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Logo abaixo você encontrará as referências bibliográficas dos assuntos que me foram
solicitados para lhe ajudar. Antes de passar a ela, farei apenas algumas breves
considerações.
Quanto à leitura das obras de Marx, para não dizer da necessidade de ler todos seus
escritos, eu enfatizaria talvez àqueles mais importantes e mais recorrentes nos debates
que estou indicando. São eles: Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844, cuja edição
da Expressão Popular (2015) é a que eu mais recomendaria, pois além de contar com
este texto, conta também com a versão inédita do Caderno de Paris de 1844 e com uma
esclarecedora apresentação do José Paulo Netto. Em seguida, recomendaria a leitura d’A
Ideologia Alemã (Boitempo, 2007), senão integralmente, pelo menos de suas partes
mais substantivas. Na sequência, passaria à leitura dos textos que conformam a crítica
da economia política com mais densidade: Grundrisse (Boitempo, 2011), Contribuição
à Crítica da Economia Política (Expressão Popular, 2008), Para a Crítica da Economia
Política. Manuscritos de 1861-63 (Autêntica, 2010) e, por último, mas não menos
importante: a (re)leitura dos livros 1 ao 3 d’O Capital. Além disso, ressalto que é
importante ficar atento às discussões sobre a fortuna editorial das obras de Marx e
Engels: a chamada MEGA-2. Para uma introdução interessante ao debate (com uma
perspectiva biobibliográfica qualificada) valeria ver os trabalhos de Marcello Musto.
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bastante), Maurício (Spinoza e Darwin em diálogo com Marx, criacionismo, etc.), entre
outros. Não indiquei na bibliografia o nome dos artigos deles, pois seria uma tarefa
muito longa. Basta apenas você procurar na internet - a maioria deles muito fácil de
encontrar.
Para finalizar, eu faria apenas mais algumas observações, algo que possivelmente você
já sabe, mas nada me custa reforçar. Primeiro: acho indispensável a leitura de base
histórica para acompanhar o estudo tanto do pós-modernismo quanto da própria tradição
marxista. Estudar história é o diferencial, a meu ver. E faço esta observação, pois não
mencionei referências de caráter historiográfico geral na bibliografia, mas julgo ser
importantíssimo (aliás, para não dizer que não falei das flores, há o sempre bom e velho
Hobsbawm, que é fácil de ler e achar).
Segundo, que você verá que o marxismo é plural e diferenciado. Chegando inclusive a
ter pontos colidentes e contraditórios no seu interior. Há obras e autores que deformam
e entorpecem o legado de Marx (evitei referências que fossem nesta direção) e há
aquelas que ampliam, resgatam, renovam e criam a partir de Marx, e são mais fecundas.
Mas, claro, para uma visão geral sobre os acontecimentos cabe uma avaliação por sua
conta e risco da própria história do marxismo.
Por fim, e igualmente importante, estou convencido de que para enfrentar boa parte das
referências abaixo e dos debates que elas suscitam, é preciso uma disciplina rigorosa de
estudo: leitura, fichamento, releitura, debates, auto-explicações, etc. É um caminho sem
fim. Mas não se trata apenas de ler, mas de estudar: ler, pensar intensivamente e debater
criticamente. Sem este esforço, acho que nem vale a pena tentar, será energia
desperdiçada. Todavia, estou igualmente convencido que tal tarefa é muito satisfatória,
ainda que árdua: absorver elementos para a compreensão da realidade é cada vez mais
urgente, dada a quadra histórica que vivemos. E se, acima de tudo, penso ser o
conhecimento algo enriquecedor, acredito também que se os estudos não são suficientes
para enfrentar os dilemas históricos que se põe diante de nós, tenho certeza que fora do
conhecimento não há a menor salvação possível. Espero que as indicações lhe seja útil
de alguma forma. Desejo, marxianamente, bons estudos! (E lê essa porra ein!! rs)
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1. DEBATES SOBRE O PÓS-MODERNISMO
BIBLIOGRAFIA
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