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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE


CURSO DE BIOMEDICINA

APOSTILA DE AULAS PRÁTICAS

CITOPATOLOGIA E HISTOQÚMICA

CURSO DE BIOMEDICINA – 4º PERÍODO


Prof.(a): Cristine Bordini

Fontes: http://screening.iarc.fr/atlascyto.php?lang=4
https://www.eurocytology.eu/es/course/461
https://pathologika.com/citologia/citologia-cervico-vaginal/
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CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE BIOMEDICINA

AULA PRÁTICA 1 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


TÉCNICAS CITOLÓGICAS: PREPARO DE DISTENSÕES E COLORAÇÃO POR
PANÓTICO
Prof.(a): Cristine Bordini

Finalidade
Preparo de distensões e observação de diferentes células ao microscópio.

Corantes Ácidos e Básicos


Corantes básicos (azul de metileno) reagem com componentes ácidos (aniônicos -)
das células e tecidos, os quais incluem grupos fosfatos, ácidos nucléicos e grupos carboxila
das proteínas. Estruturas celulares que podem ser coradas com corantes básicos incluem
heterocromatina, nucléolo, RNA ribossômico, matriz extracelular da cartilagem. O azul de
metileno cora as estruturas em azul.
Corantes ácidos (eosina) reagem com componentes básicos (catiônicos +) das células
e tecidos. Coram o citoplasma, filamentos citoplasmáticos e fibras extracelulares. A eosina
geralmente cora as estruturas em alaranjado ou rosa.

Técnica:

1. Preparo da distensão:

2. Coloração de Panótico
A coloração de Panótico é composta por 3 soluções: I - Solução alcoólica para fixação do
esfregaço; II - Corante Eosina; III - Corante Azul de Metileno. Para a coloração, mergulhar
5 vezes a lâmina em cada solução, sempre retirando o exesso de corante ao passar de um
recipiente para o outro. Lavar com água corrente e esperar secar.
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Observar as seguintes células:

1. Eritrócitos - Coloração rósea;


2. Plaquetas - Coloração azulada a púrpura, com finas granulações azurrófilas;
3. Neutrófilos - Citoplasma: coloração rósea com granulações finas, específicas na cor
vermelha – violeta; Núcleo: coloração vermelha – violácea intensa;
4. Eosinófilos - Citoplasma: coloração rósea e granulações eosinófilas em vermelho
brilhante com leve tom alaranjado; Núcleo: coloração vermelha – violáceo;
5. Basófilos - Citoplasma: granulações específicas de coloração parda escura a preta;
Núcleo: coloração vermelha – violácea;
6. Linfócitos - Citoplasma: coloração azul – celeste; Núcleo: cromatina nuclear densa em
coloração violeta – purpura intensa;
7. Monócitos - Citoplasma: coloração cinza – azulado com granulações Azurrófilas;
Núcleo: coloração violácea, com cromatina nuclear, frouxa e estriada ;

3. Observação ao microscópio:

Observar em objetiva de 40x, desenhar, colorir e classificar as células observadas:


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AULA PRÁTICA 2 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU MODIFICADA

Finalidade
A coloração de Papanicolaou é considerada como padrão internacional de coloração cérvico-
vaginal, podendo ser usada igualmente em outros materiais. No esfregaço cérvico-vaginal
permite uma boa avaliação dos padrões inflamatórios, hormonais e oncológicos.

Reagentes
- Solução de Hematoxilina de Harris: hematoxilina de Harris (0,5%), alúmen potássico (10%)
e óxido de mercúrio (0,25%);
- Solução EA36: Verde Luz (0,2%), eosina amarela (0,2%) e marrom Bismark (0,05%);
- Solução de Orange G a 0,5%.

