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Capítulo II

Funções reais de variável real

2.1 Conceitos Básicos sobre Funções

Sejam D e B dois conjuntos.


Uma função definida em D e tomando valores em B é uma “regra” que a cada elemento de
D faz corresponder um único elemento de B .
Escreve-se:
f : D → B
x f (x )

Ao conjunto D chama-se o domínio de f , a B conjunto de chegada e a f ( x ) imagem do


elemento x ∈ D .
Nota:
f ≠ f ( x ) uma vez que f representa uma função e f ( x ) representa a imagem do
elemento x pela função f .

Seja f : D → B uma função.


Definições:
• Chama-se imagem (ou contradomínio) de f ao subconjunto de B formado por todos
os elementos que são imagem de algum elemento de D .
Escreve-se
Im( f ) = (CD f ) = {y ∈ B : y = f ( x ) para algum x ∈ D}

Exemplo:
f : IR → IR Im( f ) = IR0+ (note-se que o quadrado de um número
x x2
é sempre não negativo)

12
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 13

• f diz-se uma função real de variável real se D, B ⊆ IR.

• O gráfico de f é o conjunto de pontos

P = ( x, f ( x )) e representa-se por:

{
Gr ( f ) = ( x, y ) ∈ IR 2 : x ∈ D f ∧ }
y = f (x )

Pergunta:
Dado um gráfico, como poderemos saber se representa o gráfico de uma função?
Resposta:
Note-se que na definição de uma função foi exigido que a cada elemento do domínio
correspondesse um único elemento do conjunto de chegada, ou seja, cada recta vertical do
plano pode intersectar o gráfico no máximo uma vez.

não representa uma função representa uma função

Definições:
Uma função f : D f ⊂ IR → B ⊆ IR diz-se

• Crescente se
x< y f (x ) ≤ f ( y ) ∀ x, y ∈ D f

• Estritamente crescente se
x< y f (x ) < f ( y ) ∀ x, y ∈ D f
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• Decrescente se x < y f (x ) ≥ f ( y ) ∀ x, y ∈ D f

• Estritamente decrescente se x < y f (x ) > f ( y ) ∀ x, y ∈ D f

• Monótona se é (sempre) crescente ou (sempre) decrescente.


• Estritamente monótona se é (sempre) estritamente crescente ou (sempre)
estritamente decrescente.

Definições:
Seja f : D f ⊂ IR → B ⊆ IR .

• f diz-se sobrejectiva se Im( f ) = B , isto é, se o conjunto de chegada coincide com a


imagem de f :

∀ y ∈ B ∃ x ∈ D f : f (x ) = y

Exemplos:
Função Imagem Sobrejectividade
1) ∴ f é sobrejectiva pois a
f : IR → IR Im( f ) = IR imagem coincide com o
x x conjunto de chegada.
2) ∴ f não é sobrejectiva pois
f : IR → IR Im( f ) = IR0+ a imagem ( IR0+ ) é diferente
x x2 do conjunto de chegada: IR .
3)
f : IR0+ → IR Im( f ) = IR0+ ∴ f não é sobrejectiva.
2
x x
4)
f : IR → IR0+ Im( f ) = IR0+ ∴ f é sobrejectiva.
2
x x

• f diz-se injectiva se a pontos diferentes do domínio corresponderem imagens


distintas i.e.,
x≠ y f ( x) ≠ f ( y ) ∀ x, y ∈ D f

(⇔ f (x ) = f ( y ) x=y ∀ x, y ∈ D f )
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Exemplos:
Função x≠ y f ( x) ≠ f ( y ) Injectividade
1)
f : IR → IR x≠ y x ≠ y
∴ f é injectiva
f ( x) f ( y)
x x
2) f ( x) = f ( y ) ⇔ x2 = y2
f : IR → IR
⇔ x2 − y2 = 0
x x2 ∴ f não é injectiva
⇔ ( x − y )( x + y ) = 0
⇔ x = y ∨ x = −y
3) f ( x) = f ( y ) ⇔ x2 = y2 ∴ f é injectiva
f : IR0+ → IR
⇔ x2 − y2 = 0 (note-se que o caso
x x2
⇔ ( x − y )( x + y ) = 0 x = −y não pode
⇔ x = y ∨ x = −y ocorrer)
4) f ( x) = f ( y ) ⇔ x3 = y3
f : IR → IR
⇔ x = 3 y3 ∴ f é injectiva
x x3
⇔ x= y

Nota:
Graficamente, verifica-se que uma função é injectiva se qualquer recta horizontal
intersecta o gráfico, no máximo, uma vez.

• f diz-se bijectiva se é injectiva e sobrejectiva.


Exemplos:
Função Bijectividade
1)
f : IR → IR
x x ∴ f é bijectiva.

2)
f : IR → IR ∴ f não é bijectiva porque não
x x
é sobrejectiva nem injectiva.
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3)
f : IR0+ → IR0+ ∴f é bijectiva pois é
x x2
sobrejectiva e injectiva.

Definições:
Uma função f : D f ⊂ IR → IR diz-se

• par se f (− x ) = f ( x ) ∀ x ∈ D f

Exemplo:

f : IR → IR
x x

Nota:
Qualquer função par é simétrica em relação ao eixo dos yy’s

• ímpar se f (− x ) = − f ( x ) ∀ x ∈ D f

Exemplo:

f : IR → IR
x x3

Nota:
Qualquer função ímpar é simétrica em relação à origem.

• periódica se existir T > 0 tal que f ( x + T ) = f (x ) ∀ x ∈ D f . ( T diz-se o período de

f)
Exemplos:
1) f ( x ) = sen( x ) é uma função periódica de período 2π .
sen( x + 2π ) = sen( x )
2) g ( x ) = tg (x ) é uma função periódica de período π .
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tg ( x + π ) = tg ( x )
3) h(x ) = tg (x ) também é uma função periódica de período 2π .
tg ( x + 2π ) = tg ( x)

Nota:
Se uma função é periódica de período T, o gráfico de f repete-se de T em T
unidades.

• limitada se a imagem de f for um conjunto limitado, i.e.,

∃ L > 0 : f (x ) ≤ L ∀ x ∈ D f

Exemplo:
Função Imagem Limitada

f : IR → IR Im( f ) = IR0+ = [0,+∞[


1) ∴ f é ilimitada
x x2 conjunto não limitado
f : IR → IR Im( f ) = [− 1,1]
2) ∴ f é limitada
x sen( x ) conjunto limitado

Nota:
Se uma função é limitada, o todo gráfico de f está entre duas rectas horizontais,
por exemplo, entre y = − L e y = L .

Definições:
Dada uma função f : D f ⊂ IR → IR diz-se que

• f (c ) é um máximo (absoluto) de f se

f ( x ) ≤ f (c ) ∀ x ∈ D f .

• f (c ) é um mínimo (absoluto) de f se

f (c ) ≤ f ( x ) ∀ x ∈ D f .

• f tem um extremo (absoluto) se possui algum máximo ou mínimo.


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2.2 Alguns Exemplos de Funções Elementares

Função afim
São as funções mais simples que aparecem: os seus gráficos representam rectas.

y = mx + b f ( x ) = y = mx + b

y = mx
b
m m declive

b ordenada na origem
1
f ( 0) = b

Dados dois quaisquer pontos distintos da recta P1 = ( x1 , y1 ) e P2 = ( x2 , y2 ) , o declive da recta


que os contém é dado por:

y 2 − y1 diferença das ordenadas


m=
x 2 − x1 diferença das abcissas

e a equação é:
y − y1 = m( x − x1 ) .

Nota:
Suponhamos que θ é o ângulo que a recta faz com o semi-eixo positivo do xx’s (no
sentido directo – contrário aos ponteiros do relógio) então também podemos calcular o
declive pela fórmula m = tg (θ ) .

O declive dá a maior ou menor inclinação da recta:


• m>0 inclinação para a direita
• m=0 horizontal
• m<0 inclinação para a esquerda
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Nota:
• Rectas paralelas têm o mesmo declive, m.

r Se as rectas r e s são paralelas


então

mr = ms

• Uma recta s perpendicular à recta r de equação y = m r x + b tem declive m s = − 1 .


mr

s
r Se as rectas r e s são perpendiculares
então
1
mr = −
ms

Exercícios:
1. Determine o declive e o ponto de intersecção com o eixo dos yy’s, das seguintes rectas:
1.1. 20 x − 24 y − 30 = 0 b) 2 x − 3 = 0 c) 4 y + 5 = 0

2. Explique porque é que a recta do exercício 1.b) não corresponde ao gráfico de uma
função.

3. Determine a equação da recta:


3.1. paralela à recta de equação 3 x − 5 y + 8 = 0 e que passa no ponto (−3 , 2) .
3.2. perpendicular à recta de equação 3 x − 5 y + 8 = 0 e que passa no ponto (1 , 4).
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Função Quadrática

Uma função quadrática é uma função definida por uma expressão do tipo:
f ( x ) = ax 2 + bx + c, a≠0

(Se a = 0 obtemos uma função afim – caso anterior)

As funções quadráticas representam parábolas.

Se a > 0 a concavidade Se a < 0 a concavidade


é voltada para cima é voltada para baixo

A parábola não tem zeros

A parábola tem um zero (duplo)

A parábola tem dois zeros


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Zeros de uma parábola


Para determinar os zeros da parábola é preciso resolver a equação
ax 2 + bx + c = 0
ou seja,

− b ± b 2 − 4ac
x=
2a

Podemos concluir que a parábola tem:


• dois zeros distintos se b 2 − 4ac > 0
• um zero duplo se b 2 − 4ac = 0 e
• não tem zeros reais se b 2 − 4ac < 0 .

Nota:
• As funções quadráticas são funções não injectivas e não monótonas.

b 4ac − b 2
• O vértice de uma parábola é o ponto de coordenadas − , .
2a 4a

• A ordenada do vértice de uma parábola é um máximo (respectivamente mínimo)


se a < 0 (respectivamente a > 0 ).

Exercício:
7
Determine os zeros da função f ( x) = x 2 + 2 x − e faça um esboço do seu gráfico.
2

Funções Polinomiais

A função afim e a função quadrática são casos particulares de funções polinomiais.

As funções polinomiais de grau n são do tipo:


f ( x) = a n x n + a n −1 x n−1 + + a1 x + a0

onde a n , a n −1 , , a1 , a 0 são reais, a n ≠ 0 e n é inteiro não negativo.


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Exemplos:
• f ( x) = x 3 + 2 x 2 + x + 1 (grau 3)

• g ( x) = x 5 + 7 x + 2 (grau 5)
• h( x) = 2 (grau 0)
1
• i ( x) = não é polinomial porque ....
x

Nota:
Para polinómios de grau ≥ 3 não existe uma fórmula simples para determinar os
zeros (para grau 3 e 4 existe mas é complicada). No entanto, às vezes é possível
determinar os zeros.

