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capítulo 21

Vidros na Construção Civil


EJ11 mldc> Paulo Sichieri,
Rosana Caram
trru,er:;idade de São Paulo, São Carlos

}t)(Jq11im C. Pi::;;utti dos Santos


t:ru,ersidade Federal de Santa Maria

211 Introdução

Existem materiais e técnicas construtivas que são sinônimos de uma época.


Outros não apenas permeiam e caracterizam um período histórico. como se
tran formam em recursos atemporais, a ponto de serem tomados praticamente
como insubstituíveis. Esse é o caso do vidro. um recurso que chegou para ficar
na construção civil desde a segunda metade do século XIX. Depoi_ que o
movimento moderno radicalizou as possibilidades de uso extensivo do ma1eriaJ.
a construção civil nunca mais foi a mesma. Já que não é po.: :hel ,-her sem o
vidro. o qual, na realidade, é um dos mais importantes e versáte· - materiais po:-to
à disposição dos engenheiros e arquitetos, é fundamental e·rudá-to. analisar uas
características para utilizá-lo eficiente e eficazmente.
2111 Histórico

A descoberta ou invenção do vidro está perdida no tempo. Alguns a arribuem


aos fenícios, outros aos egípcios e há quem faça refe_rência a :t~atos
ªº ~o 3.000 a.e. Contudo, 0 uso do vidro e conhecido a p~de
~.A:
6
-
~montam
a.e.. no
. -

Egito. Por volta do ano 100 a.C., os romanos contn b~ ?1utu para o
de envolvimento das indústrias do vidro, inician doª ~uça .._e ?''-'-TO ?"r. pro
~en~o de moldes. O uso do vidro como proteção de Janelas daill e. =sec o.: m
I\ da era cristã .
Foi
p. . no séc 1 · VI C
, na a tedral de Santa Sofia em Consta.m m pla. que o
uo . . _ -000
ntne1ro vidro Cl lorido foi aplicado na arquitetura. ~se
500 e 600 d.C.. 1 scoberto um novo método de f(11Jn(7~"ao
~n :rure
do :
1
an
,11oro - ano per
E. Paulo Sichieri, R. Caram e J. C. Piu,utti dos Santos
658

sopro de uma esfera e sua sucessi va amplia ção por rotaçfü . 110. Alguns
historiadores defendem a idéia de que as Cruzad as foram respc 1
s p~la vinda
da arte do vidro do Oriente para Veneza , onde se es~bel eceu dt.i :an ..: o_seculo XI.
o ano de 1200 é marcado por um grande desenvolvunent~ ~a tecnologia do vidro
com a invenção do processo de fabricação por sopro de cilindro s.
Os primeiros vidros de cristal, realme nte incolor es e transpa rentes, bem como
o espelho, surgiram em Veneza, entre o século XIII e XVI.
No século XVII, começaram-se a fabricar os vidros esco~d os, que consistiam
na produção de grandes placas de vidro sobre mesas, estendi dos com um grande
rolo. Esse processo passou por etapas evolutivas ao longo do século XVID,
período em que houve o surgimento do vidro plano transpa rente e a_janela tomou-
se protagonista na composição da fachada , ocorren do sua autono rma. A produção
em série começou em 1827, em Boston , EUA, com o empreg o de máquinas na
fabricação do vidro. Com as inovações tecnológico-construtivas e o emprego em
larga escala do ferro e do vidro no século XIX, houve um aumen to dos vãos e das
aberturas, provocando uma ruptura nos ritmos de fachad a de alvenaria. Em 1917,
foi inventado o processo contínuo de lamina ção de vidros de janelas,
simultaneamente, por Emil Fourcault, na Bélgica, e lrwing W. Golbern , nos
Estados Unidos. Em 1952, foi inventado o processo floatl de fabricação de vidro,
que é utilizado até hoje, o que garantiu uma qualidade muito grande do vidro.
No século XX, com o desenvolvimento do aço e do concreto, o vidro passou a
ser mais difundido, e as janelas envidraçadas começa ram a predominar nas
fachadas dos edifícios, tomando-se seus elementos integrantes. O grande uso do
vidro advém de suas características bastante interessantes para a construção civil,
como d~bilid ade, transparência, dureza, impermeabilidade, a possibilidade de
ser produzido com recursos abundantes na natureza, e ser 100% reciclável. Além
~sso~ a...in~ústria d_o vi&:o colo~ou-se a serviço do projetista, tentando responder
~ exigenc1as a~ais. E:XIste hoJe, no mercado, uma variedade muito grande de
vidros que aceitam diversos tratamentos, aplicados sobre diferentes tipos e
espes s~, resultando_ em elementos de características muito variadas, que
podem ainda ser combmados em produtos laminados ou em caixilhos múltiplos.

2 Definição e matérias-primas - conceito geral


0
nos auxilJe m~ree~são de diversas propriedades e características dos vidros:
na :,
é U111 sólido, nao cnstalino, que apres~nta transição vítrea. Observando a Figura
l, percebemos _que no ponto A, o vidro encontra-se na forma de um líquido
estável. Por me10 dessa figura, podemos entender a transição vítrea como sendo
a faixa de temperatura abaixo da qual o vidro passa do estado de líquido
superes~ado, en_tre os P?~t~s B e E, ~ara o ~stado vítreo. Na fase de líquido
superes~ado, existe um iruc10 d~ arranJo d?s atomos de óxido de silício com os
seus v1z1nhos. Quando o esfnamento e lento, observa-se uma contínua
diminuição do volume até a temperatura ambiente, devido a um maior grau de
ordenamento dos átomos, sem que, no entanto, possam constituir cristais das
moléculas de sílica.
Também podemos observar, na Figura 1, que, se uma massa de vidro sofrer
esfriamento rápido, ela ocupará um volume maior, ou seja, terá densidade menor
que o mesmo vidro esfriado lentamente. Isso ocorre porque, durante o
esfriamento rápido, os átomos terão menos tempo para se rearranjarem. Esse
rearranjo, menor para o resfriamento rápido e maior para o resfriamento lento, é
interrompido quando a temperatura fica abaixo de Tg. Portanto, Tg é dependente
da composição química do material e, também, da sua velocidade de esfriamento.

Faixa de
A
transformação
Liquido
vítrea Líguido
Estável
Super

f esfriado

Processo
de
+ cristalização
Vidro
Cristais
iF 1
Esfriamento lento l t
1
' 1
------ . c
: Cristais
temperatu~
D de transição temperatura
: vítrea ) de fusão
: '
Tf TEMPERATURA-.

.
Ftgura .
1 - Diagrama tenpi ratura versus vo1ume representando processos de solidificação e formação de vidros

.Na produção u , 'd


n v1 ro, a superfície sempre esfria mais rapidamente
. d que
?tnterior. Por isc:; ,. · tende a ocupar um vo 1ume maior o que a parte
uperf1c1e lid d ,. .
interna do vidre 10 essas du as partes estão
. conso a as em1 uma umca
massa, uma qU< m volume maior e a outra um vo ume menor,
ocupar u - d tr - . .
surgem tensões npressao- na superfície e tensoes e açao no mtenor,
E. Paulo Sich ieri, R. Caram e J . C . Pizzutti dos Sa
660 ntos

que poderão ser suficientes para quebrar o vi~


ro an~es de el .ido.
P a ra p ro p o rc io n a r o a lí v io d e te n ~o e s
, eve se d o urn
recozimento do v id ro , a q u e c e n d o -o ate
superfície mais tencionada. A p ó s todo o v id
.º p o n ~o .E , l T g da
ro a ti n gi_r O e q i · 1b o n~ ssa
temperatura, segue-se u m re s fr ia m e n to le
n to ' s e g u in d o . to d ) o traJeto
entre os pontos E e F , a té a ti n g ir a t~m
pera~u ra amb1 ~nte , sem que
existam tensões residuais. O b té m-s e , a s s im
_, o vid~o re c o z id o . . .
Com um resfriamento b ru s c o d a s u p e rf íc ie
d o v id ro , p o r me10 de Jatos
de ar, a partir do ponto E , p o d e m o s o b te r os
v id ro s ~emp e ra ~ o s . A_c ama~a
superficial vai esfriar ra p id a m e n te , e n q u a
n to o n u c l~o v a i e s fn a r mais
lentamente. A parte e x te rn a te rá , p o rt a n to
, u m m a io r v o lu m e qu e o
n ú c le o . C o m o re s u lt a d o , a s u p e rf íc
ie v a i fi c a r s ub me tida
permanentemente a tensões de c o m p re s s ã
o , e o n ú c le o , a ~e1:sõ~s de
tração. Is s o dificulta a propagação de tr in c
a s e a u m e n ta a re s iste nc ia do
vidro, quando comparado c o m o v id ro re c o z
id o . Q u a n d o a s te n s õ es forem
suficientes p a ra que u m a tr in c a se propagu
e p e la s u p e rf íc ie , o vidro se
estilhaça e m inúmeros pedaços.
O ponto B é considerado c o m o a te m p e ra
tu ra a c im a d a q u a l o vidro
encontra-se totalmente no estado líquido.
S e , d u ra n te o resfriamento , a
temperatura do vidro for mantida no p o n
to B p o r u m te m p o correto ,
h a v e rá u m a m a io r re o rd e n a ç ã o d a s m
o lé c u la s d e s íl ic a e um a
conseqüente diminuição do volume até
o p o n to C . C o m p le ta n d o o
resfriamento, obtêm-se os chamados " c ri s ta
is d e v id ro " . N e s s e caso , a
estrutura ainda é v ít re a , mas c o m u m a m
a io r o rd e n a ç ã o d o óxido de
si~íci~ e menor_ vol~m~ final. P o rt a n to , e m
b o ra n ã o h a ja a formação de
cnstru.s no sentido tecmco d a p a la v ra , e s s a
m a io r o rd e n a ç ã o popularizou
chamar e s s e produto d e u m " v id ro c ri s ta l" .
O vidro d e s íl ic a p u ra (areia) possui e x c e le n
te s q u a li d a d e s . N o entanto ,
u a produção é muito c a ra d e v id o à n e c e s s id
a d e d e a lt a te m p e ra tu ra para
ocorra u ~ a fusão h o m o g ê n e a do m a te ri a l (,..
,2000ºC). A introdução de
od1flcadores d e c a d e ia , c o m o o s ó x id o s
d e m e ta is alcalinos
tássio e lí ~ o ) e,..o ~ b O , re d u z ~ e n e rg ia d e
a ti v a ç ã o requerida
entaçao atoffilc~ n e c e s s á ri a à fl u id e z d o
v id ro líquido ,
e atura tl~ fusao p a ra v a lo re s a b a ix o d e I
6 0 0 ºC . Mas a
a g e s d e ó x id o s a lc a li n o s re s u lt a e m u m vid
ro
" e m á g u a e s u je it o à devitrificação
temperaturas, CJU~d':l ~omparad~s com ':ls sodo-cálcicos. Podemos, então ,
relacionar os P1:1ncipai~ tipos ~~ vidro a Partir de sua composição química:
• Sodo-cálc1co: sao utilizados ~m embalagens em geral , como
garrafas.. po_tes e fr_asc?s .. O vidro plano é utilizado na indús tria
automobtl~st!ca, na mdus tna da construção civil e na indús tria de
eletrodomesticos;
• Boro-silicato: são utilizados em utensílios domésticos resistentes a choque
térmico;
• Ao chumbo: são utilizados na fabricação de copos, taças, cálices ornamentos
e peças artesanais (o chumbo confere mais brilho ao vidro) .
• Aiuminoborossilicato: são utilizados em tubos de combustão, fibras de
vidro, vidros com alta resistência química e vitro-cerâmicos3.
O vidro sodo-cálcico é o vidro para janelas. Pode ser obtido pelo processo de
fabricação jloat ou estirado, podendo ser beneficiado e transformado em produtos
tais como o vidro curvo, temperado, laminado, espelho, metalizado, entre outros.
Possui múltiplos componentes, sendo formado principalmente por:
• um vitrificante, a sílica, na forma de areia. Fornece o Si02;
• um fundente, soda ou potassa, na forma de sulfato ou carbonato;
• um estabilizante, a cal, na forma de carbonatos.
Os vidros estirados, transparentes, incolores ou coloridos são obtidos por meio
de um estiramento contínuo, inicialmente vertical, de espessura regular e com
suas faces polidas.O vidro mais moderno é o float, cuja composição básica está
apresentada no Quadro 1.
Quadro 1 - Composição da mistura do vidro float incolor (Fonte: CEBRACE, sd.).

li Produtos minerais Produtos qufmicos

Si02 Ca00 3 CaMg(C03)2 Na20.Al203 Na2C03


Mistura Vitrificável Na2S04
(areia) (calcário) (dolomita) (feldspato) (B~lh a)

100% 57,46 % 10,56% 9,88% 2,96% 16,46% 2,96%

De cada cem parte s dessa mistu ra vitrif icáve l, obtêm -se 83 parte ~ ~e
vidro e 17 parte s de perd a por volat ilizaç ão , resta ndo a comp os1ç ao
básica:
- r·nal
Quadro 2 - ( , ompos1· çao 1
do vidro float incolor (Fonte : CEBR ACE, sd.).