Princípio de Coloração da Técnica de Papanicolaou


O mecanismo de coloração das células se baseia na reação ácido-base das mesmas
com os corantes. Assim as porções das células de pH ácido têm afinidade com os corantes
básicos (de radical catiônico) e os corantes ácidos (de radical aniônico) têm afinidade pelas
porções ácidas das células.
Os núcleos das células formados por ácidos nucléicos irão reagir com a Hematoxilina
de Harris, primeiro corante a ser utilizado na técnica de Papanicolaou, dando ao núcleo uma
coloração azulada.
Posteriormente os esfregaços são coloridos pela solução de Orange G, corante ácido
composto por dois grupos sulfônicos, com afinidade por componentes alcalinos do
citoplasma.
Por último são coloridos pela solução de EA-36 (corante policromático) formado
pelos seguintes corantes:
- Verde luz amarelado que é um corante ácido com dois radicais sulfônicos que têm
afinidade pelas porções alcalinas das células. - Eosina amarelada que é um tetrabromo
fluoresceína, utilizada principalmente na coloração de grânulos oxifílicos do citoplasma. -
Pardo de Bismarck que têm afinidade pelas porções alcalinas do citoplasma.
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Técnica:
O Papanicolaou abrange 5 etapas:
1. Hidratação: esta etapa requer a reposição gradual da água das células por meio de
banhos alcoólicos de concentrações decrescentes até a água destilada.
2. Coloração nuclear: as células hidratadas podem agora receber um corante aquoso para
corar os núcleos (hematoxilina de Harris).
3. Desidratação: para receber corantes alcoólicos citoplasmáticos, devemos agora retirar a
água das células com banhos alcoólicos de concentrações crescentes.
4. Coloração citoplasmática: nesta etapa, o citoplasma das células é corado pelos corantes
Orange G e EA-65, de modo a diferenciar com diversas tonalidades o citoplasma das
células de acordo com a sua maturidade e metabolismo.
5. Desidratação, clarificação e selagem: nesta etapa o esfregaço deve ser desidratado com
concentrações alcoólicas crescentes; clarificado por meio da infiltração de um solvente nas
células que seja ao mesmo tempo desalcolizante (Xilol) e selado com meios permanentes
hidrofóbicos (Bálsamo do Canadá).

Coloração de Papanicolaou Modificada

1. Etanol 70 = 2 minuto
2. Água: 2 minuto
3. Hematoxilina = 4 minutos
4. Água = 2 minuto
5. Álcool 95 = 2 minuto
6. Orange (OG6) = 3 minutos
7. Álcool 95 = 2 minutos
8. EA36 = 4 minutos
9. Álcool 95 = 2 minuto
10. Xilol = pingar 3 gotas e esperar secar
11. Montagem (Bálsamo do Canadá + lamínula)

http://screening.iarc.fr/atlascytostain.php?cat=A2c&lang=4
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3. Observação ao microscópio:

Observar em aumento de 40x e contar 100 células,classificando de acordo com o


índice ao lado. Desenhar as células observadas.

Contagem diferencial dos tipos


celulares:

Céls. Superficiais eosinofílicas.........%


Céls. Superficiais cianofílicas..........%
Céls. Intermediárias.........................%
Céls. Profundas...............................%
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CÉLULAS DO EPITÉLIO CÉRVICO VAGINAL
Superficiais
As células superficiais podem surgir em diversas condições, nomeadamente na 1ª fase do
ciclo (pré-ovulação), após terapêutica estrogénica ou como resultado de um tumor do
ovário. São células da camada superficial, são poliédricas com aproximadamente 40 a 60
micra, têm um citoplasma vasto, homogéneo, translúcido, eosinófilo por vezes cianófilo
(com a coloração de papanicolaou), outras vezes com granulações querato-hialinas. O
núcleo das células superficiais é central, picnótico, redondo a oval, sem padrão de
cromatina visível com membrana nuclear regular.

Intermediarias
As células intermediárias surgem geralmente na 2ª fase do ciclo (pós-ovulação) na
gravidez, na menopausa e na terapêutica com progesterona. São células da camada média,
com glicogénio abundante e podem aparecer isoladas (esfoliação fisiológica) ou agrupadas
(esfoliação traumática). Têm citoplasma vasto, translúcido, cianófilo, por vezes eosinófilo
(com a coloração de papanicolaou), podem apresentar os bordos enrolados, com grânulos
querato-hialinos ou com vacúolos. O núcleo pode ser redondo ou oval, maior que o das
células superficiais e a cromatina bem definida.
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Parabasais
Na camada profunda do epitélio encontram-se as células parabasais. São mais pequenas que
as naviculares, com os núcleos maiores, são redondas e regulares com 15 a 20 micra.
Possuem relação núcleo / citoplasma aumentada, o citoplasma é denso, acidófilo (ou
cianófilo), com a membrana citoplasmática bem definida e com vacúolos. O núcleo é
central, a cromatina é fina e granular de distribuição uniforme. Podem ser encontradas na
pré-puberdade, pós-parto, pós-menopausa, pós-irradiação ou por insuficiência de
estrogénio.

Basais
As células basais têm origem na camada basal do epitélio. Raramente são observadas,
exceto se existir uma esfoliação traumática (erosão ou ulceração da mucosa), atrofia severa
ou uma infecção. São células pequenas com 15 micra, ovais ou redondas com uma elevada
relação núcleo / citoplasma.
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Endocervicais
As células endocervicais, são células cilíndricas alongadas ou arrendondadas dependendo
do ângulo que são observadas. Os aglomerados de células mostram um aspecto de favo de
mel ou em paliçada.

