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MANUAL BÁSICO DE UTILIZAÇÃO DE
EXPLOSIVOS
tTk Miy02,4-£À---t)
TuRpvi lo-ru
1?E1M-4) aásitia‘
1
Indice
Apresentação
4
Definição de Explosivos
5
Evolução dos Explosivos
2.1 Pólvora Negra 5
2.2 Nitrocelulose 5
2.3 Nitroglicerina 5
2.4 Gelatina ou Blasting 5
2.5 Trinitrotolueno 6
2.6 Anfo (Ammonium Nitrate and Fuel OU) 6
2.7 Lamas Explosivas 6
2.8 Emulsões 6
6
3. Classificação dos Explosivos Quanto Aplicação
3.1 Primários ou Iniciadores 7
3.2 Secundário ou de Ruptura 7
3.3 Dinamite 7
3.4 Gelatinas e Semi - Gelatinas 7
3.5 Lamas Explosivas 7
3.6 Emulsões Explosivas 8
3.7 Granulados 8
3.8 Explosivos Bombeáveis 8
4. Propriedades dos Explosivos 8
4.1 Força 9
4.1.1 Cálculo da Força 9
4.1.1.1 Força Peso Absoluta 9
4.1.1.2 Força do Volume Absoluta 9
4.1.1.3 Força Peso Relativa 9
4.1.1.4 Força do Volume Relativa 9
4.1.1.5 Resistência à Água 10
4.2 Sensibilidade 10
4.3 Velocidade de Detonação 11
4.4 Densidade 11
4.5 Resistência ao Armazenamento 11
4.6 Resistência ao Choque 12
4.7 Exudação 12
4.8 Teste da Gota 12
4.9 Gases 13
5. Acessórios para Detonação 13
5.1 Estopim 14
5.2 Espoletas Simples 14
5.3 Conjunto Espoleta / Estopim 14 •
5.4 Espoleta Elétrica 15
5.5 Sistema Não Elétrico e Não Explosivo 15
5.6 Cordel Detonante 16
5.7 Retardos para Cordel Detonante 17
5.7.1 A Função dos Retardos e suas Vantagens 18
5.8 Reforçadores ou Boosters 19
6. Escorvas 20
6.1 Preparo das Escorvas 20
6.2 Escorvas de Dinamites 20
21
6.3 Escorva com Produtos Tipos Lama (Water - Gel)
22
Desmonte a Céu Aberto
7.1 Conceito 23
Desmonte de Bancadas 23
8.1 Terminologia 23
23
2
Detonação Secundária 24
9.1 Bloco perfurado
24
9.2 João de Barro
25
9.3 Buraco de Cobra
25
9.4 Fogo de Repé 26
Escavações de Valas 26
Abertura de Túneis 27
11.1 Terminologia
28
Segurança 30
12.1 Plano de Folgo
30
12.2 Planejamento
30
12.3 Carregamento 30
12.4 Isolamento da Área 32
12.5 Medidas de Segurança Após o Fogo 33
12.6 Verificações de Falhas (Negras) 33
Transporte de Explosivos 34
13.1 Normas Gerais 34
13.2 Regulamentação para Transporte 35
13.3 Recomendações Importantes do R - 105 35
13.4 Recomendações do Decreto No 96.044 36
Normas Para Administração de Paiol 36
Certificado de Registro 38
15.1 Registros
38
Carta Blaster 38
Aspectos Legais 38
17.1 Registros
39
Aspectos Ambientais 39
3
Apresentação
Este Manual Básico proporcionará um mínimo de
informações teóricas ao
profissional ou ao iniciante em trabalhos de desmonte de rocha, participando direta ou
indiretamente, de situações onde a utilização de explosivos se tome indispensável.
A Britanite / IBQ ao oferecer este Manual, espera que ele sirva de base para
realização de trabalhos em escavação com segurança e eficiência, visando maximização de
resultados e aproveitamento integral dos explosivos.
4
1 - Definição de Explosivos
Explosivo é a substância, ou a mistura de substâncias químicas, que tem a propriedade
de, ao ser iniciado convenientemente, sofrer transformações químicas violentas e rápidas,
transformando-se em gases, que resultam na liberação de grandes quantidades de energia
em reduzido espaço de tempo. O explosivo utiliza esta energia para arrancar o maciço
rochoso que está adiante dele, no sentido da face livre ou de menor resistência.
Devido à alta temperatura de detonação, o volume atingido pelo explosivo pode chegar a
aproximadamente 18.000 vezes o seu volume inicial.
Após a detonação, uma onda de choque percorre a rocha com uma velocidade de 3.000
a 5.000 m/s.
A primeira notícia que se tem do uso da pólvora, como explosivo industrial, data de
1627, e foi feita por Kasper Weidel em uma mina na Hungria.
