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Política Social: temas &

questões
Potyara Pereira
Marisaura dos Santos Cardoso
Tese central
• política social não se confunde com a
experiência do Estado do Bem-Estar Social.
• A autora ainda aprofunda sua análise sobre a
disputa entre os reformadores sociais e liberais
no desenho das políticas sociais.
• autora mostra como a política social, sob a
égide do neoliberalismo, predominante, após a
década de 1970, retoma claramente as
orientações liberais num novo contexto sócio-
econômico.
• as políticas sociais têm uma conotação mais
genérica;
• o Welfare State é um fenômeno exclusivo do
século XX; fundamentação, dinâmica e
institucionalidade próprios do perfil
capitalista regulado que passou a vigorar a
partir da Segunda Guerra Mundial.
• Um traço distintivo do Estado de Bem-Estar
Social, definido por Mishra (1995) apud
Pereira (2008), “inclui objetivos e políticas
sociais de pleno emprego” (p 55) como
elementos definidores e diferenciadores do
Welfare State.
• Neoconservadorismo versus corporativismo
social
• As políticas sociais têm procurado em
qualquer tempo ou contexto sociohistórico e
cultural, satisfazer necessidades sociais, sem
deixar de atender a objetivos particularistas.
• Sendo assim, é legitimadora do controle do
poder político e social sobre a sociedade,
mantenedora do status quo das classes
dominante e dominada, legitimando as
prerrogativas da elite (PEREIRA, 2008).
• a natureza das políticas sociais não condiz
com o enfoque evolucionista, cujo início se
dá na caridade privada, passando pela
beneficência e assistência, culminando com
uma prática evoluída associada ao Welfare
State no século XX.
as mudanças no processo de produção
(provocadas pela Revolução Industrial),
exigindo um novo perfil de Estado interventor,
ocorridas no século XIX, deveram-se a três
grandes acontecimentos:
• a transformação qualitativa das técnicas de
produção, iniciada no século XVIII (a própria
Revolução Industrial);
• a eclosão da democracia de massas e
• a constituição dos Estados nacionais.
• A política social é uma “coisa viva e dinâmica”,
constituída por conflitos de interesses e de
constante relação entre o Estado e a sociedade.
• Seu caráter positivo, em relação àqueles que
são seus legítimos demandatários;
• A ocorrência reiterada de resultados não
condizentes com seus princípios éticos e cívicos,
com a melhoria das condições de vida das
pessoas, causa uma conotação negativista da
política social.
A teoria marxista oferece contribuições
para o entendimento da política social,
• Estado é um agente dominador das relações
sociais e um mantenedor da ordem
estrutural da sociedade;
• somente quando o Estado for superado e
substituído por uma sociedade sem classes,
alcançar-se-á o bem-estar social;
• vê as reformas não como meios de
transformação, mas como mecanismos de
manutenção do status quo; uma vez
provocadas algumas mudanças periféricas,
não mexem na estrutura social capitalista;
• A seguridade social, só ocorrerá quando
existir “propriedade coletiva dos meios de
produção”
• O Estado passa a ser fundamental, pois deve
criar barreiras para conter os avanços do
capital, de forma a proteger a classe
trabalhadora;
• dinâmica do Estado tem em seu interior as
contradições de classe, cuja máquina estatal
serve amplamente aos interesses da classe
dominante, mas sua universalização exige
que ele dê a devida atenção a toda sociedade
• o Estado seria, a partir das distorções feitas
pelos discursos neoliberais, um agente
socialmente ativo e responsivo, frente às
demandas sociais, porém em nome dos
interesses capitalistas.
• o Estado seria, a partir das distorções feitas
pelos discursos neoliberais, um agente
socialmente ativo e responsivo, frente às
demandas sociais, porém em nome dos
interesses capitalistas.
• o conceito de política social consiste na
conotação do termo social, o qual se
expressa fundamentalmente como um
“princípio para ação”.
