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Exemplo:
f : IR → IR Im( f ) = IR0+ (note-se que o quadrado de um número
x x2
é sempre não negativo)
12
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 13
P = ( x, f ( x )) e representa-se por:
{
Gr ( f ) = ( x, y ) ∈ IR 2 : x ∈ D f ∧ }
y = f (x )
Pergunta:
Dado um gráfico, como poderemos saber se representa o gráfico de uma função?
Resposta:
Note-se que na definição de uma função foi exigido que a cada elemento do domínio
correspondesse um único elemento do conjunto de chegada, ou seja, cada recta vertical do
plano pode intersectar o gráfico no máximo uma vez.
Definições:
Uma função f : D f ⊂ IR → B ⊆ IR diz-se
• Crescente se
x< y f (x ) ≤ f ( y ) ∀ x, y ∈ D f
• Estritamente crescente se
x< y f (x ) < f ( y ) ∀ x, y ∈ D f
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 14
• Decrescente se x < y f (x ) ≥ f ( y ) ∀ x, y ∈ D f
Definições:
Seja f : D f ⊂ IR → B ⊆ IR .
∀ y ∈ B ∃ x ∈ D f : f (x ) = y
Exemplos:
Função Imagem Sobrejectividade
1) ∴ f é sobrejectiva pois a
f : IR → IR Im( f ) = IR imagem coincide com o
x x conjunto de chegada.
2) ∴ f não é sobrejectiva pois
f : IR → IR Im( f ) = IR0+ a imagem ( IR0+ ) é diferente
x x2 do conjunto de chegada: IR .
3)
f : IR0+ → IR Im( f ) = IR0+ ∴ f não é sobrejectiva.
2
x x
4)
f : IR → IR0+ Im( f ) = IR0+ ∴ f é sobrejectiva.
2
x x
(⇔ f (x ) = f ( y ) x=y ∀ x, y ∈ D f )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 15
Exemplos:
Função x≠ y f ( x) ≠ f ( y ) Injectividade
1)
f : IR → IR x≠ y x ≠ y
∴ f é injectiva
f ( x) f ( y)
x x
2) f ( x) = f ( y ) ⇔ x2 = y2
f : IR → IR
⇔ x2 − y2 = 0
x x2 ∴ f não é injectiva
⇔ ( x − y )( x + y ) = 0
⇔ x = y ∨ x = −y
3) f ( x) = f ( y ) ⇔ x2 = y2 ∴ f é injectiva
f : IR0+ → IR
⇔ x2 − y2 = 0 (note-se que o caso
x x2
⇔ ( x − y )( x + y ) = 0 x = −y não pode
⇔ x = y ∨ x = −y ocorrer)
4) f ( x) = f ( y ) ⇔ x3 = y3
f : IR → IR
⇔ x = 3 y3 ∴ f é injectiva
x x3
⇔ x= y
Nota:
Graficamente, verifica-se que uma função é injectiva se qualquer recta horizontal
intersecta o gráfico, no máximo, uma vez.
2)
f : IR → IR ∴ f não é bijectiva porque não
x x
é sobrejectiva nem injectiva.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 16
3)
f : IR0+ → IR0+ ∴f é bijectiva pois é
x x2
sobrejectiva e injectiva.
Definições:
Uma função f : D f ⊂ IR → IR diz-se
• par se f (− x ) = f ( x ) ∀ x ∈ D f
Exemplo:
f : IR → IR
x x
Nota:
Qualquer função par é simétrica em relação ao eixo dos yy’s
• ímpar se f (− x ) = − f ( x ) ∀ x ∈ D f
Exemplo:
f : IR → IR
x x3
Nota:
Qualquer função ímpar é simétrica em relação à origem.
f)
Exemplos:
1) f ( x ) = sen( x ) é uma função periódica de período 2π .
sen( x + 2π ) = sen( x )
2) g ( x ) = tg (x ) é uma função periódica de período π .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 17
tg ( x + π ) = tg ( x )
3) h(x ) = tg (x ) também é uma função periódica de período 2π .
tg ( x + 2π ) = tg ( x)
Nota:
Se uma função é periódica de período T, o gráfico de f repete-se de T em T
unidades.
∃ L > 0 : f (x ) ≤ L ∀ x ∈ D f
Exemplo:
Função Imagem Limitada
Nota:
Se uma função é limitada, o todo gráfico de f está entre duas rectas horizontais,
por exemplo, entre y = − L e y = L .
Definições:
Dada uma função f : D f ⊂ IR → IR diz-se que
• f (c ) é um máximo (absoluto) de f se
f ( x ) ≤ f (c ) ∀ x ∈ D f .
• f (c ) é um mínimo (absoluto) de f se
f (c ) ≤ f ( x ) ∀ x ∈ D f .
Função afim
São as funções mais simples que aparecem: os seus gráficos representam rectas.
y = mx + b f ( x ) = y = mx + b
y = mx
b
m m declive
b ordenada na origem
1
f ( 0) = b
e a equação é:
y − y1 = m( x − x1 ) .
Nota:
Suponhamos que θ é o ângulo que a recta faz com o semi-eixo positivo do xx’s (no
sentido directo – contrário aos ponteiros do relógio) então também podemos calcular o
declive pela fórmula m = tg (θ ) .
Nota:
• Rectas paralelas têm o mesmo declive, m.
mr = ms
s
r Se as rectas r e s são perpendiculares
então
1
mr = −
ms
Exercícios:
1. Determine o declive e o ponto de intersecção com o eixo dos yy’s, das seguintes rectas:
1.1. 20 x − 24 y − 30 = 0 b) 2 x − 3 = 0 c) 4 y + 5 = 0
2. Explique porque é que a recta do exercício 1.b) não corresponde ao gráfico de uma
função.
Função Quadrática
Uma função quadrática é uma função definida por uma expressão do tipo:
f ( x ) = ax 2 + bx + c, a≠0
− b ± b 2 − 4ac
x=
2a
Nota:
• As funções quadráticas são funções não injectivas e não monótonas.
b 4ac − b 2
• O vértice de uma parábola é o ponto de coordenadas − , .
2a 4a
Exercício:
7
Determine os zeros da função f ( x) = x 2 + 2 x − e faça um esboço do seu gráfico.
2
Funções Polinomiais
Exemplos:
• f ( x) = x 3 + 2 x 2 + x + 1 (grau 3)
• g ( x) = x 5 + 7 x + 2 (grau 5)
• h( x) = 2 (grau 0)
1
• i ( x) = não é polinomial porque ....
x
Nota:
Para polinómios de grau ≥ 3 não existe uma fórmula simples para determinar os
zeros (para grau 3 e 4 existe mas é complicada). No entanto, às vezes é possível
determinar os zeros.
Exemplos:
• Determinar os zeros do polinómio p ( x) = x 3 − x 2 − 2 x
p ( x) = 0 ⇔ x3 − x 2 − 2x = 0
⇔ (
x ⋅ x2 − x − 2 = 0 )
⇔ x=0 ∨ x2 − x − 2 = 0
1± 1+ 8
⇔ x=0 ∨ x=
2
⇔ x=0 ∨ x = −1 ∨ x = 2
Funções racionais
Se p ( x), q ( x) são funções polinomiais, a função f : D ⊂ IR → IR com domínio
D = {x ∈ IR : q( x) ≠ 0 } definida por
p ( x)
f ( x) =
q ( x)
chama-se função racional.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 23
Exemplos:
1
• f ( x) = é racional
x
x +1
• g ( x) = é racional
x2 + 2
• h( x) = x não é racional (porque …
Zeros
p ( x)
Se f ( x) = é uma função racional
q ( x)
então
f ( x) = 0 ⇔ p ( x) = 0 ∧ q ( x) ≠ 0
Funções irracionais:
Seja p ( x) um polinómio.