Al20 3 Na2S04 MgO CaO


! Si02 K20

0,7% 14% 4% 9%
2% 0,3%
1

-- -- --Ca-
3 Vi .
er •tem 21 .6 deste
e P ·-- ,,,· dc
H Sa11w.

E. Paulo Slt·-111e11.
· .· R• Caram e J . · ,..,...u •
662

21.3 Estrutura
. , . d
., unidade ba 1ca a rede de sílica é O tetraedro silíc io-oxigênio (Figura 2).
~ 6
1
-O- SI- O-
I
?
(b)
(a)
Figura 2 _ L"nidade básica da rede de flica. (a) Repn: t.!nl nçiío tri-dimcnsio1111l; (h) Rcprcscntuc;,tu
bi-dimt.!nsionnl.

O tetraedros de sílica estão ligados pelos vé rti ces, por meio do


compartilhamento do átomo de oxigênio, por dois átomos de silíc.:io. Os
átomos de oxigênios partilhados formam pontes e ntre os átomos de
silício e. por isso. são chamados de pontantcs. Em vidros minerais de
sílica pura. como o quartzo. a relação entre silício e oxi gênio é de 1:2.
Por isso. embora a rede bá ica seja um tetraedro, temos a formulação
Si01. Assim, na representação bidimensiona l. se observarmos que cada
átomo de silício está ligado a um quarto átomo de oxi gênio abai xo ou
acima do plano do papel. a rede tridimension al poderá ser observada
como na Figura 3.

a)
b)

Figura 3 - Representação bidime · t d · .


nsiona o cr1stol de síhcu (11) , e du 11(1i c 11 vítrcn Ih).
(Fonte: HIOOINS, t 977).
Fiinrra 4 - Representação bidimensional de um vidro de ,_.a.,._ato de sódi rc.... HI
D ..... uun O ,n111te: GGINS, 19n).

21.4 Processos de fabricação do vidro Ooat

O jloat confirmou ser uma tecnologia de ponta e, em meno de duas


décadas, tomou-se o sistema produtivo dominante na indú tria mundial. Vem
substituindo definitivamen te os processos clássicos do vidro estirado4. Esse
processo diferencia-se do processo de estiramento na melhoria das qualidades
óticas do vidro final. Esse vidro é obtido por meio do escoamento da mistura
vitrificável derretida sobre uma base de estanho líquido. em atmosfera
controlada. Nesse processo, o vidro forma uma camada contínua que flutua
sobre o banho e que deve ser mantida a alta temperatura (-11 OO·'C) e tempo
suficiente para que sumam as irregularidades e as superfícies fiquem planas e
paralelas, esfriando ao longo do banho.
No processo de produção do vidro float, são cumpridos os seguintes
estágios:
a) forno de fusão - a mistura dos componentes do vidro é colocada no forno
de fusão , por meio de correias transportadoras. em temperaturas de até
1600ºC, sendo fundida e transformada numa ma sa homogênea:
b) Banho jloat - essa massa é derramada em uma pi cina de. e. tanho líqu idl~
sobre o qual , por diferença de densidade, flutua. A p~rttr desse . ponto e
determinada a espessura da chapa de vidro: quanto maior a vdm.·u.ladt· da
linha menor será a espessura resultante: .. .
e) Galeria de recozimento - a folha de vidro é re fnada dt· mant·tra
controlada até aproximadam ente 120ºC , sendo. preparada par.~o cor~t·:
d)Inspeção automática _ antes do recorte, a lârruna passa pda_mspt\'ao do
Scanner com ..1e1xe
· laser, que 1· dentifica falha. e faL. o rdugo quando
necessário; h - t ;-- , r , ·q1·t·1ll•1s
e) Recorte .lh e armazenagem - as e apa'.'I "ªº· l'n ~H . tt, '. :
em d.1mensoes
' e112p1 pre-programa
~ento d a s , empilhadas em pacote, para a C\.p1.:d11; ao

A e,annazenadas . ode sofrer beneficiaml'nto... . tai -. romo


esm~~fh a produção ~o vidro, e_ste lração tratamento, decorattH).... ll;_mpl.' ra
agem, gra açao, opacaçao , .· d
e outros que confe rão características finais ao pro uto.
~ r a d o. -----. colorido obtido . tm,é, de um e timmcntn l•111111111> ,
in1ciaJme e um , olano transparente, incolor ou das .
nte ven ical. de ,ura regular e com suas faces poh .
, . , 1 (' 1,,. ...,tlf; dos Santos
· ~,·,' ·t1,·t·n • R.. ( mam' · · ·
E. To ,Wlt' ''
664

215 Classificação do~ Yidros


. . . . Técnicas (ABNT) adotou a nonna
A A ociação B11~~1k1rn ,de Not n~a: Brasileira, a parti~ de 30~06/2004, com
MERCOSUL ~ 1}Q~. :_oo n~mo No~~ 293 : Tetminologia de vidros planos e
4
0 número de refe1~ncin .BNl NBR . , ,- (ABNT, 2004). Um resumo dessa
0
dos componente ' nc SSl nos ª su~, i)l~~~R l 1706 _ Vidros na construção civil
classificação encontm-se no qu~ldro, · : , . para os vidros planos aplicados na
(ABNT. 1992). fi\.a t1$ cond1çocs l:- ig1vc1s . . te
construção ciYil tcolocação, ditnl:nsocs, defeitos, e .).
Quadro 3 - Resumo ua dns..,;1fü·a,:io (los vidros . segun
. do NBR NM 293 (ABNT, 2004).

Forma Transparôncla lAcabamento Coloração Colocação


-----!

Recozido -Liso
1Plano -Polido
-Impresso
Temperado Plano de -Impresso anti-
segurança· renexo
Transparente Caixilhos
-Serigrafado Incolor
Curvo -Fosco
Laminado Translúcido Autoportantes
1 -Metalizado ou Colorido ou
1------, Endurecido·· Renetivo absorvente
Opaco Mista
-Vidro de baixa
1Aramado Perfilado ' emissividade ou

l
LowE
Duplo ou Ondulado -Gravado
1 Insulado
-Esmaltado

*Vidro plano cujo pnx-e. samento de (nhm.·a~·ãn ~du1 ~> risco ?C ferimentos en:i caso ~e quebra. Deve
atender aos requisito~ de nonnn e pcut1ca de cla-.s1ficaçao dos vidros quanto ao risco de impacto humano
acidental. _
**Vidro ubmetido n um trnrnmcnto ténnico visando tomar sua resistência ao impacto e às \'ari_a~~--
ténnicas aproximadameme duns \'C/C!i maiores que a do vidro comum. Por ter padn'io de quebro ·1mt13f
ao vidro comum. não pode ser unsidcrado vidro de segurança.

21.6 Principais tipos de vidros utilizados na construção civil

~ vidros podem ser utilizados em envidraçamento em caixilhos simples ou


múltiplos; em parede , na fonna de tijolos; em concreto translúcido e coberturas.
21A.I Yulro /loat incolor

de fabricação do vidro float incolor é utilizado como base para ª


;;;;.,i/iiii· ~ ala do outros tipos de vidros como os colorido~.
caractcn ticas óticas do vidro flo~t incolor de 3 mm são
padrão d . comparaç~ com o demai tipos d~
de vidro tá disponível nas espes uras de ..
21 .
6 .2 Vidro jloat colorido ou abaon,snt,,"'?.-!~ii:.\,~'i\f,,;;:::·~-' ,'.,. ,-,,~.....-,--
0 processo de P.rodução. d? vidro colorido ~ kf ndco 80 float .
. orporação à rrustura vitrificável de aditivo rru·n-~- de
inc . d O ...i_ I 'd é b . ..,,IIID,
1 cem
a;u,uu com a
8
~"!·
coloraç~o~eseJa a. v1w o co on o o tido pela adiçlo de compostos de metais
de transiçao.3d <?_U de terras-raras 4P. No entanto, a cor final obtida depende do

estado de oxidaçao metal, além da sua concentração e da composição do vidro
0 fabricante nac1onal, Companhia Brasileira de Cristais_ CEBRACE cita~
incorp<_>ra~ão de_ Selênio (Se), Oxido .de Fe~ (F"20:1) e óxido de Cobalto (~0 )
4
para atmgrr a~ diferente~ cores dos vidros ex1 tentes no mercado, que são O verde,
0 bronze: o cmza ~' mais rece~~em~nte, o azul. A finalidade principal desse tipo
de vidro ~ a !e~uçao da trans~1tanc1a solar,, pela absorção de uma grande parcela
da energia mc1dente, reduzmdo o ganho de calor direto e o ofuscamento no
interior do edifício. As espessuras disponíveis desses vidros são as mesmas do
incolor.

21.63 Vidro temperado

Como as aplicações do vidro foram evoluindo. fez-se necessário dar uma


resistência mecânica maior ao produto. graças a painéis maiores e à utilização em
lugares mais altos. Surgiram, então, os vidros temperados. considerados vidros de
segurança. A fabricação desses vidros consisll· cm um processo de têmpera obtida
pelo aquecimento gradativo a uma tcmpL'nttura pn'>xima do ponto de
amolecimento do vidro (700ºC); depois, ocrnTL' um rL·sfriamento rápido através
de jatos de ar. Já que o vidro é um mau condutor, L'sse resfriamento provoca
apenas o endurecimento da parte externa do vidro, l'nquanto. no seu interior, as
moléculas ainda estão moles. O aquecimento SL'g11ido dL· um resfriamento rápido
provoca, no vidro, tensões internas (traçfío 110 inll'rior mole e compressão na
superfície endurecida), conferindo-lhe rcsistl'nria llll'l'finil'n at(, L·inco vezes maior
ção civil que a do vidro comum. Em caso de quebra, o vidro h.·111pl'rmlo SL' fragmenta cm
pedaços pequenos sem bordas cortantes. /\k;111 disso, t'l·sistc a temperaturas de
trabalho de até 250ºC conforme NB R NM 29 J ( /\ 1{ N' l ', .?<>< M).
A. NBR 14698 - Vidro temperado (ABNT~ 2001) l'sp<.Til!ca os requisitos
gerais, métodos de ensaio e cuidados nt·cessanos p:irn 1•.arn11111· a segurança, a
durabilidade e a qualidade do vidro tcmpt·rnc(n pl1111n l'lll suas apli~·u,·~L'S na
construção civil. Também fornece a mctoclolop111 dt: clm,sif 1ca,·.10 dL'SSL' p1oduto
como vidro de segurança. Esse tipo de vidm l'SIII t1,.._pn111vt:I "ª" ·~pcssurns de
4rnma 12mm.

