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Vícios, comportamento moral e cuidados com o físico

Desenvolvimento espiritual, trabalhos mediúnicos e

de assistência espiritual

INTRODUÇÃO

"Muitos médiuns julgando-se já emancipados e auto-suficientes deixam de estudar,


cristalizando-se no que já sabem. Afundando-se no personalismo desviam-se das bases iniciais
menosprezando-as, desgastam-se rapidamente na produção de trabalhos inúteis, cedendo à
vaidade, e muitas vezes, sem o perceberem, caem nos domínios dos espíritos ignorantes e
maldosos fechando-se assim as portas a um progresso que lhes seria acessível em outras ocasiões."

"A hora é dos médiuns e dos bons trabalhadores; em suas mãos está grande parte do êxito
do trabalho do Plano Espiritual, por serem eles, aqui na Terra, seus olhos e os canais pelos quais
transmitem seus pensamentos, instruções e esperanças.
Para seu aprimoramento, os médiuns devem ter em vista, em resumo, as seguintes
recomendações:
- fugir da estagnação e das comodidades da rotina;
- esforçar-se, dia a dia, para manter o corpo físico em condições de eficiência;
- apurar continuamente as condições da reforma íntima, sempre fiscalizando e recomeçando;
- estender sua colaboração no serviço do bem aos semelhantes, evitando competições
Pessoais e ostentação de suposta sabedoria para poderem realmente ser úteis nas construção das
obras do Divino Mestre."
***

É muito comum ao aluno ou aprendiz quando entra para Escola de Aprendizes do


Evangelho, se perguntar: mas porque parar de fumar? ou beber? porque mudar o meu jeito de ser e
viver? Porque abandonar aquilo que me dá prazer.

Não muito raro é vermos a desistência de muitos companheiros por não entenderem a
orientação dada.

Primeiramente a Escola ou o Espiritismo não obriga ninguém a nada, Deus nosso Pai, nos
deu o livre arbítrio, e seja qual o caminho que resolvamos seguir, por ele vamos responder. Não
como um castigo que um Pai dá a um filho, mas sim responder com nossa própria consciência.

Aquele que se sente tocado pelo desejo de se modificar, de servir e de ser um verdadeiro
Discípulo de Jesus, busca os caminhos para atingir e concretizar seus anseios. Busca orientações
que possam libertá-lo de vícios ou atitudes que, ele mesmo passa a sentir, em nada o beneficiam em
seu desejo de evoluir.

Muitas vezes falta ao aluno, ler e meditar sobre tais questões.

O que se segue é um apanhado sobre como algumas atitudes, hábitos e vícios podem
dificultar os trabalhos mediúnicos ou de assistência e nos leva a analisar como estes
comportamentos podem contribuir para o retardo de evolução, como seres que nasceram para ser
felizes e ao Pai retornar.

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MEDIUNIDADE CURADORA
É a capacidade possuída por certos médiuns de, por si mesmos, curarem moléstias,
provocando reações reparadoras de tecidos e órgãos do corpo humano, inclusive as oriundas de
influencia espiritual.

Assim como há médiuns que emitem fluidos próprios à produção de efeitos físicos concretos
(ectoplasmia) há os igualmente para a emissão daqueles que operam as reparações acima referidas.

O fluido, em essência, é sempre o mesmo: substância cósmica fundamental, mas suas


propriedades e efeitos variam imensamente, segundo a natureza da fonte geradora imediata da
vibração especifica e, em muitos casos, como por exemplo este, de cura, segundo o sentimento que
presidiu ao ato da emissão.

A diferença entre os dois fenômenos está em que no primeiro caso (ectoplasmia) o fluido é
pesado, denso. próprio à elaboração de formas ou à produção de efeitos objetivos por condensação
ao passo que, no segundo, é sutilizado, radiante, próprio a alterar condições vibratórias
preexistentes.

O médium curador, além do magnetismo próprio, goza da aptidão de captar esses fluidos
leves e benignos nas fontes energéticas da natureza, irradiando-os, em seguida, sobre o doente.
revigorando órgãos, normalizando funções, destruindo placas e quistos fluídicos produzidos por
auto-obsessão ou por influenciação direta.

Põe-se em contato com essas fontes, orando e concentrando-se, animado do desejo


de exercer a caridade evangélica e, como a lei do amor é a que preside a todos os atos da
vida espiritual superior, ele se coloca em condições de vibrar em consonância com todas as
atividades universais da Criação; encadeia forças de alto poder construtivo que, então,
vertem sobre ele e se transferem ao doente que, a seu turno, pela fé ou pela esperança, se
colocou na mesma sintonia vibratória.

Os fluidos radiantes interpenetram o corpo físico, atingem o campo da vida celular,


bombardeiam os átomos, elevam-lhes a vibração intima, e injetam nas células vitalidade mais
intensa que, em conseqüência, acelera as trocas (assimilação, eliminação) do que tudo, por fim,
resulta uma alteração benéfica, que repara lesões ou equilibra funções. Isto no corpo físico.

E agindo através dos centros anímicos ou centros de força ou ainda chacras (órgãos de
ligação com o perispírito) atingem a este, que também se beneficia, purificando-se pela aceleração
vibratória, e assim se tornando incompatível com as de mais baixo padrão . Desta forma é que se
operam as curas de perturbações espirituais, na parte que se refere ao perturbado propriamente dito.

Já sabemos que a maior parte das moléstias de fundo grave e permanente não podem ser
curadas, porque representam resgates cármicos em desenvolvimento, salvo quando há permissão
do Alto para fazê-lo, mas em todos os casos há benefícios para o doente porque, no mínimo, se
conseguirá uma atenuação do sofrimento

Nestes casos de curas, aplicam-se as advertências que fazemos quando tratamos dos
passes e radiações, conforme descrito no item de Passes.

E como falamos em curas espirituais, julgamos acertado estender o assunto um pouco mais,
para nos referirmos às obsessões:

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OBSESSÕES

Obsessão, no entendimento geral, significa loucura, mas nós, espíritas, sabemos que são
desvios momentâneos e passageiros do equilibro psíquico, que nem sempre afetam a mente.

Esse assunto tem sido muito estudado e os autores espíritas conhecem bem seus detalhes
e, somente de passagem, a ele aqui nos referimos, para rematar as considerações que atrás fizemos
sobre mediunidade curadora.

Dividimos as obsessões, quanto à origem, em internas e externas.

No primeiro caso, o doente é o obsessor de si mesmo, existe, pois, uma auto -obsessão,
cujas causas podem ser hipertrofia intelectual ou excesso de imaginação; vida contemplativa ou
misticismo; esforço introspectivo sistemático, fixações mentais inalteráveis, etc.

O doente constrói para si um mundo mental divergente, povoado de idéias fortes ou


mórbidas, que se tornam fixas, ou de concepções abstratas ou fantasiosas que se sobrepõem à
Razão, estabelecendo no campo da mente um regime de desvario, deslocando-a do campo das
realidades ambientes. Nestes estados, há sempre predomínio do subconsciente.

Como se vê, há um desvio funcional da mente consciente com base no próprio espírito e,
quando esse desvio ultrapassa os limites daquilo que é considerado o máximo tolerável por todos, o
indivíduo passa a ser taxado de lunático, demente

Nestes casos, o equilíbrio pode ser restabelecido com a simples modificação das atividades
normais do doente. que devem ser orientadas, o mais possível para o campo das tarefas materiais
concretas e objetivas. Busque-se uma substituição de pensamentos.