• entende-se que a política social, como
política da ação, visa, mediante esforços
organizados e pactuados, atender às
necessidades da população
• o caráter político e ético da política social;
• ação, visa, mediante esforços organizados e
pactuados, atender às necessidades da
população;
• requer deliberação e decisão coletiva,
regidas pelos princípios de justiça social,
amparados por leis impessoais e objetivas;
• Enquanto a política social traz como
significado fundante o princípio da ação, o
termo social qualifica seu sentido e exige
uma tomada de decisões e requerimentos
indispensáveis à satisfação das demandas
sociais;
• política social configura-se como uma
política (pública), exigindo a participação dos
atores citados, sob o controle da sociedade
no planejamento e execução das ações
voltadas para atendimento das demandas
sociais.
• embora a política seja regulada e provida
pelo Estado, engloba demandas e escolhas
particulares, por isso deve ser controlada por
toda a sociedade.
• liberdade positiva;
• liberdade negativa;
• o receituário keynesiano de regulação
econômica e social, inaugurado nos anos de
1930;
• as medidas e ações políticas do Relatório de
Beveridge sobre a Seguridade Social,
publicado em 1942; e
• a formulação da teoria trifacetada da
cidadania elaborada por Thomas Marshall,
no fim dos anos de 1940.
• Bem-estar Social (social welfare) Ú está relacionado
ao colapso das velhas formas de proteção e ao
surgimento de um sistema de provisão social,
concebido como um direito social. Neste padrão, a
pobreza não é vista como um desvio da
normalidade, mas como uma consequência direta
do desenvolvimento industrial capitalista;
• Bem-estar fiscal (fiscal welfare) Ú consiste num
sistema que oferece subsídios sociais e isenções de
tributos de contribuições, de pagamentos de taxas
públicas, assim como os descontos em impostos
progressivos. Trata-se de um tipo de financiamento
indireto a determinados grupos, seja por renda
insuficiente ou incapacidade ou como
contrapartida pela prestação de serviços
voluntários;
• Bem-estar ocupacional (occupational welfare) Ú é um tipo
de sistema de Bem-estar que inclui prestações e benefícios
ao trabalho formal que podem ser na forma pecuniária
como as pensões para empregados e dependentes, outros
auxílios como creches, serviço na área da saúde, educação,
funerária, despesas de viagem, tickets para alimentação etc.
Esse sistema produz duas formas de prestação de serviços e
benefícios: a primeira é destinada para os empregados,
sobretudo os mais bem colocados no mercado de trabalho,
recebendo melhor assistência. A outra forma ampara, de
maneira precária, os desempregados e os mal colocados no
mercado de trabalho, os quais ficam a mercê da atenção
residual ou da caridade privada (PEREIRA, 2008, p. 182-185).
• A Revolução Industrial;
• As mobilizações sociais pela conquista dos
direitos individuais, civis e políticos.
• As Leis dos Pobres (Poor Laws), datadas do século
XIV, são conjunto de regulações sociais assumidas
pelo Estado, a partir da constatação de que a
caridade cristã não dava conta de conter as possíveis
desordens advindas do capital que emergia.
• Estas políticas visavam combater a vagabundagem;
• Controle da ordem prevalecente de uma pobreza não
confinada territorialmente;
• Sua índole era mais punitiva do que protetora;
• Não era eficaz e eficiente no alcance dos seus
objetivos;
• crianças de 5 a 14 anos eram separados de
seus pais e internados em asilos;
• Os “vagabundos” aptos ao trabalho eram
implacavelmente punidos;
• Os pobres impotentes - idosos, enfermos
crônicos, cegos e doentes mentais - deveriam
ser alojados nas Poor-houses ou Almshouses
(asilos ou hospícios);
• Os pobres capazes para trabalho, os
mendigos fortes eram postos a trabalhar nas
chamadas workhouses (casas de trabalho);
• Os capazes para o trabalho, mas que se
recusavam a fazê-lo (os corruptos) deveriam
ser encaminhados para os reformatórios ou
casas de correção.
