(:ndcnte d o~ rantoA f!o l'id o.~


Em que--eu pequenino feliz dormitavn,
Quem i\ q ue~ esse berço co m l·o do~o cuidado,
Cantando cantigas, al cgrH ~cwbal av a '?
Minha mãe!
24 --
4.
• De n~>it,.,--alta
noite, 1p1ando~cu já d ormia
Sonl!aJ Hl u~e s:-m; sonhos dos anjos dos céu s,
• Quem é· 'JUC' ~nc u ::; lahio~ dormentes roçava,
Qual illljo da guardn, qual sopr o de D eus~
Minha mãe!
5.
Feliz 0 bom filho qne pod e contente
Na <:;t,:a i':1tCJ'Ila, de no ito~c de dia,
Sentir as enrirí:1;:; clo-..;m_j<l de~amores ,
Da~ c'i trclln brill;ante qu r:~a \'ida n os g-uia !
!l-linha m rl e !
ti.
Por is!';o-cu agora na terra do·-oxilio,
Se ntad o sósinh o co'~a
face na mão,
por quem m e cha mava:
S uspiro ·~o :::oln~~u
· Oh ! filho qncrido elo m eu coração !•
Minha mão!
Caslmlro de Abreu

11.

No tumulo da filha
P. S.
La egual a Sol

~-i_-Qi;L QIS=~$~
Du plan-ta que mais pre - sa - vas
Já lhe fal - ta~a-quel - le vi - ço

Que- e-ra, fi - lha, teus a-


Que teu des - vc - lo lhes
-25 -

mo-res, ··- Ve-nho de prHnto~orva­


ela- v a, Gclou-sc~a mão pro-te- \1

lha-das, Trazer-te--as pri-mei-ras-


cto-ra Que tão fa- guei--ra--mJ J"C-

flo-res. - - Em vez de a-f) agar-tc--o


g-a-va! - - Des-gra-ça- das vi- o-

so- i o De........en-f ;.i-tar-te.-as lon-gas


le - tas! - A fim pre-ma- tu-1·o

~~ r t:Ll t!t§~ff§j
tran-ças, Per- fu- rna-rão e- sta
cor-rem ! Po-bres flô-re~;;! tam-bem

lou- za Do ja - zi .
sen-tem! 'l'am-bem de
-- 26 -

~~:=7-6
~-----
r~t==i?l
_ q=j?l5., ____ 3) -
go~eru que des - can · ças. -
• sau- da - des mor - rem. -
Caadido José de ArauJo VIanna,
(Marquez. de Sapucahy.)

12. A filha do pescador

~~*g-J l~- ~~~ T


1. Meu pae, as . on - das en - cres-
2. O que me pe - des, ~1a- ri-

pam,
a,

~~~ JÇij:L J.-'-~


te, E' o m\u tem-po do
Teu pae não po - de per-

~J~ ~~ Jd1EJ@11
~o r- te Um di - a de tem - pe-
der - Um di - a de pes · ca-
-- 27 -

#~J=P±Z:*
~--=d=J=r=.~=l ___
J ,=~=::;çjy::.J
~
--- - "'I
?:f
sta - de. Não vás aos ma-res pes-car ,..,
ri - a. Ou - tro di - a, mi - nha fi-

Com-mi - go fi - ca--e-sta tar-


lha, Teu pae fi - ca - rá com - ti-

de; Não v ás aos ma - res pes- car,


go; Ou - tro di - a, mi - nha fi-

~3J&Sr r~§!~
Com - mi - gc :..J fi - ca~es-ta
lha, Teu pae fi - ca - rá COI''l

~b. -H==i-tJgE~~~
tar - d~!
ti - - go!
3.
Depois de---abraçar l\Iaria
Correu á praia ligeiro;
Um velho, seu comvanheiro,
J u nto~á barca lhe--esperava .
E~a barca ia rl<'scendo,
Ligeiro~as ondas sulcando
28
4.
• E~a pobre moça na costa
Ficára~afflictagemendo;
• O céu foi se~escurecendo
De mais a mais se toldando.
E--a barca do pescador
Já no--horisonte sum ia.
13. Os meus tormentos ")
La. cgual a Sol

jgBkt~l:E§3__lk-.~=-
Quan-clo~as glo -rias que go -
En - cun - tos que já - - não

l EfF tj- 1.-. ~~


zei You na~i -de - a re · v ol-
go-zo, ~'1;; que não pos-so-cs-quc;-

•n ~·~
ver, Vou na~i ·de- a l'C. •
cer, Mas quo não pos'so cs . .

~~-trJ;;;-*/~r~j
vol • ver, Sin-to~á
que - ccr, F a-7.em
') O accompunbamcnto aeba-s e em <Sob o Cr~.t&dro do
Sul>, phantaslaij ~ para piano e violino, opus a do mesmo
autor. -- Typ. das ,Vozes de Patropolis'', Preço 2$000.
·- 29 - -
--...
~~ 0 Lrl!i-ii]=12§ J ~
for - ça da snu - - da - - rle, Meu"
m
dos meus o lhos tri - - stes Meu

&p J r· s a I rfl?StiZJ]
v
tri-ste pran-to cor - r er, Sin- to~á
tri-ste pran-to cor - rer, Fa -~:em

~~ ~r,n
v _
J!©J a
_./
~

for - ça da sau · da-de, :\l eu tri-ste


rlos meus o · lhos t.ri -stcs :.'r1cn tri · stc

~ ~~~lai#,J" J"=fJ
pran-tn cor - rer. } OR que já
pran-to cor · r er. "J

~--; --,~~JS§i
ti · · vc do • • ces mo •

~#rfi I"~~s s-rttJ4t!tã]


~
men-tos São ho-je~ a cau-sa dos meus tor-

~~t~bmen-tos, Os que j á ti-ve do - ces mo-


- 30-

I I.
•(ifi=~~~_,..Ei
_-,--t'ª -J "f J' J§J
meu-tos São hc·je--a cau-sa dos meus tor-

men-tos. cau - sa dos meus tor-

~l r r==t=tt=e hl~ li~


men-tos, São h o - je--a cau-sa dos meus tor-

~_J_ÇtE-
men-tos.
,,
14. Carta ao José

1. Nno i - ma- gi -nas, fi - Ih i - nho, Co-


2. Ao pas-sar por tu - a ca - ma, Co-

mo teu pae fi - cou tl'i - stc No


mo~aclei - xa-ste--ar-ru - ma - da, Pa-
- 31 -

r3 r f I r r t· ~d
di·a~em que tu par · ti - stc Dei -
re - ce que.-.al-guem me cha - ma E---e..

@G=:J;;i±_=r w=ry- J lt}]


xan-do - me---a-qui só - si -nho! A-
vol-to~e não Ye - jo na - da. Que

~p J J ;4 &Etti T7j
cho---o quar-to.-.ago - ra mu - do, A
sau - da - des não me---a-cor - da No

sa - la qui e - ta, e"""r-J)C - ior - - E'


sen - si - vel <:o - ra - ção, - - Ao

~ r31-~:Jj_§_t·~
que, se mu- dan - do tu - do, A
ver eu - ro - la - da---a cor -da - A

ca-Ra fi - cou ma-ior!


cor-da do teu pi - ão ! --
- 32 -
3.
Aquelle teu chapéu volho,
Collocaste ...... o de tal gcito,
Que ...... o vejo ...... através do ...... espelho,
Deitado lá no meu leito;
E--as tuas velhas botinas
Tem, agora, para mi m,
En cantos, que ...... eu, em vitrinai,
Nunca--as vi bellas assim .
4.
A verdade, porém, manda
Que ......eu te affirmc..-.aqui, Joi~é,
Quc..-.aB botinas .. . uma ~anda
Sumida; só Yejo ...... um pé.
E utrc..-.os meus consolos, este
Vive..-.em primeiro lugar:
- Ler um livro qu e ...... esquccesta
Sobre..-.a mesa de jantar.
3.
Esse livrinho ..primeiro,
Encapado num jornal,
Vale mais q ue..-.um b1·eviar·io
E muito mais que---um mis11al.
Lendo-o com todo o carinho,
Sabes o que descobri '? _
- As folhas desse livrinho
F oram cosidas por ti.
(i.

Não conheço..-.uma brochura


Q ue ficasee tão tetéa,
Reparando que..-.a costura
Tam ponto de leiua.......e meia.
-33-
E' tal a ventura miuha
Que vejo--a brochura, rindo :
- Tantas voltas deste--á linha
Que~as folhas estão cahindo.

7.
TUtl0..-,sto, Josr, me--orgulha,
Tn<lo..-,sto me põe tranquillo,
Que~um homem, cosendo--á agulha,
Só dl' Ye fazer dnquillo.
Volta, meu filho. Precil:;o
Ter-te--aqui sempre hem perto;
Sem ti - vivo num dcset·to,
Comtigo - num paraíso.
8.
Súsinho,--aqui passo~os dias
Entre--os livros e jornaes,
Enchendo--as salas vasias
Com meus suspiros c ais.
Vem encher a nossa cua
Com teu riso feiticeiro,
C<Hllo ...... um doce ruflo de ......aza
Em volta de--um jasminciro!
Belmlro Brata

15. Minha filha

~!r ~r-P=t~r:r~
l. Quando,-ó ri - Uw,'a fa - cc man- sa
2. lia pa - la - \Tas, nas le - gen - das
-34-

~:#I~'$$~~
----~ , , r , '--
Vens pou-sar no ro - sto meu,-
Que,~em a · pe - nas mur-mu-ra-das,

~~~~:t=E.Es3--~
~~r r-=tr'--~
- Jão sei bem, si mais
r-
cri -
- A - brem por - tas eu - - cau-

iq~-~~-~
I
an - ça Se - rás tu, on se - rei
ta - das De~o-pu - len - cias es - tu-

~ r 1- 1k~
eu.
1
Sin-to--á ple - na me - ni-
pen - das. Com tal - vez ... ma - ior ma-

~~lf:~=E~E$4~
ni - ce Rc-gres- sar meu co- ra-
gi - a Mo des- ven - dum pa - ra
- 35