No segundo caso, a obsessão é externa quando provocada por agentes estranhos, alheios
ao doente, que podem ser: a— diretos: entidades desencarnadas; b—indiretos: larvas (pensamentos,
formas) e outras espécies de influenciação telepática.

Em todos estes casos, a perturbação tem duração mais ou menos limitada e, afastada a
causa, cessam os efeitos, quase sempre recuperando a mente sua normalidade anterior.

Somente podemos considerar loucura, isto é, desequilíbrio irremediável, os casos em que o


organismo foi invadido por agentes patológicos ou causadores de lesões nos centros anímicos como,
por exemplo, a sífilis, o álcool, traumatismos, etc.

Então, como bem se percebe, não se trata mais de obsessão, porém de lesões que
impossibilitam a mente de funcionar em ordem, e é em relação a estes casos, principalmente, que a
mediunidade curadora se limita à atenuação do sofrimento.

Nas obsessões mais graves, quando a cura é permitida, e em todos os demais casos, só se
colhem bons resultados quando o doente colabora, reagindo no campo moral, edificando-se no
esforço de reabilitação; caso contrário, os resultados serão passageiros, porque o doente acaba se
acumpliciando com o obsessor e a obsessão sistematicamente reincide, em muitos casos
perdurando até além da morte. Se houver reação, vão se desatando aos poucos os laços que
prendem o obsessor ao obsedado, acentuando-se cada vez mais a incompatibilidade vibratória dos
perispíritos, e dá-se por fim a separação entre ambos.

Sabemos das dificuldades existentes no se compelir os obsedados a colaborarem na sua


própria regeneração: comumente se afastam, negam-se a ouvir, a assistir trabalhos e a seguir
conselhos no que aliás, como sabemos, são levados pelos próprios obsessores que, ligados
fortemente aos seus perispíritos, dominam a sua consciência, pensamentos e atos.

Os obsedados se acostumam com os obsessores, durante anos há entre eles troca, permuta
de fluidos e se os separamos violentamente, podem surgir lesões mais ou menos graves no
organismo físico ou psíquico.

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É preciso ir desligando aos poucos.

Nos casos de obsessão avançada, após as crises agudas dos ataques diretos, perseguidores
e perseguido permanecem “na mais estreita ligação telepática, agindo e reagindo mentalmente um
sobre o outro".
Os obsedados julgam muitas vezes querer libertar-se, entretanto, no intimo, alimentam-se
com os fluidos enfermiços do companheiro desencarnado e apegam-se a ele, instintivamente.
Milhares de pessoas são assim.

Entretanto, é possível agir de forma a captar esse precioso concurso individual em


entendimento direto com o obsedado demonstrando-lhe o nosso desejo de curá-lo e, aos poucos,
incutindo-lhe no subconsciente conceitos evangélicos apropriados.

Por outro lado, levados à sessão de cura espiritual, devem ser submetidos a passes
apropriados, por médiuns que possuam faculdades curativas, os quais, como veículos dos Espíritos,
colocando as mãos sobre a cabeça do doente, projetarão sobre ele fluidos elevados, captados no
Espaço, com o concurso de toda a assistência, que deve estar concentrada fortemente naquele
objetivo de cura.

Este processo dá resultados apreciáveis e, no mínimo, se obterão afastamentos temporários,


em etapas progressivas e complementares de reabilitação psíquica do doente.

O estado obsessional em sua fase inicial, tem o nome já vulgarizado de encosto, quando o
espírito que interfere é inconsciente e passivo. Numa outra bem mais avançada e mais grave,
chama-se possessão; mas, generalizando, todos estes casos são fenômenos de vampirismo.

Obsessão e suas modalidades são fenômenos que somente manifestam Espíritos atrasados,
pois não há possibilidade de serem loucos ou obsedados por Espíritos de evolução mais avançada.

Por último, queremos lembrar que, nem sempre o tratamento das obsessões deve ter em
vista o afastamento do obsessor, porque tal coisa às vezes não se pode dar, mormente nos casos
diretos, quando obsessor e obsedado acham-se estreitamente ligados entre si por laços fluídicos e
indissolúveis, em tarefas de resgates cármicos. (*)

(*) Para casas espíritas de grande movimento, nas curas de obsessões, não pode ser aplicado o
processo clássico das doutrinações individuais; por isso. estabelecemos na Federação Espírita do Estado
de São Paulo o sistema que denominamos "Choque Anímico', que permite assistir individualmente grande
número de casos numa só sessão. O processo, em síntese, é levar diretamente ao coração do obsessor
um forte jato de fluidos de amor.
Vide "Trabalhos Práticos de Espiritismo", Edgard Armond, Edição Aliança S. Paulo.

André Luiz, em seu livro já citado, explica que médiuns existem que, aliviados dos vexames
que recebem por parte de entidades inferiores, depressa Ihes reclamam a presença, religando-se a
eles automaticamente, embora o nosso mais sadio propósito de libertá-los.

Enquanto não se modificam suas disposições espirituais, com a criação de novos


pensamentos, jazem no regime da escravidão mútua, em que obsessores e obsedados se nutrem
das emanações uns dos outros.

Temem a separação, pelos hábitos cristalizados em que se associam, segundo os princípios


da afinidade.

Estendemos um pouco este capitulo para oferecer ligeiros informes sobre o sombrio setor do
vampirismo, do qual focalizaremos apenas três aspectos como segue:

1. vampirismo de tóxicos: fumo, álcool, entorpecentes

2. de energias orgânicas e

3. de ectoplasma: para materializações, visando vários fins.

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Primeiro - Os viciados nesses tóxicos, quando desencarnam, continuam, entretanto, a sofrer


o desejo do tóxico e não possuindo mais o corpo orgânico terreno, satisfazem -se vampirizando os
viciados encarnados, através dos quais absorvem as emanações deletérias dos tóxicos.

Segundo - Espíritos desencarnados fracos, doentes, sofredores, aderem ao perispírito dos


desencarnados e sugam-lhe as energias vitais, com as quais se retemperam, podendo levar suas
vitimas a extremos de esgotamento.

Terceiro - Desencarnados absorvem ectoplasma de pessoas encarnadas e se materializam,


por mais ou menos tempo, durante o qual executam atividades muitas vezes tenebrosas, dentre as
quais se destacam as do

Vampirismo sexual, cujas materializações podem ser totais ou parciais e se exercerem no


plano material ou no espiritual.

Quando o desencarnado é masculino e o encarnado é feminino, o primeiro é denominado


"incubo", e quando é feminino, " súcubo ".

Denominamos vampirismo terreno, quando as relações se dão em nosso plano e


vampirismo astral quando se dão neste último plano.

Os casos desta natureza exigem tratamento especial, muitas vezes drástico, para
desligamento da entidade desencarnada.

Esse setor de efeitos físicos, como se vê, é muito interessante e, às vezes, mesmo
impressionante, porque os assistentes vêm-se assim postos em contato direto e objetivo com os
Espíritos desencarnados.

Os intelectuais encontram nele possibilidades inúmeras e ideais de exercerem investigação


de fundo cientifico; os que precisam ver para crer e os filiados a credos dogmáticos ou platônicos,
todos podem verificar, pessoalmente, a realidade da vida espiritual, do intercâmbio entre os mundos
físicos e etéreos, enfim, da imortalidade da alma.

