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Roger Kimball: A Ditadura do Relativismo

“Não existem fatos, apenas interpretações.” — Friedrich Nietzsche, Vontade


de Potência

“Se o relativismo significa desprezo por categorias fixas e [por] homens que
afirmam ser portadores de uma verdade objetiva externa, então não há nada
mais relativista do que atitudes fascistas.” — Benito Mussolini

“Em regra, somente homens muito instruídos e espertos negam o que é


obviamente verdadeiro. Homens comuns têm menos estudo, porém mais
sentido.” — William T. Stace

Não faz muito tempo que uma pessoa educada e responsável no Ocidente era alguém que nutria
sólidos princípios morais e políticos. Quando esses princípios eram desafiados, ela normalmente se
levantava para defendê-los. Quanto mais sério o desafio, mais empenhada era a defesa.

Hoje, como lembra o escritor canadense William Gairdner, em seu pouco notado, mas excelente
estudo sobre o relativismo[2], a pessoa educada tende a uma atitude muito diferente em relação a
quaisquer ideias morais e políticas – “princípios” não são mais a palavra certa, diz ele. Quando essas
ideias são desafiadas, a deferência do desafiante, e não a defesa dos princípios, é a ordem do dia.
“Embora, talvez, mais amplamente educada” que o seu antecessor menos indulgente, tal pessoa, escreve
Gairdner:

tende a pensar em si mesma como alguém diferenciado com orgulho pela ausência
de opiniões e valores morais “rígidos”, por ser “tolerante” e “aberto”. Esse tipo de
pessoa geralmente professa alguma variação do relativismo, ou diz “você pensa do
seu jeito e eu penso do meu”, como uma filosofia pessoal. Muitos nesse estado de
espírito consideram-se modelos exemplares de uma iluminada atitude moderna que a
civilização trabalhou arduamente para alcançar e, se pressionados um pouco mais,
admitiriam sentir-se um tanto superior a todas aquelas pobres almas das gerações
passadas que eram forçadas a se submeter a restrições morais e religiosas.

A institucionalização desse amálgama de atitudes – tolerância complacente à indiferença moral


sustentada por este senso vertiginoso de autojustificação e superioridade – precipitou o que o cardeal
Joseph Ratzinger (então Papa Bento XVI) chamou de “a ditadura do relativismo”. Eu entendo que, para
aqueles encantados por essa ditadura, o fato de um católico ortodoxo ter fornecido uma rubrica para a
escravidão é motivo suficiente para desconsiderar sua relevância. No entanto, considerado simplesmente
como um dado sociológico, o triunfo (se este é um termo menos opressor que “ditadura”) do relativismo
descreve, nas palavras de Anthony Trollope, “a maneira como vivemos agora” – “nós” somos os
beneficiários daquela “iluminada” atitude moderna a qual Gairdner descreveu acima.

Foi para explorar os lineamentos e limitações do relativismo moderno que o The New
Criterion colaborou com a London’s Social Affairs Unit na organização de uma conferência sobre o
assunto no outono passado. Os artigos que seguem no evento exploram várias facetas da vertiginosa
herança moral e epistemológica que resumimos na palavra “relativismo”. Apresso-me a reconhecer que
este é um terreno bem trilhado. Poderíamos voltar até mesmo à dissecação de Aristóteles da filosofia
“o-homem-é-a-medida-de-todas-coisas” de Protágoras para encontrar uma bandeira de advertência
sobre as espécies de incontinência intelectual concentradas na doutrina do relativismo. Em nossos dias,
o historiador inglês Paul Johnson mapeou a modernidade dos tempos modernos em sua adoção do
relativismo. Em Tempos Modernos, sua procissão magistral através da história política e moral do século
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XX, Johnson anunciou inclusive o aniversário daquilo que se propôs a descrever. O Mundo Moderno,
registrou o autor em seu primeiro floreio, começou em 29 de Maio de 1919. Neste mesmo dia, a teoria
da relatividade de Einstein fora experimentalmente confirmada, quebrando assim a confiança
transigente da visão de mundo newtoniana.