~=t=f!hr=tt? =tt$
ç.ão: - - - ,Jul-gar-me-~i- a, quem o - _,
i - zos, De-beis sons, mais que in - de-

ffl_fif-1g-f}Etp:p
. ---1 I
vis-se, Não teu pae, mas teu ir-
ei- sos, Que~oteu la - bio bal- bu-

t.) i f---1
mão.
ci - a.
a.
De taes vozes se fizera
Symphonia angelidJ . ..
Que~orador em mim pudéra
Produzir effeito-..egual?
Nenhum ha que te pretira
Nos torneios do dizer,
Si~&.oquencia tem por mira
Deleitar e convencer.
4.
No dgnde via--amarguras
Da~existencia, sobrenada
No teu berço, --arca sagrada,
Minha fé nas cousas puras.
--- 36-
E dos olhos teus ao lume
De tri steza~o mar immenso
Se me f>svác, como num lenço,
Tenue gotta de perfume.
5.
N"'um só beijo (um só !) te abranjo
Toda inteira~a mão sem par,
Quando~a quero, meigo'""'arehunjo,
De carícias enluvar.
;\f as, expliquem-me.-..cste-arcano:
- Sobre mim tiio debil mão
Póde mais que~a de~um tyranno,
Tem mai!l força que Sansão.
6.
Todo tempo que~hei transposto
Sem te vêr, pomba~adorada,
Foi-me~eseura~e...-..infinda-estrada,
Sob um céu de turvo rosto.
Teu olhar, ninho de~afago~,
Para~o hem hoje me leva,
Meu pharo;. em mar ele treva,
;\linha~estrella dos Reis ;\lagos

7.
Teu condão tudo ava~sala:
Nuvem, ave,-aroma, flol',
Nada .. . nada ... nada~ eguala
Nem de longe~o teu primor.
E, comquanto riso-ins;pirr,
Dil-o-ei .. . Que sobre mim
A primeira pedra atire
Quem fôr pae, não srmlo as~'<im .
Conde de Affonso Celso
16. Adeus ao Collegio
l\Telodia popular

8u c -l'\ -j~
=1-~
_:j_ ._i-·,
v
• -1 • • •
1. A- - ueu~. vi - da do Col-
2. A- - deus, a - le - pas-
g-I'CS
3. Em ter - na!; can - ções o -
4. A - - àeuR, pi - uhci - raes que-
5. Sau - da - des d'ou - tra ven-
9 - - - ~=-t :---::p::j
(J~1_ -;_- J~l~~!T~~--tt-~
1. le-gio, Pri- vi - Ie- gio Não ti-nhas d'c-ter-no
2. se-iM,Qncemre-crci-o::>, ~of'cam-posen i - a
3. vante;l, Bm dcs-can-tes, l\linh'almaláse~expan-
4. ri -dos! Hem f;en-ti -dos Mil ais me~ouvi-eis sol-
5. tn- ra, Do- ce, pu-ra, Que~infante, f ru-i tnm-

1.
2.
f; C!'.
dar:
:\Ias
Ou
de
da ~er-
ti vi
rn
- vnc;;-se
a 11-au-
a-
3. diu. A vi - da de-en-can · tos
l. ta r! E - ram !lau - da - des fa -
5. bem;
• Di - aR. h o - ras ju - ui -

Ji --:;.r~-
~- - • •
1'1. 7 =t ..=f}
~F.t-=1~-=t::=d
• ~ ~-~- ·- -- -~]
t. da-de l\leu peito'""'harle guardar!':emprcatémor
2. bri-go Ya-stoPa-mi-g~ A-gres te, mns sa -lu-
a. e-ra: Pri- ma-vc-ra, <-lue~emlindasro-sas a-
4. ~uei-raf; Das ri - bei-ras Do meu pa-ter · no so-
ii. lo- sas , 'De~oiro~e ro-sas,:::\ os braços de mi-nha
-38-

_ j I _ _\\ II _ ' _ _ _ _
w-cJ.
1. rer.
j ~~.-,_u _----
2. ta r.
3. uriu.
4. lar.
5. mãe!

17. O Marinheiro
Melodia popular

~B~--ª~-~ ;_~F-=@
1. Pa - ra~a - dor - me - cer num
2. Lar - ga~es- sas ve - las de

ri - o, pés d'u - ma ci -
Jun-to ~a os
prô- a! Ga - vio gran-de to - do~o

da-de, Xão foi fei - to~o meu na -


pan-no! :\1eu na - vio é~u-ma co-

v! - o, Que zom - ba da tem - pe -


ro - a So- bre ......a fron - te do.-..o-ce-
- 39-

~1 sta -de. Le-va---as an - co - rM;! Dc.i-


a- no. Eu sou rei, a - qui dn -

F+~
----- -
---
fer - ra ! Lar - ga, lar - ~a, dei - xa---a
mi - no! A~e-s;trel - la ao meu des-

ter - ra ! I - ça lon - ge---e sem pa -


sti - no Só no mar bri - lha fe -

~ -' L=f-;~-==J~;-~
- rar! Fó - ra ~:- hres e-- c~
liz. Quan - do so - pra---o veu - to

~-iL-= -
~~- -~~~- f_ - f= =;~
te - los! Hei-ta .......n - bai-xo---os an - dre-
for- te, Se- guin - rlo sem - prc meu

be - los! An - co - ra to -da---a be i-
no1· -te, Não co - nlle-ço---ou-tro pa-
- 40-

~
~ ~-
.. jar!
iz I
! ,~
- -·
~
,
=t1 ~
- ;
Dei - ta~a- bai - xo~os an - dro-
Se - guin - do sem - pre mcu
A

j=ii -, - ~ !' l =f ~]
be- los! Al1 - co - ra to-da~a bei-
nor-te, Nào co - nhc-ço~')u-tro p:1 -

Onde nasci não o digo,


Porque não t.J.. f'ei ao certo;
Quando busquei um amigo
Achei o munclo deserto.
Só tive contentamento
Quando~ouvi a ,.o . : do vento
Nas gavcas a sibilar·: "
Quando, sem rned•> dn p't·igo,
Tcndo~ns nuvens p:>r abrigo,
Achei consôlo~em chorar.

E chorei, ou vindo~as pragas


De meus rudes companheiros :
Mas tomt>i amor ás vaga:;
Na furia dos aguaceiros.
- 41 --
Si~ ;·trouca voz tla tormenta
Vinha ~ a oncl a tnr hu lcntn
Quchr;:tr dentro d o co nvés,
E u IJUS mava, conte mpl ava,
E~ a vista wo fasei na v a 4
o ~ aby sm o que tinha~aos pés.

6.
Cada vez q uc~o mat· bramia,
Solt o~o cauollo na fronte,
Os meus hrnços e;;!Pndia
Para~ a cnn·a do ~ llori:w nt e !
Sem prc ele pé na cober ta,
Vcndo ~ a--ab o h ada deserta,
Advinhava o tufão!
D'olhos no to pe d os mal"tro::;
Aprendi a ler n o ~ astr os
.A vinda do fu racão.
7.
A!'~im fui ho me m prim ei ro
Que d'homcm oíi ve l'a~a idad e:
A ~escola do marinheiro
Tem poi' mestre--a te mpestade.
0' do leme,~encontro !--arri ba !
F olga~a bujarro na--e g iba '
Qlh a~as bolin as (]C ré'?
Caça gavcas e traqueto,
Ala'""'o velach o.-..e.-..o joanete,
Vá de largo, batc~o p<'!
H.
T emos vento los-nordeste !
,J{i vae o cabo dobrado!
Faz p rôa ele s ud oeste!
Aguenta--o lnm c ... cuidado! ...
- 42
Passa~a talha na retranca !
Olha~a~cscôta ... volta fran ca!
Arria mais devagar ! ...
Volta! volta! se te~e meia ...
O vento não escasseia ...
Corre assim que~é bom anda1·.

9.
1\Ieu pniz são este& mares,
l\Iens campos estes banzeiros,
Este navio os meus lares,
:\linha r:unilia os pam peiros.
Diz-me a voz do cataclysmo,
Que dormirei u'estc abysmo
Xo:; echos do temporal,
Envolvido n'cstas vélm;
Como..-.o anjo uas procellas,
Ou como~o genio do mal.

10.
Si~os outros'''Úão acham furo
A' vida qne~em terra tem:
No temporal o maif' duro,
Dentro de ti estou bem .
Sopra~o vento, ronca~a morte,
l'iarla tcmo~:í minha ~orte
Nem te vou desamparar!
Embora cresça~o pengo,
~ão importa !-.hás commig0
Dormir no fundo do mar.
18. A floreira *)

1. Meu Se - nlior, eu ven - do ..


2. Ro - sas de chá, mar - ga -

~~ ~~.l'J
flo-res,
;s ll ;---=r-4~
Mas nin- g-ucrn m'as quct· co m-
ri -das, E ca - lllc - lias em bc-

~~~7ti---c=t=S
prar! Sao ba - r a - tas c tão
tão ... São tão liu - das. tãr> ba-

lin-das ! Mais lin - das não pú-dc~a­


ra- taf; Q u~le gra - ça t(H U - s i

k~ ~ ~ !f=--=----=:M
~ ~~--~ ~ ..t::.----1-~ ~
•- ~--- ~~
char· São ba - ra - tas e tão
são r' São tão !in - d as, tão ba-

~=;- ~ -j"j~ tJ-l-==-~~


!in- d as! M:tis lin -das T.I)Ó -de~a
r a- tas Que de grn - ça qua - si
') O accompanhamento achn-se ern •Minha Terra , phan-
tasias p aru piano, opus 28 d o mesmo autor. - Typ. !lus
Vozes ele l'ett·opohs• . Preço 2$000.
-44-

if=;h1;-,
.. char !
_iit:=:::=:=

são!
3.
R<h.os cravos, sem pre-vi vas,
.Myosolis, flor de lix ...
Quem as compra, ...... as linda.; flores,
Tão galantes, tão gentis?

Lindas flores, quero as compra ?


Quem as quer no peito ptir \"
Uma flôr com flôr ao peito
Cresce muito de valor.
5.
Já não ha, quem ame~as fl<irPs,
Nem perfumrs qt3.-.cll:u~ têm :
Como~a sorte da virtude,
Que ningucm Ih" qner jú bem .
G.
Coração que--é gcneru;;o
Lindas flôrcs dl'Ve~amar!
Não os ha, <!HC~eu vendo flôres,
E ningu<'m m'as quer comprar.
7.
1\Ieu senhor, não t<'nha zelos
D'as flol'inhas serem bellas;
Sol é---o sol : não A zeloso
Da luz branda das estrellas.
-- 45-
8.
Quem a~ compra,--l1s lindas flore>:,
Botõl'r-.inhos por abrir'?
São penhor a quem os compra
De venturas no porvir.
9.
Men ~enhor: a flôr n'um peito
Xuuca vóde mal ficar,
Si~es!!e peito tem nobreza
Para--a não envergonhar.
10.
A fl0rinha--em peito nobre,
Si nos fala, lJ ner dizer :
'Quem amost ra flôr tão limla,
l•'lôt· mais linda lia de--esconder.•
11.
)feu srnhor, compt·ae aR flore~,
(..t,ur ventur·n >~Ú VO!;; ~o :
E-..a flol'eira, que--a cultiva,
Dão-lhe vida, gosto--e pão.
A. de M.

19. Coração
Sol egual a Fá

