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GEOGRAFIA BRASILEIRA
Batatais
Claretiano
2016
© Ação Educacional Claretiana, 2015 – Batatais (SP)
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma
e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o
arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação
Educacional Claretiana.
918.1 C211g
ISBN: 978-85-8377-465-5
CDD 918.1
INFORMAÇÕES GERAIS
Cursos: Pós-Graduação
Título: Geografia Brasileira
Versão: fev./2016
Formato: 15x21 cm
Páginas: 125 páginas
SUMÁRIO
CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................... 9
2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS............................................................................. 12
3. ESQUEMA DOS CONCEITOS-CHAVE................................................................ 16
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 17
5. E-REFERÊNCIAS................................................................................................. 18
Conteúdo
Formação do território nacional e divisões político-
-administrativas. Domínios morfoclimáticos brasileiros.
Biomas brasileiros. Cidades no Brasil. Geografia agrária no
Brasil.
Bibliografia Básica
CARLOS, A. F. A.; OLIVEIRA, A. U. (Org). Geografia das metrópoles. São Paulo: Contexto,
2006.
FELICIANO, C. A. Movimento camponês rebelde: a reforma agrária no Brasil. São Paulo:
Editora Contexto, 2006. v. 1.
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
Bibliografia Complementar
AB´SABER, A. N. Ecossistemas do Brasil. São Paulo: Metalivros, 2008.
______. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. 4. ed. São
Paulo: Ateliê Editorial, 2007.
CARLOS, A. F. A. O lugar no/do mundo. São Paulo: HUCITEC, 1996.
______. Espaço urbano. São Paulo: Labur Edições, 2007.
CUNHA, S. B.; GUERRA, A. J. T. (Orgs.). Geomorfologia e meio ambiente. Rio de Janeiro:
Bertrand Brasil, 2000.
IBGE. Manual técnico da vegetação brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 1992.
MARTINS, J. S. Os camponeses e a política no Brasil: as lutas sociais no campo e seu
lugar no processo político. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1990.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
OLIVEIRA, A. U. A geografia das lutas no campo. 10. ed. rev. e ampl. São Paulo:
Contexto, 2001.
RIZZINI, C. T. Tratado de fitogeografia do Brasil: aspectos ecológicos. São Paulo:
Hucitec, 1976.
SERPA, A. O espaço público na cidade contemporânea. São Paulo: Contexto, 2007.
ZAVATTINI, J. A. Estudos do clima no Brasil. São Paulo: Alínea, 2004.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
1. INTRODUÇÃO
Caro aluno, seja bem-vindo ao estudo da obra Geografia
Brasileira!
Esta obra visa estudar o Brasil, um país que apresenta,
segundo dados do IBGE (2000), mais de oito milhões de km2 de
área, localizado, quase na sua totalidade, em uma faixa de clima
tropical.
Apesar de alguns conteúdos serem de conhecimento
comum, vamos “descobrir de novo” o Brasil. Entenderemos a sua
geografia, destacando os diversos aspectos de recursos naturais
e antrópicos e, consequentemente, a interligação entre eles.
Para isso, as unidades estão organizadas de forma que os
conteúdos sejam apresentados aos poucos, de uma maneira
didática. Dessa forma, objetiva-se proporcionar a você, aluno,
uma visão sobre o Brasil, entendendo a geografia brasileira
como um estudo integrador de conhecimentos, percebendo o
país como fruto de um processo histórico complexo, de modo a
compreender a diversidade existente no Brasil.
O Brasil é um país com grandes dimensões, localizado em
sua maior parte ao sul do paralelo do Equador e totalmente a
oeste do Meridiano de Greenwich. Ele apresenta influências de
massas de ar continentais e marítimas e uma amplitude térmica
variável ao longo do território. Concomitantemente, possui
altitudes e características geológicas distintas.
Todo esse panorama de diversidade física influi nas
características biológicas brasileiras, tendo desde grandes
florestas até formações arbustivas e gramíneas. De forma macro,
podemos pensar nos seguintes biomas brasileiros: Caatinga,
Cerrado, Floresta Amazônica, Mata Atlântica, Pampas, Floresta
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2. GLOSSÁRIO DE CONCEITOS
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida
e precisa das definições conceituais, possibilitando um bom
domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de
conhecimento dos temas tratados.
1) Agentes endógenos de formação de relevo: agentes
internos que atuam na formação do relevo. Exemplo:
vulcanismo, tectonismo e abalos sísmicos.
2) Agentes exógenos de formação de relevo: agentes
externos que atuam na formação do relevo. Exemplo:
ventos, temperatura e chuva.
3) Agroecologia: uma abordagem da agricultura
considerada sustentável. Nessa abordagem, diversos
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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACIESP. Glossário de ecologia. São Paulo: Academia de ciências do Estado de São
Paulo, 1987.