É claro que a teoria da relatividade não é o mesmo que relativismo. Johnson reconhece isso. E
ainda assim… Como a segunda lei da termodinâmica (que popularizou o termo “entropia”) ou o
“Princípio da Incerteza” de Heisenberg, a teoria da relatividade foi uma peça cientifica que projetou
uma grande sombra metafórica. Teria sido um mal entendido – ou mesmo um não-entendido? Não
importava. Johnson estava certo de que a apropriação popular da teoria de Einstein fornecia uma boa
ilustração do “duplo impacto” dos inovadores científicos: suas teorias mudam nossa compreensão do
mundo físico, “mas também mudam nossas ideias. O segundo efeito é frequentemente mais radical que
o primeiro”.

A adoção do relativismo foi um prenúncio, um sintoma de uma mudança sísmica na maneira


como as pessoas vêem o mundo. Pessoas? Bem, essas pessoas educadas das quais Gairdner falou. Delas
temos uma oferta cada vez maior. (Quando digo “educadas”; quero dizer “escolarizadas” — uma
diferença que faz toda a diferença). Cada vez mais, no entanto, o relativismo assumiu o papel de religião
civil no Ocidente. Existem, claro, frentes de resistência. Há até mesmo algumas indicações de que a
propagação confiante do relativismo pode estar hesitante. Mas não há dúvida de que os valores e
pressupostos do relativismo, por exemplo, o multiculturalismo, fizeram grandes incursões, penetrando
da elite à cultura popular. Este é um fato que a Madison Avenue reconheceu e procurou capitalizar.
Escrevi antes sobre a campanha popular realizada pelo banco HSBC. Em muitos grandes aeroportos hoje
em dia, não se pode percorrer o corredor até o avião sem se confrontar com sua inteligente e insinuante
série de anúncios dedicados a encorajar os viajantes a se orgulharem por sua falta de princípios. Nos
últimos meses, a campanha abriu uma nova testa de ponte em trens, ônibus e outros locais.

É uma propaganda cativante, se semanticamente perturbadora. Na série original, cada anúncio


consiste em dois pares de imagens idênticas, marcadas de maneira ousada com descrições opostas de
uma só palavra. Por exemplo, uma imagem de um jovem empresário sério de terno e gravata com o
rótulo “Líder” está ao lado de uma imagem de pernas em jeans rasgados e botas surradas com a legenda
“Seguidor”. As mesmas imagens são então repetidas. Com as palavras invertidas: o líder se torna o
seguidor e vice-versa. Outros pares de imagens vêm rotulados como “Bom / Ruim”, “Moderno /
Tradicional”, “Dor / Prazer”, “Perfeito / Imperfeito”, etc. E, caso você esteja lento na captação, o Esopo
por trás do anúncio carrega um incentivo moral: “Se todos pensassem o mesmo, nada mudaria”, por
exemplo, ou “Uma mente aberta é a melhor maneira de olhar para o mundo” ou “Não é melhor estar
aberto aos pontos de vista de outras pessoas?”.

A pergunta, é claro, pretende ser retórica, o que os Latinistas chamam de “nonne question”, ou
seja, que já espera a resposta “Sim”. Na verdade, a última série de anúncios dispensa o ponto de
interrogação e passa de duas para três alternativas. Desse modo, podemos ver um cordão de moinhos
geradores de energia. Quer pensemos em “Natureza”, em “Futuro” ou em “Monstruosidade”, estamos
destinados a concordar com a afirmação conclusiva: “Valores diferentes tornam o mundo um lugar mais
rico”. (Eles tornam? Isso não depende dos valores serem promulgados?).

O que o HSBC orgulhosamente chama de campanha “yourpointofview.com” é, sem dúvida, um