~~~~ ~ t-~ H~ r_ I r· j
ra - ra que te can - ças, lou-

J~~--:~ -; ~n~_
5§L:f 1 ~~-~- -1
] , i 1_j~ - ---=:)
co, Scm-pre~a tra - - l.Ja - lhar... em
-46-

~t2=;- Ud@kE-=i:br~
~ vão ? Não te gas - te~, pá-ra~um

~~=-~~
pou - co, Des - can - -sa, meu co - ra-

~J__JflJ~

Manoel A. d'Amaral
20. O cego*)

k# :-j --:::n~
~~o-=::1 -~~
~-~_:_~-j~=
1. Sou ce . go! Quiz a má sor - te J
2. .Xão sei q11e quer a des - gra - ça

~~l~~ =c.llaloti~
Rou-bar-me~a luz e a a -le - gri - a;
Que-a-traz de mim cor-re tan - to;

An - do no mun-do sem nor - - te,


Hei de pa - rar e di - zer - - lhe

~~-g --=-~~T-3
·~· J=--:J ;== ~ :hj
Não vi nun-ca-a luz do di - a.
Que de vê! - a não me-es-pan - to.

") O accompanharuento acha-se em •Salve I Brasllo, pltnn-


asiaa para piano, opus 28 do mesmo autor. - Typ. das
Voze s de Petropolis•. Pre~o 2$900.
-48-

~~ ~--=l -l ~ =::t::=:!-=r~ E
~ q
~ ~- -~=-=t j ~ J r'-i~ '"-:3 r:-
No~cscu - ro que me--a-bra ça
Os su- spi - ros d'uma voz - - -

~F~ 7J_ ~ l~=-~lH-k-~


7 1j---Í
1:::!-j
I I
Sou um in - fc - liz, ca - hi do
Que quando por vós su - spi - - ra

=!:! j ~--V-;. ~ ~"1 .;-~ 1:=- t-11


~' r-_:_:r-1~- ~ ~j-~o--r
I
Nos a - bys -mos da des - gra - ça .
.As - pi - ra só - men-te-a vós. -

3.
Gosto, prazer, alegria,
Em penas se tnmsformou!
O tempo de ser feliz
Já não existe - acabou!
Não tcmo~a cruenta sorte,
Nem imploro~o seu favor,
A' ventura--e á desgraça
Tenbo~uma--alma superior.
49

Escreveu a dura morte,


Com longos dedos mirrados,
Nú livro dos infelizes,
Os Ineus dias desgraçados.
A minha tyranna sorte,
Que--a ~11spirar me condemna,
SLi quiz dar-me por herança,
A.-.afflicção, a dor, a pena.

21. A saloia
~ -3--- - i ~:-=::=::ti ---:=E -=1 ~
4-_ ~-
.§ f - "JT~~~ ,t_~lê ~-1
1. Que-ro can - tat· a sa - ki- a,
2. Sou !ia - Ioi - a, não me-impor - ta,

ld- ~~~j J_ ij~@ ~J


Que-ro can - tar..l a sa - loi - a,
Sou sa - loi · a; não im - por - ta,

~p ~~::=d:
~~ - -~ I---=r== -~ ~- - ]
ç;>~-:1 â --1-=---=--=-~J
- Já que-outra mo -ela não f'ei,
- Não im · por - ta, não, se - nhor, -

@~~ ~ I~ -fi ~t~ %-~


...._ __
Já quo-outra mo - da não sei. -
- Não im -por - ta, não, se - nhor.
-50-

~~ ~~~_tj~~ ~~
- ~li-nha mãe e - ra s:z - !oi - a,
- Que lhe-impor-ta-á flôr do cam-po,

~~·r r EJ~-~ - ~-1ft~


I

- Mi-nha mãe e - ra sa - loi - a,


-Que lhe-impor-ta-á flôr do cam - po,

~ -~t:!E ~ r1'1 :r-=1


~T-- ~-=:r r::_-;-·~
Eu <lom el - - - la me cri-
- Que-em jar-dim lta - ja~ou - tra

:1;;=-:t-:
~-.::P-
~ -J-q
.________.... . =t=I ~- -
I - - ~- -~= j
I

'-----.
---=- r
ei, - - - - \ru com cl - - - la
flôr,- - -Que-emjar - dim ha-

i: --td- - _--j-==j _]-=i-=--=I-:=E::3


~~ ~::1 13=73~-=~9
me cri - eL - - - - l\1i - nha
ja-ou - - tra flôr? ---Que lhe-im

~=r~êl=t: l=Ê3 ~
mãe e - ra sa - !oi - a Eu com
-por-ta-á flôr do cam - po, Que~em jar-
- 61-

~p=;:=:~I-=d=t:l S-I+_Bd
el - - la l 1e ~ - e i, }li - 11 hn
di m ha - ja~ ou-' ·.1 flOr, - Que l b r i m-

mãe e - ra sa - !oi - a, Eu com


por·ta-á flôr do cam - po Que-em jar-

e l - - la me cri - eL
c.lim lla - ja~o n-tra flôr '?

Grato aroma t em as rosas


Mas as violetas t am bem :
Ent 1·c~as flôres se..,violcta
~ão en vergonha uingucm.

4.
Xão ~;i\ vídn, como~a vida
Que' -a saloia vive~aq ui;
Livre~e~ingenu a, romo.-.a ave,
Que na moita canta--e ri ...
5.
Riso franco,.-.alegres cantos,
Onde fala--o coração:
Vale mais do que--o p ianc>,
A guitarra do pim pão.
52
6.
Em cada rosto frescura,
Dns boninas pelo vai:
Não ha aqui rostos ele cera,
Corno lá m1 capital.
7.

Kem garrido traz a móda


Nem plumagm1s no chap~u :
Vela~os rostos a candura
1\Iclhor que--as rendas do véu.
8.
sala~; doiradas
Que--importam
Oude~a~alma vivc~em prisão?
Na--akleia, por céus e terra,
Vôa Jivre~o coração.
!).

V ôa livre, mas é\ puro


}lais que nas salas, talvez;
Co11H>.--é j'.JU!"a..-a--estrclla d'al va
Como--os anjos que Deu\ fez .. .
10.
Hou saloia,..-P não me..-importa,
Como--o cru minha mãP ...
Entre flôrcs ser violeta
Xão envergouha ninguPm.
L. C. F

-- *
22. A despedida do lar

~- i.=
§B- ~~R=l=~~===l:-=1'-=~
_ ____::-l__
--r-=-~E E., •-
:J
1. Ai ! a - deus, a - ca - ba-ram-se~os
Quão for - mo-sos, qnão bre-ves que

~~ ~ ~~ ~ jJ_b~~-J']
di - ~- Que di - to - so vi -
fo - ram - Es - scs di - as d e~a -

vi a teu la - do; Sô - a ~a
mor c ve n - tu - ra ! E quão
í:f ~--r ~-:R==1 ~ .
~- -~-~1=- •· 44~ g~
ho- ra,~ o mo - mcn -to fa - da - do:
chei - os de lo n-ga~ a- mar - g u - ra

X1 _ ___,:====ta--==ta-==t: - ~l
~t-+--;. E<I=E§~ _.LL- -~ G
- . - ço- .....
E ' for :-o d N. - xar-te-c
T-•
par -
Os da~a u -sen -cia vão ser no por -

~-:t~=t-:.:=1
" - f-2=-~11=-~~~
~ Sn-a -
, .... .
tu·, a ho- ra, o mo - mcn-to la -
vir! g quão ch ei-o:; de lo a-ga~a-m ar -
-54-

~==rt;,J. ~~
• da - do : -
gu - ra
E'
Os
for - ço-so' dei-
da~au-sen-ciavão

:tJ--==l= ~~w d=J~;;;-;;;;


~~-,..- -·~~---
xar-te'"'e par - ti~
ser no por - vir !
2.
Olha ~em roda~estas margens vi rentes:
Já o~outono lhes despe'"'os encm1tos;
Cedo~o~inverno com gélldos mantos
Baixará das montanhas d'além.
Tudo triste, som brio~ e gelado,
Ficará sem verdura nem flores :
Tal meu seio privado cle~amorcs
Ficará de ti longe tambem.
3.
Não sei mesmo .. . não sei si~o destino
Me dará que te~abrace na volta . . .
Ai! quem sabe,~ondc~a vaga revolta
Levará meu perdido baixei ? !
Sobre~as ondas, sem tH.l:te-e sem rumo,
Açoitado por ventos funestos,
Sumirá por ventura meus restos
Nas voragens de'"'ignoto pareci !
4.
Mas, ah ! longc~esta'"'icléa sombria!
Longe, longe~o cruel desalento!
Após dias tle'"'amargo tormento
Virão dias mai ~ bellos, talvez !
-55-
J)á-me-ainda-um sorríso~em teu!' lnhios,
Uma-esp'rança q uC'~esta~al ma ""'alimC'uta,
.C na volta da fJ.Uadra florent(~,
E u co'as flores virei ou tra vez.
5.
~fas, si""'as flores do campo YOltarcm
Srm q ue~en volte co'.--.as flo res ela vida
Chora.--.aquellc q uc~ em tumba~ csq u ecida
Dormc.--.ao longo seu longo dormir.
E cada~an no, qu e~o sopro do ""'outom no
Dcsfolhar a verdura d o~ol meiro,
Lem bra-te.--.ainda do""'adeus derradeiro,
D'e~te---adeus que te dis!'e'"'ao partir!
Soares de Pas•o•

23. Saudade

1. A flôr d'e - ter - na sau -ela - de,


'2. Por - que tão ce · do sa - hi - stc,

Na CJ"U?: te hei d 'cn-nas trar,


Ir - man, do lar pro - te - gi -do '?

