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Resumo
O presente capítulo tem por objetivo discutir o letramento e a construção dos gêneros
acadêmicos em áreas do conhecimento, no qual a proposta é investigar os aspectos sociais e
linguístico-discursivos de textos acadêmico-científicos, com enfoque na subárea da
Enfermagem. A partir da leitura e análise de artigos científicos publicados em periódicos
dessa subárea, buscamos compreender os aspectos que envolvem a construção do gênero em
inter-relação com a forma de construção do conhecimento. Para nos guiar teoricamente,
utilizamos os pressupostos teórico-metodológicos do Interacionismo Sociodiscursivo (ISD).
Nossos resultados evidenciaram que os artigos da área da saúde possuem singularidades
quanto às vozes, modalizações e posicionamento enunciativo presentes no texto. Diante disso,
discutimos os aspectos sociossubjetivos presentes nos enunciados dos textos frente ao
discurso de outrem e realizamos uma análise dos textos-discursos dos enfermeiros em relação
ao trabalho, evidenciando uma visão de sua profissão e atividade de pesquisador.
Apresentação
1
Título do Projeto de Pesquisa/Plano de Trabalho: Gêneros acadêmicos e as diferentes formas de construção do
conhecimento científico/ Os artigos científicos na área das ciências da saúde e seus parâmetros sociossubjetivos
de constituição
Estudante de Iniciação Científica: Anielle Andrade de Sousa(e-mail: anielleandrade@hotmail.com)
Instituição de vínculo da bolsa: UFPB/CNPq (www.propesq.ufpb.br e-mail:cadastrocgpaic@propesq.ufpb.br)
Orientador(a): Regina Celi Mendes Pereira (e-mail: reginacmps@gmail.com, telefone: 83 3216-7203)
é promover oficinas de textos acadêmicos em diversos cursos da graduação proporcionado a
proficiência letrada em diferentes contextos de produção do conhecimento.
Diante dessas influências, a nossa proposta está voltada para a investigação dos
elementos constitutivos do gênero “artigo científico” de várias áreas, porém este plano de
trabalho teve um enfoque na área da saúde, mais especificamente na subárea da Enfermagem.
A partir da leitura e análise de artigos científicos publicados em periódicos de
circulação nacional dessa área, buscamos compreender e identificar os diferentes aspectos que
envolvem a construção do gênero em inter-relação com forma de construção do
conhecimento, pois é evidente a influência de aspectos sócio-histórico-ideológicos das áreas
do conhecimento no processo de produção de texto na sociedade. Sendo assim, se faz
necessária uma investigação acerca do processo de constituição dos gêneros no âmbito
universitário, levando em consideração esses aspectos em relação com a ciência.
Para nos guiar teoricamente, utilizaremos os pressupostos teórico-metodológicos do
Interacionismo Sociodiscursivo (ISD) que se apoiam na noção de linguagem como ação e é
através dessa ação que um indivíduo, por meio de uma atividade linguageira situada, se
desenvolve e age em sociedade. Essa perspectiva de estudo, dada sua responsabilidade de
discutir as práticas de linguagem, recebe influências de Vygotsky (1984[1930]), (1987
[1934]), Volochinov (1997 [1979]), Bakhtin (1992) e Habermas (1987) com sua teoria do agir
comunicativo.
Destacamos que daremos um enfoque maior à categoria de análise referente aos
mecanismos enunciativos, pois nossas leituras evidenciaram que os artigos da área da saúde
possuem singularidades quanto às vozes, modalizações e posicionamento enunciativo
presentes no texto e nossa preocupação é discutir os aspectos sociossubjetivos presentes nos
enunciados e realizar uma análise dos textos-discursos dos enfermeiros em relação ao
trabalho, que demonstra e evidencia uma visão de sua profissão e atividade de pesquisador.
Durante a vigência do projeto, aplicamos um questionário com vinte quatro
professores universitários do curso de Enfermagem com o intuito de buscar esclarecimentos
acerca do fazer científico na área. As respostas nos auxiliaram na compreensão dos resultados
encontrados nos textos. O objetivo do questionário foi colher informações acerca do fazer
científico na área da Enfermagem, buscando investigar as concepções epistemológicas aos
textos acadêmicos produzidos, sem qualquer intenção ou finalidade prescritiva.
