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Anna Bonus Kingsford foi uma médica, escritora e mística britânica, filha de John
Bonus, nascida em Maryland Point em 16 de setembro de 1846 e uma das primeiras
mulheres inglesas, depois de Elizabeth Garrett Anderson, a obter um diploma de
Medicina.
Roda e Cruz
2010
Roda e Cruz
2010
Roda e Cruz
2010
SUMÁRIO
– Informações Iniciais e Nota da Edição (nesta página)
– O Resgate do Cristianismo Budista: a Relevância da Mensagem da
Dra. Anna Kingsford
Apresentação do Orador
Colóquio com o Grupo Anna Kingsford
– Textos e Citações Complementares
Em Memória de Anna Kingsford (Samuel Hopgood Hart)
O Vegetarianismo e a Bíblia (Edward Maitland)
Citações sobre o Cristianismo Budista e Interpretações dos
Símbolos
– Bibliografia Citada
A.1)
A.2)
“Em resumo, não são dois Evangelhos, mas dois aspectos, o externo
e o interno, de um mesmo Evangelho. Pois o Budismo encontra sua tradução
e complementação no Cristianismo, e o Cristianismo encontra sua concepção
e seu alicerce no Budismo”. [Bertram McCrie, The Living Truth in
Christianity (A Verdade Viva no Cristianismo), pp. 26-27].
A.3)
Se não fosse por Buda, não poderia ter havido Jesus, nem teria ele
sido suficiente para atender ao homem integral; pois o homem deve ter a
Mente iluminada antes que as Afeições possam ser despertadas. Nem teria
sido o Buda completo sem Jesus. Buda completou a regeneração da Mente; e
por meio de sua doutrina e prática os homens são preparados para a graça
que vem por meio de Jesus. Motivo pelo qual nenhum homem pode ser
propriamente cristão, se não for também e primeiramente budista.
A.4)
“Do mesmo modo que não fazia parte do projeto dos Evangelhos
representar o percurso inteiro do Homem Regenerado, também não fazia
parte desse projeto fornecer, no que diz respeito à vida e doutrina religiosa,
um sistema integral e completo, independentemente dos que o antecederam.
A.5)
A.6)
“... não fazia parte desse projeto [do Cristianismo original] fornecer,
no que diz respeito à vida e doutrina religiosa, um sistema integral e
completo, independentemente dos que o antecederam.
Se não fosse por Buda, não poderia ter havido Jesus, nem teria ele
sido suficiente para atender ao homem integral; pois o homem deve ter a
Mente iluminada antes de que as Afeições possam ser despertadas. Nem
teria sido o Buda completo sem Jesus. Buda completou a regeneração da
Mente; e por meio de sua doutrina e prática os homens são preparados para a
graça que vem por meio de Jesus. Motivo pelo qual nenhum homem pode
ser propriamente cristão, se não for também e primeiramente budista.
A.7)
A.8)
O Egito foi apenas o foco de uma luz cuja verdadeira fonte e centro
era o Oriente em geral – Ex Oriente Lux. Pois o Oriente, em todos os
sentidos, geograficamente, astronomicamente e espiritualmente, é sempre a
fonte de luz.
A.9)
B.1)
B.2)
B.3)
B.5)
Para ser feito à imagem e semelhança de Deus ele deve atingir sua
maioridade espiritual, através do desenvolvimento da consciência de sua
natureza espiritual. Ele deve ser alma tanto quanto corpo; Eva tanto quanto
Adão; assim como no mundo físico, também no plano espiritual ele requer a
mulher para lhe fazer um homem, e a mulher mística é a Alma. Antes do seu
advento (da Alma), ele é o homem apenas materialístico e rudimentar, é
homem apenas na forma, e é um animal em todos os outros aspectos.
Mas ela vem finalmente, manifestada como tão somente a Alma pode
fazer, quando seu ser inferior está envolto em profundo sono, e ele acorda
para descobrir-se plenamente homem, à imagem de Deus, macho e fêmea, no
sentido que ele representa os dois aspectos, masculino e feminino da
Deidade, o poder divino e o amor divino, e também os Sete Espíritos através
dos quais Deus cria todas as coisas. Assim constituído ele é de fato Homem,
pois ele é uma manifestação de Deus, por cujo espírito, operando dentro
dele, ele tem sido criado. E criado desse modo tem sido e será todo o homem
que jamais viveu ou viverá”. [Anna Kingsford e Edward Maitland,
Addresses and Essays on Vegetarianism (Palestras e Ensaios sobre o
Vegetarianismo), capítulo O Vegetarianismo e a Bíblia, pp. 216-218].