Diferentes tipos de células glandulares endocervicais – A e B: células secretoras


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AULA PRÁTICA 3 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA– 4º PERÍODO


CLASSIFICAÇÃO CITOLÓGICA

1- Finalidade
Classificar esfregaços cérvico vaginais quanto à: Celularidade (células superficiais,
intermediárias, parabasais e basais), qualidade do esfregaço e aspecto inflamatório
(presença de polimorfonucleares)

2- Classificação citológica:

Células Superficiais
São as células mais desenvolvidas do epitélio escamoso, aparecem isoladas ou em pequenos grupos.
O citoplasma é claro, brilhante, transluzente e levemente eosinófilo (rosado ou alaranjado) ou
cianofílico (azulado) e o núcleo é denso e picnótico.

Células Intermediárias
Desenvolvem-se a partir da diferenciação das células parabasais, são elípticas ou alongadas, possui
citoplasma cianofílico, transluzente claro, as margens celulares são bem delimitadas, com a
presença de grânulos amarelados (glicogênio).

Células Parabasais
São maiores que as células basais, descamam isoladamente, com formas redondas ou ovais,o
citoplasma se cora menos intensamente que as células basais e o núcleo é arredondado com
cromatina fina e granular.

Células Basais
São células com origem tipicamente embrionária, cuja capacidade de reprodução é constante e
intensa, quando descamam são isoladas, possuem formas arredondadas ou ovais e o núcleo é
grande, redondo ou oval.
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3- Observação ao microscópio:
Escolher 2 lâminas, observar em aumento de 40x e contar 100 células,classificando de
acordo com o índice ao lado. Desenhar e colorir as células observadas.

Qualidade do esfregaço:
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
Celularidade (Contagem diferencial dos
tipos celulares)
Céls. Superficiais eosinofílicas:...............%
Céls. Superficiais cianofílicas:.................%
Céls. Intermediárias:................................%
Céls. Profundas (parabasais e basais):.....%
Polimorfonucleares:
( )Ausentes
( )Poucos
( )Numerosos

Qualidade do esfregaço:
( ) Satisfatório
( ) Insatisfatório
Celularidade (Contagem diferencial dos
tipos celulares)
Céls. Superficiais eosinofílicas:...............%
Céls. Superficiais cianofílicas:.................%
Céls. Intermediárias:................................%
Céls. Profundas (parabasais e basais):.....%
Polimorfonucleares:
( )Ausentes
( )Poucos
( )Numerosos
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A – CÉLULAS SUPERFICIAIS (eosinofílicas ou B – CÉLULAS INTERMEDIÁRIAS (em geral


cianofílicas; núcleo denso e picnótico) cianofílicas; núcleo maior que as superficiais)

C – CÉLULAS PARABASAIS (formas arredondas C – CÉLULAS BASAIS (formas arredondadas


ou ovais; núcleo é arredondado com ou ovais, pouco citoplasma e o núcleo é
cromatina frouxa). grande com cromatina frouxa).
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AULA PRÁTICA 4 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


COLETA DE ESFREGAÇO CÉRVICO VAGINAL

1- Finalidade
Aprender a coletar secreção cérvico vaginal em simulador ginecológico.

2- Procedimento:
O espéculo deve ser introduzido cuidadosamente e depois aberto. O colo deve ser
visualizado (parcial ou totalmente).
O procedimento de coleta propriamente dito deve ser realizado na ectocérvice (uso da
espátula) e na endocérvice (uso da escova) do colo na JEC (junção escamo-colunar).

Uso da espátula
• A extremidade mais larga deverá ser inserida corretamente no orifício da cérvix e
girando 360º.
• O material assim colhido deverá então ser delicadamente espalhado sobre sua
superfície de uma lâmina (limpa e seca) em sentido longitudinal.
• Realizar a fixação da lâmina com fixador (metanol)

Uso da escova
• Introduzir a parte das cerdas da escova ginecológica no orifício cervical, girando
360º.
• Passar o material para lâmina, rodando a escova através da lâmina.
• Realizar a fixação da lâmina com fixador metanol.
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Espéculo
Escova
Endocervical Espátula de Ayre
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AULA PRÁTICA 5 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


