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DISCIPLINA: EXECUÇÃO E TUTELA PROVISÓRIA (URGÊNCIA E EVIDÊNCIA)

PROFESSOR: DANIEL ASSUMPÇÃO


MATÉRIA: TEORIA DA EXECUÇÃO

Leis e artigos importantes:


 Arts. 536 e 537, CPC

Palavras-chave:
 Prisão Civil
 Astreintes

TEMA: FORMAS EXECUTIVAS

PROFESSOR: DANIEL ASSUMPÇÃO

FORMAS EXECUTIVAS (Continuação)

PRISÃO CIVIL (continuação)

Toda determinação de uma prisão civil vem de uma decisão interlocutória, a qual será
proferida numa execução (ou num processo autônomo - executando título executivo extrajudicial;
ou sentença - cumprimento de sentença; ou tutela provisória de alimentos - cumprimento de
sentença).
Recurso cabível: Agravo de Instrumento (Art. 1.015, p. único, CPC)

* Habeas Corpus: a jurisprudência admite (STF, 1ª Turma, HC 87.134/SP). Porém o HC


tem um procedimento sumário documental (limitação probatória). O HC, nessa hipótese, vai ser
mais voltado a questão meramente de direito.

> Quanto tempo fica preso o devedor de alimentos?


Art. 528, §3º, CPC (cópia do Art. 733, §1º, CPC/73)
- 1 a 3 meses (enquanto o inadimplemento persistir)
x
- 60 dias (Art. 19 da Lei de Alimentos)

CPC/2015, por meio do Art. 1.072, V, revogou os Arts. 16, 17 e 18 da Lei de Alimentos.
Já na vigência do CPC 73, o STJ (4ª turma, RHC 23.040/MG) pacificou o entendimento de que
prevalecia a regra do CPC. Assim o prazo a ser utilizado é o de 1 a 3 meses.

Matéria: Execução e Tutela Provisória (Urgência e Evidência) – Prof: Daniel Assumpção


> É possível que um devedor de alimentos fique preso por mais de três meses?
STJ, 3ª Turma, HC 39.902/MG. Pode haver sucessivas prisões, mas desde que
fundadas em diferentes dívidas (por aquela dívida que rendeu a prisão e não houve o pagamento,
a única alternativa é levar para a execução comum.

* ASTREINTES

É a chamada multa cominatória. Previsão no Art. 537, CPC.

> Multa

. Pode ter qualquer periodicidade (se falar que é uma multa diária é um erro - pode ter
aplicação da multa por hora / por ato praticado).

. Pode ser uma multa fixa (se o sujeito tem uma obrigação instantânea, a multa nunca é
periódica, é sempre fixa)

. Pode ser fixada de ofício (a regra é o juiz aplicar as medidas de execução de ofício,
sem depender do requerimento - a prisão civil é exceção)

. Valor
Não existem parâmetros legais para fixação do valor das astreintes. Não pode ser ínfimo
(se for, a medida não pressiona) nem exorbitante (o valor exorbitante gera desestímulo ao
cumprimento).

Art. 537, §1º, CPC - o juiz pode alterar o valor da multa vincenda para adequá-lo ao caso
concreto (o juiz pode perceber que o valor originariamente fixado ficou ínfimo ou exorbitante).
Numa interpretação a contrario sensu, a multa vencida não pode ter o seu valor alterado.

* Valor consolidado da multa: calculado quando a multa deixa de ser aplicada. Não se
aplica essa regra a essa hipótese, porque segundo o STJ o valor consolidado da multa pode ser
diminuído (justificativa jurídica para essa redução: evitar um enriquecimento sem causa).
I485/STJ, 3ª Turma, Resp 1.1019/455/MT. O STJ diz que como é um excesso de execução, essa
diminuição pode ser feita de ofício.
Além disso, diz que é uma questão meramente de direito (não tem questão de fato para
ser resolvida aqui). Como é uma matéria que o juiz conhece de ofício e é uma matéria que não
exige dilação probatória, vai se aplicar a súmula 393/STJ, que é a súmula que regula o cabimento
da exceção de pré-executividade (matérias conhecidas de ofício que não demandem dilação
probatória).