~~;-t=; 4 r tiF J-I=b-~


E~ n fri - a lou - sa do cam-vo
Os pacs e~ i r-mão sca - ri - nho-sos
- fíG-

- rt ~1--:~- --~- - t---1



-
• -t
-- •
j
ri !:'.)

• De lon - go pran - to ba-nhar.


Dei-xun-do..-('m In - to scn- ti- do.

.
1 ~=---=: !
~- ·-
lt----------------
- --= - ~ ----=-----
3.
A l'lor 1n:li-: IJ(·IIa tu fnstc
Jl,, llll~!m-amcnu j·ttdiiii,
.\njo tl:1 tcl'ra <k r-xilio,
D():- '•'us lindo ::;aaphim.
I
~·.

Oh! flue, porqm' fcnece!'ltc '1 ••.


Foi pouC'a~a nnssa ternura '1 •.•
Oh! a u, porque voa:::te,
Levando.-..a nossa ventura?
5.
Oh! deixem, deixcn•quc--eu chore
A bõa--it·nHUl que perdi l
Oh! deixem, deixem que--cu chore,
Nem morta mesmo~Pl' a vi !
Vldal de Oliveira ~amos Netto

--- ~··-----
24. Parabem filial *)
J. Sant'Anna

@~~l~-=FF$1~ -~~i
1. Teu An - jo, Pac que - ri- do, )To
2. Com teu A11-jo.-..os teus fi-lhos E -

J
~
~!1-~-
-::.j---~- --
::::::1= :......:::!---
.

- .
céu em
• ;
tu - a
• --19
er'ô - a
~ \rs--
1IÔ ·
xul - tam de~a -le - gri · a E

iJ : --~~::~~1: ~
je lê - do~en -ca - stu - a
~
Ru -
can - tam á por - fi - a Teu

í:t-;---:-1 =;~-j ==n ~==!=::J~


~ I -. - - - • --. - - J=.l
bim d'au -reo fui -
tli - a feSjp · ti · vai.
g-;;r;-- Ru-

:9:.:~• ::::.j::::=l'-j:
@ • _r==:.- ~~ i_:==j
l~E•- _ •----.J
i
1
bim que das e - strel · las Su-
mnr em lê · dos hym - no'l l\I ui
') () HC.,ompault:unento ~chu·se em • Melodias de Sala ,
Parte 11. S. l'iel <l'ot·tu~;al) 1906.
- 58--

• pe - r a ~ a for - mo - su - ra:
g ra-tos vem mos - trar· - te
E'
E
do
a-

~~ $~ ·§5· -- r-+=-~
pei - to a ter - nu - ra, E'
lo - gres llo - je dar - te l'a-ra -

len pa - ter-n o~a-mor.


bem fi - li - ai.

25. o anniversario

-J:: hh 7- ti=~=l~ ~~ G ,-]


~ -· -? - t--- ::::p J
1. Foi maif' um an - no, so l-t a~a- l cgrc-um
2. Ai dos- t i - to - ~o q ue m, vol-ve n-do- ns

hym-no, E'- um pas - so me -nos n'<'s-te


o - lhos Pa-ra- os o - a - sis elo do-
- 59 -

vai de dor : E' mais um


ser - to seu, Sob mur- chas -·

~-i-_~ e=T=~~~s I s
pas - so ao~im mor-tal de - sti -no, E'
flo - res viu sur - gü· a - bro-Ihos Que

mais um car -do que se~a-briu em


não fio - res- cem no jar - dim do
Fim.
~ ==:;aE= -~ ~~===E
~=l-~3e_~~ --=----==--=
flôr. Foi mais um Jlll - no que
céu! No ras- to~en-xer-ga--..mna~il -

~ -~ =
-b- ~l- ~--1-==-t'-~
t ...:==•-::-•
tru An - jo~a-pon - ta
I
,.J-;.<--it -~ - - - -- -- - - - ·
Com no - vas
lu - são per - di - da, No sei - o~o

-
- --
-~
- -·-
-
--·--
jo
c--
· - - -.-- -
~---c==-;

ias que~a tu - a c'ro -


~~~ª
$)1~-
-- -·--
--
a
e - spi - nho :}Ue~e-vi - ta - ra~o
- 60 ---

- - 1 ---
·~ -----~ -
~
-
-
-- _-!1-
dá:
-~==S
- --~
----- P==-•==-==-
-- --
-
·:1'1-

Pa- ra~is-so~al' flo- ros, que dei -


,._
• pé, E--a voz in • ter - na que lhe

~~- ~t:=t=G ~~s~s ~-=i


xa . l'te, con - ta, CGn . ta~os e -
bra - da!--·Ai vi - ua! Vi - ver de ~e-
Da C. al P'iue.
~~- .~
t.l
x=.,., ~ ~-tl --
spi-u hos q ue tri - lb ns - te e:'t.
goi · smo já vi - ver n ão é, ,_

26. Os orphãos *)
J. A. Escoto

l:i~~ =t~-=~L-J"--f--l::~-=~j:_,-~-~
~ --- • -- B -:O-_ J
1. D'uma- obscu - ra ter - t•a - si-nha, Do
2. Na uos- sa tri- ste • um - pD - na, Foi

~=-a~~~~--1
ter - mo de Po · ma · rão,
ha di - as... á no i · ti · nlw,
") O accompanhamento acba-se em • Melodias de Sala, •
Parte 11. S. Fiol (Portugal) 1906.
- 61 --

São os po-bres or-phão- si -nhos Que vos --


Yi-mos m u -do~ca- ba - ti - da A nos-

~
i --=:j:::-·==--==- -i--:--:_ ~
-=---_=-=]
~-ii- 1- ~- ;.=r----:!~-=
- - - - - - -'--;r- -- ·~· --
pc - dcm pro - te - - ção.
sa bci - a mãe · si - nha.

P- ~-f-~~
~-=
• :-f'! 'k ! :::::;:---=1 t--1
-= 11 ; _ ~- G :-i -~ -_J
Ja nãc te - mos um a - bri - go
Os sus - pi - roR qnc~el-la rla - va

~L~~~- ~ i -=i' -~ =t- J_il


P'ra pas -,;ar si - q uc:..::)1m di - a
Pou- co~r pou - co sus-pcn - deu - -

..r,~-L:t~--N~- '*" -:te~-


'-" - =
-- • -.cl · - ... =:j--4
~-•
ir" -;;-,
Pa-ra---anoife~u-ma
•- ----==- 1:- ~ ____:=
ea- mi-nha, Um Ror-
E-o~ vi- si-nhosqueâas-sis-ti - am l'\os dis-

J~~ -·~- -;:-


%'
#f ~==i· -·Ir=- -----
ri- so de~a-lc - gri - a.
se-rum: Já tnOJ' - reu.•
- 62 -
3.
Quaes impln mes avesinhas
A quem roubaram o lar,
Assim vieram uns hom<>ns
' ossa choupana tomar.
Quanta falta faz aos orphãos
Da terna mãe o carinho!
Nós somos como~a--avesinha
Que perdeu o doce ninho.
Vaierio A. Cordeiro

27. As Ferias
P. S.

J.;:i&~_r==-=
~ ~:=p~ ;- ~ --1 j=··-~
"'==t= -:!i=l
!f----=1
1. Oh l au - las, a- deu - zin - h o ! E-
2. 'Sta - rás de-ser-ta, -..ó 'sco -Ia, Em

sta - mo ~ a pat· ti r! Co m
pie - na quie - ta - ção. Con-

9:J== -=rc -::=::1=:::--::f!=l -:::j--=...==.-:- =- l


~=-=~;~-=·
.., - - - - - -
- ::!:::3 -= f)"'- -f.-~
--P-'-
rí - sos e sau - da - des Nos
so - Ia . te !.-..Os a - mi - gos Mais

va - mos des- pc dir. A-


tar - de vol - ta - rão.
- 63

~~ s:=E) f=r~ ~~
d<'uR, a-deus, a - deus !
3.
Oh ! ferias, ferias lindas!
Oh ! tempo do prazer!
Quaes lodos passarinhos
Livres nós vamos ser.
4.

E~após passaclo~o tempo


Dessa~aurea recreação,
A'~escola voltaremos,
Contente~o coracão.
P. S.

28. Minha Mãe


.J
Ê:ie~ ~~.~· , I~ ~I
~~ ~=.!~-- - lt=I-
::::=!
·~
1. Quando eu e-ra pc - que - ni-no Que nem
.----...
-

2. En - tre b j -jos e ca -rinhos llle-ensi-


3. De-pois a-pon -tan-do~ai - ma-gem, Da
.
~r-ª-~!===- =I
~"======= - -~=i :::17-1
sa - l>i - a fa - - lar, Mi -nha
na - va o no-me seu, E, mos-
san -ta Vir-gem ;\la - ri · a, • Eis, meu
-- 64 -

- ~_:_::__:tc[-~·=:j--~
~
--~
~~-!~fi-,.. - • ~~-t=:-· -
=:JI-
- -~==-1= p - - -,j- - - - -
mãe Ja me rn - si - na-va Ao
tran-do-a i - ma-gem su- a, Di-
fi - lho, a )lãe de Deus , Dn-

~-_i~ ~~ }' =f--f~~ , "Í Jl


Deus do Céu n - do - r a r.
zia- me " E' Pa - pae do Céu .•
te r-ra~ c do Céu 11 - !e - g ri-a. ~
4.
To ma ndo minh as mãm;inhas
Dizia: • Honr a a .Jn,; us!
E fa zer-m e en ~ina va
O s anto s ig nal da C r u;~,.
5.
Oh ! que s im, c•u bf'm me le m b r o
D 'aq ne ll e~em;iuo dc~amo r,
Que me---auriu o enra~ão
A's santas leis rln Senhor .
6.
Oh ! minha Mãe, en te rievo
Esta fé que tenho na~Ülma,
E s ta fé que~é meu tltcsouJ·o,
Que minhas clôrcs acnlmn.
7.
Esta fé q ue no meu peito
N unca mais sc•~<'xt ingni r:í
E que ao Ceu meu pensameuto
Con:> ta n te~encam i n ha rá .
29. A familia modelo
P . S.
Mi egual a D o l__

~I
===r-~
I
r iI
1. E'~uma..-.offi
:r=pJP
1

- ci - na pc - que-na,
I
2. To- dos tra - ba -lham. Que~e-xcmplo!

~~p ~ Mas de~umen -can-to sem par.


Que ma - gni · fi - ca li - ção!
I I '__J
~--E·----==~· ==b
~I1
·F s F-~I
Não ha mo - ra - da ter-
Vê-de..-.es-sa-::.r-n - cina~é~um

~~I I -----. "


re-na -
tem-plo, -
I I
Que se lhe pos-sa~e-gua-
O tra- ba-lho~u-ma~ora -
I

- -----
~- - -----------
lar.
ção. -
·- 66 -
3.
E que família mais pura ?
Feliz quem fôra capaz
De descrever a ventura
Dessa~i ncomparave1 paz.

4.
Vivem, nesse lar obscuro,
Jesus, Maria~e J osé.
E-ene hu de r;er no futuro
A gloria de Nazareth.
fi.
Que~honra-existe quc~esta valha'?
Dentro dessa--habitação,
A--Omnipotencia trabalha,
O proprio Deus ganha--o pão.
H.
Ricos th ... ,:ouroa encobre
De tanta·-tmmildadc"'"'o véu:
E s ta~officina pequena
E'"'"'um pedacinho do Céu.
Dr . Jonathas Serrano

30. Florsinha do <!ampo


D. f'. da Costa Pereira

F L=J J1gj
1. Si me vi - ra ma - ri -
2. Do sol aos é · stos ar· -
3. Nem ces - sa - ra,~a - qui o
- 67 -

; IJ J
po - sa Dei- xa - ri - a--a bel - la
den-tes Op - po - ri - a-os vaus ni- •
ju - ro, De vo - ar com go · so

~ =1-9=1 t---Fli j ;La


r o - sa Por Ti só ! Can-
teu - t es De CC · cem, Por-
- ro Ao ca · lo r, A -
~ ~u I I ~· f~
~
sa - ra
s por
s ~

tal
~
bo · ni - na As
I

que sem- pre con - ser - vas-ses O


té ca • hir de can - sa - ço, Sem

~ --s s G r ; 1 J. J · 5ZJ
a - zas de pra,_;. ta fi - n a, Can-
can - doe de tu • as fa - ces, Por-
vi - da, no 'Teu re - ga- ço, A-

~0 s ' r $ I r·c:s r iJ I
sa - ral por tal bo - ni - na As
que sem - pre con - ser - v as - scs, O
té ca - hir de can - sa - - ço, Sem
$! J"=t; i' J i' 1 f<; r 1JI

a - zas de pra - ta fi - - na, E


can - dor do tu - as fa - - ces, Vir-
vi · da, no Teu re ga - - ço, Mãe,
-- 68 -

oi - - ro em pó !
gero, Vir-gem :'tliic!
Mãe de a - mor !
O, J. da Silva
31. Hymno de saudação
P. 8.
Vivo
~ 1~=-1~-ES~
~-------~=
------==J=:=j
1. No-tas fes-ti-vas De do - ce Iy - ra
2. São os a c-cen-tos D'a · mor in· ten · so

i:1=l N J -~ i ,·f-~
~·-- JJ-~~
Pe · las es - co. las so - an-do vão.
Com que seu go - zo tu r- ba~in-fan- til

i/Jrt~~~~
E - chos so - no - r os De nos-sas vo-zes
Querde-di - car -te En-thu-sias -m a-da,

~-·,1--4:::$4~ IV ·~ªª
~ -
'Téas es- trel -las Be e · le -va-rão.}
Te bem-di- zen - do P or an- nos mil.

~ ;!L)J"l,~-4%1~~
Lá, lá. lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá, lá
- 69 -

''I'é as es - trel
T e bem di- zen
- las Se e - le-va - r ão.
do Por an-nos mil.

3. 4.

A ti dirigem Onv!l estas vo7.es


AcclarnaçÕeil Em dia tão ledo,
Com os protl~s tos Como uma prenda
Do seu amor De g r atidão;
Linguagem pura Qual ho menagem
De puros poitos De terno~affecto
Todos unisonos Quc~a ti consagram
Em teu louvor. De coração .


32. Hymno nacional brasileiro

1. Quan ·do Oa - bral te des · co-


2. Foi pe · - lo me - io da fio-
3. Quan - ta gran ·de · za pai - pi-
4. ~ã o viu, po - rem, o teu prí-

