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POLÍTICAS EDUCACIONAIS
SUMÁRIO
UNIDADE 01 - A EDUCAÇÃO ANTES DA INSTITUIÇÃO ESCOLA ............................................ 7
UNIDADE 02 - A EVOLUÇÃO DA ESCOLA .............................................................................. 12
UNIDADE 03 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA NO BRASIL............... 17
UNIDADE 04 - REFORMAS DO ENSINO: GUSTAVO CAPANEMA ........................................ 22
UNIDADE 05 - REFORMAS DO ENSINO (1960 - 1970) ........................................................... 27
UNIDADE 06 - A REFORMA DO ENSINO DO 1º E 2º GRAUS ................................................ 32
UNIDADE 07 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS NA NOVA REPÚBLICA ...................................... 37
UNIDADE 08 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O GOVERNO FHC ......................................... 42
UNIDADE 09 - O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO - O FUNDEF ...................................... 46
UNIDADE 10 - FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA
(FUNDEB) .................................................................................................................................... 51
APRESENTAÇÃO
O caráter universalizante dos direitos do
homem [...] não é da ordem do saber
teórico, mas do operatório ou prático:
eles são invocados para agir, desde o
princípio, em qualquer situação dada.
FRANÇOIS, Julien, filósofo e sociólogo.
Bons estudos!
Maria Helena Quaite Rodrigues
PROGRAMA DA DISCIPLINA
Objetivos
Adquirir conhecimentos sobre as políticas educacionais da Educação
Básica, bem como suas reformas;
Reconhecer as transformações da sociedade contemporânea como
determinantes da reconfiguração dos sistemas educacionais;
Refletir sobre a educação enquanto um direito social e os fundamentos da
legislação educacional;
Estudar os aspectos relativos à educação na atual Constituição Federal
(1988).
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
A Educação antes da instituição escola.
A Evolução da escola.
Políticas Educacionais na Educação Básica no Brasil após 1.930.
Reformas do Ensino: Gustavo Capanema.
Reformas do Ensino (1.960-1.970).
A Reforma do Ensino de 1º e 2º graus.
Políticas Educacionais na Nova República.
Políticas Educacionais e o Governo FHC (Fernando Henrique Cardoso).
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento de Educação Básica (FUNDEB)
METODOLOGIA
Será adotada uma metodologia que alia a teoria à prática reflexiva,
proporcionada por meio de atividades e questionamentos que permitam ao aluno
enriquecer os seus conhecimentos necessários à sua formação de profissional da
educação.
AVALIAÇÃO
No sistema EAD, a legislação determina que haja avaliação presencial, sem,
entretanto, se caracterizar como a única forma possível e recomendada. Na
avaliação presencial, todos os alunos estão na mesma condição, em horário e
espaço pré-determinados. De forma diversa, a avaliação a distância permite que o
aluno realize as atividades avaliativas no seu tempo, respeitando-se, obviamente,
a necessidade de estabelecimento de prazos.
Assim, a avaliação terá caráter processual e, portanto, contínuo, sendo os
seguintes instrumentos utilizados para a verificação da aprendizagem:
Trabalhos individuais ou a partir da interatividade com seus pares;
Provas bimestrais realizadas presencialmente;
Trabalhos de pesquisa bibliográfica e de aprofundamento.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA:
DEMO, P. A Nova LDB: Ranços e Avanços. Campinas-SP: Papirus, 1997.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA, J. F. O.; TOSCHI, M. S. Educação escolar: políticas,
estrutura e organização. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2005.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR:
BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria da Educação Média e Tecnológica.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Ensino Médio. Brasília: Ministério da Educação,
1999.
BRASIL, Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares nacionais:
terceiro e quarto ciclos do Ensino Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/CEB. Resolução CEB nº 2. Institui as
diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental.
BRASIL. Conselho Nacional de Educação/CEB. Resolução CEB nº 3. Institui as
diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Médio.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.
BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei nº 9.394/96. Estabelece as Diretrizes
e Bases da Educação Nacional. Brasília: 1996.
FAVERO, Osmar (org.). Educação nas Constituintes Brasileiras 1823 – 1988.
Campinas: Autores Associados, 2001.
GARCIA, Walter. Administração Educacional em Crise. 2ª. Ed. São Paulo: Cortez,
2001.
NOVOA, Antônio. Relação Escola – Sociedade: Novas Respostas para um Velho
Problema. IN. SERBINO, Raquel et al (org). Formação de Professores. São Paulo
/SP: UNESP, 1.994.
UNIDADE 01 - A EDUCAÇÃO ANTES DA INSTITUIÇÃO ESCOLA
ESTUDANDO E REFLETINDO
A escola consegue mudar a sociedade, porque pode partilhar de projetos
com segmentos sociais que assumem os princípios democráticos, articulando-se
com eles, e constituindo-se como um espaço de transformação.
A educação formal tem objetivos claros e específicos e é representada pela
Educação Básica Brasileira, englobando o Ensino Infantil, o Fundamental, o Médio
e o Superior. Ela depende de uma diretriz educacional centralizada no currículo,
com estruturas hierárquicas e burocráticas, determinadas em nível nacional, com
órgãos fiscalizadores do Ministério da Educação e Desportos (MEC).
Segundo Teixeira (1968), a Educação tradicional apresentava-se centrada
no professor e com métodos organizados com currículos fechados, além de uma
organização baseada num ensino dualista e num sistema excludente, com
metodologia que privilegiava a exposição oral e a reprodução, com atividades
concentradas em aulas seletivas e classificatórias.
A nossa sociedade tradicional via a criança como um “adulto em miniatura”
(Philippe Ariès), isto é, não passava pelas etapas da infância e da juventude
aprendendo os aspectos essenciais das sociedades evoluídas de hoje. A
transmissão dos valores e dos conhecimentos e, de modo geral, a socialização da
criança, não eram asseguradas pela família, pois a criança bem cedo, se afastava
de seus pais, indo morar com outra família que não fosse a sua. Essa família antiga
tinha como prática a conservação dos bens, ensinar ofício, proteção da honra e a
convivência necessária à sobrevivência.
Logo, a educação era garantida pela aprendizagem com a convivência com
os adultos, ajudando-os a fazer seus deveres. Portanto, entendemos que a
educação se dava através da ação genérica de um grupo de adultos sobre as
gerações jovens, com o fim de conservar e transmitir a existência coletiva. Assim,
esse modelo de educação era por imitação, era essencialmente uma educação
natural, espontânea, inconsciente, adquirida na convivência de pais e filhos,
adultos e menores. Não havia ainda uma educação sistemática, intencional com
pessoal preparado para a função da ação educadora. Mais tarde, com o advento
da escola, a criança deixou de ser misturada aos adultos e de aprender a vida
diretamente, através do contato com eles. Passaram, em geral, a ter contato com
a escrita, que fixa o saber.