Exemplos:
• Determinar os zeros do polinómio p ( x) = x 3 − x 2 − 2 x

p ( x) = 0 ⇔ x3 − x 2 − 2x = 0
⇔ (
x ⋅ x2 − x − 2 = 0 )
⇔ x=0 ∨ x2 − x − 2 = 0
1± 1+ 8
⇔ x=0 ∨ x=
2
⇔ x=0 ∨ x = −1 ∨ x = 2

• Determinar os zeros do polinómio q ( x) = x 3 − 6 x 2 + 11x − 6


(exercício…)

Funções racionais
Se p ( x), q ( x) são funções polinomiais, a função f : D ⊂ IR → IR com domínio
D = {x ∈ IR : q( x) ≠ 0 } definida por
p ( x)
f ( x) =
q ( x)
chama-se função racional.
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Exemplos:
1
• f ( x) = é racional
x
x +1
• g ( x) = é racional
x2 + 2
• h( x) = x não é racional (porque …

Zeros
p ( x)
Se f ( x) = é uma função racional
q ( x)
então
f ( x) = 0 ⇔ p ( x) = 0 ∧ q ( x) ≠ 0

Funções irracionais:
Seja p ( x) um polinómio.
As funções irracionais são funções do tipo:

f ( x) = [
n p ( x) ]
m

onde n ∈ IN e m ∈ .

Exemplos:
• f ( x) = x é irracional

• g ( x) = (
3
x2 + 3 )
−7
é irracional

O domínio destas funções é (note-se que p (x) um polinómio):

• Se n é par e m > 0 : D f = {x ∈ IR : p ( x) ≥ 0}

• Se n é ímpar e m > 0 : D f = IR

• { }
Se n é par e m < 0 : D f = x ∈ IR : p ( x) ≥ 0 ∧ n p ( x) ≠ 0 = {x ∈ IR : p ( x) > 0}

• Se n é ímpar e m < 0 : D f = {x ∈ IR : p ( x) ≠ 0}
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Funções definidas por ramos


Considere-se a seguinte função

− x2 se x<0
h( x) = 2 − 2 x se 0 ≤ x <1
ln( x ) se x ≥1

O domínio da função é IR.


Uma função assim definida significa que:
se x ∈ ]− ∞,0[ , então h( x ) = − x 2 (por exemplo h(− 1) = −(− 1) = −1 )
2

se x ∈ [0,1[ , então h( x ) = 2 − 2 x (por exemplo h(0 ) = 2 − 2 × (0 ) = 2 )


2

• se x ∈ [1, ∞[ , então h(x ) = ln ( x ) (por exemplo h(1) = ln (1) = 0 )


O seu gráfico é:

Exemplo:
x se x≥0
Outra função definida por ramos é a função módulo: x = cujo
−x se x<0
gráfico é:

Exercício:

x2 − 4 se x≥2
Seja f ( x ) = . Determine o seu domínio.
ln (− x − 2) se x < −2

Resolução:
D
f
{ (
= x ∈ IR : x 2 − 4 ≥ 0 ∧ x≥2 ) ∨ (− x − 2 > 0 ∧ }
x < −2 )
= {(]− ∞,−2] ∪ [2, ∞[) ∩ [2, ∞[} ∪ {]− ∞,−2[ ∩ ]− ∞,−2[}
= [2, ∞[ ∪ ]− ∞,−2[
= ]− ∞,−2[ ∪ [2, ∞[
= IR \ [− 2,2[
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2.3 Operações com funções. Composição de funções.

Operações com funções


Sejam f e g duas funções com domínios D f e D g , respectivamente.

Soma de funções
Considere f ( x ) = ln( x ) e g (x ) = e x .

Temos, f (1) + g (1) = ln(1) + e = e


f (− 1) + g (− 1) = ?

Pergunta:
Para que valores de x faz sentido falar na soma f ( x ) + g ( x ) ?
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas.
Logo, ( f + g )(x ) = f ( x ) + g (x ) = ln( x ) + e x , se x>0

Portanto, podemos definir a soma de duas funções do seguinte modo:


f + g : D f ∩ Dg → IR
x f (x ) + g (x )

Diferença de funções
Considere f (x ) = ln(x ) e g (x ) = 2 − x .

Temos, f (1) − g (1) = ln (1) − 1 = 0 − 1 = −1

f (− 1) − g (− 1) = ? f (3) − g (3) = ?
Pergunta:
Para que valores de x faz sentido falar na diferença f (x ) − g ( x ) ?
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas.
Logo, ( f − g )(x ) = f (x ) − g (x ) = ln (x ) − 2 − x , se x ∈ ]0, 2]

Portanto, podemos definir a diferença de duas funções do seguinte modo:


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f − g : D f ∩ Dg → IR
x f (x ) − g ( x )

Produto de funções
Considere f (x ) = ln( x 2 − 4) e g (x ) = x .

( )
Temos, f (4 ) ⋅ g (4 ) = ln 4 2 − 4 ⋅ 4 = 2 ln(12 )
f (2 ) ⋅ g (2 ) = ? f (− 3) ⋅ g (− 3) = ?

Pergunta:
Para que valores de x faz sentido falar no produto f (x ) ⋅ g (x ) ?
Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas.
(
Logo, ( fg )(x ) = f (x ) ⋅ g (x ) = x ln x 2 − 4 , ) se x>2

Portanto, podemos definir o produto de duas funções do seguinte modo:


f ⋅ g : D f ∩ Dg → IR
x f (x ) ⋅ g ( x )

Quociente de funções
1
Considere f ( x ) = e x +1
e g (x ) = cos(x ) .
f (0 ) e 2e
Temos, = = = 2e
g (0 ) cos(0 ) 1

f (− 1)
=?
( 2) = ?
f π
g (− 1) g (π )
2
Pergunta:
f (x )
Para que valores de x faz sentido falar no quociente ?
g (x )

Resposta:
Para valores que pertencem simultaneamente aos domínios das duas funções
consideradas e que não anulem a função do denominador.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 27

f
( x ) = f (x ) = e π
x +1
Logo se x ∈ IR \ {− 1} ∪ + 2kπ , k ∈ Z
g g (x ) cos( x ) 2

Portanto, podemos definir o quociente de duas funções do seguinte modo:


f
: D f ∩ D g ∩ {x : g (x ) ≠ 0} → IR
g
f (x )
x
g ( x)

Composição de funções
Sejam f e g duas funções com domínios D f e Dg , respectivamente tais que

Im( f ) = CD f ⊆ D g f

f (x )
x
g g ( f ( x ))

g f

Denota-se por g f , a função composta de g com f definida por (g f )( x ) = g ( f ( x) ) .


g f lê-se “ g após f ”.

Como calcular a imagem de um elemento x ∈ D g f ?

1. calcular f ( x ) ;
2. calcular a imagem de f (x) pela função g , i.e., g ( f ( x ) ) .

Nota:
• Só é possível calcular 1. se x pertencer ao D f ; e só é possível calcular 2. se

este, f (x) , pertencer ao Dg .

Consequentemente D g f é

Dg f = {x ∈ IR : x ∈ D f ∧ f ( x ) ∈ Dg }
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 28

• A maior parte das funções com que trabalhamos são funções compostas. Por
exemplo, a função sen x 2 ( ) pode ser encarada como a composta da função

g ( x ) = sen(x ) com f ( x ) = x 2 .

( )
De facto, sen x 2 = (g f )(x ) = g ( f ( x) ) = g x 2 = sen( x 2 ) . ( )
Usando as mesmas funções podemos verificar que a função sen 2 ( x ) também pode
ser encarada como composta de duas funções. (Faça as contas!!!)
• Não confundir:
f ≠ f .f = ( f )
2
f2= f

Exemplos:
1
1) Seja f ( x ) = e x −3 e g ( x ) = log 2 x . Determine o domínio e a expressão analítica das
funções f g e g f .
Resolução:
D f = IR \ {3} Dg = IR +

Df g = {x ∈ IR : x ∈ D g ∧ g (x ) ∈ D f }
{
= x ∈ IR : x ∈ IR + ∧ log 2 x ≠ 3 }
= {x ∈ IR : x ∈ IR + ∧ x ≠ 23 }
= IR \ {8}
+

(f g )( x ) = f ( g ( x )) = f (log 2 x ) = e log 2 x − 3

Dg f = {x ∈ IR : x ∈ D f ∧ f (x ) ∈ D g }
1

= x ∈ IR : x ≠ 3 ∧ e x −3 > 0

= {x ∈ IR : x ≠ 3}
= IR \ {3}
1 1
log 2 e 1
(g f )( x ) = g ( f ( x )) = g e x −3 = log 2 e x −3 = =
x − 3 ( x − 3) ln 2

2) Seja f (x ) = x , g (x ) = x 2 e h( x) = x . Verifique que ( g f )( x ) = x .


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 29

Resolução:
D f = IR0+ D g = IR

Dg f = {x ∈ IR : x ∈ D f ∧ f ( x) ∈ D g }
{
= x ∈ IR : x ∈ IR0+ ∧ x ∈ IR }
= {x ∈ IR : x ≥ 0}
= IR0+

(g f )( x) = g ( f ( x) ) = g ( x )= ( x ) 2
=x

Nota:
• Atenção: no exemplo anterior, embora h( x) = x = ( g f )( x) , temos que D g f = IR0+

e Dh = IR , e portanto h ≠ g f . Convém lembrar que duas funções são iguais se os


seus domínios forem iguais.
• Em geral, a composição de funções não comuta, isto é, g f ≠ f g (ver o primeiro
exemplo).
• Não podemos recorrer à expressão analítica da função composta para calcular o seu
domínio (ver o segundo exemplo).

Exercício:
Caracterize as funções f g e g f .

a) considerando f ( x ) = 1 − x e g ( x ) = x 2 ;

b) considerando f ( x ) = x + 2 e g ( x ) = ln( x + 1) .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 30

2.3.1. Transformações em funções

Translações horizontais:
Seja f uma função real de variável real, c uma constante real qualquer, e, seja g uma função
afim, f.r.v.r., definida por g ( x ) = x − c . Comparando o gráfico da função f com o da função

f g ( x) = f ( x − c) , observamos que o gráfico de f ( x − c ) corresponde a uma translação


horizontal de gráfico de f segundo o vector v = (c, 0) .

Exemplos:
1. Consideremos f (x ) = ln (x ) e g (x ) = x − 2 , f g ( x ) = f ( x − 2) .
Note-se que f ( x − 2 ) obtém-se a partir de f (x ) fazendo uma translação horizontal de 2
unidades para a direita. Comparemos os gráficos:

f (x ) = ln(x ) f g (x ) = f (x − 2 ) = ln ( x − 2)
g (x ) = f (x − 2 ) = ln ( x − 2)
y
y
2.5 y 2.5
2.5
f

0
0 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 -1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
x x
x
-2.5
-2.5 -2.5

-5
-5
-5

2. Consideremos f (x ) = ln ( x ) e g (x ) = x + 2 . Note-se que o gráfico de

f g ( x ) = f (x + 2 ) = ln ( x + 2 ) obtém-se a partir do gráfico de f fazendo uma translação


horizontal de 2 unidades para a esquerda. Comparemos os gráficos:

f (x ) = ln(x ) f g (x ) = f (x + 2 ) = ln (x + 2 )
y y
2.5 2.5

0 0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 -3 -2 -1 0 1 2 3 4 5 6

x x
-2.5 -2.5

-5
-5
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 31

Translações verticais:
Seja f uma função real de variável real qualquer, e, seja g uma função, f.r.v.r., afim definida

por g ( x ) = x + c . Comparando o gráfico da função f com o da função g f ( x) = f ( x) + c ,


observamos que o gráfico de f ( x ) + c corresponde a uma translação vertical de f segundo o
vector v = (0, c ) .

