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1º Passo: o empreendedor
Para que a criação de uma nova empresa tenha bons resultados é necessário, primeiro, avaliar
a qualidade de cada elemento per se e também a relação existente, ou que venha a existir,
entre os elementos que constituem o trinómio fundamental da criação de uma empresa:
Homem
Ideia
Mercado
Por melhores que sejam as qualidades e competências do empresário, uma ideia só conduzirá
a uma empresa bem sucedida se corresponder a uma necessidade não satisfeita, ou se for
capaz de satisfazer melhor necessidades para as quais já existe oferta de produtos ou de
serviços.
Por seu lado, o potencial empresário deve possuir determinadas características e motivações
que se podem tornar vantagens para a criação de uma empresa.
Assim, o perfil mais comummente atribuído aos potenciais empresários tem os seguintes
traços:
Raros são os potenciais empresários sem experiência que sabem como avaliar a viabilidade das
suas ideias, construir um projecto e gerir, com eficácia, o seu negócio. A situação de
isolamento constitui um outro obstáculo de natureza pessoal.
O potencial empresário deve prestar a devida atenção ao mercado para ver qual a melhor
direcção a seguir.
_xiste ainda um outro tipo de dificuldades que é sentido por aqueles que, embora tenham
conseguido ultrapassar ou contornar as outras limitações, se deparam com problemas de falta
de capital, de acesso ao financiamento ou de crédito a taxas demasiado elevadas ʹ são as
dificuldades financeiras.
2º Passo: a ideia
A intenção de criar uma empresa está, de um modo geral, ligada à existência de uma ideia de
projecto a desenvolver. Mas também existe outra situação menos comum em que, apesar da
intenção de investimento, o potencial empresário não é portador de uma ideia precisa da
actividade da sua futura empresa.
No caso de ausência de ideia de empresa, como pode o potencial empresário reagir? Quando
não dispõe de uma ideia sobre o sector, o produto ou o serviço onde irá aplicar os seus
recursos, o potencial investidor deverá ponderar a sua experiência e qualificações profissionais
e os seus desejos e motivações pessoais.
Além disso, existem determinadas carências em sectores tradicionais, cuja análise e superação
podem ser a chave de uma actividade bem sucedida. É a essa qualidade acrescida que pode
surgir tanto no produto como no serviço, ou no processo de marketing ou de comercialização,
que o potencial empresário deverá estar atento.
Uma outra fórmula possível para se ser empresário é o franchising. É uma actividade que
permite aproveitar a experiência, o prestígio e o know-how acumulado por terceiros. Uma
empresa nascente tem, de um modo geral, meios limitados e deverá, portanto, visar um
segmento de mercado bem definido. _ste segmento corresponde a um conjunto de clientes
potenciais com características comuns ou próximas (idade, sexo, categoria profissional, estrato
social, localização geográfica, comportamentos, etc.), capaz de consumir os produtos ou
utilizar os serviços da nova empresa.
Haverá que ter sempre presente o facto de que, por um lado, um produto extraordinário que
interesse apenas a um número muito reduzido de clientes inviabiliza, em princípio a nova
empresa e, por outro lado, o facto de que, por si só, novos produtos ou serviços oferecidos por
uma nova empresa não faz com que sejam preferidos pelos consumidores.
Da ideia ao projecto
Para o efeito, são utilizados vários métodos normalmente enquadrados em duas categorias:
Para o enriquecimento de uma ideia, em termos de criatividade, podem ser utilizados vários
processos, sendo os mais comuns:
- o brainstorming, técnica de grupo que tem por objectivo suscitar o aparecimento do maior
número possível de ideias relacionadas com um problema específico. _ste método compõe-se
de duas fases distintas: a expressão livre e depois a avaliação, discussão, triagem e
hierarquização das ideias que resistiram às críticas.
A protecção da ideia
Certas concepções de produtos e processos, pela sua originalidade e grau de inovação devem
ser protegidas legalmente, através de um conjunto de direitos que lhe conferem a utili zação,
em exclusivo, da respectiva informação técnica, comercial e industrial.
É este conjunto de direitos que se designa propriedade industrial. Mas, as ideias, só por si, não
podem ser protegidas legalmente.
