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Existem vários modelos para citação nos artigos que vocês leram. Basta segui-los. No
site do ENPAC estão algumas dicas:
DANÚBIO SILVA
Acadêmico de Enfermagem
ÉRICA JULIANA
Acadêmica de Enfermagem
HESMONE BARROS
Acadêmica de Enfermagem
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Palavras-chave:
Introdução:
Fundamentação Teórica:
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De acordo com estudos epidemiológicos realizados no Brasil, “pelo menos
14,7% da população com mais de 40 anos é diabética” (PORTO, 2005). Diante desse
quadro preocupante da incidência de diabetes, considerado pela OMS (OMS, 2008)
como uma epidemia, foi percebida a necessidade que o profissional de enfermagem
deve ter frente a um paciente diabético.
O enfermeiro e sua equipe devem ser críticos e atuantes, executando suas
funções juntamente com os demais membros da equipe de saúde no sentido
de fornecer ao paciente o atendimento necessário, desde orientações básicas,
passando pelo tratamento até o controle e prevenção de complicações
(VASCONCELOS, 2008).
Vários estudos demonstram que as complicações do diabetes podem ser evitadas
ou retardadas quando existe um controle eficaz. Isso inclui medidas como manter uma
dieta saudável, fazer atividade física, evitar o sobrepeso e a obesidade e não fumar. O
cuidado preventivo não precisa envolver tratamentos ou medicamentos caros. A
“orientação para o cuidado e a inspeção habitual dos pés é um bom exemplo de método
de prevenção de baixo custo” (PORTO, 2005). Vale salientar que a prevenção para uma
determinada patologia é realizada em dois momentos:
Período pré-patológico: neste período é realizada a prevenção primária
com objetivo de prevenir o desencadeamento da doença.
Período patológico: realiza-se a prevenção secundária e terciária, onde,
têm seu objetivo de evitar que a doença evolua para um quadro
patológico mais complicado e promover uma reabilitação da patologia,
oferecendo assim ao paciente, o máximo de independência possível.
O diabetes constitui um problema que demanda urgentes ações de saúde
coletiva. Isso porque acomete todas as classes socioeconômicas, em especial a
população de baixa renda, que se destaca por não possuir condições suficientes para
submeter-se a um tratamento adequado o que caracteriza neste grupo maiores
complicações.
Os cuidados com o diabetes estão centrados na dieta, na realização de atividade
física e uso de medicamentos, o que de certa forma ocasiona transtorno à vida das
pessoas por exigir mudanças no seu estilo de vida. Para isso é importante que o paciente
conheça a doença, que tenha sido orientado por um profissional capacitado e que tenha
consciência da própria condição.
Para alcançar a adesão da sociedade a práticas saudáveis, a enfermagem terá que
levar em consideração os fatores de determinação social: idade, sexo, orientação sócio-
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cultural, sistema familiar, padrão de vida, estado de saúde, cujos exigem da enfermagem
diferentes forma de planejamento, execução e avaliação de planos para poder obter
êxito.
O tratamento do diabetes não envolve apenas diminuição da taxa de glicose, mas
também a redução geral dos fatores de risco para as complicações da doença, que
incluem o controle da pressão sangüínea e dos lipídios no sangue. Isto requer cuidado e
controle por toda a vida.
Apesar de a enfermagem ter destaque na prevenção de patologias, o controle
destas depende de políticas públicas que irão interferir nos níveis primário, secundário e
terciário de prevenção. Sendo assim, decisões políticas sobre transporte, planejamento
urbano, preço e regulamentação de propaganda dos alimentos, entre outros, podem
desempenhar um papel importante em reduzir os riscos da população em desenvolver o
diabetes e suas complicações.
O controle da glicemia nos usuários portadores de diabetes tem como objetivo
evitar a complicações agudas e crônicas, que são comuns ao Diabetes mellitus tipo 1 e
tipo 2. Dentre as complicações crônicas, a doença renal (microvascular) é mais
prevalente entre os pacientes com diabetes tipo 1, e as complicações cardiovasculares
(macrovasculares) são mais prevalentes entre pacientes idosos com diabetes tipo 2.
Caso o paciente desenvolva uma das complicações crônicas do Diabetes a
prevenção de enfermagem continua, embora que este fato exige da enfermagem a
mudança ou complementação da implementação do plano de enfermagem, por exemplo:
na retinopatia diabética: “o tratamento de enfermagem envolve implementar o plano
individualizado e realizar a educação do paciente. A educação focaliza a prevenção por
exames oftalmológicos e controle da glicose no sangue regulares e pelo autocontrole
dos regimes dos cuidados oculares.
Quando ocorre a perda da visão, o cuidado de enfermagem também deve
abordar o ajuste do paciente à visão. O cuidado de enfermagem também
deve abordar o ajuste do paciente à visão prejudicada e aos usos de
dispositivos de adaptação para o autocuidado como o Diabetes, bem como
em relação às atividades da vida diária (SMELTZER; BARE, 2005).
