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C O M U N ID A D E E U R O P E IA IN S T IT U TO D O E M P R E G O
F un d o S o cia l E u ro pe u E F O R M A Ç Ã O P R O F IS S IO N A L
IEFP · ISQ
Copyright, 2000
Todos os direitos reservados
IEFP
Nenhuma parte desta publicação pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma ou processo sem o
consentimento prévio, por escrito, do IEFP.
Produção apoiada pelo Programa Operacional Formação Profissional e Emprego, co-financiado pelo Estado Português, e pela
União Europeia, através do FSE.
M.T.01
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ
Actividades / Avaliação
Bibliografia
Caso de estudo
ou exemplo
Destaque
Índice
Objectivos
Recurso a diapositivos
ou transparências
Recurso a software
Recurso a videograma
Resumo
M.T.01
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
ÍNDICE GERAL
II - TRANSFORMADORES
• Introdução II.2
• Transformadores de potência e de distribuição II.2
• Transformadores trifásicos II.9
• Protecção de transformadores II.14
• Manutenção de transformadores II.15
• Transformadores de medida II.16
• Resumo II.18
• Actividades / Avaliação II.21
Electrotecnia Industrial IG . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
• Introdução V.3
• Campo giratório V.3
• Motores monofásicos V.4
• Motores trifásicos de indução V.4
• Momento de rotação dos motores de rotor em curto-circuito V.6
• Ligação dos motores de indução V.7
• Sentido de rotação dos motores trifásicos V.8
• Motores síncronos V.9
• Protecção de motores eléctricos V.10
• Instalação e manutenção de motores V.11
• Resumo V.14
• Actividades / Avaliação V.15
M.T.01
Electrotecnia Industrial IG . 2
Guia do Formando
IEFP · ISQ Índice Geral
VI - ILUMINAÇÃO
• Introdução Vll.3
• Elementos constituintes Vll.3
• Características eléctricas Vll.7
• Características mecânicas Vll.11
• Outras características Vll.11
• Marcação Vll.12
• Dimensionamento de cabos eléctricos Vll.12
• Manutenção Vll.14
• Resumo Vll.16
• Actividades / Avaliação Vll.17
• Projecto Vlll.2
• Circuitos eléctricos Vlll.3
• Redes de terra Vlll.40
• Inspecções das instalações eléctricas Vlll.47
• Regulamentação e normalização Vlll.56
• Resumo Vlll.57
• Actividades / Avaliação Vlll.58
BIBLIOGRAFIA B.1
M.T.01
Electrotecnia Industrial IG . 3
Guia do Formando
IEFP · ISQ Conceitos Fundamentais de Electricidade
Conceitos Fundamentais de
Electricidade
M.T.01 Ut.01
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Conceitos Fundamentais de Electricidade
OBJECTIVOS
TEMAS
• Lei de Ohm
• Grandezas alternadas
• Diagramas vectoriais
• Factor de Potência
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.01
LEI DE OHM
Lei de Ohm
A Lei de Ohm diz que "a diferença de potencial ou tensão (U) entre dois
pontos A e B (fig. l.1) de um circuito eléctrico é proporcional à intensidade da Lei de Ohm
corrente (I) que passa nesse circuito. À constante de proporcionalidade dá-se
o nome de resistência (R).
(l.1)
U=R. I (V = A . Ω )
Gerador
R
U
Interruptor
U U
I= ou R = (l.2)
R I
Resistência e indutância
Imaginemos uma pedra de amolar velha, como ilustra a fig. l.2, com rolamentos
envelhecidos e enferrujados, provocando um grande atrito.
Quanto maior for o peso da pedra e a aceleração desejada, maior terá que
ser a força a aplicar.
Note: Quanto maior for a corrente (intensidade) pretendida, maior será a tensão
que necessitamos de aplicar.
Alguns circuitos, especialmente aqueles sem bobinas e/ou sem ferro, têm Circuitos resistivos
resistência e uma pequena indutância desprezável, sendo chamados
circuitos resistivos.
Outros circuitos que têm bobinas e particularmente aqueles com ferro, como
alternadores, motores e transformadores, têm tanto resistência como
indutância, sendo denominados circuitos "parcialmente Indutivos".
R
R
X
U U
R X
U
U
U
I= (l.3)
R
Considere a mesma figura, mas agora com uma tensão alternada aplicada
da mesma forma pelo fecho de um interruptor a:
No ponto B, a tensão atinge o seu máximo negativo, a corrente passa por zero
e torna-se negativa.
Na fig.(l.3.d) e (l.4.b) podemos ver ainda que a onda da corrente está atrasada
¼ de ciclo (90º) relativamente à onda da tensão.
Reactância e impedância
Como uma corrente reactiva está desfasada 90º de uma corrente resistiva,
a reactância (X) e a resistência (R) podem ser representadas por um triângulo
rectângulo, onde X e R são catetos e Z a hipotenusa.
Z2 = R2 + X2 (l.5)
M.T.01 Ut.01
ZZ
X
90º
R
R
U=Z.I (l.6)
Potência
P =U.I (l.7)
U.I
Valor Médio
Na fig. l.6, vemos uma tensão alternada a alimentar uma carga puramente
resistiva.
Nos instantese t0, t4, t8 , ambas as ondas são zero e, portanto, o seu produto é
também nulo.
0 t
0 t
U. I
0 Zero Watts
No caso mais geral, em que o circuito tem uma carga parcialmente resistiva e
indutiva, aplicando-se o mesmo processo de multiplicação da tensão e da
corrente em qualquer instante, a forma de onda de potência terá igualmente
dupla frequência, mas não será simétrica em relação à linha de zero, pelo que
o seu valor médio será positivo, ficando entre o zero e o valor mediano dos
picos
(fig. l.6). A componente activa da potência terá um valor entre o valor máximo
do caso da carga resistiva e o zero da carga puramente indutiva.
Factor de potência
S
Q
ϕ
P
Potência real
Em corrente alternada há a considerar três potências distintas: a potência Potência reactiva
real, activa ou simplesmente potência (P), a potência reactiva (Q) e a Potência aparente
potência aparente (S), cujas relações se podem tirar pelo triângulo da fig. l.8.
S = U.I
Q = S.Senϕ = U.I.Senϕ
Factor de Potência
M.T.01 Ut.01
U = R1 . I + R2 . I = (R1 + R2 ). I (l.9)
U
U
U
R.I
R.I
Se R for a resistência equivalente, ou seja, uma resistência que absorva a Resistência equivalente
corrente I, então:
U = R.I (l.10)
e ainda
R . I = (R1 + R2 ). I (l.11)
M.T.01 Ut.01
R = R1 + R 2 (I.12)
U U
I1 = e I2 = (l.13)
R1 R2
U U 1 1
I = I1 + I2 = + = U.( + )
R1 R 2 R1 R 2 (l.14)
U = R .I (l.15)
U 1 1
=U.( + ) (l.16)
R R1 R 2
M.T.01 Ut.01
ou seja,
1 1 1 (l.17)
= +
R R1 R 2
1
+
1 Resistência equivalente
dos inversos das resistências individuais, ( R R
) tanto para circuitos de
1 2
Impedâncias em série
Como quantidades que fazem ângulos rectos não podem ser adicionadas
algebricamente, mas, sim, vectorialmente, temoS:
A +B = C (l.18)
r
U = Z
.I (l.20)
r r r
Z =
R +
X (l.21)
ou, numericamente,
Z2 = R2+X2 (I.22)
Impedâncias em paralelo
1 1 1 (l.23)
= +
Z R X
ou numericamente
1 1 1 (l.24)
= ( 2 + 2)
Z R X
GRANDEZAS ALTERNADAS
U I Período
Amplitude
t
Amplitude
(a)
U I
(b)
Na sua forma ideal, uma grandeza alternada pode ser representada por uma
forma de onda sinusoidal pura. (Ver figura l.11).
A grandeza alternada gerada por uma máquina rotativa pode ser explicada
pela fig. l.12, onde se representa uma barra (OP) de comprimento A, rodando
no ponto 0 a uma velocidade angular (ω) constante.
