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Centrais Eléctricas Fotovoltaicas e Eólicas

Índice
PARTE I ............................................................................................................. 3

1.1.Introdução .................................................................................................... 3

1.2.Objectivos..................................................................................................... 4

1.2.1.Geral.......................................................................................................... 4

1.2.2.Específicos ................................................................................................ 4

PARTE II – Centrais Solares .............................................................................. 5

2.1. Tipos de células .......................................................................................... 5

2.1.1. Silício monocristalino ................................................................................ 5

2.1.2. Silício policristalino .................................................................................. 6

2.1.3. Filme Fino ou Silício amorfo ..................................................................... 7

2.2. Critérios para a escolha de um módulo fotovoltaico .................................... 7

2.3. Critérios para a escolha do local para instalação de uma central solar ..... 10

2.3.1. Disponibilidade de radiação solar ........................................................... 10

2.3.2. Baixo nível de pluviosidade .................................................................... 10

2.3.3. Inexistência de projecções de sombra. .................................................. 11

2.4.Determinação da potência a instalar numa central solar fotovoltaica ......... 11

2.4.1.Sistemas autónomos ............................................................................... 11

2.4.1.1.Determinação da potência do gerador fotovoltaico .............................. 13

2.4.1.2.Estimativa do factor de perdas ............................................................. 14

2.4.2.Sistemas Ligados à Rede........................................................................ 15

2.4.2.1. Determinação de número máximo de módulos a ligar em serie ( ) .. 17

2.4.2.2. Determinação de número de módulos a ligar em paralelo .................. 18

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2.5. Vantagens e desvantagens das centrais solares fotovoltaicas ................. 19

2.5.1. Vantagens .............................................................................................. 19

2.5.2. Desvantagens ........................................................................................ 19

PARTE III – Centrais Eólicas............................................................................ 21

3.1.Critérios para a instalação de uma central eólica ....................................... 21

3.1.1.Disponibilidade do vento ......................................................................... 21

3.1.2.Contexto da geração de energia ............................................................. 22

3.1.3.Posicionamento de unidades geradoras ................................................. 22

3.2.Tipos de turbinas eólicas (Aerogeradores) ................................................. 23

3.2.1.Aerogeradores de eixo vertical ................................................................ 24

3.2.1.1.Algumas turbinas de eixo vertical ......................................................... 24

3.2.2.Aerogeradores de Eixo Horizontal ........................................................... 26

3.2.2.1.Alguns tipos de turbinas eólicas de eixo horizontal .............................. 27

3.3.Vantagens dos modelos de geradores de vento verticais .......................... 30

3.3.1.Desvantagens dos modelos de geradores de vento verticais ................. 30

3.3.2.Vantagens dos modelos de geradores de eixo horizontal ....................... 31

3.4.Critérios para a escolha de um aerogerador .............................................. 31

3.5.Determinação da Potência numa Central Eólica ........................................ 33

PARTE IV ......................................................................................................... 36

4.1.Conclusão .................................................................................................. 36

4.2.Bibliografia.................................................................................................. 37

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PARTE I

1.1. Introdução

O mundo atravessa uma crise de recursos, uma situação em que a os jazigos


de petróleo distribuídos pelas suas regiões de ocorrência se encontram nas
suas fases terminais de exploração, deixando os consumidores directos desta
fonte de energia alarmados e voltando as suas atenções para formas de
produção de energia mais sustentáveis, cujas fontes primárias sejam
renováveis. Neste contexto, a utilização da energia solar pode ser um refúgio
seguro e ambientalmente sustentável para a produção de energia usando os
métodos fotovoltaicos e eólicos e o presente trabalho fala das centrais solares
fotovoltaicas e eólicas para a produção de energia.

O sol é a fonte primária de todas a energias renováveis, quando sua radiação


incide sobre uma superfície trabalhada para o efeito, painéis solares, através
do fenómeno fotovoltaico, ela pode ser convertida em energia eléctrica que por
sua vez pode ser usada para diversos fins porem, a produção de energia
usando este método tem um algoritmo que deve ser seguido a risca para que a
sua eficácia seja garantida.

Fica mais uma vez provado que o sol é a fonte primária das energias
renováveis pois a energia eólica provém da radiação solar uma vez que os
ventos são gerados pelo aquecimento não uniforme da superfície terrestre. A
instalação das centrais de produção de produção de energia eléctrica através
destas duas formas, fotovoltaica e eólica, tem procedimentos específicos de
determinação de potência, devem obedecer a certos critérios, os níveis de
potência gerada dependem das escolhas dos equipamentos adequados de
produção e tal escolha depende também de certos critérios e ainda aferir as
suas vantagens e desvantagens e o presente trabalho fala de todos estes
procedimentos.

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1.2. Objectivos

1.2.1. Geral

O objectivo geral do presente trabalho é de falar da produção de energia


eléctrica através da energia solar fotovoltaica e da energia eólica.

1.2.2. Específicos

À nível de produção de energia eléctrica através da energia solar fotovoltaica


os objectivos específicos são:

 Identificar os tipos de módulos solares;


 Descrever os critérios para a escolha de um painel solar;
 Falar dos critérios para a escolha do local para instalação de uma cen-
tral solar;
 Descrever da determinação da potência;
 Falar das vantagens e desvantagens.
A nível da produção da energia eléctrica através da energia eólica os objectivos
específicos são:

 Descrever os Critérios para a escolha da instalação de uma central eóli-


ca;
 Identificar os tipos de turbinas eólicas;
 Descrever os critérios para a escolha de uma turbina eólica;
 Falar da determinação da potência de uma central eólica.