Para que se possa solicitar o registo para efeitos de protecção, deve fazer-se corresponder à
ideia um suporte material consubstanciado na satisfação de três requisitos:
1- A novidade
- Patente de invenção, direito, atribuído ao seu titular, de explorar um invento (num território
e tempo determinados) e impedir que terceiros o façam sem o seu consentimento;
- Modelo de Utilidade, protege uma forma específica e nova que possibilita o aumento de
utilidade ou o melhor aproveitamento de um objecto;
As marcas, por seu lado, podem ser mantidas através da renovação do pagamento das taxas
devidas. _m Portugal, compete ao INPI ʹ Instituto Nacional da Propriedade Industrial a
atribuição e registo dos direitos de propriedade industrial.
Para terminar, chama-se a tenção para a necessidade de consulta destes serviços (tanto no
caso da empresa a criar ter por base uma ideia totalmente inovadora ou apenas alguns
elementos novos), com o objectivo de o promotor se certificar se ninguém teve antes a mesma
ideia ou se, pelo contrário, se trata de um invento, um modelo industrial, ou outro tipo de
direito de propriedade industrial, já protegido por patente.
3º Passo: o contexto
Informação
- Centros de Incubação: são estruturas que visam promover a criação de empresas que
aumentem as potencialidades regionais por meio da inovação tecnológica ou utilizando
tecnologia tradicional. Para o efeito estes centros dispõem de instalações e de serviços de
apoio logístico que alugam às empresas a preço de custo. Paralelamente, facultam a formação
em gestão empresarial, apoiam os empresários na avaliação dos projectos, desde a concepção
do produto ou serviço até à caracterização do respectivo mercado. De referir que os centros
de empresas e inovação dispõem também de locais de incubação.
Formação
A formação profissional pode ser realizada por entidades públicas, privadas ou cooperativas,
ou por centros de formação.
Financiamento
De uma maneira geral, o objectivo financeiro da empresa consiste em conseguir, num dado
momento, o financiamento necessário em condições de custo e prazos adequados. Isto é, não
se trata apenas de conseguir o montante de financiamento necessário, mas sim encontrar
fontes mais económicas, de tal forma que o risco financeiro da empresa seja minimizado,
através de uma relação equilibrada entre meios próprios e alheios.
Formalidades Legais
São serviços de atendimento e de prestação de informações aos utentes que têm por
finalidade facilitar os processos de constituição, alteração ou extinção de empresas e actos
afins. Consistem na instalação física num único local de delegações ou extensões dos Serviços
ou Organismos da Administração Pública que mais directamente intervêm nos processos atrás
referidos. Os CF_ têm competência para:
- Sociedades Anónimas
- Sociedades em comandita
- Centros Regionais de Segurança Social, para inscrição dos trabalhadores na Segurança Social
Associativismo _mpresarial
Por outro lado, as associações constituem uma forma de representação perante terceiros e
funcionam como grupos de pressão no sentido de influenciar e alterar os condicionalismos
externos à actividade empresarial.
Ò
_sta fase tem como objectivo principal conhecer os pontos fortes e os pontos fracos do
projecto.
A fim de integrar uns e outros na sua estratégia, o novo empresário deverá fazer um esforço
no sentido de melhor os conhecer, fazendo para tal um diagnóstico triplo:
- Sobre si mesmo
- Sobre o projecto
- Sobre a futura empresa
O diagnóstico do projecto As informações recolhidas sobre a envolvente económica e social
(3ª etapa) permitirão ao promotor de um projecto de criação de empresa fazer um primeiro
diagnóstico no âmbito do projecto. _ste diagnóstico terá ainda a vantagem de detectar as
informações que faltam e de corrigir algumas premissas. É necessário actuar com método,
colocando um conjunto de questões relativas às dificuldades e oportunidades que se
apresentam no momento.
_mbora seja impossível listar todo o tipo de questões, dado que a especificidade de alguns
projectos determina questões particulares, apresenta-se, no entanto, de seguida um esboço
que poderá servir de referencial ao diagnóstico do projecto.
_ste esboço tem quatro eixos correspondentes a quatro aspectos essenciais do projecto: o
produto, o mercado, os meios e a legislação.