sucesso de publicidade. Mas também é uma propaganda enfadonha. Propaganda para o quê? Há uma
ironia aqui. Todo o mecanismo retórico dos anúncios comunica a presunção de que estamos lidando
com um espírito de ousadia e com uma tolerância saudável à diversidade. O beneficiário incidental desse
pensamento feliz é o HSBC. Mas a realidade da mensagem é simplesmente o maior clichê não
examinado dos nossos dias: que as diferenças entre as pessoas são simplesmente “pontos de vista” e,
portanto, (repare na lógica) discriminar esses pontos de vista com o objetivo de favorecer um outro é ser
culpado de uma incapacidade intelectual que é, ao mesmo tempo, uma falha moral (arrogância,
intolerância, elitismo, etnocentrismo – todo o menu de vícios politicamente incorretos).
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Costuma-se dizer que um antropólogo é alguém que respeita os valores distintivos de cada
cultura, exceto da sua. Nós, no Ocidente, somos todos antropólogos agora. É curioso, entretanto, que os
defensores do relativismo e do multiculturalismo usam o etnocentrismo como um porrete para espancar
o Ocidente. Afinal, tanto a ideia quanto a crítica do etnocentrismo são essencialmente ocidentais. Nunca
houve na história uma sociedade mais aberta a outras culturas que não a nossa; tampouco, há tradição
mais comprometida com a autocrítica do que a tradição ocidental: a figura de Sócrates, convidando
incessantemente à autocrítica e à explicação racional, é uma imagem definitiva do espírito ocidental.
Além disso, a ciência “ocidental” não é exclusivamente ocidental: é ciência pura e simples. Foi,
inclusive, inventada e desenvolvida no Ocidente, mas é tão verdadeira para os habitantes do Vale do
Nilo quanto para os habitantes de Nova York. É por isso que, fora do âmbito dos departamentos de
humanas das universidades ocidentais, há uma disputa acirrada para adquirir a ciência e a tecnologia
ocidentais. A mais profunda insensatez do multiculturalismo mostra-se nos ataques pueris que se
acumulam na irrefutabilidade da racionalidade científica, sintetizada pungentemente pelo Afrocentrista,
o qual se desembesta a escrever livros condenando a natureza paroquial da ciência ocidental e
enaltecendo as virtudes do “African way”.

Em parte, a campanha do HSBC é um atestado do quanto os pressupostos do relativismo cultural


já penetraram. Mas o que faz desta campanha publicitária um emblema significativo do zeitgeist é a
maneira pela qual ela insinua um preconceito audaz em seu discurso contra o preconceito. O jovem
elegantemente vestido e o desleixado de jeans não são tão iguais quanto os concorrentes. O ônus moral
da campanha (a despeito do objetivo de beneficiar seu cliente) não é encorajar-nos a pensar com mais
cuidado sobre o que significa ser um líder ou um seguidor, ser bom ou ruim, ser moderno ou tradicional,
mas de embaçar completamente a distinção entre esses contrários.

O objetivo é neutralizar, e não corrigir nossa capacidade de discriminação. E o ônus dessa


ruptura pesa sempre para um lado da equação. (Outra ironia: se a transvalorização implícita na campanha
do “ponto de vista” realmente obtivesse sucesso, uma das primeiras vítimas seriam empresas
competitivas como o HSBC). O princípio ostensivo desse catecismo é que todas as culturas são
igualmente importantes e, portanto, preferir uma cultura, uma herança intelectual ou uma ordem moral
e social a outra é ser culpado de etnocentrismo. Entretanto, não é um princípio tão igualitário quanto
parece, pois você logo percebe que a doutrina do relativismo cultural é sempre um relativismo
ponderado: preferir a cultura ocidental ou a herança intelectual é condenável de tal forma que preferir
outras tradições não o é.

Costuma-se dizer que o relativismo é a convicção de que, quando se trata de moral, não existe
isso de valores absolutos, e, quando se trata de conhecimento, não existe isso de verdade absoluta. Vale
a pena meditar sobre o uso da palavra “absoluto” aqui. Se houvesse uma lei contra o abuso de palavras
inocentes, seria justificável entrar em contato com a OSHA sobre esta exploração injusta do “absoluto”.

O que um relativista realmente acredita (ou acredita que ele acredita) é que 1) não existe essa
coisa de valor e 2) não existe essa coisa de verdade. A palavra “absoluto” é meramente um emoliente,
um sedativo verbal destinado a prevenir infelicidade. Qual é, afinal de contas, a diferença entre dizer
“Não existe essa coisa de verdade absoluta” e dizer “Não existe essa coisa de verdade”? Não tenha
pressa. Relativismo é uma visão de mundo do Cole Porter: “O mundo enlouqueceu hoje / E hoje é ruim,
/ E o preto é branco hoje… Qualquer coisa serve”.