~~~iJ~=a ~~Sfli
I. bri · u, Por so!J um céud'a- nil ra -
2. ro - - :;ta, F.n - tre sei - vagens se- mi-
a. tan - te, De - bai · xo des-te va:;- to a
4. me i - ro, De . sco - bri ·dor, ó meu pa-

1. man - te, Bri - lhan -te co-mo~a ltw. do


2. fe - - sta, Que ma - ra - vi-lha~e quanta
3. gan te, Dei· ta-do.~as-sim de nor-te~a
4. tai - - ro, Ser o mais bello e o maisfe-
-71 -

~ ~~ ;
~!= -P~~t±=G==~ ~
l. di-a! Ful - gi-ste co-mo-um dia - •
2. luz! Po - - rem, po - rem, que
3. sul. Bra - si!, co-mo-um gi -
4. liz! I:u:tal ~ vez no mun-do-in-

1. mante, Bri - lha - ste como-a


2. fes- ta, Que ma - ra - vi-lha-e
3. gan -te, Dei - - ta do,- as-sim, do
4. tci- ro, Ser o mais uel-loeo

1. luz do di - a! Fui-
2. q uan- ta luz! Po·
3. nor-te-a Rlll; Bra-

•-
4. mais f e liz! la H tal-

1. gi- f'tC CO·Jil0- Utl1 dia- DI :1!1- te, Brí-


2. rem, po - rem, que fcs- ta, (~ue
3. sil, co-mo-um gi - gan -te, Dei-
4. vez no m un-do-in-teí- ro, Ser
- 72-

1. lha - stc co m o~ a luz do


2. ma - ra - vi-lha~ c quanta
3. ta - do,~as-s im , d e n or- te~a
4. o mais l.>el-lo e o mais f o -