Mas é preciso, nesse setor, agir com muito cuidado e discernimento porque ele, justamente,
oferece margem, pela sua complexidade, a uma série extensa de mistificações, ora de médiuns, ora
de Espíritos; a confusões muito naturais para aqueles que não Ihe conhecem as particularidades.

Há uma percentagem reduzida de manifestações que podemos citar como autênticas desta
espécie, não passando muitas outras de fenômenos de outra espécie, que com esta se confundem.

É comum, por exemplo, que Espíritos de planos inferiores ligados à Terra, pelo desejo que
sempre têm de se manifestaram aqui, ou mesmo em missões de colaboração, utilizem-se de
médiuns inconscientes, de incorporação, e usando as próprias mãos e pés desses médiuns
produzam as manifestações tidas como efeitos físicos (levitações de objetos, toque de instrumentos
musicais, pseudas materializações, etc.) que não passam, afinal, de simples fenômenos de
incorporação.

Outro aspecto da questão, que devemos focalizar, é que esta forma de mediunidade
(destinada aos efeitos físicos) é aquela que mais depressa e sistematicamente exaure o médium,
justamente atendendo à sua tarefa de doar fluidos.

Os médiuns desta classe são, a bem dizer, "doadores de sangue fluídico ", que não podem
ser utilizados sem constantes períodos de recuperação, muito embora os próprios Espíritos
operadores promovam, ao fim de cada trabalho, essa recuperação, de alguma forma. (**)
(**) Para aumentar a capacidade de doar fluidos, e desde que o diretor do trabalho seja pessoa
competente, pode-se adotar o processo da aplicação da Força Primária—o fogo da terra —sobre os
centros de força do perispírito, mais ou menos na forma pela qual fizemos sua adaptação às práticas
espiritas. Essa aplicação, todavia, não deve ser generalizada, pelos perigos que encerra na ocorrência de
leviandades, exageros ou falta de conhecimentos apropriados vide obra "Passes e Radiações" Edgard
Armond, Ed. Aliança—São Paulo.

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Outra coisa que convém dizer é que os trabalhos de efeitos físicos, do ponto de vista
espiritual, são de categoria inferior, e os médiuns desta espécie, mais que quaisquer outros, estão
sujeitos a perturbações físicas, psíquicas, obsessões, degenerações.

Para evitar isso, é preciso que não se entreguem completamente a este gênero de atividade
e cuidem, o mais possível, de sua elevação moral

Mais que outros, a vaidade pode perdê-los, ou as tentações de beneficio material, porque se
possuírem mediunidade em boas condições, sofrerão o assédio constante dos curiosos, dos
investigadores' dos incrédulos e dos aproveitadores.

Este é o campo em que a curiosidade de muitos encontra pasto, nem sempre seguida da
verdadeira compreensão espiritual, que edifica no intimo de cada um os fundamentos da fé e os
propósitos indeclináveis da reforma moral, que é a base cristã, fundamental, da doutrina espirita.

A produção de fenômenos tem indiscutível utilidade no campo da investigação criteriosa e


bem intencionada, mas não deve se transformar em objetivo fundamental de todo o esforço no
estudo e na aplicação dos ensinamentos da doutrina.

É preciso fugir ao encantamento que o fenômeno exerce sobre os trabalhadores


inexperientes ou novatos, bem como do fanatismo, muitas vezes obsessionante, que afeta aqueles
que não passam dos aspectos superficiais do problema e se agradam, por vaidosos, daquilo que Ihes
atinge a personalidade e que levam na conta de privilégios.

E, quanto aos médiuns, é importante saber que deve se esquivar ao comércio de emoções
com o invisível, sem um alvo elevado de beneficio ao próximo; ao sentimento de monopolizar 0
intercâmbio; enfim, à busca de sensações e aventuras nesse campo de trabalho, tendo em vista a
glória da mediunidade, que não reside no fato de ser o médium instrumento de determina
das inteligências invisíveis ou encarnadas, sejam quais forem, mas sim no de cooperar no
esforço geral dos dois mundos, para benefício de todos; os médiuns não são ferramentas cegas,
manejadas por operadores exclusivistas, mas instrumentos humildes e fiéis da Divindade

OS PASSES
...Como, porém, o uso de passes é muito generalizado, acrescentamos aqui mais conselhos
esclarecedores.

1. O médium que se dispuser à aplicação de passes materiais , deve se esforçar por adquirir e
desenvolver "capacidade radiante"', isto é, capacidade de captar e irradiar fluidos reparadores,
desdobrando, assim, em mais profunda e ampla espera de ação, aquela que já possuir de, por si
mesmo, como magnetizador, transmitir fluido animal.

2. Essa capacidade radiante se desenvolve quando o médium se dispõe a servir


desinteressadamente e se esforça por elevar-se no campo da moralidade evangélica.

3. Saúde, sobriedade, vida tranqüila, equilibrada e harmônica, são condições que deve manter,
preservando-se sempre, visto que paixões, tumultos, mágoas e inquietações são coisas que
impedem a fluição natural e espontânea das energias magnéticas e curativas, através os
condutos nervosos.

4. Abstenção de álcool, fumo, entorpecentes e outros elementos tóxicos, como por exemplo
resíduos alimentares não eliminados, que envenenam os fluidos em transito, criam maus odores
no corpo e podem ser transmitidos aos doentes.

HIGIENE DAS TRANSMISSÕES


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Na cura pelos passes, sendo estes uma transmissão de fluidos de um organismo para
outro, compreende-se perfeitamente bem que é necessário que esses fluidos sejam bons,
suaves, limpos, estimulantes e puros, para que produzam efeitos salutares.

Referindo-se à preparação para trabalhos de efeitos físicos (*) eis como André Luiz se
manifesta:

"Alguns encarnados, como habitualmente acontece, não tomavam a sério a responsabilidade


do assunto e traziam consigo emanações tóxicas, oriundas da nicotina, da carne e aperitivos, além
das formas de pensamentos menos adequados à tarefa que o grupo devia realizar".

Como se vê, ele demonstra que a carne é alimento tão tóxico e desaconselhável como o
fumo ou o álcool.

E não se trata de uma opinião pessoal mas, sim, da indicação de efeitos reais observados
diretamente do lado de lá, por observador altamente credenciado, ou seja, o próprio André Luiz.

Isto exige que os operadores encarnados, tanto quanto possível, tenham boa saúde, sejam
sóbrios na alimentação, no vestuário, nos costumes e altamente moralizados; que eliminem os
vícios, evitem tóxicos, inclusive os provindos de seus próprios organismos e aprendam a dominar
suas emoções, para evitar a perda inútil de energia fluídica mormente as do campo sexual, pois que
um sistema nervoso esgotado ou desequilibrado, impedirá a emissão e a livre movimentação de
fluidos curativos e levará o operador a uma condição de hipersensibilidade que o exporá a vários e
sérios riscos.

Realmente, sempre que houver excesso de sensibilidade, por parte do doente ou do


operador, haverá possibilidade mais ampla de permuta de fluidos bons e maus, sendo comuns os
casos de transmissão de fluidos mórbidos do doente para o operador e vice -versa. Este último, além
dos fluidos de cura, transmitirá, com os passes, toxinas orgânicas ou medicamentosas e ainda mais:
produtos vindos da esfera moral , de suas próprias paixões inferiores que , porventura , constituam
sua natural tonalidade vibratória.