A pólvora negra fornece na combustão cerca de 44% de gases e 56% de substâncias
sólidas, as quais formam a fumaça depois da explosão. Modernamente usa-se a pólvora sem
fumaça, que é constituída de Nitrocelulose pura ou misturada com Nitroglicerina.
2.2 - Nitrocelulose
2.3 - Nitroglicerina
5
2.4 - Gelatina ou Blasting
2.5 - Trinitrotolueno
O empenho em novas pesquisas fez surgir em 1912 o TNT: explosivo muito importante
usado no meio militar em escala sempre crescente, especialmente por causa de sua
insensibilidade aos choques, detonando apenas por ação de iniciadores muito fortes.
O ANFO necessita de uma escorva para detonar, devido a sua baixa sensibilidade, isto é,
de um explosivo semigelatinoso, gelatinoso ou de um reforçador para iniciar o processo.
É um agente explosivo que não apresenta nenhuma resistência à água, devendo
somente ser usado em tempo e local bem secos, possui baixa densidade, fator que permite a
sua utilização para o preenchimento de cargas de coluna a um baixo custo.
6
polietileno, ou, também, bombeadas diretamente nos furos através de caminhões adaptados
para tal fim.
EMULSÃO
Explosivos que oferecem uma maior facilidade de decomposição quando excitados por
agentes externos. Utilizados como iniciadores de cargas maiores de explosivos secundários.
Ex: Espoletas, estopim, cordel detonante, etc.
7
secundários em um processo de detonação. É o caso da nitropenta que no cordel detonante
atua como explosivo primário ou iniciador e em cargas especiais atua como secundário em
trabalho de detonação
3.3 - Dinamite
São utilizados no desmonte de rochas muito duras, médias, a céu aberto, subterrâneas ou
subaquáticas. Ex.: Gelatel.
8
3.5 - Lamas Explosivas
São explosivos que pela sua consistência, apresentam a vantagem de ocupar todo o
espaço vazio do furo. Apresentam grande resistência a água, é utilizada para o desmonte de
quase todos os tipos de rochas. Ex.: Unha AL
São agentes explosivos que após gaseificados possuem uma consistência que facilita o
carregamento de furos inclinados em vários tipos de desmontes. Não possuem nitroglicerina
em sua composição, sendo então muito estáveis e seguros. Os gases resultantes da
denotação não causam efeitos fisiológicos (dores de cabeça, náusea, etc.).
Possuem elevada resistência à água e são utilizados para desmonte em qualquer tipo de
rocha. Ex.: Ibegel.
3.7 - Granulados
São emulsões, lamas, pastas explosivas e granulados que podem ser bombeados
diretamente nas perfurações através de equipamentos montados sobre caminhões. São
extremamente seguros, pois somente após terem sido injetado nos furos, é completada a
reação química que propicia a explosão.
10
4 - Propriedades dos Explosivos
4.1 FORÇA: É a medida da quantidade de energia liberada por um explosivo na detonação
e, portanto, d sua capacidade de realizar o trabalho da nitroglicerina (blasting -
explosivos de grande poder de detonação).
Bloco de Traulz
• Chum mbo
Slasting
100%
40%
4.1.1.1 Força P so Absoluta: esta é medida pela a quantidade absoluta de energia (Oem
calorias), disponi el em cada grama de explosivo.
Exemplos:
680 cal / g E ulsão Explosiva - Agente A
770 cal / g mulsão Explosiva - Agente B
912 cal / g NFO (ANFO)
958 cal / g mulsão de Grande Poder de Detonação
1,080 cal /g Amônia Gelatinosa Dinamite
4.1.1.2 Força d Volume Absoluto: esta é medida pela a quantidade absoluta de energia
(em calorias), dis onível em cada centímetro cúbico do explosivo. Sua obtenção é feita pela
multiplicação da rça Peso Absoluta e pela densidade do explosivo.
Exemplos:
11
4.1.1.3 Força Peso Relativa:
é a medida de energia disponível quando comparado o peso
do explosivo c
m o peso equivalente do ANFO. Esta é calculada pela divisão da Força Peso
Absoluta do Ex losivo, pela Força Peso Absoluta do ANFO e multiplicado por 100.
Exemplos
Exemplos:
Emulsão Exp osiva - Agente A = 850 cal / cc X 100 = 115
739 cal / cc
Emulsão - A ente B
130
ANFO
100
Emulsão de 9rande Poder de Detonação
154
Amônia Gela nosa Dinamite
197
A teoria d
energia disponível na abertura dos diâmetros dos furos é calculada pela
Força do Volu e Absoluto ou Força Peso Absoluta, como a fórmula a seguir:
12
Classe Horas
1 Indefinido
2 32 - 71
3 16 - 31
4 8 - 15
5 4-7
6 1-3
7 Menos do que 1
4.2 Sensibilidade:
Propriedade dos explosivos de cartuchos mais densos detonarem por
simpatia quando próximos de uma carga escorvada detonada propositadamente
(Sensibilidade a ropagação).