Exemplos:
1. Consideremos f ( x ) = ln(x ) e g (x ) = x + 1 . Note-se que g f ( x ) = f (x ) + 1 = ln ( x ) + 1
obtém-se a partir de f ( x ) fazendo uma translação vertical de 1 unidade para cima.
Comparemos os gráficos:
f (x ) = ln(x ) y g f (x ) = f (x ) + 1
4

y 3
2.5
2

1
0
0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
x -1
x
-2.5 -2

-3

-4
-5
-5

2. Consideremos f (x ) = ln (x ) e g (x ) = x − 1 . Note-se que g f ( x ) = f ( x ) − 1 = ln( x) − 1


obtém-se a partir de f (x ) fazendo uma translação vertical de 1 unidade para baixo.
Comparemos os gráficos:

f (x ) = ln(x ) g f ( x ) = f ( x ) − 1 = ln( x) − 1
y y 3
2.5
2

1
0
0
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
-1 0 1 2 3 4 5 6 7 8
x -1
x
-2.5 -2

-3

-4
-5
-5
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 32

Homotetias do eixo horizontal:


Seja f uma função real de variável real, c uma constante real qualquer, e, seja g uma função

afim, f.r.v.r., definida por g ( x ) = cx . O gráfico de f g ( x) = f (cx ) obtém-se a partir do de f


dilatando ou contraindo o eixo dos xx´ s conforme se tenha 0 < c < 1 ou c > 1 ,
respectivamente.

Exemplo:
x x x x
Consideremos f ( x ) = x(x − 1)( x + 3) e g ( x) = . Note-se que f g (x ) = −1 +3
2 2 2 2
obtém-se a partir de f (x ) “esticando” o eixo dos xx´ s . Comparemos os gráficos:

f ( x ) = x( x − 1)(x + 3) x x x
f g (x ) = −1 +3
2 2 2

Exemplo:
Consideremos f ( x ) = x( x − 1)( x + 3) e g (x ) = 2 x . Note-se que

f g ( x ) = 2 x(2 x − 1)(2 x + 3) obtém-se a partir de f (x ) “encolhendo” o eixo dos xx´ s .


Comparemos os gráficos:
f g ( x ) = 2 x(2 x − 1)(2 x + 3)
f ( x ) = x( x − 1)(x + 3)
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 33

Homotetias do eixo vertical:


Seja f uma função real de variável real, c uma constante real qualquer, e, seja g uma função

afim, f.r.v.r., definida por g ( x ) = cx . O gráfico de f g ( x) = cf ( x ) obtém-se a partir do de f


dilatando ou contraindo o eixo dos yy´ s conforme se tenha c > 1 ou 0 < c < 1 ,
respectivamente.

Exemplo:
Consideremos f (x ) = (x − 1)(x + 1)(x + 3) e g (x ) = 2 x . Note-se que

g f ( x ) = 2( x − 1)(x + 1)( x + 3) obtém-se a partir de f (x ) “esticando” o eixo dos yy´ s .


Comparemos os gráficos:

f (x ) = (x − 1)(x + 1)(x + 3) g f (x ) = 2( x − 1)( x + 1)( x + 3)


4 y y

2 4

2
0
0
-3 -2 -1 0 1

x -2 x
-2
-4

-6
-4

Exemplo:
1
Consideremos f (x ) = ( x − 1)( x + 1)( x + 3) e g (x ) = . Note que
2

g f (x ) =
(x − 1)(x + 1)(x + 3) obtém-se a partir de f (x ) “encolhendo” o eixo dos yy´ s .
2
Comparemos os gráficos:

f (x ) =
(x − 1)(x + 1)(x + 3)
f (x ) = (x − 1)(x + 1)(x + 3) g
2
4 y
4 y

2 2

0 0
-3 -2 -1 0 1 -3 -2 -1 0 1
x x
-2 -2

-4 -4
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 34

Módulo de uma função


Seja f uma f.r.v.r., e g ( x) = x . O gráfico de g f ( x) = f ( x) obtém-se a partir do de f

reflectindo no eixo dos xx’s a parte negativa da função.

Exemplo:
Comparemos os gráficos:

g ( x) = f ( x)
f ( x ) = x( x − 1)(x − 3)
y y
4 4

2 2

0
0
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
-3 -2 -1 0 1 2 3 4
x
-2 x
-2

-4
-4

Vejamos agora o que acontece, se aplicarmos a função módulo ao argumento de f , isto é,

fazendo a composição f g ( x) = f ( x ) :

Exemplo:
f (x )
f ( x ) = x( x − 1)(x − 3)
y
y 4
4

2
2
0

0 -3 -2 -1 0 1 2 3 4

-3 -2 -1 0 1 2 3 4 x
-2
x
-2
-4

-4

O que se passa é que o gráfico correspondente à parte positiva do domínio de f é reflectido

no eixo dos yy’s, e portanto a função f ( x ) é uma função par.


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 35

2.3.2. Função Inversa

Seja f uma função injectiva. Sejam D f e Im( f ) respectivamente o domínio e a imagem (ou

contradomínio) da função f . À única função g : Im( f ) → D f que satisfaz:

(f g )( x ) = x ∀ x ∈ Im( f )
(g f )(x ) = x ∀ x ∈ Df

−1
chama-se função inversa de f e escreve-se g = f .

Nota:
−1
• Só podemos definir f se f for injectiva (num determinado domínio);
−1 −1
• Se f é a inversa de f então f é a inversa de f ;

• Por definição, D f −1 é igual à Im( f ) , sendo f uma função injectiva;

−1
• Im( f ) = Df .

Caracteriza-se a inversa de uma função da seguinte forma:


−1
f : Im( f ) → D f
y x

ou seja, sabendo que f ( x) = y , então a função inversa define-se por f −1 ( y ) = x .

Repare que, por definição de inversa de uma função temos f −1


( y) = f −1
( f ( x)) = x e
(
f ( x) = f f −1
)
( y) = y .

Graficamente, tem-se que


−1 −1
( x, y ) ∈ Gr ( f ) ⇔ y = f ( x) ⇔ x= f ( y ) ⇔ ( y, x) ∈ Gr ( f )
y=x
P 1 = ( x, y )

P2 = ( y , x )

f
−1
f
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 36

Seja P1 = ( x, y ) ∈ Gr ( f ) e P2 = ( y, x ) ∈ Gr ( f −1 ) , o ponto médio do segmento que une estes

x+ y y+x
pontos é o ponto M = , que é um ponto que pertence à recta y = x . Podemos
2 2
−1
concluir, então que os gráficos de f e f são simétricos relativamente à recta y = x .

Pergunta:
Porque é que só podemos definir função inversa para funções injectivas?

Resposta:
Repare que se f não for injectiva acontece, pelo menos uma vez, a seguinte situação:
x1 , x 2 ∈ D f , x1 ≠ x 2 e f ( x1 ) = y = f ( x 2 )

−1
e então a função inversa, f , terá de enviar y em x1 e x 2 , ao mesmo tempo, isto é,

( x1 , y ) y = f ( x1 ) x1 = f −1 ( y ) ( y , x1 ) −1
∈ Gr ( f ) ⇔ ⇔ ⇔ ∈ Gr ( f )
( x2 , y) y = f ( x2 ) x 2 = f −1 ( y ) ( y, x 2 )

−1
e portanto f tem duas imagens para o seu objecto y. Mas isto contraria a definição de
função, consequentemente isto não poderá acontecer, ou seja, f tem de ser injectiva para que
−1
exista a função f .

Não confundir!!!
1
f −1
(x ) com
f (x )
1
representa ( f )
−1 −1
f designa a inversa f enquanto
f

Exemplo:

1. A inversa da função f (x ) = ln x em ]0,+∞[ é a função f −1 ( x) = e x


Temos:
(f f −1
)(x ) = x ∀ x ∈ IR
(verifique!!!)
(f −1
f )( x ) = x ∀ x ∈ ] 0, ∞[
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 37

2. Caracterizar a função inversa de f ( x) = x − 4

D f = [4, ∞[ ; Im( f ) = IR0+

Para determinar a expressão analítica da inversa:

x−4 = y iguala - se a y a expressão de f


x − 4 = y2 resolve - se a equação em ordem a x
x= y +4 2

Caracterização inversa:
f −1
: Im( f ) = IR0+ → [4,+∞[
x x2 + 4

Nota:
Por definição de função inversa temos D f −1 = Im( f ) ;

Esta igualdade ajuda-nos a determinar, em casos mais complicados, a Im( f ) , pois


basta determinar a expressão analítica da função inversa e calcular o seu domínio;

Contudo só podemos fazer isto quando a expressão analítica de f −1 define, por si só,
uma função injectiva. (Nota, uma função inversa é sempre injectiva, o que pode não ser
−1
injectiva é uma função que tenha a mesma expressão analítica de f ). Por exemplo, no

anterior exemplo 2, f −1 ( x) = x 2 + 4 definida em D f −1 = IR0+ = Im( f ) é injectiva, mas tem-se

que D( x 2 + 4) = IR , ou seja, a expressão analítica da função inversa, por si só, não verifica

IR = D( x 2 + 4) = Im( f ) = IR0+ , mas isto acontece porque, por si só, a expressão analítica de f −1
,

( x 2 + 4) , não é injectiva.

Exercício:
x+2
Verifique que a função f ( x ) = coincide com a sua inversa.
2x −1
(Sugestão: calcular f f ).
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 38

2.4. Função exponencial e logaritmo. Funções trigonométricas


directas e inversas.

Função exponencial:

A uma função f : IR → IR definida por f ( x ) = a x , onde a ∈ IR , a > 0 e a ≠ 1 , dá-se o


nome de função exponencial de base a.

x x x
1 3 1
Exemplos destas funções são f ( x ) = 2 x ; g ( x ) = ; h( x ) = ; i(x ) = 2 − x = ;
3 2 2

f ( x ) = e x – esta função é particularmente importante pelas suas aplicações em diversas


áreas do conhecimento, nomeadamente na área da Economia.

Nota:
• O número “ e ” é irracional ( e = 2,7182818284 5 ), e é conhecido por
constante de Euler
n
x
• lim 1 + = ex
n → +∞ n

Características destas funções:


Se a > 1

• Domínio: D f = IR
f (x ) = a x
• Contradomínio: Im( f ) = IR +
• Zeros: não tem zeros.
• f (0 ) = 1 (⇔ a0 = 1 )
• O gráfico de f passa no ponto (0,1)
• Injectiva
• Estritamente crescente, em particular se x > 0 ax >1
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 39

Se 0 < a < 1

• Domínio: D f = IR
f (x ) = a x
• Contradomínio: Im( f ) = IR +
• Zeros: não tem zeros.
• f ( 0) = 1

• O gráfico de f passa no ponto (0,1)


• Injectiva
• Estritamente decrescente. (Note-se que agora a x > 1 quando x < 0 )

Função logaritmo:

A função inversa da função exponencial é a função

f : IR + → IR que se define por f ( x ) = log a (x )


onde a ∈ IR , a > 0 e a ≠ 1 , à qual se dá o nome de função logaritmo de base a.

Nota:
• log a ( x ) representa o número y pelo qual se eleva a de modo a obter x , isto é,

log a (x ) = y ⇔ ay = x
Desta equivalência resulta também que

x=a
loga ( x )
e ( )
log a a y = y

• log a ( x ) é a função inversa da função a x .

• Notação:
log a (x ) logaritmo de base a
log( x ) logaritmo de base 10

ln ( x ) logaritmo de base e , estes logaritmos chamam-se neperianos,


em homenagem ao matemático inglês Neper.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 40

Características destas funções:


Se a > 1

• Domínio: D f = { x ∈ R : x > 0} = R +
f ( x ) = log a ( x )
• Contradomínio: Im( f ) = IR

• Zeros: x = 1 (⇔ log a (1) = 0 )

• O gráfico passa no ponto (1,0)


• Injectiva e sobrejectiva (bijectiva)
• Estritamente crescente, em particular, se x < 1 log a ( x ) < 0

Exemplos deste tipo de funções são f ( x) = log 2 (x ) ; g ( x) = log 10 ( x ) ; h( x ) = ln( x ) .