21 6 4
· · Vidro laminado
O vidro Iam·mado e, de segwanç. ..,., , c·c>mJmsln · dt· d1111s 011 11iai " lc1111iuai., dL· vidros
1· · ·
Coladas pela · _ d t { c.Jtl'llm f i1 11 n·s dl· polir,11 ho11Hlo ou po 1v1111I
b . mtcrc·11açao C um a C ' ·
Uttral (PVB) 'urn · ateria
. 1 res1.s·t,CIlt''... coni .·tdl·n·m·111 .io , 1d1n l' 1>011 l'last1ndadc.
~ e -
6Vi •. o apítulo 6 a ,. ncxhcu cio~ ch:rm: ,1111, 1111111111 li'
er llern 21 .10 4
. 'pn ·1 ., ótícw,. nc,1c capílulo
• 1, 11,,, r/ri, S,mro.,
l Paulo S1ch1tn. R C'ru,1111 ,• .I. e • '
666

- · t • , lht .u.h prn. ,,··,t·,mcnlo < • térmico sob pressão. A


A ligação final f time Vil w L < . ' . >)l'kthde elástica fazem com que, ern
aderência da pehcula às chapas L' Sllll !>1 (1 , < ',s fragmentos sejam retidos e a
· 1, llll'i)l''I IH.' ll 1L'I11 •11 • ' ' .
caso de romp11ncnto.t "ou t t 1.\ . ' . ,.,, , 'tth de JJessoas ou objetos através
1
111 l ''\ t li ll'll 1t '11\l1() 1 1 .. ' ..
lâmina .pem1ancça (; !:,I, • •
d . 1 Q llll!H ' t'O l 1L' 1111\llllllS . . til' vidros de camadas de filme e os
••
desse tipo . e Vil rt~.. L • . .. rim, de acordo com o uso a que se
tipos dos vidros uttl adns na Lompnsi,i1~> ~~ , acordo com as necessidades dos
11 1 1

destinam. É 111Uil0 grall e.;~ gat1lll dL: .1r)l ~ ~ ~t:OIOl'eS, CO)OrÍdOS e refletiVOS e
d 01 1
Proictistas. Podem ser uttl11mlos os v1t ws li r· d PVB con~onne '
J t · .
ainda. diforcntcs cores L' .l'Om 111w,·ol's .t l l : ,.do dme n e·unto7. ,
1, ·rn'l'S 1 se 1

queira determinada propncdadl' L'SPl'l'twlotomt li ic~ do co fi . . d d


Es·s•" f''\to salienta a dificultJadL' dt· ohtl'1wao. prn parle os_pro ISSIO?adis, as
~· · "' ~
reais características ótieas
u •
t1po

dL'SSL' dt· v1c• 1i•?· que e.stao associa as_ às
características e ao tipo e ntÍlllL'll) til' ca11rndas ck; vidros e de PVB que compoem
o vidro laminado final. . . .
Na composição do vidro lnmirn,~lo l'<>11.1 1111~ vidro rcfl.et1~0 no conJunto, a
camada metalizada deve ficar pm1L•gid11 m> 1111L'nor, para evitar -se o seu dt;sgaste,
principalmente quando utili,ados os vidros lltL·tali':ados pcl.o processo~ vacuo. O
vidro composto dessa ma1ll'ira L' dt•110111i11ado de vidro laminado reflet1~0." .
As espessuras dos vidros laminados prnk·111 l'lll'gar a 60 mm, com res1st~nc1~ a
balas de arma de fogo de diVL'rsos l'alihrl's. No l'll(antn, o processo de larru~açao
possui uma limitação quanto à rl'ln~·ao t•illl'L' as l'Spcssuras das chapas dos vidros
componentes: a maior cspt'ssurn nao dL'Vl' l'Xl'l'dl'r a 1.5 vezes o valor da menor,
devido às quebras que OL'Ort't'lll na autodavngL'lll.
Os vidros laminados sfü, usados prinl'ipalinL'llll' como uma eficiente barreira
mecânica em vitrincs, parapl'itos, dt'fll'1tdêndas esportivas. piscinas, clarabóias,
dentre outras aplicações, mas Vl'm ganhando um cspa\o maior na arquitetura
principalmente pela possibilidadt• dl' vlirins op,·ocs de cores.
Uma tecnologia mais recente de lamim1,·ao utiliza a resina líquida de poliéster,
que pode apresentar, em rclnçiio no PV B. vantagens no processo de fabricação
com menor tempo e menor custo, mnior scgunm\a e, ainda, menores limitações
no u o, não possuindo restriçl1cs qunnto no mutcrial a ser laminado.
ANBR 14697 - _Yidro ~mimado (ABNT, 21Kl I J especifica os requisitos gerais.
mé~ de en ~o e cu,~udos ncccssál'ins. puru guruntir a segurança e a
durabilidade do v1.dro lamm~o cm s1111s uphcuçõcs na construção civil, bem
cCOmo a metodologia de ln ili 'nç1 o desse produto como vidro de segurança.
Vidros metalitado ou r,Jletivo
ret1 tivo
omo base o vidro float incolor ou
, uma camada de óxido metálico.
d pd i d uma camada muito fina de óxido
~ tMll -'.DQJ 'dade absorção de comprimentos de
arac ríatica. Nesse caso, ocorre
~ d e refie ão por parte ~
umaregado possuírem muitos nívets ~
e'!1Pel em que se encontram os elétrons ·
ntV • - eles
b5orvida para a exc1taçao ses elé1rons
ªco010 decaimen&. to• energfl ético desses elétrons.:&;,~í:.--:.a--..:..;,;,;~;,
"d ( .. _,. .,,J:.N.u;;colWl\;,D ~
relacionada ao.1e1Xe re_ eti o re-enntido) na Camada metálica.
l)essa ~ane1ra, os vtdros de co lo ~o prateada, quando expostos à Iuz1mm~
refletem igualmente todos_os c? m p~ en to s de onda do visível, enquanto que
Possuem al~uma colo~çao diferenciada, ~m o O dourado ou cor de cobre, 08

refletem mrus no co ~p nm en l? de ?~da associada à sua coloração dominante.


Dois processos _sao os mais utilizados para deposição da camada metálica:
pulverizaçã? ca!óchca, e _fusão dos óxidos metálicos.
Apulvenzaçao catóchca no campo eletromagnético e na câmara de vácuo, com
impulso de metal e óxidos metálicos, resulta nos denominados vidros refletivos a
vácuo. Nesse processo, em uma câmara com vácuo, parcialmente ocupada com
um gás (argônio, oxigênio ou nitrogênio), chapas de vidro cortadas movem-se
sobre cilindros e são posicionadas sob uma placa do metal de tamanho similar ao
vidro. Com alta voltagem, são produzidos elétrons de alta energia entre o vidro e
a placa, formando íons de carga positiva no gás que colidem com a placa do metal
e ejetam átomos do mesmo, que então se projetam e condensam na superfície do
vidro, formando a camada metálica. Um campo magnético permanente sobre a
chapa de metal aumenta a velocidade de deposição dos átomos metálicos,
assegurando a uniformidade da camada. A Figura 5a esquematiza esse processo.
A fusão dos óxidos metálicos em alta temperatura e o seu englobamento na
superfície das placas, por meio de sistemas de bocais que pulverizam o aerossol,
contendo o óxido e o gás transportador, diretamente e em continuidade na linha
de produção, resulta nos denominados vidros refletivos pirolíticos. Esse processo
é apresentado na Figura 5b.

SP UT TE RIN G
(a)

r, ., ,
Vid ro n oo oqu ocl do

(b) PIR ÔL ISE

_ d 'd r"íl
de roduçao o v1 ro " etivo (a) a vácuo e (b) pirolítico
Figuro
Esquema p" A "''QVIST 1991 e CA RA M, 1998).
(Fo ntes: GlV'U • •
e
.ch,· ri R Caram e J. C. . · dos Santos
P1zzuttt
668 /~. Pauln Sl ' ·

.
ett
fi tu do na própria linha de produção do float
o tratamento pir~lític3, por~% O ªde vidro durante longo período. Não
- p de tipos de produtos finais, pois ocorre
é
é ideal para a fabnca\ 'ªº de .
conveniente haver mmtas vardiaçoes a linha de produç ão. Já os processos de 111
das com a mu ança n l .
perdas acentua d 1. h d produção, como o process o por pu venzação
deposição efetuados !ora ª. mfl ª ,,e .s e possíveis de serem utilizad os para a
catódica a vácuo, sao mais d exiveai pequena quantid ade de determinado vidro
d - m períodos curtos e um · · '
pro uçao e . d' 'ficadas por parte dos proJetlstas.
possibil~tando esco~has m.aislí/vers}oram desenvolvidos devido às dificuldades
Os vidros refletivos. p~ro icos - à melhoria do conforto térmico em
a resentadas pelos proJet1stas, com re1açao . fri B
p
países do hem1s . . ente o. uscavam-se,
· norte com clima. predom. mantem
· fi"eno
segundo Arnaud (1997), ating~ os se~m~e s obJe?vos. . .
• alta transmissão da luz vis1vel, pnmerra funçao da Janela, .
• reflexão do infravermelho (IV) longos (7000 a l 0000 nm9), para evitarem-se
perdas do calor interno; ..
• transmissão do infravermelho (IV) próximo 10 (780 a 1500 nm), para ~ermitJr-
se O aquecim ento pela radiaçã o solar no invern o, com nsco de
superaquecimento no verão;
• neutralidade de cor na transmissão e reflexão;
• resistência mecânica e química da camada refletiva;
• possibilidade de tratamentos térmicos posteriores, como a têmpera. .
Observa-se que, no caso de climas frios, a colocaç ão da camada refletiva
voltada para o interior diminui as perdas através da radiaçã o no infraverm~lho
longo, devido a sua baixa emissividade. Esse item é o princip al responsaveJ
pelo desenvolvimento desse tipo de vidro em países de clima com períodos
frios mais longos e mais intensos durante o ano.
Para o clima quente, esse item não tem uma importâ ncia tão acentuada. Por
outro lado, a obtenção de vidros com boa transm issão da radiaçã o solar
incidente no infravermelho próxim o está em desaco rdo com esse tipo de
clima, pois o risco de superaquecimento no interior do edifício é muito maior.
Portanto, ~idros q~e apresentam bom desemp enho nos países onde foram
desenvolvidos, mmtas vezes, não são conven ientem ente usados em outros
~ com outros climas, nos quais as exigênc ias a serem cumpridas são
~ - Segundo o fabrica_nte, o process o pirolíti co assegu ra ainda grande
~da de d O a ~ de óxtdo, sendo possíve l sua utilizaç ão com a cama~a
para .e~tenor. No entanto , os dois tipos de vidros refletivos sao
te utj)Jzados na confecç ão de vidros lamina dos com a camada
1JO interior do vidro '
· os a vácuo, de ·aco~o com Arnaud (1997) , têm um:
19ngo PfÓXJma de 95% devido a essa camad
o aquecim ento do ambien te construído,
~~IJOIM fe à radiaçlo 16mica (calor) nonn at,nente
Esse efeito é !deaI para países de clima frio, pois o óxido depositado na f11c!é!
interna do" vidro impede a saída de calor. Também, dados obtidos em
espectrofotoi_netro por Santo (2002~ mostraram que a maioria dos tipos de
vidros reflet1vos. é, na verdade, .~u_ito absorvente, podendo provocar uma
sobrecarga ténruca extra nos edific1os pela re-emissão do calor absorvido
para o interior, além do desconforto devido à temperatura radiante elevada
próximo a esses :le~entos. Esses dois_ efeito~ combinados, alta reflexão do
IV longo e re-enussao do calor absorvido, exigem do projetista um cuidado
especial e o _conh~cimento _das car~cterísticas. espectrofotométricas para a
correta espec~ficaçao ~esse tipo de vidro em chmas brasileiros, uma vez que
pode proporcionar maior consumo de energia dos edifícios com o uso do ar
refrigerado e com o uso de iluminação artificial.
Em princípio, o tratamento refletivo pode ser efetuado sobre qualquer cor
e espessura de vidro float; no entanto, as espessuras padrões de venda no
Brasil, apresentadas no catálogo do fabricante, são de 3, 4, 5, 6, 8 e 10 mm
para os metalizados a vácuo e de 4, 6, 8 e 10 mm para os pirolíticos.