Para prosseguir no estudo da história da educação brasileira, convém
assinalar a diferença entre a educação para os nobres e para os menos
favorecidos. Assim, apresentaremos a antiga situação educacional brasileira e
algumas características da educação moderna. Segundo TEIXEIRA,
infraestrutura. Assim, a escola moderna tanto quanto a escola antiga procura
cumprir seu papel de equalizadora social.
Portanto, com o advento da globalização, a Educação é tida como o maior
recurso de que se dispõe para enfrentar a nova estruturação do mundo escolar e
atender às necessidades da demanda técnica. Da globalização depende a
continuidade do atual processo de desenvolvimento econômico e social, também
conhecido como período pós-industrial.
Vale ressaltar que hoje a Educação está centrada no aluno, valorizando o
currículo baseado no seu cotidiano. O modelo da proposta pedagógica segue a
orientação dos PCN, segundo a qual o importante é ensinar as questões
ambientais, geográficas, políticas e econômicas, tanto no nível local, quanto no
regional e no global.
BUSCANDO CONHECIMENTO
A partir dessas verificações, a educação deve proporcionar ao educando os
meios necessários para entender o mundo em que vive e o momento histórico
que está sendo apresentado a ele, podendo criar as possibilidades de
sobrevivência e de defender-se de influências nocivas para a sua existência e para
a comunidade a qual pertence.
A escola como instituição arquitetônica surge para dar continuidade da
atividade educativa familiar, isto é, os pais foram os primeiros educadores com o
fim de assegurar a vida e o desenvolvimento da geração mais nova.
UNIDADE 02 - A EVOLUÇÃO DA ESCOLA
ESTUDANDO E REFLETINDO
Uma característica marcante do método jesuítico são os exercícios fixados
na repetição a fim de serem memorizados. O método estimulava a competição. O
conteúdo era baseado na leitura dos clássicos gregos e latinos.
Por mais de duzentos anos, o ensino público ficou entregue aos padres da
Companhia de Jesus, sendo mais tarde acusada a ação pedagógica jesuítica de
ultrapassada, pois sua maior preocupação era com a formação de novos jesuítas e
não com a educação dos jovens: pregavam a fé católica ao trabalho educativo, a
catequização dos índios e a obediência.
Desse modo, percebe-se que a elite na época colonial era formada pelos
jesuítas e os índios apenas catequizados. A principal marca da influência jesuítica
na formação da cultura brasileira está na tradição religiosa do ensino, que perdura
sempre.
Com o intuito em proteger os índios dos colonos, os jesuítas ensinavam-
lhes também a mão de obra na lavoura e, com isso, garantiam uma fonte de
renda. Nesse sentido, a educação profissional era aprendida no convívio entre os
índios, os negros e os mestiços. A mulher aprendia as prendas domésticas.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Educação Pombalina
Com a ruína do ensino jesuítico, o Marquês de Pombal assume a
responsabilidade pela instrução pública e pretende renovar o ensino e seus
métodos e recriar um sistema educacional. Tal programa não foi possível,
somente criaram-se as aulas régias de humanidade, ciências e primeiras letras.
A reforma proposta por Pombal apresentou problemas de ordem
financeira e carência de professores. Vale dizer que a escola que pretendia
organizar era para servir aos interesses da Coroa Portuguesa.
D. João VI, em sua administração, sediada no Brasil, tinha o objetivo de
formar pessoal especializado, logo, o ensino técnico destacava-se para atender às
necessidades do momento histórico.
Não era só o ensino técnico especializado que desabrochava, o ensino
superior nas Academias da Marinha e Militar também começam ganhar força.
Entretanto, a educação do povo continuava ao interesse pessoal e social da coroa
no exercício do poder.
Mediante o cenário criado pela Reforma de Pombal, há necessidade de
recuperar a economia atual, momento oportuno para o Governo Central instituir
os tributos.
Nesse período da Educação Pombalina, muda-se a organização do ensino
secundário que antes era oferecido em forma de curso-humanidades, passa-se
para aulas avulsas (aulas régias). Porém, inúmeras dificuldades foram enfrentadas,
principalmente, por não existir mais a formação de mestres, não havendo,
portanto, uniformidade no ensino.
Educação Joanina
A chegada de Dom João VI no Brasil, acompanhado da corte, trouxe
medidas e consequências de ordem econômica muito importantes para o país.
Instituiu-se, na Carta Régia de 1808, a abertura dos portos a todas as nações
amigas, além de liberar o comércio. O contrabando diminuiu, mas o lucro da
coroa portuguesa aumentou, formando uma grande fortuna que pode elevar o
Brasil a Reino Unido. Cresceu o desenvolvimento das cidades portuárias.
A cidade do Rio de Janeiro tornou-se a capital do império e sofreu diversas
modificações. Missões estrangeiras vieram estabelecidas ao país, para avaliar as
riquezas da região. Houve a criação do primeiro jornal do país. Alguns prédios
públicos foram estabelecidos: A casa da Moeda, Banco do Brasil, a Academia Real
Militar e o Jardim Botânico.
Nesse período a educação ganhou força graças a chegada da imprensa,
biblioteca pública, revista e o museu. Porém, o curso superior era voltado para a
formação militar; os engenheiros, médicos e cirurgiões para o exército; técnicos
em economia, agricultura e indústria para a marinha. Mesmo assim, não eram
considerados como cursos em nível superior, porque organizavam-se com a
preocupação básica do ensino profissionalizante. Quanto ao ensino primário
continuava voltado para o aprendizado da leitura e escrita.
Os últimos anos do Império foram marcados por fatores de ordem
econômica, social e política, que configuraram a crise da Monarquia e prepararam
o advento da República.
A Constituição de 1824, outorgada em 25 de março de 1824 por D. Pedro I,
divide o governo em três poderes: Legislativo, Executivo e Judiciário.
UNIDADE 03 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA
NO BRASIL
ESTUDANDO E REFLETINDO
uma sociedade pré-capitalista, agrário comercial e artesanal para uma sociedade
urbano-industrial.
Esse novo modelo político-econômico deu origem ao crescimento da
população urbana devido às novas ocupações ligadas à vida urbano-industrial.
Assim, cresce a demanda por educação, mas o Governo Provisório não tinha até o
momento implementado toda a organização e um sistema nacional integrado, ou
seja, não havia uma política nacional de educação que estabelecesse diretrizes
gerais e a elas subordinasse os sistemas estaduais.
Uma característica dessa Reforma é a modificação do status social da
mulher, ela passa a ter direito à educação, isto é, direito à matrícula no ensino
secundário. A reforma de 1930 não atingiu todos os níveis de ensino, apenas o
ensino secundário, ensino comercial e ensino superior puderam contar com o
privilégio das mudanças em todo o território nacional. Houve uma ampliação da
demanda e, como o baixo rendimento do ensino foi expressivo por causa da
evasão, reprovação e o alto índice do crescimento populacional, a Reforma
fracassou.