As funções irracionais são funções do tipo:
f ( x) = [
n p ( x) ]
m
onde n ∈ IN e m ∈ .
Exemplos:
• f ( x) = x é irracional
• g ( x) = (
3
x2 + 3 )
−7
é irracional
• Se n é par e m > 0 : D f = {x ∈ IR : p ( x) ≥ 0}
• Se n é ímpar e m > 0 : D f = IR
• { }
Se n é par e m < 0 : D f = x ∈ IR : p ( x) ≥ 0 ∧ n p ( x) ≠ 0 = {x ∈ IR : p ( x) > 0}
• Se n é ímpar e m < 0 : D f = {x ∈ IR : p ( x) ≠ 0}
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 24
− x2 se x<0
h( x) = 2 − 2 x se 0 ≤ x <1
ln( x ) se x ≥1
Exemplo:
x se x≥0
Outra função definida por ramos é a função módulo: x = cujo
−x se x<0
gráfico é:
Exercício:
x2 − 4 se x≥2
Seja f ( x ) = . Determine o seu domínio.
ln (− x − 2) se x < −2
Resolução:
D
f
{ (
= x ∈ IR : x 2 − 4 ≥ 0 ∧ x≥2 ) ∨ (− x − 2 > 0 ∧ }
x < −2 )
= {(]− ∞,−2] ∪ [2, ∞[) ∩ [2, ∞[} ∪ {]− ∞,−2[ ∩ ]− ∞,−2[}
= [2, ∞[ ∪ ]− ∞,−2[
= ]− ∞,−2[ ∪ [2, ∞[
= IR \ [− 2,2[
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 25
Soma de funções
Considere f ( x ) = ln( x ) e g (x ) = e x .
Pergunta:
Para que valores de x faz sentido falar na soma f ( x ) + g ( x ) ?
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas.
Logo, ( f + g )(x ) = f ( x ) + g (x ) = ln( x ) + e x , se x>0
Diferença de funções
Considere f (x ) = ln(x ) e g (x ) = 2 − x .
f (− 1) − g (− 1) = ? f (3) − g (3) = ?
Pergunta:
Para que valores de x faz sentido falar na diferença f (x ) − g ( x ) ?
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas.
Logo, ( f − g )(x ) = f (x ) − g (x ) = ln (x ) − 2 − x , se x ∈ ]0, 2]
f − g : D f ∩ Dg → IR
x f (x ) − g ( x )
Produto de funções
Considere f (x ) = ln( x 2 − 4) e g (x ) = x .
( )
Temos, f (4 ) ⋅ g (4 ) = ln 4 2 − 4 ⋅ 4 = 2 ln(12 )
f (2 ) ⋅ g (2 ) = ? f (− 3) ⋅ g (− 3) = ?
Pergunta:
Para que valores de x faz sentido falar no produto f (x ) ⋅ g (x ) ?
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas.
(
Logo, ( fg )(x ) = f (x ) ⋅ g (x ) = x ln x 2 − 4 , ) se x>2
Quociente de funções
1
Considere f ( x ) = e x +1
e g (x ) = cos(x ) .
f (0 ) e 2e
Temos, = = = 2e
g (0 ) cos(0 ) 1
f (− 1)
=?
( 2) = ?
f π
g (− 1) g (π )
2
Pergunta:
f (x )
Para que valores de x faz sentido falar no quociente ?
g (x )
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas e que não anulem a função do denominador.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 27
f
( x ) = f (x ) = e π
x +1
Logo se x ∈ IR \ {− 1} ∪ + 2kπ , k ∈ Z
g g (x ) cos( x ) 2
Composição de funções
Sejam f e g duas funções com domínios D f e Dg , respectivamente tais que
Im( f ) = CD f ⊆ D g f
f (x )
x
g g ( f ( x ))
g f
1. calcular f ( x ) ;
2. calcular a imagem de f (x) pela função g , i.e., g ( f ( x ) ) .
Nota:
• Só é possível calcular 1. se x pertencer ao D f ; e só é possível calcular 2. se
Consequentemente D g f é
Dg f = {x ∈ IR : x ∈ D f ∧ f ( x ) ∈ Dg }
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 28
• A maior parte das funções com que trabalhamos são funções compostas. Por
exemplo, a função sen x 2 ( ) pode ser encarada como a composta da função
g ( x ) = sen(x ) com f ( x ) = x 2 .
( )
De facto, sen x 2 = (g f )(x ) = g ( f ( x) ) = g x 2 = sen( x 2 ) . ( )
Usando as mesmas funções podemos verificar que a função sen 2 ( x ) também pode
ser encarada como composta de duas funções. (Faça as contas!!!)
• Não confundir:
f ≠ f .f = ( f )
2
f2= f
Exemplos:
1
1) Seja f ( x ) = e x −3 e g ( x ) = log 2 x . Determine o domínio e a expressão analítica das
funções f g e g f .
Resolução:
D f = IR \ {3} Dg = IR +
Df g = {x ∈ IR : x ∈ D g ∧ g (x ) ∈ D f }
{
= x ∈ IR : x ∈ IR + ∧ log 2 x ≠ 3 }
= {x ∈ IR : x ∈ IR + ∧ x ≠ 23 }
= IR \ {8}
+
(f g )( x ) = f ( g ( x )) = f (log 2 x ) = e log 2 x − 3
Dg f = {x ∈ IR : x ∈ D f ∧ f (x ) ∈ D g }
1
= x ∈ IR : x ≠ 3 ∧ e x −3 > 0
= {x ∈ IR : x ≠ 3}
= IR \ {3}
1 1
log 2 e 1
(g f )( x ) = g ( f ( x )) = g e x −3 = log 2 e x −3 = =
x − 3 ( x − 3) ln 2
Resolução:
D f = IR0+ D g = IR
Dg f = {x ∈ IR : x ∈ D f ∧ f ( x) ∈ D g }
{
= x ∈ IR : x ∈ IR0+ ∧ x ∈ IR }
= {x ∈ IR : x ≥ 0}
= IR0+
(g f )( x) = g ( f ( x) ) = g ( x )= ( x ) 2
=x
Nota:
• Atenção: no exemplo anterior, embora h( x) = x = ( g f )( x) , temos que D g f = IR0+
Exercício:
Caracterize as funções f g e g f .
a) considerando f ( x ) = 1 − x e g ( x ) = x 2 ;
b) considerando f ( x ) = x + 2 e g ( x ) = ln( x + 1) .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 30
Translações horizontais:
Seja f uma função real de variável real, c uma constante real qualquer, e, seja g uma função
afim, f.r.v.r., definida por g ( x ) = x − c . Comparando o gráfico da função f com o da função
Exemplos:
1. Consideremos f (x ) = ln (x ) e g (x ) = x − 2 , f g ( x ) = f ( x − 2) .
Note-se que f ( x − 2 ) obtém-se a partir de f (x ) fazendo uma translação horizontal de 2
unidades para a direita. Comparemos os gráficos:
f (x ) = ln(x ) f g (x ) = f (x − 2 ) = ln ( x − 2)
g (x ) = f (x − 2 ) = ln ( x − 2)
y
y
2.5 y 2.5
2.5
f
0
0 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x x
x
-2.5
-2.5 -2.5
-5
-5
-5
f (x ) = ln(x ) f g (x ) = f (x + 2 ) = ln (x + 2 )
y y
2.5 2.5
0 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6
x x
-2.5 -2.5
-5
-5
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 31
Translações verticais:
Seja f uma função real de variável real qualquer, e, seja g uma função, f.r.v.r., afim definida
Exemplos:
1. Consideremos f ( x ) = ln(x ) e g (x ) = x + 1 . Note-se que g f ( x ) = f (x ) + 1 = ln ( x ) + 1
obtém-se a partir de f ( x ) fazendo uma translação vertical de 1 unidade para cima.