21.6.6 Vidro impresso ou fantasia

O vidro impresso possui desenhos ou motivos ornamentais em uma ou duas de


suas faces. Por isso, é também chamado de vidro "fantasia". Esses desenhos são
bastante variados, podendo ser pontilhados, em mo~aico,_boreal, etc. Pel? !ato de
ser um vidro translúcido, é usado como barreira visual sem preJUIZo da
luminosidade.

21 .6.7 Vidro u-Glass

O vidro u-glass é perfilado autoportante em forma de "U', u~ado em _vão~


amplos. A seção resistente de suas b ~ é sua p~cip~,P!erro gattva. D~v1do a
sua alta resistência mecânica, é denommado tambem de VIdro estrutural .

21.6.8 Vidro aramado


O d também é considerado de segurança, porém possui uma
.dr
VI o arama o .dr
resistência mais baixa que o temperado. O VI O ar~a. 0 e
d ~ um vidro
alh
impresso
táli·
l ·d ontém
translúcido incolor ou co on o, que c_ · d no seu mtenor
tilh uma m a me
Além disso essa tela ca
a qual resiste à corrosão, ao fogo e nao pro uz es aços. '.dr
protege contra corpos estranhos ' não deixando que eles transpassem o VI o.

21 .6.9 Vidros serir;ra.fados

Vidros ser gr qo vidros que foram submetidos ao process? de serigrafia.


Essa técnic C<
4 aplicação de camadas de esmalte por me10 de uma !ela
serigráfica na(. J do vidro. Essas camadas, além de provocarem efeitos
E. Paulo Sichieri. R. Caram e J. C. Pi~ utti dos Sm1tos
670

lástico intere ante . também possibilitam um controle de ~<Jmbrcamento e


~rivacidade. além do uso para escrita e prop.agan~a: Há no mcrc~<,, desde 2fXJJ.
vidros erigrafado com motivos ornamentais: peixinhos, fl<>rC!-i, folhas, desenhO\
oeométrico , motivo infanti , dentre outros.
~

21.6.1O l'idro duplo ou i11sulado

O Yidro duplo é compo to por duas ou mais lâminas de vidros, ~eparadas por
gás inerte {podendo er de de ar desidratado até gases nobrc!-i argônio , críptónío
ou xenônio). A pre ença de um ou mais espaçadores pr6ximot, a<.; borda'; impedem
a entrada de umidade e a aída do gás (Figura 6). As bordab do vidro são, então.
hermeticamente fechadas com materiais que suportam altas e baixas temperaturas
e re i tem à radiação ultra\'ioleta.

Conve cção

Radia ção

Condu ção

Figur.i 6 - Vidm I olunll· (Fonrc: CAIUM. 2002J.


No início da década de 80,. os fabricantes de vi . .
nvolvidos em desenvolver vidros com películas ::,s ~tive~ 9:tivamente
1987 as janelas com esse tipo de películas já repres baixa eDllssividade. Bm
s EUA. As películas de baixa emissividade (l en~vam 17% das vendas
rn;duzem a transferência de calor (infravermelho r:n·geo)po~ueémdfil~e qlue
fi d ' ·d tál.
E, um filme mo e um ox1 o me 1co que é colocado diretam aua.V s as Jane
b ·as
· rf' ·
vidro em m'?a ou mais supe 1c1es, no caso de caixilhos múltiplos. ente o re o
São .avabadas pelo total de calor que emitem. Quanto menor for a
O
emissividade, .°:elhor comportamento da película, pois menos ela absorverá e
mais ela reflet~a o calor. ~s valo~s de emissividade situam-se entre 0,04 a OJ5.
Quando apl~cada em vidros ~1mples ou mesmo em caixilhos múltiplos, a
película local!za-se_ preferenc1alm~nte na face do vidro voltada para
0
interior da ed1ficaçao. com a finalidade de refletir o calor de volta para o
recinto. Essa situação é adequada para climas frios, em que normalmente se
tem algum sistema de climatização para aquecer o recinto e não é desejável
que o calor gerado no ambiente escape através das vidraças. Como as
películas são de baixa emissividade, e conseqüentemente de baixa absorção.
elas diminuem a perda de calor para o exterior através da absorção.
Habitualmente, as películas de baixa emissividade são depositadas nos
vidros pelos fabricantes e o consumidor já encontra o caixilho pronto com as
películas aplicadas. Mas também são encontradas no mercado películas para
que o próprio usuário ou firma especializada as coloque.

21.6.11.1 Superwindows
Há opções surgindo no mercado que resultam em grande resistência
térmica, por meio da combinação de múltiplas camadas de películas low-e:
inserção nos panos de vidros de gases com baixas condutâncias: barreira
poliméricas entre os panos com a finalidade de reduzir a c~nvecção ,do gás
mserido e, conseqüentem ente, a troca de calor entre os v1~ros:_ alem dos
próprios caixilhos mais estanques e isolantes. A combrn_açao ~es ·a
variáveis, total ou parcialmente, leva ao que se ~enomma hoJe de
superjanelas ou na literatura internacional, de superwmdow (ASHRAE.
1993). ' , . .
Análises sobre as superjanelas realizadas no Laboratono Na:~on~l
Lawrence Berke1ey, C a1110m .J; ,
1·a , mostraram que , para melhorar
, . - · a efic1encia
· t
energét 1·ca das Jane
· 1as para e i·mas
1 fn"os , seria necessano e 11mmar
. o ar m erno
de envidraçamentos múltiplos e preenchê-lo~ " co~ ?ªs~s mertes. ~1omo
argônio kn· t" . . t eduzem a transm1tancia term1ca total (U) do.
, p on10 poises es r d 4 AI , d"
envictr ' observado no Qua ro . em isso. se
os vict:çan_ientos. conforme pode se~icadas películas de baixa emi sividade,
a efici"os ~1vessc~ e m suas faces .ªP significativamente. considerando que a
re . . . encia do 1stema melhorana .
sistencia térrr ca Jo sistema aumentana.
~ er item 21.11¼..
p-ítulo.
/' . l'r111/o \'/, /11,•1,, I< ( ·,11m11 ,• .I ( , l'i;:. uni do.\ Santo.\
672
. ,. ( IJ rn vidraças com caixilhos múltiplos
C)1111dr11 4 'f 11111111111fflll<.:lll l l' llllf l ' U f olllf ) pa ·
U (W/m2°C)
Tipo do Envldroçamonto
2,72
Vidro duplo. 17,/mrn, ur
0,20· . 2,21
Vldto duplo 1?,/mrn, or, o

-- Vidro duplo. 1?,fmm, nr, o


Vidro duplo. 17,lmrn; nrgõnlo, o 0,10·.
0,10•. 2,10
1,93

---· Vidro triplo; 1?,/mm, orgõnl o, 0 - o,10* duas faces.


Vidro guúdruplo. 6,4mm, krlptõnlo; e = 0,10• duas faces.
._•-cn-1i!l-!t1-v11hull- du pt•lk11l11 lnw l' (Jlo111c: <'ARAM, 2002).
1,30
1,25

A ilustração da Figura 7 mostra a composição de um caixilho triplo com


inserção de gás inerte e aplic.:a<.;fio de película de baixa emissividade na face
interior dos dois vidros externos.
Para fins comparativos, é apresentada uma tabela mostrando a transmitância
térmica total para caixilhos nníltiplos com e sem inserção de gases inertes e de
películas /ow-e.
Quanto maior a transmitânc:ia térrnic.:a, menor será a resistência térmica da
janela. Cabe observarmos que o argünio é encontrado com maior facilidade e é
mais barato.

Figura 7 Jlu1tniçllo de umu Huper j1111cl11: vidro triplo, í11scrdI0


T
de gás inerte e pel' I d b · · · ·-~~-~~
Jcu a e aixa emi: ·1, IUJU<'
(Fonte: C'A~AM, 2<XJ2). .

Jl.6J2 Materiais cromoglnicos


l ó.J2.1 Materiai,.s c~mogênicos passivos: :
~ ~~;~, ~
,
2· tennocronucos ~~COS'es
Os Passivos compreendem
, . d
os fotocrômicos
e os tennocra .
.am suas caractensttcas e transmissão de luz ,.~......a-_ nncos, os qua.ut' ..iJ..

b"~
vanfunção da oscilação da temperatura interna d~m ..
e; escala industrial para uso em edificações Os
e as propriedades óticas tornando-se esc~os qu d O
:.:sn:·~~
da ~ci~cia ~lar e
S3? fabricados
OIDlcos mudam
su · d an o expostos à radiação
ultraviole~ .e aios compn~edntols e onda mais curtos do visível, mas revertem à
Su a cor ongma na ausenc1a a uz. A transmissão ótica pod · d m 90°"
d ependendo d · - d 'd e vanar
a compos1çao o v1 ro. Os materia;... termoc " · e 5 -,o a ,o,
d
. . ~ rOIDICOS, quan o
submettdos ª ~ma t~mperatura !Ilaior que a do ambiente, tomam-se opacos
através de reaç~s qun~ruca~ te~camente induzidas ou por mudanças de fases.
Esse processo e reverst vel a medida que a temperatura abaixa. Na ocorrência de
alterações de fases, o material muda sua distribuição atômica podendo causar
espalhamento ou absorções múltiplas de luz. '

21.6.12.2 Materiais cromogênicos ativos: cristais líquidos e eletrocrômicos


Os materiais cromogênicos ativos são representados pelos vidros
eletrocrôrnicos e cristais líquidos, que constituem as chamadas "janelas
inteligentes" ou smart windows.
O princípio de funcionament o dos cristais líquidos baseia-se na influência
que o campo elétrico tem nas cadeias moleculares, conforme Figura 8. Quando
não há aplicação de voltagem, as moléculas encontram-se desalinhadas e
provocam o espalhamento da luz, resultando, então, num vidro com uma
coloração branca translúcida. Com a aplicação de voltagem, ocorre o
alinhamento das moléculas, permitindo a transmissão da luz, que se mantém
enquanto o campo elétrico for aplicado. Dessa forma, o vidro mantém-se
incolor e transparente.