Com a criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, o
Ministro Francisco Campos é o primeiro titular da pasta, promovendo a realização
de reformas que evidenciariam ampliação das funções federais relativas a as
modalidades de ensino por ela abrangidas.
O Decreto 19.852 foi o que ganhou maior expressividade, pois ele dispunha
sobre a organização da Universidade do Rio de Janeiro. Os Decretos propostos
por Francisco Campos que mudaram o desenho da educação foram:
Decreto 19.850, de 11 de abril de 1931, que criou o Conselho Nacional de
Educação;
Decreto 19.851, de 11 de abril de 1931, que dispôs sobre a organização do
ensino superior no Brasil e adotou o regime universitário;
Decreto 19.852, de 11 de abril de 1931, que dispôs sobre a organização da
Universidade do Rio de Janeiro;
Decreto 19.890, de 18 de abril de 1931, que dispôs sobre a organização do
ensino secundário;
Decreto 19.941, de 30 de abril de 1931, que instituiu o ensino religioso
como matéria facultativa nas escolas publicas do país;
Decreto 20.158, de 30 de junho de 1931, que organizou o ensino comercial
e regulamentou a profissão de contados;
Decreto 21-241, de 14 de abril de 1932, que consolidou as disposições
sobre a organização do ensino secundário.
A Reforma de Francisco Campos significou a definitiva superação os
exames parcelados e estabeleceu o currículo seriado, a frequência obrigatória, a
divisão do ensino secundário em dois ciclos e a sua ampliação para sete anos. O
primeiro ciclo, ou fundamental, com a duração de cinco anos, destinava-se a
proporcionar a formação geral básica. O segundo ciclo, ou complementar, com a
duração de dois anos, diversificava a função dos cursos superiores para os quais
constituíam pré-requisitos: Direito, Engenharia, Arquitetura, Medicina, Farmácia e
Odontologia. Esse desenho educacional teve o caráter seletivo, elitista e
preparatório para o curso superior.
Desde 1.920, havia um grupo de educadores que vinha estruturando a
nacionalidade do ensino brasileiro, entre eles, “Manifesto dos Pioneiros da Escola
Nova”, publicado em 1932, e endereçado ao povo e ao governo. Nele estavam as
ideias dos educadores da Assembleia de Educação (ABE) que pleiteavam a
atribuição de amplos poderes à União, defendiam a autonomia dos estados na
organização e administração do ensino. Atribuía à União o papel de coordenar e
estimular as atividades educativas em âmbito nacional. Esse Manifesto reconhecia
a educação como direito de todos e dever do estado, reivindicava uma escola
pública, assentada nos princípios de laicidade, obrigatoriedade, gratuidade e
coeducação (ensino para os dois sexos).
Para os intelectuais do Manifesto, o emergente processo de
industrialização demandava políticas educacionais que asseguravam uma
educação capaz de incorporar novos métodos e técnicas que fossem eficazes na
formação do perfil da sociedade adequada ao processo de industrialização. Assim,
essa organização racional do trabalho demandava uma pedagogia específica no
campo da distribuição “racional” da população pelas atividades rurais e urbanas.
Tanto os defensores da educação nova quanto os ideais da Igreja Católica,
lutavam pela hegemonia de suas propostas junto ao governo Francisco Campos e
Getúlio Vargas, procuravam conciliar reivindicações divergentes, sempre que
possível em seu proveito. A divulgação do documento elaborado pelos
educadores e intelectuais do Manifesto provocou violentos contra-ataques da
direita católica e da hierarquia da igreja.
Contra os ideais do grupo dos intelectuais o grupo dos católicos venceu,
conseguindo com que o ensino religioso de freqüência facultativa e, ministrado de
acordo com os princípios da confissão religiosa do aluno, fosse introduzido como
matéria nos horários das escolas públicas primárias, secundárias, profissionais e
normais (Art. 153).
BUSCANDO CONHECIMENTO
A expansão do ensino
A partir da década de 30, a educação alcança níveis de atenção nunca
antes atingidos, quer pelos movimentos dos educadores, quer pelas iniciativas
governamentais, ou pelos resultados concretos. Segundo Fernando de Azevedo,
de 1930 a 1940, dá-se um desenvolvimento do ensino primário e secundário que
jamais se registrará até então no país. De 1936 a 1951 as escolas primárias
dobraram e as secundarias quase quadruplicam, em número ainda que tal
desenvolvimento não seja homogêneo, tendo se concentrado nas regiões urbanas
dos estados mais desenvolvidos.
Também as escolas técnicas se multiplicam, segundo Lourenço Filho, se em
1933 havia 133 escolas de ensino técnico industrial, em 1945, este número sobe
para 1.368 e o número de alunos que era de quase 15.000, em 1933, ultrapassa,
então 65.000.
Em 1930, é criado o Ministério de Educação e Saúde, órgão
importantíssimo para a organização do planejamento das reformas em âmbito
nacional, e para a estruturação da universidade.
Em 1934, é fundada a Universidade de São Paulo, pela aglutinação de
diversas faculdades. O mesmo ocorre no ano seguinte, no Rio de Janeiro, com a
criação da Universidade do Distrito Federal. Em 1936, é reconhecida pelo governo
federal Faculdade de Filosofia São Bento, fundada em 1908 e que, desde 1911, se
agregará à Universidade Católica de Louvain (Bélgica).
Merece ser registrado o impulso no campo de formação do magistério,
com a reorganização de algumas escolas de nível secundário, já existentes.
Também, na recém fundada Faculdade de Filosofia de São Paulo, os alunos que se
formam passam a obter complementação pedagógica no Instituto de Educação.
Assim, em 1937, são diplomados no Brasil os primeiros professores licenciados,
para o ensino secundário:
UNIDADE 04 - REFORMAS DO ENSINO: GUSTAVO CAPANEMA
ESTUDANDO E REFLETINDO
Decreto-Lei 9.613, de 20 de agosto de 1946, Lei Orgânica do Ensino
Agrícola.
Esse conjunto de Decretos-Leis compôs as Leis Orgânicas que
completaram o processo político aberto com a criação do Ministério dos
Negócios da Educação e Saúde Pública, em 1930. As demais eram poder ao
governo da União para estabelecer diretrizes sobre todos os níveis da Educação
no país.
A reforma Capanema foi diferente da reforma Campos, do ponto de vista
do ensino profissional, a segunda era voltada para os interesses da economia
agroexportadora, enquanto a primeira contemplava o ensino técnico profissional
industrial, comercial e agrícola, além do ensino primário e normal.
Assim mesmo continuava o dualismo: as camadas mais favorecidas da
população procuravam o ensino secundário e superior para a sua formação, os
menos favorecidos ou a classe trabalhadora, as escolas primárias e profissionais,
com vistas à preparação para o mercado e trabalho.
Nesse sentido, crescia o trabalho especializado para a indústria e fazia-se
urgente um sistema de ensino para atender à demanda. O governo obrigou-se a
recorrer à Confederação Nacional da Indústria (CNI), criando assim, um sistema
paralelo ao ensino oficial.
