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MESQUIDA, Peri.

Paulo Freire e Antonio Gramsci: a Filosofia da práxis na


ação pedagógica e na educação de educadores, Revista HISTEDBR On line,
Campinas, n. 43, p. 32-41, set2011 - ISSN: 1676-2584.

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Essa definição(educação) vai ao encontro das ideias de Gramsci (1975), em


que, para ele, “[...] há um nexo entre a escola e a vida e uma união entre a
palavra e a vida [...]. Na medida em que a prática pedagógica é uma ação
baseada fundamentalmente na palavra, a escola e a vida não podem estar
separadas”.(MESQUIDA, 2011, p. 34).

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Assim, a docência tem a ver diretamente com o papel do educador e, em
consequência disso, deve pautar-se em “[...] saber perguntar-se, saber quais
são as perguntas que nos estimulam e estimulam a sociedade. Perguntas
essenciais, que partam da cotidianidade, pois é nela onde estão as perguntas”
(FREIRE & FAUNDEZ, 1985, p. 25). Objetiva-se por essa prática que “[...] o
educando vá descobrindo a relação dinâmica, forte, viva, entre palavra e ação,
entre palavra-ação-reflexão” (FREIRE & FAUNDEZ, 1985, p. 26). Em tal
processo, ambos, educador e educando (juntos) aprendem, compreendem e
transformam o mundo.

Daí porque é possível dizer que, na escola, o nexo instrução-educação


somente pode ser representado pelo trabalho vivo do professor, na medida
em que o mestre é consciente dos contrastes entre o tipo de sociedade e de
cultura que ele representa e o tipo de sociedade e de cultura representado
pelos alunos, sendo também consciente de sua tarefa [...] (GRAMSCI, 1982,
p. 130).

“Nem a leitura apenas da palavra,nem a leitura somente de mundo, mas as


duas dialeticamente solidárias” (FREIRE,2009, p. 106). A intervenção do
educador é imprescindível para desafiar e estimular a curiosidade dos
estudantes para a compreensão e integração desses “conteúdos”
ou “objetos cognoscíveis” na construção de novos aprendizados, que num ciclo
gnosiológico nunca terminam, mas se (re)constroem constantemente.

a construção de umtrabalho pautado na concepção de que a Educação, dada


sua abrangência, é um ato político, social, cultural, antropológico, pedagógico e
deve ocorrer por meio de ações problematizadoras, em que os sujeitos
envolvidos – educador e estudante –, a partir da realidade (empírica) e da
articulação com os conhecimentos científicos, transformem seus saberes e
construam novos conhecimentos.

Em termos atuais, equivaleria a superar a separação entre a teoria e a


prática, entre o rigor e a ingenuidade [...]. Porque nem a ingenuidade, nem a
espontaneidade, nem o rigor científico vão transformar a realidade. A
transformação da realidade implica a união desses dois saberes, para
alcançar um saber superior que é o verdadeiro saber que pode transformarse
em ação e em transformação da realidade (FREIRE & FAUNDEZ, 1985,
p. 32).
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METODOLOGIA
Malinowski (1978, p. 21) propõe que os princípios do método podem ser
Agrupados em três Itens principais, que resumimos a seguir: O investigador
deve guiar-se por objetivos verdadeiramente científicos; (2)
deve providenciar boas condições para o seu trabalho, o que significa, em
termos gerais, viver efetivamente entre os nativos; (3) finalmente, deve
recorrer a um certo número de métodos especiais de recolha, manipulando
e registrando os seus dados (MARQUES, 2016, p. 267).

Nesse enfoque, utilizamos como instrumento para pesquisa empírica o


formulário com questões objetivas e abertas, que permitem aos pesquisados
apresentar suas percepções tanto de compreensão da pergunta quanto de
compreensão da temática formulada. Paralela à observação participante,
fizemos a análise interpretativa do Projeto do Curso Técnico em Vestuário -
PROEJA, reestruturado em 2014 e em execução desde o referido ano até o
momento atual.

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A análise interpretativa seguiu os passos da hermenêutica, a saber: a


percepção, a compreensão, a apreensão, a interpretação e a comunicação. No
momento da interpretação há que se dar atenção à crítica, “[...] isto é, [à]
necessidade de se lançar um juízo sobre o objeto/problema” (MESQUIDA,
2016, p.5). A hermenêutica é um método capaz de auxiliar o investigador a
buscar o sentido dos fenômenos estudados e compreendê-los, usando o
diálogo, o formulário e a interpretação como recursos metodológicos. Isso
permite ao investigador desenvolver um trabalho que tenha unicidade,
racionalidade e coerência.

A interpretação, tal como hoje a entendemos, se aplica não apenas aos


textos e à tradição oral, mas a tudo que nos é transmitido pela história:
desse modo falamos, por exemplo, da interpretação de um evento histórico
ou ainda da interpretação de expressões espirituais e gestuais, da
interpretação de um comportamento etc. Em todos esses casos, o que
queremos dizer é que o sentido daquilo que se oferece à nossa
interpretação não se revela sem mediação, e que é necessário olhar para
além do sentido imediato a fim de descobrir o “verdadeiro” significado que
se encontra escondido. Essa generalização da noção de interpretação
remonta a Nietzsche. Segundo ele, todos os enunciados provenientes da
razão são suscetíveis de interpretação, posto que o seu sentido verdadeiro
ou real nos chega sempre mascarado ou deformado por ideologias
(GADAMER, 2006, p. 19).

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