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FUNDACOES VOLUME 2 Fundacoes Profundas Dirceu A. Velloso Francisco R. Lopes COPPE-UFRJ FUNDACOES Volume 2 Fundacées Profundas Dirceu de Alencar Velloso, D.Sc. Professor Titular, Escola de Engenharia e COPPE, Universidad: Federal do Ri o de Janeiro Francisco de Rezende Lopes, P.D. Piofessor Titular, Pscola de Engenharia c COPPE, Universidade Federal do Rio de Janeiro COPPE - UFRJ Rio de Janeiro, 2002 INDICE CAP. 10: INTRODUGAO AS FUNDAGOES PROFUNDAS 10.1 CONCEITOS E DEFINICOES 10.1.1 Definigées da Norma Brasileira 10.1.2 Classificagdo das Estacas 10.2 BREVE HISTORICO 10.3 PRINCIPAIS PROCESSOS DE INSTALAGAO E SEUS EFEITOS 10.3.1 Principais Processos de Instalaco 10.3.2 Estacas Cravadas 10.3.3 Estacas Escavadas CAP. 11: PRINCIPAIS TIPOS DE FUNDACOES PROFUNDAS 11.1 ESTACAS DE MADEIRA 11.2 ESTACAS METALICAS 11.3 ESTACAS PREMOLDADAS 11.4 ESTACAS DE CONCRETO MOLDADAS NO SOLO 11.4.1 Estacas Tipo Broca 11.4.2 Estacas Strauss 11.4.3 Estacas Tipo Franki (Stendard) 11.4.4 Estaca Franki Tubada 11.4.5 Estaca Franki Mista 11.4.6 Estaca Franki com Fuste Vibrado 11.4.7 Estaca Franki com Cravagdo por Martelo Automitico e Fuste Vibrado 11.5 ESTACAS ESCAVADAS 11.5.1 A Bentonita 11.5.2 A Lama de Bentonita 11.5.3 A Agio Estabilizante da Lama 11.5.4 Especificagdes para a Suspensio de Bentonita 11.5.5 Concretagem 11.6 ESTACAS ESCAVADAS COM. INJECAO, 11.6.1 Estacas-Raizes 11.6.2 Microestacas 11.7 ESTACAS TIPO HELICE CONTINUA 11.7.1 Estacas Tipo Hélice Continua sem Deslocamento do Solo 11.7.2 Estacas Tipo Hélice Continua com Deslocamento do Solo 11.8 ESTACAS PRENSADAS wauvuane i 16 21 30 30 31 a3 37 ay 39 40 41 46 46 47 48 3 $5 55 57 59 59 62 63 11.9 TUBULOES 11.9.1 Tubulao a Céu Aberto 11.9.2 Tubuléo Executado sob Ar Comprimido CAP.12: CAPACIDADE DE CARGA AXIAL - METODOS ESTATICOS 12.1 INTRODUCAO 12.2 METODOS RACIONAIS OU TEORICOS 12.2.1 Resisténcia de Ponta ou Base 12.2.2 Resisténcia Lateral 12.3 METODOS SEMI-EMPiRICOS QUE UTILIZAM 0 CPT 12.3.1 Semelhanga entre a Estaca e 0 CPT 12.3.2 Método de De Beer 12.3.3 Método de Holeyman 12.3.4 Outros Métodos 12.3.5 Uso do Piezocone 12.4 METODOS SEMI-EMPIRICOS QUE UTILIZAM O SPT 12.4.1 Método de Meyerhof 12.4.2 Método Aoki-Velloso 12.4.3 Método Décourt-Quaresma 12.4.4 Método de Veloso 12.4.5 Método de Teixeira 12.4.6 Propostas para Casos Patticulares: Estacas Escavadas, Tipo Raiz e Hélice 12.4.7 Proposta para Casos Particulares 12.5 ESTACAS SUBMETIDAS A ESFORGOS DE TRACAO 12.6 CONSIDERAGOES FINAIS 12.6.1 Escolha da Carga Admissivel 12.6.2 Comentarios Finais CAP. 13: CAPACIDADE DE CARGA AXIAL - METODOS DINAMICOS 13.1 INTRODUGAO 13.2 A CRAVAGAO COMO UM FENOMENO DE IMPACTO — FORMULAS DINAMICAS 13.2.1 Introdugao as Formulas Dinamicas 13.2.2 Formulas Dinamicas: a Conservagao da Energia 13.2.3 Formulas Dindmicas Incorporando a Lei do Choque de Newton 13.2.4 Cravagio de Estacas Inclinadas 13.2.5 Uso do Repique 13.2.6 Alteragdes na Resposta da Estaca apés a Paralisagio da Cravagao 66 68 69 BL 1 11 88 102 103 108 110 112 113 113 114 115 120 123 125 126 128 132 134 134 136 143 145 145 146 148 150 151 153 | 13.2.7 Avaliagao das Formulas Dinamicas 13.2.8 Formula Especial para Estacas Tipo Franki 13.3 A CRAVAGAO COMO UM FENOMENO DE PROPAGAGAQ DE ONDAS DE TENSAO EM BARRAS 13.3.1 A Equagdo da Onda de Tensdes em Barras 13.3.2 A Equagdo da Onda e o Problema da Cravagao ce uma Estaca 13.3.3 Método Numérico Proposto