Executando o título executivo judicial que fixou a multa > o juiz pode reduzir de ofício, e
se não o fizer, o executado pode pedir a diminuição tanto numa impugnação ao cumprimento de
sentença, quanto numa exceção de pré-executividade.

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OBS1: STJ, 4ª Turma, AgInt no AgRg no AResp 738.682. STJ reafirmou seu
entendimento de que não existe uma limitação do valor da multa pelo valor da obrigação. Sendo
assim, o valor da multa pode superar o valor da obrigação que se pretende ver cumprida.
A razão desse entendimento é a natureza jurídica da multa. Se a multa tivesse natureza
reparatória, é óbvio que ela teria uma relação com o valor da obrigação. Se ela tivesse uma
natureza sancionatória, também haveria limite com base no valor da obrigação principal (não se
pode ter uma sanção maior do que o valor da obrigação descumprindo).
Essa multa é uma multa executiva, sua natureza é de medida de execução indireta (não
se está buscando reparação de danos, mas se pressionar o sujeito a pagar).

OBS2: STJ, 2ª Seção, Rcl 7.961/SP (E144/FONAJE). Ovalor da multa nos juizados pode
superar os 40 salários mínimos. Esse teto de 40 salários mínimos é calculado com base no valor
da causa (causas com valor até 40 s.m.), e a multa não tem nada a ver com o valor da causa. A
multa pode gerar um título executivo judicial com valor superior a 40 s.m. e este será executado
no próprio juizado. Título judicial de juizado se executa no juizado, independentemente do valor.

> Credor desta multa: é a parte contrária


Se a multa pressiona de maneira eficaz, a parte cumpre a obrigação e não se aplica a
multa.
> Devedor: necessariamente é a parte que descumpre a obrigação
Significa que as astreintes, como medida executiva, não podem ser aplicadas a terceiros
(o devedor é pressionado a cumprir a obrigação).

O STJ já pacificou que é possível aplicar astreintes contra a Fazenda Pública. Porém,
reconhece que não cabe astreinte contra agente público (STJ, 1ª Turma, Resp. 679.048/RJ), mas
que esse descumprimento pelo agente público é um ato atentatório conta a dignidade da justiça
(Art. 77, §2º, CPC). Esse ato atentatório pode ser praticado por qualquer um, parte ou terceiro, e
este é sancionável com multa de até 20% do valor da causa.

Súmula 410, STJ. Segundo a Doutrina, é mais uma das tantas que foram revogadas
tacitamente pelo CPC/2015. Essa súmula fixa que deve haver uma intimação pessoal do devedor
para que possa exigir as astreintes (vai intimar o sujeito a cumprir a obrigação, sob "pena" da
aplicação das astreintes).

Pela previsão do Art. 513, caput e §2º, CPC, depreende-se que essa súmula está
superada. Se você tem uma decisão (título executivo judicial) para que seja cumprida a obrigação
sob "pena" da aplicação de astreintes, esta vai ser executada sob cumprimento de sentença. E
estes dispositivos vão dizer que a intimação para cumprimento de sentença é em regra realizada
na pessoa do advogado.

> Executabilidade das Astreintes


Temos uma decisão interlocutória ou sentença que fixou as astreintes, mas ela ainda
não é definitiva:
1ª Corrente (Dinamarco) -> A eficácia tem que ser imediata (você tem uma decisão que
fixa astreintes, se não tiver pendente contra ela recurso com efeito suspensivo, você já pode

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executar) > a justificativa é a eficácia da medida (a imediatidade da execução da multa aumenta
seu poder coercitivo > efetividade).
2ª Corrente (Marinoni) -> Defende que devemos esperar o trânsito em julgado da
decisão final (segurança jurídica)

Art. 537, §3º, CPC - a execução das astreintes tem uma executabilidade imediata,
significa que se a decisão que fixou astreintes não tiver contra ela um recurso com efeito
suspensivo pendente de julgamento, pode executar. Mas o levantamento do dinheiro está
condicionado ao trânsito em julgado. Assim, mantém-se a efetividade, preservando a segurança
jurídica.

