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A relação entre a arquitetura e as artes no pós-modernismo: evolução no contexto português

Carolina Varela | Teoria 1 | Turma 4 | Grupo 1 | 2017/2018 | Exercício 2

“Não é possível entender a evolução da arquitetura e do urbanismo moderno sem levar em


conta as suas contínuas relações com a arte. A admiração que a arquitetura teve pelas
experiências artísticas é constante e crescente.”1

Introdução

Ao longo do século XX a forma de ver, pensar e fazer arquitetura sofreu grandes alterações, passando
pelo período moderno, que pretendia contrariar os ecletismos e afastar-se das normas clássicas,
procurando refletir os pensamentos e ações do homem através da arquitetura. No entanto, entre 1940 e
1970 a busca constante do homem pela originalidade e pela novidade dá origem a uma crise, que acaba
por se refletir num novo movimento: o pós-modernismo. Progressivamente, o racionalismo associado ao
projeto moderno é substituído pela abstração e uma liberdade artística e formal ausente de valores. Esta
mudança radical no pensamento do arquiteto reflete-se claramente na sua forma de fazer (e diria mesmo
sentir) a arquitetura, mas o movimento neovanguardista nota-se também em outras áreas artísticas,
nomeadamente a pintura, a escultura, a música, a literatura, e até mesmo no cinema e na fotografia.
No desenvolvimento deste ensaio, proposto no âmbito da disciplina de Teoria 1, eu pretendo focar-me nas
primeiras áreas referidas: a pintura e escultura, e a sua relação arquitetura. Porque razão é que uma
alteração no pensamento moderno referente à arquitetura implica uma igual mudança em outras áreas
ligadas às artes? Em que medida é que é possível estabelecer uma relação entre as mesmas, tendo em
conta que acompanham a mesma linha de pensamento ao longo dos séculos, atuando como um só, apesar
de abrangerem objetos de estudo distintos?
Analisando estas questões a nível nacional e internacional, mediante a exemplificação de casos concretos
e através da análise da obra de alguns arquitetos e teóricos portugueses e internacionais do período em
questão, procuro responder às questões anteriormente colocadas, percebendo de que forma é que será
possível estabelecer uma ligação entre as áreas referidas, ou em que medida estas estarão relacionadas.

Enquadramento do pensamento teórico no período pós-moderno

O Pós-Modernismo é um movimento arquitetónico desenvolvido a partir dos anos 60, sobretudo


na Europa e nos Estados Unidos da América, em reação ao Modernismo e aos seus ideais
racionalistas e funcionalistas – exemplo destes princípios é Bauhaus, por ser um dos maiores
símbolos do Modernismo no Design e na Arquitetura.
O Pós-modernismo tem como intenção incorporar o simbólico ao formal, funcional e técnico,
influenciando-se por aspetos visuais e cenográficos, voltando a usar eixos, que criam relações
abstratas na construção de plantas e volumes. Por essa razão, pode-se afirmar que o desejo de
comunicação formal inscrito na arquitetura pós-modernista tem um objetivo formal. Assim, os
elementos desta arquitetura definem-se como híbridos, em vez de puros, sendo, deste modo,
conseguida uma vitalidade variada em vez de uma unidade óbvia.

1
MONTANER, Josep Maria, A Modernidade Superada: ensaios sobre a arquitetura contemporânea, Barcelona:
Editora Gustavo Gili, 2014 (2ªed), p. 121

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Face ao Modernismo, o Pós-Modernismo apresenta uma aparente superioridade moral. Dir-se-ia