O primeiro surto de relativismo pode parecer divertido. É uma “Cole-Porteragem”, uma


embriaguez na era do jazz: um feriado moral e epistemológico das preocupações abafadas sobre… Bem,
sobre tudo o que se tem condenado e inibido. A ressaca não demorou a chegar, entretanto. No fundo, o
relativismo é um problema religioso. “Deus está morto”, proclamou Nietzsche na década de 1880. O
que ele observou foi um fato emocional, não histórico. A lealdade implícita a algo que transcende as
vicissitudes do desejo humano tinha sido (entre as elites, enfim) destruída. “Se não há Deus”, disse
Dostoiévski, “tudo é permitido”. Significando o quê? O longo livro de Paul Johnson é, em parte, uma
ilustração e um comentário sobre esses pronunciamentos de Nietzsche e Dostoiévski. “Entre as raças
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avançadas”, observa Johnson, “o declínio e, finalmente, o colapso do impulso religioso deixariam um


enorme vácuo. A história dos tempos modernos é, em grande parte, a história de como esse vácuo foi
preenchido.”

O relativismo é o tema de Tempos Modernos; a moral da qual pode-se dizer assim: “Utopia,
perigos de. v. Comunismo, ideologia, políticos profissionais, socialismo”. É um pensamento sóbrio de
que Lenin (por exemplo) era um humanitário comprometido — Johnson fala de seu “humanitarismo
ardente, semelhante ao amor dos santos por Deus”. Sim, e aqui está o atrito: “Mas seu humanitarismo
era uma paixão muito abstrata. Abraçou a humanidade em geral, mas ele parece ter pouco amor ou até
mesmo interesse pela humanidade em particular. Ele via as pessoas com quem lidava, seus camaradas,
não como indivíduos, mas como receptáculos para suas idéias”. O pater familias deste tipo de
humanitário sentimental era Jean-Jacques Rousseau: “Acho que conheço o homem”, disse Rousseau,
pesaroso pelo fim de sua vida, “mas, quanto aos homens, eu não os conheço”. (Ele também não conhecia
nenhum de seus cinco filhos ilegítimos, todos os quais abandonara ao orfanato). É um pequeno passo
de Rousseau e sua celebração da emoção (como distinta da realidade) da virtude para Robespierre e sua
conversa cândida sobre “a virtude e sua emanação, terror”. Lenin era um utópico. Hitler era um utópico.
Ditto Stalin, Pol Pot, e… Você pode estender a lista. Todos eram adeptos do que Johnson chama de
“vício mais radical do século XX: engenharia social – a noção de que os seres humanos podem ser
manipulados como sacos de cimento”.

E isso nos leva a outra ironia: de que o relativismo e a tirania, longe de estarem em oposição, são, na
verdade, colaboradores regulares. Isto surpreende muitas pessoas, pois parece, à primeira vista, que o
relativismo, ao afrouxar o império do dogma, deve ser amigo da liberdade. De fato, como Mussolini viu
claramente, em seu “desprezo por categorias fixas” e “verdade objetiva”, “não há nada mais relativista”
que o fascismo. E não é só o fascismo que habitualmente faz uso do relativismo como um agente moral
de amolecimento.

As democracias liberais modernas defendem a razão na forma de um compromisso com a ciência e a


tecnologia, mas nelas, também, o relativismo se mostra como amigo de vários tipos de desumanização.
Como observa Gairdner:

onde quer que a atitude materialista da ciência moderna esteja combinada com o
relativismo, podemos prever que tratados morais e políticos logo surgirão acerca da
inutilidade de algumas formas de vida humana e como deveríamos estar eliminando
certas classes de pessoas indignas, como crianças “indesejadas” por aborto, ou os
muito velhos, ou judeus, ou enfermos, por genocídio ou eutanásia.

