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INDICE DE REVISÕES
ORIGINAL Revi. 1 Ver.2 Rev.3 Rev.4 Rev.5 Rev.6 Rev.7
DATA 03/11/2015
RELATÓRIO Fortes
DESENHO Adriano
TIPO DE REVISÃO Original
APROVAÇÃO Fortes
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 3
2 ESTADO DA ESTRUTURA ....................................................................................................................... 4
2.1 Corrosão de Armaduras e Carbonatação do Concreto ........................................................................... 9
2.2 Alvenarias Fissuradas........................................................................................................................... 11
3 PROJETO DE REABILITAÇÃO DA ESTRUTURA .................................................................................. 11
3.1 Materiais Adotados na Construção da Estrutura .................................................................................. 11
3.2 Serviços Preliminares e Gerais ............................................................................................................ 12
3.2.1 Instalação de canteiro de obras ................................................................................................... 12
3.2.2 Montagem de Andaimes e Plataformas ....................................................................................... 12
4.2.3 Retirada de Entulho e Limpeza Final ........................................................................................... 12
3.3 Caracterização dos Materiais s Serem Empregados na Recuperação ................................................ 12
3.3.1 Concreto (Grout) .......................................................................................................................... 12
3.3.2 Argamassa ................................................................................................................................... 13
3.3.3 Aço ............................................................................................................................................... 13
3.4 Reabilitação da Estrutura de Concreto ................................................................................................. 14
3.4.1 Reabilitação das Alvenarias ......................................................................................................... 14
3.4.2 Reabilitação dos Pilares e Vigas .................................................................................................. 14
3.5 Técnicas de Execução dos Serviços de Recuperação Estrutural ......................................................... 14
3.5.1 Corte do Concreto ........................................................................................................................ 14
3.5.2 Limpeza das Armaduras .............................................................................................................. 15
3.5.3 Preparo do Substrato ................................................................................................................... 15
3.5.4 Recomposição das Armaduras .................................................................................................... 27
3.5.5 Ancoragem de Barras por meio de Colagem com Adesivo Epoxídico ......................................... 16
3.5.6 Instalação de Formas................................................................................................................... 17
3.5.7 Limpeza da Forma e do Substrato ............................................................................................... 17
3.5.8 Recomposição da Seção – Utilização de Grout ........................................................................... 18
3.5.9 Aplicação de Argamassa Polimérica ............................................................................................ 18
3.5.10 Procedimento de Cura ............................................................................................................... 18
3.6 Controle Tecnológico dos Materiais ...................................................................................................... 19
3.6.1 Ensaios de Compressão Uniaxial ................................................................................................ 19
4 PLANILHA DE QUANTIDADES E PREÇOS DOS SERVIÇOS ............................................................... 20
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
1 INTRODUÇÃO
Este projeto tem como objetivo apresentar as medidas necessárias para reabilitar as estruturas
de concreto armado e alvenarias do Ginásio de Esportes do Campus I do CEFET-MG,
localizado na Avenida Amazonas, Belo Horizonte-MG.
Este estudo foi solicitado pela Diretoria do CEFET-MG, com o intuito de viabilizar a
recuperação estrutural do ginásio e colocá-lo outra vez em utilização, servindo às aulas e
demais atividades de Educação Física.
Para realização deste trabalho foram realizadas vistorias no ginásio nos dias 03 e 04 de
novembro de 2015, permitindo a avaliação do estado atual da estrutura de concreto armado e
a adoção da conduta a ser seguida para restabelecer suas condições de utilização.
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
2 ESTADO DA ESTRUTURA
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
cobrimento das armaduras, provocado pela expansão dos produtos de corrosão. Dessa forma,
nesses locais, a armadura encontra-se com sua seção reduzida pela ação da corrosão,
comprometendo a segurança da estrutura. As figuras a seguir ilustram o estado de
detriroração dos pilares.
Figura 2.1 – Pilares com armadura exposta com corrosão (fonte: autor).
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
Figura 2.2 – Pilar com fissuras de corrosão na direção da armadura longitudinal (fonte: autor).
Prováveis causas:
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
ginásio, devido à sua exposição a uma elevada taxa de CO2, existente na Avenida Amazona,
favorecem a desenvolvimento da corrosão.