M.T.01 Ut.01
ϕ
(rad/ s)
t
P
N Amplitude= OP=A
A
ϕ (rad)
O t=0
Período
ϕ
ω= ( rad/s ) (l.25)
t
Se o ponto N no eixo vertical que passa por O é a projecção do ponto P, então Movimento harmónico
N move-se verticalmente para cima e para baixo, no que se designa por simples
"movimento harmónico simples", sendo o comprimento ON uma grandeza
alternada pura.
ON = A.Sen ϕ (l.26)
e como
ON = A.Sen ϕ (l.28)
ON = A.Sen(2π.f.t ) (l.29)
A corrente indicada pelo aparelho seria, assim, a raíz quadrada da média do Corrente eficaz
quadrado da corrente, ou seja, ao que se designa "corrente eficaz".
Valor eficaz
A= 2 .A ef (l.30)
M.T.01 Ut.01
Na fig. l.13 (a), representa-se uma curva da corrente em função do tempo Valor eficaz
para uma grandeza alternada pura, onde se assinala a amplitude (A) e o
valor eficaz
A
A ef = (I.32)
2
DIAGRAMAS VECTORIAIS
B ϕ
ϕ
Esta relação pode ser expressa por um diagrama, como se exemplifica na Grandeza de referência
fig. l.14 onde (OA) representa a grandeza de referência (uma tensão), o seu
comprimento representa o valor numérico da amplitude dessa grandeza e a
seta a direcção tomada como referência. A linha OA é, por convenção,
considerada a rodar no sentido contrário aos ponteiros do relógio a uma
velocidade angular (ϕ) que provocará uma rotação completa durante um
período de tempo (t), OB representa outra grandeza (“uma corrente”) e o
ângulo ϕ representa o atraso dessa grandeza (OB) em relação à grandeza
de referência (OA).
Como consideramos que ambas têm o mesmo sentido de rotação, num dado
instante, a relação entre as 2 grandezas será a representada na fig. l.14, c).
X (l.32)
tan ϕ =
R
Se X=0, então, tanϕ = 0, o que significa que não existe ângulo entre a corrente
e a tensão, que se dizem em fase.
FACTOR DE POTÊNCIA
Conforme já se referiu nesta unidade, a potência real ou activa fornecida ou Potência real ou activa
absorvida por uma máquina é expressa por:
P= U.I.Cosϕ (l.33)
ϕ ϕ
P = OA.OP (l.34)
Do mesmo modo
OQ = I.Senϕ (l.36)
2 2 2 2 2 2 2 2
P + Q = U .I .(Cos ϕ + Sen ϕ) = U .I (I.38)
Chamamos potência aparente (S) ao produto (U.I) e esta é expressa em Potência aparente
Volt--Ampere (VA).
S = U.I (l.39)
A fig. l.18 mostra as curvas de tensão e corrente num circuito alternado Curvas de tensão e
indutivo puro, em que os picos de corrente ocorrem no mesmo instante de corrente
que os zeros de tensão. A curva (b) mostra a onda da corrente antes e
depois do fecho do circuito, que se assume ser feito num ponto M em que a
tensão é nula.
As fig.I.18 (b) e (c) são dois casos extremos, para uma desfasagem em atraso
de 90º, em que se fecha o circuito no instante de tensão nula ou no instante de
tensão máxima.
RESUMO
A Lei de Ohm diz-nos que " a diferença de potencial ou tensão (U) entre dois
pontos A e B (fig. l.1) de um circuito eléctrico é proporcional à intensidade da
corrente (I) que passa nesse circuito ". À constante de proporcionalidade dá-
se o nome de resistência (R).
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
a) A impedância da bobina.
c) O factor de potência.
d) A potência.
Calcular:
a) A impedância do circuito;
b) A intensidade de corrente;
M.T.01 Ut.01
f) O factor de potência.
M.T.01 Ut.01
Transformadores
M.T.01 Ut.02
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Transformadores
OBJECTIVOS
TEMAS
• Introdução
• Transformadores trifásicos
• Protecção de transformadores
• Manutenção de transformadores
• Transformadores de medida
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.02
Electrotecnia Industrial II . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Transformadores
INTRODUÇÃO
Os enrolamentos dos transformadores são constituídos por fios ou barras de Enrolamentos e núcleos
cobre, devidamente isolados para as tensões a que vão trabalhar. Esses fios ou
barras de cobre são "enrolados" em torno do núcleo, constituído por finas
chapas de material ferro-magnético.
A tampa da cuba contém os terminais para ligação aos cabos de alta ou baixa
tensão e outros acessórios.
De referir, ainda, que as cubas podem ser estanques ou abertas, sendo, neste
caso, os transformadores dotados de um depósito conservador de óleo.
Os transformadores de distribuição podem também ser do tipo seco, isto é, os Transformadores tipo seco
enrolamentos não estão contidos numa cuba com óleo, mas são sim moldados
em resina sintética. Neste tipo de transformadores, o arrefecimento faz-se
geralmente por meio de ventilação forçada.
Relação de transformação
No transformador da figura ll.2, a corrente I1 fornecida pelo gerador G circula no Força electromotriz induzida
enrolamento primário P, induzindo no núcleo ferro-magnético um flux ο Φ,o qual, ( F.e.m. )
por sua vez, induzirá no enrolamento secundário S uma força electromotriz E2.
Primário Secundário
I2
I1 Φ
S Φ
U2
G
U1
N1
Alternador Φ
Se, como acontece na maioria dos transformadores N1=N2, a f.e.m. total induzida
(ou a tensão U nos mesmos originada) é directamente proporcional ao número
de espiras N do enrolamento. Assim:
N1 E1 U1
= = (ll.1)
N2 E2 U2
e assim:
I1 U1 N1
= =
I2 U2 N2 (ll.3)
ou seja, as intensidades de corrente (I) nos enrolamentos primário e secundário Relação de transformação
são inversamente proporcionais ao número de espiras (N) e à tensão (U).
Características eléctricas
Num transformador , a corrente, que circula nos enrolamentos I1 e I2, provoca o Perdas no cobre
aquecimento dos mesmos; este calor representa uma perda de energia, a que
chamamos perdas no cobre. O seu valor (PC) é dado pela soma dos produtos
do quadrado da intensidade (I2) pela resistência de cada enrolamento (R).
2 2
P C = R 1 .I1 + R 2 .I 2 [ Watt] (ll.4)
M.T.01 Ut.02
As perdas de histerese podem ser comparadas com as perdas devidas à Perdas de histerese
fricção, e o seu valor depende das características do material de que o núcleo
é formado. As substâncias com reduzidas perdas de energia durante a
magnetização cíclica são designadas por substâncias magneticamente
macias. Alguns exemplos de tais materiais são o ferro macio, o silício, o aço,
as ligas ferro-níquel, entre outros.
As correntes de Focault são correntes parasitas que circulam nos núcleos Correntes de Focault
ferro-magnéticos, originando o aquecimento do circuito magnético. A fim de
diminuir estas correntes e as perdas que lhe são devidas, os núcleos magnéticos
são construídos de finas chapas, em vez de blocos maciços de metal.
A medição das perdas no cobre e no ferro de um transformador é feita através Perdas totais
de ensaios. Pelo ensaio em vazio determinam-se as perdas no núcleo ferro-
-magnético, e pelo ensaio em curto circuito determinam-se as perdas no
cobre ou nos enrolamentos. As perdas totais serão a soma daquelas duas.
A W
eeeeeeeeeeeeeeeeeeee
llllllllllllllll
eeeeeeeeeeeeeeeeeeee
V
AT
BT
A fig. ll.4 representa um transformador com a sua baixa tensão (BT) ligada a um
gerador de corrente alterna (G) e a um auto-transformador ou divisor de tensão,
e a alta tensão (AT) em circuito aberto.
Na fig. ll.5 está representada a curva das perdas no núcleo, que se obtém, Perdas no núcleo
medindo o valor W para vários valores da tensão. Verifica-se que as perdas no
núcleo são aproximadamente proporcionais ao quadrado da tensão.
Perdas no núcleo
Tensão
de regime
Tensão
Assim, um transformador de 10 000 V/220 V necessitará apenas de 300 a 500 Tensão de curto - circuito
V, no primário, para, com o secundário em curto-circuito, fazer circular nos
seus enrolamentos a corrente nominal dos mesmos. A esta tensão, expressa
normalmente em percentagem, dá-se o nome de tensão de curto-circuito e
representa a queda de tensão no transformador sob carga nominal.