Fundamentação teórica
M. Enunciativos
M. Textualização
Infraestrutura
O autor ainda acrescenta que os textos, como unidades de interação verbal humana,
podem ser classificados em gêneros textuais. Nesse sentido, podemos afirmar que os gêneros
textuais são os textos orais e escritos que produzem sentido, que estão a nossa volta e que os
utilizamos de acordo com nossa necessidade, interesse e contexto de produção, ao qual
estamos submetidos, sempre atentando para uma finalidade maior que é a comunicação.
Assim, uma receita culinária, uma piada, uma notícia, uma crônica ou um artigo científico são
gêneros textuais.
Com o advento da “Era da ciência” no século XXI, conforme Leitão e Pereira (2014)
destacam, é exigido, nas diferentes esferas do conhecimento, o letramento científico. As
autoras esclarecem: “Dentre os gêneros textuais mais recorrentes no processo de apropriação
dessas práticas, encontra-se o artigo científico” (LEITÃO; PEREIRA, 2014, p. 17).
Para Curty e Boccato (2005), a comunicação científica consiste na divulgação dos
resultados das pesquisas à comunidade científica, de forma a favorecer a disseminação dos
conhecimentos e pesquisas. As autoras ressaltam que: “A produção científica deve ser
repassada à comunidade para a renovação do conhecimento, com o objetivo de gerar novos
impulsos ao crescimento por meio de descobertas científicas ou tecnológicas” (CURTY;
BOCCATO, 2005, p. 95). Ou seja, socialização da informação é importante para contribuir
com o avanço dos estudos e pesquisas, e podemos dizer ainda que, desse modo, vem
favorecer também o pesquisador e a comunidade, uma vez que as pesquisas têm uma
aplicação prática nas diversas áreas de necessidade dos seres, contribuindo na melhoria da
qualidade de vida.
As autoras acrescentam que umas das contribuições efetivas que um artigo pode trazer
para o conhecimento científico são: propor uma nova teoria; apontar novos casos ou
experimentos que validem ou refutem uma teoria antiga; fazer uma crítica nova a um
paradigma já conhecido; aprofundar sobre um conceito e dessa forma desenvolver a
competência do rigor científico (CURTY; BOCCATO, 2005).
Motta- Roth e Hendges (2010) definem que o “artigo científico” é um texto de
aproximadamente 10 mil palavras e que tem por objetivo divulgar os resultados de uma
pesquisa. As autoras elencam três tipos de artigos: artigo de revisão teórica, artigo
experimental, e artigo científico empírico.
O artigo de revisão teórica consiste em uma pesquisa que faz um levantamento sobre
o que foi estudado e produzido em um dado recorte de tempo sobre um assunto específico; o
artigo experimental tem por função relatar um experimento montado para fins de testagem de
determinadas hipóteses; e nos artigos empíricos, os pesquisadores reportam a observação de
uma experiência direta e de um fenômeno observável empiricamente.
Em pesquisas prévias de levantamento teórico para a elaboração desse trabalho, na
qual buscamos investigações que visam à identificação da relação entre os textos acadêmicos
e suas respectivas áreas do conhecimento, destacamos a obra “Ateliê de gêneros acadêmicos:
didatização e construções de saberes” (PEREIRA, 2014), em que pesquisadores analisaram
resumos acadêmicos de diversas áreas do conhecimento. Segundo as pesquisas apresentadas
nesse livro, há uma relação entre os aspectos da materialidade textual-discursiva dos textos e
suas respectivas áreas do conhecimento em construção com o saber científico.
Outra pesquisa que apontamos nesta breve revisão teórica é a investigação realizada
por nós em coautoria, intitulada “A relação entre as práticas de linguagem e a área de
conhecimento na exposição oral: o pesquisador e sua identidade”, (SOUSA et al., 2016).
Nesse trabalho, visamos identificar as relações entre as atividades linguageiras de
pesquisadores em relato de trabalho de conclusão de curso e suas áreas do conhecimento,
identificando o que os particulariza enquanto pertencentes à área do saber.
