SÍNTESE TEXTO 2
1º ANO 2º ANO
Concepções de alfabetização: o que ensinar no ciclo de
alfabetização
• DÉCADA DE 80 – devido à grande retenção na 1ª série
houve uma crítica muito grande aos métodos de
alfabetização (sintético e analítico) com base em
pesquisa a luz das Teorias Construtivista e Interacionista
• Emília Ferreiro e Ana Teberosky – Psicogênense da
Língua Escrita
• Contribuição para novas práticas de alfabetização
• Foco: de como se ensina a língua para como se aprende
a língua
• Escrita alfabética x código
• Sistema de escrita = sistema de notação (como grafa
segmentos sonoros)
*No processo de aquisição desse sistema existem fases
diferentes:
pré-silábica - em que não há correspondência
grafofônica;
silábica-já há correspondência a nível de sílabas
alfabética- já faz relação fonema(som) e grafema
(letras)
ortográfica- já domina a norma da escrita.
• REGO(1998) é interagindo com a escrita – com seus
usos e funções sociais que as crianças se apropriam da
escrita
• Vivência de práticas de leitura e produção da escrita;
• Movimento de resistência aos tradicionais métodos de
alfabetização provocou o efeito “ curvatura da vara”
Fomos de um extremo ao outro sem base teórica que
sustentasse as práticas – equívocos que promoveram
em alguns professores o “deixa fazer “ e em outros “o
apego extremado” ao que já sabiam fazer. (nota
formadores)
A complexidade da aprendizagem do
SEA: ampliação do tempo para a
consolidação da leitura e da escrita
pela criança.
• O processo de alfabetização é
complexo devido a fatores
políticos, sociais, econômicos e
culturais.
• Ler e escrever é um
instrumento de poder
• a escolha dos textos que
circulam na prática diária pode
ser feita de modo a considerar
os temas que podem ajudar as
crianças a desenvolver atitudes
críticas ...para que sejam
protagonistas e transformem
suas próprias vidas.
• O processo de alfabetização é
lúdico – é possível ensinar a ler
e escrever por meio de
brincadeiras que estimulem a
reflexão sobre o SEA
• Envolver as crianças em
situações prazerosas,
contextualizadas e aprendizagem as crianças elaboram hipóteses sobre
significativas que explorem a
compreensão e a produção de
variados gêneros orais e
escritos
• crianças alfabéticas # crianças
alfabetizadas
• concepção dos métodos
sintéticos e analíticos
concebem o sujeito como
3º ANO
Alfabetização: o que ensinar no terceiro ano do ensino
fundamental.
• Aprendizagem pode e deve se dar por meio da
ludicidade – brincadeiras, reflexão da língua escrita e
falada e de um trabalho solidário.
• PIAGET E VIGOTSKY Defendem que a aprendizagem
ocorre por meio da atividade do sujeito aprendiz
• Interação com o outro no processo de aprendizagem
– linguagem surge inicialmente em como meio de
comunicação entre a criança e as pessoas em seu
ambiente
• PIAGET (1987) – maturação, estimulação do
ambiente físico, aprendizagem social e organização.
• VIGOTSKY (1989) – Fator Social - experiência pessoal
e experiência da humanidade – vivenciada pelo
individuo por meio dos instrumentos culturais e da
linguagem
• A ampliação das capacidades de leitura, escrita, fala e
escuta são direitos de aprendizagem fundamentais
para a constituição dos sujeitos como seres de
linguagem e para a aprendizagem de conceitos e
teorias que compõe o currículo da EB.
• FERREIRO e TEBEROSKY (1985) no percurso da
como a escrita funciona, elas tentam compreender as
regularidades do nosso SEA
• Quanto mais motivado estiver o aprendiz, mais
concentrado em descobrir como se faz para ler e
escrever ele estará.
