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Certos cientistas, a exemplo de Arno Mayer e George Steiner, analisam as duas guerras

mundiais do século XX como uma única guerra, com um longo armistício caracterizados
por uma paz precária na qual beligerantes "descansaram" da Grande Guerra (1914–1918)
para retomar as efetivas agressões poucos anos depois na década de 1930. Assim
referem-se como a "Segunda Guerra dos Trinta Anos" ou a "Guerra dos Trinta Anos do
Século XX" — em alusão à Guerra dos Trinta Anos, ocorrida no século XVII e geradora do
sistema da Paz de Vestfália. Tal concepção recebe críticas por transparecer que o conflito
de 1939–1945 tenha sido evento inevitável decorrente da guerra anterior.[1][2][3][4][5][6][7][8][9]
Além disso, esse período é também referido como a "crise dos trinta anos (1914-1945)",
uma denominação também do historiador Arno Mayer[10] (parafraseando o título de um
estudo de E. H. Carr que foi praticamente contemporâneo aos acontecimentos).[nota
1]
Trata-se das três críticas décadas que incluem as duas guerras mundiais e o
conturbado Período entreguerras, com a decomposição dos impérios austro-
húngaro, turco-otomano e russo; a agudização das tensões sociais que levaram a conflitos
armados como as revoluções mexicana, a russa e a chamada Revolução
espanhola simultânea à Guerra civil, e guerras internas como a guerra anglo-irlandesa,
cujo cessar-fogo desencadeou uma guerra civil na Irlanda depois de haver obtido a
independência; a crise do sistema capitalista manifesta desde a Quinta-Feira Negra de
1929; e o surgimento dos fascismos e sistemas políticos autoritários. Paralelamente, se
desenvolveram os primeiros Estados Sociais de Direito, como a República de Weimar,
práticas de pacto social como os Acordos Matignon, e se aplicam as teorias econômicas
de John Maynard Keynes (divergentes do liberalismo clássico) nos programas
intervencionistas do New Deal de Franklin Delano Roosevelt. A correspondente crise
intelectual se manifestou nas mudanças revolucionárias de paradigmas científicos e na
revolução estética das vanguardas. Estendeu-se a consciência de ter entrado em um
mundo radicalmente novo, em que a ordem social tradicional havia se subvertido para
sempre, e caracterizada pelo protagonismo das massasante às quais as elites buscavam
novas formas de controle (conceito de Manufacturing consent do periodista Walter
Lippmann e Edward Bernays, sobrinho de Freud, que aplicou as técnicas da psicanálise à
publicidade e às relações públicas na dinâmica sociedade estadunidense; obras de grande
altura intelectual, como O Declínio do Ocidente de Oswald Spengler o A Rebelião das
Massas de José Ortega y Gasset).[11]

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