São muito comuns os casos de doentes submetidos a passes dados por servidores sinceros
e de boa vontade que, todavia, sentem, após a aplicação, inexplicável agravamento de seus males,
ou o acréscimo de novos, acompanhados de visível mal-estar que, justamente, resultam dessas
impurezas a que nos referimos.

Para dar passes, pois, não basta a boa vontade; é necessário também que o operador
preencha uma série de convicções físicas e psíquicas, tendentes à purificação de corpo e espírito.
Conquanto seja certo que a boa vontade e o desejo evangélico de servir assegurem ao operador um
grande coeficiente de assistência espiritual superior, todavia, a preparação judiciosa, pela purificação
própria, aumentará grandemente a eficiência do trabalho e o volume da colheita.

No plano invisível, em suas colônias, recolhimentos, hospitais e abrigos provisórios, os


passes são dados ampla e sistematicamente, porém, sempre executados por operadores
selecionados, verdadeiros técnicos, profundos conhecedores do assunto, tanto na teoria como na
prática.

(*) Entende-se, neste caso, por efeitos físicos, os trabalhos de cura.

Eis o que diz Emmanuel, o querido irmão maior, ao qual já devemos tão preciosa
colaboração no campo da literatura espírita:

"Meu amigo, o passe é transfusão de energias fisiopsíquicas, operação de boa vontade,


dentro da qual o companheiro do bem cede de si mesmo em teu benefício.

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Se a moléstia, a tristeza e a amargura são remanescentes e nossas imperfeições, enganos e


excessos, importa considerar que, no serviço do passe, as tuas melhoras resultam da troca de
elementos vivos e atuantes.

Trazes detritos e aflições e alguém te confere recursos novos e bálsamos reconfortantes.

No clima da prova e da angústia, és portador da necessidade e do sofrimento.

Na esfera da prece e do amor, um amigo se converte no instrumento da Infinita Bondade,


para que recebas remédio e assistência.

Ajuda o trabalho de socorro a ti mesmo com o esforço da limpeza interna.

Esquece os males que te apoquentam, desculpa as ofensas de criaturas que te não


compreendem, foge ao desanimo destrutivo e enche-te de simpatia e entendimento para com todos
os que te cercam.

O mal é sempre a ignorância e a ignorância reclama perdão e auxilio para que se desfaça,
em favor da nossa própria tranqüilidade.

Se pretendes, pois, guardar as vantagens do passe que em substancia, é ato sublime de


fraternidade cristã, purifica o sentimento e o raciocínio, o coração e o cérebro.

Ninguém deita alimento indispensável em vaso impuro.

Não abuses, sobretudo daqueles que te auxiliam.

Não tomes o lugar do verdadeiro necessitado, tão só porque os teus caprichos e melindres
pessoais estejam feridos.

O passe exprime também gasto de forcas e não deves provocar o dispêndio de energias do
Alto, com infantilidade e ninharias.

Se necessitas de semelhante intervenção, recolhe-te à boa vontade, centraliza a tua


expectativa nas fontes celestes do suprimento divino, humilha-te, conservando a receptividade
edificante, inflama o teu coração na confiança positiva e, recordando que alguém vai arcar com o
peso de tuas aflições, retifica o teu caminho, considerando igualmente o sacrifício incessante de
Jesus por nós todos, porque, de conformidade com as letras sagradas, "Ele tomou sobre si as nossas
enfermidades e lavou as nossas doenças".

- É evidente que esta frase final se refere àqueles que se aproveitaram dos benefícios e
espiritualmente se modificaram.

REGRAS PARA CONSERVAÇÃO E PUREZA DO CORPO


FÍSICO

No que diz respeito à manutenção do equilíbrio e à conservação do corpo, ressalvadas as


destinações de ordem cármica que escapam ao nosso controle individual momentâneo, transferimos
para aqui algumas regras e considerações que constam do Cap. II, item 2, do livro de Edgard
Armond, "Trabalhos Práticos de Espiritismo", primeira edição em 1 954.

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CONDUTA CONSIGO MESMO


Referimo-nos aos esforços íntimos em relação aos hábitos, costumes, necessidades e outros
aspectos da vida moral do indivíduo, destinados a mudar os seus sentimentos negativos, vencer
vícios e defeitos, dominar paixões inferiores e conquistar virtudes espirituais, isto é, a reforma
íntima. Para isso torna-se necessário:

Higiene do corpo físico

Uso diário de banhos de água, totais ou parciais; de ar, de luz e de sol, cada um agindo, é
claro, de acordo com seus próprios recursos e possibilidades, inclusive de tempo; vestimentas
apropriadas, de acordo com o tempo, o clima e as estações do ano.

Alimentação

Racional e sóbria, contendo os princípios alimentares básicos que são: proteínas (alimentos
que mantêm os músculos); carbo-hidratos e gorduras (alimentos que fornecem energia e calor), sais
minerais e vitaminas.

Todos estes elementos são encontrados nos alimentos comuns, sendo, todavia, necessário
saber combiná-los e utilizá-los sem faltas ou excessos.

Para isso convém consultar instruções apropriadas, quase sempre encontradas em livros e
publicações que tratam do assunto.

Lentamente, e tanto quanto possível, (segundo os recursos, profissão e temperamento de


cada um) diminuir a carne como alimento-base, visto ser desaconselhável do ponto de vista
espiritual. Os princípios alimentares que ela contém, sobretudo proteínas, são encontrados com
facilidade em outros alimentos de uso comum, como por exemplo: queijo, feijão, soja, leite, etc.

Por outro lado, para alimentar o nosso corpo não há necessidade de sacrificar vidas de
animais úteis e pacíficos onde espíritos, ainda embrionários, realizam sua evolução, quando
podemos fazê-lo com inúmeros outros alimentos mais simples.

Neste assunto, que é de controvérsia, cada um deve seguir seus próprios impulsos e
inspirações que corresponderão, justamente, ao grau de compreensão ou de evolução que
lhes forem próprios.

Repouso

Dormir o tempo que for exigido pelo próprio organismo, segundo a idade, a profissão e o
temperamento de cada um.

Nunca sacrificar esta necessidade fundamental em benefício de certas distrações ou


atividades dispensáveis, porque são sempre lamentáveis as consequências que a falta de sono
acarreta para o sistema nervoso, principalmente daqueles para os quais esta necessidade se torna
mais acentuada.

O normal do período de repouso para os adultos é de 8 horas, tempo esse que vai
diminuindo à medida que aumenta a idade; na velhice essa necessidade fica reduzida para pouco
mais de 3 a 5 horas, substituída a diference por uma apatia natural, certa sonolência.

A insônia nos adultos e nos adolescentes, mas sobretudo nas crianças, sempre denota
moléstia orgânica ou perturbação de natureza psíquica que requerem cuidados especiais, porém

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nunca o uso de tranqüilizantes ou hipnóticos que podem provocar dependência, além de produzirem
profundas depressões.

Distrações

Também fazem parte dos recursos necessários à manutenção do equilíbrio orgânico, como
reflexos vindo do campo da vida psíquica.

São derivativos para as pressões exercidas, nas lutas da vida, pelas inquietações, temores,
cansaço, tristeza, desanimo, etc., que tão perniciosas influências exercem sobre o espírito, com a
agravante, ainda, de abrirem portas às influenciações do plano invisível.