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PARTE II – Centrais Solares

Em termos económicos, o desenvolvimento das nações está intimamente


ligado ao consumo e ao preço da energia. O uso de energia solar fotovoltaica
tem surgido como uma possibilidade real em novas construções de unidades
residenciais, sendo uma alternativa muito interessante para consumidores que
buscam uma forma de diminuir os gastos com uso de energia eléctrica.

O uso da energia solar fotovoltaica para a produção de energia eléctrica passa


pelo aproveitamento da insolação que incide sobre o painel, mas tal
aproveitamento da insolação depende do tipo de células de que o painel é
construído, por isso à seguir, iremos falar dos principais tipos de células solares
disponíveis no mercado para comercialização.

2.1. Tipos de células

Existem basicamente três tipos de células, conforme o método de fabricação:

2.1.1. Silício monocristalino

Representam a primeira geração. Obtêm-se a partir de barras cilíndricas de


silício monocristalino produzidas em fornos especiais.

As células são obtidas por corte das barras em forma de pastilhas finas (0,4-0,5
mm de espessura). O seu rendimento eléctrico é relativamente elevado
(aproximadamente 16%, podendo subir até cerca de 23% em laboratório), mas
as técnicas utilizadas na sua produção são complexas e caras. Por outro lado,
é necessária uma grande quantidade de energia no seu fabrico, devido à
exigência de utilizar materiais em estado muito puro e com uma estrutura de
cristal perfeita.

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Figura 1: Célula monocristalina num painel.

2.1.2. Silício policristalino

Estas células são produzidas a partir de blocos de silício obtidos por


fusão de silício puro em moldes especiais. Uma vez nos moldes, o silício
arrefece lentamente e solidifica-se. Neste processo, os átomos não se
organizam num único cristal. Forma-se uma estrutura policristalina com
superfícies de separação entre os cristais. Sua eficiência na conversão de
luz solar em electricidade é ligeiramente menor do que nas de silício
monocristalino.

Têm um custo de produção inferior por necessitarem de menos energia no seu


fabrico, mas apresentam um rendimento eléctrico inferior (entre 11% e 13%,
obtendo-se até 18% em laboratório). Esta redução de rendimento é causada
pela imperfeição do cristal, devido ao sistema de fabrico.

Figura 2: Célula Policristalina num painel

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2.1.3. Filme Fino ou Silício amorfo

São as que apresentam o custo mais reduzido, mas em contrapartida o seu


rendimento eléctrico é também o mais reduzido (aproximadamente 8% a 10%,
ou 13% em laboratório). As células de silício amorfo são películas muito finas, o
que permite serem utilizadas como material de construção, tirando ainda o
proveito energético.

Estas células são obtidas por meio da deposição de camadas muito finas
de silício ou outros materiais semicondutores sobre superfícies de vidro
ou metal.

Figura 3: Painel solar de Filme Fino (a-Si)

2.2. Critérios para a escolha de um módulo fotovoltaico

Quando analisamos a chapa característica de um painel, vamos encontrar


muitos dados relatados. Todos os dados são úteis na determinação da
qualidade do painel e decidir se as suas características respondem às
necessidades e requisitos. Além dos dados técnicos do painel é importante
considerar os seguintes aspectos:

a) Garantia

Este aspecto é muito importante. Existem dois tipos de garantias que temos
que verificar antes de comprar: a garantia do produto (defeitos de conformidade
e de fabricação de painéis) e da garantia de execução. Nesta garantia, o fabri-
cante nos assegura que, ao longo do tempo, o painel não baixará de rendimen-
to.

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b) Tipos de células

As células solares podem ser feitas com materiais diferentes. Os materiais


mais utilizados são o silício monocristalino e silício policristalino. As células de
silício monocristalino são obtidas por um corte de um único cristal de silício,
são frequentemente mais eficiente e de custo mais alto. Um painel de silício
monocristalino ocupa menos espaço do que um painel de silício policristalino.

c) A eficiência do painel

É expressa em percentagem, e indica a quantidade de energia solar que um


painel consegue transformar em electricidade, considerando uma condição de
radiação de 1000Watt / m² que bate na sua superfície, um painel fotovoltaico
com eficiência de 14,5% vai produzir 145 Wh/ , Mas isso só funciona assim
em laboratórios. Na vida prática existem outros factores a se considerar como a
temperatura ambiente, posicionamento do painel etc. Duas dicas para manter a
máxima eficiência dos painéis são: a limpeza dos painéis e a orientação e incli-
nação dos painéis solares fotovoltaicos.

d) Tolerância de potência

A potência nominal dos painéis fotovoltaicos podem ser sujeitas a pequenas


variações na fase de fabricação. Quanto menor é a tolerância declarada pelo
fabricante, o desempenho dos painéis será estável e previsível. Escolher pai-
néis com tolerância apenas positiva nos assegura uma potência nominal sem-
pre garantida ou mesmo ultrapassada.

e) Qualidade da “moldura” de alumínio do Painel Fotovoltaico

O quadro de alumínio, que vai ao redor do painel solar fotovoltaico é um bom


indicador da qualidade geral da fabricação do painel fotovoltaico, portanto e
importante verificar bem os cantos dos painéis de modo a saber se os mesmos
encontram-se perfeitamente unidos.