B.6)
“Se apenas uma vez pudermos ler a Bíblia com a visão não
obscurecida pelo véu de sangue, e não distorcida pelo preconceito, então
todo o seu mistério – o mistério de nossa queda e de nossa redenção – torna-
se claro como o céu sem nuvens. Pois, então, podemos identificar como algo
que ocorre em nossas próprias almas todo o processo, desde o começo até o
fim, que a Bíblia, do Gênesis até o Apocalipse, apresenta sob a forma de
símbolos e parábolas, precisamente como fez Nosso Senhor ele mesmo”.
[Anna Kingsford e Edward Maitland, Addresses and Essays on
Vegetarianism (Palestras e Ensaios sobre o Vegetarianismo), capítulo O
Vegetarianismo e a Bíblia, p. 221].
B.7)
B.8)
Pois, como São Paulo diz: “essas coisas são uma alegoria” (Gálatas
4:24); e para compreendê-las é necessário conhecer os fatos aos quais elas se
referem. Conhecendo esses fatos, não temos nenhuma dificuldade de
reconhecer a origem de tal representação e de aplicá-la a nós mesmos.
B.9)
O VEGETARIANISMO E A BÍBLIA
(Edward Maitland)
(p. 215)
(p. 216)
método dos hebreus, o povo sagrado, desde o princípio, e que esse método
tenha sido introduzido por eles no Egito.
Tendo sido escrita dessa maneira, a Bíblia, ou pelo menos a sua parte
espiritual e não meramente histórica, é um hieróglifo, denotando sob a forma
de vários objetos físicos – tais como a narrativa de eventos aparentemente
mundanos, e biografias aparentemente de pessoas reais, entre outras coisas
do mundo natural – processos que são puramente espirituais e místicos.
(p. 217)
erro, de modo que eles substituem o superior pelo inferior, e o elevado pelo
superficial. É esse falso fruto que atrai os sentidos externos, a tentação da
serpente no começo do mundo”; (1) e isso tanto para a raça quanto para cada
indivíduo onde e quando quer que tenha vivido, pois todos estão sujeitos à
sua atração.
Para ser feito à imagem e semelhança de Deus ele deve atingir sua
maioridade espiritual, através do desenvolvimento da consciência de sua
natureza espiritual. Ele deve ser alma tanto quanto corpo; Eva tanto quanto
Adão; assim como no mundo físico, também no plano espiritual ele requer a
mulher para lhe fazer um homem, e a mulher mística é a Alma. Antes do seu
advento (da Alma), ele é o homem apenas materialístico e rudimentar, é
homem apenas na forma, e é um animal em todos os outros aspectos.
Mas ela vem finalmente, manifestada como tão somente a Alma pode
fazer, quando seu ser inferior está envolto em profundo sono, e ele acorda
para descobrir-se plenamente homem, à imagem de Deus, macho e fêmea, no
sentido que ele representa os dois aspectos, masculino e feminino da
Deidade, o poder divino e o amor divino, e também os Sete Espíritos através
dos quais Deus cria todas as coisas. Assim constituído ele é de fato Homem,
pois ele é uma manifestação de Deus,
(p. 218)
por cujo espírito, operando dentro dele, ele tem sido criado. E criado desse
modo tem sido e será todo o homem que jamais viveu ou viverá.
(p. 219)
(p. 220)
de Bunyan.
Quanto aos próprios escritores da Bíblia, podemos crer que, caso eles
pudessem ter antevisto a que profundezas de estupidez (insensibilidade) um
regime de carne e de estimulantes pode reduzir um povo de outro modo não
carente de inteligência, depois de viver por dois mil anos com esse regime –
a estupidez demonstrada por tomarmos suas parábolas como verdades
literais – eles teriam renunciado de imediato ao seu método favorito, e falado
diretamente.
14. O método empregado por Moisés não era nenhum outro senão o
método que foi acima descrito. Instruído em todos os Mistérios da religião
dos egípcios, ele os ministrou como mistérios para o seu próprio povo,
ensinando a seus iniciados o espírito dos hieróglifos celestes, e pedindo-lhes
que quando celebrassem festivais para Deus, que carregassem em procissão,
com músicas e danças, aqueles animais sagrados que fossem relacionados
com a dada ocasião, em vista do seu significado interior. E desses animais
ele especialmente designou machos de um ano, sem mancha ou defeito, para
significar que é necessário acima de todas as coisas que o homem dedique ao
Senhor seu intelecto e sua razão, e isso desde o começo e sem a menor
reserva.