ALVARENGA, A. et al. Histórico, fundamentos filosóficos e teórico-metodológicos da
interdisciplinaridade. In: PHILIPPI, A. et al. Interdisciplinaridade em ciência, tecnologia
e inovação. Manole: São Paulo, 2011.
CAPES. Interdisciplinaridade como desafio para o avanço da ciência e da tecnologia.
In: PHILIPPI JUNIOR, A. et al. (Orgs). Coordenação de área interdisciplinar: catálogos
de programa de pós graduação mestrado e doutorado. Brasília: CAInter/Capes, 2008.
p. 2. 1 CD-ROM.
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro
comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.
DEMÉTRIO, M.; ARAÚJO, R. Geografia: a construção do mundo. São Paulo: Moderna,
2005.
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CONTEÚDO INTRODUTÓRIO
NARVAES, P. Dicionário ilustrado de meio ambiente. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis
Editora; Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2012.
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1998.
5. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. ANA – Agência Nacional das Águas. Missão. Disponível em: <www2.ana.gov.
br/Paginas/institucional/SobreaAna/abaservinter1.aspx>. Acesso em: 18 nov. 2015.
DICIONÁRIO DE LATIM. Uti possidetis. Disponível em: <http://www.dicionariodelatim.
com.br/uti-possidetis/>. Acesso em: 18 nov. 2015.
BRASIL. IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Homepage.
Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/>. Acesso em: 18 nov. 2015.
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UNIDADE 1
FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL E
DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
Objetivos
• Entender a formação do território nacional no decorrer do tempo.
• Compreender a evolução da divisão territorial do Brasil.
• Analisar a formação territorial brasileira sob uma perspectiva histórica de
formação.
Conteúdos
• Conceito de território.
• Evolução da formação do território brasileiro.
• Regionalização do Brasil.
• Divisões político-administrativas.
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UNIDADE 1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL E DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
1. INTRODUÇÃO
O Brasil possui, atualmente, 26 estados e um Distrito
Federal, divididos em cinco regiões. Porém, essa divisão político-
administrativa nem sempre foi dessa forma, ela se modificou
no decorrer do tempo. Essa atual divisão é fruto de diferentes
ciclos econômicos da época colonial, de domínios estrangeiros,
de guerras, entre outros fatores.
A formação do território brasileiro, desde a colonização,
esteve ligada a diversos fatores, dentre eles, os interesses
econômicos. No começo da colonização, as atividades
extrativistas e o cultivo da cana-de-açúcar limitaram a expansão
territorial às zonas litorâneas. Com o passar dos anos, as fronteiras
brasileiras tiveram de ser ampliadas devido a outras atividades
que surgiram, como a extração de ouro e pedras preciosas, o que
gerou a colonização e povoamento da região de Minas Gerais. E
assim foram sucessivos ciclos econômicos, produzindo o espaço
territorial brasileiro.
Nesta unidade, antes de abordarmos o processo de
formação do Brasil, abordaremos o conceito de território e
sua definição. Traçaremos um raciocínio sobre os conceitos
geográficos de território, principalmente sob a perspectiva de
Milton Santos.
Faremos, também, um breve histórico brasileiro, abordando
o aspecto do território e da formação do Brasil. Apresentaremos
conteúdos-chave para o entendimento da formação atual da
divisão político-administrativa dos estados brasileiros e do
Distrito Federal.
Bom estudo!
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2.1. TERRITÓRIO
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<www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/
default_territ_area.shtm>. Acesso em: 13 nov. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) A formação do território brasileiro iniciou-se somente com a colonização?
Por quê?
2) Qual a importância da União Ibérica para a formação territorial do Brasil
atual?
3) Como é a divisão político-administrativa atual do Brasil?
a) O Brasil é atualmente dividido em 26 estados e um Distrito Federal.
b) O Brasil é dividido em cinco regiões, cada uma com uma forma de go-
verno específica.
c) A divisão do Brasil é feita em estados independentes administrados
por condados.
d) O Brasil é dividido em 26 estados.
e) A divisão do Brasil é composta por diversas regiões sob governo do
Distrito Federal.
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UNIDADE 1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL E DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
6) O que é território?
a) Porção de um país sob jurisdição internacional.
b) Parte de um município com uma formação geomorfológica específica.
c) Área do país com uma delimitação pelo setor censitário do IBGE.
d) É um conceito geográfico ligado às características físicas de um país.
e) Área delimitada por uma fronteira política ou submetida a um poder
político.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) Não. Anteriormente ao descobrimento oficial do Brasil, em 1500, já existia
o Tratado de Tordesilhas, que dividia o território do Brasil atual.
3) a.
4) d.
5) Essa divisão não é a mais apropriada, pois não considera aspectos cultu-
rais ou econômicos.
6) e.