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f) A Camada Inferior do Painel Fotovoltaico (Backsheet)

Todos os painéis solares fotovoltaicos (placas fotovoltaicas) têm uma folha infe-
rior de plástico, coladas na parte de trás do painel fotovoltaico para proteger as
células fotovoltaicas. Se a folha estiver com bolhas de ar ou sinais de que vem
descolando isso é sinal de um painel fotovoltaico de baixa qualidade.

g) Díodos Bypass do Painel Fotovoltaico

Se o seu painel fotovoltaico for mono ou policristalino então os díodos de


Bypass são importantes. Eles são díodos que são colocados em cada “série de
células fotovoltaicas” na parte de trás do painel solar fotovoltaico. No caso de
não ter díodos de bypass, uma pequena sombra em uma pequena parte do seu
painel solar fotovoltaico pode afectar a produção de energia do painel todo.

h) Custo do Painel Fotovoltaico

Basicamente quanto menos caro for melhor será, no entanto é importante ser
cauteloso ao escolher um sistema solar não olhando apenas pelo preço, mas
também olhando pra questões como a garantia, serviços, produto e qualidade.

É importante salientar que o custo dos sistemas de energia solar pode ser
substancialmente afectado pela dificuldade da instalação (quanto mais difícil for
de instalar mais caro ele será).

i) Coeficiente de temperatura do Painel Fotovoltaico

O coeficiente de temperatura é um número que descreve a forma como o


painel solar fotovoltaico lida com temperaturas quentes - onde quente é
definido como uma temperatura maior que 25 graus Celsius. As unidades deste
coeficiente são expressas em percentagem "%” ou por graus centígrados “ºC".
Quanto menor esse número, melhor é, ou seja um coeficiente de temperatura
alto é um sinal de um painel de baixa qualidade. Um número razoável é entre
0,4 e 0,5%. Acima de 0,6% é um sinal de alerta. Entre 0,45 e 0,3%, é sinal de
um excelente painel solar fotovoltaico.

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2.3. Critérios para a escolha do local para instalação de uma central solar

Os principais critérios para a escolha do local para a instalação de uma central


solar são descritos a seguir:

2.3.1. Disponibilidade de radiação solar

A disponibilidade de radiação solar constitui o principal requisito para a


instalação de uma central solar, visto que a radiação solar é fonte primária de
energia para este tipo de central.

O local a instalar uma central solar deve estar sob radiação solar durante todo
dia. A radiação solar também denominada energia total incidente sobre a
superfície terrestre, depende da latitude local e da posição no tempo (hora do
dia e dia do ano). Isso se deve à inclinação do eixo imaginário em torno do qual
a Terra gira diariamente (movimento de rotação) e à trajetória elíptica que a
Terra descreve ao redor do Sol (translação ou revolução).

A intensidade da radiação solar e a duração anual da luz solar determinam a


quantidade de energia que se pode obter numa certa situação geográfica.

Desse modo, para maximizar o aproveitamento da radiação solar, pode se


ajustar a posição do painel solar de acordo com a latitude local e o período do
ano em que se requer mais energia.

2.3.2. Baixo nível de pluviosidade

Uma das grandes desvantagens das centrais solares é o facto de não poderem
produzir nos dias chuvosos, para tal o local que se pretende instalar uma
central solar deve ter baixos índices de chuvas, para permitir que haja um
aproveitamento efectivo da radiação solar na produção de energia eléctrica.

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2.3.3. Inexistência de projecções de sombra.

Para escolher o local para instalação de uma central solar, deve-se fazer um
estudo na vizinhança do local de modo a verificar a existência de construções
que projetem sombra, pois o local não deve estar sujeito a estas sombras,
principalmente no período de melhor radiação (habitualmente das 9 às 17
horas).

Deste modo o local deve situar-se distante de prédios, torres de antenas de


comunicação e arvores.

2.4. Determinação da potência a instalar numa central solar fotovoltaica

Os sistemas de geração de energia fotovoltaica dividem-se em duas partes:

Sistemas autónomos e Sistemas ligados a rede. Deste modo a


determinação de potência para os dois sistemas é feita de formas diferentes.
De seguida iremos analisar como é feita a determinação de potência em cada
sistema.

2.4.1. Sistemas autónomos

Um sistema fotovoltaico autónomo é fundamentalmente concebido para alimentar um


conjunto de cargas que operam isoladas da rede eléctrica, durante todo o ano. Neste
contexto, o dimensionamento de um sistema fotovoltaico autónomo é normalmente
efectuado através do conhecimento prévio da intensidade da radiação solar disponível,
correspondente ao mês com menor número de horas solares equivalentes. Este tipo
de sistemas, para além de integrarem os painéis solares, deve também incluir os
seguintes equipamentos: as baterias, o controlador de carga, inversor.

Os sistemas autónomos para alimentação de instalações domésticas ou outras podem


ser utilizados de acordo com os seguintes tipos de aproveitamento:

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 Instalações utilizadas para alimentar cargas de corrente contínua (12 V, 24 V ou


48 V, CC), sendo constituídas pela associação de módulos ou painéis fotovoltai

cos, regulador de carga e baterias, conforme mostrado a figura abaixo.

Figura 4: Sistema autónomo para cargas CC.

Nesta situação não existe a necessidade de se utilizarem inversores (sistema muito


mais económico e eficiente).

 Instalações utilizadas para alimentar cargas de corrente contínua (12 V, 24 V o


u 48 V CC) e cargas de corrente alternada (230 V, 50 Hz), sendo constituídas p
ela associação de módulos ou painéis FV, reguladores de carga, baterias e i
nversor, conforme mostrado esquematicamente na figura 5.

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Figura 5. Sistema autónomo com cargas CC e CA.

2.4.1.1. Determinação da potência do gerador fotovoltaico

A determinação da potência do gerador fotovoltaico (potencia a instalar) numa central


solar é feito, em primeiro lugar, fazendo o levantamento de cargas à alimentar, ou seja,
determinar a demanda a satisfazer. Este processo é feito tendo em conta cargas de
corrente alternada (CA) e de corrente contínua (CC), pois para cargas de corrente
alternada deverá prever-se um inversor de CC para CA.