Comparemos os gráficos:
f (x ) = ln(x ) y g f (x ) = f (x ) + 1
4
y 3
2.5
2
1
0
0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
x -1
x
-2.5 -2
-3
-4
-5
-5
f (x ) = ln(x ) g f ( x ) = f ( x ) − 1 = ln( x) − 1
y y 3
2.5
2
1
0
0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
x -1
x
-2.5 -2
-3
-4
-5
-5
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 32
Exemplo:
x x x x
Consideremos f ( x ) = x(x − 1)( x + 3) e g ( x) = . Note-se que f g (x ) = −1 +3
2 2 2 2
obtém-se a partir de f (x ) “esticando” o eixo dos xx´ s . Comparemos os gráficos:
f ( x ) = x( x − 1)(x + 3) x x x
f g (x ) = −1 +3
2 2 2
Exemplo:
Consideremos f ( x ) = x( x − 1)( x + 3) e g (x ) = 2 x . Note-se que
Exemplo:
Consideremos f (x ) = (x − 1)(x + 1)(x + 3) e g (x ) = 2 x . Note-se que
2 4
2
0
0
-3 -2 -1 0 1
x -2 x
-2
-4
-6
-4
Exemplo:
1
Consideremos f (x ) = ( x − 1)( x + 1)( x + 3) e g (x ) = . Note que
2
g f (x ) =
(x − 1)(x + 1)(x + 3) obtém-se a partir de f (x ) “encolhendo” o eixo dos yy´ s .
2
Comparemos os gráficos:
f (x ) =
(x − 1)(x + 1)(x + 3)
f (x ) = (x − 1)(x + 1)(x + 3) g
2
4 y
4 y
2 2
0 0
-3 -2 -1 0 1 -3 -2 -1 0 1
x x
-2 -2
-4 -4
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 34
Exemplo:
Comparemos os gráficos:
g ( x) = f ( x)
f ( x ) = x( x − 1)(x − 3)
y y
4 4
2 2
0
0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
-2 x
-2
-4
-4
fazendo a composição f g ( x) = f ( x ) :
Exemplo:
f (x )
f ( x ) = x( x − 1)(x − 3)
y
y 4
4
2
2
0
0 -3 -2 -1 0 1 2 3 4
-3 -2 -1 0 1 2 3 4 x
-2
x
-2
-4
-4
Seja f uma função injectiva. Sejam D f e Im( f ) respectivamente o domínio e a imagem (ou
(f g )( x ) = x ∀ x ∈ Im( f )
(g f )(x ) = x ∀ x ∈ Df
−1
chama-se função inversa de f e escreve-se g = f .
Nota:
−1
• Só podemos definir f se f for injectiva (num determinado domínio);
−1 −1
• Se f é a inversa de f então f é a inversa de f ;
−1
• Im( f ) = Df .
P2 = ( y , x )
f
−1
f
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 36
x+ y y+x
pontos é o ponto M = , que é um ponto que pertence à recta y = x . Podemos
2 2
−1
concluir, então que os gráficos de f e f são simétricos relativamente à recta y = x .
Pergunta:
Porque é que só podemos definir função inversa para funções injectivas?
Resposta:
Repare que se f não for injectiva acontece, pelo menos uma vez, a seguinte situação:
x1 , x 2 ∈ D f , x1 ≠ x 2 e f ( x1 ) = y = f ( x 2 )
−1
e então a função inversa, f , terá de enviar y em x1 e x 2 , ao mesmo tempo, isto é,
( x1 , y ) y = f ( x1 ) x1 = f −1 ( y ) ( y , x1 ) −1
∈ Gr ( f ) ⇔ ⇔ ⇔ ∈ Gr ( f )
( x2 , y) y = f ( x2 ) x 2 = f −1 ( y ) ( y, x 2 )
−1
e portanto f tem duas imagens para o seu objecto y. Mas isto contraria a definição de
função, consequentemente isto não poderá acontecer, ou seja, f tem de ser injectiva para que
−1
exista a função f .
Não confundir!!!
1
f −1
(x ) com
f (x )
1
representa ( f )
−1 −1
f designa a inversa f enquanto
f
Exemplo:
Caracterização inversa:
f −1
: Im( f ) = IR0+ → [4,+∞[
x x2 + 4
Nota:
Por definição de função inversa temos D f −1 = Im( f ) ;
Contudo só podemos fazer isto quando a expressão analítica de f −1 define, por si só,
uma função injectiva. (Nota, uma função inversa é sempre injectiva, o que pode não ser
−1
injectiva é uma função que tenha a mesma expressão analítica de f ). Por exemplo, no
que D( x 2 + 4) = IR , ou seja, a expressão analítica da função inversa, por si só, não verifica
IR = D( x 2 + 4) = Im( f ) = IR0+ , mas isto acontece porque, por si só, a expressão analítica de f −1
,
( x 2 + 4) , não é injectiva.
Exercício:
x+2
Verifique que a função f ( x ) = coincide com a sua inversa.
2x −1
(Sugestão: calcular f f ).
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 38
Função exponencial:
x x x
1 3 1
Exemplos destas funções são f ( x ) = 2 x ; g ( x ) = ; h( x ) = ; i(x ) = 2 − x = ;
3 2 2
Nota:
• O número “ e ” é irracional ( e = 2,7182818284 5 ), e é conhecido por
constante de Euler
n
x
• lim 1 + = ex
n → +∞ n
• Domínio: D f = IR
f (x ) = a x
• Contradomínio: Im( f ) = IR +
• Zeros: não tem zeros.
• f (0 ) = 1 (⇔ a0 = 1 )
• O gráfico de f passa no ponto (0,1)
• Injectiva
• Estritamente crescente, em particular se x > 0 ax >1
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 39
Se 0 < a < 1
• Domínio: D f = IR
f (x ) = a x
• Contradomínio: Im( f ) = IR +
• Zeros: não tem zeros.
• f ( 0) = 1
Função logaritmo:
Nota:
• log a ( x ) representa o número y pelo qual se eleva a de modo a obter x , isto é,
log a (x ) = y ⇔ ay = x
Desta equivalência resulta também que
x=a
loga ( x )
e ( )
log a a y = y
• Notação:
log a (x ) logaritmo de base a
log( x ) logaritmo de base 10
• Domínio: D f = { x ∈ R : x > 0} = R +
f ( x ) = log a ( x )
• Contradomínio: Im( f ) = IR
Se 0 < a < 1
+
• Domínio: D f = {x ∈ R : x > 0} = R
• Contradomínio: Im( f ) = IR
x
• log a = log a (x ) − log a ( y )
y
• log a (1) = 0
ln ( x )
• log a ( x ) = (fórmula de mudança de base)
ln (a )
ln (x ) ln (x )
Em particular, log 1 ( x ) = = = − ln (x )
e 1 ln (1) − ln (e )
ln
e
Exercícios:
2. O lucro L (em euros) obtido na venda de uma peça depende do número x de unidades
produzidas mensalmente. Esta relação é dada por
x
L( x) = log 10 + .