ASPECTO INFLAMATÓRIO – COLORAÇÃO DE GRAM

1- Finalidade
Classificar esfregaços cérvico vaginais quanto ao aspecto inflamatório (presença de
microorganismos e polimorfonucleares) através da coloração de gram.
Coloração de gram: O mecanismo da coloração de Gram se refere à composição da
parede celular, sendo que as bactérias Gram-positivas possuem uma espessa camada de
peptideoglicano e ácido teicóico, e as Gram-negativas, uma fina camada de
peptideoglicano, sobre a qual se encontra uma camada composta por lipoproteínas,
fosfolipídeos, proteínas e lipopolissacarídeos. Durante o processo de coloração, o
tratamento com álcool-acetona extrai os lipídeos, daí resultando uma porosidade ou
permeabilidade aumentada da parede celular das bactérias Gram-negativas. Assim, o
complexo cristal violeta-iodo (CVI) pode ser retirado e as bactérias Gram-negativas são
descoradas.

2- Procedimento:
1) Cobrir toda a lâmina com solução cristal violeta (corante roxo), aguardar um minuto;
2) Lavar rapidamente em água destilada;
3) Cobrir a lâmina com solução de Iugol (mordente) por um minuto;
4) Lavar em água destilada;
5) Cobrir a lâmina com álcool-acetona cerca de 15 segundos. Lavar a lâmina rapidamente
em água corrente;
6) Cobrir com fucsina e aguardar 15 segundos;
7) Lavar a lâmina em água destilada e secar.
8) Colocar uma gota de óleo de cedro sobre a lâmina e observar em objetiva de imersão
(100X).
RESULTADO: bactérias Gram-positivas: roxo
bactérias Gram-negativas: rosa/vermelho

ASPECTO INFLAMATÓRIO

Lactobacilos: A flora vaginal normal é constituída, principalmente, por bacilos de Döderlein. Os


lactobacilos utilizam o glicogênio celular transformando-o em ácido láctico, principal guardião da
cavidade vaginal contra as infecções. A exacerbação desta flora pode determinar o aparecimento de
corrimentos.

Cocobacilos Gram Lábeis (positivos e negativos): A gardnerella vaginalis é uma bactéria que faz
parte da flora vaginal normal de 20 a 80% das mulheres sexualmente ativas. Quando, por um
desequilíbrio dessa flora, ocorre um predomínio dessa bactéria temos um quadro de vaginose
bacteriana.
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Fungos: A cândida albicans o fungo responsável por uma das infecções vaginais mais comuns - a
candidíase.
Protozoários: O Trichomonas vaginalis é o agente causador da tricomoníase. Existe em apenas
uma única forma (trofozoíto), que é simultaneamente infecciosa e ativa. É transmissível
sexualmente.

3- Observação ao microscópio:

Corar uma lâmina pela coloração de gram e observar em objetiva de 100x, desenhar e
classificar de acordo com o índice ao lado:

Microorganismos:
( ) Cocobacilos gram lábeis
( ) Bacilos Gram-positivos( Bacilos
de Doderlin)
( ) Fungos (leveduras)
( ) Protozoários
( ) Outros
Polimorfonucleares:
( )Ausentes
( )Poucos
( )Numerosos
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Bacilos de Doderlin Bacilos de Doderlin


(lactobacilos) (lactobacilos)

Gardenerella vaginalis cocobacilos gram lábeis) Gardenerella vaginalis cocobacilos gram lábeis)

Candida albicans (leveduras) Candida albicans (leveduras)


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Trichomonas vaginalis (protozoários)


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AULA PRÁTICA 6- CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


CITOLOGIA CÉRVICO VAGINAL E CICLO HORMONAL

1- Finalidade
Observar os efeitos dos hormônios esteróides sobre o epitélio cérvico vaginal.

2- Classificação citológica:

AÇÃO DOS HORMÔNIOS SOBRE O EPITÉLIO VAGINAL


Ação dos estrogênios: Os esfregaços se apresentarão constituídos por numerosas células epiteliais
principalmente do tipo superficial. Desaparecem os leucócitos e aflora bacteriana se torna escassa,
conferindo ao preparado um aspecto limpo. Comprovadamente o estrogênio tem efeito altamente
maturativo sobre o epitélio vaginal.
Ação da progesterona: Do ponto de vista histológico, o epitélio sob estimulação da progesterona
apresenta uma apreciável proliferação da camada intermediária que se carrega intensamente de
glicogênio. Há diminuição e desaparecimento das células parabasais e basais que são trocadas
gradativamente por células do tipo intermediário.