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Em relação ao Diabetes tipo 2, a produção de insulina é deficiente, o que
ocasiona a diminuição de resposta das células-alvo à insulina. Devido a essa
resistência, o hormônio não poderá exercer sua função de facilitador do
transporte de glicose através da membrana celular (WILMORE;
COSTILL,1999).
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obesos ou com sobrepeso, a principal orientação é a “restrição da ingestão calórica total
a fim de alcançar o peso adequado” (MAHAN; ESCOTT-STUMP, 2005).
Porém, “uma dieta com restrição de energia pode ter um efeito regulatório
importante sobre o controle da glicose em pessoas com diabetes tipo 2, independente de
quaisquer efeitos pela perda de peso” (KELLEY et al.,1993; WING et al.,1994).
Quando a ingestão energética é restrita, a hiperglicemia melhora mais rápida do que
com a perda de peso.
Além disso, “quando as calorias são aumentadas após a redução de peso, os
níveis de glicose aumentam independente de nenhuma recuperação de peso. Isto sugere
que a ingestão de energia é mais importante que a perda de peso” (VANCINI; LIRA,
2008).
Para integrar a terapia nutricional efetivamente no controle total do diabetes é
necessário um esforço coordenado de equipe, incluindo um nutricionista habilitado e
informado sobre a implementação dos princípios e recomendações atuais para o
diabetes e que proporcione educação de autotratamento nutricional eficaz.
Vale ressaltar que os pacientes portadores de diabetes apresentam algumas
limitações, principalmente os de idade avançada, mas que com um programa de
atividade direcionada para este tipo de população pode-se adquirir melhores
desempenhos. Sugere-se um “programa de atividade física direcionada e que venha
favorecer benefícios e adesão ao tratamento do Diabetes” (FLETCHER;
LAMENDOLA, 2004). Estudos epidemiológicos recentes mostram fortes evidências
que o exercício físico regular associado a uma dieta equilibrada diminui a incidência de
Diabetes. Infelizmente, ao redor de 60 a 80% das pessoas com Diabetes “não seguem as
prescrições mínimas para a manutenção da saúde que são 30 minutos de atividade física
acumulada com intensidade moderada, cinco dias por semana” (VANCINI;LIRA,
2004).
Segundo Rodrigues et al (2006-2007) em estudos realizados, verificou a
“prevalência de aspectos relacionados à atividade física de pacientes diabéticos
cadastrados no programa de saúde da família (PSF) do hiperdia”.
Um estudo exploratório de campo desenvolvido com um grupo de 17
portadores de diabetes, de forma voluntária, cadastrados no Programa
de Saúde da Família, no bairro do Cruzeiro no município de Cuitegí-
PB, no período de dezembro de 2006 a fevereiro de 2007, submetidos
a questionário estruturado com perguntas fechadas, com a colaboração
do agente comunitário de saúde da referida área. As orientações para a
participação do estudo obedeceram ao que preconiza a resolução
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196\96 do Ministério da Saúde, que trata de pesquisa com seres
humanos.
Os resultados constataram que: 94% estão na faixa etária acima de 50
anos, 59% são do sexo feminino, 62% casados, 71% analfabetos, 35%
descobriram a doença entre 3 a 5 anos antes, 82% não tinham
complicações crônicas porque praticavam algum tipo de atividade
física, 41% haviam sido internados, sendo que destes 54% eram
sedentários. Das atividades que os pacientes praticavam, as mais
referidas (cerca de 65%) eram as atividades diárias, tais como: tarefas
domésticas, com ênfase para lavar roupa, fazer a feira e trabalho
profissional como agricultor, dentre outras.
Foi concluído, que os aspectos de maior prevalência foram: faixa
etária acima de 50 anos (considerados idosos), casados, analfabetos,
que descobriram a doença entre 3 e 5 anos antes, sem complicações
crônicas pela prática de algum tipo de atividade física, com
internações e sedentarismo. Dentro deste grupo a prática da atividade
se resume às tarefas domésticas e profissional, sendo necessário um
programa específico adequado, principalmente para os pacientes
acima de 60 anos, vislumbrando a adesão aos exercícios enquanto
forma de controle para o portador de diabetes (RODRIGUES et al,
2006-2007).
De acordo com Vancini; Lira (2004), “os indivíduos diabéticos tipo 1 em geral
são jovens e freqüentemente inclinados ao esporte e a atividade física” , sendo a maior
meta do tratamento conduzir o paciente a ter uma vida normal, bastando para isso o
controle glicêmico. Deste modo, a atividade é bem recomendada, mas não sem risco de
hipoglicemia ou hiperglicemia. O paciente observará que a combinação de doses de
insulina, ingestão de carboidratos e a atividade física irão conduzi-lo a uma melhor
qualidade de vida e controle do diabetes. Quanto ao diabetes tipo 2, atividade física
regular reduz seu risco. Esse efeito protetor está correlacionado ao nível de atividade
física durante os anos prévios, especialmente durante a infância. A atividade física é
freqüentemente indicada no tratamento do diabetes tipo 2, ao lado de uma dieta
balanceada e terapia medicamentosa, entretanto alguns indivíduos nessas condições são
incapazes de manter uma atividade física regular. Além do mais, o esforço intenso pode
ser perigoso especialmente para pacientes com retinopatia, neuropatia, pressão arterial
elevada ou problemas cardíacos.