5. CONSIDERAÇÕES
Com o estudo desta unidade, podemos entender um pouco
melhor como foi o processo de formação territorial do Brasil e sua
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UNIDADE 1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL E DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
6. E-REFERÊNCIAS
DICIONÁRIO DE LATIM. Uti possidetis. Disponível em: <http://www.dicionariodelatim.
com.br/uti-possidetis/>. Acesso em: 13 nov. 2015.
Lista de figuras
Figura 1 Divisão do mundo entre Portugal e Espanha. Disponível em: <http://
marioquintas.no.sapo.pt/imagens/tordesilhas.jpg>. Acesso em: 13 nov. 2015.
Figura 2 Capitanias hereditárias brasileiras. Disponível em: <http://www.historia-
brasil.com/mapas/teixeira-1574.htm>. Acesso em: 13 nov. 2015.
Figura 3 Tratado de Madri. Disponível em: <www.grupoescolar.com/pesquisa/tratado-
de-madri.html>. Acesso em: 13 nov. 2015.
Figura 4 Formação do Brasil em 1793. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/
organizacao_territorial/divisao_territorial/evolucao_da_divisao_territorial_do_
brasil_1872_2010/evolucao_da_divisao_territorial_do_brasil_publicacao_completa.
pdf>. Acesso em: 2 dez. 2015.
Figura 5 Tratado de Ildefonso. Disponível em: <http://slideplayer.com.br/
slide/335869/>. Acesso em: 13 nov. 2015.
Figura 6 Formação do Brasil em 1822. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/
organizacao_territorial/divisao_territorial/evolucao_da_divisao_territorial_do_
brasil_1872_2010/evolucao_da_divisao_territorial_do_brasil_publicacao_completa.
pdf>. Acesso em: 2 dez. 2015.
Figura 7 Estados e capitais do Brasil. Disponível em: <http://2.bp.blogspot.
com/-HOOywAtmtpk/T7rU8KXQPBI/AAAAAAAABlU/fpgQdGA6dqE/s640/
MAPA+DO+BRASIL.gif>. Acesso em: 13 nov. 2015.
Figura 8 Regiões do Brasil. Disponível em: <http://geografiaescolaroficial.blogspot.
com.br/2014/10/brasil-organizacao-politico.html>. Acesso em: 13 nov. 2015.
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UNIDADE 1 – FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO NACIONAL E DIVISÕES POLÍTICO-ADMINISTRATIVAS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALVES, F. L. O tratado de Petrópolis: interiorização do conflito de fronteiras. Revista de
Informação Legislativa, Brasília, v. 42, n. 166, p. 131-149, abr./jun. 2005.
DEMÉTRIO, M; ARAÚJO, R. Geografia: a construção do mundo. São Paulo. Moderna,
2005.
FERREIRA, A. B. H. Mini Aurélio: o dicionário da língua portuguesa. 4. ed. Rio de
Janeiro: Nova Fronteira, 2002.
LUFT, C. P. Minidicionário Luft. 20. ed. São Paulo: Ática, 2000.
SANTOS, M. Por uma nova geografia. São Paulo: Hucitec, 1978.
SAQUET, M. A; SILVA, S. S. Milton Santos: concepções de geografia, espaço e território.
Geo UERJ, Rio de Janeiro, ano 10, v. 2, n. 18, p. 24-42, 2. sem. 2008.
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UNIDADE 2
DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS
BRASILEIROS
Objetivos
• Entender e relacionar clima e vegetação alinhando fatores físicos com
fatores bióticos brasileiros.
• Entender as formações geomorfológicas brasileiras.
• Compreender as influências existentes dos fatores físicos nos fatores
bióticos e vice-versa.
Conteúdos
• Recursos naturais.
• Hidrografia Brasileira.
• Geomorfologia e Geologia Brasileira.
• Clima no Brasil.
• Biomas brasileiros.
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
1. INTRODUÇÃO
O Brasil apresenta uma diversidade de climas, relevos, solos
e vegetações. Esses aspectos são os recursos naturais brasileiros.
Recurso significa bem, fortuna, riqueza ou posse, tanto
material quanto imaterial. Recurso natural é um bem oriundo
da natureza, seja matéria ou energia utilizada pelo homem. São
exemplos de recursos naturais: água, solo, vento, minérios e
madeira.
Dentre os recursos naturais, um dos mais importantes é a
água. Ela é fator fundamental para a formação do relevo, clima e
biomas e para a manutenção da vida.
Nesta unidade, será abordado o tema de recursos naturais
brasileiros, divididos em: geomorfologia, geologia, clima e
biomas.