/j í-·~j - ///
... ~,,.. "1
~ ~ ~j
... ~ 4, ~
Í ) u 1.Vl
...___, :-@ _J
. l lar em cristais líquidos (Fonte: CARAM, 1998).
lnlluêncin elétrica no alinhamento mo ecu

N:-- - . . h das pois não podem ser submetidos à


tem c1o_ sao 1nd1cauos para uso em_ fac.ª d~s edificações, são muito utilizados
p·i ··pciat_ura superior a 40ºC. No_mtdenor unidades de terapia intensiva de
' ic1 recintos quL. e igem privac1da e comO
674 E. Paulo Sichieri, R. Caram e J. C. Pizz.utti dos Santos

hospitais, escritórios, consultórios médico s. Já. 0 ~ ,crômicos \ão


considerados os mais promissores em tei:mos de aphca<.s, a grandes áre,
envidraçadas na construção civil. As Janelas eletroc n a\ - são sistern:~
constituídos de camadas de filmes finos que mudam s~a. L ' ' '. Jªº conforme a
aplicação de potencial elétrico nos seu~ condutores eletr~mco\ Sao formadas Por
cinco filmes finos prensados entre dois substratos de vidro, conforme mostra a
Figura 9.
1 2 3 4 5 6 7

Figura 9 - Esquema de janela eletrocrômica: 1 e 7 Vidro; 2 e 6 condutor transparente; 3 reservatório de íons;


4 eletrólito; 5 filme eletrocrômico (Fonte: SICHIERI, 2001).

O fenômeno de mudança de coloração está ligado à inserção de íons de Lítio


(Li+) ou Hidrogênio (H+) que vêm da camada de eletrólito para a camada de filme
eletrocrômico, geralmente formado por óxidos de tungstênio, nióbio ou vanádio.
No caso, por exemplo, de óxidos de tungstênio e nióbio, ocorre brusca mudança
de coloração, passando de quase transparentes (transmissão de 80%) para azul
escuro (transmissão de 10%).
Os vidros eletrocrômicos possuem memória. Isso significa que, com a
aplicação de um a cinco volts, obtém-se a mudança de coloração do vidro, e esta
pode permanecer de 12 a 24 horas. Para descolori-lo, basta mudar a polaridade
dos eletrodos. A durabilidade estimada desse sistema é de 5 a 15 anos.

-6.12.3 Vidros com camada s dicróicas


· nos dicróicos podem ser aplicados a vidros, com resultados plasticamente
tes. A camada dicróica, aplicada a vácuo, tem a propriedade de
cerlos comprimentos de onda (certas cores) e refletir outros,
ângµlo de incidência da radiação incidente.
dicionaimente são obtidos submetendo as ~ .
n:1rnúco de nucleação e cristalização. No entanto fo de vtdrt, .ª um tratail~
0
te vir:rocerâmicos está associado à reciclagen-. d• -..1
dos turo PIOnussor da ptódüçlo
1 •
As cinzas vo antes e as escónas possuem em U& e "~duos •
8
ores de sílica (Si02}, óxido fonnador da ~de ;:ec~:nposição química, altos
t~bérn apresentar teores significativos de AI C ~- :ses resíduos podem
2O
t,xi·dos de metais e ligas em menores teores / 's ª ' ~O, F~03, e o~tros
0
I · 1 0 suem, portanto composição
química comp exa, em que prevalece o alto teor de síli'ca A ·trifi' - d
'd 'd
tipos de res1 uos, segm a por tratamentos térmicos adequad · v1 caçao
Ih esses
d · t · - d os, seme antes aos
Processos e bsm" enzaçao - as massas cerâmicas promove · taliza -
O . . . , uma cns çao
controlada. te~-se, enta?, os matenrus v1trocerâmicos, que apresentam
propriedades supenores ao vidro produzido pela fusão dos resíduos.
Outro pr~cesso ~suai par~ a produção dos vitrocerâmicos consiste em
subme_ter po de vidro (obtido através da reciclagem) à compactação e,
postenormente, a altas temperaturas para promover a sinterização e a
cristalização controlada, sem fusão da massa. Esse processo é especialmente
utilizado quando se pretende obter peças de formas complexas, que não podem
ser produzidas pelos processos tradicionais de conformação do vidro como o
sopro, laminação e prensagem. Vidros especialmente formulados para a produção
de vitrocerâmicos podem também ser utilizados para se obterem texturas e cores
especiais, além de ser possível obter alta resistência mecânica, alta resistência ao
risco e ao ataque químico.
Produtos vitrocerâmicos são produzidos para revestir edifícios, pisos, bancadas
de laboratórios, para a produção de esmaltes vitrocerâmicos (que proporcionam
a queima rápida de revestimentos cerâmicos e louças sanitárias) e para a produção
de peças que serão submetidas a altas temperaturas em fomos domésticos.

21.7 Apresentação comercial dos vidros

Os vidros float (incolor ou coloridos) e os vidr_os refleti_vos encontrados no


mercado sob duas diferentes marcas, Santa Marma e Blindex, possuem. na
verdade, as mesmas características espectrofotométricas, um_a vez ~u_e são
produzidos no Brasil por uma mesma indústria, a Compa~1a Bras1~e1ra de
Cristais (Cebrace) que é uma joint venture da frances~ Samt-,Gobam ~ da
britâ_nica Pillkingto~. A americana Guardian fabrica no Brasil tambem esses tipos
de vidro, com características diferentes.
21 .7.1 Dimensões de fabricação

A NBR 11706/1992 - Vidros na construção civil (AB~.. 1?92) fi~a as


conctiçõe . , . . 1 os aplicados na construçao civil. A untdade
de corn s e~g1ve1s para vidros À.~-
ensões das chapas correntes no mercado
(corn dra e o metro quadr_ado. s !:;I
los de 5 cm, dentro das dimensões de
fabn! ~ento e Iarl:'ura). s~o em mu p acréscimo de preço, correspondentes às
~ r ma I spec1rus sofrem um
, Ver Item 2
l .2 deste C.i 10 •
676 E. Paulo Sichieri, R. Caram e J. C. Piu,utti dos Santos

perdas e mão-de-obra para recortes. As espessuras nomu


h<1pas de Vidro
produzidas no mercado brasileiro, são indicadas no Qu
defeitos admissíveis são indicados na NBR 11706/1992. " tolerâncias ~

Quadro 5 - Espessuras nominais das chapas referentes ao tipo de vidro, segundo \ 70h, 1992 .
. d - d' - d . 0 S Vidros
1amma os sao compostos com as 1mensoes apresenta as neste 41....dm.

Tipo de Vidro Espessuras Nominais, em mm


2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 10,0 12,0 15,0
-
Vidro recozido estirado incolor 19,[
X X X X X X X
Vidro recozido float incolor X X X X X X X X X -
X
Vidro recozido impresso, incolor
ou colorido. X X X X X
Vidro termoabsorvente, recozido
ou temperado, estirado ou float. X X X X X
Vidro temperado ou float Incolor X X X X X X
Vidro fosco X X X X X X X X X X
Vidro termorrefletor X X X X X X
Vidros impressos e vidros de
seauranca aramados 13 X X X X X

Figura 10-
21.8 Cálculos de espessura dos vidros

Os cálculos das espessuras do vidro têm por finalidade determinar a espessura


correta para cada empreg o, levando em conta a ação do vento, os choques
mecânicos normais durante a limpeza e outros choques de ordem acidental, que
ocorrem freqüentemente. Para tal fim, os cálculos incluem um coeficiente de
segurança da ordem de 2.33 nos casos dos vidros correntes existentes no mercado.
Evidentemente, para cada condição há uma espessura correspondente, conforme
NBR 6123 (ABNT , 1990). Porém, nem sempre devemos utilizar as espessuras
resultantes dos cálculo s,já que os vidros mais finos, sendo mais frágeis, oferecem
um perigo maior aos operários no manuseio e durante a colocação e, por isso
mesmo , têm suas dimensões máximas limitadas. Os consumidores, portanto,
encontrarão maior garantia e menos prejuízos por quebra se utilizarem vidro mais
espesso nos casos de necessidade de larguras superiores. Assim, beneficiar-se-á 0
'.Consumidor com um conforto maior, melhor isolação e mais segurança.
espessura e ad 1 ~ (e/b =.5,15). Thanll(H ;mH.
a espessura eseJa , ou seJa, 6,44 que,
nun ou 8 mm de espe ura, conforme O vidro c1ese-..~...
~auu.
elb
7 ..... KG/m•
./ 180-Adrlla 11e1oa.n
6
/ _, 1-"" 1:ze - • eo • 100m
li',; 100-deaoa eom
.~
s V/ 1 1 1 1
~

li' 1./ 78-deeea om


4
V V eo -* em de 1111un1
V
J

o
1 2 J 4 s 6 elb

Figura 10 - Diagrama para cálculo preliminar da espessura de uma chapa de vidro segundo n
pressão do vento.

21.9 Cuidados na colocação dos vidros

Segundo as NBR 7199 (ABNT, 1989), NBR 10820 (ABNT, 1989). NBR
10821 (ABNT, 2001), NBR 10830 (ABNT. 1989), NBR 10831 (ABNT. 1989)
e NBR NM 293 (ABNT , 2004), os vidros devem ser aplicados e mantidos de
forma que, por ocasião da colocação ou após. não sofram danos ou tensõe
capazes de alterá-los ou quebrá-los, independentemente da causa.
Os caixilhos onde os vidros serão colocados deverão permanecer planos e
resistir às ações combin adas dos agentes exteriores, do movimento dos
edifícios e do peso do envidraçamento. Os itens a, b, e, d abaixo indicam os
cuidados mínimos necessários para a colocação dos vidros em caixilho .
a) Rebaixos: os caixilhos devem ter seus rebaixos com a eguinte
dimensões mínimas:
• altura: 10 mm a 15 mm;
• base (colocação com massa): 15 mm;
(com baguete ou cordão): 10 a 15 mm
• as folgas são da ordem de 3 mm a 4.5 mm;
• as esquadrias deverão ser previamente pintadas com tintas adequadas.
b) Calços: recome nda-se a utilização de calços de neoprene, bo1Tacha
?aturai ou , faculta tivamen te, outro plástico rígido, cedro ou madeira
1
rnunizada. Não devem ser usados calços de madeira comum . por
apodrecerem ne d bumbo for formarem pólos elétricos. Devem er
sufi1c1entem
· ' m
ente , o- ·d e c ' · · ' e1 pe1o
a que não se deformem de manerra apreciav
Pes0 d . n 0 1 os, par
o vidro·
e) Colocação de s calços: os calços têm por finalidade a melhor distribuição
678 E. Paulo Sichieri, R. Caram e J. C. Piu.utti dos Santos

cadas pelo peso do vidro em relação ao , fJfh rJ,,


voços laterais têm por principal finalidade ª'-> ">CJ.' r
da~ ilhforçasopsrcoal , ·, 'tírln,-,
ca1x o, e - d· ·-
ma dilatação bem distribuída. Terao imenr.,c,v, . 1j..JUtr,;,r,,,
u · damente 3 cm de comprimento por largura e altura '>uf JCJ<; ntr.;\ pb:r"
aproxima . . . . · 'Jh I . . ,
0 apoio de chapa e aloJamento no 1ntenor do ca1x1 o . ~e 1<:;m ,(; u(>étr.
obrigatoriamente, dois calços para cada lat~ral de ap<JJ <J. hrn C<1'><J',
excepcionais, quando se tratar de vidros de maiores espe~s ur~\, dC;vem-~ ,,,.,
utilizar calços em ambas as folgas, espaçadas cada.50 cm aprox1mada~nentt.
No caso das chapas de vidro finas, quando aplicadas em esquadnas de
madeira, os calços podem ser dispensados. A utilização de calços não
dispensa absolutamente o emprego das massas de vedação;
d) Emassamento: nunca se devem aplicar dois ou mais tipos de massas de
qualidades químicas diferentes, ou seja, uma à base de óleo de linhaça e
outra de origem betuminosa.
No caso de aplicação em esquadrias que apresentam um elevado
coeficiente de dilatação (por exemplo, alumínio), é importante que se use
uma massa que apresente boa qualidade de aderência e de plasticidade em
relação ao tempo (massas sintéticas, que, além das qualidades citadas.
apresentam ótima aderência entre vidro e caixilho). As massas tradicionais
devem normalmente, depois de secas, serem cobertas com tinta ou verniz.
cujo recobrimento deve chegar até o vidro. A massa deverá ser colocada sem
qu~ haja vácuo algum_, devendo ostentar no fim da operação um aspeclll
uniforme. Nas esquadn:18 ~bertas (sem baguete ou cordões), em caso algum
as mass~s devem Pº! s1 so manter a chapa. A fixação terá de ser feita, nas
e~quadnas de maderra, com pregos. de pequeno porte, ou com presilhas.
pino~, ,grampos~ etc.;. nas esquadrias metálicas, com artefatos de aço
1noxidavel para rmpedir a ferrugem.