por Smith 13.3.4 Enfoque Simplificado 13.4 ESTUDOS DE CRAVABILIDADE, 13.4.1 Previsto de Tensdes de Cravagao por Formulas 13.4.2 Graficos de Cravabilidade 13.4.3 Tensdes Residuais de Cravagio CAP. 14: ESTIMATIVA DE RECALQUES SOB CARGA AXIAL 14.1 MECANISMO DE TRANSFERENCIA DE CARGA E RECALQUE 14.2 METODOS BASEADOS NA TEORIA DA ELASTICIDADE 14.2.1 Uso de Solugdes para Acréscimo de Tensdes 14.2.2 Contribuigo de Poulos e Davis 14,2.3 Método de Randolph 14.3 METODOS NUMERICOS 14.3.1 Método de Aoki € Lopes 14.3.2 Fungoes de Transferéncia 14.3.3 Métodos dos Elementos Finitos 14.4 PREVISAO DA CURVA CARGA-RECALQUE 14.4.1 Ajuste de uma Curva 14.4.2 Combinagao do Comportamento do Fuste com o da Ponta 14.5 INFLUENCIA DAS TENSOES RESIDUAIS DE CRAVACAO NO. COMPORTAMENTO CARGA-RECALQUE CAP.15 ESTACAS E TUBULOES SOB ESFORGOS TRANSVERSAIS 15.1 INTRODUCAO, 15.2 A REACAO DO SOLO 15.2.1 Introdugao 15.2.2 Hipétese de Winkler 15.2.3 Curvas p-y 15.3 SOLUGOES PARA ESTACAS OU TUBULOES LONGOS BASEADAS NO COEFICIENTE DE REAGAO HORIZONTAL 15.3.1 Solugo para Coeficiente de Reagao Horizontal Constante 153 153 155 156 158 162 167 172 172 175 175 179 183 183 184, 188 195 195 198 198 199 199 200 201 205 206 206 207 21 218 218 15.3.2 Solugao para Coeficiente de Rea¢ao Horizontal Varidvel com a Profundidade 15.3.3 Método de Duncan, Evans e Ooi 15.3.4 Método de Davisson e Robinson 15.4 CALCULO DA CARGA DE RUPTURA. 15.4.1 Método de Brinch-Hansen 15.4.2 Método de Broms 15.5 TRATAMENTO PELA TEORIA DE ELASTICIDADE 15.5.1 Fundamentos do Método 15.5.2 Estaca Flutuante em Solo Homogéneo 15.5.3 Estaca Flutuante em Solo com Médulo Crescente com a Profundidade 15.6 SOLUGAO PARA ESTACAS OU TUBULOES CURTOS BASEADA NO. COEFICIENTE DE REAGAO HORIZONTAL 15.7 GRUPOS DE ESTACAS OU TUBULOES CAP. 16: GRUPOS DE ESTACAS E TUBULOES 16.1 INTRODUGAO 16.2 RECALQUE DE GRUPOS SOB CARGA VERTICAL 16.2.1 Artificio do Radier Ficticio 16.2.2 Métodos Empiricos 16.2.3 Métodos Elisticos : 16.3 CAPACIDADE DE CARGA DE GRUPOS SOB CARGA VERTICAL 16.3.1 Capacidade de Carga de Estacas Cravadas em Solos Argilcsos 16.3.2 Capacidade de Carga de Estacas Cravadas em Solos Arenosos 16.3.3 Capacidade de Carga de Estacas Escavadas e Tubuloes 16.4 DISTRIBUICAO DE ESFORGOS ENTRE ESTACAS OU TUBULOES DE UM GRUPO SOB CARREGAMENTO QUALQUER 16.4.1 Hist6rico e Classificagao dos Métodos 16.4.2 Métodos Elisticos 16.4.3 Métodos de Ruptura CAP. 17: VERIFICACAO DA QUALIDADE E DO DESEMPENHO 17.1 INTRODUGAO 17.2 MONITORAGAO DE ESTACAS DURANTE A CRAVAGAO 17.2.1 Método Case 17.2.2 Método CAPWAP 17.2.3 Outras Informagées Obtidas na Monitora¢io 17.2.4 Equipamentos Especiais para Carregamento Dinamico 220 234 242 246 246 249 257 257 261 265 272 274 277 278 278 280 281 288 289 289 290 290 290 292 313 321 321 322 329 331 331 17.2.5 Comentarios sobre 0 Mé:odo 17.3 VERIFICAGAO DA INTEGRIDADE 17.4 PROVAS DE CARGA ESTATICAS 17.4.1 Procedimentos de Carregamento 17.4.2 Montagem e Instrumentagao 17.4.3 Extrapolagdo da Curva Carga-recalque 17.4.4 Interpretagao da Curva Carga-recalque CAP. 18: PROBLEMAS ESPECIAIS EM FUNDAGOES PROFUNDAS, 18.1 ATRITO NEGATIVO 18.1.1 Conceito 18.1.2 0 Atrito Negativo como Sobrecarga 18.1.3 O Atrito Negativo e a Capacidade de Carga da Estaca 18.1.4 Clculo do Atrito Negativo 18.1.5 Reducdo do Atrito Negativo 18.2 ESFORGOS DEVIDOS A SOBRECARGAS ASSIMETRICAS (“EFEITO TSCHEBOTARIOFF”) 18.2.1 Introdugai0 18.2.2 Principais Pesquisas e Contribuigoes 