Em projeto futuros, a agressividade do meio deve ser levada em consideração como fator
fundamental no projeto estrutural, principalmente na especificação do concreto, utilizando
cobrimentos superiores a 30mm e um concreto modificado com aditivos e adições que
permitam garantir a qualidade necessária ao concreto. Normalmente, esses fatores não teem
sido considerados no projeto estrutural, motivo que tem levado as estruturas a situação de
intervenção, algumas com poucos anos de uso. Além dos cuidados de projeto, qualquer falha
na execução do concreto nas fases de mistura, lançamento, adensamento e cura podem levar
a uma situação de deterioração prematura.
A formação dessa película passivadora tem origem na solução aquosa presente nos poros do
concreto, constituída principalmente por íons hidroxila (OH-), que confere uma elevada
alcalinidade a este meio (DURAR, 1997). Inicialmente, se pensou que esta alcalinidade se
devia a presença do hidróxido de cálcio (Ca(OH)2) resultante das reações de hidratação do
cimento. Contudo, hoje, se aceita que, com o processo de hidratação do cimento, o elevado
pH da solução dos poros do concreto se deve, principalmente, aos hidróxidos de sódio
(NaOH) e de potássio (KOH), conferindo pHs da ordem de 13 a 14 (ANDRADE & PAGE;
DURAR; 1986, 1997).
O uso de adições pode reduzir o pH na solução dos poros do concreto (HAUSMANN, 1998),
contudo, os valores de pH não decrescem a níveis que comprometam a passivação. Em
estudo realizado Härdtl (1994) em pastas de cimento, observou-se que, enquanto as pastas
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
sem adições mantinham um pH entre 13,5 - 14,0, as pastas com adições não apresentaram
valores inferiores a 12, após um ano.
Ainda sobre a película passivadora, Cascudo (1997) explica que ela apresenta uma elevada
resistência ohômica, conferindo taxas de corrosão desprezíveis, uma vez que impede o acesso
de umidade, oxigênio e agentes agressivos à superfície do aço, bem como dificulta a
dissolução do ferro.
Segundo González (1996) a ação de proteção exercida pela película passivadora é de natureza
eletroquímica e é garantida pela alta alcalinidade do concreto e um adequado potencial
eletroquímico. Esta condição pode ser melhor observada no diagrama de Pourbaix, Figura 3.3,
que expõe, para cada metal, as condições de pH e potencial nas quais o material se corrói, se
passiva ou permanece imune.
Figura 2.3 – Diagrama de Pourbaix de equilíbrio termodinâmico (Fe – H2O; 25C) (fonte: GONZÁLEZ, 1996).
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nula, mas ela ocorre a uma taxa tão baixa que o metal possui a aparência de manter-se
inalterado (ANDRADE, 1988). A zona de corrosão corresponde àquela onde há grandes
possibilidades do aço sofrer corrosão.
Como se percebe, o diagrama de Pourbaix tem uma grande utilidade no estudo da corrosão,
fornecendo parâmetros sobre as condições de atividade do aço em função do pH e potencial
padrão. Contudo, tem uma aplicação limitada, uma vez que não fornece informações sobre a
cinética da corrosão (GENTIL, 1996).
A perda da camada passivadora conduz o aço ao processo de corrosão. Essa situação ocorre
em função da penetração de substâncias agressivas que atuam, principalmente, através dos
seguintes mecanismos (GONZÁLEZ; DURAR; 1996, 1997):
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
De fato, esta reação não ocorre de modo direto, uma vez que o gás CO 2 não é reativo
diretamente (NEVILLE, 1997).
Partindo da condição de que o concreto é um material poroso, a velocidade com que a frente
de carbonatação avança depende da estrutura da rede de poros, bem como da sua condição
de umidade (BAKKER, 1988). Se os poros estiverem secos, o CO2 penetra no concreto, mas a
carbonatação não ocorre, pois falta água. Se os poros estiverem saturados, a carbonatação
fica comprometida pela baixa velocidade de difusão do CO2 na água (104 vezes mais baixa que
no ar).
Algumas alvenarias encontram-se com sua ligação com a estrutura comprometida. Existem
diversas fissuras que comprometem a estabilidade da alvenaria. Já existem trechos com
destacamento da argamassa de revestimento da alvenaria, conforme mostra a Figura 2.4.
Apesar de se tratar de alvenaria de vedação, seu estado de fissuração deve ser corrigido para
garantir a sua estabilidade e estética.
Figura 2.4 – Fissuração da alvenaria na ligação com a estrutura e destacamento de revestimento (fonte: autor).