Com o reconhecimento da incapacidade governamental em promover a
formação profissional em larga escala, o Serviço Nacional da Aprendizagem
Industrial (SENAI) assume a formação técnica almejada, patrocinada pelos
empresários filiados da CNI. Essas filiações com suas contribuições deveriam
organizar e administrar as escolas de aprendizagem e treinamento industrial.
Essa situação não perdurou por muito tempo, o SENAI reconhece que é
função do Estado oferecer e cuidar da alfabetização e educação geral primária.
Para o SENAI, sua função era a formação de trabalho. Ao longo dos anos, foi
abandonado os cursos e atividades com vinculação à preparação da mão de obra,
dedicando-se apenas à formação especializada de nível técnico.
A luta ideológica sobre os rumos da educação brasileira continuava, sendo
assunto de debate no Congresso Nacional, pois o Ministro da Educação da época,
Clemente Mariano, nomeou uma Comissão de especialistas, com o objetivo de
estudar e propor uma reforma geral da educação nacional. Isso resultou que uma
nova Constituição fosse elaborada: Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional, Lei 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Essa lei elimina o dualismo
administrativo do sistema de ensino herdado do Império, inicia-se a
descentralização do sistema, concedendo certo grau de autonomia. Com a
descentralização entre os órgãos, um ficou com a função normativa; outro, com a
função executiva.
Para as funções normativas criou-se o Conselho Federal de Educação e os
Conselhos Estaduais de Educação. Além das funções normativas referentes ao
sistema federal e aos sistemas estaduais, ficavam responsáveis também de
elaborar o plano de educação referente a cada Fundo (Fundo Nacional do Ensino
Primário, do Ensino Médio, e do Ensino Superior).
Com a autonomia que LDB deu aos estados, eles puderam organizar-se
seus sistemas de ensino em nível e instrução, de modo que o regime
administrativo, disciplinar e didático fosse menos uniforme.
Vale ressaltar que a LDB não trouxe soluções inovadoras, pelo contrário,
conservou as linhas de organização anterior. Manteve o ensino secundário e os
vários ramos profissionais. Englobou o ensino secundário e o profissional, sob a
denominação comum de “Ensino Médio”, cuja finalidade era a “Formação do
Adolescente”. Generalizou as denominações “Ginásio” e “Colégio”, para o primeiro
e segundo ciclo de todos os ramos. Admitiu a equivalência de todos os cursos
médios (a continuação dos estudos sem exames). Ainda com o objetivo de reduzir
as diferenças entre os diversos ramos e de proporcionar uma formação básica
comum, estabeleceu um núcleo de matérias obrigatórias a serem indicadas pelos
CFE (Conselho Federal da Educação), para todas as modalidades de ensino médio,
prevendo um currículo comum, no tocante às matérias obrigatórias, para as duas
séries iniciais do primeiro ciclo.
Apesar dessas inovações o ensino primário continuava distante do ensino
médio, pois, para ingressar ao ginásio o aluno passava pelo exame de admissão.
Essa era uma exigência que dificultava o ingresso, pois se o aluno não fosse
aprovado deveria aguardar a matrícula do próximo ano e prestar outro exame
para habilitar-se para o ingresso.
BUSCANDO CONHECIMENTO
A Reforma Capanema
Diversos Decretos-Leis são assinados entre 1942 e 1946 e denominados Lei
Orgânicas do Ensino.
O curso secundário é novamente reestruturado, passando a ser O Ginásio
com quatro anos e colegial com três. Vale dizer o colegial divide-se em curso
clássico (com predominância de humanidades) e científico.
A lei do ensino secundário, em seu artigo 1º: especifica que as finalidades
desse ensino são “formar a personalidade integral dos adolescentes”, “acentuar e
elevar a consciência patriótica e a consciência humanística”, “ dar preparação
intelectual geral que possa servir de base a estudos mais elevados de formação
especial” e, ainda, segundo o artigo 25, “formar as individualidades condutoras”.
Quanto ao ensino profissional, as alterações foram consideráveis. O país
passava por grande desenvolvimento industrial e a importação de técnicos
estrangeiros achava-se comprometida pela guerra, o que exigia uma solução
nacional para o problema. A Lei Orgânica cria, então, dois tipos de ensino
profissional: Um mantido pelo sistema oficial; o outro, paralelo, mantido pelas
empresas. Assim é criado, em 1942, o SENAI (Serviço Nacional de Aprendizagem
Industrial), organizado e mantido pela Confederação Nacional das Indústrias, com
diversos cursos de aprendizagem, aperfeiçoamento e especialização, além de
possibilitar a reciclagem do profissional. Em 1946, é criado o SENAC (Serviço
Nacional de Aprendizagem Comercial), desenvolvendo o mesmo processo.
A população de baixa renda, desejosa de se profissionalizar, encontra
nesses cursos a condição ideal, mesmo porque os alunos são pagos para estudar.
Daí o êxito desse empreendimento particular paralelo.
Mesmo considerando o êxito do SENAI e SENAC, é preciso reconhecer aí a
manutenção do sistema do alto ensino.
A reforma do ensino primário só é regulamentada por lei, após o Estado
Novo, em 1946, e institui diversas novidades. A criação do ensino supletivo de dois
anos, por exemplo, foi importante para a diminuição do analfabetismo.
Nos termos da lei, aparece novamente a influência do movimento
renovador. É estipulada a necessidade do planejamento escolar e constitui
novidade a previsão de recursos para a implantação reforma. Também é dada
atenção à necessidade de estruturação da carreira docente, bem como a
remuneração condigna do professor. Porém, se a lei leva ao otimismo, a realidade
nem tanto. São inúmeras as dificuldades enfrentadas para sua aplicação e se acha
inadequada à nossa realidade.
Outra medida da Lei Orgânica foi a regulamentação dos cursos de
formação de professores. A novidade da lei é a centralização das diretrizes. No
entanto, um defeito é a predominância de matérias de cultura geral em
detrimento das de formação profissional, bem como o mesmo caráter rígido de
avaliação.
UNIDADE 05 - REFORMAS DO ENSINO (1960 - 1970)
ESTUDANDO E REFLETINDO
desenvolvimentista, ou seja, educação para a formação de capital humano,
vínculo entre educação e mercado de trabalho, modernização de hábitos de
consumo, integração da política educacional aos planos gerais de consumo,
integração da política educacional aos planos gerais de desenvolvimento e
segurança nacional, defesa do estado, repressão e controle político ideológico da
vida intelectual e artística do país. Assim, essa perspectiva “economicista” em
relação à educação foi confirmada no Plano Decenal de Desenvolvimento
Econômico e Social (1967 – 1976), para qual a educação deveria assegurar
“estrutura do capital humano do país”.