21.10 Características físicas dos vidros

As propriedades físicas dos vidros planos aplicado - · jJ


egµndo NBR 11706/1992 (ABNT 1992) _ s na construçao c1v ·
Uâdro 6 mostra as propriedades m' " . ' sao apresentadas a seguir. O
cas. ~ prop~e?ades a~usticas serão tratadas no item
. . , . ecamcas, e o Quadro 7 as r riedades
d p op 'tulo.
pnedades oticas no item 21 .9 .2 . 9 . 1 este cap1
A= 0,045 Kca11n..-c
Resistência ao choque t6rmlco resistência~ do m6dulo da ' 1:sstlGi!lllta.
1: da -da""'WGU ~do c:oaficiante de dlalacto.
VVv (rasiste mais ao c:hoque
eoeflclente de dllataçlo llnear calor-frio ao COI lb*io
entre
..._ _ __..;;,.;_._200c
__ e 220 ºe A = 9 x 104 oe-1 ___
_ _...__ _ __:_:_..:..::..::.._::::_ __j

11.10.1 Propriedades acústi.cas

O comportamento do vidro quanto ao isolamento a ruídos varia de acordo com


:ua e pes ura e composição. Cada um possui uma detenninada freqüência crítica.
para a qual o material vibra mais facilmente e há uma queda de isolamento. Essa
freqüência crítica situa-se nas mais altas freqüências quanto menor for a
pe ura do vidro.
Para que se obtenha um comportamento mais homogêneo em todas as
freqüências, a freqüência crítica do vidro é um ponto importante a er
con iderado. Cuidados a esse respeito podem ser tomados com o aumento da
e pe ura do vidro ou com a composição de vidros duplos ou triplo com
diferente tipos ou espessuras de vidros, de forma que as freqüências críticas do
componentes não sejam coincidentes. A espessura da camada de ar entre os vidro
é também uma variável importante no isolamento do conjunto.
O Quadro 8 apresenta o Índice de Redução Acústica (Rw) em relação à
e pe sura e ao peso do vidro planos comuns.

Quadro 8 Índice de Redução Acúsuca (R,,) de ,idros planos comuns


(Fonte: SAINT-GOBAIN GLASS. 200). p. 538).

Espessura (mm) Massa Superficial (kg/ m~J Rw (dB)


3 7,5 29
~
4 10 30
~
5 12,5 30
31
- 6
8
15
20 32
~ 10 25 33
'-- 12 30 34
~
15 37,5 36
..__ 19 47,5 37
/'. l',111/0 Sid1ie11 . R Carnm , J C. P1::.;Jttti dos Santos
r,,WJ

( >hscn ,1 "-l' um acr~ cimo no isolamento à 1;1edi_da que a espessura e a massa


da aumentam. o que está relacionado a ~1 da !"lassa.
;t11Hl\lr.t .
( h, idms laminados têm um ganho significativo de _1solament~. ?ev_1do ao uso
do fihm· de polivinil butiral (PVB), que suaviza o efeito da__f;eq~encia crítica e
hnmop.l'ne11u o valor do isolamento em todas as frequenc1as. Os ~idros
laminados apresentam um ganho geral de desempenho de 2 dB em relaçao aos
outros tipos de vidro com mesma espessura, conforme Scherer (2005~.
No casn de vidros duplos, o mesmo autor constatou que vidros com
l'spa,·amcntos pequenos (20 mm) de ar entre as lâminas têm ~esempenho de
isnlanll'nto nitidamente inferior a um vidro simples de massa equivalente à soma
das duas lâminas, sobretudo nas baixas e médias freqüências, devido ao
knomcno da ressonância do sistema massa-mola-massa. A diferença de
isolamento global, nesses casos, fica próxima de 3 dB , o que, na escala decibel,
equivale ao dobro de isolamento. No espaçamento até 50 mm há um ganho
significativo de isolamento. A partir desse espaçamento a redução é menos
sensível até 100 mm e 150 mm.
O Quadro 9 apresenta resultados do índice de redução acústica (Rw) de vidros
duplos com espaço de ar entre eles, obtidos por Scherer (2005). O valor está
relacionado unicamente à espessura total das lâminas de vidro, sem alterações
ensíveis devido à espessura individual das lâminas, mesmo que essas lâminas
ejam de vidros comuns, laminados ou temperados, as quais apresentaram
comportamentos muito semelhantes quando em vitragem dupla.
Oundro 9 - fnclice de reducão acústica de vidros duolos com câmara de ar <Rw) <Fonte: SCHERER. 2005).
Esoacamento entre vidros (mm)
Espessura Total de llmlnas de vidro (mm} 20 50 100 150
lndlce de Reducão Acústica Rw (Db)
12 31 33 33 33
14 32 33 33 34
16 33 34 34 34

21.10.2 Propriedades óticas

O ~nhecimento das propriedades óticas é fundamental para que o projetista


~que_ co~~ente os vidros, proporcionando um ganho apropriado de
~ de ilummaçao natural e, ainda, evitando em certos ambientes as ações
~ da radiação ultravi~leta. A_ co~ta especificação poderá, portan:<>,
:o ,consumo de energia do edifício e evitar prejuízos pela danificaçao
Quando observa mos ? espectr ? s~lar (energia incidente), sabemos que:
a) o fluxo de energia solar mc1dente compreende ultravio leta (com
O
comprimentos de ondas de 290 nm a 380 nm), a região do visível (de 380 nm
a 780 nm) e o infrave rmelho próxim o (780 nm a 2500 nm)·
b) as proporç ões aproxim adas que atravessam a atm~sfera terrestre e
atjngem a superfíc ie terrestre são: ultravioleta de 1% a 5%; visível de 41 % a
45% e infrave rmelho de 52% a 60%.
o que isso significa? De~em~s lembrar que a incidência da radiação solar
não produz apenas efeitos v1sua1s. Causa também efeitos biológicos e físicos
distintos, por região do espectr o, a seguir descritos.

21.10.2.1 Ultravi oleta


o ultravioleta é dividid o em três espectros distintos, conforme Figura 11.
o ultravioleta C, praticamente, não chega à superfície da terra. O ultravioleta
B tem efeito bacteric ida, causa eritremas (queimaduras) e sintetiza a vitamina
D através da pele. O ultravioleta A causa bronzeamento e o desbotamento ou
descoloração de carpete s, tintas, roupas, quadros, etc.
A colocaç ão de um vidro comum entre o usuário e a radiação solar,
conforme Figura 11, diminu i a transmissão do ultr~violeta C e_B .. De,ssa
forma, minimi zará o efeito bactericida, evitará entrema s, preJud1cara _a
síntese de vitamin a D, mas não impede o bronzea mento e a açao
deterioradora do ultravio leta A, pois transmitem nesse intervalo do espectro.

o 200 250 1 3oq 350


comprimento de onda (nm)

15
UVC -----1fi---l UVB I
280
t J::~.
320 D_ 1_ ,,..,
........ 380

Figura 11 - Efeitos físicos e biológicos da radiaçao


- u Jtravioleta (Fonte·· CARAM, 1998),

Assim, sob ess, . ambien tes como Museus ou vitrines de


lojas, é desejáve ponto ~e vista, emcebe m diretam ente a radiaçã o solar não
e os vidros que re . ,, ,
apresentem trar ' _ ião do espectr o, isto e, devem ser opacos
ao ultravio leta sao
d p~ra_esds
10 era aJU
ara raegproteger roupas, tapetes, pinturas e outros
E. Paulo Sichieri, R. Camm t' ./. C. Pi:.:11rri cios Santos
682

. ·
componentes rntenore s da descoloração provocada1· por
- dessa radiação .
' , , 0s
· · d e os vidros que recebe m a ap icaçao e peliculas Par
vidros 1amrna os ' , · . · mpedem - a
proteção solar apresentam essa caractcnst1ca . J as açoes do

ultpravioleta. l d em locais onde se deseja a penetração do UV devido a seus


or outro a o, , , . . D (hosp·ta·
1
h
efeitos bactericidas e de sintetização de v!tamrna is, cre~ . es, etc.),
· I devem ser proict·idas de tal !orma que possam perm1t1r que os
as Jane as J " • ct· - lar e o inte ·
vidros não se interponham entre a ra iaçao so nor, quando
necessário

21.10.2.2 Visível ..
Visível está associada à intensidade de lul natural transm1t1da, influindo
diretamente no grau de iluminação de um ambiente. A reg ião chamada
visível do espectro solar é aquela para a qual o olho humano é sensível,
resultando numa sensação de visão e de cores. A luz é, portanto, 0
instrumento através do qual se estabelece a visão, provavelmen te o mais
importante meio de comunicação do homem com seu entorno. Do ponto de
vista do conforto ambiental. é de. cjável nos ambientes a penetração dessa
radiação, não só para o bom aproveitamen to da iluminação natural, como
para suprir as necessidades humana. de contato visual com o exterior. Do
ponto de vista do consumo de energia. seu aproveitamen to limita o uso de
iluminação artificial. proporcionan do economia de energia.

21.10.2.3 Infravermelh o
Interfere diretamente nas condições internas de conforto ambiental,
através do ganho de calor, pois representa praticamente metade do espectro
solar.
O infravermelho somente se transforma em calor e, do ponto de vista do
co~forto ambiental e do consumo de energia com ar-condiciona do, deve ser
evitada a entrada dessa radiação no interior das edificações em climas
quentes.
Os ~esultados obtidos do ensaio em espectrofotôm etro para os diferentes
compnmentos de ond~ dentro de um intervalo espectral desejado resultam
em ~ gráfico, da vanação das propriedades óticas do vidro em função do
,oom.prunento de. onda da radiação, o qual expressa o comportamento
trofotométric? do _vidro. Este gráfico tem grande importância no
de especific~çao de fechamentos transparentes , pois expressa ª
do ~atenal em ter uma atuação seletiva em relação aos
ento de onda que compõem o feixe de luz incidente.
,.r,,e,,<.· . -..eciada à composição química do material, à sua

ma nal e às característica s superficiais do


lo no tipo de elementos e seus

vol e teja distribuída entre


380 nm e 780 nm. os valores entre 430 nm e 690 nm contribuem cmn
aproximadam ente 99,4% da iluminação. Por outro lado, a radiação solar
nesse intervalo é 34% do total, ou seja, se utilizarmos um elemento
transparente _qu~ seja um filtro perfeitamente seletivo, deixando passar
apenas a rad1açao entre 430 nm e 690 nm, teremos 99 ,4% da luz visível
passando com apenas 34% da energia total solar.
o gráfico de transmissão espectrofotométrica nas regiões do visível e do
infravermelh o próximo para um vidro ideal em climas quentes, portanto,
seria algo parecido com o da Figura 12. Nesse caso, o que se procura
habitualment e com relação ao conforto ambiental e ao consumo de energia
é não só uma boa transmissão da luz visível, mas também considerável
atenuação na região do infravermelh o. Estudos do comportamen to
espectrofotom étrico da maioria dos vidros produzidos no Brasil foram
efetuados por Santos (2002), Sichieri (2001) e Caram (2002).
TRANSMISSÃO {%)

