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Contexto Histórico
Contexto Literário
Embora desde o século II esta epístola já seja aceita como endereçada aos
Efésios, há grande controvérsia quanto a isto. Foulkes aponta que o documento guarda
características de um sermão ou carta circular, que de alguma maneira ligou-se de modo
especial à igreja em Éfeso. Chama a atenção o fato de que, tirando-se a introdução, o
corpo da epístola não faz referências aos destinatários, como é comum em Paulo.
Até mesmo a autoria Paulina tem sido questionada, mas a posição tradicional, que a
aceita, tem prevalecido.
Efésios faz uma espécie de paralelo constante com Colossenses. As duas
epístolas, segundo Foulkes, tem planos e argumentos semelhantes, e ambas
compartilham expressões que não se encontram nas demais cartas paulinas.
Efésios não traz de um problema específico, dá diretrizes gerais sobre a vida no corpo.
Analise dos versículos
Versículo 10: o texto começa com a expressão “quanto ao mais”, que se refere
a todo conteúdo anterior da epístola. O conflito espiritual cristão deve ser vivido
com as instruções a seguir, mas também considerando o que já foi dito antes,
sobretudo a partir do capítulo 4. “Sede fortalecidos”, no original grego, implica
em uma ação constante.
Versículo 11: A palavra grega empregada é Panhopla, que também ocorre em
Rm 13:12 e 1 Ts 5:8, implica na soma total de todas as peças da armadura
(hopla). Assim, devemos entender que as peças desta armadura atuam em
conjunto. É possível também entender a Armadura de Deus como a que ele usa
ou a que ele fornece. Muitos comentaristas pensam que Paulo empregou o termo
deliberadamente com duplo sentido. A ordem de ficar firmes traz a idéia de não
avançar nem recuar, mas guardar posição. Esta necessidade é enfatizada mais
3 vezes no versículo 13
Versículo 12: Não há duvida que aqui Paulo foi literal, ao se referir ao diabo
(versículo 11) e os dominadores deste mundo tenebroso. A expressão em grego
“kosmokratoras” refere-se ao dominador de todo o mundo, no sentido que Jo
12:31 e 2 Co 4:4 empregam para descrever o diabo.
Versículo 13: “Portanto (uma vez que a luta é terrível como descrita no versículo
anterior) tomai toda a armadura de Deus.” A armadura deve ser usada de
maneira integral. A idéia de ficar firme, no original grego, implica em resistir
firmemente a uma forte oposição.
Versículo 14: o cinturão é a peça que prende todo o resto da armadura. Cingir-
se é comumente usado na bíblia para descrever um ato preparatório importante.
Versículo 15: ter calçado os pés pode aludir a um estado de prontidão, o que
talvez implique em estar pronto para avançar, visto em perspectiva com o
permanecer firme. Neste sentido, o crente é também um mensageiro das boas
novas, que deve avançar apesar da batalha para levar o Evangelho da paz ao
mundo.
Versículo 16: o escudo da fé é um escutum, artefato que protegia grande parte
do corpo. Em 1TS 5:8, Paulo fala da fé e amor como uma couraça. Paulo sabia
que as ciladas do diabo incluem dardos inflamados setas planejadas pelo inimigo
para nos destruir.
Versículo 17: o verbo usado em “tomai também o capacete da salvação”
emprega o sentido de salvação como dom de Deus. O Antigo Testamento se
refere à língua como uma espada. Mas aqui a arma é vista como divina, a espada
do Espírito, que separa o falso do verdadeiro (Hb 4:12) e traz julgamento (Is 11:4,
Os 6:5).
Versículo 18: embora a oração não seja uma parte da armadura, ela não pode
ser dissociada do texto, é como se, depois de equipado, o leitor devesse
permanece orando. Pode estar implícito no texto de Paulo a recomendação de
vestir cada peça em oração.
Conclusão