4
a. Se a fábrica tiver a capacidade de produzir entre 500 e 800 unidades por mês, entre
que valores variará o lucro obtido em cada peça?
b. Qual deverá ser o número de unidades produzidas num mês para que o lucro unitário
seja 3 ?
3. Seja f ( x) = ln(4 − x 2 ) .
a. Indique o domínio e contradomínio.
b. Classifique-a quanto à injectividade, monotonia e paridade.
c. Considere a função f definida em [0, 2 [. Caracterize a sua inversa (isto é, indique o
−1
domínio e expressão analítica que define f )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 42
a hipotenusa
cateto oposto b
α
c B
A
cateto adjacente
Seja α = ABˆ C , a = BC , b = AC , c = AB
Define-se:
sen(α ) b 1 cos(α ) c
tgα = = cotg α = = =
cos(α ) c tg (α ) sen(α ) b
θ radianos 0 π π π π π
6 4 3 2
senθ 0 1 2 3 1 0
2 2 2
cosθ 1 3 2 1 0 -1
2 2 2
tgθ 0 3 1 3 - 0
3
cotg θ - 3 1 3 0 -
3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 43
1). −π = π
α
0 = 2π
sen(α ) corresponde ao valor da
ordenada do ponto que resulta da
intersecção entre a circunferência e o
segmento que determina o ângulo com o
−π/2 = 3π/2
eixo dos xx’s (medido no sentido
contrário ao dos ponteiros do relógio), de acordo com a figura ao lado.
seguintes relações:
+ +
(i) sen(α ) = sen(π − α ) e P = (cos α , sen α )
sen α = sen (π−α)
(ii) sen( −α ) = − sen(α )
π −α
α
Notar que a função seno toma valores −π = π 0 = 2π
Exemplo:
5π
∈ 3º quadrante
4
5π (i ) 5π π (ii ) π 2
sen = sen π − = sen − = − sen =−
4 4 4 4 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 44
f : IR → IR
x sen( x)
O seu gráfico é
• Domínio: IR;
• Contradomínio: Im( f ) = [− 1,1] ;
• Injectividade: não injectiva;
• Zeros: x = kπ , k ∈ Z ;
Função arcsen:
Consideremos a função
f : IR → [− 1,1]
x sen( x )
Esta função não é injectiva
Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
( sen( x ) = 0 ⇔ x = kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.
Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função seno seja
injectiva (chamada restrição principal):
π π
g: − , → [− 1,1]
2 2
x sen( x)
cujo gráfico é:
−1
Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .
π π
Então g −1 tem por domínio [− 1,1] , imagem − , e a cada x ∈ [− 1,1] faz
2 2
corresponder o ângulo (ou arco) cujo seno é x , que se representa por arcsen(x ) .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 46
π π
g −1 : [− 1,1] → −,
2 2
x arcsen( x)
cujo gráfico é
π/2
−1 1
x
−π/2
π π
• Imagem: − , ;
2 2
• Injectividade: injectiva;
• Zeros: x = 0 ;
• Paridade: ∀x arcsen( − x) = −arcsen( x) ( arcsen é uma função ímpar);
• Monotonia: estritamente crescente;
π π
• Limitada: ∀x − ≤ arcsen ( x) ≤ ;
2 2
• Máximo em x = 1 ;
• Mínimo em x = −1 ;
Nota:
• O arcsen( x) é o valor real y tal que sen( y ) = x , onde x ∈ [− 1,1] , ou seja:
arcsen( x) = y ⇔ sen( y ) = x
• sen(arcsen( x )) = x onde − 1 ≤ x ≤ 1 ;
π π
• arcsen(sen( x )) = x onde − ≤x≤ .
2 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 47
Exemplos:
1 1
• sen arcsen =
2 2
π π
• arcsen sen =
2 2
2π 3 π 2π π π
• arcsen sen = arcsen = pois ∉ − , ;
3 2 3 3 2 2
Exercício:
Considere a função f definida em IR por:
π x
f ( x) = cos + 2arcsen
4 2
Determine o domínio e contradomínio de f . Caracterize a inversa.
Resolução:
x
D f = x ∈ IR : −1 ≤ ≤ 1 = {x ∈ IR : −2 ≤ x ≤ 2}= [− 2,2]
2
Determinemos o contradomínio de f :
x
−2≤ x ≤ 2 ⇔ −1 ≤ ≤1
2
x
⇔ arcsen(−1) ≤ arcsen ≤ arcsen(1)
2
(notar que a função arcsen é crescente )
π x π
⇔ − ≤ arcsen ≤
2 2 2
x
⇔ − π ≤ 2arcsen ≤π
2
π π x π
⇔ cos − π ≤ cos + 2arcsen ≤ cos +π
4 4 2 4
2 π x 2
⇔ − π ≤ cos + 2arcsen ≤ +π
2 4 2 2
2 2
Logo, Im( f ) = −π, +π
2 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 48
(exercício)
Comecemos por determinar a expressão analítica da inversa:
π x x π
cos + 2arcsen =y ⇔ 2arcsen = y − cos
4 2 2 4
x y 2
⇔ arcsen = −
2 2 4
x y 2
⇔ sen arcsen = sen −
2 2 4
x y 2
⇔ = sen −
2 2 4
y 2
⇔ x = 2sen −
2 4
Portanto
2 2
f −1
: −π, +π → [− 2,2]
2 2
x 2
x 2 sen −
2 4
Exercício:
π
Dada a função: f ( x) = + 2arcsen 2 x − 1 .
3
Calcule D f e CD f . Verifique que f não tem zeros.
Resolução:
D f = {x ∈ IR : 2 x − 1 ≤ 1} = {x ∈ IR : −1 ≤ 2 x − 1 ≤ 1}
= {x ∈ IR : 0 ≤ 2 x ≤ 2}
= {x ∈ IR : 0 ≤ x ≤ 1}
= [0,1]
Determinemos a imagem de f :
0 ≤ x ≤ 1 ⇔ 0 ≤ 2x − 1 ≤ 1
π π π
⇔ + 2arcsen(0 ) ≤ + 2arcsen( 2 x − 1 ) ≤ + 2arcsen(1)
3 3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 49
π 4π
Logo, Im( f ) = ,
3 3
Vejamos agora que f não tem zeros:
π
f ( x) = 0 ⇔ + 2arcsen 2 x − 1 = 0
3
π
⇔ arcsen 2 x − 1 = −
6
π
⇔ sen(arcsen 2 x − 1 ) = sen −
6
1
⇔ 2x − 1 = −
2
f não tem zeros, pois a função módulo é sempre não negativa (isto é, ≥ 0 ).