13
4.4 Densidad : É a relação entre o peso do explosivo e o seu volume. A densidade de um
explosivo é im oda
. nte para determinar a sua adequação para uma operação de desmonte e
dependendo do ingredientes que o compõe, os quais são devidamente dosados para obter-
se o peso do explosivo e o seu volume. A densidade de um explosivo é importante para
determinar a sua adequação para uma operação de desmonte e dependendo dos
ingredientes que o compõe, os quais são devidamente dosados para obter-se as densidades
desejadas. Co um explosivo de alta densidade a energia da detonação apresenta maior
concentração, que é desejável no caso de desmonte de material duro, por outro lado, se
desejamos exc ssiva fragmentação ou a rocha é branda, explosivos de baixa densidade
deverão ser usa os.
estocados sem perder as qualidades e sem ocorrer a sua deterioração. Varia normalmente de
seis meses a um ano, dependendo do produto e do fabricante.
certos choques cidentais. A espoleta tem pouca resistência ao choque; o cordel detonante
tem uma maiorj resistência ao choque; os explosivos nitroglicerinados têm uma regular
resistência ao c oque.
desfavoráveis, o explosivos podem vir a exsudar ("suar", desprender material líquido de sua
massa). O líquido exsudado pode ser água com sais diluídos, ou nitroglicerina, ou óleos.
2 - Ao invés do copo d' água, pode-se fazer uso de um pedaço de papel absorvente, do
tipo mata-b mão, deixando a gota do líquido umedecer este papel; então atea-se fogo
ao papel obs rvando-o se este queimar com uma chama forte e viva, como a da pólvora
ao queimar, i dica que é nitroglicerina. Caso o fogo não se propague no papel, trata-se
de água com ais dissolvidos.
Uma vez que seja constatada que o líquido exsudado proveniente das caixas é
nitroglicerina o fabricante deve ser imediatamente comunicado para que proceda à
retirada e de truição do material. O paiol cujo piso apresentar manchas de nitroglicerina
deve ser intei amente lavado com a seguinte solução:
14
É preferível dissolver o sulfeto de sódio em água antes de acrescentar o álcool e a
acetona. Dre-se espalhar bastante quantidade desta solução no piso para garantir a
r
completa clisolução da nitroglicerina.
Teste do ifinete
4.8 Teste da Gota: Deposita-se sobre uma folha de papel parafinado uma gota de liquido
exsudado e observa-se seu comportamento; se o liquido for nitroglicerina, formará uma
mancha escura sobre o papel parafinado (Fig - A) e, em se tratando de nitratos ou água,
formam-se gotí ulas sobre o papel (Fig - B).
15
Classificação: as dinamites, segundo os gases que originam, estão classificados em três
categorias:
SATURAÇÃO SANGUÍNEA
0,67
3 Bas nte Morte
Tóxico 60% 0,50 0,33
0,30
Inconsciência 0,25
2 40% Náusea, Dor de
Pauli Tóxico 0,21
Cabeça. 0,16
Fraqueza
20% 0,10
1 Pra4amente Nenhum
não —óxico Sintoma
0%
5.1 Estopi
Estopim é e sencialmente um filamento de pólvora enrolado e protegido por fio ou fita
que pode ser mi não alcatroado (com algodão), encerando ou com revestimento plástico. A
propriedade prificipal dos estopins é queimar com velocidade constante e conhecida,
produzindo na extremidade oposta a em que foi aceso, um sopro ou chama capaz de
provocar a detonação da espoleta.
De acordo c m as normas brasileiras, o estopim deve ter um tempo de queima de 100 a
140 segundos p r metro e resistir a 1 hora de imersão em água. São condutores de energia.
de Pólvora
v,Fios de Algodão
Revetimento de Plásti
\1/4, '1/4, •
16
a Prirnútia
Carga Secundária
450 mm
executado atrav 's de equipamento de precisão, oferece garantia de uma iniciação perfeita.
Vantage s no uso de BRITAPIM ® ESPOLETADO:
Eco omia de tempo de operação.
Red çâo do número de falhas devido ao amolgamento perfeito.
Rapidez no acendimento, proporcionando maior segurança.
i
Red çâo nas perdas do estopim por falha de corte ou sobras não utilizáveis.
Constituída p r uma resistência elétrica envolta em pólvora negra (Squibb) coloca junto
a um explosivo primário (Azida de chumbo) justaposto a um explosivo secundário
(nitropenta).