18.3 FLAMBAGEM DE ESTACAS 18.4 PROBLEMAS CAUSADOS PELA CRAVAGAO DE ESTACAS 18.4.1 Danos a Estacas e Construgdes Vizinhas por Levantamente do Solo 18.4.2 Danos a Construgdes Vizinhas por Vibragao 18.4.3 Desvio do Alinhamento durante a Cravagaio Apéndice 1 - Tabelas de dados de estacas premoldadas de concreto Apéndice 2 Previsdo da resisténcia de ponta de estacas a partir do CPT pelo Método de De Beer 333 333 337 337 342 344 346 351 351 353 355 355 390 395 395 398 424 436 436 439 440 447 451 10 INTRODUCAO AS FUNDACOES PROFUNDAS Este capitulo apresenta algumas definigbes e classificagdes cas fundagées profundas, juntamente com um breve historico do desenvolvimento das fundagdes em estacas. 10.1 CONCEITOS E DEFINICOES 10.1.1 Definigdes da Norma Brasileira No Capitulo 2 0 conceito de fundaca0 profunda jé foi estabelecido em confronto com o de fundagio superficial. Por razSes didaticas, serdo repetidas as definigdes da NBR 6122/96 (item 3.8). Fundagio Profunda: Elemento de findagdo que transmite a carga ao terreno pela base (resisténcia de ponta), por sua superficie lateral (resisténcia de fuste) ou por uma combinagao das duas, € que esté assente em profundidade superior ao dobro de sua menor dimensao em planta ¢, no minimo, a 3m, salvo justificativa. Neste tipc de fundagao incluem-se as estacas, os tubules e os caixées. Estaca: Elemento de fundagdo profunda executado inteiramente por equipamentos ou ferramentas, sem que, em qualquer fase de sua execugiv, huja descida de operério. Os ‘materiais empregados podem ser: madeira, ago, concreto pré-moldado, concreto moldado “in-situ” ou mistos. Tubuldo: Elemento de fiundagao profunda, cilindrico, em que, pelo menos na sua etapa final, hé descida de operario. Pode ser feito a céu aberto ou sob ar comprimido (pneumdtico) e ter ow ndo base alargada, Pode ser executado com ou sem revestimento, podendo esse ser de aco ou de concreto. No caso de revestimento de aco (camisa metilica), esse pode ser perdido ow recuperado. 2 Velloso e Lopes Caixdo: Elemento de fundagao profunda de forma prismatica, concretado na superficie e instalado por escavagao interna. No sua instalagdo pode-se usar ou nao ar comprimido e sua base pode ser alargada ou ndo. Estaca cravada por percusséo: Tipo de fundagdo profunda em que a propria estaca ou molde é introduzido no terreno por golpes de martelo (por exemplo: de gravidade, de explosdo, a vapor, hidriulico, a ar comprimids, vibratério). Em certos casos esta cravagio pode ser precedida por escavacao ou langagem. Estaca cravada por prensagem: Tipo de fundagéo profiunda em que a prépria estaca ou um molde é introduzido no terreno (quase estaticamente) através de macaco hidréulico. Estaca escavada com injegdo: Tipo de fundagao profinda executada através de injegéo sob pressio de produto aglutinante, normalmente calda de cimento ou argamassa de cimento € areia, onde procura-se garantir a integridade do fuste ou aumentar a resisténcia de atrito ateral, de ponta, ou ambas. Esta injegdo pode ser feita durante ou apéds a instalagdo de estaca Estaca tipo broca: Tipo de fundagéo profunda executada por perfuragdo com trado ¢ posterior concretagem. Estaca apiloada: Tipo de fundagao profunda executada por perfuregdo com 0 emprego de soquete. Estaca tipo Strauss: Tipo de fundagéo profunda executada por perfuracao através de balde sonda (piteira), com uso parcial ou total de revestimento recuperivel e posterior