Todavia, não são todas as distrações que servem ao espírita interessado no seu problema de
renovação moral. Há distrações benéficas como as há extremamente perniciosas: estas são as que
despertam ou alimentam os instintos inferiores do personalismo, da brutalidade, da violência. da
crueldade, como o boxe, as lotas de arena, as touradas. etc.: as que levam a desgarres da
sensualidade, como certos espetáculos, danças e folguedos, tudo isto deve ser eliminado do
programa do espírita esclarecido e sensato.

As diversões aconselháveis e úteis são as de aspecto construtivo e elevado, como passeios


ao campo, parques e jardins, excursões, visitas a museus e obras de arte, reuniões culturais,
concertos musicais, conferencias sobre assuntos instrutivos, enfim tudo quanto dignifique, esclareça
e levante o indivíduo para esferas de vida e de sentimentos mais elevados.

Muito importante, também, à manutenção do equilíbrio orgânico e à harmonia interna do


santuário do espírito, o combate aos vícios, defeitos morais e paixões, próprias do homem
encarnado nestes graus inferiores da escala evolutiva, dos quais o nosso orbe faz parte.

Do mesmo citado livro transcrevemos mais os seguintes períodos referentes a estes pontos
de relevantes interesses.

Os vícios

Para a defesa e purificação do organismo, é necessário combater rigorosamente os vícios,


começando pelos mais comuns que são o fumo, o álcool, a gula e os tóxicos (ma conha, éter, ópio,
morfina etc.).

Atualmente, estes vícios se alastram de forma alarmante, envolvendo milhões de pessoas,


em sua maioria jovens inexperientes que a vida social moderna, com seus costumes licenciosos e
cínicos, empurra para caminhos de perdição.

Jovens de ambos os sexos, nas reuniões de sociedades fazem alarde ou exibição dos vícios
que possuem, como se tal coisa os engrandecesse.

Na sua inconsciência, chafurdam na lama e se vangloriam disso.

O fumo, por exemplo, considerado o mais inocente desses vícios, está sendo adotado pela
maioria das mulheres. sendo fabuloso o seu consumo no mundo inteiro e seu uso produz terríveis
males, principalmente no aparelho nervoso-vegetativo (simpático e vago), dando margem a
perturbações tanto mais intensas e profundas quanto mais sensíveis forem as pessoas Ultimamente,
severas advertências vêm sendo feitas por cientistas de todos os países sobre a influência do fumo
na produção do câncer. Segundo estatísticas oficiais, em cada 4 pessoas que fumam, uma possui
indícios de câncer.

As consequências do fumo afetam também fortemente o perispírito, produzindo uma espécie


de entorpecimento psíquico, que continua até mesmo após o desencarne, prolongando o período de
inconsciência que, na maioria dos casos, ocorre depois da chamada morte física, como também
afeta a cortina de proteção e isolamento existente entre o corpo físico e o perispírito.

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E coisas ainda piores sucedem em relação ao vício do álcool, responsável pela degradação
moral de milhões de pessoas, em todas as partes do mundo, obrigando mesmo a governos
esclarecidos (como, por exemplo, o da França, ultimamente) a decretar legislação coercitiva da
fabricação e do uso imoderado do álcool em seu território.

Julgamos completamente desnecessário qualquer comentário a respeito destes vícios e de


suas diferentes sintomatologias, que oscilam entre a euforia e a coma, visto ser assunto por demais
conhecido.

Não importa o que digam uns e outros, inclusive pessoas de ciência, defendendo estes
vícios, alegando não serem tão perniciosos como parecem: os que os defendem são tam bém
viciados em maior ou menor grau e, portanto, suspeitos no caso.

Os espíritas, se realmente desejam evoluir e, já que a evolução não se conquista sem


pureza de corpo e de espírito, devem combater e eliminar de si mesmos estes vícios libertando-se
deles definitivamente. Não pode haver pureza de corpo ou de sentimentos em pessoas que se
entregam a vícios repugnantes e perniciosos, praticando, assim, um suicídio lento, na mais
lamentável negligência moral.

Por outro lado, é preciso não esquecer que a maioria dos viciados é assediado e dominado
por espíritos inferiores desencarnados, mesmo quando não maléficos mas, da mesma forma,
viciados e que, não possuindo mais o corpo físico, atuam sobre eles e. por seu intermédio, se
satisfazem, inalando a fumaça dos cigarros ou aspirando, deliciados, os vapores do álcool.

Há milhões de pessoas, no mundo inteiro, que vivem assim escravizadas pelos espíritos
inferiores e utilizadas por estes como instrumentos passivos, submissos e cegos de seus próprios
vícios e paixões.

André Luiz, em sua obra "Nos Domínios da Mediunidade", descreve uma cena de botequim,
mostrando como alguns espíritos desencarnados, junto de fumantes e bebedores, com triste feição,
se demoravam expectantes.

Alguns sorviam as baforadas de fumo arremessadas ao ar, ainda aquecidas pelo calor dos
pulmões que as expulsavam, nisso encontrando alegria e alimento.

Outros aspiravam o hálito de alcoólatras impenitentes.

Defeitos morais e paixões

A batalha moral contra os defeitos e as paixões deve ser igualmente encetada pelos espíritas
sem vacilações e temores, sendo certo que desde os primeiros passos, serão fortemente apoiados
pelos benfeitores espirituais, que sempre estão atentos, aguardando que tão salutares e imperiosas
resoluções surjam e tomem consistência no espírito dos seus protegidos, entes amados que eles, os
benfeitores, assumiram o compromisso de assistir e proteger durante a encarnação.

Antes de encetar a luta contra os defeitos e as paixões tão comuns ao homem inferior, como
sejam, o orgulho, o egoísmo, a sensualidade, a hipocrisia, a avareza, a crueldade, e outros — é
necessário que cada um faça um programa individual de ação, examine a influência que cada
defeito ou paixão exerce sobre si mesmo c em seguida inicie a repressão com confiança e
disposição de lutar sem desfalecimentos, até o fim; assim procedendo. logo aos primeiros passos,
verá que o apoio recebido do .Alto é muito grande e que a vitória está desde o princípio'. em suas
próprias mãos.

UM POUCO SOBRE OS VÍCIOS DE FUMAR E BEBER:

FUMAR É SUICÍDI0

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"Quando o homem está mergulhado, de qualquer maneira, na atmosfera do vício, o mal não
se torna para ele um arrastamento quase irresistível? - Arrastamento, sim; irresistível, não. Porque
no meio dessa atmosfera de vícios encontra, às vezes, grandes virtudes. São espíritos que tiveram a
força de resistir, e que tiveram, ao mesmo tempo a missão de exercer uma boa influencia sobre os
seus semelhantes. "

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capitulo 1. A Lei Divina ou Natural.
Pergunta 645.)

Procuramos, aqui, tecer algumas considerações sobre o vicio do fumo, hábito puramente
imitativo e que não tem qualquer justificativa racional, mostrando, também, certas conseqüências
físicas e espirituais. Encaramos a posição do espírita, que chega à evidencia clara e conclusiva de
ser auto-suicídio o hábito de fumar.

Enveredando pela dinâmica que a Doutrina Espirita leva aos seus praticantes, é impositivo,
no trabalho de transformação intima, largar o fumo. Não só para prevenir enfermidades, mas
também como treinamento importante para o fortalecimento das potencialidades do espírito e o
domínio de nossas tendências seculares.

Cabe, aqui — dentro da problemática psicológica dos fumantes, que profundamente


respeitamos em seu aspecto humano—, exaltar com veemência que ainda é com Jesus que
encontramos o caminho, aceitando aquele convite inolvidável: "Aquele que quiser Me seguir tome a
sua cruz e ande".

