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A força vertical por pavimento neste exemplo é 30.0tf (3.750tf/m * 8m). Com a força
vertical por pavimento é possível obter a soma dos produtos das cargas verticais pelos
seus deslocamentos horizontais:
Coeficiente γz
Assim, a NBR 6118:2014 apresenta dois critérios para que se classifique a estrutura
quanto a deslocabilidade de seus nós: o Parâmetro α (item 15.5.2) e o coeficiente γz, que
é apresentado no item 15.5.3. O parâmetro α, em teoria, somente poderia ser adotado em
estruturas reticuladas simétricas. Como é comum que estruturas sejam assimétricas
(tanto geometricamente como na questão relacionada à vinculação entre elementos ou
carregamentos aplicados na estrutura), na maioria dos casos este parâmetro não é
adequado para analisar os efeitos de segunda ordem global em estruturas. No que diz
respeito ao coeficiente γz, seu uso é indicado para edificação de mais de quatro
pavimentos, seguindo o processo exposto no artigo Como é calculado o coeficiente
Gama-Z?
Coeficiente pΔ
Tendo determinado o valor do γz da estrutura, esta pode ser considerada como de nós
móveis. Conforme FRANCO (1985), no caso de uma estrutura de nós móveis, é
necessária uma análise de todo o conjunto, que leve em conta tanto a não-linearidade
geométrica quanto física. Não se pode, em princípio, considerar cada pilar
isoladamente, como no caso das estruturas de nós fixos; no entanto, é possível, para
estruturas regulares e dentro de certos limites, a adoção de métodos aproximados (como
o Processo P-Delta) que permitam esse tipo de consideração. No Eberick é possível
calcular os efeitos de 2ª ordem em estruturas através do processo P-Delta. Por sua vez,
este pode ser habilitado ou desabilitado através do menu Configurações- Análise -
Utilizar o processo P-Delta. Para mais informações sobre como este cálculo é realizado
no Eberick, recomendamos a leitura do artigo Como é calculado o coeficiente p-Delta?
Análise visual
É importante destacar que, além desses indicadores, há ainda outras maneiras para
averiguar a performance do edifício nesse quesito. Estas, apesar de indiretas, podem
fornecer uma visualização gráfica mais apurada, auxiliando o projetista a identificar
pontos críticos e determinar alterações voltadas a esses pontos. Para efetuar a análise
global da estrutura de um edifício, pode-se avaliar os seguintes parâmetros.
Verificação visual da deformação da estrutura: a deformada da estrutura
pode ser visualizada através do Pórtico Unifilar 3D, acessível em "Estrutura -
Pórtico", no item "Elástico-Deslocamentos". Essa ferramenta possibilita
visualizar comportamento geral da estrutura e identificar os elementos que
estejam com maiores deslocamentos. No caso abaixo, por exemplo, pode ser
necessário enrijecer a região da torre da caixa d'água.
Num contexto geral, existem várias soluções possíveis para a concepção de sistemas de
contraventamento que podem ser constituídas de pórticos formados por pilares e vigas,
pilares-parede, enrijecedores inclinados formando treliças, núcleos rígidos formados
pela associação de pilares-parede ou ainda a utilização de sistemas tubulares, formados
pela associação de elementos rígidos no contorno das fachadas. A adoção por um ou
mais desses sistemas em edifícios depende essencialmente do formato e da altura da
edificação.
onde:
A verificação do γz, segundo o item 15.5.3 da NBR 6118:2014, é válida para estruturas
reticuladas de no mínimo quatro andares. Assim, serão calculados valores de γz nos
eixos X e Y para cada combinação de cálculo definida. Destes, os máximos valores
encontrados serão adotados como valores críticos, determinando o valor final do γz.
Para um exemplo numérico de como é calculado esse coeficiente, recomendamos a
leitura do artigo (Exemplo) Como é calculado o coeficiente Gama-Z?
Uma vez que o valor de γz representa o próprio efeito de 2ª ordem, deve-se satisfazer à
condição γz ≤ 1.1 para considerar a estrutura como indeslocável (nós fixos). No Eberick,
o valor do coeficiente gama-z poderá ser verificado no relatório gerado através do menu
"Estrutura – Relatórios - Estabilidade Global".
Para analisar qual foi a diferença dos deslocamentos, pode-se acessar o menu "Estrutura
- Análise P-Delta", obtendo-se desta forma, o relatório de "Análise da Não linearidade
Geométrica pelo Processo P-Delta". Abaixo reproduzimos a tabela gerada para a ação
"Acidental".
Como enrijecer uma estrutura
deslocável?
Diferentes abordagens podem ser tomadas para enrijecer uma estrutura. De modo geral,
é interessante que a estrutura apresente alguma deslocabilidade, de modo que possa se
deformar sem gerar esforços muito elevados. Todavia, caso a estrutura não tenha rigidez
suficiente, pode se tornar globalmente instável. O artigo Como avaliar a estabilidade
global da estrutura? apresenta alguns métodos para determinar se a concepção da
estrutura está satisfatória neste quesito.