Existem dois pos de espoletas: Instantânea e de Retardo.
Na de retardo existe um elemento de espera que atrasa a detonação; a utilização deste
tipo de espoleta •ermite a detonação de cargas explosivas segundo uma seqüência, permite
o controle das vib ações, a melhoria de fragmentação, entre outras vantagens.
17
)
diâmetro, cujas paredes internas são revestidas por uma camada fina de material pirotécnico
não explosivo. Devidamente iniciado, produz um plasma gasoso que percorre o interior do
Iniciad r ou zero: Ideal para iniciar fogos a uma distância segura, desmontes
18
Túnel: Para aplicações específicas em túneis e galerias, em substituição ao sistema
elétrico.
Carbo: Ideal para minas de carvão e galerias de pequena seção, com vantagens no
manuse o e segurança.
• Ligaçãc ou HTD: Para ligações de linha tronco nos desmontes a céu aberto.
Características:
estática;
Tem por finalidade iniciar cargas explosivas em função da detonação de seu núcleo;
portanto não transmite chama como o estopim de segurança, mas garante a detonação de
toda uma coluna de carga explosiva.
Consiste num núcleo cilíndrico de explosivo (Nitropenta) envolvido por uma camada
protetora de fibr s têxteis e PVC que lhe assegura resistência à tração, impermeabilização à
água, óleo e outips líquidos.
A explos o do núcleo do cordel detonante precisa ser iniciada por uma espoleta. Sua
velocidade de de onação é da ordem de 7.000 m/s.
19
5.7 Retarlos Para Cordel Detonante
pela aplicação o elemento de retardo para cordel detonante. Este consiste de um tubo
plástico, no qu I em suas extremidades é preso o cordel. Dentro do tubo são colocadas duas
cargas explosiv s e dois elementos de retardo. A detonação de uma das pontas do cordel se
propaga à carg explosiva continua, a qual inicia o elemento de retardo do outro lado.
O tempo de queima deste é necessário para o retardamento na detonação.
Quando o lemento de retardo acaba de queimar, provoca a detonação imediata da
carga a seu lad , a qual se transmite ao resto da linha - tronco.
Existem ret rdos de 5, 10, 20, 30, 50 e 100 mili-segundos (ms), dentre outros. O tipo
de retardo escol ido dependerá do plano de fogo. A ligação do retardo é muito simples.
Basta que nos pontos adequados cortemos a linha - tronco e a prendamos no retardo por
meio de cunhas plásticas nele existentes. Desta forma não será necessário fazer-se qualquer
nó, tornando-se o encaixe mais econômico. Os elementos de retardo devem ser ligados o
mais próximo p ssivel da linha de furos que irá ser detonada com atraso. Por precaução,
devem ser introduzidos na linha - tronco apenas pouco antes de efetuar-se a detonação.
Além disso, como as suas cargas explosivas podem ser detonadas por um forte impacto,
deverão ser pro egidos durante o trabalho, em local seguro, para evitar que caiam sobre os
mesmos, pedras ou objetos pesados.
O retardo é um dispositivo criado para fornecer uma diferença de tempo entre dois
20
O &Ni criado entre a linha da frente e a linha de trás, melhora o arranque do fundo
do furo diminuindo o surgimento de repé e problemas de ultraquebra;
A diferi nça de tempos entre os furos provoca uma diminuição na onda de choque,
dispers da no maciço rochoso, diminuindo a vibração do terreno.
Melhor da fragmentação;
Diminui ão da vibração do terreno;
Diminui ão do lançamento horizontal.
Saber escol er os tempos de retardos a serem utilizados numa detonação é uma tarefa
que requer so e tudo experiência e conhecimento do comportamento do maciço a ser
desmontado. P r isto, o resultado de cada detonação deve ser analisado com cuidado e as
observações ancttadas nos planos de fogo, juntamente com o croqui da ligação, pois servirão
de dados para a próximas detonações.
Normalmentr, pode-se dizer, que para os retardos entre linhas, quanto maior o tempo
de retardo, mai r o alivio e conseqüentemente maior à distância de lançamento. No caso de
retardos entre fifros da mesma linha, quanto maior o tempo de retardo menor à distância de
lançamento pe endicular á linha detonada.
Retardos de maior tempo podem ser utilizados nos furos do canto para gerar um maior
alívio da frente destes furos, melhorando o arranque desta porção mais engastada e
diminuindo a ult aquebra lateral.
Outro caso éspecial onde o uso de retardas é bastante útil é nas detonações onde o
comprimento da face livre é muito pequeno em relação a maior dimensão da área a ser
detonada; como os casos do fogo de trincheira.