100

80

60
"-- " --· ~

\ Vidro
\ Normal
40 Ideal

20

o
ULTRAV, VI SIV&L INFRA VERMELHO

Figura 12 - Curva de transmissão esperada para um vidro ideal, em regiões com clima quente, como
redutor da radiação solar (Fonte: CARAM, 1998).

fl - f - 0 absorção e transmissão
21.1 0 .2.4 Re exao, re raQa : . .d b um material transparente ou
Entretanto quando a rad1açao inci e so. re .
translúcido , ~correm basicamente os ~egurntes processos.
fl - · t rfaces entre os mews; · d
•• refração
re exao nas m e .
nas mesmas mterfaces, . devido à diferença de velocidade e
d. - os dois me10s·
propagaçãC' dara iaçao n 1 d radiação pelo material, reduzindo sua
• absorção ae uma parce a ª. . _ al·
. . d d a distr1bmçao espectr , ,,
mtens1dade e rnu an SU °
• transmissão rl· parcela restante par O a meio além do material, apos
reflexões e b rções internas.
A Figura 13 i.u )tr esses processos.
E. Paulo Sichh•ri. R Carnm e' J (' Pi • 111/1 dm San(().\
684

Figura 13 _ Propriedadi..-s óticas da luz quando incidindo sobre um material transparente (Fonte: FANDERLIK, 1983, p. ).
61

21 .102.4.1 Refração .
A velocidade com que a onda eletromagnética se propaga em um matenal transparente
é menor que a sua velocidade no vácuo, uma vez que ela depende da ~oncentração de
átomos ' íoJt'i e moléculas do material. O índice de refração a uma determinada freqüência
. .
é. então. dado pela Equação 1, onde "Ili é o índice de refração do me10 1 , e a velocidade
da radiação no vácuo, e v a velocidade no material considerado:
n, = c/v (Equação 1)

Deve-se notar que o índice de refração é função do comprimento de onda e da


freqüência da radiação incidente. Quando é adotado um valor único para o
material, ele é uma média dos valores encontrados para os diversos comprimentos
de onda da radiação incidente.
Quando passa de um meio com índice de refração nI para outro com índice de
refração diferente Th, a luz sofre uma brusca mudança de direção, em
conseqüência da mudança de velocidade do feixe. O valor dessa alteração na
direção é dado pela fónnula de Snell (Equação 2) abaixo, sendo 01 e 02 os ângulos
de incidência e de refração, respectivamente; 'Tli o índice de refração do meio l,e
1h o índice de refração do meio 2, confonne se observa na Figura 13.

~~· iatlmeito da refração, ou retardamento da onda está relacionado à


elelr6nica; logo, o tamanho do átomo ou íon c~nstituinte tem grande
• ~tud e desse fenômeno. Quanto maior o átomo ou íon, maiorª
:a velocidade e maior o índice de refração.

e transmissão
• nte à superfície de detenninado eleme~t;
intensidades das parcelas refletida \';.
· tem.os que a soma dessas
I -.J, +/ª + I,
adotarmos os percentuais em relação i. luz dei
5
n:iãncia'~ dada por R =HJ0.1,11, a absortAncia como::_ :,a-
a
!
~;ansmitânc1~ =.100.It/l, e podemos escrever que R+A+T=IOO. JJI eª
A transm1tancta pode se dar de forma direta difusa
arente es t ,
a associa. do ao .
matenaI que tem a
00 • 0
nrnnráAll.....1.- de tra
termo
tran Sp . , '-" . r-"yu----,
·ti·
~DSDJLr a
radiação v1s1vel de 1orma d1re~a, enquanto os translúcidos a transmitem de
forma difusa, e os opaco~ 1mp~dem totalmente a sua transmissão. A
magnitude .dª. p~rc~la refl~t1da vai depender da qualidade da interface, do
ângulo de .mclde~cia, da ?•ferença entre o~ índices de refração do meio do
qual a radiaçao e proveniente e do matenal sobre o qual ela incide, e do
comprimento de onda.
o coeficiente de reflexão ou refletividade de uma superfície (p), para
ângulo de incidência até aproximadamente 20º, pode ser obtido pela fórmula
de Fresnell (Equação 4) onde: p é a refletividade da superfície do material,
'll, o índice de refração do meio 1 e "'lz o índice de refração do meio 2:

p = (ni -n
2
) ' (Equação 4)
n1 +n2
Esse coeficiente pode ser calculado para outros ângulos de incidência (0 1) .
segundo a teoria de Maxwell , pela Equação 5:

para outro
dança de
- ..!_ sen 2(81 -82)
2
[1 cos2 (01 + 02)]
2
(Equação 5)
P-2 .sen (01+0 2} + cos (81 - 02 )
valor dessa
Após ter uma parcela refletida na primeira interface. o feixe, passa_a ter uma
sendo 01 e atenuação ao longo da espessura, devi?º à absorção. que e~ta relacionada ao
de refração coeficiente de a bsorção característico de cada ~atenal_ e para cada
1
a Figura ·3 comprimento de onda. A transmissi vidade (T J esta_ relacionada e~se !
coeficiente pela lei de Beer ou de Bouguer (Equaçao 6). onde I e_ a
transmissividade, a a absortividade, a o coeficie~t~ d~ absorção do ?1atenal
(m ), L a espessura da chapa (m), e L/cos0 2 a d1stanc1a real percornda pelo
1

raio.
, rela~
a esta.
d ' ·w1nte tel1l
- aL / cos 0
rração,
constt
o átoJ110 ou
fon
A 1.
't'

· -
=e 2 e

diferentes interfaces e ao longo do


a=l-T (Equação 6)

.cpct1çao desses processos nas d eflexão absorção e transmissão,


lllatenaJ resulta nas diversas parcelas e r mida ~umericamente. segundo
~~ma série succ"siva que p~de /e~ res~ onde R é a refletáncia, T a
t/coJa~ "( 1995) , pelas Eq u~ço~s , e '
ansm1tancia, e. . é a absortanc1a:
1 • , • determinada aJl'lOW'3. etJCflWUO a terminação
4 A tcnn111·w·' .. . • fstica associada a uma
''itlndc". 'T''º ant111 nd1ta uniu cunicter · • 'ais que a compõem.
•nd1ca unu1 t·ai, • l lt li fí'iicu associada aos maten .
686 E. Paulo Sichieri, R. Coram e J. C. Pi~ 1111i dos St111to,\

r
<1 - p .-r:
R = p . 1+ l - p 2:r 2
2
]

A = .(1-
. ;. __ p_Xl_- _-r:)
1- p.-r:

o Quadro 10 apresenta valores de índice de re fração~ L'llL'fit·ic~lte de ab'orção


para diferentes cores de vidros planos. Esses vnlor~s toram ~)l t1tios a~vé de
resultados de refletância e transmitância calculados a partir de nsaio- em
cspectrofotômetro. Nesse cálculo , foi realiL~ldt~ a pot~<.kt:1\'ão do, •alore
7
encontrados de acordo com a intensidade da rad1açao solnr 1nnd 'Hl ~ no, dl\ers
comprimentos de onda, considerando o espectro solar dado pnr ..\ST l G l T'-03
(ASTM 2008).
Quadro IO - fndice de refração e coeficiente de absorção pnm <lifor~nh..·, l'llt\.'l> lk , idl\\., h\•ut' ;\ mdia -:.'io, 131'
(Fonte: SANTOS, 2002).

lndlce de refraçã·o . ! Coef. de absorção Coef.


Cor do vidro base 1 de absorção
(nJ Totai (at = m·1)
- Vlslv el (avls = m·1)
1

Incolor 1,62 19,8


Verde 1,62 100,0
Bronze
Cinza-fumê
1,62
1,62 - 102,0
124,0
;à~~
95.º
114.3
Azul 1,62
------ 154,0 Q8.0

21.10.3 Influência do ângulo de incidência nas cara(·tt•rístic·t1s âtifc1s dos


vidros
)tico do raio e, p<>rtanto, conforme Figura 1
~aterial (~2), .~1s ~ótico= Ucos8 2• No entanto ~
~une-"ulo de'dinc1denc1a
. 1 (8 1), devido à relaça-
. ' ~ -
o llt=aéll8 ,u..... 2 2 8
*_.,
imen.w
, os v1 ros mco ores mais comuns pod J'&M.08 • ~
~ ir a 90". 0, varia de O" a 41,8º. o
1111
fato : ':f
,or depender de q2, vana menos acentuadamente que oposto
a
:r
obseivar que, enquanto Qia
rdlexão que ocorre na .segunda interface, no O tem uma grande ínfhleocía aa
p . ao. da incidencía ' que'
lde vidros que possuem a camada refletiva n ti . nmerrareflexão nocaso
A consideração da influência do ,. ª 1ace mte.ma. '
, . ,. d . angu o de m 'd" .
t·aractcnst1cas ot1cas e diferentes tipos vidros é bas ci enc1a .no valor das
comportamento dos mesmos, pois os vidro tante necessária na análise do
a tuna incidência normal. s raramente recebem a radiação solar
A Figura 14 apresenta a variação de T R A O
,.
diferentes espessuras de vidro plano com'um~ c1om angulo de incidência para
· mco or. Dados sob ·
\ldros podem ser encontrados no trabalho de Santos (2002). re outros tipos de

1 oo VIDRO COMUM INCOLOR. 3mm (01) 5mm (02) • 8 mm (03)

~ 80 -f==~~==i==-=::~::;;:..:::
E
T 60
A -R
- T!5mm
G -A
E 40
-R
M

20
_,.remm
-

'.%)
o
o 20 40 60 80 100

ÂNGULO DA INCIDÊNCIA
Figurn 14 Variação das características óticas do vidro plano comum incolor com o ângulo de incidêm.1.li
(Fonte: SANTOS, 2002, p. 162).

21 .11 Relação do conforto visual e térmico com as características óticas


dos vidros
Dentro do conjunto do envelope da edificação, as superfícies transparentes
~orno o. vidro são as que de maiores cuidados necessitam. Os avançoi; na
decnologia de produção dos vidros float e seus tratamentos ocorrem devido a
d?manda cada vez maior por parte dos projetistas, de produtos que satisfaçam~
d~versas e~igências hum~nas. Dentre as ~xigê~cia~, destacam-se:_~ n~s~ídadc
comunicação com mundo externo, a 1lurmnaçao natural , a mrn1m1zaçac> dt)';
O
i~nhos de calor no período quente, a permissão da entrada do calor no perfrxJ,,
'externa
.º· a renovação de ar para respiração e ventilação e o cuidado na aparéuda1
co e e ·interna do edifício. Algumas dessas fu nçoes - an ta~onicas
- sao " · entre ' ,
mo nos casos cr. que se deseja um baixo ganho de calor solar Juntamente com

e
688 E. Paulo Sichieri, R. Caram e J . C. Piu.utti dos Santos

uma grande disponibilidade de luz natural. Assim, encontrar ~ balanço ótimo


escolha de uma superfície transparente é uma tarefa_ que ... Ju_ntamente cornna
grande variedade de tipos ~e materiais tr~spar~ntes dispornve1s aos projetistas~
aumentou muito a complexidade da espec1ficaçao.