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2.2. HIDROGRAFIA
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Jequitinhonha,
Atlântico Leste 388 mil 4,5%
Paraguaçú e Pardo
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% do
Região Hidrográfica Área* (km2) Principais Rios
território
Paraná, Tietê e
Paraná 879 mil 10,0%
Paranapanema
Preto e Paraíba do
Atlântico Sudeste 214 mil 2,6%
Sul
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
Geologia
Toda a estrutura de relevo está localizada na parte mais
superficial da terra, denominada litosfera, como podemos ver na
Figura 2.
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
Geomorfologia
A classificação do relevo brasileiro foi alterando-se no
decorrer do tempo, devido, principalmente, a uma melhoria
tecnológica, que possibilitou levantamentos mais aprofundados.
A primeira classificação de relevo brasileiro foi a de
Aroldo de Azevedo, por volta de 1940. As unidades de relevo
representadas foram: planalto e planície, utilizando a altimetria
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Clima
O clima não é algo formado apenas pela temperatura local.
Para entender um pouco sobre o tema, primeiro é interessante
conhecer a diferenciação de clima e tempo, pois são muito
diferentes.
A diferença fundamental entre esses dois fatores está
associada à escala temporal em que eles se relacionam, além da
diferença do objeto de estudo entre clima e tempo.
Em meios de comunicação, é muito comum ouvirmos falar
da previsão do tempo. O tempo reflete as condições atmosféricas
momentâneas. Por exemplo: o tempo hoje está encoberto, com
forte tendência a “pancadas” de chuva.
O clima refere-se a condições permanentes de um local,
que proporciona uma determinada previsão de tempo. Por
exemplo, Curitiba é mais fria que Salvador, pois está em uma
latitude maior e apresenta grande influência de massas de ar
frias.
Portanto, o objeto de estudo desta unidade será o clima
no Brasil e não o tempo. O clima é influenciado por uma série
de fatores, sendo os principais: altitude, latitude, umidade,
correntes marítimas e massas de ar.
A altitude é um grande fator de influência, pois quanto
mais elevada a região, menor a sua temperatura. Isso é fácil de
se entender ao ver fotos de grandes montanhas cobertas de
neve e gelo. Porém, regiões quentes também podem apresentar
montanhas cobertas de gelo e de neve. Para ilustrar, na Figura
6, temos o Monte Kilimanjaro, na África. Na imagem, é possível
verificar o contraste entre as regiões savânicas quentes e o
monte coberto de neve ao fundo.
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Biomas brasileiros
A vegetação brasileira, acompanhando o clima, a geologia
e a geomorfologia, apresenta grande complexidade. Diversos
autores, ao longo do tempo, classificaram a vegetação de
diferentes formas, com diferentes critérios. Porém, um conceito
que permite algumas homogeneizações é o de bioma. Segundo
Coutinho (2006, p. 14), bioma é:
[…] uma área de até mais de um milhão de quilômetros
quadrados, que tem por características a uniformidade de um
macroclima definido, de uma determinada fitofisionomia ou
formação vegetal, de uma fauna e outros organismos associados,
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
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3.2. HIDROGRAFIA
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4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O domínio morfoclimático predominante no nordeste é:
a) Caatinga.
b) Agreste.
c) Amazônico.
d) Restinga.
e) Mata Atlântica.
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
4) Luis Gonzada, na música Xote das Meninas, diz: “Mandacaru quando “fu-
lora” na seca. É o sinal que a chuva chega no sertão”. O trecho da música
fala que o mandacaru floresce pouco antes da chuva chegar no sertão. Por
que isso ocorre?
a) É uma adaptação da vegetação amazônica para resistir ao calor.
b) É porque a planta possui células com fototropismo que percebe a
presença da chuva.
c) É uma adaptação de uma planta típica da caatinga, que, ao perceber
o aumento da umidade relativa do ar, floresce para que as sementes
possam germinar durante a época de chuva.
d) Não existe relação nenhuma entre o florescimento e a chuva. Luis
Gonzaga escreveu dessa forma apenas para dar um tom poético à
música.
e) Não existe relação nenhuma entre o florescimento e a chuva. O
mandacaru não apresenta flores.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) e.
2) d.
3) b.
4) c.
5. CONSIDERAÇÕES
O entendimento da geografia física do Brasil é fundamental
para garantir a preservação de seus recursos naturais. Existem
diversos exemplos de recursos naturais, que, devido à degradação
ambiental, estão se tornando cada vez mais escassos, o que
justifica que a natureza não seja um recurso natural renovável.
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
6. E-REFERÊNCIAS
BRASIL. ANA – Agência Nacional de Águas. Bacias hidrográficas. Disponível em:
<www2.ana.gov.br/Paginas/portais/bacias/default.aspx>. Acesso em: 16 nov. 2015.
CAMPOS, D. M. G. Recursos naturais: renováveis versus não renováveis, resiliência
e o uso sustentável. Disponível em: <http://bbs.edu.br/angola/wp-content/
uploads/2015/10/Recursos-Naturais-x-Sustentabilidade.pdf>. Acesso em: 23 nov.