Se 0 < a < 1

+
• Domínio: D f = {x ∈ R : x > 0} = R

• Contradomínio: Im( f ) = IR

• Zeros: x = 1 (⇔ log a (1) = 0 ) f ( x ) = log a ( x )

• O gráfico passa no ponto (1,0)


• Injectiva e sobrejectiva (bijectiva)
• Estritamente crescente, em particular, se x < 1 log a ( x ) < 0
Exemplos deste tipo de funções são f ( x) = log ( x ) ; g ( x) = log ( x )
0,5 1/ e

Propriedades dos logaritmos:


Sejam x , y ∈ IR + ,1 ≠ a > 0, p ∈ IR

• log a ( xy ) = log a ( x ) + log a ( y )

x
• log a = log a (x ) − log a ( y )
y

• log a x ( p ) = p log a (x)


• log a (a ) = 1
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 41

• log a (1) = 0

ln ( x )
• log a ( x ) = (fórmula de mudança de base)
ln (a )

ln (x ) ln (x )
Em particular, log 1 ( x ) = = = − ln (x )
e 1 ln (1) − ln (e )
ln
e

Exercícios:

1. O capital acumulado a prazo ao fim de n anos, quando capitalizado de forma contínua,


pode ser calculado através da função C(n) = C0 etn , em que C0 representa a quantidade
depositada e t a taxa de juro anual (na forma decimal).
Supondo C0 = 10000 euros e t = 5%, determine:
a. A quantidade acumulada ao fim de um, de dois e de quatro anos e meio.
b. Aproximadamente ao fim de quanto tempo duplica o capital?

2. O lucro L (em euros) obtido na venda de uma peça depende do número x de unidades
produzidas mensalmente. Esta relação é dada por
x
L( x) = log 10 + .
4
a. Se a fábrica tiver a capacidade de produzir entre 500 e 800 unidades por mês, entre
que valores variará o lucro obtido em cada peça?
b. Qual deverá ser o número de unidades produzidas num mês para que o lucro unitário
seja 3 ?

3. Seja f ( x) = ln(4 − x 2 ) .
a. Indique o domínio e contradomínio.
b. Classifique-a quanto à injectividade, monotonia e paridade.
c. Considere a função f definida em [0, 2 [. Caracterize a sua inversa (isto é, indique o
−1
domínio e expressão analítica que define f )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 42

Funções Trigonométricas (directas)

Considere-se um triângulo [ ABC ] rectângulo em A .

a hipotenusa
cateto oposto b

α
c B
A
cateto adjacente

Seja α = ABˆ C , a = BC , b = AC , c = AB

Define-se:

b cateto oposto c cateto adjacente


senα = = cos α = =
a hipotenusa a hipotenusa

sen(α ) b 1 cos(α ) c
tgα = = cotg α = = =
cos(α ) c tg (α ) sen(α ) b

Alguns valores de referências destas funções:

θ radianos 0 π π π π π
6 4 3 2

senθ 0 1 2 3 1 0
2 2 2

cosθ 1 3 2 1 0 -1
2 2 2

tgθ 0 3 1 3 - 0
3

cotg θ - 3 1 3 0 -
3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 43

Função sen: π/2

Seja α um ângulo representado no P = (cos α , sen α )


círculo trigonométrico (círculo de raio sen α

1). −π = π
α
0 = 2π
sen(α ) corresponde ao valor da
ordenada do ponto que resulta da
intersecção entre a circunferência e o
segmento que determina o ângulo com o
−π/2 = 3π/2
eixo dos xx’s (medido no sentido
contrário ao dos ponteiros do relógio), de acordo com a figura ao lado.

Assim, dado um ângulo α temos as π/2

seguintes relações:
+ +
(i) sen(α ) = sen(π − α ) e P = (cos α , sen α )
sen α = sen (π−α)
(ii) sen( −α ) = − sen(α )
π −α
α
Notar que a função seno toma valores −π = π 0 = 2π

positivos nos 1º e 2º quadrantes e


valores negativos no 3º e 4º quadrantes.
− −

As relações anteriores permitem-nos


−π/2 = 3π/2
determinar o seno de qualquer ângulo
α conhecendo apenas o valor do seno no 1º Quadrante.

Exemplo:

∈ 3º quadrante
4

5π (i ) 5π π (ii ) π 2
sen = sen π − = sen − = − sen =−
4 4 4 4 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 44

Como função real de variável real, temos

f : IR → IR
x sen( x)

À função f dá-se o nome de função seno.

Atenção: x é a medida de um ângulo em radianos (π rad = 180º)

O seu gráfico é

−2π −3π/2 −π −π/2 π/2 π 3π/2 2π x


−1

Características desta função:

• Domínio: IR;
• Contradomínio: Im( f ) = [− 1,1] ;
• Injectividade: não injectiva;
• Zeros: x = kπ , k ∈ Z ;

• Paridade: ∀x sen( − x) = − sen( x) (seno é uma função ímpar);

• Periodicidade: ∀x sen( x + 2π ) = sen( x) ( 2π é o período positivo mínimo);


• Limitada: ∀x − 1 ≤ sen( x) ≤ 1 ;
π
• Máximos: em x = + 2kπ , k ∈ Z ;
2

• Mínimos: em x = + 2kπ , k ∈ Z ;
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 45

Função arcsen:

Consideremos a função
f : IR → [− 1,1]
x sen( x )
Esta função não é injectiva

−2π −3π/2 −π −π/2 π/2 π 3π/2 2π x


−1

Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
( sen( x ) = 0 ⇔ x = kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.

Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função seno seja
injectiva (chamada restrição principal):
π π
g: − , → [− 1,1]
2 2
x sen( x)
cujo gráfico é:

−2π −3π/2 −π −π/2 π/2 π 3π/2 2π x

−1

Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .

π π
Então g −1 tem por domínio [− 1,1] , imagem − , e a cada x ∈ [− 1,1] faz
2 2
corresponder o ângulo (ou arco) cujo seno é x , que se representa por arcsen(x ) .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 46

π π
g −1 : [− 1,1] → −,
2 2
x arcsen( x)
cujo gráfico é

π/2

−1 1
x

−π/2

Características desta função:


• Domínio: [− 1,1] ;

π π
• Imagem: − , ;
2 2
• Injectividade: injectiva;
• Zeros: x = 0 ;
• Paridade: ∀x arcsen( − x) = −arcsen( x) ( arcsen é uma função ímpar);
• Monotonia: estritamente crescente;
π π
• Limitada: ∀x − ≤ arcsen ( x) ≤ ;
2 2
• Máximo em x = 1 ;
• Mínimo em x = −1 ;

Nota:
• O arcsen( x) é o valor real y tal que sen( y ) = x , onde x ∈ [− 1,1] , ou seja:
arcsen( x) = y ⇔ sen( y ) = x
• sen(arcsen( x )) = x onde − 1 ≤ x ≤ 1 ;
π π
• arcsen(sen( x )) = x onde − ≤x≤ .
2 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 47

Exemplos:
1 1
• sen arcsen =
2 2

π π
• arcsen sen =
2 2

2π 3 π 2π π π
• arcsen sen = arcsen = pois ∉ − , ;
3 2 3 3 2 2

• sen(arcsen(3)) = ? (note que 3 ∉ …

Exercício:
Considere a função f definida em IR por:

π x
f ( x) = cos + 2arcsen
4 2
Determine o domínio e contradomínio de f . Caracterize a inversa.

Resolução:
x
D f = x ∈ IR : −1 ≤ ≤ 1 = {x ∈ IR : −2 ≤ x ≤ 2}= [− 2,2]
2

Determinemos o contradomínio de f :
x
−2≤ x ≤ 2 ⇔ −1 ≤ ≤1
2
x
⇔ arcsen(−1) ≤ arcsen ≤ arcsen(1)
2
(notar que a função arcsen é crescente )
π x π
⇔ − ≤ arcsen ≤
2 2 2
x
⇔ − π ≤ 2arcsen ≤π
2
π π x π
⇔ cos − π ≤ cos + 2arcsen ≤ cos +π
4 4 2 4
2 π x 2
⇔ − π ≤ cos + 2arcsen ≤ +π
2 4 2 2

2 2
Logo, Im( f ) = −π, +π
2 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 48

f é uma função injectiva porque é composta de transformações injectivas

(exercício)
Comecemos por determinar a expressão analítica da inversa:
π x x π
cos + 2arcsen =y ⇔ 2arcsen = y − cos
4 2 2 4
x y 2
⇔ arcsen = −
2 2 4
x y 2
⇔ sen arcsen = sen −
2 2 4
x y 2
⇔ = sen −
2 2 4
y 2
⇔ x = 2sen −
2 4

Portanto

2 2
f −1
: −π, +π → [− 2,2]
2 2
x 2
x 2 sen −
2 4

Exercício:
π
Dada a função: f ( x) = + 2arcsen 2 x − 1 .
3
Calcule D f e CD f . Verifique que f não tem zeros.

Resolução:
D f = {x ∈ IR : 2 x − 1 ≤ 1} = {x ∈ IR : −1 ≤ 2 x − 1 ≤ 1}
= {x ∈ IR : 0 ≤ 2 x ≤ 2}
= {x ∈ IR : 0 ≤ x ≤ 1}
= [0,1]
Determinemos a imagem de f :

0 ≤ x ≤ 1 ⇔ 0 ≤ 2x − 1 ≤ 1
π π π
⇔ + 2arcsen(0 ) ≤ + 2arcsen( 2 x − 1 ) ≤ + 2arcsen(1)
3 3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 49

π 4π
Logo, Im( f ) = ,
3 3
Vejamos agora que f não tem zeros:

π
f ( x) = 0 ⇔ + 2arcsen 2 x − 1 = 0
3
π
⇔ arcsen 2 x − 1 = −
6
π
⇔ sen(arcsen 2 x − 1 ) = sen −
6
1
⇔ 2x − 1 = −
2
f não tem zeros, pois a função módulo é sempre não negativa (isto é, ≥ 0 ).

Exercício:
Considere a função real de variável real definida por:
1
f ( x ) = arcsen
x +1
a) Verifique que D f = ]− ∞,−2] ∪ [0,+∞[ .

b) Determine a imagem de f
−1
c) Caracterize a função inversa de f , f .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 50

Função cos:

Seja α um ângulo representado no


círculo trigonométrico (circulo de raio
1).
cos(α ) corresponde ao valor da abcissa do
ponto que resulta da intersecção entre a
circunferência e o segmento que determina
o ângulo com o eixo dos xx's , conforme
se pode ver na figura ao lado.

Recorrendo ao círculo trigonométrico, é


fácil verificar as seguintes igualdades para um determinado ângulo α :

π−α π+α
α
α

cos( −α ) = cos(α ) cos(π − α ) = − cos(α ) cos(π + α ) = − cos(α )

Assim, usando as igualdades anteriores, é sempre possível determinar o valor do co-seno


de um ângulo α conhecendo apenas os valores da função co-seno no 1º quadrante.

Exemplo:

∈ 3º quadrante
3
4π 4π π π 1
cos = − cos π − = − cos − = − cos =−
3 3 3 3 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 51

Como função real de variável real, temos


f : IR → IR
x cos( x)

À função f dá-se o nome de função co-seno.