4) Correlação entre a espécie de obrigação e a forma executiva

4.1) Obrigação de pagar quantia


Uma execução para pagar quantia pode se desenvolver tanto por processo autônomo de
execução, quanto por cumprimento de sentença (PAE: TEE / CS: TEJ)

. Procedimento comum da execução de pagar quantia


Regra: execução por sub-rogação (penhora / expropriação)
OBS: Dizer que o procedimento comum da execução de pagar quantia se desenvolve
em regra por execução por sub-rogação não significa dizer que eu não possa ter execução por
sub-rogação em procedimento especial.

. Execução de pagar contra a Fazenda Pública - procedimento especial


> RPV ou sistema de Precatórios - tanto o RPV quanto o sistema de precatórios são
formas de execução por sub-rogação.

. Alimentos
Podemos ter uma especialidade procedimental subrogatória: desconto em folha de
pagamento (medida executiva prevista expressamente para execução de alimentos é medida de
execução por sub-rogação).

MEDIDAS TÍPICAS

Com o CPC de 2015, além dessa execução por sub-rogação clássica que é a penhora e
expropriação, eu passo também a trabalhar com execução indireta. Há medidas típicas de
execução indireta na obrigação de pagar quantia (Art. 827, §1º - desconto de 50% dos honorários
- o executado é citado para pagar em 3 dias, e se cumprir essa obrigação no prazo, tem desconto
no valor dos honorários). Medida aplicável exclusivamente ao processo autônomo de execução.

Art. 517, CPC - Protesto da sentença (essa medida executiva só é admitida no


cumprimento definitivo de sentença) - ainda que a sentença seja executável, se ela não transitou
em julgado, é provisório, e não cabe essa medida executiva.
Não basta só o trânsito em julgado - transitou em julgado vai começar o cumprimento de
sentença, vai intimar o executado para pagar em 15 dias, e só pode mandar a sentença por
protesto se o executado não pagar em 15 dias

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Art. 528, §1º - esse protesto é cabível na execução de alimentos, ainda que seja no
procedimento especial da prisão civil. No cumprimento de sentença de alimentos, não precisa de
trânsito em julgado, ou seja, é cabível também no cumprimento provisório (se é possível prender
o devedor de alimentos no cumprimento provisório de sentença, que lógica teria que não poder
protestar a decisão?). Nos alimentos, é possível protestar tanto a sentença quanto a decisão
interlocutória.

O devedor de alimentos vai ser intimado para pagar, provar que já pagou ou justificar
porque não pagou em três dias, e se o executado nesses 3 dias justificar o inadimplemento, não
cabe o protesto. Numa execução comum, as razões do inadimplemento são irrelevantes, o
simples inadimplemento justifica o protesto.

Art. 782, §§3º e 5º, CPC - inclusão do nome do executado em cadastros de


inadimplentes. Esta é uma medida executiva aplicável tanto no processo autônomo quanto no
cumprimento de sentença (compatível com essas duas formas de execução).

MEDICAS ATÍPICAS

Art. 139, IV – são cabíveis todas as medidas coercitivas e indutivas na execução de


pagar quantia, assim, medidas atípicas de execução indireta são aplicáveis na execução de pagar
quantia.