Por que o relativismo, que começa com uma promessa de libertação de restrições morais
“opressoras”, muitas vezes termina no abraço de restrições imorais que são politicamente nefastas? Parte
da resposta está na hipertrofia ou perversão dos facilitadores conceituais do relativismo – termos como
“pluralismo”, “diversidade”, “tolerância” e coisas do gênero. Todos eles nomeiam virtudes liberais
clássicas, mas ocorre que sua beneficência depende de seu lugar em uma constelação de valores fixos.
Na ausência desta hierarquia, degeneram-se rapidamente em epítetos no arsenal da persuasão política.
Eles retêm a aura de valores positivos, mas, na realidade, são o que Gairdner chama de “termos de
dispersão de valor que servem como uma advertência oficial para aceitar todos os comportamentos dos
outros sem julgamento e, mais importante ainda, para manter todas as opiniões morais privadas”. Na
verdade, a ascensão do relativismo encoraja uma ideologia do não-julgamento apenas como um prelúdio
para discriminações cada vez mais estridentes. “Onde as condições permitirem”, escreve Gairdner, o
forte intervém:

seja para impor um novo regime, ou, como nas democracias ocidentais, onde o
totalitarismo evidente ainda é impensável, para permear ainda mais a vida cotidiana
com o papel regulador e discretamente arbitrário do Estado. O relativismo é a
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filosofia pública natural destes regimes, porque repudia todo poder de vinculação
natural moral ou social, substituindo-os por decretos legais e sanções do Estado.

Tocqueville, creio eu, não usou o termo “relativismo”, mas delineava vividamente sua
descendência política em sua descrição do despotismo democrático.

Em conjunto, os ensaios que se seguem oferecem uma anatomia do relativismo e seus primos
conceituais. Eles também oferecem uma resposta para a pergunta que forma a segunda parte do título
da nossa conferência: “Quem defenderá os valores ocidentais agora?”. No sentido de que criticar um
problema é parte da solução de um problema, a resposta é Sim. Mas, num sentido mais profundo, esta é
uma questão para a qual a resposta permanece desconhecida. Em seu ensaio, Daniel Johnson, em defesa
contra o relativista Jürgen Habermas para o Papa Bento XVI, oferece uma resposta possível. No entando
– minha última ironia -, vale ressaltar, que o proeminente no inventário dos “Valores Ocidentais” são
vários agentes subversivos. Lucrécio, Hobbes, Hume, Nietzsche – estes nomes são tão centrais para a
tradição do Ocidente quanto qualquer outro. Mas, igualmente – e este é o ponto a se ter em mente – são
os nomes como Ésquilo, Aristóteles, Agostinho, Aquino (só para ficar com os As). Parte da força do
Ocidente tem sido sua capacidade intelectual e moral.

O relativismo arrasta esta capacidade ao absurdo. Isto, de fato, é uma tendência comum – pode-
se até dizer um concomitante lógico – do liberalismo: degenerar em seu oposto, absolutizando suas
virtudes definitivas. William Gairdner pode ser otimista em pensar que a era do relativismo está
chegando ao fim – que “estamos cansados disso agora”. Mas ele certamente está correto – é um
apontamento feito por vários dos ensaios que seguem – em que “a vida sem alguma base da razão e da
moralidade é insuportável no fim das contas”, e que “a recorrente fome por universais parece ser
universal”. Isso é menos consolação do que um chamado à ação, mas reconhecê-lo fazia parte do
objetivo de nossas deliberações.

Notas:

[1] Ensaio apresentado na abertura do simpósio “A ditadura do relativismo: quem defenderá os valores
ocidentais agora?”, organizado pelo The New Criterion em conjunto com a London’s Social Affairs
Unit, realizado em 26 de setembro de 2008 em Winchester, Inglaterra. Os participantes foram James W.
Ceaser, Anthony Daniels, Christie Davies, Daniel Johnson, Roger Kimball, Herbert Londres, Andrew
C. McCarthy, Kenneth Minogue, Michael Mosbacher, John O’Sullivan, James Piereson, David Pryce-
Jones, Marc Sidwell e David Yezzi. A discussão girou em torno de versões anteriores dos ensaios
impressos nesta seção especial.

[2] The Book of Absolutes: A Critique of Relativism and a Defense of Universals, by William Gairdner;
McGill-Queens University Press.

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