O FUMAR, COMO COMEÇOU?

O costume herdado dos animais de farejar, cheirar e provar o gosto, certamente levou o
homem, em épocas muito distantes a experimentar o gosto da fumaça. Provavelmente, alguns
homens pré-históricos mais astutos resolveram enrolar algumas folhinhas secas e provar sua
fumaça. Através dos tempos, devem ter experimentado muitas delas, não as aprovando pelo seu
gosto amargo. No entanto, aquela folha larga e amarelada, depois batizada de Nicotiana Tabacum,
deve ter provocado algo de estranho no experimentador pela ação ativa do alcalóide que ela contém
(bastam apenas 40 a 60 miligramas dele para matar um homem).

Historicamente, consta que em 1560 o embaixador francês João Nicot enviou à rainha
Catarina de Medicis as primeiras remessas daquele vegetal, cultivado em seus jardins em Lisboa,
porque o julgava uma erva perfumada e dotada de propriedades terapêuticas. A rainha patrocinou a
difusão do fumo como medicamento, utilizando-o em pílulas, pomadas, xaropes, infusões, banhos,
etc. Porém, desses usos surgiram - o que a rainha encobriu - inúmeros envenenamentos,
intoxicações e mortes.

O idealista Nicot, que deu seu nome ao alcalóide nicotina, enquadrado entre os "venenos
eufóricos", deve ter experimentado no Plano Espiritual os arrependimentos de sua triste iniciativa,
acompanhando os casos mórbidos que suas perfumadas folhinhas provocaram.

O FALSO PRAZER—UMA ILUSÃO

O hábito de fumar começa, em geral, na infância ou na adolescência, incentivado pelos mais


velhos e tendo exemplos até mesmo dentro de casa. São os garotos provocados pelos coleguinhas
que fumam e que, na sua imaginação, já se sentem homens feitos (como se o fumar fosse uma
condição de ser adulto). A tentativa é feita, provoca tosse e tonturas, mas dizem eles—são os
sacrifícios do noviciado. O melhor vem depois: dá charme, auto-segurança, estimulo cerebral, é
bacana, as menininhas gostam. Enfim, atende a tudo aquilo que o adolescente deseja: auto-
afirmação, prestígio entre os amiguinhos, pose de artista, companhias a qualquer hora,
namoradinhas, e, nesse contexto, a ilusão do prazer de ser querido e estar realizado. Faz parte do
grupo. Quem não fuma, não entra na "patota".

Entretanto, ninguém conta nem fala das desvantagens e dos males do fumo. Ninguém vê e
nem pode examinar os tóxicos que a fumacinha leva ao organismo. Hoje se fala na televisão sobre

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o alcatrão e a nicotina que o cigarro contém, mas o que é mesmo isso? Ah, isso ninguém conhece. E
ninguém conhece porque não é divulgado, porque não interessa divulgar. O que interessa é vender.
E os nossos amiguinhos caem como patinhos, levados também pelas exuberantes propagandas dos
fabricantes, sem saberem nada sobre os venenos que ingerem, sobre as doenças que provocam, as
mortes que causam. E sem saberem que as estatísticas médicas provam que, dentre oito fumantes,
um certamente sofrerá de câncer e ainda que cada cigarro encurta a vida do homem em quatorze
minutos. Falem dessas verdades aos garotos que queiram ensinar outros a fumar.

O QUE SOFRE O ORGANISMO HUMANO?

A quantidade de nicotina absorvida varia de 2,5 a 3,5 miligramas por cigarro. Ao ser tragada,
a fumaça entra pelos pulmões carregando vários gases voláteis, que se condensam no alcatrão,
passando à corrente sangüínea juntamente com a nicotina. Esta é tóxica, venenosa; o alcatrão é
cancerígeno.

Esses componentes agem na intimidade celular, principalmente nas células do sistema


nervoso central, modificando o seu metabolismo, ou seja, as transformações físico-químicas que
Ihes permitem realizar os trabalhos de assimilação e desassimilação das substâncias necessárias a
sua função. Essas alterações provocam no fumante a sensação momentânea de bem-estar, com
supressão dos estados de ansiedade, medo, culpa. E o efeito de uma ação tóxica e mórbida levada
ao sistema nervoso central. Aos instantes iniciais de estímulos segue-se um retardo da atividade
cerebral e, em seguida, depressão, apatia, angústia.

Esses elementos químicos tóxicos, além desses efeitos, agravam as doenças cardíacas,
como a angina, o enfarte, a hipertensão, a arteriosclerose. As vias respiratórias se irritam e,
progressivamente, intoxicam-se, dando origem a traqueites, bronquites crônicas, enfisemas
pulmonares, insuficiência respiratória, além dos casos de câncer bucal, da faringe, da laringe, do
pulmão e do esôfago.

A mulher é ainda mais sensível aos efeitos da nicotina, principalmente na gravidez, quando
a nicotina atravessa a placenta, ocasionando danos ao feto, contamina o leite materno e pode
também provocar abortos, natimortos e prematuros. Há também casos de esterilidade acarretada
pelo fumo.

Em trabalhos recentes, ficou comprovada a diminuição da capacidade visual dos fumantes


de 26% ou mais.

A ação tóxica afeta também as glândulas, dificultando as funções orgânicas. Numa


universidade norte-americana, uma pesquisa provou que os índices de reprovação são bem maiores
entre os fumantes do que entre os não-fumantes.

Porém, o que melhor retrata esse quadro é o fato de um fuman te que absorve dois maços
por dia, durante 30 anos, ter sua vida diminuída em 8 ou 10 anos. Portanto, esta é, indubitavelmente,
uma forma de suicídio.

O PERlSPÍRITO FICA IMPREGNADO

Os efeitos nocivos do fumo transpõem os níveis puramente físicos, atingindo o envoltório


sutil e vibratório que modela, vivifica e abastece o organismo humano, denominado perispírito ou
corpo espiritual.

O perispírito, na região correspondente ao sistema respiratório, fica, graças ao fumo,


impregnado e saturado de partículas semimateriais nocivas que absorvem vitalidade, prejudicando o
fluxo normal das energias espirituais sustentadoras, as quais, através dele, se condensam para
abastecer o corpo físico.

O fumo não só introduz impurezas no perispírito - que são visíveis aos médiuns
videntes, à semelhança de manchas, formadas de pigmentos escuros, envolvendo os órgãos mais
atingidos, como os pulmões—, mas também amortece as vibrações mais delicadas,

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bloqueando-as, tornando o homem até certo ponto insensível aos envolvimentos espirituais
de entidades amigas e protetoras.

Após o desencarne, os resultados do vicio do fumo são desastrosos, pois provocam uma
espécie de paralisia e insensibilidade aos trabalhos dos espíritos socorristas por longo período, como
se permanecesse num estado de inconsciência e incomunicabilidade, ficando o desencarnado pre-
judicado no recebimento do auxílio espiritual.

Numa entrevista dada ao jornalista Fernando Worm (publicada na Folha Espírita, agosto de
1978, ano V, n.° 53), Emmanuel, através de Chico Xavier, responde às seguintes perguntas:

F.W

A ação negativa do cigarro sobre o perispírito do fumante prossegue após a morte do corpo
físico? Até quando?