M.T.01 Ut.02
W A
eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee
/\/\/\/\/\/\/\
lllllllllllllllllll
I2
G V
BT
AT I1
Neste ensaio, as perdas no núcleo são negligenciáveis pois que a tensão utilizada
é inferior a 5% da tensão normal de serviço. Mede-se, assim, o valor das perdas
no cobre que é dado por:
2 2
P = R 1 .I1 + R 2 .I 2 (ll.5)
I2 N1 U1
= = (ll.6)
I1 N2 U2
Grupos de ligação
A I1 X
a I2 x
I2
TRANSFORMADORES TRIFÁSICOS
Apenas com potências muito elevadas, da ordem dos 100 MVA ou mais, os
transformadores trifásicos dão lugar a grupos de três transformadores
monofásicos, isto porque um transformador trifásico de tal potência seria
demasiado pesado e volumoso para o seu transporte e instalação.
M.T.01 Ut.02
A B C
a b c
B C
b c
Um transformador que tenha o primário ligado em triângulo e o secundário em Tensão em relação ao neutro
estrela designa-se abreviadamente por DY. Se o neutro for acessível, isto é,
utilizado no lado do secundário, a designação abreviada do transformador será
DYN. Este é o caso mais comum do transformador de distribuição.
1
A tensão em relação ao neutro é 3 da tensão entre fases. Assim, se a
tensão entre as fases do secundário de um transformador for de 380 V, a tensão
entre as fases e o neutro é:
M.T.01 Ut.02
380
= 219,4 V (ll.7)
3
Grupos de ligação
É da maior importância que transformadores que se pretendam fazer trabalhar Grupos de ligação
em paralelo tenham o mesmo grupo de ligações. Nos transformadores trifásicos,
as possibilidades de ligação dos enrolamentos primário e secundário são
variadas. Tal como para os transformadores monofásicos, é também aqui utilizada
a analogia com as posições dos ponteiros de um relógio, para designar os
diferentes modos ou grupos de ligação. Se no transformador das figuras
anteriores, o diagrama vectorial das tensões no primário e secundário for o da
fig. ll.14,
U ab a
A U AB
B º U aN U ab
U CA 330 N
U BC c U CN b
C U BN
verifica-se que a tensão UAB do primário forma com a tensão Uab do secundário
um ângulo de 330º, correspondente à posição das 11 horas dos ponteiros de
um relógio.
Funcionamento em paralelo
• As impedâncias de curto-circuito;
• Os grupos de ligação.
PROTECÇÃO DE TRANSFORMADORES
• Relé Bucholz - actua por acção dos gases libertados no interior das cubas, Relé Bucholz
em caso de defeito interno;
Os transformadores de grande potência são, ainda, protegidos por outros tipos Outros tipos de relés
de relés (relés de fuga à terra, relés diferenciais, relés de sub ou sobrefrequência,
etc.).
MANUTENÇÃO DE TRANSFORMADORES
TRANSFORMADORES DE MEDIDA
1000/5 400/1
TI TT
A V
P1 P2
- S2 S1 +
RESUMO
I1 U2 N2
= =
I2 U1 N1
2- As impedâncias de curto-circuito ;
3- Os grupos de ligação.
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
a) - A tensão de curto-circuito.
b) - A corrente no secundário.
Geradores Eléctricos
M.C.02
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Geradores Eléctricos
OBJECTIVOS
TEMAS
• Geradores industriais
• Alternadores
• Queda de tensão
• Rendimento
• Manutenção de geradores
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.03
Existe uma relação definida entre a direcção do fluxo, a direcção do movimento Força electromotriz
do condutor e a direcção da f.e.m. induzida neste último.
Uma regra útil para determinar esta relação é a regra da mão direita, de Regra de Fleming
Fleming. Para a sua aplicação, utilizam-se os dedos da mão direita, em que o
indicador, o polegar e o dedo médio fazem entre si ângulos de 90º como na fig.
lll.1.
A fig. lll.2 (a) representa uma espira que gira no sentido contrário ao dos ponteiros
de um relógio e a uma velocidade constante, num campo magnético. Segundo
a posição da espira, a f.e.m. induzida na mesma, varia.
Quando está na posição 1, não se gera qualquer f.e.m., porque nenhum condutor
activo corta linhas magnéticas, já que se movem paralelamente àquelas.
Se se pretender obter uma corrente contínua, isto é, que tenha sempre a Corrente contínua
mesma direcção, não se podem utilizar os anéis colectores. A corrente nas anéis colectores
espiras é necessariamente alterna, como atrás referido (fig. lll.2 (b)). É, assim,
necessário rectificar a corrente antes de a enviar ao circuito externo, o que se
consegue por meio de um colector não em forma de anel fechado, mas de dois Semi-anéis
semi-anéis como na fig. lll.4 (a).
Comparando as figuras lll.2 (b) e lll.4 (b), verifica-se que a metade negativa da
ondulação se inverteu convertendo-se em positiva.
GERADORES INDUSTRIAIS
Estator
Escova
Rotor
Comutador
Escova
Anéis colectores
Dínamo Alternador
a) b)
Na fig. lll.5, estão representados, de uma forma que se aproxima da realidade, Estator rotor
os induzidos de um dínamo e de um alternador.
Os motores de corrente contínua, por outro lado, continuam a ter larga Motores de corrente
aplicação, devido, sobretudo, à facilidade de regulação da sua velocidade, através contínua
da variação da intensidade do campo. Referir-nos-emos na Unidade formativa
4 a alguns aspectos construtivos dos geradores e motores de corrente contínua.
ALTERNADORES
A corrente alterna de frequência industrial (50 Hz) é produzida por alternadores Frequência industrial
accionados por turbinas hidráulicas, a vapor, a gás, motores de combustão
interna, entre outros.
O aspecto construtivo dos alternadores varia conforme a velocidade a que Aspecto construtivo dos
trabalham. Para velocidades lentas têm grande número de pólos, enquanto alternadores
que para velocidades rápidas têm pequeno número de pólos. A frequência, o
número de pólos e a velocidade de rotação estão relacionadas da seguinte Número de pólos
forma:
n.p
f= (lll.1)
60
Um gerador que funcione a 1500 rpm (caso típico dos alternadores industriais
de pequena e média potência accionados por motores diesel), terá um número
de pares de pólos
60 .f
p= =2 (lll.2)
n
Este, também denominado enrolamento de excitação do gerador, está ligado Enrolamento de excitação
através de anéis e escovas à fonte de corrente contínua que serve de excitador.
A f.e.m. induzida é dada por:
Estator
Rotor
Excitador
Induzido de
excitação Estator do alternador
Veio Diodos
comum excitativos
Enrolamento
de excitação
Corrente
Rotativo Alterna
Enrolamento
de excitação fixo
Alternadores trifásicos
Tal como foi referido para os transformadores, a distribuição de energia para fins Distribuição de energia
industriais faz-se quase exclusivamente sob a forma de corrente alterna trifásica.
Se o gerador é bipolar, como na fig. lll.8, então, os eixos das bobinas dos Gerador bipolar
enrolamentos de fase estão deslocados um em relação ao outro 1/3 da
circunferência do estator (1/3 x 360º = 120º). Quando o rotor gira, o seu campo
magnético atravessa os condutores dos enrolamentos do estator não
simultaneamente. A f.e.m. do enrolamento A atinge o seu valor máximo quando
perto dele passa a parte central do pólo do rotor. A f.e.m. no enrolamento seguinte
B atinge o máximo, um terço de volta mais tarde.
E A = EM .senω.t (lll.4)
T
E A = EM .senω .( t − ) (lll.5)
3
M.T.01 Ut.03
2T
E C = EM .senω.( t − ) (lll.6)
3
a)
Curvas dos valores
Instantâneos da
força electromotriz
dum sistema
trifásico
b)
Vectores da força electromotriz
de um sistema trifásico
As curvas dos valores instantâneos são mostrados na fig. lll.9 a), e o diagrama
vectorial das forças electromotrizes na fig. lll.9 b).