Diante dessas informações e diante do levantamento apresentado, apresentamos a
seguir, as características gerais da infraestrutura dos artigos que compõem o nosso corpus de
pesquisa e em seguida, apresentamos uma análise voltada para os mecanismos enunciativos,
sempre procurando fazer relação com o questionamento maior do nosso plano de trabalho,
que diz respeito ao modo de fazer ciência na área da saúde.
Metodologia e análise
Expostas as normas das revistas, iremos expor, agora, a organização do nível mais
geral de um texto, denominado por Bronckart (1999) de infraestrutura geral. O autor, ao
teorizar sobre a infraestrutura geral, afirma que esse nível refere-se à macroestrutura dos
textos em termos de organização da planificação, no qual “o plano geral refere-se à
organização de conjunto do conteúdo temático; mostra-se visível no processo de leitura e
pode ser codificado em um resumo” (BRONCKART, 1999, p. 120).
Sendo assim, mostraremos abaixo, a organização dos artigos no que tange à sua
constituição por seção, partindo do pressuposto de que o gênero possui uma organização geral
mais ou menos estável, a fim de discutir a planificação em relação à organização do
conhecimento na área.
B1-Artigo 04: “Trabalho corporal na educação infantil: afinal, quem deve realizá-lo?”
Tipo de artigo: Artigo científico empírico
Autores:
01: Frederico Jorge Saad Guirra- Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de
Mato Grosso, Barra do Garças, MT.
02: Elaine Prodócimo- Departamento de Educação Motora, FEF, UNICAMP, Campinas, SP.
Fazendo uma reflexão sobre o que expomos acerca das normas das revistas que
influenciam diretamente a construção do artigo, percebemos que, no geral, os artigos
apresentam uma organização das seções dos artigos bastante marcadas. Todas possuem
resumo, palavras-chave, introdução, resultados, conclusões ou considerações finais e
referências, conforme orienta explicitamente apenas uma revista, mas, conforme já dito, todas
possuem essas seções, ou seja, é uma forma de normatização cristalizada pela área, tornando-
se convencional. Isso demonstra que há uma influência implícita do mundo social que
perpassa a área da saúde que é a vertente positivista, pois além dos artigos se organizarem
com esse rigor de organização estrutural, outros elementos também foram identificados, como
a exatidão das descrições metodológicas de pesquisa.
Esse dado foi identificado na análise anterior dos outros artigos que compõem o
corpus desta pesquisa e agora, se confirma, pois a vertente positivista da ciência, segundo
Bortoni-Ricardo (2008, p. 15), adota a certeza metódica como um dos principais postulados,
pois, segundo a autora, na certeza metódica “a investigação procede de acordo com métodos
rigorosos e sistemáticos”. Sendo assim, não é à toa que esse rigor metodológico e estrutural
foi observado nos artigos, pois a área da saúde há muito se identifica com esse paradigma.
A fundamentação teórica não aparece marcada por uma seção nos artigos, mas ela
sempre está presente em outras seções como introdução ou resultados/discussão. Apenas não
identificamos claramente o fundamento teórico do artigo B1-03, talvez por se tratar de um
trabalho de revisão teórica, ou seja, o resultado é fazer um levantamento sobre tudo que foi
publicado de teoria e estudos de um determinado assunto, em um determinado espaço de
tempo. Destacamos que essa revista pertence à área da Educação Física e seus artigos não
estão ligados diretamente ao curso de Enfermagem, porém são classificados pela CAPES
como pertencente à subárea da Enfermagem.
Outros elementos como objetivos, revisão da literatura, materiais e métodos e
discussões, na sua maioria, não foram identificados como seções, mas estão presentes nos
artigos. A seção de notas de agradecimento, de fato, só foi identificada em um artigo, no qual
os autores agradecem ao apoio de colegas que auxiliaram na coleta de dados da pesquisa.
Sobre a titulação dos autores, identificamos que os artigos apresentam autores com
variados tipos de titulação acadêmica, desde graduandos até doutores, porém a prevalência é
de mestres e doutores.