21.11.1 Mecanismos de transferência de calor e luz através dos vidros

Quando temos a incidência da radiação direta e difusa sobre a vedação


transparente, conforme Figura 15, a quantidade total de calor ganho pelo
ambiente através dessa superfície inclui: a parcela da radiação solar transmitida
diretamente através do elemento~ as parcelas dessas radiações que são ab orvidas
e re-irradiadas para o interior, e uma parcela que é transferida por condução
através do anteparo devido à diferença de temperatura entre o meio externo e 0
interno. Quando não temos radiação incidente, as trocas térmicas re umem-se a
esta última parcela e envolvem apenas a transmitâncía térmica do vidro. A
quantidade de luz natural admitida está associada ao percentual de radiação
dentro do espectro visível que é transmitida para o interior.

RADIAÇÃO
DIRETA

10 7D RADIAÇÃO DIRETA
TRANSMITIDA

OANHOOE
CALOR
SOLAR

OANHOOI
CALOR

- to -
11
GANHO DI CALOR
(lo.,,,
POR CONDUÇÃO
u
TOTAL

Figma 15 - Processos de ganhos de calor


através da superfície transparente
(Fome: LIM et ai., 1979, p. 228 - adaptada).
crn um valor numérico de mai f4ci1
solnr ara cálculo analítico, como para an
1: ntt~ Se materiais transparentes, abertura e'-Na'
1
11 pos 111aima

., 1 11 ,2. I Resistência ténnica total {Rt) e tran mitan i •"-


- ANBR 15220-1 (ABNT, 2005) define Rei ten . "'uni a {U)
1ntório do conjunto de resistências térmicas corr:•a T nnl a d
tal como o
~~:~
1
~,ic 111cnto ou componente, incluindo as resi ten~in88
nterfl às .c~adaa de
. ,1•11,1 Pode ser escrita pela Equação 13 sendo 1 supeti ,cia11, an ma e
1
ex l: , • • • , " , o coo 1 ·1 nt d troe
uix'rficiais externo, l,i o coeficiente de trocas superficin'al.! i'nt as
sdu 1 1 1 · 1 ,\ · d · . n
calllU( a, e ma ena , e , a con ut1v1dade térmica do mnt rinl .
rno, eI n Kpessura
1 1 '\" ei l
Rt - - = - + LJ - + -
U h,. Âi h; ( E,1 uuçilo 13)
Atrnnsmitância térmica é o inverso da resistência térmicn totul ou l J I/Rt e
quantifica a capacidade .de t,ransf~rê~ci~ de calor atmvcs dl•ssc 11;nlcrinl. Quun'to
tlll't10r o valor de U, maIOr e a res1~tencm do anteparo à pussngcm do ,.:ulor.
Deve-se observar que, caso ex1sta"!1 câmaras intcrmcdiiírins de ur ou guscs
irlL'rtcs, estas devem ser tratadas especificamente. de al·ordo l'Olll n <.'sp~ssuru du
cfünara, com a natureza dos materiais que compõem as suas su1x·rftd •s , l'om a
direção do fluxo de calor, pois, nesse caso, as trol'as 1cr111il'11s l'llll'l' us faces
opostas da câmara ocorrem basicamente por rndia\·ao l' l'OllVl't\'Uo. A NBR
15220-2 (ABNT, 2005) apresenta valores a serem usados lll'SSl' l'llso.
Um baixo valor de Ué a propriedade mais importanll· dL' u11111 j1111l'111 l'lll •lima
frio, no qual se desejam evitar as perdas do calor do amhiL'llll' inll'rno. Nl'SSl'
rnso, o calor interno chega ao vidro por radia,,_'àú dl' i11frm L'rnwlho longo ou por
1

rnnvccção do ar interno e, uma vez absorvidú pl'lo vidro , sumL'llk ,·011:-;L·~·.11 ·


pnssnr para o ambiente externo por condução atnl\'l's das L'1111111das do vidm.
Pnra locais com clima predominante qucnll'. no L'11t1111to , 11 n•thr,·:10 dos
ganhos de calor por radiação solar. no períodt~ qu.L'lllt' IL'tll ~1111101: i111p\11 t:111L·ia
lJlll' ns perdas de calor no período fno. Tem mnror 1mport1111L·111 o 1•11tor Solar do
l'll'mcnto, o qual engloba o valor de u. cm SL'll cnk11lo, ,l'rn110 st·111 visto
J)OSlcriormcnte. Q valor de À para O matennl que L'ún1plW l) \'ldto I llllll l'S(a l'III
torno de 0,8 W/mK a 1 W/mK. Os valores de 1\. ~ Ili dl' Pt'l\dt•111 d11 n ·ltll·1tl:tdl·
do VL-'n to e ela emissividade da camada supcrfidnl do , idrn , O~ , nlnll'S ,h•:;11t·~
t'Ol'l'k:icntes são apresentados por Santos (200 2),
21,l l .2 .2 Fator de Calor Solar (FS)
,. , . ,
O •1··110
1 ·1 te1 cn lor so lar e, . def'rn1·do pela' NBR 15.?:0 . 1 ( .
.\HN
,, 1, Oll,)
. ,, 1 0111n n

llllnl'1entc d· t· c.l • d' - solar diretamente t1t1mm11t1d11 111111\1 ~ dn , 1d10,


,e,,te d IIH1is '11) ''1 ,1xn e ,a iaçao ·1·da pa1·a o 'interior 1wl, t;1,.1101111 d~· i.1d1:h.,:h1
fi . · , urcc a ·1b · · ·d e re-em1 1 ' ' ' ,

''" 11\l
.
nb
·idl'nt L

1'·ltll11<,;i'io , so
1
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'
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' t , on,k l é a parce1a tran
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e n seg111ul
1111f11ln
I p ll ll'l'
1
I• i'\ l1h'": " pi'!.,
,1 ,. ,, p,•1, ,·11111:1
1

sorvido que e r ,, radiado para o interior.


E. Paulo Sichieri. R. Coram e J. C. Pi::;t11i dos Santos
690

FS = T+UAlhe (bquação 14)

Os oanhos de calor através dos materiais transparentes constitu ~1!1 <-ic_numa das
arcel~ mais significativas no cálculo dos ganhos de calo~ das cdtf ,caçoes? sendo
~e 2Tande importância sua determinação para os procedimentos de ~nálisc das

condições de conforto térmico de ambientes. Es~e cáJcul? c~volvc intensidade
da radiação solar incidente. o ângulo de incidência ~a rad1açao e~> J.. ator de Calor
Solar (FS) do vidro para o ângulo de incidência no rnsta~te ~o. nsi?cra
. do.
Embora o valor de FS seja variável com o ângulo de inc1dcnc1a, os catálogos
dos fabricantes fornecem apenas valore para a incidência normal , com condições
climáticas, posição do sol e valore de l1e e h padronizados e temperaturas
1

externas e internas iguai . O valore as im obtidos podem ser adotados como um


valor inicial de comparação. ou para cálculos em que as condições são próximas
dessas, pois. em geral. as condiçõe reai de utilização são bastante diferenciadas,
necessitando de um refinamento maior na obtenção do fator.
O modo de variação de FS com o ângulo foi obtido para diferentes grupos de
materiais por Santo t200:! ,. Santo et al. (2003) desenvolveram equação que
expressa a variação do valor de FS para um material de referênc ia que pode ser
utilizado para cákulo do ganho ~de calor.

21.1123 Coeficiente de Sombreamento (CS)


O Coeficiente de Sombreamento é definido como a relação entre o ganho total
de radiação solar. tanto por tran mi ·ão como por absorção e rc-emissão, de uma
abertura externa ou combinação de abertura e proteção solar qualquer, sob
detenninado conjunto de condiçõe ambientais e de incidênc.:ia da radiação solar,
e uma abertura de referencia composta de vidro simples de 3 mm incolor, sob as
mesmas condições. Pode-se. ainda. definir o CS como a relação entre o fator solar
de uma superfície ttansparente qualquer e o de um vidro 3 mm incolor de
referênci~ para condições padronizadas de ver;io, adotado como 0,87.
AASHRAE (1997) define CS apenas como o multiplicador que ajusta o valor
do ganho solar do vidro incolor com o dos vidros coloridos, limitamJo seu uso a
~caso .Cita q~~ para vidros múltiplo ou com camada superfic ial, o uso de CS
7 ' ~ 7 poIS com a ariação do ângulo de incidência, o CS varia.
J t .2.5 _Relação de Seletivi~ LU7{Calor (SlC)
21 rn clonas
E quentes, os proJetistas tem ~ ..a...,._
, .
ue deixem entrar" o maximo de luz com O mín.
~ecessidade de param~tros que relacionem ~
Harriman (1992) cita o Coolness fndex (CI)
- ---.uaue de ~ - - .
- a -u n;;aa~
calor. Por 1
os. .
do::: h6

e ndo definido como o quociente entre a tran qullll~tân


A
~ d re lact?namento
S . d b d d . Cla a 1UZ VI f l
oeficiente e som reamento e etemunada superfíi .
cmaior o Coolness Index, mais seletiva é a vedaça-0 trancie trantparente. Qu~toà
· ,.. · d l · , l d . paren e com re1a o
rransrrutancia a uz. v1s1ve em etrimento do calor.
Deve-se tomar cuidado com a utilização desse fator poi em ai
· d l - d , , gun e • um
alto CI pode _vir are açao e uma transmissão baixa no vi ível com um ainda
rnen~r c?efic1ente de so~bre~ento . Logo, o fato de um material po uir alto C/
não significa que transmita mmta luz. mas que transmite proporcionalmente mai
luz que calor. Observa-se que um material que tenha CI = I pode ter tanto T,· = 10
e FCS = 10, como Tv = 85 e FCS = 85.
Santos et al. (2003) utilizam a Relação de Seletividade Luz/calor (SLC) para
expressar essa relação. A relação SLC é apresentada sem que ejam apresentado:
os resultados da divisão, com os valores de Tv e FCS. Ne e caso. a SLC.
aparecendo separadamente, aponta mais claramente a realidade do
comportamento do elemento. A apresentação da relação de seletividade
Luz/Calor abertamente fornece uma visão mais apropriada do que é necessário
ser levado em consideração. No caso anterior. por exemplo. o primeiro teria LC
= 10/10, e o outro 85/85, o que é de maior utilidade e facilidade de análise.

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692

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NIJR 9-'')K: \ldn,, d1• -.c1111n1t1','11 lfn,111111h• 11h1·11,n11 1{111 111 J11111'11" \IIN 1, l'lllh
NBR 941>4): \'ldn,, d1• w11m·1111'i11 11·11,11111111' n •,1,1 ndn 1111111111'111p1•111h1111 Rlt• 1k lnwhu \IIN 1 111111 •
NDR 9501: \'ldn1, de \l'Allrn111;11 1111\11111 th• 1 nclhl\'lln 1{111 d1 11111111!,1 \IIN'I Jlllllt
NDR 9502: Vldnl\ de WJIUl'1tll','II lkh 1·111h111\'1ln 1111",,1,1~111·1111'\ 11111hh11h• 1(111111 li1111•h11 \II N I IIJMI,
1

NIIR 9503: Vidro, de wg11r1t11','II lll'l\'1·11111111','iln 1111 li 1111,1111"1111 11111111111,11 l~h 1 ih 111111•11 11 \ IIN I 11111/,

==
- - -· . NIIR 95()4: Vidros de w11urn11i:11 - ll\•knnlmu;nu dn 1ll\l111\'n111\ptlrn " h1 dr l1111l'l11 1 \II N I flllll,
NDR 120<17: Vidro 11111110 - Dcl1 rml1111','1l111h1 n•,1,t 111'111i1h11\'l\11 1111 l11•,ll11 1(1111h li1111•h11 \II N 1, '1111 1
1

NBR 14697: Vldm Lomlnudo Río dl'.11111t•in1: \IIN 1, 'tlOI


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