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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE QUÍMICA
DEPARTAMENTO DE FÍSICO-QUÍMICA

Práticas de Físico-Química Experimental II

PRÁTICAS
Célula eletrolítica
Hidrólise catalisada por um éster
Estabilidade de uma solução coloidal
Investigação da cinética da oxidação do iodeto de potássio
pelo persulfato
Método da fronteira móvel
Determinação da energia de ativação de uma reação
química
Cinética de uma reação por polarimetria
Variação da condutividade com a concentração
CÉLULA ELETROLÍTICA
LABORATÓRIO GRADUAÇÃO - BANCADA 1 - ARMÁRIO 2 – GAVETA 2
Objetivo: Determinar o número de Avogadro e discutir as leis de Faraday, utilizando-se uma célula
eletrolítica.
1) Teoria:
Quando se imergem em uma solução iônica, dois eletrodos (geralmente metais) ligados
externamente por um condutor metálico, obtém-se uma célula eletroquímica. Ligando-se os
eletrodos aos polos de uma pilha e passando-se uma corrente elétrica por esta solução, tal que haja
uma reação de oxido-redução, tem-se uma célula eletrolítica. Neste caso, os elétrons que chegam a
um dos eletrodos (catodo) são captados pelos cátions da solução.
Estes se reduzem (M+n + n e- ® Mo) e podem depositar-se sobre o eletrodo. Segundo
Faraday, a massa, m, do elemento depositado no catodo é dada pela equação:
Eit
m = (1)
Nq
onde E é o equivalente químico da substância depositada (massa atômica dividida pelo número de
cargas do íon), i é a intensidade média da corrente elétrica usada durante a eletrólise (em ampères), t
é o tempo de processamento da eletrólise (em s), N é o número de Avogadro e q é a carga unitária (e
=1,602.10-19 C).
Portanto, se numa eletrólise, m, i e t são determinados para um cátion conhecido, podemos
calcular o número de Avogadro.
2) Material necessário:
- 1 bécher de 250 mL - dessecador
- 1 béquer de 600 mL
- sulfato de cobre pentahidratado
- 6 eletrodos de cobre
- cronômetro (pegar com o professor)
- fonte retificadora de corrente
- 3 vidros de relógio
- balança analítica de precisão ± 0,1 mg
- estufa
3) Reagentes: Adicione:
2,5 g de sulfato de cobre pentahidratado
1 mL de ácido nítrico 1:1
4 mL de ácido sulfúrico concentrado
1 g de uréia
Avolumar com água para 100 mL.
- solução eletrolítica
- ácido nítrico 1:1
- álcool

4) Técnica Experimental:
Coloque num béquer de 600 mL os eletrodos de cobre e sobre eles despeje solução aquosa
de ácido nítrico 1:1, até cubrir os eletrodos e aguarde uns 2 min. Coloque o béquer em água corrente
afim de eliminar o excesso de ácido, retire os eletrodos do béquer e um-a-um, rinse-os com água
destilada e posteriormente com álcool. Seque-os em estufa a 110 oC. Deixe esfriar e mece as massas
dos eletrodos com precisão de ± 0,1 mg. Não esqueça de identificá-los.
Tome um bécher de 250 mL e transfira a solução eletrolítica, previamente preparada, até a
marca de 200 mL. Fixe um eletrodo em cada pólo. Ligue a fonte e ajuste a resistência de tal modo
que 100 mA passem pela solução e no mesmo instante acione o cronômetro. Procure manter a
corrente constante ajustando-a sempre que necessário. Deixe o sistema ligado por exatamente 10
min.
Retire os eletrodos da solução e rinse-o com água e álcool. Seque-o em estufa a 110 oC.
Meça-os com precisão de ± 0,1 mg.

Repita o processo nas seguintes condições:

Tempo (min) Corrente (mA)


20 100
10 200

Transfira a solução eletrolítica, do béquer, de volta para o frasco onde ela estava inicialmente
armazenada.
Lave os materiais utilizados e os guarde de volta no armário e na gaveta.
Bons cálculos ! ! !