Exercício:
Considere a função real de variável real definida por:
1
f ( x ) = arcsen
x +1
a) Verifique que D f = ]− ∞,−2] ∪ [0,+∞[ .
b) Determine a imagem de f
−1
c) Caracterize a função inversa de f , f .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 50
Função cos:
π−α π+α
α
α
Exemplo:
4π
∈ 3º quadrante
3
4π 4π π π 1
cos = − cos π − = − cos − = − cos =−
3 3 3 3 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 51
O seu gráfico é
• Domínio: IR;
• Contradomínio: Im( f ) = [− 1,1] ;
• Injectividade: não injectiva;
π
• Zeros: x = + kπ , k ∈ Ζ ;
2
• Paridade: ∀x cos(− x) = cos(x) (co-seno é uma função par);
• Mínimos: em x = π + 2kπ , k ∈ Ζ .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 52
Função arccos
Consideremos a função
f : IR → [− 1,1]
x cos( x)
Esta função não é injectiva
Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
π
( cos( x ) = 0 ⇔ x= + kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.
2
Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função co-seno seja
injectiva (chamada restrição principal):
g: [0, π ] → [− 1,1]
x cos( x)
cujo gráfico é:
−π/2 π/2 π x
−1
Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .
Então g −1 tem por domínio [− 1,1] , imagem [0, π ] e a cada x ∈ [− 1,1] faz corresponder o
g −1 : [− 1,1] → [0, π ]
x arccos( x)
cujo gráfico é
−1 1 x
• Domínio: [− 1,1] ;
• Imagem: [0, π ] ;
• Injectividade: injectiva;
• Zeros: x = 1 ;
• Paridade: nem é par nem é ímpar;
• Monotonia: estritamente decrescente;
• Limitada: ∀x ∈ [− 1,1] 0 ≤ arccos ( x) ≤ π ;
• Máximo em x = −1 ;
• Mínimo em x = 1 ;
Nota:
• O arccos( x) é o valor real y tal que cos( y ) = x , onde x ∈ [− 1,1], ou seja:
arccos( x) = y ⇔ cos( y ) = x
• cos(arccos( x )) = x onde − 1 ≤ x ≤ 1 ;
• arccos(cos( x )) = x onde 0 ≤ x ≤ π .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 54
Exemplos:
1 1
• cos arccos =
3 3
π π
• arccos cos =
6 6
7π 3 5π 7π
• arccos cos = arccos − = pois ∉ [0, π ];
6 2 6 6
Exercício:
Considere a função f definida por:
π
f ( x) = arccos 2 x − 1
3
Determine o domínio e contradomínio de f . Caracterize a inversa, caso exista.
Resolução:
D f = {x ∈ IR : 2 x − 1 ≤ 1} = {x ∈ IR : −1 ≤ 2 x − 1 ≤ 1}
= {x ∈ IR : 0 ≤ 2 x ≤ 2}
= {x ∈ IR : 0 ≤ x ≤ 1}
= [0,1]
Determinemos o contradomínio de f :
0 ≤ x ≤1 ⇔ 0 ≤ 2x ≤ 2
⇔ − 1 ≤ 2x − 1 ≤ 1
⇔ 0 ≤ 2x − 1 ≤ 1
⇔ arccos(0) ≥ arccos 2 x − 1 ≥ arccos(1)
(notar que a função arccos é decrescente)
π
⇔ 0 ≤ arccos 2 x − 1 ≤
2
π π2
⇔ 0≤ arccos 2 x − 1 ≤
3 6
π2
Logo, Im( f ) = 0,
6
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 55
Exercício:
arccos(2 x + 1)
Dada a função: f ( x) = 1 − .
2
a) Calcule D f e CD f .
Resolução:
a)
D f = {x ∈ IR : −1 ≤ 2 x + 1 ≤ 1} = {x ∈ IR : −2 ≤ 2 x ≤ 0}
= {x ∈ IR : −1 ≤ x ≤ 0}
= [− 1,0]
Determinemos a imagem de f :
− 1 ≤ x ≤ 0 ⇔ − 1 ≤ 2x + 1 ≤ 1
⇔ arccos(−1) ≥ arccos(2 x + 1) ≥ arccos(1)
⇔ 0 ≤ arccos(2 x + 1) ≤ π
arccos(2 x + 1) π
⇔ 0≥− ≥−
2 2
π arccos(2 x + 1)
⇔ 1− ≤1− ≤1
2 2
π
Logo, Im( f ) = 1 − ,1
2
b) f é uma função injectiva porque é composta de funções injectivas.
arccos(2 x + 1) arccos(2 x + 1)
1− =y ⇔ = 1− y
2 2
⇔ arccos(2 x + 1) = 2(1 − y )
⇔ 2 x + 1 = cos(2 − 2 y )
− 1 + cos(2 − 2 y )
⇔ x=
2
Portanto π
f −1 : 1− ,1 → [− 1,0]
2
− 1 + cos (2 − 2 x )
x
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 56
c) Estudemos os zeros de f
arccos(2 x + 1)
f ( x) = 0 ⇔ 1 − =0
2
arccos(2 x + 1)
⇔ =1
2
⇔ arccos(2 x + 1) = 2
⇔ 2 x + 1 = cos(2 )
− 1 + cos(2 )
⇔ x=
2
− 1 + cos(2 )
f tem um zero em x = .
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 57
Função tangente
α
−α
tg (−α ) = −tg (α ) tg (π − α ) = tg (− α )
Exemplo:
2π
∈ 2º quadrante
3
2π π π π
tg = tg π − = tg − = −tg = 3
3 3 3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 58
π
f : IR \ + kπ , k ∈ Ζ → IR
2
x tg ( x)
À função f dá-se o nome de função tangente.
(Nota: x é a medida de um ângulo em radianos)
O seu gráfico é
π
• Domínio: IR \ + kπ , k ∈ Ζ ;
2
• Contradomínio: IR;
• Injectividade: não injectiva;
• Zeros: x = kπ , k ∈ Z ;
• Paridade: ∀x tg (− x) = −tg ( x) (tangente é uma função ímpar);
Consideremos a função
π
f : IR \ + kπ , k ∈ Ζ → IR
2
x tg ( x)
Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
( tg (x ) = 0 ⇔ x = kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.
Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função tangente seja
injectiva (chamada restrição principal):
π π
g: − , → IR
2 2
x tg ( x)
cujo gráfico é:
Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .
π π
Então g −1 tem por domínio IR , imagem − , e a cada x ∈ IR faz corresponder o
2 2
ângulo (ou arco) cuja tangente é x , que se representa por arctg ( x ) .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 60
π π
g −1 : IR → − ,
2 2
x arctg ( x)
cujo gráfico é
π/2
π/4
−1 1 x
−π/4
−π/2
• Domínio: IR ;
π π
• Contradomínio: − , ;
2 2
• Injectividade: injectiva;
• Zeros em x = 0 ;
• Paridade: ∀x arctg (− x) = −arctg ( x ) ( arctg é uma função ímpar);
• Monotonia: estritamente crescente;
π π
• Limitada: ∀x − < arctg ( x) < ;
2 2
• Máximos: não tem;
• Mínimos: não tem;
Nota:
• O arctg ( x ) é o valor real y tal que tg ( y ) = x , onde x ∈ IR , ou seja:
arctg ( x) = y ⇔ tg ( y ) = x
• tg (arctg ( x )) = x onde x ∈ IR ;
π π
• arctg (tg ( x )) = x onde − ≤x≤ .
2 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 61
Exemplos:
1 1
• tg arctg =
7 7
π π
• arctg tg =
6 6
7π π π π 7π π π
• arctg tg = arctg tg π + = arctg tg = pois ∉ − , .
6 6 6 6 6 2 2
Exercício:
1
Considere a função definida por f ( x ) = arctg .