Para assegurar uma política educacional orgânica, nacional que garantisse
o controle político e ideológico sobre a educação escolar, uma série de leis,
Decretos-Leis, e pareceres declararam seus motivos para elaborar uma única lei:
Lei nº 5.692/71 - Ministro Jarbas Passarinho.
Lei 4.464, de 09 de novembro de 1964, que regulamentou a participação
estudantil;
Lei 4.440, de 27 de outubro de 1964, que institucionalizou o salário educação,
regulamentado no Decreto 55.551, de 12 de janeiro de 1965;
estudantil;
Decreto-Lei 228, de 28 de fevereiro de 1967, permitindo que reitores e diretores
Lei 5.692, de 11 de agosto de 1971, que fixou as diretrizes e bases para o ensino de
1º e 2º graus;
Lei 7.044, de 18 de outubro de 1882, que alterou dispositivos da lei 5.692,
Os Decretos nº 4.464/1964; o Decreto nº 2.28/1967, o Decreto nº 477/1969
foram de caráter repressivo: extinguiu a União Nacional dos Estudantes (UNE)
limitou a existência de organizações estudantis ao âmbito estrito de cada
universidade; puniu estudantes, professores e funcionários que não
desenvolvessem as atividades de acordo com os planos do regime militar. Criou,
no MEC, uma divisão de segurança e informação para fiscalizar as atividades
políticas de professores e estudantes nas instituições.
Essa repressão foi a primeira medida para impulsionar o golpe de 64, o
setor da educação era o mais controlado, pois bastava que um programa
educativo ou um livro tivesse inspiração comunista já era suficiente para acontecer
a perseguição. Nos casos de pessoas que ocupavam cargos, ocorriam as
demissões. Dessa forma, impediam que programas de educação, voltados para o
povo fossem desenvolvidos. Com isso, traçam o modelo capitalista moderno no
sistema educacional. Os defensores do ensino público foram substituídos por
aqueles que lutavam pela hegemonia da escola particular subsidiada pelo estado,
com os militares empenhados na repressão. Nesse sentido, começam as
faculdades a tornarem-se mera transmissoras de conteúdos, onde bastava o aluno
ter presença, ouvir e reproduzir, em decorrência da não autonomia didática do
professor.
BUSCANDO CONHECIMENTO
o Manifesto critica o sistema dual (que destina uma escola para os ricos e outra
para os pobres), reivindicando uma escola básica única.
Esse manifesto é muito importante na história da pedagogia brasileira,
porque representa a tomada de consciência da defasagem entre a educação e as
exigências do desenvolvimento.
Dentre os adeptos da escola nova, que, na década de 20, tinham
empreendido reformas de ensino, destaca-se Francisco Campos, autor da mesma
reforma no estado de Minas Gerais. Uma vez tornado Ministro da Educação,
imprime essa tendência renovadora em diversos decretos de 1.931 e 1.932.
Pode-se dizer que, pela primeira vez, no Brasil, ocorre uma ação planejada
visando a uma organização em nível nacional (as reformas anteriores foram
estaduais), sobretudo no que se refere ao ensino secundário, ao comercial e à
organização do sistema universitário.
O ensino secundário passa a ter dois ciclos: um fundamental, de cinco
anos, e outro complementar, de dois anos, visando à preparação para o ingresso
no curso superior. Com isso, pretendia-se evitar que o ensino secundário
permanecesse meramente propedêutico, ao não enfatizar a formação geral do
aluno. Todas as escolas são equiparadas ao Colégio Pedro II (até então
considerado modelo) e são estabelecidas normas de admissão de professores e
formas de inspeção do ensino ministrado.
No entanto, apesar do real avanço, algumas críticas podem ser feitas.
Houve total descaso pela educação primária e pela formação de professores.
Quanto às demais áreas do ensino profissionalizante, a atenção foi dada ao
comercial, tendo sido descuidado o industrial, de premente necessidade. Grave
também foi o desenvolvimento de programas de caráter enciclopédico que, ao
lado de uma avaliação rígida, tornavam o ensino altamente seletivo e elitizante.
UNIDADE 06 - A REFORMA DO ENSINO DO 1º E 2º GRAUS
ESTUDANDO E REFLETINDO
Desvantagens:
seletividade do curso primário na rede particular;
elevado número de vagas;
inexistência de escola na zona rural.
Tudo isso tornou impraticável a extensão e a obrigatoriedade da
escolaridade para oito anos. Privilegiou-se a quantidade à qualidade.
O governo militar havia diminuído os recursos para e educação, isto é, não
cumpriu o previsto na Lei nº 4.020/1964, que tinha o objetivo de incrementar o
ensino de 1º grau. Assim, o salário-educação que a União deveria repassar aos
Estados da Federação para a construção de escolas, era desviado para os
interesses de políticos e empreiteiros. Portanto, o governo não valorizava o
empreendimento de construção como era o sonho dos educadores.
Com apenas dois anos de promulgação da lei, em 1973, foi baixado o
Decreto 72.495, de 19 de junho de 1973, que estabelecia: “norma para a concessão
de amparo técnico e financeiro às entidades particulares de ensino”.
Esse decreto estabelece que os recursos a serem repassados teriam sua
origem o FNDE (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação).
Objetivos do repasse:
“suprir deficiências locais da rede oficial de ensino de 1º e 2º graus,
“adotar a intercomplementariedade entre estabelecimentos oficiais e
particulares de ensino,
“equipar, reequipar e instalar unidades escolares,
“ampliar e recuperar imóveis destinados exclusivamente a atividades
escolares;” (art. 3º).
Estava previsto, na criação do FNDE, que os recursos conferidos às escolas
privadas não seriam reembolsadas ao cofre público. As escolas devolveriam em
forma de gratuidade total ou parcial de ensino oferecido, ou seja, uma parceria
entre o governo e a instituição. Essa parceria estabelecia que, onde houvesse
escola privada que atendesse a demanda, o governo não construiria a escola
pública.
Nesse sentido, era fácil cumprir o acordo, pois os empresários do ensino
tinham a maioria dos membros que compunham os conselhos Estaduais de
Educação, logo, seus interesses eram vencidos. Isso posto, os conselhos estaduais
tinham recebido o decreto a incumbência de baixar as normas complementares
para o cumprimento de tais exigências.
Esse privilégio dado às escolas privadas é porque se entendia que ensino
público e privado são equivalentes. Então, seria um critério visando aos interesses
de ambas as partes: poder público e privado.
Em relação ao 2º grau, com duração de três anos, a lei nº 5.692/1971
recomendava o Art. 1º. “Proporcionar ao educando formação necessária ao
desenvolvimento de suas potencialidades como elemento de autorrealização,
qualificação para o trabalho e preparo para o exercício consciente da cidadania”.
De acordo com o previsto nesse artigo, o ensino de 2º grau perde seu tradicional
perfil propedêutico, sua função agora é preparar para o trabalho.