que é exatamente no desempenho objetual e iconográfico que a arquitetura atinge a sua
moralidade, isto é, passa justamente a pertencer às pessoas. O pós-modernismo é um
alargamento da experiência do modernismo face à vivência do espaço. Relativamente ao
Modernismo, a desconfiança na espontaneidade humana, nos seus motivos, impulsos e
inclinação foi substituída pela desconfiança na razão calculista e sem emoções.
No que concerne ao sistema de pensamento arquitetónico pós-modernista, este consistiu em três
subposturas, nomeadamente um postura consensualista, reformista e crítica negativa. A primeira
postura baseava-se numa crença na capacidade transformadora do mundo industrial, tendo
presente uma linguagem preocupada com o lugar. Contudo, a dimensão social provocou uma
evolução para o domínio de uma postura dos “situados”, com o objetivo de superar as
deficiências culturais, caraterizada com uma opressão ao capitalismo, homogeneização do estilo
internacional e preocupação pela liberdade individual. Na verdade, é interessante ver como o
papel da disciplina da arquitetura joga na sociedade do século XX. Isto levou a que, mais tarde,
existisse uma evolução para preocupações não consensualistas, face a uma nova cultura urbana
de massas.
Esta atitude refletiu-se na ação de vários grupos de vanguardas experimentais dos anos 60 e 70 -
entre eles, os Franceses (Friedman), os Ingleses (Archigram), os Austríacos (Goop Himmelblan
e Walter Pischler), os Italianos (Aldo Rossi, Tafuri e Archozoom Associati) e os Japoneses
(Kurokawa) - , que deram aso a ideologias Anti-Modernistas, tais como: o Estalinismo, o
Neoclássico, o Neoempiricismo Inglês e o Neoracionalismo Italiano.
Na fase inicial do movimento (anos 60), sente-se um radicalismo associado à arquitetura
orgânica; esta fase é marcada pelas ideias utópicas, pela rutura com o passado – o Modernismo -
pelo aparecimento de novos valores, pelo nascer do consumismo (“cultura de massas”, rock,
cinema, BD, televisão), pelo desenvolvimento tecnológico – High Tech - , pelo Zeitgest -
“boom" económico e expansão da comunicação - , pelas revoluções ecológicas, computacionais
e científicas/tecnológicas, pelo abandono das ideologias ortodoxas e pelo otimismo tecnológico.
Numa segunda fase (anos 70), o movimento pós-modernista vê-se definido pelo interesse pela
ecologia, pela sustentabilidade e pelo eco urbanismo. Assim surge a crítica ao modelo
civilizacional urbano e a consciência ecológica. A crescente atenção e consideração pelo
ambiente é impulsionadora da criação de um conceito de Arquitetura Verde e Sustentável,
guiado por um Utopismo Mega estrutural. Esta década é, também, marcada pelo testemunho de
grandes personagens n a Arquitetura. Entre eles Drexel, Banham e Maki, no contexto
internacional, e Álvaro Siza, Eduardo Souto Moura, Tomás Taveira, entre outros, no contexto
nacional.
Para nomear a arquitetura pós-modernista é, portanto, necessário referir nomes como Aldo
Rossi (Milão, 1931-Milão, 1997) e Oswald Mathias Ungers (Kaisersesch, 1926-Colónia, 2007),
na Europa; e Charles Willard Moore (Michigan, 1925-Texas, 1993) e Robert Charles Venturi
(Filadelfia, 1925-), nos Estados Unidos da América. Como conceitos arquitetónicos pós-
modernistas, temos obras como Casa Aurora (Aldo Rossi, Turim, 1987), Messe Torhaus
(Oswald M. Ungers, Frankfurt, 1985), Hood Museum of Art (Charles W. Moore, Hanover,
1985) e Casa Van Venturi (Robert C. Venturi, Filadelfia, 1964).

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Podemos dizer, por fim, que a Arquitetura Pós-Moderna está associada a um ativismo crítico;
este que surge de mutações culturais, tecnológicas e ecológicas, da exploração espacial, da
introdução da High Tech ao mundo e da necessidade social de superar as falhas que o
Modernismo apresentava.

II

A arquitetura e as artes no pós-modernismo

Após a Segunda Guerra Mundial, nos finais dos anos 60, a arquitetura moderna começa a sofrer
críticas à sua homogeneidade e standartização que a tornavam monótona, e imparcial (ou
indiferente) às diferenças de lugar. O excesso de racionalismo adotado no período moderno,
levou a que a arquitetura que era feita fosse talvez demasiado independente do espaço
envolvente, o que começava a criar descontentamento, especialmente entre teóricos e arquitetos.
Para combater essa monotonia, como referido anteriormente, entre 1960 e 1970 surgem os
primeiros indícios de ‘combate’ aos princípios modernistas: o pós-modernismo.