- O produto é susceptível de ser produzido por uma nova pequena empresa?
- _xiste capacidade de oferecer ao cliente um serviço pós-venda? _m caso afirmativo, em
que condições poderá esse serviço ser assegurado?
- Caso se trate de um produto já existente no mercado relativamente ao qual se pensa que
há uma vantagem comparativa através, por exemplo, da integração de alguma qualidade
͞extra͟ ou alguma inovação, procedeu-se a um teste junto dos potenciais clientes para
aferir da sua aceitação? Para responder a esta questão é necessário ter em conta a situação
da concorrência, da distribuição e os hábitos de compra dos potenciais clientes.
Tendo em conta a natureza do produto e o mercado ou segmento de mercado escolhido,
terá que verificar os meios humanos, técnicos, logísticos e financeiros necessários ao
arranque do seu projecto.
Na altura da formulação do projecto é absolutamente necessário verificar se existe
legislação especial relativamente ao sector de actividade onde se pretende entrar. _m
Portugal, determinadas actividades (como é o caso da panificação, bebidas espirituosas,
materiais destinados a estar em contacto com géneros alimentícios, entre outros) estão
sujeitas ao cumprimento de requisitos técnicos especiais de segurança e protecção da saúde
humana e do ambiente, bem como de garantias para o consumidor.
O promotor do projecto deverá igualmente certificar-se de que está em condições de obter
as licenças ou as qualificações exigidas. A recapitulação das dificuldades e das
oportunidades que se abrem, permitirá ver até que ponto um projecto, no estado actual, é
realizável.
Por outro lado, as informações recolhidas dão hipóteses de reformulação do projecto e de
escolha das estratégias mais adequadas.
A empresa que irá surgir poderá ser considerada como o produto ou a resultante do
binómio empresário/projecto.
A avaliação da futura empresa deverá ser feita em duas perspectivas:
- a do interesse/oportunidade do projecto
- a das funções da empresa
Nesta fase deverão ser relacionadas as qualidades do novo empresário com o maior ou
menor interesse do projecto, ou seja, com as oportunidades que se abrem através da
combinação dos factores produto-mercado-meios-legislação.
Numa empresa é necessário assegurar várias funções:
- a função financeira que diz respeito à tesouraria, aos balanços e às contas de exploração;
- a função marketing que abrange as tarefas com vista à comercialização em boas condições,
como os vendedores, a distribuição, a concorrência;
- a função produção que engloba os aspectos relacionados com o produto, como as
tecnologias, técnicas, materiais, qua ntidades, etc.;
- a função pessoal onde se enquadra tudo o que é relevante do ponto de vista da qualidade
da equipa e da sua gestão;
- a função gestão e organização que constitui a função central na condução da empresa.
A partir dos elementos disponíveis é possível fazer o diagnóstico de cada uma das funções,
ou seja, verificar os aspectos positivos e negativas de cada uma.
É o caso dos futuros clientes, factor com grande importância para a empresa e dos
fornecedores e, ainda das empresas concorrentes cujo número, agressividade e
comportamento saem, por completo, da esfera de controlo do potencial empresário.
Reunindo todas as informações disponíveis sobre a envolvente externa, o futuro empresário
estará em condições de avaliar a viabilidade do seu projecto e tomará consciência dos
inúmeros factores que podem condicionar o sucesso do seu projecto.
1ª Fase: O promotor deverá realizar uma pré-definição do projecto indicando: - o que se quer
fazer exactamente (quais os produtos ou quais os serviços) - a quem se destinam - em que
zona geográfica
2ª Fase: O promotor deverá reunir, numa lista, as questões relativamente às quais gostaria de
encontrar resposta e os locais (fontes) prováveis de obtenção das informações.
3ª Fase: É muito importante auscultar o sector onde o futuro empresário pensa vir a exercer a
sua actividade. Para tal, este deverá ler toda a informação que surge em revistas técnicas da
especialidade, visitar feiras e exposições e conhecer a concorrência.