O Sistema Speenhamland
• introduz o direito do trabalho e não só do
incapaz à proteção social pública;
• Cada trabalhador, a partir de certo nível, era
subsidiado com um valor extra para compor
sua renda;
• um instrumento de resistência consciente ou
inconsciente ao mercado de trabalho livre;
Poor Law Amendment Act de 1834
• política social de cunho liberal, alicerçada em
influentes teorias.
• As doutrinas clássicas do laissez-faire
econômica e o “Ensaio sobre o princípio da
população” de Thomas Malthus sustentaram
teoricamente a necessidade da adoção
dessas políticas liberais.
• princípio da menor elegibilidade (less
eligibility), que incluía os testes de meio, a
internação nas workhouses, como um teste
de aferição de merecimento e a centralização
administrativa com uniformização das ações
assistenciais marcaram a nova Lei.
Movimentos contestadores
• O movimento cartista;
• Robert Owen;
• Os fabianos que se empenharam para
combater o domínio utilitário e individualista
da Nova Lei dos Pobres.
Charity Organization Society (Sociedade de
Organização da Caridade) – COS
• esforço da sociedade de livre mercado para
enfrentar a questão da pobreza sem
intervenção estatal;
• guiada pela ideia liberal de que o indivíduo
era causador de sua própria pobreza e que
aceitar assistência pública feria a sua
dignidade;
• o principal objetivo dessa sociedade era o de
ajudar os pobres a se autoajudarem;
• compensar a ausência de participação
estatal, a COS apostava no voluntariado.
Eram os voluntários que não só deveriam
satisfazer as necessidades materiais mais
agudas das famílias e indigentes, mas
também de educá-las.
• Lloyd George, em 1911, criou a Lei de
Seguridade Nacional, provendo a atenção à
saúde e ao desemprego, introduzindo as
primeiras pensões do Estado, mas que
incluíam a criação de uma rede nacional de
oficinas de emprego e o primeiro programa
de seguro-desemprego do mundo.
Políticas Keynesianas
• O receituário keynesiano com sua defesa do
pleno emprego sustentava a crença de que o
equilíbrio do mercado dependia da
interferência do Estado. Isso teve um caráter
revolucionário, na década de 1930, uma vez
que a lógica era que toda a oferta cria sua
própria demanda, e assim, o mercado pode
se manter em equilíbrio pela sua própria
dinâmica.
Relatório Beveridge
• o Relatório ou Informe de Willian Beveridge,
publicado em 1942. Este relatório propunha
uma completa revisão do esquema de
proteção social existente na Grã-Bretanha. O
Sistema de Seguridade Social de Beveridge
inovou, de fato, por ser nacional, unificado e
conter um eixo distributivo, ao lado do
contributivo, além de abolir os testes de meio
no âmbito da assistência social.
• Em 1946 foi editada a Lei Nacional de Seguro,
seguida da Lei Nacional de Assistência Social,
em 1948. Nessas leis estavam previstas o
auxílio-doença e desemprego, pensão aos
aposentados (aos 65 anos para homens e 60
para mulheres); auxílio-maternidade, viuvez
e funeral. Foram criadas políticas de
emprego e um Sistema Nacional de Saúde
não contributivo e universal.
Teoria trifacetada da cidadania de
T. H. Marshall
• Os direitos civis são aqueles necessários às
liberdades individuais, liberdade de ir e vir,
de imprensa, de pensamento, de fé, o direito
à propriedade e o direito à justiça.
• Os direitos políticos consistem no direito de
participar do exercício do poder político,
como um membro de um organismo
investido de autoridade política ou como um
eleitor dos membros desse organismo.
• Os direitos sociais referem-se a “tudo que vai
desde direito a um mínimo de bem-estar
econômico e segurança ao direito de
participar por completo na herança social e
levar uma vida de um ser civilizado de acordo
com os padrões que prevalecem na
sociedade”.

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