As ideologias modernistas são abandonadas, e começa a dar-se mais importância ao contexto, à


história e à pré-existência dos espaços, ao invés de destruir e ‘começar do zero’. O arquiteto
contemporâneo demonstra uma preocupação muito maior na interação com o público, constrói
uma arquitetura mais humanista. Princípios como o individualismo, a multiplicidade e
diversidade de estilos, bem como a combinação dos mesmos são algumas das características que
marcam este novo período, que é também muito marcado pela liberdade artística e formal,
ausente de valores, que demonstra uma espontaneidade que não se via no modernismo. A forma
‘ganha terreno’ relativamente à função – que toma uma posição muito mais secundária ao longo
deste período.

Como podemos ler no artigo A composição arquitetónica e a construção industrializada escrito


por Georges Blachére, há uma unanimidade de opinião relativamente à necessidade da
industrialização, tanto em países de nível económico mais elevado como em regiões em vias de
desenvolvimento. No entanto, Blachére reforça que ‘a industrialização não está incluída nas
dificuldades atuais da arquitetura’, partindo do princípio que a arquitetura não estará
diretamente ligada à industrialização de que tanto se falava, pondo assim de parte a justificação
de que o estado da arquitetura da época se devesse a esta necessidade, mas sim à falta de
dinheiro ou mesmo de imaginação.

Este último ponto leva-nos a falar num outro artigo: A criatividade, escrito pelo professor de
Física Teórica no Birbeck College da Universidade de Londres, David Bohm. Pelo título
percebemos à partida a relação que se estabelece entre ambos os artigos, no entanto, David
Bohm, como cientista que é – ainda que à partida seja estranho um cientista escrever para uma
revista de arquitetura -, reflete sobre os problemas criativos que serão comuns entre as duas
profissões. Uma frase que li e que me parece que dá início ao artigo da melhor forma, é a sua
humildade ao admitir que a criatividade não é algo que se possa definir por meio de palavras – o
que levanta logo a questão: então sobre o que iremos ler? Mas somos surpreendidos pela sua
abordagem ao assunto – pondo o artista e o cientista no mesmo patamar, Bohm alerta-nos para o
facto de que tanto um como o outro sofrerem de momentos de incerteza, e por vezes medo (de
errar) relativamente aos seus trabalhos. Uma coisa é certa, qualquer que seja a área de estudo ou
trabalho de cada um, nunca devemos temer errar, porque é precisamente o erro que nos faz
crescer.

Talvez este último tema não pareça, à partida, relacionar-se com o assunto em questão, mas se

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adotarmos uma perspetiva diferente em relação ao objeto de estudo, podemos justificar a radical
mudança e evolução de pensamento do homem ao longo do século XX com o erro. O pós-
modernismo surge como oposição ao movimento moderno, que consecutivamente veio quebrar
com as regras adotadas no período anterior. O que nos permite falar de vários períodos
arquitetónicos ou artísticos é justamente o erro, e a tentativa de o corrigir, a procura incessante
pela perfeição que acaba por se revelar inatingível porque há-de aparecer sempre alguém com
novas ideias ou ideais, que na altura se julgam mais corretos que os anteriores.

Agora que já percebemos o contexto em que estamos inseridos, podemos finalmente falar do
assunto no qual incide este ensaio: as artes integradas – pintura, escultura e arquitetura. Mas
serão as artes integradas umas nas outras? A pintura e a escultura integradas na arquitetura? O
escultor António Alfredo, esclarece-nos minimamente acerca deste assunto, num artigo
intitulado A arte integrada. A posição destas três áreas sofreu alterações ao longo dos anos,
tendo começado como uma só, e sendo cada vez mais focada num único objeto de estudo
específico na atualidade. O arquiteto acaba por ser o ‘personagem’ que tem de dominar
minimamente todas as áreas, conjugando-as da melhor forma possível na sua arquitetura.

Imaginação, criatividade, hiper-realismo, individualismo, crítica e intertextualidade. São estas as


palavras-chave para fazer boa arquitetura no pós-modernismo, a qual parecia andar um pouco
perdida. Em Portugal, que estava um pouco atrasado relativamente a outros países da Europa e
do Mundo, precisávamos de trabalhar mais e melhor, todos na mesma direção para conquistar a
nossa individualidade e acompanhar aquela que era a atualidade no estrangeiro. Arquitetos
como Eduardo Souto Moura, Álvaro Siza Viera, Viana de Lima e Paulo Mendes da Rocha, são
alguns personagens importantes neste período.