4ª Fase: _sta fase consiste na reunião de todos os dados quantificados (e outros de interesse
para o projecto) disponíveis tanto em estatística como em bases de dados, estudos sectoriais e
publicações periódicas. Adicionalmente, poderá ser conseguida informação através da
consulta dos dados existentes no Instituto Nacional de _statística ou nos Centros de
Documentação das Associações _mpresariais, por exemplo.
5ª Fase: Outra informação relevante poderá ser obtida através da consulta de peritos no
sector de actividade em causa, de serviços especializados de criação de empresas, bem como
fornecedores, Bancos, etc..
6ª Fase: _sta fase consiste na realização de um inquérito informal, directo ou indirecto, sobre
os concorrentes, questionando, por exemplo, os fornecedores e os clientes destes.
7ª Fase: _ste processo terminará com um estudo dos potenciais clientes recorrendo-se, se
necessário, à utilização de um questionário tipo.
As informações a reunir
Mercado
A informação reunida permitirá, por um lado, procurar uma melhor adequação do produto aos
clientes e, por outro, definir os meios a utilizar no marketing do produto ou do serviço e,
finalmente, fazer uma primeira estimativa do volume de negócios potencial.
Procura
A informação relativa à procura não pode reduzir-se a uma questão de números. Há que ter
em conta os hábitos, comportamentos e motivações dos clientes potenciais. É impossível
conseguir-se uma quota de mercado se não se tiverem em conta estes factores ou, mais
precisamente, conceber-se um projecto sem ter em consideração estes factores.
Oferta
- relação preço/qualidade
- assistência pós-venda
- prazos de entrega
O objectivo desta recolha de informação é dar ao potencial empresário uma visão de conjunto
dos produtos e serviços existentes num mercado a explorar, bem como as características
quantitativas e qualitativas da concorrência.
Representa tudo aquilo que pode influenciar ou produzir alterações no sector de actividade
onde se pretende entrar. Uma posição atenta relativamente às notícias veiculadas nos media
permitirá ao potencial empresário pressentir esses efeitos em domínios tão variados como:
- as finanças
- os estilos de vida
- a tecnologia e a inovação
- a legislação e as regulamentações
- estudo documental
A fase documental deve permitir reunir informação já disponível sobre um dado aspecto
(estado de consumo ou de utilização de um produto ou serviço) e sendo múltiplas as fontes de
informação é imprescindível prestar atenção à data dos dados obtidos, registar as fontes e
comparar a informação (cruzamento de dados), com o objectivo de testar a sua fiabilidade.
A fase qualitativa constitui a primeira etapa duma pesquisa directa de informação pelo recurso
à entrevista junto dos potenciais clientes e consiste na obtenção de uma informação rica em
qualidade , tendo por base uma amostra restrita de pessoas. Conhecer os motivos que levam
um consumidor a comprar ou não um produto permitirá a adaptação do produto que se
pretende lançar no mercado às exigências, gostos e tendências dos potenciais clientes.
- análise quantitativa
A fase quantitativa corresponde ao inquérito por questionário, sendo uma sondagem que se
poderá fazer a uma parte dos clientes, extrapolando, posteriormente, os elementos
recolhidos. Convém, referir que tanto a entrevista como a sondagem implicam o domínio de
determinadas técnicas e a verificação de regras que normalmente não cabem na esfera de
conhecimento do futuro empresário.
- definição das bases da acção comercial da empresa, o que implica o desenvolvimento das
seguintes estratégias parcelares:
- escolha dos circuitos de distribuição, ou seja, dos processos através dos quais os produtos ou
os serviços serão postos à disposição dos clientes;
Os elementos estratégicos
Quaisquer que sejam os objectivos da empresa é difícil atingi-los todos ao mesmo tempo. A
atitude estratégica prende-se com um faseamento planeado que permita a consolidação da
empresa numa óptica de mercado. Assim, numa primeira fase, a que poderemos chamar de
͞arranque͟ da empresa, um dos objectivos é o crescimento do negócio, a par com a
rentabilidade e a estabilidade da empresa.