Processo de levantamento de cargas deve ser feito tendo em conta não só a natureza
a corrente (CA ou CC), mas também as horas diárias que os equipamentos encontram-
se em serviço.

Depois de se fazer o devido levantamento de cargas, deve-se calcular o


consumo da instalação em Wh/dia. A tabela abaixo configura um exemplo
simples relativo ao procedimento de levantamento de cargas de consumo
diário.

Horas de
Número Potencia Energia diária
Equipamentos uso/dia
(n) (W) (Wh/dia)
(h/dia)

Lâmpadas 4 12 100 4800

Frigorifico 1 24 150 3600

Televisor 2 6 120 1440

Computador 2 8 240 3840

Totais

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A quantidade total de energia que é necessário prever para garantir a


alimentação diária de todos os equipamentos, corresponde ao somatório das
energias parciais consumidas pelos diferentes equipamentos utilizados é

de , foi calculado pela fórmula.

2.4.1.2. Estimativa do factor de perdas

A capacidade que um gerador fotovoltaico tem em alimentar as diversas


cargas, está sujeita a algumas perdas inerentes ao sistema. Entre estas,
aquelas que têm maior expressão são as que se referem às perdas nos cabos
eléctricos perdas no inversor e regulador de carga.

Para o presente exemplo iremos considerar os seguintes valores:

Perdas nos cabos = 3%

Perdas no regulador de carga e inversor = 15%

Desta forma os rendimentos correspondentes aos cabos, regulador de carga e


inversor serão:

Rendimento dos cabos: ;

Rendimento (regulador + inversor): ;

Rendimento total: K =

O gerador fotovoltaico (FV) deverá ter uma potência (P) que deverá garantir a
satisfação das necessidades de consumo diário de energia.

De referir que o consumo diário de energia já foi calculado na tabela anterior

que é de .

A potência a instalar na central calcula-se de acordo com a seguinte equação:

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Onde:

– É a potencia do gerador fotovoltaico, [ ] ;

– é o consumo diário de energia [ ];

– Rendimento do conjunto cabos, regulador e inversor;

– Numero médio de horas de consumo por dia

Para o exemplo em referência, iremos considerar número médio de horas de .

Portanto a potencia a instalar na central fotovoltaica será:

2.4.2. Sistemas Ligados à Rede

Para sistemas ligados à rede pública de distribuição de energia, o gerador


fotovoltaico entrega à rede a potência máxima que, em cada instante, pode
produzir. Entre a central solar e a rede de distribuição pública existem
equipamentos de regulação e interface que optimizam as condições de
geração e adaptam-nas às condições de recepção impostas pela rede.
A figura abaixo ilustra esquema de um gerador fotovoltaico e dos respectivos
equipamentos de interface com a rede eléctrica.

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Figura 6: Esquema de um gerador fotovoltaico e dos respectivos equipamentos


de interface com a rede eléctrica.

As especificações técnicas (obtidas através do catálogo do fabricante) do


módulo seleccionado determinam as etapas seguintes que diz respeito ao
dimensionamento do sistema.

A determinação do número máximo de módulos que podem ser instalados na


área disponível. Este número permitirá estimar de forma aproximada a potência
total que é possível instalar na área que se tem disponível.

Deste modo iremos determinar o número máximo de módulos, para depois


determinarmos a potência a instalar.

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2.4.2.1. Determinação de número máximo de módulos a ligar em serie ( )

O valor da tensão de trabalho do inversor resulta do somatório das tensões


individuais dos módulos que estão ligados em série. Atendendo a que a tensão
do módulo e por conseguinte, a tensão total do gerador fotovoltaico depende
da temperatura, as situações operacionais extremas de Inverno, são
determinantes para o dimensionamento. O número máximo de módulos que é
possível ligar em série ( ) é obtido através da seguinte equação:

Onde
– Número máximo de módulos a ligar em série;
– Tensão máxima CC no inversor;
-Tensão em circuito aberto do módulo à temperatura de
.
Por vezes o último valor não vem directamente especificado nas tabelas
técnicas dos fabricantes dos módulos, sendo antes fornecido o coeficiente

, expresso em ().

Por exemplo, a tensão de circuito aberto para o módulo Shell SM 100-12, tem o
valor de 21V. Para este módulo, a tabela técnica disponibilizada pelo fabricante
específica para o coeficiente o valor de ( ). Deste modo a Tensão em
circuito aberto do módulo à temperatura de ,( ) pode ser
determinado pela seguinte formula:

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Deste modo, a tensão de trabalho, é calculada da seguinte maneira:

2.4.2.2. Determinação de número de módulos a ligar em paralelo

Designando por a potência máxima CC do inversor, é possível calcular a


intensidade de corrente que o sistema fotovoltaico terá que gerar:

Onde
Intensidade de corrente do sistema fotovoltaico;
Potencia máxima CC do inversor;
Tensão CC do inversor.

A corrente representa também a corrente de entrada para o inversor. O


número máximo de módulos a ligar em paralelo resulta do quociente entre a
corrente de entrada para o inversor e a corrente máxima dos módulos
ligados em serie , que corresponde a corrente máxima de cada modulo.

A corrente de trabalho ( ) será calculado pela seguinte equação

Tendo determinado o número de módulos a ligar em série ( ) é o numero de


módulos a ligar em paralelo ( ), já podemos determinar o número total de
módulos, bastando para tal multiplicar por .