concretagem. Estaca escavada: Tipo de fundagdo profunda executada por escavagdo mecdnica com uso ou nao de lama bentonitica, de revestimento total ou parcial, e posterior concretagem. Estaca tipo Franki: Tipo de fundagdo profunda caracterizada por ter uma base alargada obtida introduzindo-se no terreno uma certa quantidade de material granular ou concreto, por meio de golpes de um pildo. O fuste pode ser moldado no terreno com revestimento, perdido ou nao, ou ser constituido por um elemento pré-moldado. Estaca mista: Tipo de fundagdo profunda constituida de dois (e nao mais do que dois) elementos de materiais diferentes (madeira, ago, concreto pré-moldado e concreto moldado in loco). Estaca “hélice continua”: Tipo de fundagao profunda constituida por concreto, moldada in loco e executada por meio de trado continuo e injegao de concrete pela prépria haste do trado. 10.1.2 Classificagao das Estacas As fundagées profundas podem ser classificadas segundo varios critérios. De acordo com o material, podem ser classificadas em (i) de madeira, (ii) de concreto, ‘iii) de ago ¢ (iv) mistas. De acordo com 0 processo executivo, as estacas podem ser separedas segundo o grau de deslocamento do solo que provocam ao serem executadas. Neste seatido, uma classificagio interessante é a da norma inglesa de fundagdes (Code of Practice CP 2004:1972) reproduzida na Tabela 10.1. Cap. 10- Introdugdo as Fundagoes Profiudes 3 Tabela 10.1 — Tipos de estacas Grande deslocamento Pequeno deslocamento: Sem deslocamento. ql Moldadas “in-_Pré-fabricadas: furo & executado por situ” cravando macigas ou perfuragdo ou escavagao; 0 umtubo com —_ocas, fechadas Varios sistemas furo € preenchido com ponta fecheda na ponta, cconcreto. As paredes da para formarum ——_cravadas no perfuragdo sto: vazio queé terreno ¢ preenchico deixadasem —_Perfis metilicos, _Estacas com conereto & posigaio 1, H, tubos aparafu- medida que 0 abertos (desde sadas tubo é retirado qian embuchamento) Nao Suportadas supertadas Meas cule Temporariamente Permanente (por ou nd, apds a 5 ooo se Madeira Premoldadas cravagio) de conereto Par, Roca ‘encamisamento Tubulares de ago —-Tubulares de conereto Nessa classificagaio esto incluidos os principais tipos de estacas executados em nosso pais. Entretanto, ha dois tipos — as estacas escavadas com injegao (microestacas e estacas-raizes) € as estacas hélice-continua — que nela n&io aparecem, Pelo processa executivo, que seri detalhado adiante, elas devem ser incluidas no tipo “sem deslocamento” com a perfuracZo suportada, Por ser classica, apresentamos, também, a classificagao de Terzaghi ¢ Peck (1967), segundo a qual as estacas podem ser grupadas em trés tipos: Estacas de atrito em solos granulares muito permedveis. Essas estacas transferem a maior parte da carga por atrito lateral, © processo de cravagao dessas estacas, proximas entre si, em grupos, reduz especialmente a porosidade e a compressibilidade do solo dentro em toro do grupo. Consequentemente, as estacas desta categoria stio, algumas vezes, chamadas estacas de compactacdo. © Estacas de atrito em solos firos de baixa permeabilidade. Essas estacas também transferem ao solo as cargas que Ihe so aplicadas pelo atrito lateral, porém elas nao produzem compactago aprecidivel do solo. Fundagdes suportadas por estacas deste tipo so comumente conhecidas como fundagdes em estacas flutuantes. * Estacas ce ponta. Essas estacas transferem as cargas a uma camada de solo resistente situada a uma profundidade considerdvel abaixo da base da estrutura. 