ÍNDICES CITOLÓGICOS

1º Contagem diferencial dos tipos celulares


Céls. Profundas ......................................................%
Céls. Intermediárias Cianofílicas............................%
Céls. Intermediárias Eosinofílicas...........................%
Céls. Superficiais Cianofílicas............................%
Céls. Superficiais Eosinofílicas...........................%

2º Soma-se a quantidade de células superficiais, ou seja, células cianofílicas e eosinofílicas.


Desta forma obtemos o índice picnótico (I.P.).
3º A percentagem de células eosinofílicas superficiais é chamada de índice eosinofílico (I.E.).
4º Descrição do padrão de descamação. Se as células são planas, isoladas e o esfregaço é limpo,
indica atividade estrogênica pura. Porém se as células descamam pregueadas e aglutinadas com um
aspecto sujo sugere ação conjunta com outro hormônio (progesterona, androgênios ou gestogênios).
Os índices picnóticos e eosinofílicos são os indicadores da atividade estrogênica. Quanto maiores,
mais elevado é o nível plasmático de estrogênios. O inverso também é verdadeiro.
Esfregaços sujos (ricos em leucócitos e flora bacteriana) indicam pobre ou nenhuma estimulação
estrogênica. Esfregaços limpos são indicadores de pele menos moderada atividade estrogênica.
Para memorizar:
Índice picnótico de 01 a 29% - indicam estímulo estrogênico fraco. Correspondem aos 7 primeiros
dias do ciclo.
Índice picnótico de 30 a 49% - indicam estímulo estrogênico moderado. Observado do 8º ao 12º
dia do ciclo.
Índice picnótico maior que 50% - são indicadores de importante estímulo estrogênio encontrado
normalmente do 13º ao 16º dia do ciclo (período peri-ovulatório).
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3- Observação ao microscópio:

Escolher 2 lãminas, observar em objetiva de 40 e classificar de acordo com o índice ao


lado:

1º Contagem diferencial dos tipos


celulares
Céls. Profundas...............%
Céls. Intermediárias.........%
Céls. Cianófilas superficiais...........%
Céls. Eosinófilas superficiais..........%

2º Índice Picnótico (IP):

3º Indice eosinofílico (I.E):

4º Padrao de descamação:
( ) Planas e isoladas (limpo)
( ) Pregueadas e aglutinadas (sujo)

1º Contagem diferencial dos tipos


celulares
Céls. Profundas...............%
Céls. Intermediárias.........%
Céls. Cianófilas superficiais...........%
Céls. Eosinófilas superficiais..........%

2º Índice Picnótico (IP):

3º Indice eosinofílico (I.E):

4º Padrão de descamação:
( ) Planas e isoladas (limpo)
( ) Pregueadas e aglutinadas (sujo)
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AULA PRÁTICA 7 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA– 4º PERÍODO


ÍNDICES CITOLÓGICOS E TROFISMO

1- Finalidade
Observar os efeitos dos hormônios esteróides sobre o epitélio cérvico vaginal e classificar o
trofismo do epitélio.

2- Classificação citológica:
TROFISMO VAGINAL
Esfregaço Eutrófico ou Trófico: Quando o epitélio vaginal possui suas três camadas
funcionais (profunda, intermediária e superficial), falamos que o mesmo é eutrófico ou
maturo e a descamação é de células intermediárias e superficiais e em proporções
variadas.O indicador citológico de maturação epitelial é dado pelo encontro de células
superficiais.

Esfregaço Hipotrófico: Nos casos de estimulação estrogênica fraca, no uso de


anovulatórios combinados, na fase luteínica plena, na gravidez e na anovulação crônica, o
epitélio vaginal não consegue se diferenciar até a camada superficial e apresenta uma
descamação essencialmente de células do tipo intermediário e às vezes com a presença de
variantes do tipo navicular. Chamamos este epitélio de hipotrófico.

Esfregaço Atrófico: Na insuficiência ovariana fisiológica (infância, pós-menopausa, pós-


parto e lactação) ou patológica, a mucosa vaginal apresenta francos sinais de atrofia
evidenciáveis pela perda das dobras e umidade vaginal. Morfologicamente as células são do
tipo profundo. Falamos então em epitélio atrófico. A atrofia está associada a diversos
graus de hipoestrogenismo. Nessa condição, os esfregaços estão constituídos por numerosas
células profundas(parabasais e basais), com numerosos leucócitos e muco conferindo ao
raspado um aspecto sujo.

