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Ac. 01126.

201/95-2 RO

AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL. Inaplicabilidade da norma constitucional que o assegura,


enquanto não editada norma regulamentadora da vantagem, eis que de eficácia contida a
regra insculpida no artigo 7º, inciso XXI da CF/88.

1. AVISO PRÉVIO PROPORCIONAL: (...) Com efeito, a norma constitucional em exame (art.
7º, inc. XXI, da Constituição Federal), não é auto-aplicável, à vista do que, inexistindo, até a
presente data, regulamentação à proporcionalidade nela prevista, não encontra respaldo jurídico
a pretensão da autora.
Data venia do posicionamento a quo, não prospera o argumento de que a proporcionalidade
deferida cinge-se a mero exercício de integração de normas, conforme estaria a facultar o art. 4º
da LICC. Ao revés, a decisão recorrida está a incorrer no vício da inconstitucionalidade, vez que
se arvora o julgador em poderes conferidos, por força da própria Lei Maior, exclusivamente ao
Poder Legislativo. Ademais, mesmo diante da omissão deste último em editar a lei ordinária que
se faz necessária para fins de aplicabilidade do supracitado dispositivo constitucional, não pode
o Judiciário avocar funções para as quais jamais esteve investido, tal como se afigura a função
legiferante. Deve, isto sim, em se tratando de aviso prévio, cingir-se ao limite de 30 dias
estabelecido pela Constituição da República, só podendo cogitar de prazos maiores, a esse
título, em sede de dissídio coletivo, hipótese esta alheia aos autos.
Relevante salientar que o indeferimento do pleito, à guisa de ausência de regulamentação, não
implica, em momento algum, a escusa de julgamento de que trata o art. 126 do CPC, mormente
quando a reclamante já se viu contemplada com a parcela do aviso prévio, satisfeita à razão de
30 dias, de forma indenizada (fl. 73).
Vale referir, ainda, que a analogia pretendida pela Inferior Instância, no sentido de que seja pago
à autora, a título da indigitada proporcionalidade, um mês de trabalho por ano de serviço, ou
fração igual ou superior a seis meses (item 3, fl. 467), nada mais representa do que a tentativa de
fazer ressurgir uma indenização por tempo de serviço, da qual estão afastados todos os
empregados que, a exemplo da demandante, se vejam submetidos ao regime do FGTS.
Assim, dá-se provimento ao recurso, no item, para absolver a reclamada da condenação no
pagamento de diferenças de aviso prévio pela consideração proporcional do tempo de serviço.

Ac. 01126.201/95-2 RO
Julg.: 11.03.99 – 5ª Turma
Publ. DOE-RS: 12.04.99
Relatora: Belatrix Costa Prado

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