a r-te, Pa - tr.t;...- - a san-ta-e cu - bi-

~~~IE~c=~J
ça - da, Sê bem - di - _'1 em to- da

~jVJ 1_!l[~;t;jQJ=E~
par - te ! Pa - t ri ·a li- vre,pa-tl'ia-a-

~Jc@;~m~-
ma - dn, Tel' - ra de bel - le-za-e
-73 -

çn-da, Sê be m - - di - ta, b em d i- ta~em

~±#~ t~ tjj-~
to - da, to - da par-te, bt>md i- ta~cm

CapltAo Antonio d'AIIncourt Sabo de Ollvei~a .


-7G--
7.
TenR tanta magc~tade
Xo p0rte :Hmhoril;
Ergn e ~a tua fronte
Para~o Céu, J3rasil1

34. Hymno Catholico


P. S.

~~ª·'~-m~J
1. Nos-sa ter- r a l>a- pti- 7.a- da Ter-ra
2. No~hori - zon- te hra- si- lei- ro, Quando

~# # -=--
· g - r~3S~
foi de Vé - ra Cruz, Scn - do~as­
reina~a~esc tl~;; ri - - dão Ha de-es-

sim pre -des - ti - na - dt, Pn - ra~o


trel - las u rn cru - zei - r o Cn - le-

cu! · to rlc Je - sus, Sen- do ~as­


bran-do~a Re - dt~ rnp - çiit), Ha de~es-
' I O accompanhamento dc•tu Tlymno encontra·HO em •Sal-
ve Eplecope•, 1$!\00 'fyp, da" ,Voze• <le Petropolie."

- 77 -

ti r r J. l IJ
sim pre- des- ti - na - da
trel - las um cru - zei - ro
Jt
~
J (j
Pa . ra--o
Ce - le-

~~ l . 11 tij*11 J Ji!Gt@j
cu!- t~ de Je- s~u;.} Hra- si - leiros bons e
brando a Rc-dem-çao. '

ti r r
pu-ros,
1 ~" t1 r J J JI J. 1 1
Pa-ra-oscéuser-guei as mãos,

;:~. l J J 1 J J r 1J
Mais e mais, em Deus se - gu - ros,

tfj J=~ J I J. ~~agtgg


Ten-de Fé, sê - de chri-stãos.
3
!I ·1
O B ras1, . as .1 c1s
SI
. d a~ E• g reJ. a,
Leis de--amor, obedecer,
Vencerá qualquer peleja,
Gloria~eterna--ha de colher.
4.
Quem 1\ luz do catecismo
Retcmp ~ ra--a--alma fcli:r.,
Com virtude, com civismo,
Servir sabe-o seu paiz.
- 78-
5.

Deus, de modo tão sublime,


Pôz aqui os brilhos seus,
Que seria.-..horrivel crime,
Não se~amar aqui a Deus.
Conde de Aftonso Cel10

35. Hymno da bandeira


P.S.

&!se J4 r i~ r o
11
-
1.
2.
ra e
Ban
Em -
dei
ble - ma que
mi - nha
nos re-

ter - ra, Pan-n~sa gra - do c gen-


cor - da A s mais gra - tas tra · di-

til, E m cu - jas do l.Jras se~en-


Qões, Vi - bran - do na mes - ma

cer-ra O co - ra - ção do fira-


cor-da Mi - lha - res de co - ra-

--79 --

sil, O co - ra ção do Bra- •


ções, Mi - lha- res de co - ra-

~· 1Et
Bil.
ções.
3.
Panno verde - alma esperança
Na senda do progredir;
Ouro e azul - mar de bonança,
De opulencia, no porvir;
4.
Ouro e verde - cscrin!o d'alma
Altiva desta nação,
Quer oscillante na.Uma,
Tranquilla da viração;
5.
Quer do choque arduo e tremend o
DaR ~talhas ímmortaes,
Quer nas aguas, destemendo
A furia dos temporaes,
6.
Que sem desfallecimentos
Tu, bandeira verde e azul,
Desfraldada aos quatro ve ntos
Dominas de norte a sul.
Brant Horta
..
36. Canção do exilio

On - de can - t:Co sa - bi - n;
Que taes não en - con-tro,.....eu cá;

~-J '=f==J IJEJLI J J l=l1!d


As a - ves que~a-qui gor - gei - am,
- Em seis- mar, só - si-nho ....... a noi- te,

~=a=--a I J. k#d~- ~~
Não gor - gei - am co - mo lá.
Mais pra -...:er en - con -tro ~ou lá.

@E] 'J JI; ; I J J Ff§


Nos-so céu tem mnis ~ - strel-las
Mi-nha ter - ra tem pltl - mei-ras

$pt~+fl J J ttJ J I J LJ
Nos-sas var-zcas tem mais fio- res,
On-de can-ta~o sa - bi - á.
") O accompanbamcnto acha-se em • Os jovcnl musi<·os•,
opus 10 do moamo aut.or.
'
-81-

~ggggp
-o
22fF H=l
Nos-sos bos-ques tem mais vi- da,
Não per- mit ·ta Deus que-cu mor-ra,

Nos-sa vi - da mais a - mo -rcs.


Sem que-eu vol-te pa - ra lá; --

Em seis - m:u· só - si -nho- ú n oi-te


Sem que-cu dus-fru-cte~ os pri - mo-r<'.i

}laís pra · zcr en - ,.. l~ on-t:·o~en bi;


Quo não cn- eon - - tro por c:í.,

~dc'I f~~
Mi: lla ter- ra tem p:o l · mei-ras,
Sem que-inda-a-vi-ste-as pal- mei-ras

On-de C-!LJ·ta o sa · hi - á.
Ou- de can-ta o sa- hi - á.
Gonçalves DI s
36. O guerrilheiro*)

1. Eil-o-cr- gui - do no to - po da
2. E - ra noí - te, sem lu - a, se m

ser-ra, Re-cos-ta- do no seu ar-ca -


na- da, E de - bai - xo do ne - gro do -

~-__
=$= =t=Fct=c-
=7--31
buz, ])c pe -que -no cri - a - do na
cel, Rc -lu - zi - a-lbe-a fron - te cres-

$ffi r I ;p r1 r s· ~ J ;?f®
gu er-ra, Não co - nhc -ce, não vê ou-tra
ta - da, Re - lin - cha- va-lh7-o ne-gro cor-

&tJ. luz.
I ;:

Viu :
~ L:;=~ J klj
ter - ~a J"a pa -tria-a-gre-
sei. Fô - r a noi - te ta - lha-da-á sor-
"J O acoompanhamento ach a-se em •Salve ! Brasil>, pban-
tnsias para piano, opus 28 do rne•mo ~uto r.- Typ. das .,Vo-
zes de Petropolis" . ·

- 83 -

@!J ; I l ;tj L@ J ELi


di -da, Er-gueu n! - to sem al - t0 pen- •
ti- da: Fó- ra cl '[;,J-ra-<q t:·':n ha uJ v c-

@lJ· 3~=t=-Gc~ UJ tJ
sar;}
l ar.
Pu- la-o s:m-gue, re - fcr - ve-lhe- a

'=~~-P4ld u~
vi - da; Vin-de~o u- vir-Jhe
J FJJ
seu ru -de can-

~ 'g= G+trrid
-
I ;.

tar; Pu -la-o san-gue, re - fer- ve-Jhe~a

~~
~)f?±1J--rs· ~ J ;LM
vi - da; Vín-d e~ou-vi r- lh e seu ru - de can-

r-~~~~·
t ~~~
ta r.
3.
Eia, sus, oh l meus bons camaradas,
D'esse som no por fim despert.ae;
Além tend es as vossas espnda!i
Eia, sus, he m depressa~afiae.
- t!4 -

Vae a terra da patria vencida,


Quem da luta se póde~escusar ·~
Pula~o sangue refcrve-lhe~a vida;
Viude~ouvir-llle seu rude cantar!

4.

•Que mo siga quem tem a vaidadn


ne~ouvir· bala~ sem nnnca tremer;
Que me siga quem quer liberdade,
Quem não teme na luta morrer.•
A extranhos a patria vendida,
Pede braços que~a vão libertar.
Pula~o sangue, rcfe rvc-lhe~a vida;
Vinde~ouvir-Ihe-.o sen rude cantar!

5.
Já povôam os echos da serra
Os sons rudes, do~altivo clarim;
E d'envolta co'~os gritos de guerra
Vão em roda.,..1ntuncto-lhe.-.assim:
<Eia, ávante, que--a patJ•ia·--aggrcdida
Quer seus filhos na luta---encontrar.•
Puln-.o s:~ngue, refP.rve-lh e~ a vida;
Vind e----ouvir-lhe sen rude cantar!
6.
Sopra o ventv, desfralda-.a bandeira,
A que~os livres á guerra chamou;
A que nunca na gucrra.-..cxtrangcira,
De vendida ninguem alcunhou:
Por um santo varão foi benzida,
Não na pódem extranhos prostrar;
Pula~o sang ue referve-lhc~a vida·
Vinde~ouvir-IJ{e seu rude cantar! '

-85 -
7.
Era noite; mas noite calada.
Sem estrellas no céu a luzir;
Fôra noite dos santos fadada
Para~a terra da patria remir.
· Si~csta luta por nós fôr vencida,
Póde~a tena da patria folgar. »
Pula~o sangue, rcferve-llw~a vid a;
Vinde~ouvir-l!Je seu l'nde cantar!

8.
· Adeus, serra, calada gigante,
Erma Fill1a do meu Portu gal;
Adeus, terra que~inspiras distan te,
Este canto sentido~e leal !
A extl·an h os a patria vendida,
Pede braços que~a vão lib<~rtar . •
Pula~o sangue, refcrvc-lhe~a vida;
Vinrlc~ouvir-lhe seu rude cantar!

D. •
Não faltava ninguem no comuate,
~ão faltava na luta ninguem;
Só depois - já depois do com bate,
H.an~ava na!! ú lac; alguem.
Pai acçã.t p or acção decidida;
Vinde~os m ortos no campo c.ontar!
Pula~o sangue, referve-mc~a vi da.
Vindc~ouvir-me m eu triste canta r !

10.
Era dia: nas armas luzentes
Vinha~em chapa batend.o - lh e ~o sol;
Mas nem todos dos lá coml..mtentes,
Viram brilho~do immenso pharol.
-86-
Pela terra de sangue tingida,
Mais de--um bravo Re via r ojar.
Pula.-.o sangue, rcferve -me-a vida;
Vinue~ouvil'-me meu triste cantat· !

11.

Vencedoras as QuinaR ficaram,


Vence<.loras ainda uma vo"';
Mas de pra11to uepois as regaram,
Quem lheH dera valor portuguez.
Lá ficam--uma espada---esquecida,
Sem q uc--o dono--a pudePse zelar.
Pula---o sangne, referve-me~a ~·ida;
Vinde---ouvir-me meu triste cantar !

12.
De~abando do topo da serra,
Lá deixara-o fiel nrcabu:r.:
De pequeno criado na ~uena,
Viu na guer~extingu u·- se -l he~a luz.
Vira---a terra da pa.tria.-.aggredida,
Ergueu alto seu alto pensar:
Pãm---o sangue, desabn-lltc..-..a vid a;
Já não Jhe.-.our,\O seu rude cantar!

38. O artilheiro

t-: r-Pi f:tfY ~: tH


l. Sou F-OI - da • do, va - len - te, guer-
2. Pe - la pa - tria dou a mi - nha

- 87 -

~ ~ ~*'=J!f-f:rt=~m .
rei-ro; Dopa -iz o maisbra-vodra-
vi- da, O meu san-gue e o meu co-ra-

~pp;H;
f'·- -t I
PE I I
F$
giio. .Pas-so--a vi - da em lu - ta con-
ção; Ao seu - tir o rn - fard os tam -

W$lff< .í ~:fi~~- 't~


I .__.. G I.
stan-te, Pas -so--a vi-da com ar-mas na
bo- res, En-tro- cn_.arma no meu ba-ta-

:Í:p-=$:m=
!@-=--~ - --
f----~'
- I
mao.
!hão.
~1.

Vou dar fogo no campo rlc guerra,


Vou dar fogo com o meu canhão;
Ai! que vida tão cheia de~cncan to sl
Ai! que vida p ra~o meu coração!
1
--88 -
4.

Vou l>:•le r-me cont,-a....... o inimigo,


g,u d efe~a do meu batalhão;
Adeus, filhos, adeus, meus amore~,
Adeu r., patria do meu coração !

39. Meu Brasil


P, S.

~ -===§-
- ~--
-
---- - - ---
- - ---
--0-
--
l [g_~
-
--
1. Não ha na - da tão ho - ni- to,
2. Nü" ha no rnun-do~ar-vo - re-dos

~-~-· -~===-12-
1 ; ~§~73----~-
Tão bri- lll!lot•- te, tão g ra - cil,
Q ue le - van- t em seu per - fil

--
,_
:f5 J'3 G
-
--tt-L i- S -@
=t ---==-
Co-mo-o céu que se re - cur-va Sobre'"'a
C' o-a lin-da--e-le - gancia-al-ti - va Das pal-

--r§F-=-@ê!ifªs s=f_; IJ
ter-ra do Bra-sil. Não ha flo-restãovi-
mei-ras do Bra- sil. A - ve - sinhas não e-

- 89 -

sto - sas, De-a-ro-ma'""'a-cti-vo~ou sub-


xis - tem De plu- ma- gem tão gen-

~~ J.!-f J. 7:~ ~ §g__g


til, Como-asflo resque desbr ocham Pe-las
til, Nem de maisdocesgorgcios Do que-as

.
-- -------
~: ~~~~
-- ~±-r-=êiJ=====
- - - --
.---
vei - gas do Bra - si!.
-
a - ves do Bra - sil.

3.

Não ha rios cuja.,aguas


Brancas, negrab, cõr de~anil,
Tantos campos fertilizem
Como~os rios do Brasil.
M:etaes, saphiras, diamantes,
Hutt.ns, pedrarias mil,
Não lia solo que--os encene
Como.-.o solo do Brasil !
4.

Serras e matta:~, erguendo


Sua fronte senhoril,
Valles e grutas profundas
Não ha, como no Brasil.
-00-
Terra bemdita~entre~as terras
Do globo! Terra gentil,
Só és tu, patria querida,
.. Minha terra do Brasil.
Amelia Rodrlguez

40. Despedida de Coimbra

&f ! ~itLtiJLl~ê:!J
1. Já não ou-ço de Co - i m - bra
2. Já se~a-vis-ta.-..ao lon-ge-a lu - a

~ -JJ J _ ;-w msm


Os a - ..:,: - gres, do - ces can-tos.
Que de bri- lho nos cer - cou. -

E' si - len - c.io tu-do~a - go - ra,


Vem com el - la"n- ma !em- bran- ça

Dei - xo r i · sos, ve - jo ptan-tos.}


Des - se tem - po que pas - sou. -

- 91 -

··ri=-~ t r~1:n=m
-- ~- --~= --
Dei-xa, dei · xa, oh! b ar-quei - ro,

~~ t=t~ ;J I ;ªf=f-$
Ir o bar- co len -ta - men-te.

Ir mais lon - g c não con - lien - te,

i=~ -CFJB~=:E±= ~~]


~-F=~=±-~---~~
Ir mais lon - · ge não con- -

=i=l=i~
- --~===+=!
!@=~~ -~=== ~-=~
~---:Y<=-.1_·===.=3
sen - te, Ir mais lon - - ge