(Nota: x é a medida de um ângulo em radianos)

O seu gráfico é

−2π −3π/2 −π −π/2 π/2 π 3π/2 2π x


−1

Características desta função:

• Domínio: IR;
• Contradomínio: Im( f ) = [− 1,1] ;
• Injectividade: não injectiva;
π
• Zeros: x = + kπ , k ∈ Ζ ;
2
• Paridade: ∀x cos(− x) = cos(x) (co-seno é uma função par);

• Periodicidade: ∀x cos( x + 2π ) = cos( x) ( 2π é o período positivo mínimo);


• Limitada: ∀x − 1 ≤ cos( x) ≤ 1 ;
• Máximos: em x = 2kπ , k ∈ Ζ ;

• Mínimos: em x = π + 2kπ , k ∈ Ζ .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 52

Função arccos

Consideremos a função
f : IR → [− 1,1]
x cos( x)
Esta função não é injectiva

−2π −3π/2 −π −π/2 π/2 π 3π/2 2π x


−1

Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
π
( cos( x ) = 0 ⇔ x= + kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.
2

Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função co-seno seja
injectiva (chamada restrição principal):
g: [0, π ] → [− 1,1]
x cos( x)
cujo gráfico é:

−π/2 π/2 π x
−1

Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .

Então g −1 tem por domínio [− 1,1] , imagem [0, π ] e a cada x ∈ [− 1,1] faz corresponder o

ângulo (ou arco) cujo co-seno é x , que se representa por arccos( x ) .


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 53

g −1 : [− 1,1] → [0, π ]
x arccos( x)
cujo gráfico é

−1 1 x

Características desta função:

• Domínio: [− 1,1] ;

• Imagem: [0, π ] ;
• Injectividade: injectiva;
• Zeros: x = 1 ;
• Paridade: nem é par nem é ímpar;
• Monotonia: estritamente decrescente;
• Limitada: ∀x ∈ [− 1,1] 0 ≤ arccos ( x) ≤ π ;

• Máximo em x = −1 ;
• Mínimo em x = 1 ;

Nota:
• O arccos( x) é o valor real y tal que cos( y ) = x , onde x ∈ [− 1,1], ou seja:
arccos( x) = y ⇔ cos( y ) = x

• cos(arccos( x )) = x onde − 1 ≤ x ≤ 1 ;

• arccos(cos( x )) = x onde 0 ≤ x ≤ π .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 54

Exemplos:
1 1
• cos arccos =
3 3

π π
• arccos cos =
6 6

7π 3 5π 7π
• arccos cos = arccos − = pois ∉ [0, π ];
6 2 6 6

• cos(arccos(− 2)) = ? (note que − 2 ∉ …

Exercício:
Considere a função f definida por:
π
f ( x) = arccos 2 x − 1
3
Determine o domínio e contradomínio de f . Caracterize a inversa, caso exista.

Resolução:
D f = {x ∈ IR : 2 x − 1 ≤ 1} = {x ∈ IR : −1 ≤ 2 x − 1 ≤ 1}
= {x ∈ IR : 0 ≤ 2 x ≤ 2}
= {x ∈ IR : 0 ≤ x ≤ 1}
= [0,1]
Determinemos o contradomínio de f :
0 ≤ x ≤1 ⇔ 0 ≤ 2x ≤ 2
⇔ − 1 ≤ 2x − 1 ≤ 1
⇔ 0 ≤ 2x − 1 ≤ 1
⇔ arccos(0) ≥ arccos 2 x − 1 ≥ arccos(1)
(notar que a função arccos é decrescente)
π
⇔ 0 ≤ arccos 2 x − 1 ≤
2
π π2
⇔ 0≤ arccos 2 x − 1 ≤
3 6

π2
Logo, Im( f ) = 0,
6
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 55

A função f não admite inversa, pois não é injectiva:


2
1 3 1 3 1 π 3
, ∈ Df ≠ mas f = = f
4 4 4 4 4 3 4

Exercício:
arccos(2 x + 1)
Dada a função: f ( x) = 1 − .
2
a) Calcule D f e CD f .

b) Caracterize a inversa, caso exista.


c) {x ∈ IR : f ( x ) = 0}

Resolução:
a)
D f = {x ∈ IR : −1 ≤ 2 x + 1 ≤ 1} = {x ∈ IR : −2 ≤ 2 x ≤ 0}
= {x ∈ IR : −1 ≤ x ≤ 0}
= [− 1,0]
Determinemos a imagem de f :
− 1 ≤ x ≤ 0 ⇔ − 1 ≤ 2x + 1 ≤ 1
⇔ arccos(−1) ≥ arccos(2 x + 1) ≥ arccos(1)
⇔ 0 ≤ arccos(2 x + 1) ≤ π
arccos(2 x + 1) π
⇔ 0≥− ≥−
2 2
π arccos(2 x + 1)
⇔ 1− ≤1− ≤1
2 2
π
Logo, Im( f ) = 1 − ,1
2
b) f é uma função injectiva porque é composta de funções injectivas.
arccos(2 x + 1) arccos(2 x + 1)
1− =y ⇔ = 1− y
2 2
⇔ arccos(2 x + 1) = 2(1 − y )
⇔ 2 x + 1 = cos(2 − 2 y )
− 1 + cos(2 − 2 y )
⇔ x=
2
Portanto π
f −1 : 1− ,1 → [− 1,0]
2
− 1 + cos (2 − 2 x )
x
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 56

c) Estudemos os zeros de f
arccos(2 x + 1)
f ( x) = 0 ⇔ 1 − =0
2
arccos(2 x + 1)
⇔ =1
2
⇔ arccos(2 x + 1) = 2
⇔ 2 x + 1 = cos(2 )
− 1 + cos(2 )
⇔ x=
2
− 1 + cos(2 )
f tem um zero em x = .
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 57

Função tangente

Seja α um ângulo representado no círculo


trigonométrico. (1,tg α)
tg (α ) corresponde ao valor da ordenada do
ponto que resulta de projectar o lado α
extremidade do ângulo α no eixo paralelo ao (1,0)

eixo das ordenadas e que passa pelo ponto de


coordenadas (1,0 ) . (ver figura ao lado)

Recorrendo ao círculo trigonométrico é fácil verificar as seguintes igualdades para um


determinado ângulo α :

α
−α

tg (−α ) = −tg (α ) tg (π − α ) = tg (− α )

Estas igualdades permitem calcular a tangente de um ângulo α conhecendo apenas os


seus valores no 1º quadrante.

Exemplo:

∈ 2º quadrante
3

2π π π π
tg = tg π − = tg − = −tg = 3
3 3 3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 58

Como função real de variável real, temos

π
f : IR \ + kπ , k ∈ Ζ → IR
2
x tg ( x)
À função f dá-se o nome de função tangente.
(Nota: x é a medida de um ângulo em radianos)

O seu gráfico é

Características desta função:

π
• Domínio: IR \ + kπ , k ∈ Ζ ;
2
• Contradomínio: IR;
• Injectividade: não injectiva;
• Zeros: x = kπ , k ∈ Z ;
• Paridade: ∀x tg (− x) = −tg ( x) (tangente é uma função ímpar);

• Periodicidade: ∀x tg ( x + π ) = tg ( x) ( π é o período positivo mínimo);


• Limitada: não limitada;
• Máximos: não tem;
• Mínimos: não tem.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 59

Função arco tangente

Consideremos a função
π
f : IR \ + kπ , k ∈ Ζ → IR
2
x tg ( x)

Esta função não é injectiva.

Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
( tg (x ) = 0 ⇔ x = kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.

Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função tangente seja
injectiva (chamada restrição principal):
π π
g: − , → IR
2 2
x tg ( x)
cujo gráfico é:

Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .

π π
Então g −1 tem por domínio IR , imagem − , e a cada x ∈ IR faz corresponder o
2 2
ângulo (ou arco) cuja tangente é x , que se representa por arctg ( x ) .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 60

π π
g −1 : IR → − ,
2 2
x arctg ( x)
cujo gráfico é

π/2

π/4

−1 1 x
−π/4

−π/2

Características desta função:

• Domínio: IR ;
π π
• Contradomínio: − , ;
2 2
• Injectividade: injectiva;
• Zeros em x = 0 ;
• Paridade: ∀x arctg (− x) = −arctg ( x ) ( arctg é uma função ímpar);
• Monotonia: estritamente crescente;
π π
• Limitada: ∀x − < arctg ( x) < ;
2 2
• Máximos: não tem;
• Mínimos: não tem;

Nota:
• O arctg ( x ) é o valor real y tal que tg ( y ) = x , onde x ∈ IR , ou seja:
arctg ( x) = y ⇔ tg ( y ) = x
• tg (arctg ( x )) = x onde x ∈ IR ;
π π
• arctg (tg ( x )) = x onde − ≤x≤ .
2 2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 61

Exemplos:
1 1
• tg arctg =
7 7

π π
• arctg tg =
6 6

7π π π π 7π π π
• arctg tg = arctg tg π + = arctg tg = pois ∉ − , .
6 6 6 6 6 2 2

Exercício:
1
Considere a função definida por f ( x ) = arctg .
1 − 2x
Determine o domínio e contradomínio de f. Caracterize a inversa, caso exista.

Resolução:
1 1
D f = x ∈ IR : ∈ IR = {x ∈ IR : 1 − 2 x ≠ 0} = IR \
1− 2x 2

π π π π 1
Im( f ) = − , \ {arctg (0)} = − , \ {0} pois nunca se anula!
2 2 2 2 1− 2x
Nota: f é injectiva:

1 1
f ( x) = f ( y ) ⇔ arctg = arctg
1 − 2x 1− 2y
1 1
⇔ =
1 − 2x 1 − 2 y
porque arctg é uma função injectiva (recordar!)
⇔ ⇔ x=y
Determinemos a expressão analítica da inversa:
1 1
arctg =y ⇔ = tg ( y )
1 − 2x 1 − 2x
1 − cot g ( y )
⇔ 1 − 2 x = cot g ( y ) ⇔ ⇔ x=
2
Portanto
π π 1
f −1
: − , \ {0} → IR \
2 2 2
1 − cot g ( x)
x
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 62

Função co-tangente

(0,1) (cotgα,1)
Seja α um ângulo representado no círculo
trigonométrico.
cotg (α ) corresponde ao valor da abcissa do
ponto que resulta de projectar o lado α
extremidade do ângulo α no eixo paralelo ao
eixo das abcissas que passa no ponto (0,1) .
(ver figura ao lado)

Recorrendo ao círculo trigonométrico é fácil verificar as seguintes igualdades para um


determinado ângulo α :

π−α
α α
−α

cotg (−α ) = cotg (π − α ) = −cotg (α ) cotg (π − α ) = −cotg (α )

Estas igualdades permitem calcular a co-tangente de um ângulo α conhecendo apenas os


seus valores no 1º quadrante.

Exemplo:

∈ 2º quadrante
3

2π π π 3
cotg = cotg π − = −cotg =−
3 3 3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 63

Como função real de variável real, temos

f : IR \ {kπ , k ∈ Ζ} → IR
x cotg ( x)
À função f dá-se o nome de função co-tangente.
(Nota: x é a medida de um ângulo em radianos)

O seu gráfico é

Características desta função:

• Domínio: IR \ {kπ , k ∈ Ζ};


• Contradomínio: IR;
• Injectividade: não injectiva;
π
• Zeros: x = + kπ , k ∈ Z ;
2
• Paridade: ∀x cotg (− x) = −cotg ( x) (co-tangente é uma função ímpar);

• Periodicidade: ∀x cotg ( x + π ) = cotg ( x) ( π é o período positivo mínimo);


• Limitada: não limitada;
• Máximos: não tem;
• Mínimos: não tem.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 64

Função arco co-tangente

Consideremos a função
f : IR \ {kπ , k ∈ Ζ} → IR
x cotg ( x)

Esta função não é injectiva.