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
Como não se teve acesso ao projeto original da estrutura não se sabe a resistência do
concreto utilizado na obra. Estima-se que foi empregado um concreto de resistência
característica à compressão em torno de 18MPa e aço CA50, comumente empregado nesse
tipo de obra na época de sua execução. O concreto apresenta-se com falhas de execução, em
muitos pontos segregado e poroso.
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Adriano Silva Fortes, D.Sc.
Todo o material proveniente dos serviços de recuperação das estruturas deverá ser retirado do
local antes da entrega da obra. A desmobilização da obra deverá ser realizada durante a
realização da limpeza final. Ao final da obra o local deverá estar limpo e em condições de
utilização. Vale salientar que todos os dias deve-se realizar uma limpeza na área onde forem
realizados os serviços. Sugere-se a utilização de caçambas de entulho, colocadas próximo do
local de execução dos serviços.
Na recomposição dos elementos estruturais deve ser utilizado grout Industrializado. Esse grout
deve possuir propriedades de auto-adensamento, elevada resistência inicial, superior a 18 MPa
a 1 dia de idade e 50 MPa aos 28 dias, elevada resistência mecânica e baixa permeabilidade.
É recomendável e permitida a adição de, no máximo, 30% de brita de 9,5mm ou 12,5mm de
diâmetro máximo, “gravilhão”, lavada e seca, no caso do Fabricante também permitir esta
adição. Todo o grout deve ser executado em betoneira, sendo vetada a utilização de betoneira
de eixo vertical.
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Todo o grout lançado deverá ser aferido conforme recomendação da NBR 12.655. Para
obtenção da resistência à compressão uniaxial do grout, é possível a utilização de corpos de
prova moldados em cilindros de 100mm de diâmetro por 200mm de altura ou com 50mm de
diâmetro por 100mm de altura. Os ensaios devem ser realizados com 1dia; 7 dias e 28 dias de
idade. Os corpos de prova devem permanecer nas mesmas condições da obra - este
procedimento tem como objetivo confirmar a resistência indicada no presente Projeto sob as
condições em que o grout será submetido. Os resultados dos ensaios prévios devem ser
submetidos à aprovação da fiscalização, visando o início do serviço de grauteamento.
Nos locais onde não é possível a montagem de formas deve-se utilizar um grout com
propriedadesde tixotropia, como é o caso do V1-Grouth tix da Vedacit, aplicado com a mão e
auxílio da colher de pedreiro.
3.3.2 Argamassa
Deverá ser utilizada argamassa industrializada na recomposição da superfície dos elementos
estruturais, vigas, lajes e paredes. A argamassa a ser utilizada pode ser a Viaplus STUC da
Viapol ou Zentrifix KM 110 da MC Bauchemie ou similar. Também é possível a utilização de
acabamento com argamassa polimérica Anchormassa FC2 ou similar. Para reparos
superficiais é possível a utilização de Anchormassa S2 ou similar, ambas da Anchortec. Trata-
se de argamassas de alta resistência, apropriada para reparos localizados em superfícies
horizontais ou verticais. Para melhorar a aderência entre o concreto original e a argamassa
poderá ser utilizada ponte de aderência com Nitobond Ar ou similar.
3.3.3 Aço
Na recomposição das armaduras deve-se utilizar aço CA 50, conforme as prescrições das
normas da ABNT: NBR 6118. “Projeto de estruturas de concreto – Procedimento”, março de
2004, NBR 7480 “Barras e fios de aço destinados a armaduras para concreto armado”, fevereiro
1996 e NBR 14931 “Execução de estruturas de concreto – Procedimento”, março de 2004.
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Os pilares que não apresentem armaduras expostas ou sintômas de corrosão, devem ser
tratados por: limpeza da superfície do concreto com escovas de aço e jato de água, seguido
da aplicação de 3mm de argamassa polimérica.
Deve-se cortar o concreto deteriorado até que o material são seja encontrado, por meio de
processos manuais (utilizando ponteiros e marretas) ou mecânicos (utilizando rebarbadores ou
marteletes elétricos ou pneumáticos). Nos casos de corrosão da armadura, deve-se cortar o
concreto de maneira que toda a armadura corroída seja exposta, devendo o corte ser
aprofundado em dimensões que permitam a limpeza da armadura e a passagem do agregado
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A limpeza das armaduras deverá ser executada pela utilização de escova com cerdas de aço,
acoplada a furadeira elétrica e lixamento manual para auxiliar, principalmente nas partes muito
próximas à superfície do substrato. A limpeza deve retirar todas as carepas e produtos de
corrosão, tornando as barras adequadas à utilização em armaduras de concreto.
