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Aços rápidos: de alta-liga, assim designados pela sua grande capacidade de usinar
metais com velocidade de corte maiores do que aquelas possíveis com aços-ferramenta
ao carbono ou de baixa e média-liga. Uma de suas mais importantes propriedades é que
sua dureza não se altera com o aumento da temperatura pelo atrito durante o trabalho, ou
seja, pode aquecer até 550ºC por longos tempos sem perder dureza e sem alterações dos
ângulos de corte. Os aços que fazem parte desse grupo são: VK5E, VWM2, VKM42 e os
sinterizados Sinter 23 e Sinter 30.
Aços para moldes e matrizes: destinados a moldes e matrizes cujas características mais
importantes são uma boa usinabilidade em função de gravuras profundas que são típicas
desses moldes; resistência uniforme, para que a deformação durante o processo de
injeção e fechamentos dos moldes resista uniformemente a essas forças; polibilidade,
exigência para se obter superfícies transparentes durante o processo de injeção,
principalmente na confecção de faróis e lanternas para a indústria automotiva e também
para a de eletrodomésticos; e soldabilidade, que permite a modificação das gravuras dos
moldes sem prejudicar o produto final. Destacamos os aços VP20ISO, VP20IM,
VP20ISOF, VP20ISOFS, VP50IM, VP420IM, VH13ISO, VH13IM e VP80.
Para todas as linhas de aços, o complemento mais importante é o tratamento
térmico que permite alterar a estrutura do material depois de operações mecânicas como
forjamento e laminação, trefilação a frio e a quente, usinagem, soldas de recuperação,
para aumentar e diminuir as durezas ou, em outras palavras, tratamentos que colocam o
aço na condição de trabalho para o qual foi fabricado. Um aço, após deformação a quente
de forjamento ou laminação, apresenta estrutura grosseira e mista, em função de seu
resfriamento em geral irregular, próprio desses processos, e com dureza elevada que
dificulta operações posteriores, como endireitamento, usinagem, acabamento etc. Nessas
condições, o material deve sofrer um tratamento conhecido como recozimento, que visa
homogeneizar sua estrutura interna, reduzindo sua dureza e permitindo uma boa
usinabilidade e acabamento.
Com o aço, agora recozido e mole, o passo seguinte é sua usinagem para a
fabricação das peças que, prontas, devem ser tratadas termicamente, ou seja, ter o aço
endurecido, para que possa ficar em condições de ser utilizado. Este tratamento térmico é
conhecido como têmpera, seguido obrigatoriamente de um revenimento que deixará as
peças com dureza adequada ao trabalho.
Podemos exemplificar com um projeto de molde de aço para injeção de
polipropileno, um plástico com propriedades corrosivas. O aço para confecção do molde é
o VP420IM, inoxidável, recozido, com 200 HB. Após esquadrejado, o bloco tem sua
gravura usinada. Neste momento, temos um bloco com gravura bem próxima daquela
final, porém sem ter condições de ser usado, pois está com dureza baixa. A dureza de
trabalho dessa peça está na faixa de 46 a 50 HRC.
Para atingir estes valores, há necessidade de se fazer a têmpera e o revenimento, de
preferência em forno a vácuo, que protege sua superfície. A seguir, o molde será
retificado e polido para ser colocado em produção.
Com o processo de usinagem rápida - High Speed Machining - onde as tensões de
usinagem são desprezíveis, a confecção do molde pode ser muito mais rápida, partindo-
se do bloco de aço já temperado para 46 a 50 HRC, fornecido por seu fabricante,
eliminando-se assim a etapa de têmpera e revenimento no molde usinado, momento de
grande preocupação dos ferramenteiros, pela possibilidade de deformação durante esse
tratamento.
Cada tipo de aço-ferramenta apresenta propriedades e planejamento próprios, da
compra do aço, ao projeto da peça, com usinagem e tratamento térmico planejados. O
aço, em geral terceirizado, deve vir de empresas que possam garantir uma boa qualidade
do mesmo, pois ele é a alma da ferramenta, e um bom aço, se maltratado, gera uma
ferramenta de vida curta, fonte de prejuízos financeiros, perda de tempo e atrasos na
produção, além do descontentamento do usuário em relação à mesma.
(*) José Carlos Maciel é assessor técnico da Villares Metals S/A, do Grupo Sidenor
Fonte: http://www.usinagem-brasil.com.br/artigostecnicos/artigostecnicos52.htm
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Aços-ferramenta
Definição
Os aços-ferramentas são aqueles utilizados nas operações de corte, formação, afiação e
quaisquer outras relacionadas com a modificação de um material para um formato
utilizável. Estes aços se caracterizam pelas suas elevadas dureza e resistência à abrasão
geralmente associadas à boa tenacidade e manutenção das propriedades de resistência
mecânica em elevadas temperaturas.
Estas características normalmente são obtidas com a adição de elevados teores de
carbono e ligas, como tungstênio, molibdênio, vanádio, manganês e cromo. Boa parte dos
aços-ferramenta são forjados, mas alguns também são fabricados por fundição de
precisão ou por metalurgia do pó. A seleção da matéria-prima para a fabricação dos aços
ferramentas é um fator importante do processo, e a sua seleção costuma ser
cuidadosamente realizada inclusive na utilização de sucata.