Menores tempos e retardo causam pilhas mais altas e mais próximas a face;
Menores tempos e retardo causam mais a quebra lateral do banco (end break);
Menores tempos e retardo causam onda aérea;
Menores tempos e retardo apresentam maior potencial de ultralançamento (fiy rock);
Maiores tempos e retardo diminuem a vibração do terreno;
Maiores tempos e retardo diminuem a incidência da quebra para trás (back break).
21
secundário, ou amplificador, que dá a brisância necessária ao conjunto. Os reforçadores são
fabricados em Jiversos diâmetros de acordo com o diâmetro do furo no qual será utilizado e
em variadas graturas (Britex ® SS 30g, Britex ® 150g, Britex
® 250g, Britex ® 350g, Britex®
450g e o Britex ® 1000g).
Este possui um furo, através do qual se faz passar o Cordel ou Brinel. O número de
reforçadores em cada furo, e a distância entre os mesmos, é determinado no plano de fogo.
itex SS 30g
4
ii 6. Escorv $
Britex 1000g
Com a finali ade de ativar a massa explosiva, coloca-se em contato com a carga um
conjunto contet um dispositivo qualquer de detonação, o qual constitui a escorva.
Normalmente coil
responde a um cartucho de dinamite no qual vai inserida uma espoleta
simples ou elétric , ou mesmo cordel detonante.
22
6) Os ca
hos - escorva não devem ser cortados ou socados.
A espoleta eve ser inserida no centro do cartucho de dinamite e orientada segundo seu
eixo longitudinel, sendo colocada de modo a não ser prejudicada pelo tamponamento.
Devemos evitar dobras e nós no estopim.
23
Recomenda-se iniciar a preparação das escorvas antes da operação de carregamento
dos furos,
Produtos tip lama (Water - Gel), requerem maior cuidado, principalmente quando
escorvados com spoleta comum e estopim. Por serem mais aquosos, podem dessensibilizar
o estopim ou rn,smo a espoleta comum, se o amolgamento entre estes dois acessórios não
for perfeito, podendo provocar falhas. A espoleta comum ou elétrica deve permanecer em
contato com a mrssa explosiva, no interior da salsicha plástica.
O estopim cal os fios devem ser presos ao como da salsicha por uma fita isolante, cordão
ou lançada, para evitar um possível deslocamento da espoleta.
A escorva com cordel detonante é normal, devendo o cordel ser amarrado na primeira
salsicha a entrar no furo, garantindo assim a iniciação de toda a coluna de explosivo.
7.1 - Conceito
O conceito a céu aberto corresponde ao conjunto de operações que se verificam na
superfície, com a finalidade de lavrar uma pedreira (rochas) ou mina (minerais metálicos ou
não metálicos).
8 - Desmonte em Bancadas
8.1 Terminologia
24
Profundidade do Furo:
é o comprimento total perfurado que, devido á inclinação e
da sub-fuição, será maior que a altura bancada;
Sub - Furação:
"Greide" a ser tingido. é o comprimento perfurado abaixo da praça da bancada ou do
Carga e Fundo:
é mais presa; é uma carga reforçada, necessária no fundo do furo onde a rocha
Carga de Coluna:
é a carga acima a de fundo: não precisa ser tão concentrada
quanto a de fun1:1 o já que a rocha desta região não é tão presa;
Tampão:
parte superior do furo que não é carregado com explosivos, mas sim com
terra, pedrisco (mais aconselhável) ou outro material socado cuidadosamente que tem a
finalidade de evitar que os gases provenientes da detonação escapem pela boca do furo,
diminuindo a ação do explosivo;
Razão de Carregamento:
certo volume de 'rocha; é a quantidade de explosivo usada para detonar um
Perfuração Específica:
rocha detonada. é a relação de metros perfurados por metros cúbicos de
Legenda
(T) Tampão
( A) Afastamento
(E) Espaçamento
25
9. Detonação Secundária
A detonação secundária corresponde à operação de desmonte realizada, normalmente,
logo após a detonação principal, visando a fragmentação dos grandes blocos ou "matacos"
que apareceram devido à formação irregular das rochas. Tem por objetivo facilitar a remoção
do material detonado e sua introdução no britador. O Desmonte do repé recebe também a
denominação dg detonação secundária, quer seja feito separadamente, quer seja detonado
juntamente como fogo principal.
estopim simples
26
9.3 "Buraco de Cobra"
Utilizado quando o macacão se encontra principalmente enterrado. É feito yrn furo junto
ao "nnatac0", com tamanho suficiente para a inserção do explosivo, de tal forma que o
mesmo fique em contato com o bloco. O cartucho escorva deve ser o último a ser
introduzido, co+letando o preenchimento do furo com um tampão de terra muito bem
socado. A cargl é de ordem de um a dois cartuchos de 1 "x 8", para cada 30cm de
espessura do "mataco", medido entre a carga e o ponto oposto a ela.