E A + EB + E C = 0 (lll.7)
Na prática, aos terminais dos alternadores vão ligar 6 condutores, sendo cada
par de condutores as extremidades das bobinas A, B ou C.
No caso da montagem em estrela (fig. lll.10), o ponto comum de ligação a'b'c' Neutro do sistema
(ponto 0) é chamado o neutro do sistema.
M.T.01 Ut.03
isto é, as tensões de linha (Uab - diferença de potencial entre duas fases) Tensões de linha e de fase
excedem as tensões de fase (Ua0 - diferença de potencial entre fase e neutro)
em 3 vezes.
Sendo a soma vectorial das correntes, num sistema equilibrado, igual a zero.
c Icc’
c Ibc c’
Ubc Uca Iaa’
o
a’
o Ica
o a b Ibb’
Iab a
Uab
b b’
b
(a) (b)
Funcionamento em paralelo
Tal como para os transformadores, também para os alternadores é necessário Condições para o
que se verifiquem determinadas condições para que estes possam trabalhar funcionamento em paralelo
em paralelo, isto é, fornecer energia em simultâneo ao mesmo sistema eléctrico.
M.T.01 Ut.03
A tensão pode ser ajustada através do regulador de tensão que equipa o Ajuste da tensão
alternador, e a frequência faz-se variar, regulando a velocidade da máquina motriz.
QUEDA DE TENSÃO
U = E - r.I (lll.15)
U = E − Z.I (lll.16)
2 2
E = U + (r.I) + ( X.I) (lll.17)
RENDIMENTO
O rendimento de uma máquina é a relação entre a potência que fornece e a que Rendimento
absorve, ou seja,
Potência Útil
Re n dim ento = (lll.18)
Potência Absolvida
Potência Útil
Re n dim ento = (lll.19)
Potência Útil + Perdas
A expressão (III.19) utiliza-se para geradores, uma vez que é fácil determinar a
potência útil eléctrica. Por razão idêntica (determinação da potência útil
absorvida), utiliza-se a expressão (III.20) para motores.
MANUTENÇÃO DE GERADORES
RESUMO
O rendimento dos geradores eléctricos varia entre 80% - 90% nos geradores de
corrente contínua, 75% - 90% nos motores de corrente contínua e
aproximadamente 95% nos alternadores e motores de corrente alterna.
M.T.01 Ut.03
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
d) A potência reactiva.
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Máquinas de Corrente Contínua
OBJECTIVOS
TEMAS
• Componentes básicos
• Enrolamento do induzido
• Enrolamento do indutor
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.04
Electrotecnia Industrial IV . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Máquinas de Corrente Contínua
COMPONENTES BÁSICOS
Os componentes básicos de uma máquina de corrente contínua (fig. IV.1) são Componentes básicos
a parte fixa onde se encontram os enrolamentos do indutor, o estator, e a parte
móvel ou rotor como referido anteriormente, que consta do induzido e do
comutador, por vezes, também chamado colector.
Induzido Travessa
ENROLAMENTOS DO INDUZIDO
ENROLAMENTOS DO INDUTOR
As características de trabalho das máquinas de corrente contínua dependem Origem do campo magnético
do método de excitação do campo magnético. Os ímanes permanentes somente
são utilizados em motores de potência muito reduzida. Na generalidade dos
motores e geradores, o campo magnético resulta da corrente de excitação
que passa nas bobinas que cercam os pólos magnéticos, fixos ao estator.
No caso de excitação independente o enrolamento do indutor deve ser ligado Excitação independente
a uma fonte de energia eléctrica independente (fig. IV.3 - a). A tensão nos bornes
do induzido da máquina não exerce influência sobre a intensidade da corrente
de excitação. Uma vez que a corrente de excitação é independente, somente a
reacção do induzido provoca alterações do fluxo magnético da máquina no
caso de variação da carga.
Uma vez que a intensidade da corrente de excitação deve ser muito inferior à
intensidade da corrente do induzido (1 a 5%) e a tensão U nos bornes do
induzido e no circuito de excitação é a mesma, a resistência do enrolamento
de excitação deve ser relativamente grande. O enrolamento terá, pois, um elevado
número de espiras, de fio relativamente fino. O fluxo magnético desta máquina
pode ser regulado por meio de reóstato, ligado no circuito de excitação.
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Motores de Corrente alterna
OBJECTIVOS
• Definir deslizamento;
TEMAS
• Introdução
• Campo giratório
• Motores monofásicos
• Motores síncronos
M.T.01 Ut.05
Electrotecnia Industrial V . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Motores de Corrente alterna
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.05
Electrotecnia Industrial V . 2
Guia do Formando
IEFP · ISQ Motores de Corrente Alterna
INTRODUÇÃO
Esta unidade formativa tem por finalidade dar a conhecer os diversos tipos de
motores de corrente alterna, bem como a sua constituição, funcionamento,
tipos de ligação, cuidados de instalação e de protecção.
CAMPO GIRATÓRIO
B
y
BC
A
BA x
BB
-y
0
C
MOTORES MONOFÁSICOS
No caso dos motores monofásicos, o campo rotativo obtém-se pelo uso de Campo rotativo
dois enrolamentos separados no espaço de 90º; um, o enrolamento de
arranque, é alimentado através de um condensador em série. Desta forma, a
corrente no enrolamento de arranque está adiantada cerca de 90º em relação à
do enrolamento de marcha, de modo que o motor fica convertido em bifásico,
ou comporta-se como tal. Estes motores são muito frequentes para pequenas Motores condensadores
potências e são chamados de motores condensadores.
Os motores mais usuais na indústria são os chamados motores assíncronos Motores assícronos
trifásicos, ou de indução. Estes motores têm de uma maneira geral o seu
induzido (rotor) constituído em forma de gaiola de esquilo, que lhe confere
grande robustez. A estes motores é também frequente designá-los por motores
de rotor em curto-circuito. Na fig. V.2, está representado o rotor deste tipo de
motores.
As barras e os anéis formam como que uma gaiola, daí a designação de motores Gaiola de esquilo
com o rotor em gaiola de esquilo. O campo rotativo do estator atravessa
estas barras, gerando nas mesmas forças electromotrizes que fazem circular a
corrente.
Campo Sentido
de rotação Correntes
giratório
circulando
devido às
nas barras
correntes
e anéis
no estator
Núcleo do rotor
(aço laminado)
Isto produz um torque ou momento no rotor que faz com que este inicie o seu
movimento e acelere. Em termos mais simples, pode dizer-se que o rotor é
arrastado pelo campo rotativo.
Campo
Força do
movimento
Corrente
Com uma carga inferior à carga nominal, o deslizamento é reduzido, e a Velocidade síncrona
velocidade aproxima-se da velocidade síncrona. Contrariamente, se a carga
aumenta, o deslizamento aumenta também, e as f.e.m induzidas no rotor e por
consequência a sua corrente aumentam também, o que produz um momento
maior para fazer face à maior carga.
Assim, os motores de indução têm uma velocidade próxima, mas não igual à
velocidade síncrona, e o controlo da sua velocidade só muito recentemente
M.T.01 Ut.05
n.p
f= (V.1)
60
Um outro tipo de motor de indução é o motor de rotor bobinado, que como o Rotor bobinado
próprio nome indica, apresenta o rotor formado por bobinas de fio isolado
semelhantes às dos induzidos dos motores de corrente contínua, com as
extremidades do enrolamento ligadas em estrela a três anéis colectores. Os
anéis estão em contacto com escovas, que se ligam regra geral a um reóstato
(resistência variável) ou conjunto de resistências de arranque, para assim
limitar a corrente de arranque.
Uma desvantagem dos motores de indução de rotor em curto-circuito é a Desvantagens dos motores de
elevada corrente consumida no arranque (cerca de 7 vezes a corrente nominal), rotor em curto-circuito
o baixo factor de potência e o pequeno momento desenvolvido.
A fig. V.4 (a) indica a variação do momento com o deslizamento para três valores
diferentes da tensão de alimentação.
A fig. V.4 (b) mostra-nos a curva característica do momento de um motor Curva característica
assíncrono moderno que se divide em três trechos; o primeiro que corresponde de Momento
ao regime de trabalho vai da marcha em vazio até à carga nominal; o segundo,
que corresponde ao regime de sobrecarga, vai da carga nominal ao momento
máximo Mrot.max e o terceiro, a parte instável, vai do momento máximo ao
momento inicial de arranque Marr.