• BERNARDIN (2003) Pesquisa destacou: crianças ativas
pesquisadoras, passivas receptoras
• Concepção de escola apartada do mundo
• A escola deve garantir situações favoráveis a
• Década de 90 – Fortalece o discurso de considerar os receptor do conhecimento
usos e funções da escrita com base no desenvolvimento • A partir da Psicogênese a
de atividades significativas de leitura e escrita na escola aprendizagem passa a ser vista
• Soares, 1998 – novo conceito de alfabetização como um processo em que
LETRAMENTO – estado ou condição que assume aprendizes ativos buscam
aquele que aprende a ler e escrever entender os princípios que
• No Brasil o termo vem associado a ALFABETIZAÇÃO. constituem o processo de
• REGO (1998) MORAES e ALBUQUERQUE 2004) Não notação. O erro é visto como
existem pessoas “iletradas” - mesmo analfabetas, hipótese sobre a escrita.
envolvem-se em práticas de leitura e escrita medidadas • Esse processo de construção da
por outras pessoas alfabetizadas e isso promove o escrita envolve aprendizagens
conhecimento sobre textos que circulam na sociedade. conceituais baseadas em
• Porém apenas a interação com o texto não garante a princípios a serem apropriados
apropriação do SEA. pelas crianças
• Conhecer e apropriar-se da língua exige uma reflexão • LEAL e MORAES (2010) propor
sobre as características do nosso SE. atividades diversificadas,
• FRACASSO da ESCOLA NO ENSINO DA LEITURA E DA atendendo aos diferentes
ESCRITA níveis de conhecimento que
( PISA/SAEB/Prova Brasil) contemplem a apropriação e
• AÇÕES e PÓLÍTICAS PÚBLICAS consolidação do que já
Ensino Fundamental de 9 anos construíram
Bloco pedagógico • para que ocorra o processo de
Formação continuada de professores apropriação e consolidação do
SEA cada ano do ciclo deve
ENTÃO... determinar o que ensinar, os
Qual metodologia utilizar para alfabetizar? conhecimentos já construídos,
• A retomada dos métodos analíticos e sintéticos apenas a natureza do objeto do
desconsidera as contribuições e pesquisas que analisam conhecimento a ser enfocado,
o processo de leitura e escrita e os estudos sobre o como se organiza o SEA e como
letramento os estudantes de apropriam
• Desivenção da alfabetização (Soares, 2004) mudança dele
conceitual a partir da Psicogênese que geraram muitos • manter o equilíbrio entre
equívocos surgidos com a transposição dessa processos de alfabetização e
abordagem para a prática pedagógica de alfabetização letramento
*privilégio da faceta psicológica em detrimento da • Quadros dos Direitos de
faceta linguística (fonética e fonológica) Aprendizagem englobam eixos
*incompatibilidade entre paradigma psicogenético e do ensino da Língua
os métodos de alfabetização Portuguesa de modo a
aproximação entre cultura escolar e outras esferas
de interação social
• Proporcionar condições de aprendizagens saudáveis
em que as crianças não se sentissem ameaçadas,
assegurando o direito de errar e de fazer descobertas
com a proteção do professor.
• As crianças precisam ser participantes em situações
coletivas que discutam o que estão percebendo
quando leem e escrevem.
• Desenvolver a fluência de leitura e escrita com
autonomia
• Além do domínio do SEA o desenvolvimento das
capacidades de compreensão e produção de textos
orais e escritos de diferentes gêneros textuais
• Participar de situações que faça sentido
falar/escutar/ler/escrever
• Dimensões da alfabetização
1) Relativas ao eixo da analise linguística – domínio
do SEA;
2) Relativas a inserção das crianças nas práticas
sociais em que a escrita faz-se presente;
3) Relativas a ampliação do uso da oralidade
• Todas elas articuladas formam um alfabetização na
perspectiva do letramento
• Os resultados obtidos em pesquisas recentes
apontam, a partir da década de 90 a busca por
contrapor-se as perspectivas tradicionais de
alfabetização.
• A atenção especial aos problemas de ensino do
sistema de escrita passou a ser vista como algo
associado a uma pedagogia tradicional.
• Para que de fato as crianças estejam alfabetizadas
aos oito anos de idade, necessitamos promover o
ensino do sistema de escrita desde o primeiro ano do
EF e garantir que os conhecimentos relativos às
correspondências grafofônicas sejam consolidadas
nos anos seguintes.