É muito freqüente nas obras rodoviárias, a necessidade de escavar valas em rocha para
a implantação de drenagem profunda nos cortes. Outros serviços de engenharia civil poderão
27
exigir a escava
âo de valas em rocha, como, por exemplo, a construção de adutoras de água
potável, coleto as de esgoto, etc.
Em se tratrdo de valas estreitas, isto é, com até 1 m de largura no fundo, duas linhas
de furos parale as distantes de 0,15 a 0,30 m das bordas das paredes laterais da vala, são
suficientes. Essrs perfurações poderão estar dispostas urna em frente à outra ou alternadas,
ou ainda, inclin das em direção à face livre da vala.
!
As perfurafls deverão prolongar-se de 0,30 a 0,50 m abaixo do nível do fundo da vala.
Em casos de r; chas muito duras pode-se utilizar sub-furação maior, de até 0,90 m. São
geralmente obt dos bons resultados com dinamites de força 40% e gelatinas com força de
40% a 60%, atros os casos possuindo parte de nitrato de amônia na composição. A razão
de carregamento é alta e situa - se entre 0,500 Kg/m3 . E 2,00 Kg/m3
, dependendo das
condições da roéha. No quadro fornecemos alguns valores para o estabelecimento da malha
de fogo inicial.
28
A diferencilção de qualquer equipamento irá mudar todo o plano de fogo para que os
resultados do ,smonte se adaptem as possibilidades de limpeza e estabilidade das paredes.
- Forma da Seção
Equipamento de Perfuração
Equipamento de Limpeza
Tipo de Revestimento
Finalidade
11.1 Terminologia
Galeria - Piloto - primeiro espaço criado em uma detonação em subsolo para posterior
alargamento.
Abóbada - firma dada à área superior do túnel para oferecer maior estabilidade. Possui a
forma de um semicírculo.
Seção - Plena - é aplicar o Plano de Fogo de forma que após o desmonte o túnel ofereça
seção e o contorno final desejado.
Pilão - é a primeira área a ser afetada pela detonação. Nele estarão dispostos
planejadamente furos vazios e carregados com a finalidade de criar a frente livre inicial do
desmonte.
PLANO DE FOGO
NOMENCLATURA
Furos do teto
Furos
intermediários
Furos laterais
Pilão
Furos do piso
Figurar
29
Os pilões podem estar localizados em posições diferentes, conforme veremos:
Este pilão f rma uma pilha no centro e bastante compacta. A fragmentação é maior que a
normal e o consumo de explosivos é baixo.
/ •N
Pilão no Centro Superior
Este pilão apresenta uma boa fragmentação, a pilha fica menos compacta e o consumo de
explosivos é maior que os outros.
Furos de Alarg mento — são os furos que aumentam a face livre criada pelo Pilão, estes
furos são os mal importantes, pois deles resultarão todo o trabalho desejado na escavação.
Um dimensionary ento errado destes, resultará em um péssimo avançamento.
30
Furos de Correm) -
também chamado de Smooth Blasting ou fogo cuidadoso. A perfeita
aplicação dest s furos e da carga dos mesmos irá oferecer maior segurança economia em
materiais de r estimento.
Avanço -
é área útil obtida com o plano de fogo, ou seja, a relação entre os metros
lineares avançados e a profundidade perfurada.
12. Segurança
Visando ura maior desenvolvimento tecnológico no setor de Segurança com Explosivos,
passamos a discorrer sobre as operações a serem executadas nos trabalhos com explosivos,
sejam eles desmontes de rochas, transportes, etc.
Um plano de fogo deve ser simples, mas completo, devido ao risco de erro. Um profundo
conhecimento e entendimento dos requisitos de um fogo são essenciais para a segurança e o
sucesso deste plano. Se o Blaster não for experiente, um assistente técnico deve ser
consultado.
Quando se rojetam detonações com alta Razão de Carregamento, deve ser conhecido o
risco de ultralançamento e tomadas às ações de controle.
Os explosivos só devem ser utilizados sob as condições para as quais foram destinados
(temperatura, s nsibilidade à iniciação, resistência à água e pressão hidrostática, etc.).
12.2 - Planejamento
12.3 - Carregamento
Capacet ,
Protetor Auricular,
Óculos de segurança,
Cinto de segurança,
Luvas,
Capa,
Corda.
A equipe de detonação deve ter à sua disposição todas as ferramentas necessárias para
manusear explosivos com segurança. A seguir uma lista de sugestões:
31
Treina, balança, canivete, furador de cartucho, lanterna,
O encame
do deve reunir a equipe para discutir sobre segurança antes do inicio do
carregamento, bordando sobre os seguintes tópicos:
Ide!Itificar o encarregado;
Rev:
?r os equipamentos necessários;
O local a ser carregado deve ser revisto pelo encarregado e o pessoal do carregamento,
enfatizando os seguintes itens:
Relâmpagos e
raios são causas potenciais de ignição prematura para qualquer sistema de
iniciação e produt s explosivos.