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Atendendo que já se encontram calculados os valores referentes à tensão de


trabalho (U) e corrente de trabalho (I), a potência a instalar na central ( ) será
calculada da seguinte maneira:

2.5. Vantagens e desvantagens das centrais solares fotovoltaicas

2.5.1. Vantagens

As centrais solares fotovoltaicas apresentam um grande número de vantagens:


 Alta fiabilidade – não tem peças móveis, o que é muito útil em
aplicações em locais isolados;
 A fácil portabilidade e adaptabilidade dos módulos - permite
montagens simples e adaptáveis a várias necessidades energéticas. Os
sistemas podem ser dimensionados para aplicações de alguns miliwatts
ou de quilowatts;
 O custo de operação é reduzido - a manutenção é quase inexistente:
não necessita combustível, transporte, nem trabalhadores altamente
qualificados;
 Qualidades ecológicas - o produto final é não poluente, silencioso e
não perturba o ambiente;
 Vida útil superior a 20 anos;
 Permite aumentar a potência instalada - por meio da incorporação de
módulos adicionais.

2.5.2. Desvantagens

 Tecnologia muito sofisticada - O fabrico dos módulos fotovoltaicos


necessita de tecnologias muito sofisticadas, necessitando para tal um
custo de investimento muito elevado;
 O rendimento real de conversão dum módulo é reduzido (o limite
teórico máximo numa célula de silício cristalino é de 28%), face ao custo
do investimento.

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 Os geradores fotovoltaicos raramente são competitivos do ponto de


vista económico, face a outros tipos de geradores (como por exemplo
geradores a gasóleo). A excepção restringe-se a casos onde existam
reduzidas necessidades de energia em locais isolados e/ou em
situações de grande preocupação ambiental;
 Quando é necessário proceder ao armazenamento de energia sob a
forma química (baterias), o custo do sistema fotovoltaico torna-se ainda
mais elevado.

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PARTE III – Centrais Eólicas

3.1. Critérios para a instalação de uma central eólica

A avaliação do potencial eólico de uma região requer trabalhos sistemáticos de


colecta e análise de dados sobre a velocidade e o regime de ventos durante
alguns anos para que os resultados dos estudos do local sejam precisos.

Geralmente, uma avaliação rigorosa requer levantamentos específicos, mas


dados colectados em aeroportos, estações meteorológicas e outras aplicações
similares podem fornecer uma primeira estimativa do potencial bruto ou teórico
de aproveitamento da energia eólica e estas medições devem ser realizadas
por empresas especializadas e equipamentos de medida específicos.

3.1.1. Disponibilidade do vento

A potência disponível no vento aumenta com o cubo da velocidade do vento,


pelo que a implantação das turbinas em locais com ventos fortes e persistentes
é um factor determinante no sucesso económico da operação. Nessas regiões,
a velocidade mínima do vento de 7 a 8 m/s.

Alguns exemplos de locais onde instalar centrais eólicas:

 Os topos das montanhas são, em geral, locais muito ventosos;

 Os planaltos e as planícies elevadas podem ser locais com bastante


vento, assim como as zonas costeiras;

 Os vales são normalmente locais com menos vento, embora, por vezes,
possam ocorrer efeitos de concentração local.

A velocidade requerida do vento aliam-se as condições do relevo e a


rugosidade do terreno, que têm influência decisiva sobre a qualidade da fonte
de energia eólica. Desta maneira, para determinar a velocidade do vento na
altura desejada em termos práticos, para sistemas com altura até 150m
podemos usar a seguinte fórmula:

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( )

Onde:

V – Velocidade do vento na altura desejada;

V0 – Velocidade do vento na altura conhecida;

H – Altura desejada;

H0 – altura conhecida

n – Factor de rugosidade do terreno, conforme a tabela que se segue:

3.1.2. Contexto da geração de energia

Para que a energia eólica seja considerada tecnicamente aproveitável, é


necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m2 a uma altura de
50 m e não deverá ser construída muito distante de uma linha de transmissão
ou centro de consumo de energia eléctrica.

3.1.3. Posicionamento de unidades geradoras

As unidades geradoras podem ser alocadas em conjunto, pois a alguma


distância lateral e a jusante das mesmas, o escoamento do vento praticamente
recupera as condições originais. Na prática, essa distância varia com a
velocidade do vento, as condições de operação da turbina, a rugosidade de
terreno e a condição de estabilidade térmica vertical da atmosfera.

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De modo geral, uma distância considerada segura para a instalação de um


novo gerador é da ordem de 10 vezes o diâmetro “D” das pás do rotor quando
instalado a jusante, e 5 vezes “D” quando instalada lateralmente, conforme
ilustra a figura:

Figura 7: Posicionamento das turbinas eólicas

3.2. Tipos de turbinas eólicas (Aerogeradores)

O rotor é o componente do sistema eólico responsável por captar a


energia cinética dos ventos e transformá-la em energia mecânica de rotação.
É o componente mais característico de um sistema eólico. Por este motivo,
a configuração do rotor influenciará directamente no rendimento global do
sistema.

Os rotores eólicos podem ser classificados segundo vários critérios e o


mais importante é aquele que utiliza a orientação do eixo como factor de
classificação. Assim, tem-se os rotores de eixo horizontal e os rotores de eixo
vertical.

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Figura 8 :Turbinas eólicas de eixo vertical (à esquerda) e de eixo horizontal (à


direita)

3.2.1. Aerogeradores de eixo vertical

Em geral, os rotores de eixo vertical têm a vantagem de não necessitarem de


mecanismos de acompanhamento para variações da direcção do vento, o que
reduz a complexidade do projecto e os esforços devido às forças de Coriolis.
Os rotores de eixo vertical também podem ser movidos por forças de
sustentação (lift) e por forças de arrasto (drag).