2015.
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
COUTINHO, L. M. O conceito de bioma. Acta bot. bras., São Paulo, v. 20, n. 1, p. 13-
23, jan./mar. 2006. Disponível em: <www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&
pid=s0102-33062006000100002&lng=en&nrm=iso>. acesso em: 16 nov. 2015.
FREITAS, E. Correntes marítimas. Disponível em <http://www.brasilescola.com/
geografia/correntes-maritimas.htm>. Acesso em: 16 nov. 2015.
Lista de Figuras
Figura 1 Regiões hidrográficas brasileiras. Disponível em: <http://i0.wp.com/
blogmurilocardoso.files.wordpress.com/2012/01/regic3b5eshidrograficas.png>.
Acesso em: 16 nov. 2015.
Figura 2 Litosfera terrestre. Disponível em: <www.brasilescola.com/geografia/litosfera.
htm#>. Acesso em: 16 nov. 2015.
Figura 3: Classificação do relevo segundo Aroldo de Azevedo. Disponível em: <http://2.
bp.blogspot.com/_D6_UlKidjlE/Sb11Kt-0VwI/AAAAAAAAAyI/SIjvQCKAWOo/s640/
Brasil+relevo+Classifica%C3%A7%C3%A3o+Aroldo+de+Azevedo.jpg>. Acesso em: 16
nov. 2015.
Figura 4 Classificação do relevo segundo Aziz Ab´Saber. Disponível em: <http://redes.
moderna.com.br/wp-content/uploads/2011/10/Geografia-relevo.jpg>. Acesso em: 16
nov. 2015.
Figura 5 Classificação do relevo segundo Jurandyr Ross. Disponível em: <http://3.
bp.blogspot.com/-C2qi7oXNyaU/UYj0foKrtQI/AAAAAAAAE60/nPlGcy5gy-s/s1600/
Mapa+Jurandir.JPEG >. Acesso em: 24 jun. 2015.
Figura 6 Monte Kilimanjaro. Disponível em: <http://viajem.net/wp-content/
uploads/2010/05/ro.jpg>. Acesso em: 16 nov. 2015.
Figura 7 Principais latitudes. Disponível em: <http://s2.glbimg.com/
JbPJ9kHt0FotYRyBkewTrkhHuj0=/s.glbimg.com/og/rg/f/original/2013/05/02/
divulgacao_planetario_rio_2_606x455_1.jpg>. Acesso em: 16 nov. 2015.
Figura 8 Médias de temperaturas entre 04/07/2011 e 08/07/2011.
Disponível em: <www.noticiasagricolas.com.br/dbimagens/
thumbs/500x10000/3116a592007c3e1c1e7e2844ee206778.jpg>. Acesso em: 16 nov.
2015.
Figura 9 Umidades relativas do ar. Disponível em: <http://s.glbimg.com/jo/g1/f/
original/2011/09/06/inmet.jpg>. Acesso em: 16 nov. 2015.
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UNIDADE 2 – DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E BIOMAS BRASILEIROS
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONZAGA, L.; DANTAS, Z. O Xote das Meninas. RCA Victor, 1953.
NARVAES, P. Dicionário ilustrado de meio ambiente. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis
Editora; Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2012.
ROSS, J. L. S. (Org.). Geografia do Brasil. São Paulo: Edusp, 1989.
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UNIDADE 3
CIDADES NO BRASIL
Objetivos
• Conceituar cidades e espaço urbano.
• Demonstrar como surgiram as cidades brasileiras.
• Entender os principais instrumentos de planejamento urbanístico.
Conteúdos
• Cidade e espaço urbano no Brasil.
• Processo de urbanização no Brasil.
• Instrumentos de planejamento urbanístico.
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UNIDADE 3 – CIDADES NO BRASIL
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UNIDADE 3 – CIDADES NO BRASIL
1. INTRODUÇÃO
A cidade não é somente um conjunto de ruas, bairros,
avenidas e construções. Ao analisar de forma holística, percebe-
se que existe um aglomerado de partes e interações, contínuas e
descontínuas, que fazem com que uma cidade seja uma cidade.
As cidades existem desde a Antiguidade. Os primeiros indícios
de aglomerados humanos que caracterizam as cidades datam de
mais de 5 mil anos antes da era cristã.
Para Benevolo (1983), a cidade nem sempre existiu. Ela
é uma criação histórica particular que se iniciou num dado
momento da evolução social, podendo ou não ter um fim. Não
existe uma necessidade natural do surgimento de uma cidade,
mas uma necessidade histórica.
A ideia da cidade nasce como um estabelecimento
completo e integrado que contém estabelecimentos menores,
com partes ou esboços parciais. Nela, ocorre o estabelecimento
da sede da autoridade local.