Todo funcioná
io novo, ou sem experiência deve trabalhar sob a supervisão direta do
encarregado.
Todos os func
onários não envolvidos na ligação do sistema devem ficar de fora da área
durante a operaç o e nunca assistindo a mesma.
32
12.4 Isol mento da Área
O encarreg do deve sugerir que toda a equipe e o pessoal da mina façam revisão do
isolamento da area e do plano de emergência, Neste plano devemos:
ci
Assegurar que todos os guardas tenham identificação visual, bandeirolas,
equipamentos de proteção individual e um método de comunicação com o cabo
de firo.
Detonação;
1.
Liberação da área.
1.
1:1 Assegurar freqüência livre e silêncio no rádio durante os sinais de detonação, a
menos que haja uma razão para tal (quando utilizando espoleta elétrica);
A proteção para o cabo de fogo deve ser bem feita. Carros, caminhonetes, caminhões ou
outro veiculo não 1 são apropriados para proteção.
O refúgio deve ter pelo menos: telhado e
três lados fechadqs, com entrada ao fogo; deve suportar o impacto de uma rocha pesada
vinda do fogo (deve ser feito em locais onde
mineradoras). se permita a construção - pedreiras ou
33
O cabo d; fogo deve se comunicar com o encarregado, com o responsável pelo
isolamento e om os guardas para conferir a situação do isolamento antes de iniciar a
detonação, a qual deve ser efetuada preferencialmente no final do expediente.
Todas as flessoas responsáveis pela guarda da área isolada devem ser treinadas para
suas funções.
E recomendada que os guardas usem roupas fluorescentes, bandeirolas, avisos e rádio.
O cabo de fogo deve observar de sua posição, toda a área isolada antes de iniciar a
detonação.
Para aumeitar a segurança da área de isolamento, criar postos de observação com
contato via rád o com o cabo de fogo.
nenhuma pessoa deverá ser autorizada a retornar à área de fogo antes que todos os
gases tóxicos ttinham sido dissipados
nas mineraçties subterrâneas, o retorno à área de fogo poderá ser abreviado por:
- ventilaçãoadequada;
o tempo de espera para a área de fogo depende se a detonação foi feita a céu aberto, ou
em subsolo. I
do resultàdo do desmonte;
- ligações rr al feitas;
etc.
- não permi
que os trabalhos de carga, transporte e furação sejam iniciados sem
antes resol er o problema;
34
não teptem retirar os explosivos do furo por meio mecânico. Sugere-se um jato de
água (pr
comprimido + água) para retirar ou dessensibilizá-lo (se for possível);
não se deve fazer furação em locais que possam atingir furos falhados;
-
não aproveite furos remanescentes para continuar a furação.
13 - Tratsporte de Explosivos
Existem re ras para todas as etapas dos produtos controlados. Todo Blaster deve
conhecer.
No caso d transpor-
te de explosivos e seus acessórios, quer da fábrica para o
revendedor qu r deste para o usuário, só pode ser feito depois de autorizada à guia de
tráfego.
O motorista
movimento do vlie qualquer veículo de carregamento de explosivo deve sinalizar qualquer
i
ículo. Alarme de marcha ré deve ser instalado em veículo de transporte de
explosivos (para prestadora de serviços).
Verificar
elétrico, canante de sair para transportar explosivos: motor, chassis, freios, direção, sistema
-
(duas) horas).ocerias, triângulo e extintor (verificando pneus a cada 100 Km ou a cada 2
a) O itinerário deve ser considerado importante. O trajeto deverá ser de menor movimento,
evitando locais d possível congestionamento. Sinalizar o veículo com bandeirolas, etiquetas
e adesivos.
d) Velocidade m
xima do veículo deve ser de 60 (sessenta) Km/hora em rodovia.
Não transport r explosivos com acessórios no mesmo veículo, apenas fazer este
transporte se tiver uma caixa apropriada.
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Os transpertes rodoviários de explosivos e acessórios estão, em nosso país, sujeito a
seguinte legisloção:
Do tipo da embalagem;
Da arrurkação da carga;
Será pro bida a presença de estranhos nos caminhões que transportem explosivos.
Tabuletas visíveis serão afixadas nos lados e atrás dos caminhões, com os dizeres
"Cuidado Explosivo" e serão colocadas bandeirolas verrnelhas.
