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“Os Amantes” de René Magritte

(ELOI) Vamos apresentar o quadro de René Magritte, “Os amantes”.


Este quadro foi publicado em 1928 e é uma obra surrealista. Está exposto na Galeria Nacional
da Austrália.
Tem as dimensões de 54.2cmx73cm e a
técnica utilizada é óleo sobre tela.

OBSERVAÇÃO DO QUADRO

(ELOI)
Ao observar este quadro, os aspetos
mais significativos são: os rostos que se
encontram carinhosamente próximos e
cobertos por panos brancos, a presença de
três planos: o casal, o homem vestido com
roupa clássica, camisa branca, fato e gravata
pretos, e a mulher com um delicado vestido
vermelho.
As cores que se destacam são o branco, o vermelho, o azul e, finalmente, o preto.
Os trajes demonstram um estatuto social respeitado e, sendo assim, não se admitem
falhas ou imperfeições.
Refugiam-se então no confiável campo que encobre uma relação proibida. As cores
predominantes do plano principal simbolizam isso mesmo, o vermelho, a paixão, o amor, a
energia de lutarem por uma aceitação, o azul que transmite calma e eternidade e o preto, que
remete para o lado obscuro da relação, o mistério, o isolamento, a morte e a solidão. Na
verdade, este amor é puro, retratado pelo branco, e merece ser usufruído em tranquilidade.

INTERPRETAÇÃO DO QUADRO:

(MARIA)
Podemos interpretar este quadro da seguinte maneira:
O quadro pode ser a expressão da falta de comunicação na ilusão da própria comunicação, a conexão
da modernidade líquida contrapondo a relação das velhas sociedades ditas lentas, baseada numa
responsabilidade mútua. Pois, notem, apesar do quadro mostrar um casal beijando-se, o beijo, a relação
firmada (de firme), é interrompida (até mesmo evitada, pode-se dizer) pelos panos na cabeça de cada amante.
Como este quadro transmite a ideia de um amor proibido, um amor cego, perturbado pelo
preconceito social. Por detrás daqueles panos brancos, esconde-se a vergonha, o amor, o desconhecido.
Apesar de se amarem profundamente, estão condenados por uma sociedade inflexível.
Aqui, uma barreira de tecido impede o abraço íntimo entre dois amantes, transformando um ato de
paixão em isolamento e frustração.
Uma possível interpretação para esta pintura é a representação da nossa incapacidade de revelar
totalmente a nossa verdadeira natureza ao nosso companheiro mais íntimo.
Este quadro representa, assim, um casal alienado por um amor cego e incondicional. Esse apego
exagerado demonstra que ambos perderam a própria identidade, ficando sem nenhum tipo de expressão ou
distinção.
Apesar desta interpretação, há muitas outras pois os rostos doa amantes encontram-se tapados por
panos brancos, mas eles escondem os seus rostos um do outro, dos outros ou de si mesmos?
A ORIGEM

(ELOI)
A origem do casal retratado vem, provavelmente, da
imaginação de Magritte, inspirada por um personagem
francês.
Como a maioria dos pintores surrealistas, o criador da
obra era fascinado pelo Fantôma, uma espécie de vilão da
literatura francesa. Esse personagem ficou tão conhecido
que foi adaptado para o cinema, onde aparecia sempre com
o rosto coberto por uma meia ou por um pano branco.
Outra possível causa para as faces ocultas está na
morte da mãe do pintor, que cometeu suicídio 16 anos antes da pintura ser feita e foi
encontrada no Rio Sambre, no norte da França. A cabeça da mulher estava enrolada no vestido
que ela usava, o que pode ter inspirado Magritte na execução de Os Amantes. Assim, muitas
pinturas do artista contêm rostos tapados.
O artista não explicou suas intenções ao não revelar a face dos amantes. Mas através
do simples artifício do pano envolver suas cabeças e pescoços, como cordas, o quadro que
poderia ser apenas uma imagem de um casal brincando, assombra com a sensação de
alienação, sufocamento e até morte. Aparentemente inocente, absurda, é a imagem de uma
realidade crua se pusermos a imaginação a funcionar.

O AUTOR

(MARIA)
A sua arte carateriza o amor surrealista aos paradoxos visuais: embora as coisas possam dar a
impressão de serem normais, existem anomalias por toda a parte, e o surrealismo atrai justamente porque
explora nossa compreensão oculta da esquisitice terrena.
Pintor de imagens insólitas, às quais deu tratamento rigorosamente realista, utilizou processos
ilusionistas, sempre à procura do contraste entre o tratamento realista dos objetos e a atmosfera irreal dos
conjuntos. Suas obras são metáforas que se apresentam como representações realistas, através da
justaposição de objetos comuns.
Magritte fez pinturas de objetos comuns em contextos incomuns, e assim criou a sua própria forma
de poesia para expressar o seu inconsciente, de uma forma filosófica e conceitual.
O artista, ao contrário dos outros surrealistas, era uma pessoa perturbadoramente comum, sempre
com um sobretudo, terno e gravata vestidos.
Para Magritte suas pinturas não tinham qualquer significado, porque o mistério não tem significado.
Ficamos apenas com o mistério e a incerteza, o que torna o trabalho dele mais misterioso e mais atraente.

CONCLUSÃO

(MARIA)
Apesar da inquietação e das controvérsias, o que é verdadeiro consegue vencer. O interior é muito
mais forte do que pensamos. Será que é necessário vermos para sentirmos?

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