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DESCOBRINDO OS
SEMICONDUTORES
O descobrimento e utilização dos semicondutores trouxe uma
verdadeira revolução no campo da eletrônica, porque conseguimos
maior desempenho dos circuitos e também a sua miniaturização.
Antes de estudarmos os componentes semicondutores, vamos
analisar a estrutura atômica dos materiais básicos dos quais são
fabricados os Semicondutores, assim entenderemos melhor seu
comportamento e função.
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DESCOBRINDO OS SEMICONDUTORES

SEMICONDUTORES CLASSIFICAÇÃO

Lembre-se que todos os materiais na natureza podem ser classificados


de acordo com o seu comportamento com a corrente elétrica. Este
ADULTOS CRIANÇAS
podem ser classificados em três grupos: condutores, isolantes e
semicondutores. NÍVEL DE DIFICULDADE

Os condutores são materiais que permitem a passagem de corrente FÁCIL INTER DIFÍCIL
elétrica com facilidade, enquanto que, inversamente, os isolantes
bloqueiam a passagem do mesmo. Existe um terceiro material que
podem comportar-se como condutores ou isoladores de acordo com
os estímulos externos aplicados a elas (corrente, tensão, calor, luz,
etc.). Os materiais com estas características, são chamados de
semicondutores.

A característica principal dos semicondutores, diferentemente dos con-


dutores e dos isolantes está na sua estrutura atômica. Tudo no universo
é composto de átomos e que estes por sua vez são compostas por um
núcleo central em que algumas partículas pequeniníssimas chamadas
prótons e nêutrons. Os prótons são carregados positivamente, enquanto
os nêutrons, como o próprio nome indica, são neutros, ou seja, não têm
carga elétrica. Ao redor giram os elétrons que são carregados negativa-
mente. Do ponto de vista elétrico estamos interessados ​​apenas nesses
elétrons encontrados na camada mais externa do átomo, chamada
de camada de valência, uma vez que estas são o que determinam
a condutividade de um material, ou seja, a facilidade de entregar
portadores de carga.

Núcleo (formado pelos


Camada
Prótons e Nêutrons) de Valência

Elétrons

Representação
de um Átomo

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Os condutores, como o cobre, a prata e o ouro, têm Um cristal semicondutor puro, como o descrito
pouquíssimos elétrons na faixa de valência, tipica- anteriormente, é um isolante perfeito a temperaturas
mente 1, e os mesmos são fracamente atraídos pelo próximas ao zero grau. Entretanto, à medida que
núcleo. Portanto, sob a influência de uma força ex- aumenta a temperatura, a agitação térmica faz, com
terna, esses elétrons de valência podem facilmente que alguns elétrons de valência rompam os enlaces
escapar do átomo, convertendo-se em elétrons que os mantém ligados ao cristal e se convertam em
livres que viajam ou migram através do material e elétrons livres, permitindo a circulação de correntes
participam na criação das correntes elétricas. elétricas.

Camada A saída de um elétron da faixa de valência deixa


de Valência sempre na mesma um espaço vazio carregado
positivamente chamado Lacuna, a qual é preenchido
por outro elétron livre ou por um elétron de valência
pertencente a um átomo vizinho.

Átomo
de Cobre

Os isolantes, por sua vez, têm muitos elétrons de


valência, tipicamente 8, e os mesmos estão forte-
mente ligados ao núcleo. Portanto, é muito difícil
Átomo
convertê-los em elétrons livres e obrigá-los a participar de Silício
na criação de uma corrente elétrica.
Portanto, dentro de um semicondutor onde circula
uma corrente há um movimento permanente de
elétrons e lacunas movendo-se ou propagando-
se em direções opostas. Posto que o número de
lacunas é sempre igual ao número de elétrons livres,
a corrente de elétrons (real) é sempre da mesma
grandeza que a corrente de lacunas (convencional).
À medida que aumenta a temperatura, cresce tam-
bém o número de pares elétron-lacuna e, portanto,
Átomo
aumenta a grandeza de ambas as correntes.
de Neon

Os semicondutores, como o silício e o germânio, Tome Nota


se caracterizam por serem tetravalentes, ou seja,
por ter quatro elétrons de valência. Estes elétrons O material semicondutor puro sobre o qual se reali-
formam enlaces com os elétrons de valência dos za o processo de dopagem para se obter um semi-
condutor extrínseco é conhecido como substrato.
átomos vizinhos produzindo um padrão tridimen-
A maioria dos dispositivos semicondutores prá-
sional regular chamado rede cristalina ou cristal. Em
ticos utilizam silício como substrato por ser um
um cristal semicondutor puro, cada átomo comparte elemento muito estável, econômino e abundante.
seus elétrons de valência com os átomos vizinhos
até ficar quimicamente estável, ou seja com 8 elé-
trons em sua órbita mais externa (Lei do Octeto). Semicondutores Extrinsecos

Os cristais semicondutores puros ou intrínsecos


são raramente empregados em Eletrônica, porque
em seu estado natural, possuem muito poucos elé-
trons livres e precisam de grande quantidade de
energia para transportar a corrente. Na prática, os
materiais utilizados na fabricação de diodos, transis-
tores, circuitos integrados, etc., são dopados, ou seja,
possuem quantidades muito pequenas mas
controladas, de impurezas denominadas dopantes
Átomo que são as que determinam suas características,
de Silício Estes tipos de semicondutores são denominados
extrínsecos.