Te
n sã
on
om Momento
ina de
l
90 % arranque
de t
ens
ão
nom
inal
50 % d
e tensã
o no m in al
Tal como os alternadores, os motores trifásicos de indução podem ser ligados Ligação estrela - triângulo
em estrela ou triângulo. Esta possibilidade é aproveitada para o arranque de
motores de rotor em curto-circuito, com recurso aos arrancadores estrela-
-triângulo, isto é, o motor inicia o seu funcionamento ligado em estrela, e é
posteriormente comutado para ligação triângulo.
M.T.01 Ut.05
L1 L1
L2 L2
L3 L3
Desta forma, reduz-se a corrente de arranque que, como já foi referido, é cerca
de 7 vezes a corrente nominal na ligação triângulo.
Tal como referido no início da unidade formativa, o movimento do campo Alteração do sentido
giratório "arrasta" o rotor nos motores de indução, fazendo com que estes de rotação do motor
girem na mesma direcção do campo. Para alterar o sentido de rotação destes
motores, apenas há que alterar a sequência de ligação das fases do sistema
trifásico.
Enrolamento
do estador
Rotor curto-circuito
MOTORES SÍNCRONOS
Construtivamente, os motores síncronos são muito semelhantes aos Características dos motores
alternadores. O rotor é bobinado. Nele circula uma corrente contínua de síncronos
excitação, através de dois anéis e escovas; que induz um campo magnético,
de intensidade regulável. Esta característica, traduz uma vantagem notória deste
tipo de motores em relação aos motores assíncronos, que é a de poderem
fornecer energia reactiva à rede, e, assim, compensar o factor de potência
de uma instalação.
Na maioria dos casos a potência dos motores síncronos é bastante grande, e Autotransformador de
por isso, para diminuir a corrente de arranque, a tensão é reduzida por meio de arranque
ligação do rotor através de um autotransformador de arranque ou bobina de
choque (reactância).
Nos motores síncronos, quando a corrente de excitação é normal, o campo Corrente de excitação
magnético do rotor induz no enrolamento do estator uma força electromotriz normal
que pode ser considerada aproximadamente igual à tensão da rede aplicada
aos bornes do estator. Nestas condições, o motor carrega a rede apenas
com a corrente activa (kW), e o seu factor de potência é unitário (Cosj =
1).
Se a corrente de excitação é menor do que a nominal, o fluxo magnético Corrente de excitação menor
do rotor induz no enrolamento do estator uma f.e.m. menor do que a tensão que a nominal
da rede; além da corrente activa, o motor consome da rede corrente reactiva,
desfasada em relação à tensão num quarto de ciclo, como a corrente de
magnetização do motor assíncrono.
Mas se a corrente contínua de excitação é superior à nominal, a f.e.m. (E) é Corrente de excitação maior
superior à tensão da rede (V) e o motor diz-se sobreexcitado. Nesta que a nominal
condição, o motor fornece corrente reactiva à rede, adiantada em fase em
relação à tensão da rede, tal como a corrente da capacidade de um condensador.
Portanto, um motor síncrono sobreexcitado pode melhorar, assim como uma Sobreexcitação
bateria de condensadores, o factor de potência de uma instalação.
M.T.01 Ut.05
O dispositivo mais comum de protecção de motores de indução é o relé térmico, Relé térmico
por vezes, associado a um relé magnético; o primeiro é regulado para a corrente
nominal do motor; quando a corrente excede a nominal, o relé actua, fazendo
desligar o contactor ou disjuntor utilizado na alimentação do motor; o segundo
actua em caso de curto-circuito. Ocasionalmente, são utilizados fusíveis para
esta protecção.
Nos motores de grande potência, aqueles relés são substituídos por outros que Relés electrónicos
contêm um microprocessador que verifica as condições ideais de
funcionamento do motor.
Nos motores síncronos, utilizam-se relés adicionais para protecção contra Relés adicionais
sobrecargas repentinas que podem causar uma perda de sincronismo, contra
religação após falha da tensão de alimentação; contra sobretensão e
subfrequência; protecção do enrolamento do rotor contra sobreaquecimento;
contra desequilíbrios de fase, devidos quer a deficiente isolamento nos
enrolamentos, quer a desiguais tensões de alimentação, entre outros.
RESUMO
60 . f
n=
p
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
11. Que outro tipo de motores de indução conhece, para além dos de rotor em
curto-circuito?
15. Por que razão podem os motores síncronos ser utilizados para correcção
do factor de potência de uma instalação?
16. Que outros dispositivos são utilizados para melhoria do factor de potência?
M.T.01 Ut.05
18. Por que razão se devem utilizar aparelhos de protecção de motores? Qual
é o dispositivo mais comum na protecção de motores?
Iluminação
M.T.01 Ut.06
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Iluminação
OBJECTIVOS
TEMAS
• Sistemas de iluminação
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.06
Electrotecnia Industrial VI . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Iluminação
SISTEMAS DE ILUMINAÇÃO
2150
1075
c
b 540
a
107.5 115
• Não usar índices menores do que o necessário, pois isso implicaria riscos
de higiene, saúde e segurança para pessoas.
M.T.01 Ut.06
• Sempre que possível, utilizar a luz do dia e escolher vidros para as janelas
de tipo adequado.
Iluminação
individual
Iluminação
de grupo
Iluminação geral
A - Objectivos e Especificações
Os factores que os procedimentos de manutenção não podem normalmente Perdas de luz irrecuperáveis
controlar, mas que devem ser tomadas em consideração no cálculo do Factor
de Manutenção são:
1. Temperatura ambiente.
2. Tensão de alimentação.
Os seguintes factores de perda de luz podem ser controlados e corrigidos com Perdas de luz recuperáveis
a existência de procedimentos de manutenção para o sistema de iluminação:
D - Cálculos
A partir dos conhecimentos dos factores acima descritos, que se podem obter
através de tabelas publicadas pelos fabricantes de aparelhos de iluminação e
pela análise das condições ambientais e construtivas da instalação, o
procedimento de cálculo de um sistema de iluminação é simples:
b) Iluminação Média
A partir do valor dos factores de perdas de luz, que tem que ser ultrapassado, Iluminação média
o valor da iluminação média pode agora ser calculado.
I x CU x FM (VI.1)
IM =
S
ou ainda:
Ii x CU x FM (VI.2)
IM =
Si
IL x CU x FM (VI.3)
IM =
SL
M.T.01 Ut.06
IL = N x Ii (VI.4)
Sendo:
Este arquivo deve incluir informação detalhada sobre pelo menos o seguinte:
• mais luz;
• aumento de produtividade;
• maior segurança;
Equipamento de manutenção
• os obstáculos existentes.
• escadas.
• escadotes.
• andaimes portáteis.
Precisão Display
4 1/2 Dígitos Panorâmico
Medição
Capacímetro
HEF
incorporado
Aj
Zero
Zoa Data
Hold
LUXÍMETRO MULTÍMETRO
Para algumas instalações especiais pode ainda ser considerado a aquisição Luminancímetro
de aparelhos para medir o brilho das superfícies das luminárias, tectos,
paredes, etc., assim como um Luminancímetro que indica o índice de
iluminação num determinado local de trabalho.
• alicates isolados
• fita isolante
M.T.01 Ut.06
• chaves de fendas
• multímetro
• etc.
Existem dois métodos principais para a substituição de uma lâmpada, a Métodos para a substituição
ter em conta no cálculo dos custos: de uma lâmpada
Ou seja:
C= L+M (VI.5)
L+G
C= (VI.6)
I
RESUMO
I
IM = x FTP
S
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
Cabos Eléctricos
M.C.02
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Cabos Eléctricos
OBJECTIVOS
• Condutor eléctrico;
• Cabo eléctrico;
• Secção nominal;
• Alma condutora;
• Isolamento.