Segundo Carlos (2007), a cidade é o produto de um processo
histórico de ações passadas, ainda construídas no presente, não
sendo possível analisá-la de forma isolada da sociedade e o seu
momento histórico.
Nesta unidade, pretende-se fazer um apanhado de como
surgiram as cidades no Brasil, como funciona sua hierarquia e
sua rede urbana, assim como os instrumentos usados para seu
planejamento e gestão.
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pr.gov.br/arquivos/File/leit_online/joao_cabral.pdf>.
Acesso em: 17 nov. 2015.
O processo de urbanização está muito ligado ao aumento
populacional das grandes cidades. Esses dois processos estão
descritos no seguinte documento:
• IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E
ESTATÍSTICA. Arranjos populacionais e Concentrações
urbanas no Brasil. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.
gov.br/organizacao_territorial/arranjos_populacionais/
arranjos_populacionais.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2015.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) O aumento da população nas cidades esteve diretamente ligado:
a) À crise dos produtos agrícolas como cana-de-açúcar e café.
b) Às mudanças políticas públicas, definindo novas formas de
investimentos.
c) À necessidade de mão de obra para trabalhar em indústrias.
d) À necessidade de mão de obra para a construção somente da
infraestrutura urbana e ocupação das cidades, mostrando uma
tendência mundial à urbanização.
e) N.D.A.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) c.
2) a.
3) e.
4) d.
5. CONSIDERAÇÕES
Ao analisar as diversas estruturas e funções presentes
na cidade, podemos verificar o quão variada ela é. O Brasil é
marcado pelas diferenças sociais, que nada mais são do que
reflexos das desigualdades econômicas. A grande evidência disso
é ver que ao lado de prédios bonitos e de classe alta existem
cortiços, barracos e pessoas morando na rua.
A maioria das cidades foi crescendo de forma desenfreada
e sem planejamento, e seus problemas estão tão intrínsecos um
no outro que muitas vezes não conseguimos visualizar causas e
consequências, tornando extremamente complicado o estudo e
o desenvolvimento de projetos para solução e melhora desses
problemas.
Um projeto urbanístico precisa, primordialmente,
melhorar a qualidade de vida da população que reside no
local. Deve atender aos anseios, expectativas e tentar resolver
problemas que essa população enfrenta. Para tal, o projeto deve
ser sustentável, ou seja, considerar durante o seu planejamento
e execução os fatores ambientais, sociais e econômicos.
Os projetos urbanísticos não são na sua grande maioria
sustentáveis, pois consideram apenas solução para um problema
(trânsito, por exemplo) e não avaliam outros aspectos.
Atualmente, a temática de sustentabilidade é constante
em quase todos os meios de comunicação, porém, está presente
apenas de forma teórica, não sendo aplicada de forma real para
a melhoria socioambiental de uma região. Com isso, muitas
vezes, resolve-se o problema principal, mas outros são gerados,
por não se possuir uma visão e uma análise macro de toda a
situação.
6. E-REFERÊNCIAS
AMBIENTE BRASIL. Glossário ambiental. Disponível em: <http://ambientes.
ambientebrasil.com.br/educacao/glossario_ambiental/glossario_ambiental_-_a.
html>. Acesso em: 3 dez. 2015.
BRASIL. Lei n.º 10.257, de 10 de julho de 2001. Regulamenta os arts. 182 e 183 da
Constituição Federal, estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras
providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/LEIS_2001/
L10257.htm>. Acesso em: 17 nov. 2015.
CRUZ, M. E. Conheça mais detalhes sobre as próximas etapas das obras do complexo
Jacu Pêssego. Disponível em: <http://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/lenoticia.
php?id=96261>. Acesso em: 17 nov. 2014.
JURISAWAY. O que é plano diretor. Disponível em: <www.jurisway.org.br/v2/pergunta.
asp?idmodelo=2608>. Acesso em: 17 nov. 2015.
LENCIONI, S. Observações sobre o conceito de cidade e urbano. GEOUSP: espaço e
tempo, São Paulo, n. 24, p. 109-123, 2008. Disponível em: <www.geografia.fflch.usp.
br/publicacoes/Geousp/Geousp24/Artigo_Sandra.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2014.
PLANO DIRETOR DE ITAJAÍ. O que é o plano diretor. Disponível em: <http://plano.itajai.
sc.gov.br/>. Acesso em: 10 jun. 2015.
SÃO PAULO. Lei n.º 13.430, de 13 de setembro de 2002. Plano Diretor Estratégico
Disponível em: <http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/upload/
infraestrutura/sp_obras/arquivos/plano_diretor_estrategico.pdf>. Acesso em: 3 dez.
2015.