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Os dopantes utilizados nos semicondutores ext- Os substratos dopados com impurezas trivalentes
rínsecos são invariavelmente átomos de elementos são denominados semicondutores tipo P. Nestes,
químicos pentavalentes ou trivalentes, ou seja, com três elétrons de valência do átomo dopante formam
cinco ou três elétrons de valência. Devido à concen- enlaces covalentes com três átomos vizinhos de
tração de dopante, que é extremamente pequena, silício. O elétron faltante origina uma lacuna, que se
da ordem de um átomo de impureza por cada comporta como uma carga positiva livre, capaz de
duzentos milhões de átomos de silício, estes últimos atrair um elétron externo. Portanto, um semicondu-
sempre envolverão aos primeiros e compartilharão tor tipo P é um aceitador de elétrons. Os principais
seus elétrons de valência como no cristal original, elementos utilizados como impurezas aceitadoras
com a diferença que agora um átomo de silício por em cristais de silício são o alumínio e o boro. para
um átomo de impureza. cristais de germânio, utilizam-se o índio e o gálio.

Pentavalentes Como resultado da adição de impurezas, um semi-


(impureza doadora) condutor do tipo N possui mais elétrons livres do
que lacunas, e um semicondutor tipo P possui mais
Exemplos: lacunas do que elétrons. As cargas em excesso são

Antimônio
Sb denominadas portadores majoritários e as cargas
em deficiência portadores minoritários.
Arsênio
Fósfora
Átomo de Antimônio

Trivalentes
(impureza aceitadora)

Exemplos:
Boro
B B

Alumínio
Gálio
Átomo de Bóro

Os substratos dopados com impurezas pentava-


lentes são denominados semicondutores tipo N.
Nestes quatro de cinco elétrons de valência do Semicondutor tipo P
átomo dopante formam enlaces covalentes com
os quatro átomos vizinhos. O elétron restante não Portanto, em um semicondutor tipo N, os portadores
fica ligado a nenhum átomo e é livre para mover-se majoritários são os elétrons e os portadores minori-
através do cristal, convertendo-se em um portador tários as lacunas. Por outro lado, em um semicondu-
potencial de corrente. Portanto, um semicondutor tor tipo P, os portadores majoritários são as lacunas
tipo N é um doador de elétrons. O principal elemen- e os portadores minoritários são os elétrons.
to utilizado como doador em cristais de silício é o
fósforo. Para cristais de germânio utilizam-se o anti- Quando se aplica uma tensão a um semicondu-
mônio e o arsênico. tor tipo N ou P, o resultado é a circulação através
do mesmo de uma corrente relativamente grande
devido aos portadores majoritários e uma corrente
relativamente pequena devido aos portadores mi-
noritários. Esta última, que é da ordem dos micro-
ampères (µA), denomina-se corrente de fuga e de-
pende principalmente da temperatura.

Sb
Tome Nota

O material semicondutor puro sobre o qual se reali-


za o processo de dopagem para se obter um semi-
condutor extrínseco é conhecido como substrato.
A maioria dos dispositivos semicondutores prá-
ticos utilizam silício como substrato por ser um
elemento muito estável, econômino e abundante.
Semicondutor tipo N

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Uniões PN

Os semicondutores tipos N e P, por si mesmos não Se aplicarmos uma tensão externa com a polari-
tem maior utilidade prática, exceto quando estão for- dade indicada, o efeito da barreira se acentua. Sob
temente dopados, e neste caso emprega-se como esta condição, denominada polarização inversa, o
resistores que dependem da temperatura. Um dis- pólo positivo (+) da bateria atrai os elétrons livres
positivo muito mais útil é a união PN, obtida ao do- do material lipo N e o pólo negativo (-) as lacunas
par um cristal de silício ou germânio puro (substrato) do material tipo (P). Como resultado, a zona de
com impurezas pentavalentes e trivalentes de modo esgotamento se alarga e a união PN apresenta uma
que uma metade seja tipo N e a outra metade seja resistência muito elevada à passagem da corrente,
tipo P. comportando-se como um isolante. Somente uns
poucos portadores minoritários (algumas lacunas
Todos os dispositivos semicondutores, incluindo os em N e alguns elétrons em P) conseguem atravessar
diodos, transistores, tristores e circuitos integrados a barreira, permitindo que circule urna corrente de
(CIs), estão baseados na combinação de duas ou fuga muito fraca.
mais capas alternadas de materiais dos tipos N e
P, ou seja, possuem uma ou mais uniões PN. Um Polarização Inversa
diodo, por exemplo, é uma união PN.
Zona de
Esgotamento
Barreira de Potencial em formação

Zona
de Esgotamento

Em uma união PN há inicialmente um excesso de Se for aplicada uma tensão externa com a polari-
elétrons livres no lado N e de lacunas no lado P. Por- dade indicada, o efeito da barreira se atenua. Sob
tanto, alguns elétrons do lado N serão atraídos por esta condição, denominada polarização direta, o
algumas lacunas do lado P, e vice-versa. O proces- pólo (+) da bateria repele as lacunas de P e o pólo
so de intercâmbio de cargas, que é extremamente (-) os elétrons de N, permitindo que atravessem a
rápido, continuará até que na divisa entre os dois união. Como resultado, a zona de esgotamento se
materiais, denominada zona de esgotamento, seja estreita e a união PN apresenta uma resistência mui-
formada uma barreira elétrica de tensão que impede to baixa à passagem da corrente, comportando-se
a passagem de um maior número de portadores como um condutor.
majoritários de um lado para o outro.
Polarização Direta
Barrera de Potencial formada

Barreira de Potencial
(0,6V)

A formação de uma zona de esgotamento é a que


faz útil uma união PN, já que as suas características
podem ser controladas externamente para conseguir
que a mesma se comporte como um condutor ou
um isolante, uma resistência, um condensador, uma
referência de tensão, etc. Tipicamente, o potencial
da barreira é da ordem de 0,6V para uniões PN de
silício e de 0,3V para uniões PN de germánio.

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