O filme apresenta a vida e teorias de Freud, focando no complexo de Édipo. O filme mostra casos clínicos de Freud que ajudaram no desenvolvimento da teoria, como uma paciente que transferia afeto para os analistas, lembrando seu pai. Sonhos de Freud também revelaram seu próprio complexo de Édipo. A compreensão desse complexo permitiu que Freud visitasse o túmulo do pai.
O filme apresenta a vida e teorias de Freud, focando no complexo de Édipo. O filme mostra casos clínicos de Freud que ajudaram no desenvolvimento da teoria, como uma paciente que transferia afeto para os analistas, lembrando seu pai. Sonhos de Freud também revelaram seu próprio complexo de Édipo. A compreensão desse complexo permitiu que Freud visitasse o túmulo do pai.
O filme apresenta a vida e teorias de Freud, focando no complexo de Édipo. O filme mostra casos clínicos de Freud que ajudaram no desenvolvimento da teoria, como uma paciente que transferia afeto para os analistas, lembrando seu pai. Sonhos de Freud também revelaram seu próprio complexo de Édipo. A compreensão desse complexo permitiu que Freud visitasse o túmulo do pai.
Gabriela Lima (14125421) Priscilla Sabadin (14313241)
Tainá Tofanello (14173967)
O filme “Freud Além da Alma” (1963), dirigido por John Huston,
apresenta uma breve biografia da vida de Freud. Contudo, podemos observar que não só sua vida é relatada, mas sim grande parte de suas teorias, as quais se mostram muito presentes. Para introduzir o filme, são mostradas as três maiores feridas narcísicas do ser humano: (1) A Terra não é o centro do Universo, como evidenciado por Copérnico; (2) A espécie humana não é especial, como evidenciado por Darwin; e (3) O homem não é senhor em sua própria casa, como evidenciado por Freud. Essa última norteia o filme, assim como a teoria psicanalítica, pois mostra o poder do inconsciente. Antes de entrarmos em conceitos pontuais, é importante frisar que o filme como um todo se apresenta pela atenção flutuante, ou seja, não se foca em um elemento específico, mas sim no todo. Essa é a forma como o analista deve escutar o paciente, com abstinência para não perder nenhum elemento e entendê-lo em sua própria história, como devemos fazer ao assistir o filme. Logo no começo é apresentado um caso de histeria, o que não era visto como uma patologia, e sim uma encenação por parte das mulheres em busca de atenção. O jovem Freud vê além do que lhe é apresentado e busca demonstrar que a histeria é de fato uma condição, e não um fingimento. Neste caso a paciente acredita ser uma rainha, simula ter uma coroa e um cetro, o que pode ser relacionado com a volta ao eu ideal, o qual é constituído pelas projeções paternais sobre a criança, acompanhando o indivíduo em toda sua vida. Quando o superego é estabelecido pós resolução do complexo de édipo, esse eu ideal gera frustrações, pois encontra na sociedade limites nessa realização. No caso citado, a paciente possivelmente sofreu uma grande repressão de seu eu ideal, o que acarretou nos sintomas de histeria, causando a repetição do comportamento. Durante todo o filme o complexo de Édipo é muito abordado, mostra- se presente nos pacientes de Freud e nele próprio. No caso de Cecily o complexo demorou a ser identificado, uma vez que Freud ainda estava elaborando sua teoria. A jovem mulher relatava ter sintomas variados de origem não identificada, o que passa a ser analisado por Freud após o afastamento do antigo analista da garota, o Dr. Breuer. Esse se afastou pois a garota dizia ter se apaixonado pelo médico, e ele por ela, o que configura uma situação de transferência erótica por parte da paciente e contratransferência por parte do médico, o qual julgou ser mais prudente se afastar do caso e passá-lo para Freud. Quando o novo médico é apresentado para Cecily há uma resistência, já que ela se sentia traída pelo último analista. Com o passar do tempo, a jovem passa a apresentar com Freud a mesma relação que tinha com Breuer. O que podemos reparar é que ela fez uma transferência da figura do pai para os analistas, reparado quando os presenteia com cravos, flor que seu pai costumava usar em sua lapela, ou quando lhes pede beijos de despedidas, outro costume do pai. Sendo agora paciente de Freud, ambos abandonam o método catártico, o qual mostrava ser ineficiente, e passam a analisar juntos os relatos de Cecily. Nesses relatos, a garota conta que sempre teve grande desentendimento com sua mãe. Quando era mais nova sua mãe foi viajar e a garota realizou seu papel: trocava as flores dos vasos, ia dormir tarde e recebia convidados, relatando ser esse o momento mais feliz de sua vida. Além disso, conta sobre o dia em que, após receber uma bronca de sua mãe por estar usando maquiagem, buscou conforto na figura paterna. Cecily demonstra diversos sintomas, sendo um deles a incapacidade de beber água no copo, demonstrando uma fixação na fase oral; depois relata não conseguir ver ou se mover e até mesmo acreditar estar grávida. Esses e outros relatos da garota fazem Freud elaborar a teoria do complexo de édipo, já que a mesma estrutura era observada em outro paciente seu e nele próprio. No caso de Hans, o complexo foi identificado mediante hipnose, onde o paciente relatava idolatrar o pai, mas encenou o assassinato do mesmo e a conquista da mãe para si. Freud trouxe então, em um movimento narcísico, os casos para si: sempre teve grande desentendimento com seu pai e buscava conforto em sua mãe. Em um momento específico, quando era um menino, lembra-se de estar com sua mãe e o pai tirá-la do garoto. A mãe lhe presenteou com seu bracelete, o qual guardava com carinho até a vida adulta. Transtornado pelo caso de Hans, Freud sonha estar preso ao paciente, o qual o arrasta para dentro de uma caverna em encontro de uma mulher. O paciente, com características árabes no sonho, senta-se no colo da mulher e a beija, sendo esta a mãe do analista. Nesse sonho o complexo de Édipo é encenado por meio de mecanismos oníricos: Freud realiza um deslocamento de seu inconsciente para a figura de Hans para atualizar seu complexo. O analista se recorda que sua mãe costumava lhe chamar de “pequeno árabe”, o que explica o perfil arábico de Hans em seu sonho, evidenciando a condensação realizada no sonho. O que Freud fez neste momento foi transformar o conteúdo manifesto do sonho em conteúdo latente, tornando evidente o complexo de Édipo. A partir desse momento, o analista passa a reparar que seu desentendimento com o pai tinha uma origem na relação dualista de ódio e amor para com este. Freud costumava dizer que seu pai tinha problemas de relações com a irmã do analista, mas esta nem era nascida quando o desentendimento de pai e filho começou, evidenciando uma transferência feita inconscientemente. Após compreender a origem do desentendimento com seu pai, Freud consegue entrar no cemitério para visitar o túmulo do pai, ato impossível antes. O filme termina com a frase deixada, há dois mil anos, no templo de Delfos: “Conheça a Si Próprio”, enfatizando a necessidade da busca da compreensão de nós mesmo para uma vida equilibrada e harmoniosa, mesmo que essa compreensão pareça inalcançável e fora de nosso controle.
A MEDIAÇÃO COMO MEIO ALTERNATIVO NA BUSCA PELA JUSTIÇA, REALIZAÇÃO DA AUTONOMIA, CIDADANIA, DIREITOS HUMANOS E CONCRETIZAÇÃO DO ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO Giovana Krüger Charlise P. Colet Gimenez