1 − 2x
Determine o domínio e contradomínio de f. Caracterize a inversa, caso exista.
Resolução:
1 1
D f = x ∈ IR : ∈ IR = {x ∈ IR : 1 − 2 x ≠ 0} = IR \
1− 2x 2
π π π π 1
Im( f ) = − , \ {arctg (0)} = − , \ {0} pois nunca se anula!
2 2 2 2 1− 2x
Nota: f é injectiva:
1 1
f ( x) = f ( y ) ⇔ arctg = arctg
1 − 2x 1− 2y
1 1
⇔ =
1 − 2x 1 − 2 y
porque arctg é uma função injectiva (recordar!)
⇔ ⇔ x=y
Determinemos a expressão analítica da inversa:
1 1
arctg =y ⇔ = tg ( y )
1 − 2x 1 − 2x
1 − cot g ( y )
⇔ 1 − 2 x = cot g ( y ) ⇔ ⇔ x=
2
Portanto
π π 1
f −1
: − , \ {0} → IR \
2 2 2
1 − cot g ( x)
x
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 62
Função co-tangente
(0,1) (cotgα,1)
Seja α um ângulo representado no círculo
trigonométrico.
cotg (α ) corresponde ao valor da abcissa do
ponto que resulta de projectar o lado α
extremidade do ângulo α no eixo paralelo ao
eixo das abcissas que passa no ponto (0,1) .
(ver figura ao lado)
π−α
α α
−α
Exemplo:
2π
∈ 2º quadrante
3
2π π π 3
cotg = cotg π − = −cotg =−
3 3 3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 63
f : IR \ {kπ , k ∈ Ζ} → IR
x cotg ( x)
À função f dá-se o nome de função co-tangente.
(Nota: x é a medida de um ângulo em radianos)
O seu gráfico é
Consideremos a função
f : IR \ {kπ , k ∈ Ζ} → IR
x cotg ( x)
Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
π
( cotg ( x ) = 0 ⇔ x= + kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.
2
Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função co-tangente seja
injectiva (chamada restrição principal):
g: ]0, π [ → IR
x cotg ( x)
cujo gráfico é:
Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .
Então g −1 tem por domínio IR , imagem ]0, π [ e a cada x ∈ IR faz corresponder o ângulo
g −1 : IR → ]0, π [
x arccotg ( x)
cujo gráfico é
y
π
π/2
• Domínio: IR ;
• Contradomínio: ]0, π [ ;
• Injectividade: injectiva;
• Zeros não tem;
• Paridade: não é par nem é ímpar;
• Monotonia: estritamente decrescente;
• Limitada: ∀x 0 < arccotg ( x) < π ;
Nota:
• O arccotg (x) é o valor real y tal que cotg ( y ) = x , onde x ∈ IR , ou seja:
arccotg ( x) = y ⇔ cotg ( y ) = x
• cotg (arccotg( x )) = x onde x ∈ IR ;
Exemplos:
1 1
• cotg arcccotg =
7 7
π π
• arcccotg cotg =
6 6
7π π π π
• arcccotg cotg = arccotg cotg π + = arccotg cotg = pois
6 6 6 6
7π
∉ ]0, π [ .
6
Exercício:
1 π
Considere a função definida por f ( x) = arccotg (x + 3) − .
2 4
Determine o domínio e contradomínio de f. Caracterize a inversa, caso exista.
Resolução:
D f = IR . Determinemos o contradomínio de f :
1 π π π π π
0 < arccotg ( x + 3) < π ⇔ 0< arccotg ( x + 3) < ⇔ − < f (x ) < − =
2 2 4 2 4 4
π π
Logo Im( f ) = − , .
4 4
f é uma função injectiva porque é composta de funções injectivas.
Determinemos a expressão analítica da inversa:
1 π
f ( x) = y ⇔ arccotg ( x + 3) − = y
2 4
π
⇔ arccotg ( x + 3) = 2 y +
2
π π
⇔ x + 3 = cotg 2 y + ⇔ x = cotg 2 y + −3
2 2
Portanto
−1 π π
f : − , → IR
4 4
π
x cotg 2 x + −3
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 67
Função secante
O seu gráfico é:
π
• Domínio: {x ∈ IR : cos( x) ≠ 0} = IR \ + kπ , k ∈ Ζ ;
2
• Contradomínio: IR \ [− 1,1];
1 1
• Periodicidade ∀x sec( x + 2π ) = = = sec( x )
cos( x + 2π ) cos( x )
( 2π é o período mínimo positivo)
• Limitada: não limitada;
• Máximo: em x = π + 2kπ , k ∈ Z ;
• Mínimo: em x = 2kπ , k ∈ Z ;
Nota:
Os máximos e mínimos referidos nas características da função secante são
relativos. No entanto, a função secante não tem extremos absolutos.
Exercício:
1
Considere a função definida por f ( x ) = + 2.
π
cos x +
6
Determine o domínio e o contradomínio. (Sugestão: esboce o gráfico de f usando as
transformações descritas nas páginas 26-30)
Função co-secante
• Paridade: ∀x 1 1
co sec(− x ) = = = −co sec( x)
sen(− x) − sen( x)
• Periodicidade: ∀x 1 1
co sec( x + 2π ) = = = co sec( x)
sen( x + 2π ) sen( x)
Nota:
Os máximos e mínimos referidos nas características da função co-secante são
relativos. No entanto, a função secante não tem extremos absolutos.
Exercício:
π
Considere a função definida por f ( x ) = cos ec x − . Determine o domínio e o
3
contradomínio.