O estilo de Vancouver citado nas normatizações de duas revistas, também é
predominante. Chegando a ser usado por seis dos dez artigos analisados. Esse estilo é uma
forma de normatização de referências, no qual se utilizam números arábicos para a
padronização das referências. O citado estilo de referência orienta:
Além disso, esse estilo de referenciar autores é adotado pelas publicações nas ciências
médicas e surgiu a partir de normas criadas por um grupo de editores em 1978, em Vancouver
(Columbia Britânica). Inicialmente, essas regras foram criadas para manuscritos e formatos de
referências para a Biblioteca Nacional de Medicamentos, mas o grupo ganhou espaço e sua
forma de referência vem sendo adotada pelo Comitê Internacional de Editores de Revistas
Médicas ICMJE (OLIVEIRA, 2014).
A título de ilustração, queremos destacar nossos dados de pesquisa em discussão com
impacto desse sistema de referência na área. Começamos dando um exemplo de como a área
cita outros autores, trazidos para o texto, usando o estilo de Vancouver e de como isso
influencia seu posicionamento frente à palavra de outrem. Segue um exemplo:
Dos artigos analisados, apenas dois, que são da revista B1 da área da Educação Física,
não possuem uma seção para a descrição metodológica da pesquisa. Esse dado também foi
identificado nos artigos analisados anteriormente, isso porque, conforme dito anteriormente, o
paradigma que predomina da área da saúde (positivista) privilegia o rigor metodológico.
Vejamos como essa seção se constitui linguisticamente nos artigos:
O rigor exigido nessa área parece-nos revelar uma orientação positivista quanto ao
processo de construção do conhecimento científico, a ponto de o resumo,
predominantemente empírico/experimental, transformar-se em uma espécie de
gênero formulaico constituído de itens ou seções intitulados(as) que devem ser
preenchidos pelo pesquisador e que, muitas vezes, funcionam como elementos
coesivos conectores das partes do resumo (LEITÃO; PEREIRA, 2014, p. 27).
Esses excertos das falas dos enfermeiros estão perpassados pelo contexto social em
que estão inseridos, caracterizando-os como vozes sociais para nossa análise. Bronckart
(1999) afirma que:
Ou seja, essas vozes dos enfermeiros entrevistados contribuem para a avalição externa,
na qual podemos destacar uma polifonia em relação às vozes sociais de um coletivo de
trabalho, de profissão.
Sobre as formações sociais, Bronckart (2008) esclarece que “são as formas concretas
que as organizações da atividade humana, assumem, em função dos contextos físicos,
econômicos e históricos” (BRONCKART, 2008, p. 113).
Em nosso caso, estamos analisando as respostas dos entrevistados como uma forma
concreta de conhecimento da área, uma vez que são vozes de uma organização que está
inserida no contexto do fazer científico da área explorada.
Ainda dentro dessa discussão sobre os discursos, destacamos a presença do discurso
do pesquisador em Enfermagem em relação ao profissional enfermeiro. Quando o pesquisador
avalia a profissão “enfermeiro”, há um discurso que perpassa basicamente todas as posições,
que é sobre a negligência e desvalorização do profissional da Enfermagem. Isso demonstra a
presença do mundo subjetivo do contexto de produção influenciando o posicionamento dos
autores. Vejamos nos textos:
Os trechos acima foram retirados de artigos que fazem uma reflexão sobre o contexto
de trabalho da enfermagem e como isso estava relacionado ao profissional da saúde. Pudemos
perceber que quando o pesquisador se coloca para observar esse trabalhador que é inerente a
ele, existe um discurso uno das dificuldades e limitações enfrentadas no trabalho na área. O
estresse foi mencionado mais de uma vez, a baixa remuneração e sua pouca autonomia
contribuem para uma visão realista e sem romantismos da profissão.
Sobre o conjunto de parâmetros que podem exercer influência na forma como o texto é
organizado, Bronckart (1999) denomina de contexto de produção. Os fatores que influenciam
a organização dos textos podem ser agrupados em dois conjuntos: o primeiro relaciona-se ao
mundo físico; e o segundo, ao mundo social e subjetivo.
Conforme dito anteriormente, o mundo físico diz respeito ao lugar de produção,
momento de produção, quem é o emissor e quem é o receptor. O mundo social se relaciona
com as normas, valores e regras sociais que regem a interação comunicativa; e o mundo
subjetivo considera a imagem que o agente dá de si ao agir. O contexto sociossubjetivo pode
ser decomposto em quatro parâmetros principais, que são: o lugar social da interação, a
posição social do emissor, a posição social do receptor e o objetivo da interação
(BRONCKART, 1999, p. 93-94).