Os principais tipos de rotores de eixo vertical são Darrieus, Savonius e turbinas


com torre de vórtices. Os rotores do tipo Darrieus são movidos por forças de
sustentação e constituem-se de lâminas curvas (duas ou três) de perfil
aerodinâmico, atadas pelas duas pontas ao eixo vertical.

3.2.1.1. Algumas turbinas de eixo vertical

a) Turbinas Darrieus
O engenheiro francês chamado D. G. Darrieus inventou a moderna
turbina de vento de eixo vertical, incluindo uma convencional de duas
lâminas. Diferente das turbinas convencionais, que são reorientadas de
acordo com o vento, esta é unidirecional, isto é, aceita o vento de
qualquer direcção vinda. Como o seu rotor e suas partes eléctricas são
na parte inferior da turbina, sua manutenção é muito mais simples, além
de permitir uma variabilidade de aplicações eléctricas e mecânicas

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maiores que as demais. Esta engenhosa contribuição que lâminas


curvadas são de maior durabilidade que as lâminas verticais. Como as
outras turbinas, esta pode ser aplicada com duas, três ou mais lâminas.

Figura 9: Turbina Darrieus de eixo vertical (à esquerda) e turbina Darrieus de


eixo vertical e pá recta (à direita).

b) Turbinas Savonius
Modelado após e desenhado pelo engenheiro finlandês S.J. Savonius em
1922. Sua ideia era montar dois semicilindros em um eixo vertical. Era simples
de construir, e podia aceitar vento qualquer direcção. No entanto, foi menos
eficiente do que a mais comum turbina de eixo horizontal. A razão para a
diferença tem a ver com a aerodinâmica.

O rotor de Savonius baseia-se no accionamento diferencial. Os esforços


exercidos pelo vento em cada uma das faces do corpo oco, são de
intensidades diferentes, resultando um binário responsável pelo movimento
rotativo do conjunto.

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Figura 10 : Turbina Savonius de eixo vertical

3.2.2. Aerogeradores de Eixo Horizontal

Os rotores de eixo horizontal são os mais comuns, e grande parte da


experiência mundial está voltada para a sua utilização. São movidos por forças
aerodinâmicas chamadas de forças de sustentação (lift)e forças de arrasto
(drag). Um corpo que obstrui o movimento do vento sofre a acção de forças
que atuam perpendicularmente ao escoamento (forças de sustentação) e de
forças que atuam na direcção do escoamento (forças de arrasto). Ambas são
proporcionais ao quadrado da velocidade relativa do vento. Adicionalmente, as
forças de sustentação dependem da geometria do corpo e do ângulo de ataque
(formado entre a velocidade relativa do vento e o eixo do corpo).

Os rotores que giram predominantemente sob o efeito de forças de


sustentação permitem liberar muito mais potência do que aqueles que giram
sob efeito de forças de arrasto, para uma mesma velocidade de vento. Os
rotores de eixo horizontal ao longo do vento (aerogeradores convencionais) são
predominantemente movidos por forças de sustentação e devem possuir
mecanismos capazes de permitir que o disco varrido pelas pás esteja sempre
em posição perpendicular ao vento. Tais rotores podem ser constituídos de
uma pá e contrapeso, duas pás, três pás ou múltiplas pás (multivane fans).

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Construtivamente, as pás podem ter as mais variadas formas e empregar os


mais variados materiais. Em geral, utilizam-se pás rígidas de madeira, alumínio
ou fibra de vidro reforçada.

Quanto à posição do rotor em relação à torre, o disco varrido pelas pás


pode estar a jusante do vento (down wind) ou a montante do vento (up
wind). No primeiro caso, a "sombra" da torre provoca vibrações nas pás.
No segundo caso, a "sombra" das pás provoca esforços vibratórios na
torre. Sistemas a montante do vento necessitam de mecanismos de
orientação do rotor com o fluxo de vento, enquanto nos sistemas a
jusante do vento, a orientação realiza-se automaticamente.

Os rotores mais utilizados para geração de energia eléctrica são os de


eixo horizontal do tipo hélice, normalmente compostos de 3 pás ou em
alguns casos (velocidades médias muito altas e possibilidade de geração de
maior ruído acústico) 1 ou 2 pás.

Figura 11: Diversos tipos de turbina-eólicas de eixo horizontal, com número de


pás variável

3.2.2.1. Alguns tipos de turbinas eólicas de eixo horizontal

Ao longo da história houve muitos tipos de moinhos de vento que vinham


sendo usados para diversas actividades, tais como bombeamento de água em
poços e moagem de grãos, como exemplo desses tipos de moinhos de vento
temos: moinho de vento tipo Pérsia; o moinho de vento Chinês; o moinho de

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vento tipo Dutch; moinho de vento tipo leque ou americano, que foi o que serviu
de ponte para uma nova era, a utilização de moinhos de vento para a produção
de energia eléctrica junto das Gedser e Hutter.

a) Turbinas eólicas tipo leque ou americanas


Apresentavam um eixo horizontal e o seu principal aproveitamento era o
bombeamento de água. As principais características dessa configuração eram
a torre de treliça de 3 a 5 metros de altura, as aproximadamente 20 pás de
metal e a cauda, cuja função era orientar o moinho na direcção do vento.

Figura 12: Turbina eólica tipo leque ou americana

b) Turbinas Gedser
É uma turbina eólica que opera com a configuração upwind com gerador
síncrono e utiliza um sistema electromecânico para direccionamento da turbina
com relação o vento. Além disso, a limitação da potência através da perda
aerodinâmica passiva e o freio aerodinâmico nas pontas das pás, são
basicamente os mesmo usados actualmente, em algumas turbinas eólicas.