______. Lei nº 16.050, de 31 de julho de 2014. Aprova a Política de Desenvolvimento
Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Município de São Paulo e revoga a Lei nº
13.430/2002. Disponível em: <estaourbana.prefeitura.sp.gov.br/arquivos/PDE-
Suplemento-DOC/PDE_SUPLEMENTO-DOC.pdf>. Acesso em: 3 dez. 2014.
Lista de Figuras
Figura 1 Taxa de urbanização brasileira. Disponível em: <www.alunosonline.com.br/
upload/conteudo/images/taxa%20de%20urbanizacao.jpg>. Acesso em: 17 nov. 2015.
Figura 2 Divisão urbano regional. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/divisao_
urbano_regional/mapas/regioes_ampliadas_articulacao_urbana.pdf>. Acesso em: 17
nov. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BENEVOLO, L. História da cidade. Tradução de Silvia Mazza. São Paulo: Editora
Perspectiva S.A., 1983.
CARVALHO, P. F.; BRAGA, R. (Orgs.). Perspectivas de gestão ambiental em cidades
médias. Rio Claro: LPM-UNESP, 2001. p. 111-119.
CARLOS, A. F. A. (Org.). Os caminhos da reflexão sobre a cidade e o urbano. São Paulo:
Edusp, 1994.
______. O espaço urbano: novos escritos sobre a cidade. São Paulo: FFLCH, 2007. 123p.
CORRÊA, R. L. O espaço urbano. 2. ed. Rio de Janeiro: Ática, 1993.
CONSELHO EUROPEU DE URBANISTAS. A Visão do Conselho Europeu de Urbanistas
sobre as cidades do séc. XXI. Lisboa, 20 de Novembro de 2003.
FIRKOWSKI, O. L. C. F. Urbanização, crise urbana e cidade no século XXI: um olhar a
partir da realidade paranaense. In: SILVA, J. B.; LIMA, L. C.; DANTAS, E. W. C. (Orgs.).
Panorama da geografia brasileira II. São Paulo: Annablume, 2006.
GEORGE, P. Geografia urbana. São Paulo: DIFEL, 1983.
LYNCH, K. R. The image of city. Harvard-MIT: Joint Center, 1960.
MUMFORD, L. A cidade na história. São Paulo: Edusp, 1985.
OKE, T. R. Canyon geometry and the nocturnal urban heat island: Comparision of scale
model and field observations. Journal of climatology, New York, v. 1, n. 3, p. 237–254,
1981.
RODRIGUES, M. J. M.; SOUSA, P. F.; BONIFÁCIO, H. M. P. Vocabulário técnico e crítico de
arquitectura. 2. ed. Lisboa: Quimera, 1996.
ROLNIK, R. A cidade e a lei: legislação, política urbana e territórios na cidade de São
Paulo. São Paulo: Studio Nobel/FAPESP, 1997.
SANTOS, M. A urbanização desigual: a especificidade do fenômeno urbano em países
subdesenvolvidos. Petrópolis: vozes, 1980. 128p.
______. A urbanização brasileira. São Paulo: Edusp, 1993.
WILHEIM, J. Projeto São Paulo: propostas para a melhoria da vida urbana. Rio de
Janeiro: Paz e Terra, 1982. v. 62. (Coleção Estudos Brasileiros).
Objetivos
• Entender a dinâmica de produção agropecuária no Brasil.
• Compreender a dialética entre grandes produtores e pequenos produtores.
• Conhecer formas de produção agropecuária sustentável.
Conteúdos
• Produções brasileiras.
• Movimentos sociais no campo.
• Agricultura sustentável.
107
UNIDADE 4 – GEOGRAFIA AGRÁRIA NO BRASIL
1. INTRODUÇÃO
Uma das principais transformações ocorridas em períodos
da pré-história que deram início aos primeiros agrupamentos
humanos foi a sedentarização do homem. O homem pré-histórico
era nômade, vivia constantemente procurando alimentos.
Então, com a formação dos primeiros plantios, ele começou
a criar vínculos com a terra. Cabe salientar que o processo de
sedentarização do homem não se deve, exclusivamente, ao
desenvolvimento da agricultura, mas esse foi um fator importante
e decisivo.
O cultivo da terra é sempre presente na história do homem,
a princípio, para alimentação e, posteriormente, para mercado.
O cultivo, assim como a terra, é sagrado em muitas religiões e
consagrado na literatura e na música.
Porém, o estudo do meio rural é algo recente dentro da
geografia, sendo enquadrado como geografia rural ou geografia
agrária. Nesta unidade, será estudado um pouco desse ramo da
geografia com enfoque na geografia rural brasileira.