TEMAS
• Introdução
• Elementos Constituintes
• Características eléctricas
• Características mecânicas
• Outras características
• Marcação
• Manutenção
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.07
INTRODUÇÃO
ELEMENTOS CONSTITUINTES
Alma condutora
Isolamento
Cobre
Isolamento
O material das almas condutoras, por exemplo cobre ou alumínio, deve Condutor isolado
obedecer às características definidas em normas próprias para cada tipo de
condutor isolado ou cabo.
À secção pela qual se designa o condutor e que corresponde a um valor Secção nominal
aproximado da soma das secções rectas dos seus fios dá-se o nome de secção
nominal.
Isolamento
No entanto, seja qual for o material do isolamento, este deve ajustar-se à alma
condutora da melhor maneira, mas devendo, porém, ser possível removê-lo sem
deteriorar aquela.
• Condutores isolados e cabos monocondutores: azul clara, preta, castanha Cores de identificação
ou verde/amarela.
De salientar, no entanto, que como condutor de protecção deve ser utilizado Condutor de protecção
unicamente o condutor verde/amarelo.
Enchimento
Elementos de protecção
Isolamento
Bainha Armadura Enchimento
Condutores
Blindagem Trança
Blindagem
Bainha
O material das bainhas não metálicas não deve, de igual forma, apresentar
poros, incrustações ou outros defeitos similares.
Trança
Armaduras
CARACTERÍSTICAS ELÉCTRICAS
Tensão Nominal
A tensão nominal de um condutor isolado ou cabo é a tensão pela qual o Tensão nominal
condutor isolado ou cabo é designado e em relação ao qual é dimensionado o
seu isolamento.
A tensão nominal é designada por dois valores Uo/U, sendo o primeiro o valor
da tensão mais elevada admissível entre qualquer condutor e a terra ou a
blindagem, e o segundo, o valor da tensão mais elevada admissível entre dois
quaisquer condutores.
M.T.01 Ut.07
U O /U 1 0 0 /1 0 0 V
U O /U 3 0 0 /5 0 0 V
U O /U 4 5 0 /7 5 0 V
U O /U 0 ,8 /1 ,2 k V
U O /U 2 ,4 /3 ,6 k V
U O /U 4 ,8 /7 ,2 k V
U O /U 7 ,2 /1 2 k V
U O /U 1 2 /1 7 ,5 k V
U O /U 1 7 ,5 /2 4 k V
U O /U 2 4 /3 6 k V
U O /U 3 6 /5 2 k V
U O /U 5 2 /7 2 ,5 k V
Exemplo VII. 1
Condutores à vista
Condutores em tubos
Afastamento mútuo
Secção 1a3 4a6 7a9 < que o = ou > que o
mm2 condutores condutores condutores diâm. exterior diâm. exterior
1 13 10 9 17 21
1,5 17 14 12 22 27
2,5 22 18 15 30 36
4 29 23 20 40 48
6 37 30 26 50 60
10 50 40 35 70 85
16 70 56 49 95 110
25 95 76 66 125 145
35 120 96 84 150 180
50 140 112 98 180 210
70 185 148 130 230 275
95 225 180 158 275 330
120 265 212 186 315 390
150 320 256 224 360 440
185 350 280 245 410 505
240 415 332 290 480 595
300 480 384 336 550 685
400 580 464 406 650 820
500 670 536 469 810 935
Temperatura de referência
• Cabos enterrados.
Resistências
CARACTERÍSTICAS MECÂNICAS
OUTRAS CARACTERÍSTICAS
MARCAÇÃO
A marca de origem é constituída, em regra, por oposição de símbolos ou por Marca de origem
inclusão de fios ou fitas coloridas ou impressas. Em qualquer dos caso, deve
permitir uma rápida e duradoura identificação.
A queda de tensão é uma consequência da resistência (R) dos cabos Queda de tensão
condutores que é directamente proporcional ao seu comprimento ( l ) e
inversamente proporcional à sua secção (S). Assim, quanto mais comprido e
fino for o condutor, mais resistência oferece e, por isso, maior queda de tensão
produz e vice-versa.
M.T.01 Ut.07
l 2 m
R = ρ. Ω = Ω.mm / m.
2 (VII.1)
S mm
Factores de correcção
• Factor de agrupamento.
• Isolamento térmico.
Portanto, qualquer aumento provocado pela corrente no condutor deve ser inferior
àquela diferença, o que só se consegue por redução do valor nominal indicado
nas tabelas, ou seja, por imposição de um factor de correcção.
M.T.01 Ut.07
Factor de agrupamento
Este factor deve ser aplicado quando se instalam diversos condutores agrupados Factor de agrupamento
e nos quais se deve considerar a passagem simultânea da corrente
correspondente à plena carga, o que pode implicar instalações economicamente
desvantajosas.
Isolamento térmico
Este factor deve ser aplicado nos casos em que os cabos estão instalados na
proximidade ou cobertos com algum material isolante instalado para outros
fins, não associados à instalação eléctrica, como por exemplo, isolamento
térmico de paredes.
Queda de tensão
Os efeitos da redução da tensão de uma instalação abaixo do seu valor Queda de tensão admissível
nominal vão desde uma perda de rendimento até à completa impossibilidade
de funcionamento de um equipamento, sendo, portanto, essencial reduzir a
queda de tensão a um valor mínimo.
MANUTENÇÃO
É normalmente aceite que defeitos ou falhas em cabos, excepto quando Defeitos ou falhas
provocados por causas externas, acontecem geralmente nos terminais, ligadores
e junções.
As condutas, galerias e outros caminhos de cabos devem ser mantidos Condutas, Galerias
limpos, particularmente de materiais inflamáveis, sendo de boa prática a
selagem das passagens entre paredes e tectos para se evitar a propagação
de fogos originados em defeitos de cabos.
Existem vários dispositivos no mercado para a detecção de defeitos em cabos Detecção de defeitos
de média e alta tensão, particularmente quando enterrados, baseados em
diferentes métodos, como por exemplo, a reflexão de um sinal produzido por
uma fonte de impulsos cujo eco é analisado por um detector.
É importante que se estabeleça uma rotina de inspecção e ensaio dos cabos Inspecção e ensaio dos
eléctricos que deve incluir, como mínimo, a medida da resistência de cabos eléctricos
isolamento, a verificação da continuidade dos circuitos e a análise da
condição dos acessórios, terminais, junções, entre outros, assim como a
limpeza dos caminhos de cabos.
M.T.01 Ut.07
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
3. Defina:
a) Alma condutora
b) Condutor eléctrico
c) Cabo eléctrico
d) Isolamento eléctrico
4. Indique que cor (ou cores) é (ou são) atribuída(s) a um condutor de protecção.
a) Isolamento.
b) Blindagem.
c) Bainha.
d) Armadura.
a) Tensão nominal.
d) Queda de tensão.
Instalações Eléctricas
M.C.02 Ut.01
Electrotecnia Industrial
Guia do Formando
IEFP · ISQ Instalações Eléctricas
OBJECTIVOS
TEMAS
• Projecto
• Circuitos eléctricos
• Redes de terra
• Regulamentação e normalização
• Resumo
• Actividades / Avaliação
M.T.01 Ut.08
PROJECTO
As instalações eléctricas nas unidades industriais começam a partir da rede Instalação eléctrica
de distribuição de energia e são constituídas pelo conjunto de condutores
eléctricos e seus acessórios, aparelhos de manobra, protecção e receptores,
fig.VIII.1.
Central de
produção térmica
Caixa de Contador
coluna
Boca de
entrada
Interruptor
principal Contador
de entrada
Posto de transformação
Cotovelo Fio de
de entrada terra
Entrada principal
numa Unidade
Industrial Barra para
ligação à terra
O projecto de uma rede eléctrica deve respeitar as prescrições dos Projecto de uma rede
Regulamentos de Segurança, prever o melhor custo de investimento e eléctrica
exploração e garantir:
• Estudos de execução.
• Documentos de construção.
CIRCUITOS ELÉCTRICOS
Aparelhos eléctricos
Tumbler
Gardy
Rolo
Contactor-dijuntor
Tripolar Cartucho Dijuntor
(esquema de funcionamento)
monofásico
Fusíveis Contactor-dijuntor e Dijuntor
Funções activas
• Função "isolamento".
• Função "comando".
• Função "vigilância".
Função "isolamento"
É uma função de segurança que tem por finalidade separar ou isolar da rede
uma parte da instalação onde se poderá trabalhar sem risco.