Combinados com os interesses pessoais e os objetivos do paciente, o “tipo de
atividade física é importante para motivar os indivíduos diabéticos a iniciarem um
programa de atividade física como também para sustentar esse hábito por toda vida”
(VANCINI; LIRA, 2004).
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Programas de atividade física para indivíduos com Diabetes sem complicações
ou limitações significativas devem incluir exercícios aeróbicos e resistidos apropriados
para desenvolver e manter a aptidão cardiorespiratória, a composição corporal, a força
muscular e a resistência muscular.
É recomendado o exercício que se possa fazer um bom controle da intensidade,
ser facilmente mantido e requerer pouca habilidade. Para esses indivíduos é importante
determinar um tipo de atividade que efetivamente possa maximizar o gasto energético,
já que a obesidade e o Diabetes estão freqüentemente associados.
A freqüência, a intensidade, a duração e o tipo de atividade física devem ser
prescritos com cautela e precisão. Quanto à freqüência, o American College Sports
Medicine, 2000 apud (VANCINI; LIRA, 2004) sugere que “os indivíduos devem estar
engajados um programa de exercícios pelo menos três dias consecutivos, cinco dias por
semana”. Isto para melhorar a resistência cardiorespiratória e atingir o gasto calórico
desejável. Em relação à intensidade, o ASCM, 2000 apud (VANCINI; LIRA, 2004),
recomenda para a maioria dos indivíduos com Diabetes, “o exercício de intensidade
baixa até moderada corresponde a 40-70% do VO 2max”. Em relação à duração,
inicialmente estes indivíduos devem iniciar com sessões de 10 a 15 minutos de duração
e progressivamente aumentar para 30 minutos para encontrar o gasto calórico
recomendado.
Em relação ao tratamento do paciente diabético, estudos comprovam que os
custos são bem elevados. De acordo com um estudo realizado por Vianna et al (2000), a
taxa média de hospitalização anual de pacientes diabéticos é sete vezes maior que a de
pacientes não diabéticos. Jacobs e colaboradores (1991) apud (VIANNA et al, 2000),
utilizando registros de pacientes do US National Hospital Discharge Survey,
identificaram que “pacientes diabéticos, quando comparados com não-diabéticos, são 15
vezes mais propensos à hospitalização por doença vascular periférica e 6 a 10 vezes por
doença isquêmica do coração e cerebrovascular”. A evidência disponível sobre o
impacto econômico do Diabetes mellitus na literatura, “está limitada aos estudos em
países industrializados e poucos estudos no Brasil” (IUNES, 1995 apud VIANNA et al).
Em relação às pesquisas realizadas na América Latina, vale ressaltar os
estudos desenvolvidos no Centro de Endocrinologia Experimental e
Aplicada da Universidade de La Plata, Argentina, confirmando o impacto da
doença para o sistema financiador dos serviços de saúde naquele país. Os
custos hospitalares representaram 64% dos custos totais e 81% dos custos
diretos com a doença.
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Kumar e colaboradores (1994) calcularam que os custos hospitalares
representam 37,2% dos custos totais para tratamento do diabético.
Considerações Finais:
Referências:
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MEDEIROS, Josimar dos Santos. Ensaios toxicológicos clínicos da farinha da casca
do maracujá-amarelo (Passiflora edulis f. flavicarpa Degener). João Pessoa, 2008.
89 p. Tese (Doutorado em Produtos Naturais e Sintéticos Bioativos) –
CCS/LTF/Universidade Federal da Paraíba.
PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 5. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2005.
SILVA da, Carlos A.; LIMA de, Walter C. Efeito Benéfico do Exercício Físico no
Controle Metabólico do Diabetes mellitus Tipo 2 à Curto Prazo, 2002
SKYLER, J.S. Diabetes mellitus: pathogenesis and treatment strategies. J Med Chem,
2004; 47; 4113-7.
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VANCINI, Rodrigo Luiz; LIRA, Claudio Andre Barbosa de. Aspectos gerais do
Diabetes mellitus e exercício. Centro de Estudos de fisiologia do exercício. 2004, 15p.
Disponível em: http://www.centrodeestudos.org.br/pdfs/Diabetes.pdf. Acessado em:
24/09/08.
VIANNA, C.M.M. et al. Análise do Custo Evitável das Internações decorrentes das
seguintes patologias: diabetes, hipertensão arterial, asma brônquica e
dislipidemias. Relatório Parcial. Rio de Janeiro: ANS, p. 1-19, setembro de 2001.
Disponível em: http://www.ppge.ufrgs.br/ats/disciplinas/2/vianna-souza-vianna-
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