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“ a seleção de conteúdos escolares é um problema relevante que merece intensa reflexão, pois
constitui a base do domínio do saber disciplinar dos professores” (p.138).
A introdução de novos objetos de estudo sobre a história da mulher, da criança, das religiões e
religiosidades, das relações homem-natureza, entre outros.
Quais conteúdos devem ser mantidos e quais devem ser introduzidos ou abolidos?
Situar os referencias teóricos no processo de seleção dos conteúdos escolares não tem como
objetivo a participação em debates acadêmicos.
É com base numa concepção de história que podemos assegurar um critério para uma
aprendizagem efetiva e coerente.
Pressupostos de Ranke.
Imparcialidade do historiador
Os acontecimentos para Ranke era singular e cabia ao historiador mostrar o que realmente
aconteceu.
Esse modelo buscava como método a verificação de documentos fidedignos em arquivos, cujas
analises devem eliminar uma apreciação subjetiva.
Essa tendência foi denominada de historicismo, cuja metodologia foi conhecida como
positivista, por basear-se nos princípios da objetividade e da neutralidade no trabalho do
historiador.
O passado nessa perspectiva, pode ser reconstituído e de alguma forma revivido tal qual
ocorreu.
O século XIX foi o século da criação e consolidação dos Estados nacionais e da elaboração das
“histórias nacionais”, de caráter político e militar”
A frança nesse período teve um importante historiador, Jules michelet que escreveu a história
da frança.
Essa produção historiográfica foi criticada no XIX e no XX e mesmo assim continua sendo
predominante na História escolar.
É preciso ter uma história narrativa para que, com base no relato, se possa refletir sobre seu
significado e interpretá-lo.
A narrativa histórica é ponto inicial, e a partir dela existe a possibilidade da compreensão dos
acontecimentos por meio das ações dos sujeitos.
Essa disputa renovou a produção historiográfica com paradigmas que visavam ultrapassar o
historicismo do século XIX.
A escola dos annales, inaugurada por Marc Bloch e Lucien Febvre concentrou-se na produção
da história problema para fornecer respostas às demandas surgidas no tempo presente.
Os conteúdos nessa perspectiva foram organizados pela formação econômica das sociedades,
situando os indivíduos de acordo com o lugar ocupado por eles no processo produtivo. .