Por exemplo, há infinitos pontos do domínio que têm por imagem zero
π
( cotg ( x ) = 0 ⇔ x= + kπ , k ∈ Z ). Pelo que f não admite inversa.
2

Contudo, podemos considerar uma restrição do domínio onde a função co-tangente seja
injectiva (chamada restrição principal):
g: ]0, π [ → IR
x cotg ( x)
cujo gráfico é:

Assim definida, g é uma função injectiva e portanto faz sentido falar na sua inversa, g −1 .

Então g −1 tem por domínio IR , imagem ]0, π [ e a cada x ∈ IR faz corresponder o ângulo

(ou arco) cuja co-tangente é x , que se representa por arccotg ( x ) .


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 65

g −1 : IR → ]0, π [
x arccotg ( x)

cujo gráfico é

y
π

π/2

Características desta função:

• Domínio: IR ;
• Contradomínio: ]0, π [ ;
• Injectividade: injectiva;
• Zeros não tem;
• Paridade: não é par nem é ímpar;
• Monotonia: estritamente decrescente;
• Limitada: ∀x 0 < arccotg ( x) < π ;

• Máximos: não tem;


• Mínimos: não tem;

Nota:
• O arccotg (x) é o valor real y tal que cotg ( y ) = x , onde x ∈ IR , ou seja:
arccotg ( x) = y ⇔ cotg ( y ) = x
• cotg (arccotg( x )) = x onde x ∈ IR ;

• arccotg(cotg ( x )) = x onde 0 < x < π .


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 66

Exemplos:
1 1
• cotg arcccotg =
7 7

π π
• arcccotg cotg =
6 6

7π π π π
• arcccotg cotg = arccotg cotg π + = arccotg cotg = pois
6 6 6 6


∉ ]0, π [ .
6

Exercício:
1 π
Considere a função definida por f ( x) = arccotg (x + 3) − .
2 4
Determine o domínio e contradomínio de f. Caracterize a inversa, caso exista.

Resolução:
D f = IR . Determinemos o contradomínio de f :

1 π π π π π
0 < arccotg ( x + 3) < π ⇔ 0< arccotg ( x + 3) < ⇔ − < f (x ) < − =
2 2 4 2 4 4
π π
Logo Im( f ) = − , .
4 4
f é uma função injectiva porque é composta de funções injectivas.
Determinemos a expressão analítica da inversa:
1 π
f ( x) = y ⇔ arccotg ( x + 3) − = y
2 4
π
⇔ arccotg ( x + 3) = 2 y +
2
π π
⇔ x + 3 = cotg 2 y + ⇔ x = cotg 2 y + −3
2 2
Portanto

−1 π π
f : − , → IR
4 4
π
x cotg 2 x + −3
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 67

Função secante

A função secante define-se como


π
f : IR \ + kπ , k ∈ Z → IR
2
1
x sec( x) =
cos( x)

O seu gráfico é:

Características desta função:

π
• Domínio: {x ∈ IR : cos( x) ≠ 0} = IR \ + kπ , k ∈ Ζ ;
2
• Contradomínio: IR \ [− 1,1];

Se x ∈ Dsec , temos − 1 ≤ cos( x ) < 0 ∨ 0 < cos( x) ≤ 1


logo,
1 1 1 1
≥ ∨ ≥
− 1 cos( x) cos( x) 1
ou seja,
sec( x) ≤ −1 ∨ sec( x) ≥ 1

∴ sec(x) ∈ ]− ∞,−1] ∪ [1, ∞[


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 68

• Injectividade: não injectiva;


• Zeros: não tem;

• Paridade: ∀x 1 1 (secante é uma função par);


sec(− x) = = = sec( x)
cos(− x) cos( x )

1 1
• Periodicidade ∀x sec( x + 2π ) = = = sec( x )
cos( x + 2π ) cos( x )
( 2π é o período mínimo positivo)
• Limitada: não limitada;
• Máximo: em x = π + 2kπ , k ∈ Z ;
• Mínimo: em x = 2kπ , k ∈ Z ;

Nota:
Os máximos e mínimos referidos nas características da função secante são
relativos. No entanto, a função secante não tem extremos absolutos.

Exercício:
1
Considere a função definida por f ( x ) = + 2.
π
cos x +
6
Determine o domínio e o contradomínio. (Sugestão: esboce o gráfico de f usando as
transformações descritas nas páginas 26-30)

Caracterize a inversa da função f na restrição x ∈ − π , 5π \ 2π .


6 6 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 69

Função co-secante

A função co-secante define-se como


f : IR \ {kπ , k ∈ Z} → IR
1
x cos ec( x) =
sen( x)
O seu gráfico é:

Características desta função:

• Domínio: {x ∈ IR : sen( x ) ≠ 0} = IR \ {kπ , k ∈ Ζ};


• Contradomínio: ]− ∞,−1] ∪ [1,+∞[
• Injectividade: não injectiva;
• Zeros: não tem;

• Paridade: ∀x 1 1
co sec(− x ) = = = −co sec( x)
sen(− x) − sen( x)

(co-secante é uma função ímpar);

• Periodicidade: ∀x 1 1
co sec( x + 2π ) = = = co sec( x)
sen( x + 2π ) sen( x)

( 2π é o período mínimo positivo)


• Limitada: não limitada;
π
• Máximos: em x = − + 2kπ , k ∈ Z ;
2
π
• Mínimos: em x = + 2kπ , k ∈ Z ;
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 70

Nota:
Os máximos e mínimos referidos nas características da função co-secante são
relativos. No entanto, a função secante não tem extremos absolutos.

Exercício:
π
Considere a função definida por f ( x ) = cos ec x − . Determine o domínio e o
3
contradomínio.

Caracterize a inversa da função f na restrição x ∈ − π , 5π \ π .


6 6 3

Resolução de equações trigonométricas:

Resolução de equações com senos

sen( x) = sen(α ) ⇔ x = α + 2kπ ∨ x = (π − α ) + 2kπ , k ∈ Ζ

Exercício:
Resolva as seguintes equações trigonométricas:

1 3
a) sen( x) = b) sen(3 x) = − c) sen(3 x) = − sen( x)
2 2

Resolução:
a)
1 π
sen( x) = ⇔ sen( x ) = sen
2 6
π π
⇔ x= + 2kπ ∨ x= π− + 2kπ , k∈Z
6 6
π 5π
⇔ x= + 2kπ ∨ x= + 2kπ , k∈Z
6 6
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 71

b)
3 π
sen(3 x ) = − ⇔ sen(3 x ) = − sen
2 3
π
⇔ sen(3 x ) = sen −
3
(porque a função sen é ímpar)
π
⇔ 3x = − + 2k ∨ 3x = π + + 2 kπ , k∈Z
3 3
π 2 4π 2
⇔ x=− + kπ ∨ x= kπ , k ∈ Z
+
3 9 9 3
5π 2 4π 2
⇔ x= + kπ ∨ x= + kπ , k ∈ Z
9 3 9 3
c)
sen(3 x ) = − sen( x ) ⇔ sen(3 x ) = sen(− x )
⇔ 3 x = − x + 2kπ ∨ 3 x = (π + x ) + 2 kπ , k∈Z
π π
⇔ x=k ∨ x = (2k + 1) , k∈Z
2 2
π
⇔ x=k , k∈Z
2

Resolução de equações com co-senos


cos( x ) = cos(α ) ⇔ x = ±α + 2kπ , k ∈ Ζ

Exercício:
Resolva as seguintes equações:
1
a) cos(3 x ) = b) cos(2 x ) = − cos(x) c) cos( x ) = sen ( x )
2

Resolução:
a)
1 π
cos(3 x ) = ⇔ cos(3 x) = cos
2 3
π
⇔ 3x = ± + 2kπ , k∈Ζ
3
π 2kπ
⇔ x=± + , k∈Ζ
9 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 72

b)
cos(2 x ) = − cos( x) ⇔ cos(2 x) = cos(π + x)
⇔ 2 x = ± (π + x) + 2kπ , k ∈ Ζ
⇔ 2 x = π + x + 2kπ ∨ 2 x = −π − x + 2kπ , k ∈ Ζ
⇔ x = π + 2kπ ∨ 3 x = (2k − 1)π , k ∈ Ζ
2k − 1
⇔ x = π + 2kπ ∨ x= π, k ∈Ζ
3
c)
cos( x ) = sen ( x )

Para resolver esta equação é necessário começar por escrever sen( x) = cos( ) e
seguidamente aplicar a fórmula:

Relações entre seno e co-seno


Recorrendo ao círculo trigonométrico, é fácil verificar as seguintes igualdades para um
determinado ângulo α :

π/2−α π/2−α
α α

π π
cos(α ) = sen −α sen(α ) = cos −α
2 2

Continuação da resolução do exercício 2 c):


π
cos( x ) = sen ( x ) ⇔ cos( x ) = cos −x
2

Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 73

Resolução de equações com tangente


tg ( x ) = tg (α ) ⇔ x = α + kπ , k ∈ Ζ

Exercício:
Resolva as seguintes equações:

3
a) tg ( x) = b) tg (3 x) = −tgx
3

Resolução:
a)

3 π π
tg ( x) = ⇔ tg ( x) = tg ⇔ x= + kπ , k ∈ Z
3 6 6
b)
tg (3 x) = −tgx ⇔ tg (3 x) = tg (− x )
(porque a função tg é ímpar)
⇔ 3 x = − x + kπ , k ∈ Z

⇔ x= , k ∈Z
4

Resolução de equações com co-tangente


cotg ( x ) = cotg (α ) ⇔ x = α + kπ , k ∈ Ζ

Exercício:
Resolva as seguintes equação:

3
a) cotg ( x) = b) cotg (3 x ) = −cotg ( x) c) cotg ( x) = tg ( x)
3

Resolução
a)
3 π
cotg ( x) = ⇔ cotg ( x) = cotg
3 3
π
⇔ x= + kπ , k ∈ Z
3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 74

b)
cotg (3 x) = −cotg ( x ) ⇔ cotg (3 x) = cotg (− x)
(porque a função cotg é ímpar)
⇔ 3 x = − x + kπ , k ∈ Z

⇔ x= , k ∈Z
4
c) cotg ( x) = tg ( x)
Para resolver esta equação é necessário começar por escrever tg ( x) = cotg ( ) e
seguidamente aplicar a fórmula:

Relação entre tangente e co-tangente


Recorrendo ao círculo trigonométrico é fácil verificar as seguintes igualdades para um
determinado ângulo α .

