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conflito militar de 1500 a 2000. Lisboa: Publicações Europa-América, 1997, pp. 320-337
(“A ordem internacional no pós guerra”)
Trabalho de análise crítica de leitura da disciplina de História das Relações Internacionais II –
História Contemporânea, do curso de Relações Internacionais da Universidade Federal de São
Paulo, elaborado durante o segundo semestre de 2018 sob orientação do Prof. Dr. Rodrigo
Medina Zagni.
Em sua obra, Paul Kennedy, coloca sobre panorama central a ordem internacional no
pós-guerra. As maiores transformações dão-se com o surgimento de diversas nações, antes
pertencentes a impérios, como o caso da Hungria. Outro fator de relevância que o autor coloca
em análise é punição alemã com sua desmilitarização e captação de alguns de seus territórios.
Ademais, Kennedy analisa as legitimações de 1919 para um acordo de paz em uma Europa
Ocidental em turbulência.
A constatação das organizações de equilíbrio de poder destaca que o poder internacional
se construiu em eurocêntrico com ascensão do Reino Unido e da França em posições de
comando. Os Estados Unidos da América decretaram sua saída da Liga das Nações, qual
Kennedy ressalta a mudança da postura americana depois da década de 1920 como um
“isolacionismo diplomático”, 2e um quadro de estabilidade internacional constrói-se com as
novas ascensões alicerçadas pela Conferência de Washington.
Assim, os quatro anos de guerra haviam desestabilizado o sistema internacional, apesar
da superficial visão de um quadro devidamente estabilizado3. O autor mostra essa contradição
com o passar do texto e demonstra a fragilidade das mudanças observadas. Os fatores que
destacam a desestabilização são econômicos, devido perdas populacionais em conflitos, a
“exclusão” da Rússia, o que levou a dificuldades para o povo e a queda no setor de produção
industrial.
1
Em relação aos Estados Unidos já se previa uma ultrapassagem da produção deste país
em relação à Europa4, sendo que a guerra apenas adiantou esse processo com a oportunidade
de ser um foco para as produções e importações europeias. Vale ressaltar que o autor coloca em
sua análise que em paralelo a desordem da Europa, as Américas, Japão e Índia comemoravam
sua tendência de expansão industrial.
Uma das medidas e transformações encaminhadas com a guerra foi a necessidade de
segurança financeira, caso haja novos conflitos. Os empréstimos tornaram-se a saída, embora
este fato tenha gerado consequências econômicas péssimas com o endividamento público,
desvalorização da moeda e alta dos preços.
4 Ibid., p. 329.
5 Ibid., p. 329.
6 Ibid., p. 330.