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Psicologia da Família

Família com Filhos


Pequenos

2016.2017
“As pessoas sem filhos anseiam por sexta-feira. As pessoas com filhos
temem-na.
As pessoas sem filhos têm cartões de cinema ilimitado. As pessoas com
filhos têm cartão IKEA family.
Para relaxar as pessoas sem filhos vão para o ginásio. As pessoas com
filhos vão para o trabalho.
As pessoas sem filhos escolhem o restaurante em função do menu, do
preço, do chef, da decoração ou da localização. As pessoas com filhos
entram no primeiro restaurante que tenha cadeiras para crianças.
Ao sábado à noite, as pessoas sem filhos vão jantar fora, ao cinema e a
um bar. As pessoas com filhos vão à cozinha aquecer restos no micro-
ondas, veem meio episódio de uma sitcom e adormecem no sofá.
As pessoas sem filhos comem cereais, torradas, sumo de laranja e café
ao pequeno-almoço. As pessoas com filhos também, mas metade disso
vai parar à roupa, à carpete e aos cortinados.
As pessoas sem filhos sentam-se no sofá a ler um livro e a beber um chá.
As pessoas com filhos sentam-se na sanita e fecham a porta da casa de
banho à chave para terem 5 minutinhos de relax.
As pessoas sem filhos vão ao supermercado, fazem compras e
regressam a casa. As pessoas com filhos vão ao supermercado,
perseguem-nos até à charcutaria, arrancam-lhes coisas das
mãos, tremem quando eles enfiam pelo corredor dos vinhos,
negoceiam, chantageiam e regressam a casa percebendo que
afinal se esqueceram “da porra das fraldas”.

As pessoas sem filhos vão dormir. As pessoas com filhos vão


fazer óó.
As pessoas sem filhos acordam com o despertador. As pessoas
com filhos gostariam de acordar com o despertador.
As pessoas sem filhos vão a esplanadas e ao cabeleireiro. As
pessoas com filhos vão a parques infantis e ao pediatra.

As pessoas sem filhos não sabem quem é a Xana Toc Toc. As


pessoas com filhos preferiam não saber quem é a Xana Toc Toc.
As pessoas sem filhos comem sobremesas. As pessoas com filhos
escondem-se na cozinha e comem dois quadrados de chocolate
para cima do lava-louças. Quando apanhadas em flagrante, as
pessoas com filhos dizem que é medicamento e emborcam meio
copo de água para validar a farsa.

As pessoas sem filhos viajam com uma mochila. As pessoas com


filhos têm esgotamentos nervosos diante de malas.
As pessoas sem filhos praguejam como estivadores. As pessoas
com filhos começam a usar termos como “diacho”, “bolas” e
“caneco” quando esfacelam o dedão contra o pé do sofá.

As pessoas sem filhos veem thrillers, dramas, biopics… As


pessoas com filhos veem o Pocoyo.
As pessoas sem filhos mudam de camisa se esta tiver uma nódoa.
As pessoas com filhos só mudam a camisa se ela estiver
vomitada”.

Susana Almeida Ribeiro,


ex-jornalista do Público, emigrante e mãe
O Primeiro Filho
“O nascimento do primeiro filho é realmente, um marco em todo o processo de desenvolvimento

familiar (…), tendo um enorme peso na estruturação da vida familiar.”


Relvas, 2000

Os estádios que marcam a vida familiar têm sempre a ver com


entradas ou saídas no sistema, pelo que o ciclo vital é pautado
por sucessivas crises de acesso (junção, entrada de um novo elemento)

e de desmembramento (perda, da saída para a escola até à morte).

Com o nascimento do primeiro filho, inicia-se uma nova fase de


transição do ciclo vital da família.
O Primeiro Filho
“A etapa do ciclo
vital denominada
Com o nascimento do primeiro filho, a díade
‘família com filhos
alarga-se a tríade. Surge um novo subsistema – o
pequenos’
parental – e novas funções, novas tarefas e um
caracteriza-se pela
transição do acento conjunto de reorganizações relacionais, intra e

tónico da vida inter-familiares bem como inter-sistémicas.


familiar que se move
da função conjugal
É fundamental uma redistribuição de papéis,
para a parental.”
funções e imagens identificatórias a três níveis: no
seio do próprio par, nas relações entre os esposos
Relvas, 2000
e as famílias de origem e nas relações com os
contextos envolventes significativos.
O Primeiro Filho
Mitologia e Conflito de Expectativas

“Elemento revolucionário, este pequeno tirano aparece na família envolto em novos


mitos de felicidade” (Relvas, 2000)

Casal Famílias de Origem Função Parental

•  Intimidade • Reaproximação • Completa


•  Satisfação Conjugal •  Conflitualidade responsabilidade sobre o
bem-estar das crianças
• Ansiedade, tensão, culpa,
decepção, incertezas,
cansaço, …
O Primeiro Filho
Mitologia e Conflito de Expectativas

“ (…) A criança nasceu e o peso da responsabilidade face ao seu


futuro impõe-se, a ansiedade de ‘não poder fazer errado’ irrompe
e as corridas, a falta de tempo, o cansaço, e o desencorajamento
surgem, numa tarefa em que não é permitido desistir. A
parentalidade é para sempre. Nela não há férias nem reforma. Em
relação aos filhos não se aceita o divórcio. A não-parentalidade
não pode ser recapturada.”