π/2−α
α π/2−α
α

π
tg (α ) = cotg −α π
2 cotg (α ) = tg −α
2

Continuação da resolução do exercício 4 c):


π
cotg ( x) = tg ( x) ⇔ cotg ( x) = cotg −x ⇔
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 75

Identidades trigonométricas:
sen(α )
• tg (α ) = • sen(− α ) = − sen(α )
cos(α )
cos(α ) 1
• cotg (α ) = = • cos(− α ) = cos(α )
sen(α ) tg (α )
1
• sec(α ) = • tg (− α ) = −tg (α )
cos(α )
1
• cosec (α ) = • cotg (− α ) = − cotg (α )
sen(α )

Vamos ver mais algumas identidades trigonométricas, mas em primeiro lugar vamos
deduzir a fórmula fundamental da trigonometria. De acordo com a definição de seno e
co-seno de um ângulo α , dado um ponto P da circunferência unitária (com raio igual a 1
– ver figura)
P
1
a
α
b

a b
temos que sen(α ) = e cos(α ) = pelo que as coordenadas do ponto P são
1 1
P = (sen(α ), cos(α )) . Como P é um ponto da circunferência temos que a distância do
ponto P à origem é d (0 , P ) = sen 2 (α ) + cos 2 (α ) = 1 , ou seja, sen 2 (α ) + cos 2 (α ) = 1 .

sen 2 (α ) + cos 2 (α ) = 1
Fórmula fundamental da trigonometria

Outras identidades trigonométricas:

• 1 + tg 2 (α ) = sec 2 (α )

• 1 + ctg 2 (α ) = cos ec 2 (α )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 76

• sen(a ± b ) = sen(a ) cos(b ) ± cos(a )sen(b )


• cos(a ± b ) = cos(a ) cos(b ) sen(a )sen(b )
tg (a ) ± tg (b )
• tg (a ± b ) =
1 tg (a )tg (b )
• sen(2a ) = 2 sen(a ) cos(a )

• cos(2a ) = cos 2 (a ) − sen 2 (a )

• cos(2a ) = 1 − 2 sen 2 (a )

• cos(2a ) = 2 cos 2 (a ) − 1
2tg (a )
• tg (2a ) =
1 − tg 2 (a )
1 − cos(2a )
• sen 2 (a ) =
2
1 + cos(2a )
• cos 2 (a ) =
2
1
• sen(a )sen(b ) = (cos(a − b ) − sen(a + b ))
2
1
• sen(a ) cos(b ) = (sen(a + b ) + sen(a − b ))
2
1
• cos(a ) cos(b ) = (cos(a + b ) + cos(a − b ))
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 77

2.5. Exercícios

1. Considere os seguintes esboços.


a. Indique aqueles que não Fig. 1.1 Fig. 1.2 Fig. 1.3
podem ser gráficos de
funções reais de variável
real, justificando.

b. De entre as funções Fig. 1.4 Fig. 1.5 Fig. 1.6

representadas determine os
respectivos domínios,
contradomínios e indique
quais as que são injectivas.
Fig. 1.9
Fig. 1.7 Fig. 1.8
c. Complete o seguinte
quadro, usando o símbolo
X para relacionar o gráfico
com a respectiva função.

Fig./função 1 2 3 4 5 6 7 8 9
x
|x|

ex
1/x

ex
x
ln(x)

2. Determine o domínio das seguintes funções:


5
a. x4 −1 b. x4 −1

5 1
c. x4 −1 d.
x+3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 78

1
1 x 2 −1
e. f. 4
| x 2 − 25 |

ln( x 2 − 4) , x > 0
g. log 3 (9 − x 2 ) h. f ( x) =
2x + x 2 , x≤0

1
i. sen | x | j. cos
3x

k. tg ( x − π )

3. Considere a função
f: D→B
x x 2 − 16
onde D e B são dois subconjuntos de IR. Indique D e B de modo que:
a. f seja injectiva e não sobrejectiva;
b. f seja sobrejectiva e não injectiva;
c. f seja bijectiva;
d. f não seja sobrejectiva nem injectiva;
e. f seja monótona crescente e possua um extremo;

4. Indique o valor lógico das seguintes afirmações:

a. Uma função é injectiva se toda recta vertical intersecta o gráfico da função no máximo
uma vez.

b. A função
f : IR0+ → IR
x x −1
é sobrejectiva e limitada.

c. Se uma função f é periódica de período T então f tem extremos.

d. Se uma função f é limitada então f tem extremos.

e. Se uma função f é periódica de período T então f não é injectiva.

f. Se f é uma função sobrejectiva e o conjunto de chegada é [0,6], então f tem extremos.

g. Se f é uma função sobrejectiva então f tem pelo menos um zero.


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 79

5. Seja f(x) uma função cujo gráfico, para x ≥ 0 , tem a forma


apresentada na figura. Complete esse gráfico no domínio
x < 0 , se:

a. f(x) é par b. f(x) é ímpar.

6. Analise a paridade das funções seguintes:


1
a. f ( x) =
x

b. f ( x) = ln( x 2 − 4)

7. Verifique se as funções seguintes são injectivas:


a. f ( x) = x − 2

b. f ( x) = ln( x 2 − 4)

8. Determine a equação reduzida das rectas a seguir indicadas e represente-as graficamente.


a. Recta que passa pelos pontos (2,-1) e (0,4).
b. Recta paralela à recta referida na alínea anterior e que passa pelo ponto (3,1).
c. Recta perpendicular à recta da alínea (a) que passa pelo ponto (0,1).

9. Indique o valor lógico das seguintes afirmações justificando devidamente a sua opção.
a. A inversa de uma função crescente é decrescente.

b. Seja f : [− 1,1] → [− 1,1] uma função sobrejectiva e periódica de período 1, então


podemos afirmar que f (x ) = 1 / 2 tem uma única solução.
c. Se f : [ 2, 5] → IR é uma função crescente tal que f (2) = 3 e f (5) = 7 , então existe
um elemento c ∈ ] 2, 5[ tal que f (c ) = 5 .

d. Se f é uma função injectiva no intervalo [0,1] , f (0 ) = 0 e f (1) = 1 então existe c ∈ ]0,1[


1
tal que f (c ) = .
2
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 80

10. O gráfico de y = f ( x + 1) pode ser obtido a partir do gráfico de y = f ( x ) por meio de


uma translação de uma unidade
a. para a direita. c. para a esquerda.
b. para cima. d. na direcção da recta y = x + 1 .

11. O gráfico de uma função f com domínio [0;2] é dado por:

Esboce o gráfico de:


a. y = f ( x − 2) e. y = − 1 2 f ( x)
b. y = f ( x + 2) f. y = −2 f ( x)
c. y = f ( x) − 2 g. y = f ( x + 1) − 2
d. y = f ( x) + 1 h. y = f ( x − 1) + 2

12. Uma representação gráfica da função definida por t( x ) = − 1 + x − 1 é:


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 81

13. A figura 5.1 representa o gráfico de uma função f : IR → IR .

a. Qual dos gráficos seguintes poderá


ser o de | f |?

| f | se f ( x ) ≥ 0
b. E o de g ( x ) =
0 se f ( x ) < 0

| f | se f ( x ) ≤ 0
c. E o de h( x ) =
0 se f ( x ) > 0

14. A figura seguinte representa o gráfico da função g.

1
Então o gráfico da função definida por poderá ser:
g( x )
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 82

15. Seja f(x. a função cuja representação gráfica é a indicada na figura.

Indique qual a representação gráfica da função definida por h( x) = − f ( x ) .

A. B.

C. D.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 83

16. A figura representa o gráfico da função g.

Qual dos seguintes poderá representar o gráfico da função definida por h( x ) = g ( 2 x ) ?

17. Se uma função f tem dois zeros então f(|x|.:

a. Tem obrigatoriamente 4 zeros. b. Tem no mínimo 3 zeros.

c. Pode ter ou não zeros. d. Tem obrigatoriamente 2 zeros.


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 84

18. Na figura está representada parte do gráfico de uma função f, de domínio IR :

Em qual das figuras seguintes poderá estar representada parte dos gráficos de duas funções, g
e h, de domínio IR , tais que f = g × h ?

19. Os gráficos seguintes representam as funções f e g, reais de variáveis reais.


Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 85

a. Determine:
i. ( g − f )(2) ii. ( f g )(1)

b. Represente graficamente as funções f ( x) e g ( x ) .

c. Resolva as condições:
f ( x)
i. <0 ii. g ( x) ≥ 0
g ( x)

d. Tendo em atenção o gráfico da função y = x 2 , escreva a expressão analítica da função


f, explicando o seu raciocínio.

1
20. Dadas as funções, reais de variável real, f ( x ) = x − 4 e g (x ) = + 1 . Calcule:
2x
a. O domínio de ( f g )(x).
b. ( f g )(x).

1
21. Dadas as funções reais de variável real, g ( x) = 4 − 3 x e f ( x) = , obtenha, se possível,
x
as funções compostas ( f g )( x) = f ( g ( x)) e ( g f )( x) = g ( f ( x)) .

5 x, x ≤ 0
22. Sendo f ( x ) = − x, 0 < x ≤ 8 e g ( x ) = x 3 , calcule ( f g )(x).
x, x > 8

23. As figuras abaixo, representam parte dos gráficos das funções f , g : IR → IR .

-10 -5 0 5 10
x

-2 -1 0 1 2 3
-2
Gráfico de g
Gráfico de f
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 86

Qual das figuras abaixo pode representar parte do gráfico da função composta g f ? E de
f g?
a. b.
2
2

-10 -5 0 5 10 -10 -5 0 5 10

-2
-2

c. d.
2

-10 -5 0 5 10

24. Seja p ( x) um polinómio de grau 3 e q ( x) um polinómio de grau 4. Então p q tem grau:


a. igual a 4. b. igual a 12.
c. igual a 7. d. superior a 21.

25. Seja f ( x) = 2 x 2 − 1 e g ( x) = 4 x3 − 3 x . Mostre que ( f g )( x) = ( g f )( x ) . É comum que


esta propriedade (comutativa) seja verificada?

26. Seja g ( x) = x 2 . Encontre todos os polinómios de primeiro grau, f ( x) = ax + b ( a ≠ 0) , tal


que ( f g )( x) = ( g f )( x) .

27. Seja f uma função definida por f ( x ) = 4 x − 1 . Então f −1 pode ser definida por:
1− x b. f −1 ( x) = (4 x − 1) −1
a. f −1 ( x) =
4
x +1 d. nenhuma das opções.
c. f −1 ( x) =
4

28. Considere a função real de variável real f ( x ) = x + 3 + 5 .


a. Indique o seu domínio e contradomínio.
b. Determine e caracterize a sua função inversa, caso exista.
c. Determine o conjunto S = {x ∈ R : f ( x ) = 4} .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 87

x+5
29. Considere as funções: f ( x) = x e g ( x) = .
x −1
−1
a. Caracterize f e g −1 .

b. Caracterize ( f g ) e g −1
−1 −1
f . O que se conclui?

30. Considere a função real de variável real definida por f ( x) = x 2 sgn( x ) , sgn denota a

1 ,x > 0
função sinal definida por f ( x ) = 0 , x = 0 .
−1 , x < 0

a. Mostre que a função é invertível e escreva a sua função inversa.


−1
b. Esboce, numa única figura, o gráfico de f e de f . O que se pode concluir?

31. Sendo h uma função cuja representação gráfica é:

Então o gráfico de h −1 será:


A.. B

C D
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 88

32. Escolha a afirmação correcta: Se s for uma função cuja representação gráfica é

então,
a. s admite inversa
b. A restrição de s a [0, 2[ tem inversa cuja representação
gráfica é

c. A restrição de s a [0, 2[ tem inversa cuja


representação gráfica é

1
d. s(0) =
2

33. Seja f uma função que admite inversa f −1 , tal que f = f −1 . Então o gráfico de f é
obrigatoriamente:
a. a recta y = x . b. simétrico em relação à bissectriz dos
quadrantes impares.
c. simétrico relativamente à origem do d. uma linha continua.
referencial.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 89

34. Indique o valor lógico das seguintes afirmações justificando devidamente a sua opção.
a. Se f e g são duas funções injectivas então g f é uma função injectiva.
1 1
b. Se f ( x ) = − 1 e g (x ) = x − 1 então D g f = 0, .
x 2
c. Seja f e g duas funções sobrejectivas tal que f : [− 1,1] → [0, ∞[ e g : IR → ]0, ∞[ , então
a imagem (ou contradomínio) de g f é Im(g f ) = ]0, ∞[ .