Condição do produtor
Assentado
Utilização sem
Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante
titulação
definitiva
Lavouras – área
para cultivo de
flores (inclusive
hidroponia e
plasticultura),
90.376 1.398 5.355 840 2.638
viveiros de
mudas, estufas
de plantas
e casas de
vegetação
Pastagens –
54.193.453 818.513 1.449.481 166.146 1.005.596
naturais
Pastagens
– plantadas 9.355.696 224.930 121.699 19.511 183.778
degradadas
Pastagens –
plantadas em 88.346.711 1.245.461 1.300.187 419.472 1.191.430
boas condições
Matas e/
ou florestas
– naturais
destinadas à 48.313.012 915.288 691.529 81.188 932.719
preservação
permanente ou
reserva legal
Matas e/
ou florestas
– naturais
(exclusive área
33.576.137 1.014.364 394.586 90.067 981.706
de preservação
permanente e
as em sistemas
agroflorestais)
Matas e/
ou florestas
– florestas
4.525.323 20.514 92.500 49.386 46.496
plantadas
com essências
florestais
Condição do produtor
Assentado
Utilização sem
Proprietário Arrendatário Parceiro Ocupante
titulação
definitiva
Sistemas
agroflorestais –
área cultivada
com espécies
florestais 7.683.554 240.352 70.186 28.077 293.951
também usada
para lavouras e
pastoreio por
animais
Tanques, lagos,
açudes e/ou
área de águas
1.249.295 15.170 43.735 5.037 20.653
públicas para
exploração da
aquicultura
Construções,
benfeitorias ou 4.393.530 112.505 86.625 24.879 115.988
caminhos
Terras
degradadas
(erodidas, 745.796 13.400 11.443 2.139 23.220
desertificadas,
salinizadas etc.)
Terras
inaproveitáveis
para agricultura
ou pecuária 5.769.272 82.127 100.269 26.600 165.197
(pântanos,
areais,
pedreiras, etc.)
Fonte: adaptado de IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA (2015b).
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos
estudados para sanar as suas dúvidas.
1) A agricultura foi um importante fator para a criação de cidades durante a
pré-história, pois permitiu ao homem.
a) Estabelecer vínculos com a paisagem local.
b) Criar formas de diversificar produções.
c) Permitir o controle de produções pelo Estado.
d) A sedentarização do homem.
e) N.D.A.
3) O que é agroecologia?
a) É um modelo de agricultura sustentável, que agrega sistemas agrícolas
complexos integrados ao sistema ecológico e à inclusão social.
b) É um sistema de produção sustentável em larga escala, adotado em
grande parte do território nacional.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões
autoavaliativas propostas:
1) d.
2) c.
3) a.
5. CONSIDERAÇÕES
A ideia do plantio conservando a natureza foi perdida
com o sistema de produção capitalista, que visava o máximo da
produção em detrimento ao meio ambiente. Porém, atualmente,
percebeu-se a irracionalidade desse sistema e a real necessidade
de se produzir e conservar.
O modelo atual de agricultura é insustentável, sendo
necessária uma mudança rápida para um sistema sustentável,
com uma agricultura de base ecológica que incorpore as ideias
de justiça social e de proteção ambiental. Os desafios para essa
transição são grandes e complexos dependendo da capacidade
de diálogo e de aprendizagem coletiva, considerando os aspectos
práticos e relevantes da sustentabilidade.
6. E-REFERÊNCIAS
Figura
Figura 1 Produção de cereais, leguminosas e oleaginosas por região. Disponível em:
<ftp://ftp.ibge.gov.br/Producao_Agricola/Levantamento_Sistematico_da_Producao_
Agricola_%5Bmensal%5D/Fasciculo/lspa_201501.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2015.
Sites pesquisados
AMBIENTE BRASIL. Homepage. Disponível em: <www.ambientebrasil.com.br/>.
Acesso em: 8 dez. 2015.
IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. LSPA: Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola Mensal. Disponível em: <ftp://ftp.ibge.
go v. b r / P ro d u ca o _ A g r i co l a / L e va nta m e nto _ S i ste m at i co _ d a _ P ro d u ca o _
Agricola_%5Bmensal%5D/Fasciculo/lspa_201501.pdf>. Acesso em: 9 dez. 2015.
IBGE – SISTEMA IBGE DE RECUPERAÇÃO AUTOMÁTICA SIDRA. Levantamento
sistemático da produção agrícola. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/
prevsaf/default.asp?t=3&z=t&o=26&u1=1&u2=1&u3=1&u4=1>. Acesso em: 9 dez.
2015a.
______. Censo agropecuário. Disponível em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/
agric/default.asp?z=t&o=11&i=P>. Acesso em: 9 dez. 2015b.
______. Índice nacional de preços ao consumidor amplo – novembro 2015. Disponível
em: <http://www.sidra.ibge.gov.br/>. Acesso em: 8 dez. 2015.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COMISSÃO MUNDIAL SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO. Nosso futuro
comum. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora da Fundação Getúlio Vargas, 1991.
NARVAES, P. Dicionário ilustrado de meio ambiente. 2. ed. São Caetano do Sul: Yendis
Editora; Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, 2012.