ÍNDICES CITOLÓGICOS
1º Contagem diferencial dos tipos celulares
Céls. Profundas ....................................%
Céls. Cianófilas intermediárias..............%
Céls. Eosinófilas intermediárias............%
Céls. Cianófilas superficiais..................%
Céls. Eosinófilas superficiais.................%
2º Soma-se a quantidade de células superficiais, ou seja, células cianofílicas e eosinofílicas.
Desta forma obtemos o índice picnótico (I.P.).
Índice picnótico de 01 a 29% - indicam estímulo estrogênico fraco. Correspondem aos 7
primeiros dias do ciclo.
Índice picnótico de 30 a 49% - indicam estímulo estrogênico moderado. Observado do 8º ao
12º dia do ciclo.
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Índice picnótico maior que 50% - são indicadores de importante estímulo estrogênio
encontrado normalmente do 13º ao 16º dia do ciclo (período peri-ovulatório).

3- Observação ao microscópio:
Escolher 2 lâminas, observar em objetiva de 40 e classificar de acordo com o índice ao
lado:

1º Esfregaço:
( )Eutrófico
( )Hipotrófico
( )Atrófico
2º Índices citológicos
Céls. Profundas ....................................%
Céls. Cianófilas intermediárias..............%
Céls. Eosinófilas intermediárias............%
Céls. Cianófilas superficiais..................%
Céls. Eosinófilas superficiais.................%
3ºÍndice Picnótico (IP):..............%
4º Padrão de descamação:
( ) Células planas e isoladas (limpo)
( ) Células pregueadas e aglutinadas (sujo)
5º Indice de Frost:____/____/____
6º Classificar a fase do ciclo:

1º Esfregaço:
( )Eutrófico
( )Hipotrófico
( )Atrófico
2º Índices citológicos
Céls. Profundas ....................................%
Céls. Cianófilas intermediárias..............%
Céls. Eosinófilas intermediárias............%
Céls. Cianófilas superficiais..................%
Céls. Eosinófilas superficiais.................%
3º Índice Picnótico (IP):..............%
4º Padrão de descamação:
( ) Células planas e isoladas (limpo)
( ) Células pregueadas e aglutinadas (sujo)
5º Indice de Frost:____/____/____
6º Classificar a fase do ciclo:
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AULA PRÁTICA 8 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


CLASSIFICAÇÃO HORMONAL POR COLORAÇÃO DE PAPANICOLAOU E
INFLAMATÓRIA POR COLORAÇÃO DE GRAM

1-Finalidade
Classificar esfragaços por coloração de papanicolaou (ciclo hormonal) e coloração de gram
(flora bacteriana)

2- Procedimento:
Confeccionar 2 lâminas e proceder coloração de papanicolaou e de gram.

Coloração de papanicolaou: Seguir tempos nas tampas dos frascos.


Coloração de gram: Cristal violeta (1 min), Lugol (1min), álcool-acetona (lavar),
Fucsina(15 seg)

Para memorizar:
Índice picnótico de 01 a 29% - indicam estímulo estrogênico fraco. Correspondem aos 7 primeiros
dias do ciclo.
Índice picnótico de 30 a 49% - indicam estímulo estrogênico moderado. Observado do 8º ao 12º dia
do ciclo.
Índice picnótico maior que 50% - são indicadores de importante estímulo estrogênio encontrado
normalmente do 13º ao 16º dia do ciclo (período peri-ovulatório).

3- Observação ao microscópio:
Observar em objetiva de 40 e classificar de acordo com o índice ao lado:

Coloração de gram Coloração Papanicolaou


1º Esfregaço:
Microorganismos: ( )Eutrófico
( ) Cocobacilos ( )Hipotrófico
( ) Bacilos de Doderlin ( )Atrófico
( ) Fungos 2º Índices citológicos
Polimorfonucleares: Céls. Profundas..............................%
( )Ausentes Céls. Intermediárias........................%
( )Poucos Céls. Cianófilas superficiais...........%
( )Numerosos Céls. Eosinófilas superficiais..........%
3º Índice Picnótico (IP):..............%
4º Padrão de descamação:
( ) Células planas e isoladas (limpo)
( ) Células pregueadas e aglutinadas
(sujo)
5º Classificar a fase do ciclo:
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CURSO DE BIOMEDICINA

AULA PRÁTICA 9 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


CRITÉRIOS DE INTERPRETAÇÃO CITOLÓGICA DA INFECÇÃO PELO HPV

1- Finalidade
O HPV pertence ao grupo adenovírus, subgrupo papiloma, DNA vírus. Com capacidade
oncogênica, está relacionado epidemiologicamente ao carcinoma de colo uterino.
Classificar esfregaços cérvico vaginais seguindo os critérios de interpretação citológica da
infecção pelo HPV.