Relvas, 2000
Da Conjugalidade à Parentalidade

“A conjugalidade
não pode ser
anulada, nem
mesmo ocultada,
pela parentalidade; • Todo o investimento, até aqui, orientado para a
tem que ser com ela organização da relação marido-mulher, é transferido para
articulada.” as relações pais-filhos;

• O casal sobe um degrau na hierarquia geracional;

Alarcão, 2006 • Os novos pais organizam o modelo parental que


comporta dois modelos distintos: o maternal e o
paternal;

• A forma como a parentalidade se organiza na família


resulta de quatro modelos inerentes a esta função.
Da Conjugalidade à Parentalidade

Compatibilização das ‘quatro parentalidades’

modelo modelo
materno paterno

f. maternal f. maternal
f. parental PARENTALIDADE f. parental

subsistema parental

atitudes
filiais
Da Conjugalidade à Parentalidade

A organização da parentalidade integra, ainda:

• A interação com a realidade da criança que não é


um elemento passivo, participando com as suas
competências e características próprias na
modelação desta função:

• A relação com as famílias de origem;

• As expetativas sócio-culturais e familiares que


acompanham o seu nascimento.
Complexificação da Estrutura Familiar

Marido Mulher subsistema conjugal

Pai Mãe subsistema parental / executivo

Filhos subsistema fraternal


Complexificação da Estrutura
Familiar

Autoridade, hierarquia e limites

• Regulação do poder parental (trata-se de uma das


principais tarefas do subsistema parental)

• Estabelecimento de limites entre gerações (pais e


filhos) e entre subsistemas (parental e conjugal)
Complexificação da Estrutura Familiar
Transformações na dinâmica familiar

de..

marido mulher

para… marido mulher marido mulher


e para…
pai mãe pai mãe

filho filho filho

irmão irmão


Complexificação da Estrutura
Familiar
O subsistema fraternal
“O subsistema
fraternal é o primeiro • Com o nascimento de mais uma criança forma-se

grupo de iguais que um novo subsistema: o fraternal. Com ele, podem


o ser humano surgir novas alianças, coligações e triangulações;
conhece. (…)
• Espaço e tempo de aprendizagem e de treino de
Funciona como um
relações horizontais, i.é, de relações entre iguais.
laboratório da vida
As crianças aprendem a liderar, cooperar, competir,
social (…)”
rivalizar e negociar;

Relvas, 2000 • A repercussão da organização do subsistema


fraternal é sobremaneira marcante no
desenvolvimento dos indivíduos e famílias.
A Abertura do Sistema
“Contrariando o movimento centrípeto da etapa anterior, a chegada de um novo elemento inicia,

progressivamente, um movimento centrífugo que não mais parará e que atingirá uma forte
expressão na etapa da família com filhos adolescentes.”
Alarcão, 2006

• Amigos, vizinhos, outros


Comunidade

• Inicia-se um novo ciclo

Origem
Famílias de
famílias na mesma fase de
desenvolvimento, … relacional com as famílias de
origem
• Momento priveligiado para a
constituição de uma rede de • Redefinição das relações
suporte entre os novos pais e avós
• Comparações, dúvidas e • Risco para o desenvolvimento
conflitos internos VS de alianças e coligações
Crescimentos e intergeracionais disfuncionais
enriquecimento • Importância da negociação e
construção de limites claros e
flexíveis
Conclusão
• A entrada de um novo elemento no sistema familiar, com o
nascimento de um filho, implica um conjunto de reajustes no
quotidiano e na estrutura familiares.

•A família com filhos pequenos está, em todos os sentidos, em


“expansão”, desde o número de elementos, passando pelo
“alargamento” da sua própria estrutura, até às relações que
estabelece com o meio envolvente (familiar e comunitário).

• O princípio-chave do processo emocional de transição é, sem


dúvida, a aceitação dos filhos no e pelo sistema. A tarefa
prioritária, no tempo e no dinamismo familiar, é a criação de
um espaço para os filhos e a definição e assumpção de papéis
parentais.
Bibliografia
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Add Text. • Alarcão, M. (2006). (Des)Equilíbrios Familiares.

This could be a Uma visão sistémica (3rd ed.).Coimbra,


call out area.
Portugal: Quarteto.

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• Relvas, A. (2000). O Ciclo Vital da Família.
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• Bullet points to emphasize Perspectiva Sistémica (2nd ed.). Porto,


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Portugal: Edições Afrontamento.
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