Frente ao grande número de vagas particulares no ensino superior, esse
tipo de ensino profissionalizante era o mais procurado ao ensino de qualificação
do nível médio. Tudo não passava de um engodo, pois, excluindo da carga
horária da formação básica, as disciplinas de Filosofia, Sociologia e Psicologia, os
cursos estavam longe de formar um egresso para obtenção de emprego.
BUSCANDO O CONHECIMENTO
Cívica, Educação Artística, Programa de Saúde e Religião (esta, obrigatória para a
escola, mas optativa para o aluno).
Em 1967 é criado o Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização) para
começar a suprir a taxa de analfabetismo no Brasil. Paulo Freire teve seu método
consagrado, mas logo tornou-se fracassado, por ter sido seu conteúdo
considerado subversivo, segundo o ponto de vista da política vigente.
Algumas vantagens da Lei nº 5.692:
extensão da obrigatoriedade do 1º grau (1ª a 8ª séries);
257.
a Lei foi política e não apolítica como pode transparecer. Por volta de 1.980
essa Lei torna-se obsoleta, uma nova Lei n.7.044/82 dispensa as escolas da
obrigatoriedade profissionalizante, voltando a ênfase para formação geral. O
cenário brasileiro é outro e os debates em prol de ser reconquistado o tempo e o
espaço perdido, começam a ganhar força com a volta dos políticos que haviam
sido exilados e as organizações estudantis retornam a atividade. A forca do
regime militar começa enfraquecer.
Vale registrar que a lei n. 5.692/71 foi alterada pela Lei n. 7.044/82, em
virtude da reorientação quanto à profissionalização do 2º grau. O ponto
fundamental alterado foi a substituição da proposta de que o ensino
deveria qualificar para o trabalho pela ideia que deveria preparar para o
trabalho. MENESES, 2.001. p. 164.
UNIDADE 07 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS NA NOVA REPÚBLICA
ESTUDANDO E REFLETINDO
Inicia-se o neoliberalismo na década de 90, com a posse para Presidente
da República de Fernando Collor de Mello que governou de 1990-1992. As
políticas educacionais foram marcadas por forte clientelismo, privatização e
enfoques fragmentados. Nesse período, houve muito debate sobre a
redemocratização do ensino brasileiro, mas de pouca ação, pois os acessos do
governo no plano da educação era a maioria conservador, inclusive no MEC.
Algumas intenções do governo federal para o setor educacional:
O Programa Nacional de Alfabetização e Cidadania PNAC (1990);
O Programa Setorial de Ação do governo Collor na área da educação
(1991-1.995);
Brasil: um Projeto de Reconstrução Nacional (1991).
O ponto culminante do governo José Sarney (1985-1990) com relação ao
projeto de redemocratização foi a vitória alcançada com a aprovação da
Constituição de 1988. A nova Carta Magma do país conseguiu varrer diversos
mecanismos que sustentaram o regime autoritário (militar). O fim da censura, a
livre organização partidária, o retorno das eleições diretas e a divisão dos poderes.
A Constituição foi uma vitória política, mas, no campo econômico, não,
apesar do entusiasmo do plano cruzado. Quanto à indústria foi um furo, teve uma
pane no setor da produção e da falta de produtos de primeira necessidade.
Nesse sentido, o setor econômico foi abalado, pois as ações não freavam o
índice inflacionário. Os Planos: Bresser e Verão tentaram articular ações de
correção da inflação, mas a intenção foi em vão e a crise econômica financeira
estava declarada. Essa crise convivia com a esperança e a perspectiva de
democratização. Assim, o governo José Sarney perdia o apoio da sociedade civil.
No que concerne à educação, a oposição erguia a bandeira da mudança,
pois era um movimento que vinha reivindicando mudanças já a tempo.
Como movimento da oposição pode-se citar:
Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação – ANPED;
Associação Nacional de Docentes do Ensino Superior ANDES;
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação CNTE;
Educação & Sociedade;
Revista da ANDE;
Cadernos do CEDES;
Conferencia Brasileira de Educação (CBES);
- As reuniões anuais da SBPC.
Assim, esses movimentos defendiam a educação pública e gratuita como
direito público subjetivo e dever do Estado. Além disso, defendiam a erradicação
do analfabetismo e a universalização da escola pública.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Mudança dos conteúdos dos livros didáticos;
Formação docente e retribuições salariais dignas e justas.
vetores da administração educacional da Nova República foram: Clientelismo,
tutela e assistencialismo.
UNIDADE 08 - POLÍTICAS EDUCACIONAIS E O GOVERNO FHC
ESTUDANDO E REFLETINDO
para a órbita municipal dos encargos de educação, especialmente do 1º grau. Esta
legislação deu amparo ao MEC para desenvolver programas com os Municípios.
Em 1974: Pró Município-Projeto de Coordenação e Assistência Técnica ao
Ensino Municipal, com o objetivo de um processo contínuo de articulação entre
Estados e Municípios visando o aperfeiçoamento do ensino repassando recursos
aos municípios por critérios políticos.
Em 1980: Edural-Programa de Expansão e Melhoria da Educação Rural no
Nordeste. Seu objetivo era a melhoria das redes municipais no que se refere a
recursos humanos, materiais e ao currículo.
Em 1983: Decreto Federal 88.374-Estabelece que da cota estadual do
salário educação 25% seriam destinados a programas municipais.
Em 1985: Educação para Todos- Os municípios participantes do programa
deveriam ter Estatuto do Magistério Municipal, ter aplicado no ano anterior 20%
do Fundo de Participação dos Municípios no setor educativo.
Em 1988: Promulgação da Nova Constituição Federal. Os Municípios se
tornam membros da Federação, aumenta a autonomia financeira dos municípios.
No artigo 211, a Lei estabeleceu que a União, os Estados, o Distrito Federal
e os Municípios deveriam organizar em regime de colaboração seus sistemas de
ensino.
Ainda da Constituição, Parágrafo 1º. A União deveria organizar e financiar o
sistema federal de ensino e prestar assistência técnica e financeira aos Estados,
Distrito Federal e Municípios para o desenvolvimento de seus sistemas de ensino
e o atendimento prioritário à escolaridade obrigatória.
Parágrafo 2º. Os Municípios deveriam atuar prioritariamente no ensino
fundamental e pre-escolar.
Em 1996, 20 de dezembro, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
n. 9.394. Apesar de a LDB estabelecer um regime de colaboração entre União,
Estados, Distrito Federal e Municípios prevê prioridades para atuação de cada
esfera do poder público. Para o Município, prioriza em primeiro lugar o ensino
fundamental e, em segundo, a educação infantil. O ensino médio e a educação
superior somente serão desenvolvidas pelo município, quando sua demanda
privilegiada (ensino fundamental e educação infantil) estiver totalmente atendida.
As escolas privadas de educação infantil ficam ligadas ao sistema municipal. A LDB
define como atribuição específica dos Estados o ensino médio.
BUSCANDO CONHECIMENTO
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Quanto à política de formação profissional, a referida lei propõe o prazo de
dez anos para que todos estejam formados em nível superior.