Para atingir estes objectivos e tendo por base a observação do mercado-alvo da empresa
torna-se imperativa a escolha do conjunto produto/mercado, mais adaptado. Trata-se,
portanto, de analisar as diferentes categorias de clientes ʹ os segmentos de mercado ʹ quer
sejam pessoas, empresas ou organismos, agrupando-os segundo as suas características
fundamentais, nomeadamente: - Idade, sexo, actividade, categoria socio-profissional, hábitos,
nível de rendimento, etc., no caso de segmentos de mercado constituídos por pessoas;- Sector
de actividade, número de empregados, localização, estatuto jurídico, etc., quando os
segmentos de mercado são constituídos por empresas ou organismos.
_m qualquer dos casos, uma tarefa de grande importância é reunir os potenciais clientes da
empresa em grupos homogéneos, fazendo-lhes corresponder diferentes categorias de
produtos ou de serviços que a empresa está (ou poderá vir a estar) em condições de produzir
ou de prestar.
Tal como já aconteceu com a etapa relativa ao _studo de Mercado esta fase permite ao
potencial empresário identificar falhas e repensar a definição dos seus produtos ou serviços,
caso isso seja necessário.
Produto
Distribuição
Comunicação
- Os que sendo mais selectivos, permitem uma maior aproximação aos potenciai s clientes e
que integram aquilo que geralmente se designa por publicidade directa (mailing e distribuição
de prospectos porta a porta).
A estes dois tipos de suporte podem juntar-se outros veículos de comunicação, de que são
exemplo, a publicidade no local de venda, a publicidade em brindes, a participação em feiras e
exposições e as relações públicas.
Força de vendas
A Força de Vendas é o conjunto dos vendedores de uma empresa e constitui o contacto mais
normal entre esta e o seu cliente. Assim, a sua actuação é primordial para a criação de uma
imagem de marca (do produto e da empresa) junto do mercado, contribuindo decisivamente
para a fidelização do cliente. Á força de vendas não compete apenas vender, mas também
realizar uma função de ligação entre a empresa e os clientes, transmitindo-lhes informações
sobre a empresa e vice-versa, ou seja, dando à empresa o feed-back do seu contacto com o
mercado.
7º Passo: os meios
Dado que a insuficiência qualitativa e quantitativa de meios é uma das principais causas de
insucesso das empresas nascentes, o futuro empresário deverá ser rigoroso na avaliação das
suas necessidades. No caso de se verificar um desvio entre os meios necessários para a
realização do projecto e aqueles que efectivamente estão disponíveis, haverá que optar por
um projecto menos ambicioso ou, em alternativa, procurar encontrar financiamentos
suplementares.
Meios humanos
Os sócios
Qualquer que seja a proveniência das pessoas dispostas a associar-se existe um conjunto de
condições prévias que devem ser verificadas para que essa associação resulte e seja
duradoura, podendo-se, à partida, enunciar as seguintes: - existir confiança entre os
associados, traduzida em relações profissionais francas e autênticas;
- existir consenso quanto aos objectivos a atingir, definindo-os com precisão desde o início;
- repartir as tarefas de acordo com as capacidades de cada um e de tal modo que todas as
funções da empresa fiquem asseguradas.
O recrutamento de colaboradores
_m grande parte dos casos de criação de empresas surgem inúmeras tarefas que não poderão
ser, exclusivamente, desempenhadas pelos associados, verificando-se, consequentemente, a
necessidade de contratar pessoal. Um dos pontos fortes de uma empresa reside, exactamente,
no seu pessoal e nas qualidades e capacidades de que estes são detentores.
Meios financeiros
Tomada a decisão de criar uma nova empresa é imprescindível definir com o máximo rigor e,
também, com alguma margem de segurança as somas necessárias para a concretização dos
objectivos previstos, sendo também muito importante encontrar as respectivas fontes de
financiamento.
O plano de investimento
- fundo de maneio
- imprevistos
O cálculo do montante respectivo, poderá ser obtido, com alguma segurança, listando
exaustivamente todos os elementos que o integram, pedindo orçamentos aos fornecedores
(relativos aos investimentos em que tal se justifique) e fazendo um cálculo aproximado para as
restantes despesas.
Ao montante obtido com o somatório destas despesas haverá que deduzir os créditos normais
a obter junto dos fornecedores.