1
35. A representação gráfica da função definida por f ( x) = , é:
1 + ex
a. c.

b. d.

36. Considere as funções f e g, de domínio IR, definidas por f ( x) = 2 x e g ( x) = 3 x .


Qual o conjunto solução da inequação f ( x) > g ( x) ?
a. Conjunto vazio b. IR −
c. IR + d. IR

37. Calcule:

(
a. log 1 log 2 2 8 ) b. log 1
1
2 2 8
log 1 9
c. log 2
16 d. ln e 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 90

38. O gráfico da função f ( x) = e 2 x , intersecta a recta y = 6 em:


a. Dois pontos: (-2;6) e (3,6). b. Um ponto: (ln3;6).

c. Um ponto: ( ln 6 ; 6). d. Nenhum ponto.

x −1
39. Seja g uma função definida por g ( x) = ln . Então o domínio de g é:
x−2

a. ]2; +∞[ b. IR \ {2}

c. IR \ {1,2} d. ]−∞;1[ ∪ ]2; +∞[

40. O valor da expressão e 2+ln ( x +1) é igual a:


a. e 2 + x + 1 . b. e 2 (x + 1)

c. e 2+ x d. e 2 + ln ( x + 1)

A expressão e ln (x ) + 2 − log 2 x é identicamente igual a:


2
41.

( )
a. x 2 + log 2 x −2 . b. x 2 + log 2
4
x
x
c. x 2 + log 2 (4 − x ) d. x 2 + log 2
4

42. Determine os valores reais de x que verificam cada uma das seguintes condições:

ln(3 − x)
a. <1 b. e 2 x − 12e −2 x = 1
ln( x)
2
3 x +1
c. 2 x = 81 ( )
d. ln x 2 − 1 − ln x = ln 2
3

e. 2 ln x − ln( x 2 + x − 2) = 0 f. log 5 ( x) + log 2 (8) = 0

ex −1
g. xe x − 2e x < 0 h. >0
x2 +1

i. log 1 x − 3 − log 1 ( x − 1) > 0


3 3
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 91

43. Dada a função real de variável real h( x) = 2 − 2e 3 x .

a. Resolva a seguinte equação: (h( x) ) = 4.


2

b. Caracterize h −1 ( x)

44. Considere a função real de variável real f ( x ) = 1 − log 1 e 2 − x 2 . ( )


e

Determine:
a. O seu domínio.
b. f (0) .

e2
c. O conjunto A = x ∈ ℜ : 1 − f ( x ) ≥ log 1 .
e
4

45. Determine:

π 5π 4π
a. sen − b. cos c. tg −
6 4 3

8π 3π
d. cos (12π ) e. cot g f. sec
6 2

3π 219π
g. cos ec h. sec i. cos ec ( −330 )
4 4

2 1
j. arcsen − k. arctg l. arccos ( −1)
2 3

1 3 10
m. cos ec arccos − n. sec arctg − o. sen 2 arccos
4 2 5

p. sen
π
6
− arccos −
4
5
q. cos
π
3
− arcsen
3
5
(
r. arctg − 2 cos π 6 ( ))

1 1 1 1 1
s. tg 2 arccos t. tg arccos + arcsen u. arcsen ( −1) + 2 sen 2 arccos
3 3 2 2 4
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 92

46. Considere a expressão f ( x ) = a + bsen 2 ( x) . Sempre que se atribui um valor real a e um


valor real b, obtemos um a função de domínio IR.
1
a. Nesta alínea, considere que a = 2 e b = −5 . Sabendo que tgθ = , calcule f (θ ) .
2
b. Para um certo valor de a e um certo valor b, a função f tem o seu gráfico parcialmente
representado na figura seguinte:

Conforme esta figura sugere, tem-se:


• O contradomínio de f é [− 3,1]
• 0 e π são maximizantes
π π
• − e são minimizantes
2 2
Determine a e b.

47. Seja f uma função definida por f ( x) = ln (2 sen( x) − 1) . Então, o domínio de f em

[ 0; 2π ] é:
π 5π π 5π 7π 11π
a. ; b. ; ∪ ;
6 6 6 6 6 6

π 5π 7π 11π π 5π
c. ; ∪ ; d. ;
6 6 6 6 6 6

48. Dadas as funções arcsen(x), arccos(x), arctg(x) e sec(x), associe cada uma delas ao
respectivo gráfico.
a. b.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 93

c. d.

49. Resolva cada uma das seguintes equações.

π 1 π
a. sen 2 x + =− b. tg ( 4 x ) = cot g ( x) c. arccos ( 4 x ) =
6 2 6

2 f. sen ( 2 x ) + sen ( x ) = 0
d. cos ( 2 x ) = − e. 2 sen ( 5 x ) = 3
2

1
g. 2tg 2 ( x ) + 9tg ( x ) + 3 = 0 h. 15cos 4 ( x ) − 14 cos 2 ( x ) + 3 = 0 i. tg ( arccos ( x ) ) =
3

x π π 1 2x −1
j. 2arctg +4 =− k. − arccos x − =0 l. tg arctg =3
2 2 3 2 x

3 3 π α
50. Sabendo que tgα = − ∧ π ≤ α ≤ 2π , calcule sen + α + sen .
4 2 3 2

51. Resolva as seguintes inequações.


a. sen(2 x) < sen( x) , em [ 0; 2π [ .
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 94

3
b. sen( x) > , em [ 0; 2π [ .
2
x + 1 2π
c. arccos < .
2 3

52. Qual é a inversa e o domínio da função f definida por f ( x) = arcsen( x − 1) − 4 ?

a. b.
−1 −1
f ( x ) = arcsen( x + 4) − 1 f ( x) = sen( x + 4) + 1

D f = [0 , 2] D f = ]0 , 2[

c. d.

−1 −1
f ( x ) = sen( x + 1) + 4 f ( x ) = sen( x + 4) + 1

D f = ]1,4[ D f = [0 , 2]

53. O domínio da função definida por f ( x ) = 2arcsen 2 x − 1 é:

π π
a. − , . b. [− 1,1]
2 2
c. [0 ,1] d. [− π ,π ]

54. Dadas as funções reais de variável real


f ( x) = 2 cos( x) , g ( x) = cos( x) sen( x)

a. Determine os valores de x no intervalo ]−π , π [ que verificam a condição

f ( x) > 3

b. Resolva a equação f ( x ) + g ( x ) = 0

1
55. Considere a função real de variável real f ( x) = .
π
cos 3 x −
4
a. Determine o seu domínio e contradomínio.
b. Escolha um domínio (de maior amplitude possível) onde f seja injectiva, e calcule,
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 95

nesse domínio, a respectiva função inversa.


π
c. Verifique que f − f (π ) = 0
2

π
56. Considere a função f ( x) = − 3arcsen(2 x) .
4
a. Calcule o domínio e contradomínio da função.
b. Determine a função inversa.
c. Calcule os zeros da função.
π
d. Determine x ∈ R : f ( x) =
4

1− x2
57. Dada a função h( x) = 2π − 3 arccos
2

a. Mostre que h é par.


b. Determine o seu contradomínio.
c. Caracterize a inversa da restrição de h ao subconjunto não negativo de D h

π
d. Defina em extensão: A = x ∈ Dh : h( x) ≤ .
2

58. Considere a função real de variável real f ( x ) = π − 2arctg (2 x + 1) .


a. Determine o domínio e contradomínio de f.
b. Prove que ∀x ∈ [− 1, 0], f ( x) ≠ 0.
c. Defina a função inversa.

59. Considere a função f ( x ) = tg ( x ) + sen ( x ) .

a. Determine o seu domínio.


b. Justifique que a função é ímpar.

1
60. Considere as funções f e g, reais de variável real, f ( x) = − sen( x) e
2
g ( x) = 2 arccos( x − 1) , definidas nas respectivas restrições principais.
a. Determinar x tal que f ( x) + f (2 x) = 1 .
b. Escreva a expressão designatória da aplicação ( f g )( x) e determine o número
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 96

1
designado por ( f g) .
3
c. Caracterize a função inversa de g.

61. Considere as rectas r e s, definidas por:

r : 2 3y + 2x = 3
s : y + 3 x = −2 3
a. Determine o ângulo que a recta r faz com o eixo das abcissas.
b. Determine o ângulo que a recta s faz com o eixo das ordenadas.
c. Determine o ângulo entre as duas rectas.

62. Seja h uma função real de variável real, definida por h( x) = −


π
2
+
1
2
( )
arccos x 2 .
a. Determine o domínio de h.
b. Analise h quanto à injectividade. O que pode concluir quanto à existência de função
inversa de h.
c. Considerando h definida em [0,1] , caracterize a inversa desta função (indicando Dh −1 ,
Dh'−1 e a sua expressão analítica).

π x −1
63. Mostre que a inversa da função f ( x) = + arcsen é a função definida por
2 2
f −1
: [0, π ] → [− 1,3]
π .
x 1 + 2 sen x −
2

1
64. Considere a função definida por g (x ) = π − arccos x 2 + .
2
a. Determine o domínio e o contradomínio da função g .
b. Calcule, caso existam, os zeros de g .
c. Mostre que a função g é par.
d. Comente a afirmação: “A função g não admite inversa.”

e. Considere a função g restrita ao subconjunto não negativo de D g e caracterize a sua


inversa.
Capítulo II: Funções Reais de Variável Real_________________ _____ _____ 97

65. Considere a função definida por f ( x ) = arcsen(3 − 2 x ) .


3
a. Calcule os valores de f (1) e f .
2
b. Determine o domínio e o contradomínio da função f .
c. Determine os valores de x para os quais a função f atinge os seus extremos.
d. Caracterize a inversa da função f .

66. Para cada uma das seguintes questões são indicadas quatro respostas alternativas, das
quais apenas uma está correcta; assinale-a com um círculo à volta do número
correspondente.

a. Qual é a inversa e o domínio da função f definida por f ( x) = ln( x − 1) − 4 ?

−1 −1
f ( x ) = ln( x + 4) − 1 f ( x) = e x + 4 + 1
(i) (ii)
D f = ]1,+∞[ D f = [1,+∞[

−1
f ( x ) = e x +1 + 4 f −1
( x) = e x + 4 + 1
(iii) (iv)
D f = ]1,4[ D f = ]1,+∞[

b. Qual das seguintes funções não tem inversa?

(i) f ( x) = e x (iii) f ( x) = x

(ii) f ( x) = x 5 (iv) f ( x) = log10 x

c. Qual das seguintes funções não tem inversa?


(i) f ( x) = sen( x), − π 2 ≤ x ≤ π 2 (iii) f ( x) = sen( x), 0 ≤ x ≤ π

(ii) f ( x) = x 5 , − 1 ≤ x ≤ 1 (iv) f ( x) = cos( x), 0 < x ≤ π

d. Seja f ( x) = 3 log 7 x , x > 0 e a, b ∈ IR + , então podemos afirmar que:


(i) f (a + b ) = f (a ) + f (b) (ii) f (a + b ) = f (a ) × f (b)

(iii) f (a × b ) = f (a ) + f (b) (iv) f (a × b ) = f (a ) × f (b)

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