A seguir, são indicados procedimentos por meio dos quais pode-se melhorar o
comportamento de uma estrutura com relação aos efeitos globais de 2ª ordem. É
importante destacar que a eficácia das medidas aqui disponibilizadas dependerá também
de onde estas forem aplicadas. Por conta disto, é imprescindível que o usuário
identifique quais os elementos que colaboram ativamente para a rigidez da estrutura e
concentre as suas alterações nesses elementos. Neste sentido, recomendamos a leitura
do artigo Como contraventar uma estrutura?, que fornece um breve panorama sobre os
modelos de contraventamento mais triviais e a dinâmica desse processo.
A orientação dos pilares com relação a direção do pórtico também tem um papel
importante na sua rigidez. Isto ocorre pois pilares com a maior dimensão alinhada com a
direção do pórtico irão fletir em torno da sua maior inércia, ou seja, apresentarão uma
rigidez maior. Isto é ilustrado na fôrma abaixo:
O vínculo de apoio de uma fundação é definido como o tipo de ligação que há entre a
fundação e o solo no qual a mesma está assentada. Definir o vínculo de apoio de uma
fundação como “Engastado” significa restringir este elemento à rotação, ou seja, torná-
lo mais rígido resultando em uma estrutura mais rígida, o que pode melhorar o
comportamento da mesma frente à estabilidade global da edificação. O vínculo de apoio
das fundações pode ser alterado na janela de lançamento destes elementos (duplo clique
sobre a fundação no croqui), alterando o item "Vínculo apoio".
Modificando o vínculo das fundações, é possível verificar no exemplo que o apoio dos
pilares não apresenta nenhuma rotação, o que faz com que a estrutura se desloque
menos
Aumentando a seção das vigas e/ou pilares que compõe a estrutura aumenta-se,
consequentemente, o momento de inércia destes elementos, o que favorece um aumento
de rigidez da estrutura como um todo. Nestes casos, conforme destacado anteriormente,
é interessante que a seção dos elementos que contribuem significativamente para a
rigidez da estrutura seja aumentada. Caso contrário, o aumento de seção não será tão
eficaz, podendo assumir um caráter antieconômico.
Modelo grelha +
Modelo integrado
pórtico
Deslocamento
horizontal:
Direção X = 0.63 cm 0.40 cm
Direção Y = 0.46 cm 0.35 cm
Coeficiente Gama-Z:
Direção X = 1.17 1.10
Direção Y = 1.08 1.08
Análise de 2ª ordem:
Processo P-Delta
Deslocamentos no topo
0.14 »» 0.16 0.16 »» 0.17 (
Acidental:
(+13.43%) +5.45%)
2.09 »» 2.48 1.34 »» 1.48
Vento X+:
(+18.32%) (+11.03%)
2.09 »» 2.48 1.34 »» 1.48
Vento X-:
(+18.32%) (+11.03%)
1.53 »» 1.67 ( 1.18 »» 1.26 (
Vento Y+:
+8.94%) +6.88%)
1.53 »» 1.67 ( 1.18 »» 1.26 (
Vento Y-:
+8.94%) +6.88%)
0.23 »» 0.27 0.15 »» 0.16
Desaprumo X+:
(+18.47%) (+11.11%)
0.23 »» 0.27 0.15 »» 0.16
Desaprumo X-:
(+18.47%) (+11.11%)
Desaprumo Y+: 0.12 »» 0.13 ( 0.09 »» 0.10 (
+9.19%) +7.10%)
0.12 »» 0.13 ( 0.09 »» 0.10 (
Desaprumo Y-:
+9.19%) +7.10%)
É possível perceber que a consideração das lajes como barras no modelo de pórtico
espacial contribui para a estabilidade global da estrutura, reduzindo os deslocamentos
horizontais da edificação, portanto reduzindo o valor do coeficiente γz e reduzindo os
deslocamentos encontrados pelo processo P-Delta. Desta forma, em casos onde a
presença das lajes possa ser considerada na verificação da estabilidade global da
estrutura, pode-se utilizar o modelo integrado de análise.
Nos tópicos abaixo, será estudada a influência do travamento por vigas de baldrame no
comportamento da estrutura.
Estabilidade de estrutura:
Para classificar a estrutura como de nós fixos, onde a análise dos efeitos de segunda
ordem podem ser dispensados; e nós móveis, onde os efeitos de segunda ordem são
significativos e devem ser verificados, o Eberick utiliza o coeficiente ?z (gama-z),
conforme o item 15.5.3 da NBR 6118:2014. Este tópico da norma descreve que uma
estrutura pode ser considerada de nós fixos quando o coeficiente gama-z apresentar
valor inferior ou igual a 1,10.