Exercício:
Resolva as seguintes equações trigonométricas:
1 3
a) sen( x) = b) sen(3 x) = − c) sen(3 x) = − sen( x)
2 2
Resolução:
a)
1 π
sen( x) = ⇔ sen( x ) = sen
2 6
π π
⇔ x= + 2kπ ∨ x= π− + 2kπ , k∈Z
6 6
π 5π
⇔ x= + 2kπ ∨ x= + 2kπ , k∈Z
6 6
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 71
b)
3 π
sen(3 x ) = − ⇔ sen(3 x ) = − sen
2 3
π
⇔ sen(3 x ) = sen −
3
(porque a função sen é ímpar)
π
⇔ 3x = − + 2k ∨ 3x = π + + 2 kπ , k∈Z
3 3
π 2 4π 2
⇔ x=− + kπ ∨ x= kπ , k ∈ Z
+
3 9 9 3
5π 2 4π 2
⇔ x= + kπ ∨ x= + kπ , k ∈ Z
9 3 9 3
c)
sen(3 x ) = − sen( x ) ⇔ sen(3 x ) = sen(− x )
⇔ 3 x = − x + 2kπ ∨ 3 x = (π + x ) + 2 kπ , k∈Z
π π
⇔ x=k ∨ x = (2k + 1) , k∈Z
2 2
π
⇔ x=k , k∈Z
2
Exercício:
Resolva as seguintes equações:
1
a) cos(3 x ) = b) cos(2 x ) = − cos(x) c) cos( x ) = sen ( x )
2
Resolução:
a)
1 π
cos(3 x ) = ⇔ cos(3 x) = cos
2 3
π
⇔ 3x = ± + 2kπ , k∈Ζ
3
π 2kπ
⇔ x=± + , k∈Ζ
9 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 72
b)
cos(2 x ) = − cos( x) ⇔ cos(2 x) = cos(π + x)
⇔ 2 x = ± (π + x) + 2kπ , k ∈ Ζ
⇔ 2 x = π + x + 2kπ ∨ 2 x = −π − x + 2kπ , k ∈ Ζ
⇔ x = π + 2kπ ∨ 3 x = (2k − 1)π , k ∈ Ζ
2k − 1
⇔ x = π + 2kπ ∨ x= π, k ∈Ζ
3
c)
cos( x ) = sen ( x )
Para resolver esta equação é necessário começar por escrever sen( x) = cos( ) e
seguidamente aplicar a fórmula:
π/2−α π/2−α
α α
π π
cos(α ) = sen −α sen(α ) = cos −α
2 2
Exercício:
Resolva as seguintes equações:
3
a) tg ( x) = b) tg (3 x) = −tgx
3
Resolução:
a)
3 π π
tg ( x) = ⇔ tg ( x) = tg ⇔ x= + kπ , k ∈ Z
3 6 6
b)
tg (3 x) = −tgx ⇔ tg (3 x) = tg (− x )
(porque a função tg é ímpar)
⇔ 3 x = − x + kπ , k ∈ Z
kπ
⇔ x= , k ∈Z
4
Exercício:
Resolva as seguintes equação:
3
a) cotg ( x) = b) cotg (3 x ) = −cotg ( x) c) cotg ( x) = tg ( x)
3
Resolução
a)
3 π
cotg ( x) = ⇔ cotg ( x) = cotg
3 3
π
⇔ x= + kπ , k ∈ Z
3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 74
b)
cotg (3 x) = −cotg ( x ) ⇔ cotg (3 x) = cotg (− x)
(porque a função cotg é ímpar)
⇔ 3 x = − x + kπ , k ∈ Z
kπ
⇔ x= , k ∈Z
4
c) cotg ( x) = tg ( x)
Para resolver esta equação é necessário começar por escrever tg ( x) = cotg ( ) e
seguidamente aplicar a fórmula:
π/2−α
α π/2−α
α
π
tg (α ) = cotg −α π
2 cotg (α ) = tg −α
2
Identidades trigonométricas:
sen(α )
• tg (α ) = • sen(− α ) = − sen(α )
cos(α )
cos(α ) 1
• cotg (α ) = = • cos(− α ) = cos(α )
sen(α ) tg (α )
1
• sec(α ) = • tg (− α ) = −tg (α )
cos(α )
1
• cosec (α ) = • cotg (− α ) = − cotg (α )
sen(α )
Vamos ver mais algumas identidades trigonométricas, mas em primeiro lugar vamos
deduzir a fórmula fundamental da trigonometria. De acordo com a definição de seno e
co-seno de um ângulo α , dado um ponto P da circunferência unitária (com raio igual a 1
– ver figura)
P
1
a
α
b
a b
temos que sen(α ) = e cos(α ) = pelo que as coordenadas do ponto P são
1 1
P = (sen(α ), cos(α )) . Como P é um ponto da circunferência temos que a distância do
ponto P à origem é d (0 , P ) = sen 2 (α ) + cos 2 (α ) = 1 , ou seja, sen 2 (α ) + cos 2 (α ) = 1 .
sen 2 (α ) + cos 2 (α ) = 1
Fórmula fundamental da trigonometria
• 1 + tg 2 (α ) = sec 2 (α )
• 1 + ctg 2 (α ) = cos ec 2 (α )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 76
• cos(2a ) = 1 − 2 sen 2 (a )
• cos(2a ) = 2 cos 2 (a ) − 1
2tg (a )
• tg (2a ) =
1 − tg 2 (a )
1 − cos(2a )
• sen 2 (a ) =
2
1 + cos(2a )
• cos 2 (a ) =
2
1
• sen(a )sen(b ) = (cos(a − b ) − sen(a + b ))
2
1
• sen(a ) cos(b ) = (sen(a + b ) + sen(a − b ))
2
1
• cos(a ) cos(b ) = (cos(a + b ) + cos(a − b ))
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 77
2.5. Exercícios
representadas determine os
respectivos domínios,
contradomínios e indique
quais as que são injectivas.
Fig. 1.9
Fig. 1.7 Fig. 1.8
c. Complete o seguinte
quadro, usando o símbolo
X para relacionar o gráfico
com a respectiva função.
Fig./função 1 2 3 4 5 6 7 8 9
x
|x|
ex
1/x
ex
x
ln(x)
5 1
c. x4 −1 d.
x+3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 78
1
1 x 2 −1
e. f. 4
| x 2 − 25 |
ln( x 2 − 4) , x > 0
g. log 3 (9 − x 2 ) h. f ( x) =
2x + x 2 , x≤0
1
i. sen | x | j. cos
3x
k. tg ( x − π )
3. Considere a função
f: D→B
x x 2 − 16
onde D e B são dois subconjuntos de IR. Indique D e B de modo que:
a. f seja injectiva e não sobrejectiva;
b. f seja sobrejectiva e não injectiva;
c. f seja bijectiva;
d. f não seja sobrejectiva nem injectiva;
e. f seja monótona crescente e possua um extremo;
a. Uma função é injectiva se toda recta vertical intersecta o gráfico da função no máximo
uma vez.
b. A função
f : IR0+ → IR
x x −1
é sobrejectiva e limitada.
b. f ( x) = ln( x 2 − 4)
b. f ( x) = ln( x 2 − 4)
9. Indique o valor lógico das seguintes afirmações justificando devidamente a sua opção.
a. A inversa de uma função crescente é decrescente.
| f | se f ( x ) ≥ 0
b. E o de g ( x ) =
0 se f ( x ) < 0
| f | se f ( x ) ≤ 0
c. E o de h( x ) =
0 se f ( x ) > 0
1
Então o gráfico da função definida por poderá ser:
g( x )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 82
A. B.
C. D.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 83
Em qual das figuras seguintes poderá estar representada parte dos gráficos de duas funções, g
e h, de domínio IR , tais que f = g × h ?
a. Determine:
i. ( g − f )(2) ii. ( f g )(1)
c. Resolva as condições:
f ( x)
i. <0 ii. g ( x) ≥ 0
g ( x)
1
20. Dadas as funções, reais de variável real, f ( x ) = x − 4 e g (x ) = + 1 . Calcule:
2x
a. O domínio de ( f g )(x).
b. ( f g )(x).
1
21. Dadas as funções reais de variável real, g ( x) = 4 − 3 x e f ( x) = , obtenha, se possível,
x
as funções compostas ( f g )( x) = f ( g ( x)) e ( g f )( x) = g ( f ( x)) .
5 x, x ≤ 0
22. Sendo f ( x ) = − x, 0 < x ≤ 8 e g ( x ) = x 3 , calcule ( f g )(x).
x, x > 8
-10 -5 0 5 10
x
-2 -1 0 1 2 3
-2
Gráfico de g
Gráfico de f
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 86
Qual das figuras abaixo pode representar parte do gráfico da função composta g f ? E de
f g?
a. b.
2
2
-10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10
-2
-2
c. d.
2
-10 -5 0 5 10
27. Seja f uma função definida por f ( x ) = 4 x − 1 . Então f −1 pode ser definida por:
1− x b. f −1 ( x) = (4 x − 1) −1
a. f −1 ( x) =
4
x +1 d. nenhuma das opções.
c. f −1 ( x) =
4
x+5
29. Considere as funções: f ( x) = x e g ( x) = .
x −1
−1
a. Caracterize f e g −1 .
b. Caracterize ( f g ) e g −1
−1 −1
f . O que se conclui?