2- Classificação: Alterações citológicas:

Coilocitose: Trata-se de uma célula malpighiana superficial ou intermediária possuindo


um núcleo hipercromático, aumentado de volume, às vezes múltiplo e circundado por um
grande halo perinuclear com contornos bem acentuados. Na periferia do halo, o citoplasma
apresenta-se como uma orla densa, cianófila ou eosinófila.

Ceratose: Característica do epitélio normal ou anormal no qual algumas células produzem


queratina (proteínas intracelulares constitutivas), em algumas células. No esfregaço corado
segundo Papanicolaou, a queratinização é visível pela coloração intensa, amarelo brilhante
e aparência espessa do citoplasma.

Paraceratose: É a ceratinização anormal do epitélio escamoso nas células superficiais.


Aspectos citológicos: presença de células escamosas habitualmente pequenas, redondas ou
poligonais, com um citoplasma denso eosinofílico (acidofílico), e um núcleo persistente,
mais ou menos picnótico. Este padrão associa-se freqüentemente à condições inflamatórias.

Disceratose: É a ceratinização anormal que ocorre prematuramente em células individuais


ou grupos de células da camada profunda; o citoplasma do disceratócito é denso e cora-se
laranja brilhante com o orange-G da técnica de Papanicolaou. Em muitos casos, somente os
disceratócitos são encontrados nos esfregaços e a ausência de coilócito invalida o
diagnóstico citológico de condiloma.

Bimultinucleação: O núcleo de muitas células infestadas pelo HPV pode ser simples,
freqüentemente duplo, algumas vezes múltiplo, aumentado de volume e com
hipercromatismo. Não há nucléolos e inclusões não são observadas.
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Critérios morfológicos para diagnóstico de neoplasia intra-epiteliais cervical baseiam nas
alterações do núcleo.

3- Observação ao microscópio:

Escolher 2 lâminas e observar em objetiva de 40 classificar de acordo com o índice ao lado:

Qualidade do esfregaço:
( )Mais de 30% das células em bom
estado
( )Presença dos 4 principais tipos
celulares (JEC)
Atipias celulares:
( ) Coilócitos
( ) Paraceratose
( ) Diceratose
Bimultinucleação:
( ) Núcleos duplos
( ) Núcleos múltiplos
( ) Núcleos com volume aumentado e
hipercromatismo.

Qualidade do esfregaço:
( )Mais de 30% das células em bom
estado
( )Presença dos 4 principais tipos
celulares (JEC)
Atipias celulares:
( ) Coilócitos
( ) Paraceratose
( ) Diceratose
Bimultinucleação:
( ) Núcleos duplos
( ) Núcleos múltiplos
( ) Núcleos com volume aumentado e
hipercromatismo.
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Fonte: http://screening.iarc.fr/atlasglossdef.php?lang=4&key=Coil%F3cito&img
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AULA PRÁTICA 10 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


CITOPATOLOGIA DE DERRAMES SEROSOS
Prof.(a): Cristine Bordini

1. Finalidade
Contagem citológica diferencial de distensões de derrames serosos.

Derrame pleural
É a acumulação excessiva de fluido entre as membranas que envolvem o pulmão (cavidade
pleural). Uma quantidade excessiva deste fluido pode descompensar a ventilação por
limitar a expansão dos pulmões (atelectasia).
Normalmente as membranas que envolvem os pulmões (pleuras) possuem apenas uma
quantidade mínima de líquido pleural para evitar o atrito entre si. Quando uma dessas
pleuras sofre com processo inflamatório causa dor torácica.

2. Técnica:
Coloração de Panótico
A coloração de Panótico é composta por 3 soluções: I - Solução alcoólica para fixação do
esfregaço; II - Corante Eosina; III - Corante Azul de Metileno. Para a coloração, mergulhar
5 vezes a lâmina em cada solução, sempre retirando o excesso de corante ao passar de um
recipiente para o outro. Lavar com água corrente e esperar secar.

Observar as seguintes células:

1. Eritrócitos - Coloração rósea;


2. Neutrófilos - Citoplasma: coloração rósea com granulações finas, específicas na cor
vermelha – violeta; Núcleo: coloração vermelha – violácea intensa;
3. Eosinófilos - Citoplasma: coloração rósea e granulações eosinófilas em vermelho
brilhante com leve tom alaranjado; Núcleo: coloração vermelha – violáceo;
4. Basófilos - Citoplasma: granulações específicas de coloração parda escura a preta;
Núcleo: coloração vermelha – violácea;
5. Linfócitos - Citoplasma: coloração azul – celeste; Núcleo: cromatina nuclear densa em
coloração violeta – purpura intensa;
6. Monócitos - Citoplasma: coloração cinza – azulado com granulações Azurrófilas;
Núcleo: coloração violácea, com cromatina nuclear, frouxa e estriada ;
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3. Observação ao microscópio:

Observar em objetiva de 40x, desenhar, colorir e classificar as células observadas:


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CITOLOGIA NÃO NEOPLÁSICA: COMPONENTES CELULARES BENIGNOS


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AULA PRÁTICA 11 - CITOPATOLOGIA E HISTOQUÍMICA – 4º PERÍODO


CITOPATOLOGIA MAMÁRIA
Prof.(a): Cristine Bordini

1. Finalidade
Análise citológica de distensões de descarga papilar e punção aspirativa por agulha fina
(PAAF) de nódulos mamários.

2. Técnica:
Coloração de Papanicolaou
A coloração de Papanicolaou é considerada como padrão internacional de coloração em
citopatologia pois permite uma boa avaliação dos padrões inflamatórios, hormonais e
oncológicos.

Reagentes
- Solução de Hematoxilina de Harris: hematoxilina de Harris (0,5%), alúmen potássico (10%)
e óxido de mercúrio (0,25%);
- Solução EA36: Verde Luz (0,2%), eosina amarela (0,2%) e marrom Bismark (0,05%);
- Solução de Orange G a 0,5%.

3. Observação ao microscópio:

Observar em objetiva de 40x, desenhar, colorir e classificar as células observadas:


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COMPONENTES CELULARES BENIGNOS NA SECREÇÃO MAMÁRIA

1. Células espumosas (xantomatosas; foamy cells)


Citoplasma→ O citoplasma é abundante, finamente
vacuolizado e de aspecto espumoso.
Núcleo → O núcleo é pequeno, oval ou reniforme e
localizado na periferia. A cromatina é finamente
granulosa. Além de células espumosas grandes, pequenas
células histiocíticas mostrando fagocitose de pigmentos
sangüíneos e restos celulares são também vistos.
Ocorrência: em qualquer tipo de esfregaço mamário

2. Células epiteliais ductais


As células epiteliais ductais aparecem em agrupamentos
e, ocasionalmente, isoladas. Os agrupamentos de células
têm uma forma trabecular e tamanhos e comprimentos
variáveis.
Citoplasma→ formato colunar ou cúbico.
Núcleo → são geralmente ovais, razoavelmente pequenos
e iguais em tamanho, mas parecem ser prensados em
agrupamentos compactos.
Ocorrência: A descamação destas células em
agrupamentos é o resultado de uma proliferação papilífera
benigna das células epiteliais ductais.

2.1 Metaplasia apócrina (cistos) de células epiteliais


ductais
Se caracteriza por um citoplasma abundante, eosinofílico,
com finos grânulos e núcleos picnóticos.
Ocorrência: Células metaplásicas apócrinas + células
epiteliais ductaís numa ramificação papilar é patológica e
sugestiva de mastopatia.

2.2. Células mioepiteliais


Se localizam abaixo do epitélio ductal e se destacam pelo
citoplasma ser mais claro. A função das células
mioepiteliais é contrair-se, promovendo a extrusão do
leite secretado.
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COMPONENTES CELULARES MALIGNOS NA SECREÇÃO MAMÁRIA

1. CARCINOMA DUCTAL INVASIVO:


Citologicamente, estas células cancerígenas revelam
características de malignidade próprias de padrões
glandulares, tais como
- hipercromatismo,
- aumento nuclear com distribuição irregular da cromatina,
- relação núcleo-citoplasmática aumentada,
- macronucléolos
- multinucleação

Achados gerais:
- intensa celularidade (em grupos e células isoladas)e
diáteses tumorais.
- tridimensionalidade nos grupos celulares, com células
desprendidas em seus bordos.
- células de tamanhos variáveis ora amoldadas com
citoplasmas mal definidos, as vezes vacuolizados (células
em anel de sinete)
- figuras de "canibalismo" e de mitose.
- ausência de células mioepiteliais
- estroma adiposo aderido a grupos de células tumorais

2. CARCINOMA LOBULAR
Principais características do carcinoma lobular:
Hipocelularidade;
Pequenos grupos de células malignas pequenas, isoladas
ou dispostas em cordões;
Monomorfismo celular;
Presença de vacúolo citoplasmático com muco (célula em
anel de sinete), parâmetro de um diagnóstico mais
desfavorável;
Núcleos variam de hipocromáticos a hipercromáticos, com
cromatina fina e granular com discreta irregularidade da
membrana nuclear;
Presença de nucléolos pequenos e geralmente localizados
no centro do núcleo;

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