A importância da previsão das necessidades em fundo de maneio justifica-se pelo facto de a
empresa, mesmo antes de iniciar a venda dos produtos ou dos serviços, ter que constituir um
stock mínimo e de, após iniciada a actividade, existir um lapso de tempo entre a venda e a
correspondente entrada de dinheiro.
Imprevistos
O plano de financiamento
Não sendo de esperar que os capitais próprios cubram todas as necessidades de financiamento
da empresa, esta terá de recorrer a capitais alheios cuja proveniência pode resultar de: crédito
de fornecedores, empréstimos bancários, empréstimos obrigacionistas, empréstimos dos
sócios ou locação financeira mobiliária e imobiliária.
_m qualquer dos casos, parte do financiamento pode ainda resultar de subvenções financeiras
existentes para o efeito, sendo, no entanto, opinião de alguns especialistas em criação de
empresas que aquelas subvenções não devem ser contabilizadas no cálculo inicial dos capitais
próprios em virtude da sua concessão demorar necessariamente algum tempo, situação que
impede que as importâncias que lhe correspondem sejam utilizadas para financiar o arranque
da empresa.
Instalação da empresa
O funcionamento da empresa implica necessariamente a existência de instalações
apropriadas, que podem ser obtidas por aluguer de instalações de terceiros, compra de
instalações já existentes ou compra de terreno e construção de raiz. A opção dependerá de
diversos factores e deverá resultar da análise criteriosa das vantagens e desvantagens, dos
custos de cada solução e das disponibilidades financeiras existentes.
Localização
- os fluxos de clientes
- o estudo de mercado
- os custos
De referir ainda que a utilização das instalações dos Centros de _mpresas e Inovação (BIC),
Centros de Incubação e Ninhos de _mpresas pode constituir a alternativa, numa primeira fase,
ao aluguer ou compra de instalações próprias.
- Diário
- Razão
- Copiador
- Livro de actas
As sociedades anónimas e as sociedades em comandita por acções devem ainda possuir o livro
de registo de acções. Livro de inventário: livro onde é transcrita a lista dos elementos
patrimoniais (e o seu valor) que uma empresa possui num determinado momento.
Livro de balanço: livro onde é transcrita pela empresa a sua situação patrimonial num
determinado momento.
Diário: livro onde a empresa regista cronologicamente as operações relativas ao seu negócio,
seja dia a dia ou por recapitulação mensal.
Razão: livro onde a empresa regista a débito e a crédito, em relação a cada uma das suas
contas, todas as operações do Diário, de modo a dar a conhecer o estado e a situação de
qualquer uma das contas.
A Gestão financeira
Por outro lado, no exercício da actividade futura da empresa, o empresário terá de gerir a
tesouraria com a maior precisão.
- o plano de financiamento da empresa (a três anos), que permite prever a médio prazo os
recursos da empresa e as necessidades de financiamento;
Sociedade Anónima
Sociedade em Comandita
Cooperativas
Formalidades Legais
Para os processos legais de constituição de empresas e alterações aos pactos sociais tem ao
seu dispor os Centros de Formalidades das _mpresas (CF_).
_stes são serviços de atendimento e de prestação de informações aos utentes que têm por
finalidade facilitar os processos de constituição, alteração ou extinção de empresas e actos
afins. Consistem na instalação física num único local de delegações ou extensões dos Serviços
ou Organismos da Administração Pública que mais directamente intervêm nos processos atrás
referidos.
Sociedades Anónimas
Sociedades em comandita
Mas, este aumento de custos pode ser aparente, uma vez que o arranque efectivo de uma
nova empresa implica investimentos em promoção e em estudos de mercado, assim, como um
certo período de espera até começarem a aparecer os primeiros resultados.
O projecto de retoma deve assentar num conjunto de pressupostos entre os quais se destacam
os objectivos pessoais, a natureza e o tipo de actividade, a dimensão da empresa e o local de
implantação. Após a definição dos aspectos referidos, deverá elaborar-se um plano de
prospecção identificando todos os meios existentes para encontrar uma empresa que esteja ͞à
venda͟ e que corresponda às características desejadas.