Função "comando"
Funções
Aparelhos
Isolamento Comando Eliminação de defeito Vigilância
Seccionadores X
Interruptores X
Contactores X
Disjuntores X X
Fusíveis X X
Função "vigilância"
Associação de funções
Tal como indicado no Quadro VIII.1, estas funções podem estar associadas Associação de funções
em determinados aparelhos:
Funções passivas
Os aparelhos instalados numa rede são submetidos, ao longo do tempo, a Funções passivas
esforços, independentemente da sua função activa.
Parâmetro de tensão
Parâmetros de corrente
• Corrente nominal (corrente nominal térmica) - é a corrente que o aparelho Corrente nominal
deve suportar em permanência sem que o seu aquecimento ultrapasse os
valores compatíveis com as características dos materiais constituintes,
expressando a sua aptidão de transmitir energia.
M.T.01 Ut.08
Durante o corte, a energia no interruptor seria tanto mais baixa, quanto maior
fosse a variação da resistência e quanto mais próximo da passagem da corrente
alternada por zero, se produzisse o corte.
Um interruptor ideal, Fig.VIII.3, seria então, perfeitamente condutor até à Interruptor ideal
passagem a zero da corrente e perfeitamente isolante no instante imediatamente
a seguir. A energia, neste caso, seria teoricamente nula.
R Z
I
i
Tempo
r Tempo
Arco eléctrico
Quando se interrompe um circuito forma-se um arco eléctrico. Este possui a Arco Eléctrico
característica de passar num determinado instante do estado condutor ao
estado isolante.
Tensão de restabelecimento
Desde o início do corte, aparece nos contactos do aparelho uma tensão que Tensão de restabelecimento
tende a manter a força electromotriz da rede. Esta tensão é chamada tensão
de restabelecimento.
I
R Z
U
• O aparelho deve ser capaz de suportar, sem dano, toda a energia desenvolvida
no corte.
Note que: Sob o efeito da tensão de restabelecimento existe uma corrente que Fenómeno de embalamento
produz calor; o arrefecimento do meio envolvente deve ser suficiente para evitar térmico
que, por elevação de temperatura, uma nova ionização se produza (fenómeno
de embalamento térmico).
A corrente e a força electromotriz da rede estão, neste caso, pouco desfasadas Carga fundamentalmente
e passam quase simultaneamente pelo zero. Os valores da corrente são activa
moderados (corrente nominal) e os fenómenos de sobretensão transitória são
pouco importantes. Neste caso, o corte da corrente não apresenta, em geral,
nenhuma dificuldade.
• Circuitos indutivos
Neste caso a corrente e a força electromotriz estão fortemente desfasadas. No Corte indutivo
ponto zero da corrente, a força electromotriz está próxima do seu máximo.
O aparelho tem que suportar os esforços electrodinâmicos que se produzem Esforços electrodinâmicos
(repulsão dos contactos).
I I
U Ur Ub
I
I
IO Tempo Tempo
0 0
U
Uc
U
E U
Ub
Ua Tempo Tempo
Ur
a) Corte em curto-circuito
Io: corrente esmagada
Ua: tensão de arco b) Corte de corrente indutiva fraca
Uc: valor de crista da T. de restabelecimento Ur: tensão de rede
E: força electromotriz da rede Ub: tensão nos terminais do trasformador
Fecho do circuito
Corte do circuito
Corte simples
I I I
I t1 t2
AB
U UA U
UA UA
U UB = 5U A max
UB Tempo
UB UA UB
E U UB
UB u u
UB = 3U A max
u b) Corte com reacendimento
- reacendimento em t1
a) Corte simples - corte em t2 c) corte com reabastecimento
Seccionadores
Os seccionadores são especificados pelas normas CEI 129 para média tensão
e CEI 408 para baixa tensão.
M.T.01 Ut.08
• realizada no ar;
Interruptores
Tipos de interruptores
Interruptores de corte no ar
Em geral, estes aparelhos derivam dos seccionadores de facas pela adição de Interruptores de
uma faca auxiliar de abertura retardada em relação à faca principal. A abertura autoformação de gás
desta faca produz-se num espaço estreito entre duas placas, cuja matéria é
decomposta sob a acção do calor do arco eléctrico, produzindo gases que
garantem a sopragem do arco.
Interruptores autopneumáticos no ar
Esta compressão pode ser efectuada, quer nas peças de contacto, formando
um cilindro, quer num sistema pistão-cilindro separado.
Disjuntores
• As correntes de defeito.
Tipos de disjuntores
• Corte no ar
• sopragem magnética.
• Corte no óleo
São ainda frequentes os disjuntores de pequeno volume de óleo, cada vez mais
substituídos pelos de corte no SF6.
• fragilidade dieléctrica.
• dimensionamento.
• Corte no SF6
• Autocompressão.
Contactores
• de placas metálicas;
• de sopragem magnética;
Corta-Circuitos Fusíveis
Os fusíveis são especificados pelas normas CEI 282, em Média Tensão e CEI
269-1 e 2, em Baixa Tensão.
Nos dois casos referidos, os dispositivos são, muitas vezes, equipados com
um fio fusível que mantém uma mola é montado em paralelo com o elemento de
fusão principal.
Definição de um aparelho
• Norma de referência
• Local de instalação
• Utilização
Tensão máxima admissível, em regime permanente (Tensão de isolamento). Tensão máxima admissível
Esta indicação permite definir os ensaios dieléctricos, que o aparelho deve
suportar.
Tensão de serviço
Potência de curto-circuito
Se não for conhecido o seu valor, numa rede industrial interna, deverá ser fornecido
um esquema completo da rede com indicação das potências dos
transformadores e o valor da sua tensão de curto-circuito.
M.T.01 Ut.08
Corrente de serviço
Generalidades
Cadeia de protecção
(Controlo da corrente)
Órgão de
corte (Controlo de tensão)
transformador de
medida
Relé
Accionador de Tensão
protecção auxiliar de
alimentação
Critérios de escolha
A escolha de um relé de protecção deve ser conduzida por diferentes critérios. Critérios de escolha de um
relé de protecção
A título de exemplo, podemos indicar os seguintes:
Cuidados na manutenção
• Relés de Frequência.
M.T.01 Ut.08
• Relés de Sobrecarga.
• Relés de Tensão.
Pela sua importância nas unidades industriais, referimos ainda o problema Protecção das pessoas
importante da protecção dos trabalhadores contra os perigos de electricidade.
Neutro isolado
No caso de redes de neutro isolado, o controle do isolamento das redes Controlo do isolamento
conduz à utilização de dispositivos que injectam na rede uma tensão contínua
ou de muito baixa frequência. A ocorrência de um defeito de isolamento provoca
a circulação de uma corrente no circuito de injecção. Esta corrente origina o
funcionamento do relé.
Neutro à terra
Conclusões
Generalidades
Potência aparente
S = U.I. (VIII.2)
jϕ,chamado factor
a potência real (P) é reduzida do factor de potência Cosj
de potência:
P = S.Cosϕ (VIII.3)
Q = S.Senϕ (VIII.4)
Potência reactiva
Esta Potência Reactiva (Q) é gerada, numa rede, pelos elementos indutivos e
capacitivos que a constituem.
Energia reactiva
A potência (QL) de uma indutância (L) percorrida por uma corrente (I), à
frequência (f), é dado pela expressão:
Q = 2π.f.L.I 2 (VIII.5)
QC = 2π.f.C.U 2 (VIII.6)
Poder-se-á pensar, então, que, colocando indutâncias e condensadores em Soluções para melhorar o
determinados pontos da rede, se pode melhorar o factor de potência. Isto é factor de potência
verdade, e é aplicável em alguns pontos da rede, por exemplo na iluminação
com lâmpadas fluorescentes ou lâmpadas de descarga, em que se associam
um condensador para compensar a energia reactiva. No entanto, na prática,
isto não é suficiente, já que nos restantes aparelhos de utilização é dominante
a existência de elementos indutivos, como por exemplo, transformadores,
motores assíncronos, etc.
Além da energia reactiva presente numa rede, outro problema, que pode ocorrer
em maior ou menor grau, é a existência de harmónicas. De facto, a forma das
ondas de corrente ou de tensão pode afastar-se da sinusóide pura teórica.