30. Considere a função real de variável real definida por f ( x) = x 2 sgn( x ) , sgn denota a
1 ,x > 0
função sinal definida por f ( x ) = 0 , x = 0 .
−1 , x < 0
C D
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 88
32. Escolha a afirmação correcta: Se s for uma função cuja representação gráfica é
então,
a. s admite inversa
b. A restrição de s a [0, 2[ tem inversa cuja representação
gráfica é
1
d. s(0) =
2
33. Seja f uma função que admite inversa f −1 , tal que f = f −1 . Então o gráfico de f é
obrigatoriamente:
a. a recta y = x . b. simétrico em relação à bissectriz dos
quadrantes impares.
c. simétrico relativamente à origem do d. uma linha continua.
referencial.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 89
34. Indique o valor lógico das seguintes afirmações justificando devidamente a sua opção.
a. Se f e g são duas funções injectivas então g f é uma função injectiva.
1 1
b. Se f ( x ) = − 1 e g (x ) = x − 1 então D g f = 0, .
x 2
c. Seja f e g duas funções sobrejectivas tal que f : [− 1,1] → [0, ∞[ e g : IR → ]0, ∞[ , então
a imagem (ou contradomínio) de g f é Im(g f ) = ]0, ∞[ .
1
35. A representação gráfica da função definida por f ( x) = , é:
1 + ex
a. c.
b. d.
37. Calcule:
(
a. log 1 log 2 2 8 ) b. log 1
1
2 2 8
log 1 9
c. log 2
16 d. ln e 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 90
x −1
39. Seja g uma função definida por g ( x) = ln . Então o domínio de g é:
x−2
c. e 2+ x d. e 2 + ln ( x + 1)
( )
a. x 2 + log 2 x −2 . b. x 2 + log 2
4
x
x
c. x 2 + log 2 (4 − x ) d. x 2 + log 2
4
42. Determine os valores reais de x que verificam cada uma das seguintes condições:
ln(3 − x)
a. <1 b. e 2 x − 12e −2 x = 1
ln( x)
2
3 x +1
c. 2 x = 81 ( )
d. ln x 2 − 1 − ln x = ln 2
3
ex −1
g. xe x − 2e x < 0 h. >0
x2 +1
b. Caracterize h −1 ( x)
Determine:
a. O seu domínio.
b. f (0) .
e2
c. O conjunto A = x ∈ ℜ : 1 − f ( x ) ≥ log 1 .
e
4
45. Determine:
π 5π 4π
a. sen − b. cos c. tg −
6 4 3
8π 3π
d. cos (12π ) e. cot g f. sec
6 2
3π 219π
g. cos ec h. sec i. cos ec ( −330 )
4 4
2 1
j. arcsen − k. arctg l. arccos ( −1)
2 3
1 3 10
m. cos ec arccos − n. sec arctg − o. sen 2 arccos
4 2 5
p. sen
π
6
− arccos −
4
5
q. cos
π
3
− arcsen
3
5
(
r. arctg − 2 cos π 6 ( ))
1 1 1 1 1
s. tg 2 arccos t. tg arccos + arcsen u. arcsen ( −1) + 2 sen 2 arccos
3 3 2 2 4
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 92
[ 0; 2π ] é:
π 5π π 5π 7π 11π
a. ; b. ; ∪ ;
6 6 6 6 6 6
π 5π 7π 11π π 5π
c. ; ∪ ; d. ;
6 6 6 6 6 6
48. Dadas as funções arcsen(x), arccos(x), arctg(x) e sec(x), associe cada uma delas ao
respectivo gráfico.
a. b.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 93
c. d.
π 1 π
a. sen 2 x + =− b. tg ( 4 x ) = cot g ( x) c. arccos ( 4 x ) =
6 2 6
2 f. sen ( 2 x ) + sen ( x ) = 0
d. cos ( 2 x ) = − e. 2 sen ( 5 x ) = 3
2
1
g. 2tg 2 ( x ) + 9tg ( x ) + 3 = 0 h. 15cos 4 ( x ) − 14 cos 2 ( x ) + 3 = 0 i. tg ( arccos ( x ) ) =
3
x π π 1 2x −1
j. 2arctg +4 =− k. − arccos x − =0 l. tg arctg =3
2 2 3 2 x
3 3 π α
50. Sabendo que tgα = − ∧ π ≤ α ≤ 2π , calcule sen + α + sen .
4 2 3 2
3
b. sen( x) > , em [ 0; 2π [ .
2
x + 1 2π
c. arccos < .
2 3
a. b.
−1 −1
f ( x ) = arcsen( x + 4) − 1 f ( x) = sen( x + 4) + 1
D f = [0 , 2] D f = ]0 , 2[
c. d.
−1 −1
f ( x ) = sen( x + 1) + 4 f ( x ) = sen( x + 4) + 1
D f = ]1,4[ D f = [0 , 2]
π π
a. − , . b. [− 1,1]
2 2
c. [0 ,1] d. [− π ,π ]
f ( x) > 3
b. Resolva a equação f ( x ) + g ( x ) = 0
1
55. Considere a função real de variável real f ( x) = .
π
cos 3 x −
4
a. Determine o seu domínio e contradomínio.
b. Escolha um domínio (de maior amplitude possível) onde f seja injectiva, e calcule,
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 95
π
56. Considere a função f ( x) = − 3arcsen(2 x) .
4
a. Calcule o domínio e contradomínio da função.
b. Determine a função inversa.
c. Calcule os zeros da função.
π
d. Determine x ∈ R : f ( x) =
4
1− x2
57. Dada a função h( x) = 2π − 3 arccos
2
π
d. Defina em extensão: A = x ∈ Dh : h( x) ≤ .
2
1
60. Considere as funções f e g, reais de variável real, f ( x) = − sen( x) e
2
g ( x) = 2 arccos( x − 1) , definidas nas respectivas restrições principais.
a. Determinar x tal que f ( x) + f (2 x) = 1 .
b. Escreva a expressão designatória da aplicação ( f g )( x) e determine o número
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 96
1
designado por ( f g) .
3
c. Caracterize a função inversa de g.
r : 2 3y + 2x = 3
s : y + 3 x = −2 3
a. Determine o ângulo que a recta r faz com o eixo das abcissas.
b. Determine o ângulo que a recta s faz com o eixo das ordenadas.
c. Determine o ângulo entre as duas rectas.
π x −1
63. Mostre que a inversa da função f ( x) = + arcsen é a função definida por
2 2
f −1
: [0, π ] → [− 1,3]
π .
x 1 + 2 sen x −
2
1
64. Considere a função definida por g (x ) = π − arccos x 2 + .
2
a. Determine o domínio e o contradomínio da função g .
b. Calcule, caso existam, os zeros de g .
c. Mostre que a função g é par.
d. Comente a afirmação: “A função g não admite inversa.”
66. Para cada uma das seguintes questões são indicadas quatro respostas alternativas, das
quais apenas uma está correcta; assinale-a com um círculo à volta do número
correspondente.
−1 −1
f ( x ) = ln( x + 4) − 1 f ( x) = e x + 4 + 1
(i) (ii)
D f = ]1,+∞[ D f = [1,+∞[
−1
f ( x ) = e x +1 + 4 f −1
( x) = e x + 4 + 1
(iii) (iv)
D f = ]1,4[ D f = ]1,+∞[
(i) f ( x) = e x (iii) f ( x) = x