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Figura 13: Turbina Gedser

c) Turbinas Hutter
Foram produzidas no período de 1956-1957 pelo professor Ulrich Hutter. Elas
usavam pás feitas de fibras de vidro e plástico com regulação de passo que
deram uma maior eficiência e menor peso das pás. Esse projecto proporcionou
uma redução da estrutura mecânica, através da redução das cargas do rotor.

Figura 14: Turbinas Hutter

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3.3. Vantagens dos modelos de geradores de vento verticais

De longe, a maior vantagem do gerador de vento vertical é o facto de que a


direcção do vento não é um factor preponderante para o sucesso deste tipo de
equipamento. Independentemente da direcção em que o vento está soprando,
as turbinas podem aproveitar a sua energia cinética e usá-la para a geração de
electricidade. Outras vantagens deste dispositivo são apresentadas a seguir:

 Estes geradores eólicos industriais podem se adaptar muito bem a


mudança na direcção do vento;
 Estes equipamentos podem ser instalados na chaminé de uma casa ou
em ambientes industriais, especialmente em parques eólicos para a
geração e o fornecimento de energia limpa;
 Um gerador eólico é um equipamento de fácil manutenção, já que pode
ser instalado em locais de fácil acesso;
 Como o gerador está ao seu alcance, inclusive o trabalho de reparação
não requer muito esforço;
 Não há pressão sobre a estrutura de apoio, como no caso do gerador de
vento horizontal;
 Como um gerador eólico necessita de espaço limitado, este dispositivo
pode ser instalado próximo um do outro em um parque eólico;
 Os fabricantes de geradores de vento também afirmam que estes
aerogeradores não causam poluição sonora;

3.3.1. Desvantagens dos modelos de geradores de vento verticais

Mesmo que estas vantagens podem fazer dos geradores verticais eólicos
parecerem bastante promissores, existem também algumas desvantagens
destes dispositivos os quais não se pode desconsiderar.

 A altura mais baixa de instalação destes geradores torna esses


dispositivos dependentes de ventos de nível baixo;
 As chances de esses geradores eólicos pararem de funcionar quando
submetidos a fortes ventos não devem ser descartadas;
 Os modernos aerogeradores verticais são eficientes em relação aos
seus antecessores, contudo, são equipamentos muito mais caros
também;

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3.3.2. Vantagens dos modelos de geradores de eixo horizontal

 Ajuste da lâmina
As turbinas de eixo horizontal oferecem a capacidade de ajustar a inclinação
das pás com o intuito de captar o vento no ângulo correto para recolher o
máximo de energia eólica em um determinado período dia ou estação do ano;

 Acesso ao vento
A base da torre visivelmente mais alta da turbina de eixo horizontal possibilita
um acesso livre aos ventos fortes, aumentando significativamente a velocidade
de colecta da lâmina e resultando em maior potência;

 Eficiência de operação
Estas máquinas possuem lâminas que são projectadas perpendicularmente à
direcção do vento. Este desenho eficiente, aumenta a força do vento ao longo
de toda a rotação. Em contraste, as turbinas eólicas de eixo vertical requerem
superfícies de aerofólios para recuarem contra o vento durante a parte do ciclo
em uma forma menos eficiente.

3.4. Critérios para a escolha de um aerogerador

No mercado actual existem vários tipos de aerogeradores. Aerogeradores que


utilizam geradores síncronos, geradores assíncronos, controle de potência do
tipo stall, do tipo pitch, acoplamento directo, geradores de dupla alimentação,
etc. Portanto escolher a to aerogerador certo para o seu projecto, requer-se
uma boa avaliação das características do mesmo, a fim de encontrar uma
melhor relação de custo-benefício

A escolha do aerogerador depende dos seguintes critérios:

 Custos aquisição e montagem do aerogerador: O aerogerador que


se pretende montar deverá possuir preços baixos, e também necessitar
de menos mão-de-obra, bem como menos recursos adicionais, Porem
na compra do aerogerador e necessário ter em conta também a qualida-
de, pois nalgumas vezes o preço esta relacionado á qualidade do produ-
to, assim o melhor será aquele que tiver um equilíbrio entre o custo, a
qualidade e necessitar de menores custos de mão-de-obra.

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 Custos, operação e manutenção

Os custos com a operação e manutenção deverão ser reduzidos, através do


uso de sistemas automatizados que reduzem a necessidade de pessoal, e que
permitem um melhor controlo de manutenção havendo espaço para mesma
quando for necessário.

 Eficiência

A eficiência do aerogerador refere-se a capacidade que ele tem de converter


no máximo a energia cinética disponível nas suas pás em energia eléctrica, isto
é o aerogerador terá maior eficiência quanto menor for o desvio entre a potên-
cia do vento e a potência eléctrica.

 Facilidade de instalação

O aerogerador devera ter um peso reduzido como forma de permitir uma


melhor facilidade na montagem do mesmo

 Tipo de Aerogerador

Todos os tipos de aerogeradores possuem características específicas que lhes


permitem ter um dado desempenho mediante as condições do local, ou seja
cada aerogerador, esta projectado para umas determinadas condições, dai o
tipo ou natureza do aerogerador também vai nos influenciar na escolha do ideal
para usar.

 Disponibilidade no Mercado

Se houver disponibilidade dos aerogeradores em mercados mais próximos me-


lhor será.