Emmanuel

O problema da dependência continua até que a impregnação dos agentes tóxicos nos
tecidos sutis do corpo espiritual ceda lugar à normalidade do envoltório perispiritual, o que, na
maioria das vezes, tem a duração do tempo em que o hábito perdurou na existência física do
fumante. Quando a vontade do interessado não está suficientemente desenvolvida para arredar de si
o costume inconveniente, o tratamento dele, no Mundo Espiritual, ainda exige quotas diárias de
sucedâneos dos cigarros comuns, com ingredientes análogos aos dos cigarros terrestres, cuja
administração ao paciente diminui gradativamente, até que ele consiga viver sem qualquer
dependência do fumo.

F.W

Como descreveria a ação dos componentes do cigarro no perispírito de quem fuma?

Emmanuel

As sensações do fumante inveterado, no Mais Além, são naturalmente as da angustiosa


sede de recursos tóxicos a que se habituou no Plano Físico, de tal modo obcecante que as melhores
lições e surpresas da Vida Maior Ihe passam quase que inteiramente despercebidas, até que se Ihe
normalizem as percepções . O assunto , no entanto, com relação à saúde corpórea, deveria ser estu-
dado na Terra mais atentamente, já que a resistência orgânica decresce consideravelmente com o
hábito de fumar, favorecendo a instalação de moléstias que poderiam ser claramente evitáveis. A
necropsia do corpo cadaverizado de um fumante em confronto com o de uma pessoa sem esse
hábito estabelece clara diferença.

O fumante também alimenta o vício de entidades vampirizantes que a ele se apegam para
usufruir das mesmas inalações inebriantes. E com isso, através de processos de simbiose a níveis
vibratórios, o fumante pode coletar em seu prejuízo as impregnações fluídicas maléficas daqueles
que deixarn o enfermiço triste, grosseiro, infeliz, preso à vontade de entidades inferiores, sem o
domínio e a consciência dos seus verdadeiros desejos. Dentro desse processo de impregnação
fluídica mórbida, o vicio do fumo reflete-se nas reencarnações posteriores, principalmente na
predisposição às enfermidades típicas do aparelho respiratório.

DEIXAR DE FUMAR: UM TRABALHO DE REFORMA INTIMA

O esclarecimento trazido pelo Espiritismo vem aduzir maior número de razões, e com maior
profundidade, àqueles defendidos pela Medicina e Saúde Pública

Dentro de um propósito transformista, que a vivência doutrinaria nos evidencia, é


indispensável abandonar o fumo, principalmente os que se dedicam aos trabalhos de assistência
espiritual, que veiculam energias vitalizantes, transmitidas nos serviços de passes.

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O zelo e o respeito ao organismo, que nos é legado na presente existência, devem nos levar
a compreender que não temos o direito de compromete-lo com a carga de toxinas que o fumo
acrescenta, alertando-nos com relação a esse problema

A necessidade de cada vez mais nos capacitarmos espiritualmente não pode dispensar a
libertação de vícios, dentre eles o fumo. Encontramos inúmeras razões que justificam o deixar de
fumar e não conseguimos enumerar uma apenas que, objetivamente, justifique o vicio.

A VONTADE E A FERRAMENTA FUNDAMENTAL

Há vários métodos que ensinam como deixar de fumar, porém todos partem de um
pressuposto: A Vontade.

A vontade pode ser fraca ou forte, e ela diz muito do propósito e da capacidade de decisão
que imprimimos à nossa vida. A vontade, como vimos, pode ser fortalecida por afirmações repetidas
por nós mesmos, como forças desencadeadoras de nossas potencialidades psíquicas, pensando e
até dizendo: "eu quero deixar de fumar", "eu não tenho necessidade do fumo", "eu vou deixar de
fumar".

Assim, vamos fortalecendo a vontade e, ao largarmos o cigarro, devemos fazê-lo de uma só


vez, pois não é aconselhável deixar aos poucos. O acompanhamento médico, porém, é
recomendado em qualquer caso.

Resistir de todos os modos aos impulsos que naturalmente vão surgir: dessa forma, no
decorrer dos dias, a autoconfiança aumenta. Com isso desenvolvemos um treinamento de grande
valor com relação ao domínio e ao controle da vontade, conduzindo-a em direção ao aperfei-
çoamento interior, trabalho esse do qual sempre nos afastamos, levados por envolvimentos de toda
sorte.

Nada se conquista sem trabalho. E, vencendo o fumo, capacitamos a superar outros


condicionamentos que nos prejudicam igualmente na caminhada evolutiva.

FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL:

1. O fumo constitui um hábito para você?

2. Já refletiu sobre as doenças que o fumo provoca?

3. Sofreu alguma conseqüência doentia do fumo?

4. Analise as suas reações ao tentar dominar o impulso de fumar. O que sente?

a) Inquietação b) Desespero c) Tremor d) Irritação

5. A que atribui a predominante reação verificada acima?

a) Vontade fraca b) Organismo habituado c) Necessidade de prazer

6. Acha-se incapaz de dominar o desejo incontido de fumar? Já tentou fazê-lo?

7. 'Admite poder fortalecer a sua vontade pela auto-sugestão?

8. Tendo concluído que o fumo é nocivo ao corpo e ao espírito, sente alguma vontade de
deixá-lo?
9. Aceita o desafio de não se deixar levar pelo vicio de fumar? Prove quem é mais forte,
você ou o fumo.

10. Já pensou que o fumo não passa de algumas folhinhas picadas e queimadas,
transformadas em fumaça? E isso pode Ihe dominar?

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OS MALEFÍCIOS DO ÁLCOOL
"O meio em que certos homens se encontram não é para eles o motivo principal de muitos
vícios e crimes?

- Sim, mas ainda nisso há uma prova escolhida pelo Espírito, no estado de liberdade; ele
quis se expor à tentação, para ter o mérito da resistência. "

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capitulo I—A. Lei Divina ou Natural.
Pergunta 644.)

"A alteração das faculdades intelectuais pela embriaguez desculpa os atos repreensíveis?

- Não, pois o ébrio voluntariamente se priva da razão para satisfazer paixões brutais: em
lugar de uma falta, comete duas.

(Allan Kardec. O Livro dos Espíritos. Livro Terceiro. Capitulo X. Lei da Liberdade. Pergunta
848.)

O álcool (palavra de origem árabe: al = a, cohol = coisa sutil) não é alimento nem remédio. É
tóxico. Chegando ao seio da substancia nervosa, excita-a e diminui sua energia e resistência, e
deprime os centros nervosos fazendo surgir lesões mais graves: paralisias, delírios {delirium
tremens). Como tóxico, atinge de preferência o aparelho digestivo: o indivíduo perde o apetite, o
estômago se inflama e a ulceração da sua mucosa logo se manifesta. A isto se juntam as afecções
dos órgãos vizinhos, quase sempre incuráveis. Uma delas (terrível) é a cirrose hepática, que se
alastra progressivamente no fígado, onde as células vão morrendo por inatividade, até atingir
completamente esse órgão, de funções tão importantes e delicadas no aparelho digestivo.

O que se vê nos hospitais durante a autópsia do cadáver de um alcoólatra crônico é algo


horripilante. O panorama interno do cadáver pode ser comparado ao de uma cidade completamente
destruida por um bombardeio atômico.

Além das catástrofes provocadas no organismo físico, quantos males e acidentes


desastrosos são ocasionados pela embriaguez! Os jornais, todos os dias, enchem as suas páginas
com tristes casos de crimes e desatinos ocorridos com indivíduos e mesmo famílias inteiras,
provocados por criaturas alcoolizadas.