(p. 221)
profetas têm falado, e em vão tem Cristo se manifestado. (1) Pois todo o
tema principal do ensinamento de Cristo e a moral da vida de Cristo, por
meio dos quais ele vindicou ao mesmo tempo a Lei e os Profetas, é que um
homem não pode ser salvo por nenhum ato de outro, ou por qualquer
processo que ocorra fora dele mesmo; que “ninguém pode por qualquer meio
redimir seu irmão, nem pagar a Deus um resgate por ele (pagar o seu preço)”
(Salmos 49:8); e que, portanto, nenhum tipo de oferenda queimada, ou de
oferenda pelos pecados, nem qualquer sacrifício físico ou material seja lá
qual for, pode salvar um homem de seus pecados e de suas conseqüências,
mas tão somente um coração humilde e arrependido, e um espírito puro
dentro do próprio homem, e uma vida de acordo com isso.
(p. 222)
(p. 223)
(p. 224)
20. Se nos for perguntado, qual a fonte, e qual a autoridade para essa
interpretação, responderemos que há apenas uma fonte e autoridade para a
verdade, e essa é a Alma do próprio homem, e que para obter acesso a esse
lugar, e conhecer a doutrina, é necessário fazer a Vontade do Pai, e viver a
vida pura que é requerida.
Pois a Alma vê divinamente, e nunca esquece aquilo que uma vez
aprendeu. E tudo o que ela conhece está a serviço daquele que para com ela
tem os devidos cuidados e a cultiva. Dela advém, diretamente e sem mescla
de adulteração humana, aquilo que recém foi dito. E não há nenhuma outra
fonte ou método de revelação divina.
Vivendo da maneira que o mundo vive hoje, ele não pode conhecer
as potencialidades da humanidade. Daí segue que ele diviniza uma espécie
mais adiantada, à custa do resto da raça, quando na verdade todos são
divinos, se apenas os deixarem assim ser. E a revelação é, tanto quanto a
razão, o atributo natural do homem. Que tão somente viva com pureza, e ele
reverterá a Queda.
NOTAS DE RODAPÉ
“Em resumo, não são dois Evangelhos, mas dois aspectos, o externo e o interno, de um
mesmo Evangelho. Pois o Budismo encontra sua tradução e complementação no
Cristianismo, e o Cristianismo encontra sua concepção e seu alicerce no Budismo”. [The
Living Truth in Christianity (A Verdade Viva no Cristianismo), pp. 26-27]
……………….
Se não fosse por Buda, não poderia ter havido Jesus, nem teria ele sido suficiente
para atender ao homem integral; pois o homem deve ter a Mente iluminada antes que as
Afeições possam ser despertadas. Nem teria sido o Buda completo sem Jesus. Buda
completou a regeneração da Mente; e por meio de sua doutrina e prática os homens são
preparados para a graça que vem por meio de Jesus. Motivo pelo qual nenhum homem
pode ser propriamente cristão, se não for também e primeiramente budista.
……………….
“Do mesmo modo que não fazia parte do projeto dos Evangelhos representar o
percurso inteiro do Homem Regenerado, também não fazia parte desse projeto fornecer,
no que diz respeito à vida e doutrina religiosa, um sistema integral e completo,
independentemente dos que o antecederam.
Por ter uma relação especial com o Coração e o Espírito do Homem, e dessa forma
com o núcleo da célula e com o Santo dos Santos do Tabernáculo, o Cristianismo, em sua
concepção original, delegou a regeneração da Mente e do Corpo (…), ou o dualismo
exterior do Microcosmo, a sistemas já existentes e amplamente conhecidos e praticados.
“Esses sistemas eram dois em número, ou melhor, eram como dois modos ou
expressões do sistema uno, cujo estabelecimento constituiu a “Mensagem” que antecedeu
o Cristianismo pelo período cíclico de seiscentos anos. Esse sistema era a Mensagem na
qual os “Anjos” estiveram representados em Gautama Buda e Pitágoras.
No caso desses dois profetas e redentores, praticamente contemporâneos, o
sistema era, tanto na sua doutrina quanto na sua prática, essencialmente um e o mesmo.
E suas relações com o sistema de Jesus, como seus necessários pioneiros e antecessores,
encontram reconhecimento nos Evangelhos na alegoria da Transfiguração.
E pela sua reunião no Monte está representada a união dos três elementos, e a
complementação de todo o sistema abrangido pelos três por Jesus, como o representante
do Coração ou daquilo que é Mais Interno, e, em um sentido especial, como o “amado
Filho de Deus”.
O Cristianismo, então, foi introduzido no mundo com uma relação especial com
as grandes religiões do Oriente, e sob a mesma regência divina. E muito longe de ser
concebido como um rival e suplantador do Budismo, ele era a direta e necessária
continuação desse sistema. E os dois são apenas partes de um todo contínuo e harmonioso,
no qual a parte que veio por último é somente o indispensável acréscimo e complemento
da parte que veio anteriormente”. [The Perfect Way; or, the Finding of Christ (O Caminho
Perfeito; ou, a Descoberta de Cristo), pp. 249-251]
……………….