O Veículo que
Documentação: ransportar Explosivos deverá Trafegar Acompanhado da Seguinte
Nota Fisc I
Guia de T áfego
Ficha de Emergência
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Classe 1, somente para explosivos, esta subdividida em 5 subclasses, em ordem
crescente de rico:
1.3 - risco de fogo, pequeno risco de projeção, sem risco de explosão em massa.
1.5 - substâncias muito pouco sensíveis, só detonam com iniciação muito forte.
Manuseie con cuidado as caixas de explosivos. Não as deixe cair, nem os impulsione.
Armazene as caixas de dinamite com a tampa para cima. Os explosivos do tipo e marca
correspondente devem ser guardados juntos e com marcações bem visíveis para facilitar sua
identificação, de forma que o material de mais tempo em estoque seja utilizado em primeiro
lugar.
Não deixe exp osivo soltos pelo paiol nem abra ali as caixas de explosivos.
Não fume nem porte fósforo, isqueiro ou outro material inflamável, nem permita que os
outros o façam dentro do paiol de explosivos.
Proíba disparI s de tiros ou porte de armas de fogo e munições dentro ou nas mediações
do paiol.
Mantenha o interior do paiol sempre limpo e o terreno ao redor livre de folhas, capim,
vegetação de qua quer espécie, lixo e detritos a fim de evitar incêndios.
13. Mantenha co stante vigilância para averiguar as embalagens que apresentem avarias,
exudação ou defeitos. Coloque-as a um lado do paiol e notifique o fabricante, comunicando a
causa provável.
Mantenha a pcirta do paiol sempre trancada, salvo quando houver carga e descarga.
37
17. As caixas cle dinamite devem ser dispostas em pilhas do seguinte forma:
18 - Para qual uer depósito serão exigidas a manutenção de vigia permanente e a proteção
contra incêndios.
*
15 - Certificado de Registro
15.1 Registos
Art. 40 I- As pessoas físicas ou jurídicas, registradas ou não, que operem com
produtos contra dos pelo Exército, estão sujeitas à fiscalização, ao controle e as penalidades
previstas neste legulamento e na legislação complementar em vigor.
Art. 41 - O Registro será formalizado pela emissão do TR ou CR, que terá validade
fixada em até três anos, a contar da data de sua concessão ou revalidação, podendo ser
renovado a critér o da autoridade competente, por iniciativa do interessado.
Art. 44 - O Registro somente dará direito ao que nele estiver consignado e só poderá
ser cancelado pela autoridade militar que o concedeu.
i
38
17,- Aspectos Legais
17.1 Registros
Art. 40 L As pessoas físicas ou jurídicas, registradas ou não, que operem com
produtos controlados pelo Exército, estão sujeitas à fiscalização, ao controle e as penalidades
previstas neste Regulamento e na legislação complementar em vigor.
Art. 41 --1 O Registro será formalizado pela emissão do TR ou CR, que terá validade
fixada em até teês anos, a contar da data de sua concessão ou revalidação, podendo ser
renovado a critério da autoridade competente, por iniciativa do interessado.
Art. 44 - O Registro somente dará direito ao que nele estiver consignado e só poderá
ser cancelado pe a autoridade militar que o concedeu.
18 - Aspectos Ambientais
A lei 6938 que estabelece a política nacional de
meio ambiente foi promulgada em 1981.
Nela estão os fundamentos que regem a proteção ambiental em nosso país.
A resolução ÇONAMA 001/86 regulamentou a lei 6938 definindo os empreendimentos
que necessitam pie licenciamento ambiental Dentre eles estão todas as atividades de
mineração, incluí os os minerais da Classe II - de emprego direto na construção civil como
pedreiras e ativid des afins.
Cabe aos or aos públicos competentes dos estados a fiscalização e execução das
políticas ambientais, definidas pelo artigo 225 parágrafo segundo da Constituição de 1988;
do decreto 97.632 de 10 de abril de 1989, e das resoluções CONAMA 00
estabelecem nom- 9/90 que
ias e ações para obter - se o licenciamento ambiental para o setor mineral.
Os estudos exigidos por estas legislações de impacto ambiental -
destes estudos - RIMAs EIA, e os relatórios
são acompanhados das propostas atenuantes e de controle destes
impactos através dos Planos de Controle Ambiental - PCA.
Assim, qualquer novo empreendimento no Setor Mineral; como pedreiras, minerações,
obras civis; estão obrigadas a obter o licenciamento ambiental.
Ressalta - se que para as atividades que já operavam à época, (decreto 97.632) em abril de
1989 e que contlni vam em operação há também a necessidade de
ambiental. obterem o licenciamento
Existem tres tipos de licença ambiental, a saber:
39
atividade, o órgão público de fiscalização exige o licenciamento ambiental com parâmetros
bem identificados:
- Que fenômenos ambientais danosos ao meio ambiente e ao tecido social são gerados
pelo desmonte de rocha?
40