A existência dessas harmónicas pode perturbar o funcionamento dos aparelhos Filtros anti-harmónicas
eléctricos. Para atenuar este fenómeno, recorre-se aos filtros anti-harmónicas
obtidos por associação de condensadores e indutâncias ajustados para as
harmónicas a reduzir.
Baterias de condensadores
a) Elementos de
condensador misto b) Elementos de
condensador tratado
A: Folha de alumínio
B: Filme de polipropileno Ad: Folha de alumínio deformado
C: Folha de papel Br: Filme de polipropileno rugoso
Camadas
eléctricas
Rolos
Dieléctrico
(isolador) Cápsula
Dieléctricos
Os condensadores são especificados pelas normas CEI 70, tanto para Baixa Elementos que caracterizam
Tensão, como para Média Tensão. São caracterizados por: os condensadores
As baterias são constituídas por condensadores unitários ligados em série- Baterias de condensadores
-paralelo e montados sobre uma estrutura de tipo aberto ao ar livre, ou encerrados
em armário, para montagem exterior ou interior.
Fusível
interno
Antes de qualquer manobra de ligação à terra, é necessário esperar, por razões Comando dos escalões
de segurança, que os condensadores sejam descarregados pelo seu próprio
dispositivo de descarga.
Cada escalão é constituído do mesmo modo que uma bateria fixa, incluindo as
protecções. Cada escalão possui o seu próprio aparelho de manobra, mas o
disjuntor pode ser comum ao conjunto de bateria.
• por relógio.
Compensação Estática
Condensador
Dispositivos de
fornecedor da
regulação da
potência
potência
reactiva
reactiva
absorvida
Rectificador regulável
para comando da
saturação
Condensador
Dispositivo de auto- fornecedor da
-regulação da potência
potência reactiva reactiva
absorvida
Para-raios
Pára-raios Filtro
Indutância
comandada
Para-raios
Transformador
Indutância
de limitação
Interruptores
Controlo
Filtro
anti-harmónica
Indutância Capacidades
requerida por comutadas por
tirístores tirístores
Filtragem anti-harmónicas
Horizontal 2500
microsec./divison Vertical 200 Amps/division
Causas
A presença de harmónicas na onda de tensão das redes pode ser atribuída a Causas das harmónicas
causas diversas:
• rectificadores.
• tirístores.
• transformadores saturados.
• fornos de indução.
• etc.
• as máquinas assíncronas.
• as máquinas síncronas.
• os transformadores de potência.
M.T.01 Ut.08
Para estes, a relação entre a corrente que os atravessam e a tensão aos seus
terminais não é constante. A sua impedância interna não é linear.
Qualquer equipamento eléctrico ligado a uma rede deve poder funcionar, quer
seja ou não poluidor de harmónicas.
z (W )
n
no
• A corrente eficaz seja mais elevada para uma tensão não sinusoidal de
igual valor eficaz.
M.T.01 Ut.08
Esquema unifilar
Esquema equivalente
Rede
Receptor
emissor de
correntes Filtro
harmónicas
Generalidades
Quadros
Quadros M.T.
Quadros eléctricos
Baterias de acumuladores
Para além das grandes fontes de energia destinadas à alimentação das redes Fontes de energia
de transporte e de distribuição de electricidade, é necessário dispor, para certas autónomas
utilizações de fontes de energia autónomas, aptas a fornecer energia em
condições económicas rentáveis e sem interrupção.
Receptor
Placas
(eléctrodos)
Carga Descarga
Bateria
Esta função é assegurada por um meio líquido ou sólido entreposto entre os Electrólito
eléctrodos. É o electrólito.
Este meio deve ter uma condutibilidade electrónica nula, sob pena de curto-
-circuitar os eléctrodos e ser dissociável em iões portadores de cargas eléctricas.
Exemplo VIII.1
2 Pb SO 4 + 2H2O Reacção 1
Pb + PbO 2 + 2 H2 SO 4 Reacção 2
Tensão nominal - tensão de descarga em regime nominal para aproximadamente Características dos
50% da capacidade descarregada (Ni - Cd = 1,2 V Pb = 2 V). acumuladores
Transformador
220/ 12-6\
Ponte
rectificadora
3A
220 V B.R. 12 V
OU
6V
• Cortes.
• Micro-cortes.
• Variações de tensão.
• Variações de frequência.
• Harmónicas.
M.T.01 Ut.08
Alimentação
~
dupla
Utilização
Carregador Ondulador
rectificador
Bateria de
acumuladores
REDES DE TERRA
Introdução
Sistemas de terra
Nestas designações, a primeira letra designa o tipo de ligação à terra na Sistemas de ligação
fonte de energia. do neutro à terra
• Ligação à Terra
M.T.01 Ut.08
Os eléctrodos de terra podem ser de cobre, aço galvanizado ou aço revestido Formas dos eléctrodos de
de cobre e terem as seguintes formas: terra
• Varetas ou tubos.
• Cabos condutores.
A eficácia dos eléctrodos de terra depende das condições do solo, podendo Eficácia dos eléctrodos de
ser necessário instalar mais do que um. Devemos medir o valor da resistência terra
de terra de cada um dos eléctrodos e do sistema de terras no seu conjunto.
• Condutores de terra.
• Condutores de protecção.
• Condutores de protecção
2
l .t
S= (VIII.7)
K
S - Secção em mm2
O condutor de terra, do eléctrodo auxiliar, deve ser isolado para evitar o contacto
com o condutor de protecção.
O tipo de terras a instalar, para fins funcionais, deve permitir a correcta operação
do equipamento e o funcionamento fiável das instalações.
A secção mínima de um condutor PEN pode ser de 4mm2 desde que o cabo
seja do tipo concêntrico e em conformidade com as Normas IEC aplicáveis e
existam ligações de continuidade duplas em todas as caixas de ligação ou
terminais.
O condutor PEN deve ser isolado para a tensão mais elevada a que pode estar
sujeito.
Introdução
Tipos de inspecção
Inspecção inicial
Inspecção periódica
• estado do equipamento.
• eléctrodos de terra.
• condutores de protecção.
• ligações equipotenciais.
• controle de isolamentos.
• separação de circuitos.
M.T.01 Ut.08
• aquecimento anormal.
Método 1:
Método 2:
O ensaio é realizado a uma tensão não superior 50 volts a.c ou c.c e uma Regulamento de
corrente aproximadamente igual a 1,5 vezes a corrente nominal do circuito a segurança
ser testado, mas nunca superior a 25 amperes.
Um segundo eléctrodo auxiliar T2, deverá ser colocado a meia distância entre T
e T1 e medida a diferença de potencial entre T e T2.
Para verificar que o valor de resistência está correcto, fazem-se mais duas
leituras com o segundo eléctrodo auxiliar T2 deslocado cerca de 6 metros para
uma distância maior e menor de T, respectivamente.
Se os três resultados forem próximos, toma-se o seu valor médio como o valor
da resistência do eléctrodo de terra T.
Verificação da polaridade
A polaridade dos circuitos deve ser verificada de modo a garantir-se que todos
os fusíveis e interruptores unipolares estejam ligados a condutores de fase e as
tomadas correctamente cabladas.
Deve ser, ainda, verificado se, partes activas do circuito independente, excepto
cabos, têm um grau de protecção em relação aos outros circuitos, não inferior
ao existente entre o primário e o secundário do transformador de segurança de
isolamento.
M.T.01 Ut.08
• O condutor de protecção
Estes testes são feitos utilizando um instrumento que mede a corrente que
circula quando uma resistência de valor conhecido é ligada entre o condutor de
fase e o terminal de terra.
A corrente de ensaio não deve ser aplicada por um período superior a um segundo.
REGULAMENTAÇÃO E NORMALIZAÇÃO
RESUMO
ACTIVIDADES / AVALIAÇÃO
3. Qual é a documentação que deverá estar presente para uma boa manutenção
e um bom estudo da rede?
BIBLIOGRAFIA
Electrotecnia Industrial B . 1
Guia do Formando
IEFP · ISQ Bibliografia
Electrotecnia Industrial B . 2
Guia do Formando