No nosso caso, a posição social do pesquisador em enfermagem é também de
profissional da área tornando-se um enunciador basicamente do mesmo nível do receptor,
uma vez que os artigos são textos que circulam na academia para profissionais formados ou
futuros profissionais. Nesse caso, o mundo subjetivo está intimamente ligado ao social, pois
ao mesmo tempo em que o pesquisador fala sobre o profissional, ele também tem uma
imagem de si quando age. Bronckart (1999) esclarece que um emissor pode produzir um texto
assumindo diferentes papéis sociais e que a instância responsável pela produção de um texto
deve ser definida de um ponto de vista físico e de um ponto de vista sociossubjetivo.
Considerando esta explicação, podemos afirmar que o enfermeiro-pesquisador adota
diferentes papéis sociais para falar do contexto profissional na saúde e isso determina o seu
ponto de vista sociossubjetivo por meio das expressões e vozes presentes nos artigos.
Em contrapartida, ao mesmo tempo em que o enfermeiro-pesquisador relata o contexto
pouco favorável em que trabalha e a falta de reconhecimento de sua profissão, ele afirma a
responsabilidade em exercê-la e talvez por isso, essa questão da desvalorização desse
profissional esteja tão em pauta nos artigos científicos que possuem esse tema. Vejamos seus
posicionamentos nos artigos:
Uma avaliação de alguns elementos do conteúdo temático, apoiada nos valores, nas
opiniões e nas regras constitutivas do mundo social, apresentando os elementos do
conteúdo como sendo do domínio do direto, da obrigação social e/ou da
conformidade das normas de uso (BRONCKART, 1999, p. 331).
As modalizações que podem ser consideradas deônticas, uma vez que avalia o
conteúdo temático a partir de uma voz social, são as duas ocorrências dos verbos “dever” e
“poder”, os quais demonstram ser do domínio direto da obrigação social do enfermeiro
dialogando com sua responsabilidade de profissional. Atreladas à responsabilidade
profissional, estão as modalizações pragmáticas a partir das ocorrências: “é de
responsabilidade do enfermeiro” e “é preciso que os profissionais da saúde sejam capazes de
garantir” que buscam, conforme foi dito, explicitar os aspectos de responsabilidade de uma
entidade constitutiva do conteúdo temático.
Para dialogar com esses dados, traremos, agora, as concepções dos entrevistados sobre
o objeto e o conceito do objeto de estudo da Enfermagem, no qual as respostas se
encaminharam para o fazer profissional na área.
Dos vinte e quatro entrevistados, treze responderam que o conceito de objeto da
Enfermagem está ligado ao cuidado com o ser humano em todas as suas dimensões e
contextos; cinco responderam que o objeto da enfermagem se relaciona com a tríade: saúde,
doença e tratamento; quatro responderam que o objeto é inerente ao trabalho em enfermagem;
e duas respostas foram desconsideradas por nós, por não apresentarem coerência em relação à
pergunta. Seguem algumas respostas:
Por exemplo, alguns cientistas, talvez especialmente aqueles nas ciências da vida,
acreditam que uma discussão longa sugere que a metodologia e os resultados estão
fracos, enquanto que cientistas sociais e humanistas podem bem acreditar o oposto
(SWALES; FEAK, 2004, p. 268 apud MOTTA-ROTH; HENDGES, 2010, p. 126).
Conclusões
Referências
BALTAR, M. O conceito de tipos de discurso e sua relação com outros conceitos do ISD. In:
GUIMARÃES, A. M. de M.; MACHADO, A. R.; COUTINHO, A. O interacionismo
sociodiscursivo: questões epistemológicas e metodológicas. São Paulo: Mercado de letras,
2007.
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BRONCKART, J-P. Atividades de linguagem, textos e discursos. São Paulo: Educ, 1999.
.______ O agir nos discursos: das concepções teóricas às concepções dos trabalhadores São
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GUIRRA, F. J. S. Trabalho corporal na educação infantil: afinal, quem deve realiza-lo? In:
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<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1980-65742010000300019>
Acesso em: 20 de set de 2015.
MACIEL, M. G.. Atividade física e funcionalidade do idoso. In: Motriz, Rio Claro, p. 1024-
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20 de set de 2015.