Em 1995, assume o governo federal Fernando Henrique Cardoso,. Nesse
governo, como eixos da política educacional permaneceram o estabelecimento de
um mecanismo objetivo e universalista de arrecadação e repasse de recursos
mínimos para as escolas. Entra, assim, o eixo da política de financiamento e a
avaliação como a base da reforma educacional, tendo como foco a qualidade.
Esse controle seria de modo a possibilitar maiores responsabilidades e
compromissos para cada esfera de governo, portanto, a descentralização na
gerência de recursos. Com isso mudava-se o padrão de gestão no setor público.
O documento “Mãos à obra Brasil”, proposta do governo FHC, era para
estabelecer as diretrizes direcionadas à reformulação ao ensino fundamental; à
valorização da escola e de sua autonomia. Previa-se ainda a implantação de um
canal de TV via satélite nas escolas públicas.
Outros dispositivos legais foram considerados como medidas necessárias à
inovação, como: Emenda Constitucional/94 e a Lei n. 9.424/96, que dispunha
sobre a criação do FUNDEF- Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério e o Plano Nacional da Educação-Lei
n. 10.174/2001.
Quanto à avaliação foram instituídos os seguintes dispositivos:
CENSO ESCOLAR
SAEB-Sistema de Avaliação da Educação Básica
ENEM-Exame Nacional do Ensino Médio
ENC-Exame Nacional de Cursos (Provão)
UNIDADE 09 - O FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO - O FUNDEF
BUSCANDO CONHECIMENTO
Segundo SHIROMA,
Uma política nacional de educação é mais abrangente do que a
legislação proposta para organizar a área. Realiza-se também pelo
planejamento educacional e pelo financiamento de programa
governamentais, em suas três esferas, bem como por uma série de
ações não governamentais que se propagam, com informações, pelos
meios de comunicação. SHIROMA, 2011.p.73
FPM (Fundo de Participação do Município), IPI – Exportação
(Imposto sobre Produto Industrializado e o Fundo de Ressarcimento
de Exportações;
Pelo artigo 212 da Constituição, 25% desses recursos vão para o
Fundo e 10% devem ser aplicados em outras despesas de
“manutenção e desenvolvimento do ensino”.
O ISS e o IPTU não entram no Fundo, mas continua a obrigação
prevista no artigo 212 da Constituição de aplicar 25% das receitas
provenientes desses impostos em “manutenção e desenvolvimento
do ensino”.
Dos 25% destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino
fundamental 60% dos recursos para o magistério em efetivo
exercício, remuneração e habilitação de leigos e até 40% para outras
despesas, incluindo-se a remuneração do pessoal administrativo e
os inativos do ensino fundamental, reformas de escolas, transporte e
educação infantil.
O critério para a distribuição do dos recursos do Fundo é o do
número de alunos matriculados anualmente nas escolas cadastradas
das redes públicas de ensino. Esses dados são obtidos pelo Censo
Educacional, realizado anualmente pelo MEC.
O custo aluno definido pelo FUNDEF parte das disponibilidades
financeiras do FUNDO.
estar aprovados até junho de 1997. Aos professores leigos passam a integrar um
quadro em extinção, de duração de cinco anos, Após esse prazo a carreira só terá
professores com habilitação.
O FUNDEF foi a principal característica do governo FHC como política
educacional. Nesse sentido, as políticas públicas do Brasil, pode-se afirmar, foram
marcadas pela influência do capital na era da globalização econômica na década
de 80.
De acordo com o discurso de posse do governo federal, percebe- se o
interesse de países estrangeiros pelo Brasil, pois, FHC, deixa clara a abertura ao
capital estrangeiro.
No sentido de o governo garantir a permanência do aluno na escola, ele
criou vários programas: Acorda Brasil!, Tá na hora de escola!, Aceleração da
Aprendizagem, Guia do livro didático – 1ª a 4ª série do ensino fundamental.
Vale ressaltar que o programa Bolsa-Escola também foi relevante, pois, ele
contribuía com um valor financeiro a toda família com criança em idade escolar,
que fizesse a matrícula da criança na escola. Talvez, tenha sido o incentivo maior
da política educacional daquele contexto.
Nesse patamar de inovação ou renovação, o governo FHC, com a criação
do FUNDEF, encontrou uma solução para estimular a matrícula de crianças de 7 a
14 anos e propiciou maior transparência do gasto público com a educação. Mas
os Estados e os Municípios encontraram dificuldades para financiar a expansão da
educação infantil (0 a 6 anos) e do ensino médio (15 a 17 anos) e a educação e
jovens e adultos.
Assim, percebe-se que o FUNDEF não era um fundo para toda a Educação
Básica. Ele estimulou a municipalização do ensino fundamental, ficando sob a
responsabilidade do Estado o ensino médio. Nesse período, o então Ministro da
Educação, Paulo Renato, afirmou que o fundo não pode ser responsabilizado pela
falta de investimento nos outros setores. O fundo além desse fato, apresenta
outro ponto negativo devido ao governo federal ter fixado um valor baixo para o
custo anual por aluno, ele exime-se de contribuir no orçamento com mais rigor.
Nessa perspectiva, o ensino fundamental foi o que mais esteve perto de
cumprir as metas, mas o governo não cumpriu sua promessa de campanha, a de
elevar o número de concluintes do ensino fundamental e a de ampliar o ensino
fundamental obrigatório para nove anos. Outro nível que não foi cumprido é o
ensino médio, esse o governo federal não conseguiu expandir nem equipar as
escolas com computadores, laboratórios e bibliotecas. Ainda, ficou sem definir
uma política de valorização dos docentes, deixando de estimular a formação
docente.
BUSCANDO CONHECIMENTO
com o ensino técnico, para tanto, cada um teria sua organização e seus currículos
específicos, ambos de caráter flexível. O ensino técnico deveria ter uma formação
básica e outra específica.
Contudo, outros aspectos ameaçaram as políticas do governo, a grande
procura por uma vaga no ensino superior. De acordo com o desenho à procura
de vaga, o governo baixa leis, medidas provisórias, decretos, decretos-leis,
portarias, resoluções; tudo isso, para definir os rumos do ensino superior
brasileiro, medida iniciada no regime militar.
No governo FHC, a reforma do ensino superior estava amparada na
avaliação, na autonomia e na melhoria do ensino, todos os itens ligados à eficácia
e produtividade, ou seja, a melhoria do ensino depende da avaliação e da
autonomia. Outro ponto que marcou o governo FHC foi a promulgação da
LDBE/96, Lei n.9.394- em 20 de dezembro e 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases
da Educação Nacional.