Confluências entre arte e arquitetura

“A pintura e a escultura são a consciência do homem, são formas de conhecimento inteligente,


são a pesquisa das relações do nosso psiquismo com o Universo”2

O arquiteto pós-moderno assume-se como transformador do espaço e da própria sociedade,


sendo que esta acaba por ser um reflexo do espaço que habita. Através de uma espontaneidade e
liberdade artística típica do neovanguardismo, pretende-se criar uma fusão entre a vida
quotidiana e a arte. As vanguardas artísticas e arquitetónicas destacam-se por princípios formais
tais como: a falta de hierarquia e centralidade, a abstração, uma reação contra a tradição, o uso
de malhas geométricas, o recurso à colagem, a busca de formas dinâmicas e transparentes, etc.

A vontade de rutura dos códigos e convenções previamente estabelecidos no mundo das artes e
da arquitetura acaba por se revelar um dos principais obstáculos ao enraizamento das
vanguardas na sociedade, que rejeita esta proposta devido à sua ‘hostilidade para com o público.
Aldo Rossi e Robert Venturi, dois arquitetos muito importantes desta altura, tentam reconstruir
um elo comunicativo entre a arquitetura e a coletividade através das memórias e de linguagens
convencionais, respetivamente. Peter Eisenman é outro arquiteto que defende os novos
caminhos vanguardistas.

A exclusão é substituída pela inclusão, a ordem pela fragmentação, assume-se uma posição
antifuncionalista. Peter Einsman e Rem Koolhaas são exemplos de abstração, ao acompanharem

2
ALFREDO, António, s.a. junho de 1964, “Acerca da arte integrada”, p.15

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os seus projetos com textos – o que não era muito comum anteriormente. As casas de Frank O.
Gehry (imagem 1) são um excelente exemplo de uma arquitetura contemporânea, e uma prova
viva em como a artes (neste caso a escultura) podem e devem viver em conformidade com a
arquitetura, dado que ele recorre a formas muito pouco convencionais, consideradas
escultóricas, na resolução dos seus projetos – apresentando uma estrutura labiríntica do
inconsciente. Esta é uma prova em como o espírito vanguardista é consubstancial ao ser humano
contemporâneo e em como, apesar das crises reais da modernidade, voltam a ressurgir
estratégias inovadoras.

Incidindo concretamente no assunto que nos trouxe aqui, falemos então na relação entre as artes
e a arquitetura: quando se concebe uma obra arquitetónica, intervém o arquiteto, o pintor e o
escultor, como uma só consciência - o que já se via muito no século XV. De que forma é que
isto acontece? Simples. Se confrontarmos simultaneamente as três áreas, chegaremos à
conclusão que o pintor imagina a luz de um espaço proposto (em tela), o escultor cria uma
espacialidade em uma determinada volumetria, e o arquiteto reestrutura o espaço, conjugando
essa volumetria com a luz-sombra de forma organizada, tentando exprimir uma certa beleza.
Aqui nenhuma delas se apresenta como um ato isolado, mas como um conjunto –
provavelmente é por isso que vemos muitos arquitetos serem pintores ou escultores, e vice-
versa.

Em noções espaciais, os três também se encontram: um pintor pinta uma tela com determinadas
dimensões, e respetivo grau de pormenor, e se aumentar ou diminuir a escala isso vai ter
consequências na sua obra. Um escultor pode conceber obras singulares concretas – como a
figura humana – ou pode optar por criar uma espacialidade que se aproxima à arquitetura, e que
também sofre alterações se o espaço em si for alterado, porque é uma obra que estabelece
relações entre o espaço interno/externo, e o objeto/homem. Um exemplo muito claro disso são
as obras do escultor Richard Serra (imagem 2). Autores como John Hejduk ou Adolfo Natalini
misturam poesia, pintura e arquitetura; a estética pitoresca (desenvolvida na Inglaterra e na
Holanda) é inspirada na pintura proveniente do classicismo francês; as composições dos jardins
desenhados por William Kent, Horace Walpole e Henry Hoare (entre outros), tentam recriar as
paisagens de Nicolas Poussin e de Claude Le Lorrain.; Le Corbusier, na Ville Radieuse
(imagem 3), reflete o desmembramento das partes dos objetos levados a cabo pelo purismo e
pelo cubismo.