- Astreintes
Na vigência do CPC/73, o Art. 461 falava das astreintes, e tratava da obrigação de fazer
e não fazer, e por previsão expressa era também aplicável à obrigação de entregar. O STJ dizia
que não existe no CPC previsão de astreintes para obrigação de pagar, porque o dispositivo que
tratava das astreintes só regulamentava obrigações de fazer, não fazer ou entregar coisa. Assim,
o STJ concluía que na obrigação de pagar quantia certa não cabia astreintes.

Vem o CPC de 2015, no Art. 537 (astreintes), e regulamenta a obrigação de fazer, não
fazer e entregar coisa. Para essas obrigações, as astreintes são uma medida executiva típica,
mas por força do Art. 139, IV, para as obrigações de pagar, elas também são admitidas, como
medida atípica.

OBS: Cumprimento de sentença - intimação (15 dias) -> multa de 10% do valor da causa
Tereza Arruda Alvim - defende a natureza de astreintes
Marinoni - defende que essa multa é uma sanção processual, que tem como ato
tipificado de aplicabilidade um descumprimento do pagamento em 15 dias

STJ, CE, Resp 1.059.478/RS. O STJ considera essa multa uma sanção processual e
não uma medida de execução indireta. É uma sanção, e não uma pressão psicológica:

1º motivo) A aplicação da multa independe da situação patrimonial do executado, ou


seja, se o executado não paga em 15 dias porque não quer ou porque não pode, é irrelevante. O

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mero descumprimento do pagamento gera a aplicação dessa multa. Se essa multa fosse uma
execução indireta, não poderia ser assim, porque pelo princípio da menor onerosidade, você não
pode prejudicar a situação do executado sem a contrapartida que é a expectativa de satisfação.
2º motivo) Valor fixo em lei, não podendo ser alterado pelo juiz no caso concreto.
Astreintes não podem ter valor fixo em lei, quem vai dizer qual o valor que pressiona é o juiz no
caso concreto.

4.2) Obrigação de entregar coisa

Pode ser objeto de um processo autônomo de execução ou de cumprimento de sentença,


porque posso ter um título executivo extrajudicial que tenha como objeto uma obrigação de
entregar coisa (ex: contrato assinado por duas testemunhas), e posso ter também um título
executivo judicial (ex: sentença que condena o réu a entregar coisa).

Na execução de entregar coisa, a execução por sub-rogação se dá de duas maneiras, a


depender da espécie de coisa: se você tiver uma coisa móvel, a execução por sub-rogação vai se
dar por meio da medida executiva de busca e apreensão. Já se a obrigação for de entregar
imóvel, a medida executiva adequada é a imissão na posse.

Ao mesmo tempo que tenho a execução por sub-rogação, tenho a execução indireta
também cabível > tanto as medidas típicas quanto as atípicas. Art. 536, §1º, CPC - "entre outras
medidas" = medidas atípicas

OBS1: Não há prevalência entre essas diferentes formas de execução. "Tutela


adequada ou tutela diferenciada" > o juiz determina a medida mais adequada ao caso concreto.

OBS2: Pode haver cumulação dessas diferentes formas executivas. A regra é: a primeira
que funcionar faz com que a outra perca o objeto. A aplicação é cumulada, mas a satisfação
deriva de uma das duas formas.

4.3) Obrigação de fazer / não fazer

* Fungível (é aquela obrigação que pode ser cumprida por sujeito além do devedor - ex:
pintor para pintar as paredes da casa)
Se a obrigação for fungível, você pode ter:
. Execução por sub-rogação: Art. 817, CPC -> contratação de um terceiro às custas do
executado
. Execução indireta: Art. 536, §1º -> medidas típicas, atípicas

* Infungível (é aquela obrigação que só pode ser cumprida pelo devedor)


. Execução indireta: Art. 536, §1º, CPC
É juridicamente impossível trabalhar com uma execução por sub-rogação nesse caso,
porque se só o devedor pode cumprir, não há como se ter a obrigação cumprida sem a vontade
dele.

Matéria: Execução e Tutela Provisória (Urgência e Evidência) – Prof: Daniel Assumpção

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