Após o corte do concreto, devem-se preparar as superfícies do substrato por apicoamento, por
meio de processos manuais (utilizando ponteiros e marretas), ou pela utilização de martelo de
agulhas, com o intuito de garantir a rugosidade da superfície e remover todas as partículas
soltas.
Mesmo os pilares que não foram submetidas a recuperação, devido à corrosão das
armaduras, devem ser preparados para posterior aplicação de argamassa polimérica. Caso
haja algum tipo de imperfeição, deverá ser corrigida com argamassa polimérica.
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As armaduras deverão ser recompostas nos casos em que as barras apresentem redução de
seção transversal acima de 10% (dez por cento). Devem-se acrescentar novas barras, de
mesmo diâmetro, visando garantir a seção prevista em projeto. As emendas das barras serão
executadas por traspasse, observando as prescrições da norma da ABNT NBR 6118. “Projeto
de estruturas de concreto – Procedimento”, março de 2004.
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Após a limpeza e recomposição das armaduras, as formas devem ser posicionadas e fixadas
adequadamente para garantir a estanqueidade e a formação de superfícies planas, após o
endurecimento do concreto (ou grout). Devem ser executadas em madeira, compensado
plastificado, fibras de vidro ou chapas metálicas, de modo a garantir as propriedades
necessárias às formas. As formas devem ser executadas com cachimbos com o intuito de
facilitar o lançamento e adensamento do concreto, conforme ilustra a Figura 3.2.
3 10 a 15 cm 3 3
1 1 1
> 5 cm
O corte do excesso de concreto formado na região do cachimbo deve ser cortado com cerca
de 24 horas após o seu lançamento, Figura 3.2c, para evitar o comprometimento da ligação
concreto novo com o original.
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Toda a superfície dos pilares devem ser tratada pela aplicação de argamassa polimérica do
tipo Zentrifix KM 110 da MC Bauchemie ou similar, com cerca de 3mm de espessura, aplicada
em uma camada, seguindo rigorosamente as recomendações do fabricante. Antes da
aplicação da argamassa a superfície do concreto deve ser tratada com aplicação de escova
de aço e lavada pela utilização de hidrojateamento com auxílio de escovamento manual onde
se fizer necessário.
Pequenos reparos podem ser realizados pela aplicação de argamassa polimérica
Anchormassa S2. Sua preparação requer apenas a adição de água na proporção indicada
pelo fabricante, produzindo uma argamassa de alta resistência, apropriada para reparos
localizados em superfícies horizontais ou verticais. Sua aplicação deve ser feita com as mãos
protegidas por luvas ou com uma colher de pedreiro, pressionando a argamassa sobre a
superfície do substrato, é interessante a adição de agregados graúdos com intuito de
minimizar o efeito do calor de hidratação do cimento, evitando a possibilidade de formação de
fissuras. Para melhorar a aderência pode-se utilizar ponte de aderência com Nitobond Ar ou
similar.
As formas devem permanecer sobre a estrutura recuperada por no mínimo 2 dias. Painéis
laterais que necessitem de corte de excedente de concreto (tipo “cachimbo”) podem ser
retirados com 24 horas. Após sua retirada deve-se garantir a cura do material de
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recomposição das seções dos elementos estruturais pelo método de aplicação de cura
química.
No decorrer dos serviços deve-se moldar dois corpos de prova para cada idade de ensaios:
1dia e 28 dias. Os corpos de prova devem permanecer nas mesmas condições da obra - este
procedimento tem como objetivo confirmar a resistência indicada no presente Projeto sob as
condições que o grout será submetido.
Os corpos de prova cilíndricos a serem adotados nos ensaios do grout podem ter 50mm de
diâmetro por 100mm de altura ou 100mm de diâmetro por 200mm de altura enquanto que os
de argamassa devem ter 50mm de diâmetro por 100mm de altura.
Devem ser observadas as prescrições que constam das normas da ABNT, que tratam dos
procedimentos de moldagem e cura, para realização dos ensaios em questão. A quantidade
de corpos de prova pode ser alterada conforme solicitação da Fiscalização.
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A planilha refere-se ao material, máquinas, ferramentas, equipamentos e mão de obra, sem BDI.
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