 Facilidade de Transporte

É importante que os aerogeradores possuam uma facilidade ao ser manusea-


dos ou transportados de tal modo que não haja custos adicionais que inviabili-
zem ou comprometam a sua escolha.

 Garantia do Produto

Este aspecto é muito importante. Existem dois tipos de garantias que têm que
se verificar antes da compra: a garantia do produto (defeitos de conformidade
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e de fabricação dos aerogeradores) e da garantia de execução. Nesta garan-


tia, o fabricante nos assegura em quanto tempo o aerogerador funcionará com
o seu pleno rendimento, ou seja depois de quanto tempo ele baixará de rendi-
mento.

 Experiencia do fornecedor

É muito importante que o fornecedor seja muito experiente, porque isso dá


mais confiança e segurança ao comprador.

3.5. Determinação da Potência numa Central Eólica

Uma condição necessária para que se instale uma central eléctrica de qualquer
que seja o tipo é a existência de requisitos que podem ser: disponibilidade de
local com condições adequadas para a implantação da central ou seja
potencial energético do local, a existência de recursos financeiros para a
construção, bem como a necessidade em termos de consumo (cargas) que
justifiquem a implantação da central, a Central eólica não é uma excepção, a
sua montagem também obedece para além dos acima mencionados alguns
critérios como existência de um fluxo permanente e razoavelmente forte de
vento.

A energia disponível para uma turbina eólica é a energia cinética associada a


uma coluna de ar que se desloca a uma velocidade uniforme e constante
(m/s). Isto é, como o ar tem uma massa logo tem-se disponível uma energia
cinética, que pode ser calculada pela equação:

Onde:

– É a energia cinética do vento em [J]


– É a massa do vento em [kg]
– Representa a velocidade do vento, expressa em [m/s]

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Como a massa de ar m deslocada numa área a uma dada velocidade num


intervalo de tempo pode ser determinada pela seguinte expressão:

Onde:
– É a massa específica do ar = 1,225 kg/m3 em condições normais de
temperatura e pressão.
Assim, substituindo a expressão do cálculo da massa do vento, na expressão
da energia cinética teremos:

Atendendo que a potência é a energia por unidade de tempo, então a potência


do vento é dada por:

A potência do vento em (W) é directamente proporcional à densidade do ar


(kg/m3), à área (m2) e ao cubo da velocidade (m/s). No caso dos aerogeradores
de eixo vertical a área varrida pelas pás do rotor é circular, logo:

A potência do vento é directamente proporcional à densidade do ar, ao


quadrado do diâmetro das pás do rotor e ao cubo da velocidade do vento
.

Nem toda a potência do vento é convertida em potência mecânica, Nem toda a


potência disponível do vento se converte em a potência mecânica do
aerogerador, à razão entre a potência mecânica e a disponível no vento é
chamada coeficiente de potência, e tem sido de 59%, é este coeficiente que
caracteriza a conversão da potência do vento em trabalho mecânico.
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Assim, a potência mecânica será determinada pela expressão:

Uma aproximação valida, e muito usada é a equação abaixo:

Por sua vez a potência eléctrica será determinada pela seguinte fórmula:

Onde:

– Rendimento da central que varia de 0,15 á 0,45.

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PARTE IV

4.1. Conclusão

A implantação de centrais de produção de energia usando energia solar vem


sendo ao longo dos anos uma escolha fiável para suprir as necessidades de
demanda de energia eléctrica porem o rendimento de produção, as restrições
de produção devido ao clima, os custos de implantação e escolha minuciosa
dos locais de implantação destas centrais tem sido um entrave que tende a
comprometer a sua utilização.

Depois da realização do trabalho, o grupo pôde concluir que este tipo de


central para a produção de energia eléctrica tem impactos visuais que são
decorrentes do agrupamento de torres, aerogeradores, e painéis solares em
vastas áreas de exploração. Estes impactos, variam muito de acordo com o
local das instalações, o arranjo das torres, as especificações das turbinas, a
quantidade de painéis solares e os mecanismos de regulação dos ângulos.
Apesar de efeitos negativos, como alterações na paisagem natural, esses
impactos tendem a atrair turistas, gerando renda, emprego e promovendo o
desenvolvimento regional.

Uma outra conclusão que o grupo teve é a respeito da dualidade destes


sistemas de produção de energia, o facto de poderem ser usados como
sistemas isolados, alimentando consumidores específicos e ainda podem ser
sistemas de produção ligados à rede de distribuição, podendo-se desta
maneira vender a energia produzida.

Em suma, o grupo pôde concluir que cada central de produção de energia


obedece a um grupo de características específicas para a sua implantação e
que se tais não forem seguidas à risca, podem comprometer não só a vida útil
da própria central mas também o rendimento de produção o que também pode
resultar em investimento não compensado.

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4.2. Bibliografia

D.J. Sharpe, “Wind Turbine Aerodynamics”, Capítulo 4 do livro “Wind Energy


Conversion Systems” editado por L.L. Freris, Prentice Hall International (UK),
1990.

Ana I.L. Estanqueiro, “Modelação Dinâmica de Parques Eólicos”, Tese de


Doutoramento, IST, Lisboa, Abril 1997.

ELETROBRÁS. Conservação de energia: Eficiência energética de instalações


e equipamentos. Procel. Itajubá, MG, Editora da EFEI, 2001.

OLIVEIRA, S. H. F. Geração Distribuída de Electricidade: inserção de


edificações fotovoltaicas conectadas à rede no estado de São Paulo. São
Paulo, 2002.

Internet: www.google.com

www.wikipedia.com

www.ebah.com

www.solarterra.com

www.nordex-online.com

www.soliclima.com.br

http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Aerogerador&oldid=39927930

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