4 Velloso e Lopes 10.2 BREVE HISTORICO. O emprego de fundagées em estacas remonta 4 pré-historic com a construgdo de palafitas. No interessante livro de Straub (1964) sobre a historia da Engenharia Civil encontram-se algumas passagens que ilustram a utilizacao das estacas no passado, que transerevemos a seguir. Na construgdo de estradas: “Em regides pantanosas ou em regides em que os materiais rochosos eram escassos, os romanos recorriam a passadigos de madeira apoiados em estacas". Nas fiundagdes de pontes, conforme descrigao de Vitruvius (“De architecture libri decem”): “Se o terreno firme ndo puder ser encontrado ¢ 0 terreno for pantanoso ou fofo, 0 local deve ser escavado, linpo e estacas de amiciro, oliveira ou ca:valho, previamente chamuscadas, devem ser cravadas com uma méguina, téo préximas umes das outras quanto possivel, e os vazios entre estacas cheios com cinzas. A fundag&o mais pesada pode ser assentada em uma tal base”. Na Idade Média, 0 dominicano Fra Giocondo (1433-1515) sugere, 1a reconstrugio da Ponte della Pietra, Verona, a prote¢4o da fundag4o de um pilar no meio do rio por meio de uma cortina de estacas-pranchas. Esse mesmo construtor utiliza estacas na fundagao da ponte de Rialto, Veneza. Nas palavras de Straub: “Embora a famosa ponte, familiar a todos os visitantes de Veneza, no tenha dimensdes extraordinérias (vao de 28,5m ¢ altura de 6,4m), os detalhes técnicos sdo de interesse. Os encontros, jormando camadas inclinadas de alvenaria, sto adaptados a direedio do empuxo do arco ¢ 0 estaqueamento é adequadamente disposto. Durante a execucao das fundacées, 0 local foi mantido mais ou menos livre da égua com 9 uso de muitas bombas (‘con uso di molte trombe’). Quando as fundagées estavam completamente terminadas, sua estabilidade foi posta em ditvida pelos cépticos. Em particular, 0 mestre responsével foi repreendido por ter usado estacas muito curtas ou estacas insuficientemente cravadas. Foi feita uma investigagdo durcnie a qual o mestre teve oportunidade de mostrar que as estacas estavam corretamente cravadas. Uma testemunha atestou que as estacas foram cravadas até um penetragéo n&o maior que 2 dedos para 24 golpes”. Em 1485, 0 italiano Leon Bathista Alberti publica um tratado de construgo~ “De re aedificatoria” com algumas especificagdes referentes as estacas: a largura do estaqueamento deve ser igual 20 dobro da largura da parede a ser suportada; 0 comprimento das estacas ndo deve ser menor que 1/8 da altura da parede e o difmetro nao deve ser menor que 1/12 do comprimento das estacas. No final do século XVIII 0 engenheiro francés Jean Rodolphe Perronet, responsavel pela construgio das famosas pontes de Neuilly e da Concérdia sobre 0 Sena, publicou um ensaio “Sur les pieux et sur les pilots ou pilotis” no qual se encontram, além de regras praticas sobre comprimento, se¢o transversal, espagamento e qualidade das estacas, algumas indicagdes sobre a resisténcia 4 cravagdo: “As estacas devem ser cravadas até gue a penetragio para os tiltimos 25 a 30 golpes nao seja maior que 1/12 a 1/6 de polegada ou 1/2 polegada no caso das estacas menos carregadas. A forca de cravagao do martelo é proporcional & altura de queda, porém nao se ignora como é dificil estabelecer inatematicamente alguma relagao

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