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Ac.

00372-291/97-0 RO/RA

REINTEGRAÇÃO NO EMPREGO. ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DE


TRABALHO. CONTRATO DE EXPERIÊNCIA. Válido e eficaz o contrato de experiência,
inviável a manutenção da sentença, enquanto reconhece direitos que têm como pressuposto a
existência de contrato a prazo indeterminado.

(...) 02 - ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DE TRABALHO. Pretende-se a reforma


da sentença, enquanto determina a reintegração no emprego, com o conseqüente pagamento dos
salários e demais vantagens desde afastamento.
A Lei nº 8.213 de 27 de julho de 1991, em seu artigo 118, caput, assegura ao trabalhador que
sofreu acidente de trabalho, "pelo prazo mínimo de doze meses, a manutenção do seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de
percepção de auxílio- acidente".
Na espécie, os litigantes celebraram contrato a prazo determinado, na modalidade permitida pela
Consolidação, artigo 443, par. 2º, letra "c". Inicialmente, por trinta dias, contados de 16.10.96
(fls. 26/27). A 14.11.96 houve prorrogação por mais sessenta (60) dias, ou seja, até 13.01.97 (fl.
28).
É incontroverso tenha a autora sofrido acidente de trabalho a 12.12.96 (fl. 30). Esteve em
benefício previdenciário no período compreendido entre 27.12.96 a 31.01.97 (fl. 09). A extinção
do ajuste, por sua vez, deu-se a 13.01.97 (fl. 08).
O prazo do benefício previdenciário não tem o poder de influir na duração do ajuste a prazo
certo. Com efeito, o contrato por prazo determinado, frente à estipulação prévia de seu termo
final, torna-se incompatível com o instituto da estabilidade provisória do empregado que sofre
acidente de trabalho. A norma do artigo 118, "caput", da Lei nº 8.213/91 visa proteger o
trabalhador que sofre acidente de trabalho, contra a despedida arbitrária ou sem justa causa, ou
seja, entende-se que pressupõe o contrato por prazo indeterminado. O contrato de experiência,
como é sabido, extingue-se pelo advento de seu termo final. Ainda que a despedida tenha
ocorrido a 31.01.97, como se alega na inicial, melhor sorte não encontraria a recorrida, na medida
em que é incontroverso que a reclamante não cumpriu o ajuste após a cessação do auxílio-doença
- 31.01.97 -, de sorte que não há falar em prorrogação do ajuste que, no caso, se extinguiu
automaticamente pelo advento do termo final, na medida em que o evento - acidente de trabalho -
não pode produzir o efeito pretendido. Merece, pois, provimento o recurso para absolver a
reclamada da condenação imposta. As custas processuais revertem à reclamante, de cujo encargo
fica dispensada por se encontrar em Juízo ao abrigo do benefício da justiça gratuita.
Provido o recurso da ré, perde o objeto o Recurso Adesivo e, por conseqüência, não há o que
decidir sobre os honorários da Assistência Judiciária.

Ac. 00372.291/97-0 RO/RA


Julg.: 20.05.99 – 1ª Turma
Publ. DOE-RS: 07.06.99
Relatora: Maria Guilhermina Miranda

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