 * apenas promover o convívio intenso com o material garantir, desde o 1º ano,
escrito que circula nas práticas sociais – a criança não atividades que façam avançar
se alfabetiza. em seus conhecimentos
A alfabetização –como processo de apropriação de um leitura, produção, apropriação
sistema de escrita convencional normatizada – e consolidação da escrita.
foi obscurecida pelo letramento. (Soares,2004.p.9) • Diferentes gêneros textuais
“Reinventar a alfabetização” trabalho específico de desde o 1º ano;
ensino do sistema de ensino sobre o SEA inserido em • Práticas de leitura e escrita que
práticas de letramento. possibilitem a construção da
Alfabetização – ação de ensinar/aprender a ler e base alfabética (1º ano)
escrever Letramento – estado ou condição de quem • Consolidação das
lê, escreve e exerce práticas sociais que usam a escrita. correspondências som /grafia
• Pesquisas realizadas em classes de alfabetização do por meio de situações
Bloco Pedagógico subsidiaram alguns aspectos para significativas e
levarmos em conta: contextualizadas de escrita de
• Trabalho diário com reflexão sobre o SEA palavras e textos.(2º ano)
• No trabalho com a leitura e produção coletiva de • Ao final do 2º ano dominar a
textos correspondência entre letras/
grupo de letras/valor
Segundo leal e Moraes (2010) os alunos precisam se sonoro/ler e escrever palavras
apropriar de vários conhecimentos: com diferentes estruturas
silábicas (cv,ccv), segmentar
palavras nos textos e usarem
diferentes tipos de letras
• Pesquisas:
• Inicialmente apontam crianças
no 2º ano sem o domínio do
SEA
• Experiências exitosas
revelaram que foram usados
dois caminhos :
O primeiro consiste em ajudar
a criança a apropriar-se do
sistema interagindo com a
língua, refletindo sobre os
• As crianças podem vivenciar, desde cedo, atividades pedaços sonoros e escritos das
que as levem a pensar sobre as características do palavras;
nosso sistema de escrita, de forma reflexiva lúdica, O segundo em ensinar a língua
• Para que as crianças cheguem a um nível de leitura
que demande um grau de complexidade e sejam
capazes de ler vários tipos de texto pela vida a fora é
preciso assegurar que o ensino seja consistente e
sistemático, com qualidade na mediação pedagógica.
• Algumas aprendizagens podem ser introduzidas no
primeiro ano, podendo ser aprofundadas em anos
seguintes e continuam a ser consolidadas a cada ano
escolar (habilidades de leitura)
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Não é um trabalho solitário – é contínuo, O aluno
não é meu, o aluno é nosso. (nota formadoras)
• BAKHTIN (1997) Todo texto remete a outro anterior e
sempre remeterá a um próximo. p.18 Cad.Form.
• KLEIMAN e MORAES (1999) A leitura de um texto,
portanto, se caracteriza por um processo de
integração de conhecimentos p.18 Cad.Form
• Em relação ao domínio da escrita alguns
conhecimentos precisam ser dominados logo no
início da escolarização
“[...] ou se atribui à alfabetização um conceito
demasiado amplo (muitas vezes até mesmo
ultrapassando os limites do mundo da escrita), ou, ao
contrário,atribui-se a ela um conceito
excessivamente restrito (a mera decodificação de
fonemas e decodificação de grafemas). Tendências,
como disse, igualmente perigosas: no primeiro caso,
a qualidade da alfabetização é constituída de tão
numerosos e variados atributos, que ela, sendo tudo,
torna-se nada; no segundo caso, a qualidade da
alfabetização é constituída de tão limitados e
modestos atributos que ela, sendo pouco, torna-se
 inseridas em atividades de leitura e escrita de que se usa para escrever também nada.” (SOARES, 2003,p.53)
diferentes textos assegurando vivências de
• A apropriação da escrita alfabética não quer dizer que práticas reais e
o sujeito esteja alfabetizado contextualizadas de leitura e
• Para o individuo possa ler e produzir textos com produção de texto
autonomia é necessário que ele considere as diversificado que circulam em
correspondências grafofônicas ao mesmo tempo que diferentes espaços sociais;
vivenciem atividades de leitura e produção textual