2- Procura da empresa
A rapidez na obtenção de resultados com a execução desta tarefa pode ser facilitada
recorrendo a informações provenientes de relações pessoais, de notários, de gestores
financeiros, de contabilistas, de anúncios na imprensa, em boletins de informação nacionais e
regionais, bolsas de oportunidades de negócio, bancos e associações comerciais.
3- Selecção da empresa
_m seguida, deverá ser realizado um diagnóstico da situação da empresa a adquirir, que reuna
informações sobre a sua posição nos planos jurídico, financeiro, económico, humano, posição
estratégica, meios de produção e contexto contratual. Trata-se de uma acção de auditoria que
requer conhecimentos especializados implicando, na generalidade, o recurso a profissionais.
Diagnóstico jurídico
Diagnóstico financeiro
Outro aspecto também relevante do estado financeiro da empresa prende-se com a existência
ou não de suprimentos dos sócios e respectivo montante, com o estado das hipotecas e
penhoras (imóveis, máquinas e equipamentos dados como garantia), com o estado das contas
bancárias, com as recusas de empréstimo, enfim, tudo o que pode traduzir-se em dificuldades
financeiras da empresa.
Diagnóstico _conómico
Nesta fase do processo o empresário já se decidiu por um sector de actividade e relativamente
a este deve conhecer o estado e o funcionamento do mercado, regulamentação e normas em
vigor.
É fundamental que conheça também os pontos fortes e os pontos fracos da empresa que, em
princípio, está disposto a adquirir, designadamente:
- a quota de mercado e a clientela: quem são os clientes actuais, de onde vêm, qual o seu grau
de fidelidade à empr esa, evolução da procura, condições de pagamento:
- carteira de produtos: quais são os principais produtos da empresa, qual a idade dos produtos,
qual a sua rentabilidade, como são organizadas as gamas de produtos, etc.;
- concorrência: determinação da posição correcta dos principais concorrentes, análise dos seus
pontos fortes e pontos fracos, etc.
Diagnóstico Social
O diagnóstico social ou balanço social da empresa é da maior importância uma vez que a
legislação obriga à manutenção dos contratos de trabalho existentes, bem como das
vantagens ou benefícios adquiridos pelos trabalhadores. Assim, deve-se apreciar as
potencialidades reais mas também os riscos possíveis.
Diagnóstico Técnico
- o trespasse
- a cessão de quotas
- a fusão
Trespasse
Cessão de Quotas
Por exemplo, um imóvel adquirido há dez anos por 50000 euros, aparece registado no balanço
sempre por 50000 euros, embora o seu valor real actual seja de mais de 15000 euros. O activo
corrigido fá-lo-á aparecer por 15000 euros.
O valor do rendimento ʹ em matéria de investimento pode dizer-se que uma empresa serve
para gerar lucros. _sta capacidade ou os benefícios resultantes dela são igualmente elementos
a considerar na determinação do valor da empresa. Para quem adquire uma empresa o valor
do rendimento é um factor preferencial de avaliação.
Com efeito, o futuro empresário raciocina numa lógica de continuidade, o que o leva a
estabelecer a avaliação em função das capacidades futuras de empresa de gerar resultados
(lucros).
Fusão
A fusão é o caso extremo de retoma e consiste numa operação que compreende a absorção de
uma sociedade por o utra, recebendo a empresa absorvente um conjunto de créditos (direitos
sobre terceiros e bens activos) e de débitos (responsabilidades com terceiros). O património
líquido irá constituir o aumento de capital da empresa absorvente, sendo o valor resultante
repartido pelos sócios ou accionistas em termos proporcionais.
Franchising
_sta não é uma forma de retoma de empresas, mas sim um processo de arranque de uma
actividade com algumas vantagens que podem ser valorizadas desde o início, já que a
franchising é sinónimo de know-how técnico e de notoriedade de uma marca.
_ está obrigado a:
A decisão de ser empresário por esta via requer, no entanto, uma atitude cautelosa, uma vez
que há contratos de franchising que funcionam num só sentido ou não se adaptam totalmente
às necessidades do eventual franchisado. A primeira precaução a ser tomada é a da verificar se
é esta a solução pretendida. Deve ser feito o estudo do contrato por um especialista e um
pequeno inquérito junto dos outros franchisados da marca.