~~~
~t)?l----J=J!r~
não con · - sen-te.
- 92 -
3.

Já não vejo~altas collinas,


Que dcfronte~alí gozei,
Nem dos prados as boninas
Que dito~ o contemplei!
4.
J á não vejo a tricana
Pelo ~ montes a correr.
,Já não ouço~os sons cantares;
Tenho magoa por prazer!

41. Hymno academico

'# e=:l~=J=~~~
1.
2.
Sois da '-'ra-tria.-..ospc - ran-ça
O Bra - si! quer a luz da
fa -
ver-

'----:;
_Lu--~==
) -E~~
J:_t=--=:=:=
gueira, Bra'n-ca nuvem de-um roseo por-
da-de, E-:uma c'rô- a de !ou-ro tam-

~i ~~~~
vir, Do fu - tu - ro le-vaes a ban -
bem : Só as leis que nos dêm li - ber ·

- 93 -

~=t=·==-~=tj--====±3
~E=~~==~ ~_ca~-)=J ~=a
dei-ra H as-te - a - da na fren-te~a sar- •
da-de Ao gi - gan-te das f:el-vas con -

rir. Mo- ci - daclc--cia~a vante~ eia ~ u ­


vem. Vos-Ra ~ es-trel~la re- luz ra
-di -

~n=t=::Ê~~ .=a
==S ~ S==~
®r======-= -
van-te ! Q ue~ oBra-síl so-bre vós er-gue~a
an ·te ! Oh ! se - g ui-a vós to - elos co m

=í=l=r-=~
~ - ~=t=- ---==---===3
_- E =t== __ =r=~3
f~. lJ
fe.
Es-sc~im -men-so co - los - so gi -

~J=El-r-f=l ~s~Ghl
pé; Es-se4m-menso co - los -so gi -
·-94-

.. ~-JJJ&e-=-~~~~~~
gante, T ra-ba - lhae por er-guei- o de

- - -- -
~~ -----
--------
pé!
------------------------
---------------------------
------------------------

3.
São immensos os rios que temos
Nossos l'ampos quão va!;tos que são!
As mon tanh as tão altas que vemos
ne~um futuro bem alto serão.
O futuro não vem mui distante,
Já podeis acenai-o com fé.
E!'sc~ i mrnc n so colosso gigante
TralJalh'-te por e rguel-o de pé !
•• 4.

Nosso~ pacs no!' legaram guerrcit·os,


H on ra~e gloria, \'i rtude~e saber;
Nóf:, os filhos ele paes brasileiros,
Pela patria devemos ll1L'\rer.
1\loe.irlad e,~eia a vantc,~cia~avantc !
Que----o I3rasi l vos aguarda com Ui,
Esse~immcnso colosso gigante
Trabalhac por e rguei-o de pé!
Blttenco•rt Sampaio

42. Remar-remar •

~~~=F=, f f. ~j
lllZ=--y-i{'~t t· q-e
1. No mar, no fun-do, So-bre--as a -
2. No mar, no fun-do, So-bre~osal-

~=r=' ~1f=l'ff.f
rei- as Dan-çam se - r eí- ad Quando hn lu-
...
jo -fres, Ha !in- dos co -frcsQuete.-..hcidc

~#=i-fl
i '-t t' q~=:=~ i ~ !
~~·r.} O mar é !in · d o. A noi -te

-~~~~
bel-la. Desfral-d a~a ve-la; Re -mar, re-mar.
- 96 -
3.

No mar, no funuo,
Sobre as areiaR,
Dançam sereias
Ao meu cantar.
O mar é lindo,
A noite~é bella,
Desfralda~a vela;
Remar, remar.

43 . A primavera
Dó egual a Lá

~~14==-tr~=r~-~
1. Êil - a qu<; ' che - ga, ri - dente~au-
2. As an -do - ri - nhas as fei - ti -

~ k ~ -~ -m--.~=?==~~3
~~-~ -.-'-#r-
___3
ro- ra De mil ven - tu-ras,de mil de-
cei-ras F i - z(•-ram ni-nhos no meu jar-

~-q__Jft}~I=Ij--=m=f~~
_ _.L_ ~ ---------=:j.!.---=
lei-tes, E il- a que chega com seus en-
di m. Di- as fe - li -zes vi - r ão, em-

-- 97 -

~~=tt-r· @a~
fei-tes E~os vastos cam-pos gar- ri da...-.en-
fim Nas a- zas ne-gras das men-sa-

ip tl-,-,a~~~~
tJ
flo-ra. Bem-vinda se - jas, do - ce chi-
gei-ras'?Ou-sa~affir-mal- o, tri- nan-d o

~9±a--:-we=r=r·~JJ
___.

==
me- ra, So-nho doi - m - do da pri-ma-
bel-la, Ko s ar-vo-re -dos a phi- lo-

~:%[~~~ - -
ve - ra.
mé- la.
3.
E ....... as aguas brandas tesses l'l)lfatos,
E~as ovelhinhas no s seu"' balioos,
E ~os verdes prados tão bem vr.s~i d o s,
A' pri mavera se mostram gratos,
E ~o s ol floirado, lá n as alturas,
Despe .......a~opacas nuv cEs escuras.
4.
Então os homens enthusiasma!lOs
Destes encantos na s uggestão,
Sentem p ul sar-l hes o coração,
E~e m mil h osannas, fes tivos brad os,
Louvam, fremente, o Deus que'""'im pé1·a
Na!l alleluin:; da p rimaver a.
José Cordovil
44. O pescador *)

~lJ=t:~~;F-~
1. Pesca - dor da barca bel-la, On -de
2. Nã ove sque~a~ ultim ae- strella No céu

vacs pes - car com cl - la? Pe! - ca -


nu - bla - do se vé - la ? Não vt>s

:i:l:::.- -~ Jê]--==- ==+q


mE± t ~=1:.
4.1
- n;~3
dor da bar - ca bel - la, On - de
qu e~a~ulti - ma es - trcl - la No céu

~==~~l ~ " 7=3


~:=:;---=-~==~ "1 ~_.J:g
vaes pes - em· co m e! la, Que~é tão
nu - bla - do se \'é - la? Co-lhe- a
~

-- - - - ~-- -~
=vª-,~-~-!~
- ---==::j-
r=-
bel - la, Que~étão bel - la, Que~ é tão
ve - la, Co-Ibe~a ve - la, Co-lhe ~a

*) O eccompanhamouto acba-so em .,Melodias de Sala"


Parte I S. Fiel (Pnl'tugal.)

-99-

$'i~===~~~' ;j •
bel-la,--Oh! pes-ca · dor! Que--é tão
ve-la,~Oh! pes-ca - dor! Co-lhe--a

_ . -~·-==-g_;
- ==E- -::.:::::1--!f
----~- ~
• -·===-·- I'
bel - la, Que--é tão bel - la, Que--é tão
ve - la, Co-lhe~a ve - la, Co-lhe~a

11 ~ 9#=úll== -
bel-la,--oh ! pes-ca - dor ?
ve-la,~Oh! pes-ca - dor?

3.
Deita~o lanço com cautela
Que--a sereia can. bella ...
Mas cautela,
Oh ! peRcador!
4.
Não ~~---enrerle~a rede nella
Qne 1~rdido~é remo e vela,
Só ele Yêl-a.
Oh ! pescador !
5.
Pescador da barca bella,
Inda--é tempo: foge d'ella!
Foge d'ella
Oh! pescador!
Vl~conde d' Almeida Carret
45. Flores tristes *)
Sol egual a Iffi
í:;t -f:~
~ _j~ ~=t
---F-- t J _,_~
_
::.B
Oh ! ter - na sau - da - de, :\1i -
Oh ! meu Iv - rio ro - xo, Cri-
Oh ! g oi - v"o tri - .~to - nho Das
~ -k ·-f-l~~j~~~-=r-3
.!@.=!.=:--=---=-] - 3~ --~=-=l.d
mo - si - nha flo r, com - pa -
a - do no ma t-t o, és ele mi -
cam -pas <'r - n a-to , meu co - ra -

nhei-ra No pran-to~cna dôr, }


nh'a lm a O fi - cl rc - t.ra- to. Só
~ ii..) Tu és n re - tra-to.

.., ~=a-tf3~~=;. ~ ~
&1
~~ne~acompa-n has No pr an-to e na

!il!=Êi~~~ r s· _e~~;s~
d ôr; Que - ro, q ue - ro sem - pre~a -

- J I==-B#
==r:' ti-~
. -1- ===I - ===
-
=====
..., ma1· - t-.: :.\li - mo- si-n ha f_ô r.
' ) O accompanharuento aoba-sc em cSalve ! Brasíi>, phan-
t:isias para pia.no, opus 30 do mesmo autor, Typ. das .c. V ozes
<le Petropolis • . Preço 2$000.

46. A andorinha
P . S.

ti

1. Ah ! que con -te não me pe - ças,


2. Vês tu a - q.uel-la-an-do - ri - nbrr,

Não que-ro~asmar-cas im - prP.s- sns


Ha mui- to tem - J;o se~a-ni - n.ha

~ ElJ--c=E~F~~
Da tri-ste- za~em tu - - - a
No bei- ra l d e meu te -
-
- - - - - - - - -----
~
-------
-~

- =========-====-==
fa - CC.
lha-do.
:3.
Xa solidão em que Yivc
Tem· me sido com pa :nlH~ira:
Si~ estou alegre e~cxpansiv o
Elh sorri prazente ira :
-102-
4.
G.vra, voltea ~ incess a nte,
Chilreando doidamen te,
E vem poisar !1-0bre ~a~estante,
Encarando-me de fre nte.
5.
Xas, >-i~ o prazer me deixando,
Choro, tr iste~e desolada
Começa~ então pipilando,
Como quem chora . .. coitada.
6.
A' minha~ exbtencia~insau.a
E' ~um ente fam iliar ,
Para ser uma~ alm a ~humana,
Falta-lhe ~ apenas falar!

7.
Ora, deu-SP que'"'o--outro dia
O telhado-concertaram,
E~o ninho (que covar dia !)
Em minha~ aus(' n cia~arran c.aram.
8.
Sonbe~o qu(~~havi a--~orrido,
Logo que ~ cm casa me ~achei.
O , "'3"arinho sentid.o
Pensou que~en fni que mandei.
9.
Mas quando, mudo--e sombrio,
Sentar-me.-.á mesa de ~ est udo
su~pil'ando -- a~ave me viu,
Comprehendeu então tudo.

- 103-

lfl.

E~olhou-rne com tal tristeza,


Quc~e u tam bem vim a chorar . ..
Tinha filhos com certeza : •
Só de mãe aquelle ~ olhar !
11.

:\laR deixemos a~~mdorinha,


Ench u ga,.....o~p r anto da face :
- ~ão disse que tu, louquinha,
Choravas, Ri~eu ti cont~sRe '?
Augusto de Lima

47. A dhalia *)

~~*=-
~~~- li--:1-
... ·- -· --· ~j~33
______
1. Dei - xa, dba - lia, flôr mi -
2. Teu cet:. du-ro, ex - as-
, ---
- ~~
:-il- --_ - ,_ . .
-1::-~~-
- ...........-:;; - - - -
-- . • ·- - -- ~