A fusão dos aços-ferramentas é realizada, normalmente, em quantidades relativamente
pequenas nos fornos elétricos, tomando-se um especial cuidado com as tolerâncias de
composição química e homogeneidade do produto final. Estas e outras particularidades
tornam o aço-ferramenta um material de custo mais elevado do que os aços comuns.
Classificação
Devido às diversas utilizações dos aços-ferramentas, eles são divididos em diferentes
tipos de acordo com a sua aplicação e características. São eles:
· Aços-rápido: são desenvolvidos para aplicações de usinagem em elevadas velocidades.
Existem duas classificações para os aços-rápidos, que são os ao molibdênio (grupo M) e
os ao tungstênio (grupo T). Os dois possuem uma performance mais ou menos
semelhante. Os do grupo M, entretanto, tem um custo inicial menor.
· Aços para trabalho a quente: desenvolvidos para utilização em operações de
punçonamento, cisalhamento e forjamento de metais em altas temperaturas sob
condições de calor, pressão e abrasão. São identificados como aço H, no sistema de
classificação. São divididos em três sub-grupos: ao cromo (que vai do H10 ao H19) , ao
tungstênio (H21 ao H26) e ao molibdênio (H42 e H43).
· Aços para deformação a frio: por não conter os elementos de liga necessários para
possuir resistência a quente, estes aços se restringem a aplicações que não envolvam
aquecimentos repetidos ou prolongados em faixas de temperatura de 205 a 260ºC. São
divididos em três grupos: aços temperáveis ao ar (grupo A), alto-carbono e alto-cromo
(grupo D) e temperáveis em óleo (grupo O)
· Aços resistentes ao choque: seus principais elementos de liga são manganês, silício,
cromo, tungstênio e molibdênio Quase todos os aços deste tipo (conhecidos como Grupo
S) possuem conteúdo de carbono de aproximadamente 0.50%, o que lhes confere uma
combinação de elevadas resistência e tenacidade e baixa ou média resistência ao
desgaste por abrasão.
· Aços baixa-liga para aplicações especiais: contém pequenas quantidades de cromo,
vanádio, níquel e molibdênio. A demanda por estes aços vem caindo continuamente, o
que reduziu os seus sub-grupos de sete para apenas dois, ambos temperáveis a óleo.
São os aços do grupo L.
· Aços para moldagem: estes aços possuem cromo e níquel como principais elementos de
liga. Possuem características de baixa resistência ao amolecimento em altas
temperaturas. São utilizados quase que exclusivamente em peças fundidas sob pressão
ou em moldes para injeção ou compressão de plásticos e são classificados como grupo P.
· Aços temperáveis em água: nestes aços o carbono é o principal elemento de liga. São
adicionados, também, pequenas quantidades de cromo para aumentar a temperabilidade
e a resistência à abrasão, e de vanádio, para manter uma granulação fina, e
consequentemente uma maior tenacidade. Pertencem ao grupo W.
Aplicações
· Aços-rápido: ferramentas, brocas, perfuratrizes, alargadores de furos, machos para
abertura de roscas e fresas helicoidais. Alguns graus podem ser utilizados para certas
aplicações a frio como laminadores de rosca, punções e matrizes para corte de discos.
· Aços para trabalho a quente: os aços ao cromo são utilizados em aplicações de
transformações mecânicas a temperaturas elevadas. Os aços ao tungstênio são utilizados
como mandris ou matrizes de extrusão para aplicações de alta temperatura, como por
exemplo na extrusão de ligas de cobre, ligas de níquel e aço.
· Aços para deformação a frio: os do grupo A são aplicados como facas de cisalhamento,
punções, corte de chapas para estampagem e matrizes para aparar. Os do grupo D são
aplicados em ferramentas de forjamento, rolos de laminação de roscas, estampagem
profunda, moldes de tijolo, calibres, operações de brunimento, rolos e facas para corte de
tiras. Os do grupo O, por fim, são utilizados em matrizes e punções para corte de chapas
para estampagem, rebarbação, trefilação, flangeamento e forjamento.
· Aços resistentes ao choque: usados em talhadeiras, formões, contra-rebites, punções,
brocas-guia e outras aplicações que requerem elevada tenacidade e resistência ao
choque.
Aplicação do aço-ferramenta
· Aços baixa-liga para aplicações especiais: são utilizados, de um modo geral, em
componentes de máquinas como árvores, cames, placas, mandris e pinças de tornos
· Aços para moldagem: como o próprio nome sugere, estes aços são utilizados como
moldes de vários tipos, para aplicações que requerem a manutenção das características
de resistência em temperaturas e pressões elevadas.
· Aços temperáveis em água: são utilizados em ferramentas para forjamento a frio,
cunhagem de moedas, gravação em relevo, trabalho em madeira, corte de metais duros
(machos e alargadores), cutelaria e outras que requeiram resistência ao desgaste por
abrasão.
Fonte: http://www.infomet.com.br/h_acos_ferramenta.php