UNIDADE 10 - FUNDO DE MANUTENÇÃO E DESENVOLVIMENTO DA
EDUCAÇÃO BÁSICA (FUNDEB)
ESTUDANDO E REFLETINDO
Lei n. 11.494, de 20 de dezembro de 2007 – Regulamenta o Fundo de
Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação Básica – FUNDEB, de que trata o artigo 60 do Ato das
Disposições Constitucionais Transitórias; altera a Lei n. 10.195, 14 de fevereiro de
2001; revoga dispositivos das Leis n.9.424, de 24 de dezembro de 1996, n. 10880,
de 9 de junho de 2004, e 10.845, de 5 de março de 2004, e dá outras
providencias.
Esse fundo é um importante compromisso da União com a Educação
Básica, na medida em que aumenta o volume anual dos recursos federias. Além
disso, materializa a visão sistêmica da educação, pois financia todas as etapas da
Educação Básica e reserva recursos para os programas direcionados a jovens e
adultos. A estratégia é distribuir os recursos pelo país, levando em consideração o
desenvolvimento social e econômico das regiões – a complementação do
dinheiro aplicado pela União é direcionada às regiões nas quais o investimento
por aluno seja inferior ao valor mínimo fixado para cada ano. Ou seja, o FUNDEB
tem como principal objetivo promover a redistribuição dos recursos vinculados à
educação.
Segundo Tarso Genro, ex-ministro a educação, acessado na internet em
17/04/2012, Teoria e Debate n. 63 – junho/agosto de 2005, publicado em
20/12/2006 O FUNDEB pode ser considerado a terceira revolução educacional no
país, uma vez que a segunda foi a universalização do ensino fundamental. A
criação do fundo pode ser considerada uma vitória da sociedade e de todos os
segmentos que participaram da elaboração e das discussões relativas ao projeto,
junto com a vontade do governo Lula em ter um sistema de Educação Básica de
boa qualidade.
O grande parceiro na distribuição da renda investida por aluno pode se
afirmar que é o MEC, pois, com os dados em base ao SAEB (Sistema de Avaliação
da Educação Básica) que avalia o desempenho de alunos a 4ª a 8ª série do ensino
fundamental e da 3ª série do ensino médio, informa ao fundo, onde estão os
alunos que precisam ser compensados financeiramente quanto ao investimento
previsto na lei. Com base nisso, os estados que foram constatados pobres são em
número de dez: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pará,
Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Norte.
Dados de pesquisas realizadas pelo SAEB mostram que os avanços
relativos às matrículas nas diversas etapas da educação não foram acompanhados
por um desenvolvimento qualitativo da educação ofertada. Vale ressaltar que o
IBGE (Instituto Brasileiro) também é colaborador das pesquisas educacionais,
através dos indicadores sociais apontados por ele. Percebe-se que a necessária
equidade na oferta de educação entre os brasileiros em sua diversidade regional,
racial e étnica, localização urbana ou rural, ainda não é possível ter avanços
educacionais no sentido e matrícula no ensino público e obrigatório.
O financiamento de educação no Brasil provém de recursos públicos de
empresas privadas e dos cidadãos. No entanto, é difícil estimar o gasto total em
educação, pelo fato de o Brasil não contabilizar os recursos mobilizados pelo
setor particular. Parcelas expressivas do produto de arrecadação tributária
nacional são vinculadas à manutenção e desenvolvimento da educação nos três
níveis de governo, de maneira regular e predefinida, segundo disposições
incluídas no Corpo da Constituição da República.
BUSCANDO CONHECIMENTO
Além desses, há os recursos externos destinados ao financiamento de
pesquisas e projetos suplementares, assim como: o UNICEF, o PNUD e a UNESCO.
Empréstimos externos, tanto do BIRD (Banco Interamericano de Desenvolvimento
) como do Banco Mundial, eles são fontes importantes para financiar projetos cujo
objetivo central consiste na melhoria da qualidade do sistema educacional.
Exemplo de projetos financiados:
Projeto Nordeste, voltado para as áreas mais pobres do país, que foi
sucedido pelo programa Fundescola;
Programa de Expansão da Educação Profissional (PROEP);
Escola jovem, destinado a apoiar a expansão e reforma do ensino
médio.
A Constituição Federal determina que a União deve aplicar, no mínimo,
18% dos recursos econômicos públicos na educação, excluídas as transferências, e
os Estados, o Distrito Federal e os municípios, 25% do total da receita resultante
de impostos, incluídas as transferências constitucionais, na manutenção do ensino
público.
O financiamento da Educação Superior em instituições públicas é de 0,7%
do PIB (Produto Interno Bruto). Os recursos para as universidades federais provêm
de fontes orçamentárias, diretamente ou por meio de convênios celebrados com
a Secretaria de Educação Superior e com a CAPES, órgãos do próprio Ministério
da Educação, e de apoios obtidos junto ao CNPq e à FINEp, vinculados ao
Ministério da Ciência e Tecnologia. Somente o orçamento do Ministério da
Educação corresponde a cerca de 1% do PIB. Desse total 70% são apropriados
pelas instituições federais de ensino superior. São destinados ao pagamento dos
salários, ao custeio das instalações, ao investimento físico em prédios, laboratórios
e equipamentos e a qualificação de recursos humanos, por meio de bolsas de
estudo de mestrado e doutorado aos professores. Além disso, há os recursos
próprios obtidos pelas universidades, mediante convênios ou serviços prestados.
A política de financiamento da educação é um risco a sua qualidade, isso
porque ela privilegia uma ou mais etapas da educação, descuidando do
fenômeno educativo de outras.
O que muda de acordo com EC 53/2006 em relação ao financiamento da
Educação Básica, FUNDEB. Impostos que contribuem para o Fundo:
Fundo de Participação dos Estados – FPE;
Fundo de Participação dos municípios – FPM;
Impostos sobre Produtos Industrializados, proporcional às
Exportações – IPI-exp;
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS;
Desoneração de Exportações ( LC n.87/96);
Imposto sobre Transmissão Causa Mortis – ITCM;
Imposto Territorial Rural – ITR;
Imposto sobre propriedade de Veículos Automotores – IPVA; e
Complementação da União, caso necessário aos Estados menos
favorecidos.
Assim, esses impostos são incorporados ao FUNDEB, mas continuam de
fora as receitas próprias municipais, como:
Imposto Predial Território Urbano, IPTU;
Imposto Sobre Serviços – ISS;
Imposto Sobre Transmissão de Bens Interinos-ITBI.
De acordo com a Medida Provisória (MP) 339/06, foi instituída, no âmbito
do MEC, uma Junta de acompanhamento dos Fundos, tinha representantes do
MEC, do Conselho Nacional de Secretários de Estado de Educação (CONSED),
representante do Conselho Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (
UNDIME ).
Vale ressaltar que a MP 339/96 teve importante participação no FUNDEB,
pois, fixou um teto máximo para com os gastos com EJA (Educação de Jovens e
Adultos), isto é, em até 10% do total do Fundo. Outro ponto foi à fixação de um
piso salarial profissional para os profissionais do magistério público, e não apenas
dos professores.
POLO MATRIZ
0800-772-8030
www.unar.edu.br