Coeficiente gama-z – Fonte: NBR 6118:2014
No pórtico estudado nesse artigo, ambos foram classificados como estruturas de nós
fixos, apresentando valores inferiores ao limite de 1,10. A imagem abaixo exibe o
relatório de estabilidade global da estrutura para ambos os pórticos, onde é possível
visualizar uma baixa variação dos valores de gama-z entre as estruturas.
Quando reduzimos a seção dos pilares para 20x40cm, a diferença entre os valores do
gama-z é mais expressiva, pois a estrutura torna-se mais deslocável, e os efeitos de
segunda ordem ganham maior relevância nesses casos.
Com isso, é possível observar a influência que as vigas de baldrame possuem sobre a
estabilidade da estrutura e sua classificação como nós fixos ou móveis, principalmente
quando tratamos de pórticos com pilares de maior índice de esbeltez.
O Eberick utiliza o processo denominado P-Delta para levar em conta os efeitos da não
linearidade geométrica no cálculo da estrutura. A ideia básica deste processo é simular o
efeito não linear, por meio de cargas horizontais fictícias aplicadas à edificação, para a
verificação dos deslocamentos horizontais da estrutura. Para mais informações sobre
essa verificação, recomenda-se a leitura do artigo Como é calculado o coeficiente p-
Delta?
Assim, é possível constatar que a inserção das vigas de travamento nos pilares de
fundação tem grande influência na estabilidade e nos deslocamentos horizontais da
estrutura.
No pórtico onde existe o travamento dos pilares por vigas de baldrame, a interação entre
esses elementos altera o comportamento dos pilares, reduzindo o comprimento de
esbeltez e os momentos fletores nos lances adjacentes. A imagem abaixo demonstra o
comportamento do pórtico, apresentando os valores de momentos fletores nos lances
inferior e superior ao nível do baldrame.
Conclusões
Nos casos demonstrados neste exemplo, foi possível observar que o comportamento
estrutural do pórtico com vigas de baldrame apresentou-se mais satisfatório no que se
refere aos deslocamentos, estabilidade estrutural e economia de materiais quando
comparado com o pórtico onde os pilares não tem tal travamento. A simples inserção de
vigas de baldrame tornou a estrutura mais estável e reduziu de maneira significativa o
consumo global de concreto e aço.
É valido ressaltar que este artigo aborda apenas uma avaliação simples de uma situação
específica. A concepção estrutural é resultado do trabalho dos projetistas envolvidos, e
cabe a esses profissionais determinar a escolha do melhor modelo estrutural para o
projeto.
Quando uma estrutura é analisada pelo método de pórtico espacial, o programa monta
um modelo tridimensional do projeto, aplicando os carregamentos definidos pelo
usuário neste modelo. Em linhas gerais, este cálculo considera que o edifício teve seu
carregamento aplicado de uma só vez, com o projeto já executado. Isto significa que,
para o Eberick, todos os deslocamentos da edificação ocorrem ao mesmo tempo.
Isto é, a compressão de um pilar nos pavimentos inferiores do projeto faz com que toda
a prumada do pilar se desloque para baixo. Caso este deslocamento seja significativo,
ou se ocorrer em diferentes intensidades, é possível que sejam criados esforços
adicionais para travá-lo, de modo que o dimensionamento deve tornar-se mais robusto.
Em uma edificação real, os deslocamentos não ocorrem de uma única vez na estrutura.
É importante notar que os pavimentos são construídos sequencialmente. Assim, ao
construir um determinado pavimento da estrutura, ela se deslocará instantaneamente por
conta das novas cargas que foram adicionadas. Como a concretagem do novo pavimento
é realizada sempre a prumo, estes pequenos deslocamentos são absorvidos pelo
nivelamento do pavimento no momento de concretá-lo.
Na figura acima, este efeito é denotado por um fator de regularização, representado em
verde. Perceba que os deslocamentos finais são bem menores. No Eberick, este efeito
pode ser considerado atribuindo uma rigidez axial crescente para os pilares inferiores do
projeto. Isto faz com que estes pilares se desloquem menos, o que é equivalente a esta
parcela de regularização.
De modo geral, estes incrementos não devem ser grandes, variando cerca de 0.10 para
cada pavimento da estrutura. Além disso, não é interessante que assumam valores muito
elevados (pode-se tomar 3.0 como valor de referência) - como este coeficiente aumenta
a rigidez dos pilares, adotar um valor muito elevado para este coeficiente pode
sobrestimar a rigidez da estrutura, resultando em uma análise contra a segurança.
De todo modo, é importante manter em mente que estes valores dependem também do
tipo de estrutura considerada, podendo variar de projeto a projeto. Assim, é interessante
que o projetista valide esta utilização, analisando o comportamento da estrutura para
cada caso de teste. Havendo definido os coeficientes mais adequados para o seu projeto,
será possível analisar a estrutura de maneira mais assertiva.