“Pois o fato é que a doutrina de Buda, com suas Quatro Nobres Verdades, e seu
Nobre Óctuplo Caminho, sua ilimitada compaixão em relação a toda a vida senciente, seu
lógico ensinamento ético de desenvolvimento através da conquista de si mesmo e da
autocultura, sua simples e não obstante profunda análise do sofrimento e da tristeza com
o método da libertação desses (…), sua regeneração completa da mente, seus elevados
códigos de moralidade e padrão de tolerância, paz e caridade – essa doutrina é a
indispensável precursora e intérprete da doutrina de Cristo”. (A Verdade Viva no
Cristianismo, p. 26)
……………….
“… não fazia parte desse projeto [do Cristianismo original] fornecer, no que diz
respeito à vida e doutrina religiosa, um sistema integral e completo, independentemente
dos que o antecederam.
Esses sistemas eram dois em número, ou melhor, eram como dois modos ou
expressões do sistema uno, cujo estabelecimento constituiu a “Mensagem” que antecedeu
o Cristianismo pelo período cíclico de seiscentos anos. Esse sistema era a Mensagem na
qual os “Anjos” estiveram representados em Gautama Buda e Pitágoras.
(…) suas relações com o sistema de Jesus, como seus necessários pioneiros e
antecessores, encontram reconhecimento nos Evangelhos na alegoria da Transfiguração.
O Cristianismo, então, foi introduzido no mundo com uma relação especial com
as grandes religiões do Oriente, e sob a mesma regência divina. E muito longe de ser
concebido como um rival e suplantador do Budismo, ele era a direta e necessária
continuação desse sistema. E os dois são apenas partes de um todo contínuo e harmonioso,
no qual a parte que veio por último é somente o indispensável acréscimo e complemento
da parte que veio anteriormente.
Se não fosse por Buda, não poderia ter havido Jesus, nem teria ele sido suficiente
para atender ao homem integral; pois o homem deve ter a Mente iluminada antes de que
as Afeições possam ser despertadas. Nem teria sido o Buda completo sem Jesus. Buda
completou a regeneração da Mente; e por meio de sua doutrina e prática os homens são
preparados para a graça que vem por meio de Jesus. Motivo pelo qual nenhum homem
pode ser propriamente cristão, se não for também e primeiramente budista.
(…) Aqueles que buscam casar Buda a Jesus são do celestial e superior; e aqueles
que se interpõem ou se objetam ao casamento são do astral e do inferior”. [The Perfect
Way; or, the Finding of Christ (O Caminho Perfeito; ou, a Descoberta de Cristo), p. 249-
256]
……………….
……………….
O Egito foi apenas o foco de uma luz cuja verdadeira fonte e centro era o Oriente
em geral – Ex Oriente Lux. Pois o Oriente, em todos os sentidos, geograficamente,
astronomicamente e espiritualmente, é sempre a fonte de luz.
Portanto, a exposição que será feita sobre o Cristianismo Esotérico tratará mais
especificamente dos mistérios do Ocidente, uma vez que suas idéias e sua terminologia
são para nós mais atrativas e próximas do que as concepções não artísticas, a metafísica
não familiar, o espiritualismo melancólico e a linguagem pouco sugestiva do Oriente.
A Igreja cristã é católica, ou então ela não é nada que mereça, em absoluto, o nome
de Igreja. Pois católico significa universal, todo-abarcante: – a fé que sempre e em todos
os lugares foi recebida. A prevalecente visão limitada desse termo é errada e prejudicial.
……………….
O Sacerdotalismo não os vê como amigos, mas como rivais e inimigos; que não
devem ser entendidos, apreciados e – ao menos em parte – assimilados, mas que devem
ser ignorados, depreciados e contestados.
Essa atitude é justificada pelo Sacerdotalismo como sendo zelo por seus próprios
princípios particulares, mas isso, na verdade, não é nada mais que intolerância nascida da
ignorância.
Pois o fato é que a doutrina de Buda, com suas Quatro Nobres Verdades e seu
Nobre Óctuplo Caminho, sua ilimitada compaixão em relação a toda a vida senciente, seu
lógico ensinamento ético de desenvolvimento através da conquista de si mesmo e da
autocultura, sua simples e não obstante profunda análise do sofrimento e da tristeza, com
o método da libertação desses estando disponível a todos, sua regeneração completa da
mente, seus elevados código de moralidade e padrão de tolerância, paz e caridade – essa
doutrina é a indispensável precursora e intérprete da doutrina de Cristo. Em resumo, não
são dois Evangelhos, mas dois aspectos, o externo e o interno, de um mesmo Evangelho.
Pois o Budismo encontra sua tradução e complementação no Cristianismo, e o
Cristianismo encontra sua concepção e seu alicerce no Budismo.