O álcool não corrói somente o físico e o perispírito do indivíduo, mas também corrói um lar,
desestrutura famílias inteiras, põe em sofrimento os parentes e amigos, muitas vezes vítimas dos
maus tratos da embriaguez.

A embriaguez é hábito que se observa difundido em todas as camadas sociais. Mudam-se os


tipos de bebidas: das mais populares, ao alcance do trabalhador braçal, às mais sofisticadas, para os
homens de "status". No entanto, o costume é o mesmo, os prejuízos, iguais. Em geral, a tendência
para beber vem de uma perturbação da afetividade que pode ser originada na infância. Os
problemas infantis gerados nos desequilíbrios familiares, pela falta de carinho dos pais ou por outros
conflitos - são comumente as raízes desse estado intimo propicio ao alcoolismo.

O alcoolismo deve ser encarado, nos casos profundos, como uma doença orgânica, como o
é, por exemplo, o diabetes. Deve ser evitado radicalmente, sob pena de se sofrer amargamente as
suas conseqüências nos processos de recuperação em clinicas especializadas.

Há indivíduos que buscam na bebida um estado de liberação das suas tensões recônditas,
ou então o esquecimento momentâneo de suas mágoas ou aflições, o que denota uma necessidade
de refletir corajosamente sobre essas causas, buscando novos rumos para o seu próprio
esclarecimento. A bebida só leva à autodestruição, e nada de construtivo oferece às suas vitimas.

As alterações das faculdades intelectuais causadas pela embriaguez, principalmente da


auto-censura, que priva a criatura da razão, tem levado homens probos a cometer desatinos, crimes
passionais e tragédias.
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Na embriaguez, o domínio sobre a nossa vontade é facilmente realizado pelas entidades


tenebrosas, conduzindo-nos aos atos de brutalidade.

O viciado em álcool quase sempre tem a seu lado entidades inferiores que o induzem à
bebida, nele exercendo grande domínio e dele usufruindo as mesmas sensações etílicas. Cria-se,
desse modo, dupla dependência: uma por parte da bebida propriamente dita, com toda a carga
psicológica que a motivou; outra por parte das entidades invisíveis que hipnotica mente exercem sua
influência, conduzindo, por sugestão, o indivíduo à ingestão de álcool.
O processo que se recomenda para a libertação da bebida é ter em mente, sempre que o
desejo se apresentar, a idéia dolorosa das conseqüências funestas do álcool. Nessas horas, devem
ser reprimidos os impulsos com a lembrança de tudo aquilo de repugnante e desagradável que o
álcool provoca Em particular, os espiritas conhecem - e são fortalecidos com as idéias relativas às
conseqüências espirituais, principalmente no sofrimento dos suicidas após o desencarne. O álcool
reduz a resistência física, diminui o tempo de vida e, por isso, o seu praticante é considerado um
suicida.

Nesses momentos de tentação à bebida, quando estamos imbuídos do desejo de libertação,


o auxílio do Plano Espiritual vem a nosso favor, mas necessário se faz o apoio na nossa própria
vontade para surtirem os efeitos esperados.

É freqüente a alegação, por parte dos viciados, de que a bebida para eles é necessária, e
que a sua vontade nada pode conter. Quando alguém assim afirma demonstra que não tem
nenhuma vontade de deixar de beber, e nesses casos pouco se pode fazer. O importante, mesmo, é
que primeiro seja despertada a vontade de largar o álcool e, a partir disso, seja assumido
voluntariamente o propósito de não mais se deixar levar pela imaginação, pelas idéias induzidas às
vezes obsessivamente, ou mesmo pelos convites de "amigos" que façam companhia nas
beberagens.

A sede, o sabor, a oportunidade social, as comemorações, a obrigatoriedade em aceitar um


drinque oferecido por alguém visitado são as muitas desculpas que temos para ingerir as doses de
álcool. Precisamos, porém, estar atentos para não cometer exageros, abusos, e não resvalar por
esse hábito social, que pode terminar por nos condicionar a ele.

FAÇA SUA AVALIAÇÃO INDIVIDUAL

1. Acha que a eventual ingestão de bebidas alcoólicas pode levá-lo ao vício?

2. Sabe conter-se nas ocasiões sociais em que Ihe são oferecidas bebidas alcoólicas?

3. Sente necessidade incontrolável de tomar bebidas alcoólicas nas refeições ou quando


tem sede?

4. Sente-se mais extrovertido ou mais à vontade, em grupos de pessoas, quando toma


alguma bebida alcoólica?

5. No caso de todos à sua volta estarem bebendo, sente-se igualmente obrigado a faze-lo?
Por que?

6. Já se sentiu completamente embriagado?

7. Já experimentou as conseqüências digestivas ou neurológicas que a bebida provoca?

8. Sendo um inveterado na bebida, já sentiu vontade de libertar-se dela? Conseguiu algo?

9. Tem dificuldades em não se deixar levar pelo desejo de tomar um drinque?

10. O. As bebidas alcoólicas fazem algum bem à saúde?

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FINALIZANDO:
Não nos esqueçamos que também o jogo, a gula e os abusos sexuais são igualmente vícios
que devemos extirpar dentro de nós.
E Finalizamos fazendo a reflexão sobre estas duas questões do Livro dos Espíritos:

264. Que é o que dirige o Espírito na escolha das provas que queira sofrer?

“Ele escolhe, de acordo com a natureza de suas faltas, as que o levem à expiação destas e a
progredir mais depressa. Uns, portanto, impõem a si mesmos uma vida de misérias e privações,
objetivando suportá-las com coragem; outros preferem experimentar as tentações da riqueza e do
poder, muito mais perigosas, pelos abusos e má aplicação a que podem dar lugar, pelas paixões
inferiores que uma e outros desenvolvem; muitos, finalmente, se decidem a experimentar suas
forças nas lutas que terão de sustentar em contato com o vício.”
Livro do Espíritos – Livro Segundo cap. VI - Allan Kardec

265. Havendo Espíritos que, por provação, escolhem o contato do vício, outros não haverá que o
busquem por simpatia e pelo desejo de viverem num meio conforme aos seus gostos, ou para
poderem entregar-se materialmente a seus pendores materiais?

“Há, sem dúvida, mas tão-somente entre aqueles cujo senso moral ainda está pouco desenvolvido. A
prova vem por si mesma e eles a sofrem mais demoradamente. Cedo ou tarde, compreendem que a
satisfação de suas paixões brutais lhes acarretou deploráveis conseqüências, que eles sofrerão
durante um tempo que lhes parecerá eterno. E Deus os deixará nessa persuasão, até que se tornem
conscientes da falta em que incorreram e peçam, por impulso próprio, lhes seja concedido resgatá-
la, mediante úteis provações.”
Livro do Espíritos – Livro Segundo cap. VI - Allan Kardec

BIBLIOGRAFIA:

Os textos foram extraídos dos seguintes livros:

Livro dos Espíritos - Allan Kardec

Livro dos Médiuns - Allan Kardec

Manual Prático do Espirita – Ney Pietro Peres – Ed. Pensamento

Passes e Radiações - Edgard Armond – Ed. Aliança Espírita

Mediunidade – Edgard Armond – Editora Aliança

Rogério José Zaia

Núcleo Kardecista Vida Luz – Tiradentes – MG

Site : www.nkvidaluz.com.br

E mail: nkvidaluz@nkvidaluz.com.br

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