O pós-modernismo em Portugal

Em Portugal estes ideais também eram sentidos, e apesar de ser um país mais pequeno isso não
se refletiu na arquitetura. Na Escola do Porto, maioritariamente, formaram-se grandes arquitetos
que acabaram por ser reconhecidos internacionalmente, nomeadamente Siza Vieira e Souto
Mouro, bem como Paulo Mendes da Rocha, que apresenta uma obra igualmente minimalista e
contida. Ambos assumem a materialidade e a extrema unidade como valores máximos,
renunciando a tudo o que seja secundário em primazia do essencial, restringindo-se às ideias
básicas, recorrendo à presença e textura de malhas geométricas simples, numa arquitetura que
fala por si, demonstrando uma grande qualidade.

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III

Conclusão

A pintura e a escultura, a literatura, a música e a arquitetura apresentam diversas relações ao


longo da história, no entanto, no século XX observamos um aumento dessas relações, as quais
potencializam mais debates e um conhecimento mais aprofundado entre as diferentes formas de
arte. A escultura tem o seu caráter discursivo na pintura, e tem da arquitetura a propriedade de
definir um espaço.

Parece-me possível afirmar que as artes se manifestam na arquitetura em vários níveis, e em


alguns casos trabalham em conjunto para atingir um fim, ao invés de se apresentarem como
áreas de estudo destintas, como tem vindo a acontecer com o passar dos anos. Apesar desta
dispersão contínua entre a arquitetura, a pintura e a escultura, parece-me que após um longo
estudo e uma vasta exemplificação de casos, poderei afirmar com alguma convicção que há, de
facto, uma relação e diria mesmo uma simbiose, entre elas.

“O espaço possui os seus valores próprios, assim como os sons e os perfumes têm uma cor e os
sentimentos, um peso”3

Bibliografia

Aulas teóricas

Revista A Arquitetura

KAHN, Louis, s.a. março de 1962, “Estrutura e forma”, p.23

ALMEIDA, Pedro Vieira, s.a. julho de 1963, “Ensaio sobre o espaço da arquitetura”, p. 20-21

ALFREDO, António, s.a. junho de 1964, “Acerca da arte integrada”, p.74 – 81

SOUSA, Ernesto de, s.a. maio/junhode 1965, “Conhecimento da escultura portuguesa: uma descoberta
por fazer”, p. 115 - 123

SOUSA, Ernesto de, s.a. março /abril de 1967, “O exotismo e o espaço na arte portuguesa quinhentista”,
p.75

BLACHÉRE, G., s.a. maio/junho de 1967, “A composição arquitetónica e a construção industrializada”,


p.127 – 130

PORTAS, Nuno, s.a. maio/junho de 1968, “Desenho e apropriação do espaço da habitação”, p. 124 – 128

BOHM, David, s.a. março de 1969, “A criatividade”, p.79 – 84

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MONTANER, Josep Maria, A Modernidade Superada: ensaios sobre a arquitetura contemporânea,
Barcelona: Editora Gustavo Gili, 2014 (2ªed)

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s.a. março de 1970, “ O futuro da arquitetura”, p.62

PARENT, Claude, s.a. setembro/outubro de 1970, “A arquitetura e o design face a face”, p.155

FERNANDES, José Manuel, s.a. abril/maio de 1979, “Para o estudo da arquitetura modernista em
Portugal: a evolução estilística (II), p. 38 – 47

s.a. setembro/outubro de 1980, “Da arte moderna ao academismo”, p. 66

s.a. novembro/dezembro de 1980, “As cidades: tradições e mudanças”, p.82

s.a. julho/agosto de 1983, “Transformações de uma arquitetura racionalista”, p.46 – 60

s.a. janeiro/fevereiro de 1986, “Arquitetos nas artes plásticas”, p.78

MONTANER, Josep Maria, A Modernidade Superada: ensaios sobre a arquitetura contemporânea,


Barcelona: Editora Gustavo Gili, 2014 (2ªed)

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