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“[...

] quando fui pra casa da prima, porque tu só escrevia, tinha televisão aquele
sábado, e o homem só falava da petúnia e o outro que filmava a moça
mostrava só o traseiro e as xerequinha das moça [...] então Petúnia deve ser a
coisinha da gente... quando aparecia a coisinha ele olhava a petúnia, gente!
petúnia é uma flor, Eulália.
que jeito que ela tem?
o jeito da tua inhaca.
o que é inhaca?
é petúnia.”

(HILST, Hilda. Cartas de um sedutor. In: ______. Pornô chic. São Paulo: Globo,
2014, p. 202).

“[...] a narrativa pode ser sustentada pela linguagem articulada, oral ou escrita,
pela imagem, fixa ou móvel, pelo gesto ou pela mistura ordenada de todas
estas substâncias; está presente no mito, na lenda, na fábula, no conto, na
novela, na epopeia, na história, na tragédia, no drama, na comédia, na pintura
[...] no vitral, no cinema, nas histórias em quadrinhos, no fait divers, na
conversação”.

(BARTHES, Roland. A análise estrutural da narrativa. In: TODOROV, Tzvetan


et alii. Análise estrutural da narrativa. Petrópolis: Vozes, 1976, p. 19).

“Este modelo está implicado em todo discurso (parole) sobre a mais particular,
a mais histórica das formas narrativas. É, pois, legítimo que, em lugar de se
abdicar de qualquer ambição de discorrer sobre a narrativa, sob o pretexto de
se tratar de um fato universal, se tenha periodicamente interessado pela forma
narrativa (desde Aristóteles); é desta forma normal que o estruturalismo
nascente faça uma de suas primeiras preocupações: não se trata para ele
sempre dominar a infinidade das falas (paroles), conseguindo descrever a
‘língua’ da qual elas são originadas e a partir da qual podem ser produzidas?”
(BARTHES, Roland. A análise estrutural da narrativa. In: TODOROV, Tzvetan
et alii. Análise estrutural da narrativa. Petrópolis: Vozes, 1976, p. 20).

“P.S. Cordélia, se eu escrevesse assim a Albert: Caro, não sei como tu entende
as palavras e as coisas (essa frase me soa familiar, irmã, ah, já sei, o brilhante
tarado do Foucault). Ando exasperado”.

(HILST, Hilda. Cartas de um sedutor. In: ______. Pornô chic. São Paulo: Globo,
2014, p. 145).

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“[...] Se, de fato, a linguagem só tem seu lugar na soberania solitária do ‘eu
falo’, por direito nada pode limitá-la – nem aquele a que ela se dirige, nem a
verdade do que ela diz, nem os valores ou sistemas representativos que ela
utiliza; em suma, não é mais discurso e comunicação de um sentido, mas
exposição da linguagem em seu ser bruto, pura exterioridade manifesta; e o
sujeito que fala não é mais a tal ponto o responsável pelo discurso [...], quanto
à inexistência, em cujo vazio prossegue sem trégua a expansão infinita da
linguagem.”

(FOUCAULT, Michel. Pensamento do exterior. In: Estética: Literatura e pintura,


música e cinema. Organização: Manuel Barros da Motta. Tradução: Inês
Autram Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2001, p. 220.)

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