mo-sa 10 - sten - tar tu - - a bel-

--
pe - ra ":\~l i-nha al - ma em ze - los ac-

~ - 1= 2--v
9 _,.- -~-t'-
-~----.
t-V-=í=,
-~ · ==1'1 -
-•· -~-==---•-
le - za Tu- a
ª ::::1== ~
-- ____:

i - ma- gem res - pei-


.

re - za, Flôr que as - sim pai - xão ex-


----
') O ntcompanhamento acha"Be em <Sob o Cruzeiro do
Sul , opus H, tlo mesmo autor. fyp.
da~ .. Vozes de Petro-
polis." Prll ~o: 2$000.
- 104- - -

~-w~P~~~~
to - ~;a E' o em - ble - ma da tri-
pri-me E' o em - ble • ma da tt·i·

~~ ,r=~ _tJt ;-~ s s~-~


~~: ~ ~~} X as rô- xas fo-lhas Tens o pa-

itt§:E~s~; li f-!=G -S=G~


drão De qu anto sof-fre l\Ieu co - ra ·

~
~~~ =x;~--
- ~~-- ==1-=:te~
ção, ~as rü-xas fo -lhas Tens o pa -

~~==~-~t t N==~ q~~


drào De quanto sof-f1·e Meu co · ra - ção.

48 Canção do maritimo

1. Ao vi-gor do veu- d a - vai, Aos


2. Es - pu-ma-v a~a va-ga~ i - eo- sa, O

- - 10:5 -

~~s G:=:s a=f-=J I c~


im -pu! - sos do tu - - fà0, Do ~
tro-vão rou - co tl'o - - a - v a, Lu-

bar-co ~a rnas-tre - a - - ção De


gu- bre cc - leu - llla soa - va, Co ':.~

que-brar- se dá sig - nal, Ru -


tcm-pcs - ta-de~horro - ro- sa. Que

-f r s-~-:t==t::s=t==t==l
~ J -~--
ge~oven-to~emfu - l'Ía tal, Vem-
scc - na t~ o es - pnn - to - l;a, Ca -

~ r=s=:tG=::C s=t r~~3


meu bar-co ...... ar-re - mes - sar, Ru -
da ra-io~e- ra~um fu - :dl, Que-

ge~o vcn-to~cm fu -ria tal, Vem


sce - na tão es - pnn - to - sa, Cu-
- 106-

j=~~*~~=:a~E
meu bar-co-ar-re - mes - sm·, Na
da ra-io---era ~um fu - zil. So -

j =~~-=i~-:~I~~
ro - cha des - pe - da - çar E
bre~as a - gu a~ ver - úe til, Céus

~
~--FE-= ------=-F-1
- ª).9'~
quan-d o re - Ia m - pe - ja - - va, Quan-
e mar e tu - do.-..i - ra - - do. E ~as -

j--;~3~5--l}
---- - k=l E=a
_J.:.=I
do.-..o ra - io -fu - zi - la - - va N as-
sim, poit< eu fui cri - a - - do Ao

~j~~==r-:-=ffilê;;;
~=-~-
~-·
ci nas pra-·ias
- -- -----
do mar.
im-pul- so dtr"ondas mil.
3.
Tremía.-..a rocha,.-..o penedo
Com o embate rlas ondas;
Altas, gigantes, redondas,
Assaltavam o rochedo.
..
- 107-
Tudo bradava com medo,
E,....,em todos do rnedo,....,a mancha ...
Quantos salvos n'uma prancha,
E"eu no mar deRamparado,
P~Jas ondas embalado,
Tendo por berço uma lancha.
J.

O vendaval violento
Ternas treguas não perdia,
Furioso combatia
Acirrado pelo vento.
Em trevas o firmamento,
Fuzilando raios mil.
:>\las a bonanc:a gentil ~
Oh! que~é d'ella, e~o lind~ >:oi~
Tive~o p'rigo por lençol,
Por coberta mn dn d' anil .

49. Adeus, Adeus! •


1. Li-gei -ra nu - vem no céu ca-
2. Qual tu re - cor - dàs no teu ca-

1:: ~~---~--==+q
S111- =~- -J"'-ç~-F=~~3
L' - - - - - - - - - -- - - - - - - - -

roi - nha, l\1as a-an- do-


mi - - nho o-a- ma - do
- 108 -

:!=.~~ J~: ;L~==c


~-----111 -- -
jj
ri - nha vae mais ve - loz. Vae chil- rc-
ni · nho que dei-xas cã: Meu pensa-

~~;X=~~~E_~G ~
an - do nà des - pe - di - da,
men-to, nos seus pe - sa - res

..::= ~ s
p .- - G 1- --- @ ~c- ·s=v=="=-
.-
-~
-~-·
Dc-a-gra-de - ci - da ao céu e-a
Cru-zan-do~os a - res, a - qui vi-

~=--.~~;t#Eid
::;:::J2.=:j -- ·- ..----41 ------;--
~~"~' ,. .1
. ±~ 3
:=9
fin-do : Chi-qui-chi, chi-qui- chi, chi-qui-

chi. R c · pe- tin- do n'um can-ti- co---in-


- 109 -
.........__ ---------- ...--
,p~~g-=7Fs -_1--v @
fin-d o : Clli-qui-chi, chi-qui-chi, chi-qui- ""

:ti ---~
~~~l=1~~-~
dão, Quesa-u- do- soco:Hsen -ti-men- to,

Ho -je me~ausento d'es -ta man - -

,~-~
-----
3
. -- ,
------....
3
-~=-,L-
~ ---~-~- --~
~--p----==....!::::3
são, Re · pe - tin - do num can - ti-co~in-
dão; Re- pe - tin - do n'um ca n - ti-co~in-
~ ,.,---- ,.,---- ,.,---
~é=s J , G--G ~ ~~~
3

G
fi n - do: Gr a- t i- dâ o,gra - ti - d âo,gra -ti-

·-·-
------r--~---
_
-
- -- - -
- - - -- --
---- - ----
- ----
----
---
dão!

50. Oração da manhan *)


P. S.

~_:aT-='-=Tf~~~
*• l.J~ ~~ ~
.... ('
j,l
•·
I
('
V
1. Vem re-flo-rin-do~aau - ro -ra;
2. A per - fu- mada a - ra-gem
') O accompauhamento está no Suplemento ~usica! n. 18
das .,Vozes de Petropolls".
.. -111-

~~~
c-e ~ L..:!~ I •
A voz do rou - xi nol,
Bei-ja o campo a flôr:

r=tqv=f~ I:=r#r.-=±~
., \f ~ ,.. 'I
Mais in - spi - ra - da~a-go- ra,
Tu - do sor - ri á~i- ma-gem

Saú-da a luz do sol,


Do nos-so Ore - a - dor,

Saú-da a luz do sol..


Do nos-so Ore - a - dor
- - 112 -

3.

No bosque as avesinhas
Soltam os hymnos seus;
No berço~as criancinhas
Rezam tarnbem a Deus.

4.

• Por minha mãe, por e lia,


E por meu pac1 Senhor!
Dae-lhes propicw~estrella,
Glor.ia, vcntura,~amor!

5.

Ccreae de mil delícia;<


A sua vida~emfim ,
Com o--elles de carícias
Me têm ccrcado~a mim.
~
G.
•As prcees da innoeencia
No céu ouvidas são;
E a minha,~oh ! Providencia,
Parte do coração.
7.

Parte ao norir da aurora.


C(•'~a \'O z dn rouxinol,
Que se de sprendc ~agor a
Saudando--a luz do sol.•
Bulhão Pato

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