5) Cálculos:
Determine as massas de cobre depositadas e consumidas nos eletrodos através da diferença
entre as medidas iniciais e finais para cada caso.
Calcule a partir da equação (1), o número de Avogadro usando os diferentes tempos e as
diferentes correntes elétricas do experimento.
Discuta a precisão do método no cálculo do número de Avogadro.

HIDRÓLISE CATALISADA DE UM ÉSTER


LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO – BANCADA 4 – ARMÁRIO 8 – GAVETA 8
Objetivo: Determinar a ordem e a constante cinética da hidrólise catalisada de um éster.
1) Teoria:
A hidrólise do acetato de etila catalisada por um ácido tem uma velocidade de reação que é
mensurável em torno de 25oC. A equação estequiométrica é dada por:
H3C-COOC2H5 + H2O ®
HCl
H3C-COOH + C2H5OH
A concentração do ácido pode ser determinada em função do tempo, pela titulação com
NaOH. A partir deste resultado pode-se determinar a ordem da reação.
2) Material necessário:
- 1 erlenmeyer de 500 mL
- 1 pipeta de 100 mL
- 2 pipetas de 5 mL
- 1 pêra de borracha
- 1 bureta de 50 mL
- 2 erlenmeyers de 250 mL
- 1 cronômetro (pedir ao professor)

3) Reagentes:

- solução de NaOH 0.1 mol/L


- acetato de etila
- solução de HCl 0,5 mol/L
- solução de fenolftaleína
- gelo de água destilada
4) Técnica experimental:
Pipete, usando uma pipeta volumétrica, 100 mL de HCl 0,5 mol/L e com outra pipeta
volumétrica, 5 mL de acetato de etíla P.A. para um erlenmeyer de 500 mL de capacidade. Quando o
acetato de etila entrar em contato com o ácido, acione imediatamente o cronômetro e agite a
mistura. Após 10 minutos, pipete, usando pipeta volumétrica, 5 ml desta mistura e transfira para um
erlenmeyer de 250 mL que contenha gelo de água destilada. A quantidade de gelo deve ser o
suficiente para que este se mantenha até o final da dosagem . Se for preciso adicione mais gelo no
decorrer da titulação. Titule com solução de NaOH 0,1 mol/L, usando fenolftaleína como indicador.
Retire alíquotas nos intervalos de 20, 30, 40, 50 e 60 minutos e proceda a devida dosagem.
Terminada a prática lave todo o material utilizado e retorne com ele para o local de onde o
tirou, da gaveta ou do armário.
Bons cálculos ! ! !
5) Cálculos:
Complete a seguinte tabela:
Tempo Vol NaOH [HCl] [H+] [H+]- [éster]o [éster]t [éster] t-1 log [éster]t
gasto [HCl]

Determine a ordem desta reação; para isto, trace um gráfico do logaritmo da concentração do
éster em função do tempo. e um outro gráfico do inverso da concentração do éster em função do
tempo. Obtendo-se uma linha reta no primeiro caso, a reação é de 1ª ordem; obtendo-se no segundo
caso, a reação é de 2ª ordem.
ESTABILIDADE DE UM SISTEMA COLOIDAL
LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO - BANCADA 2 – ARMÁRIO 7 – GAVETA 7
Objetivo: Observar algumas condições de estabilidade de um sistema coloidal de enxofre.
1) Teoria:
O estado coloidal é constituído de duas fases: um meio de dispersão e uma fase dispersa. A
fase dispersa é formada por partículas de 1 nm a 1 mm de diâmetro. As partículas coloidais podem
manter-se em suspensão de duas maneiras: por repulsão eletrostática ou por adsorção de moléculas
de solvente. No primeiro caso, a estabilidade da suspensão é devida à adsorção de íons, de modo
que as partíclulas de mesma carga elétrica se repelem.
A estabilidade de um sistema coloidal depende basicamente da resistência que as partículas
oferecem à agregação durante às colisões (coagulação). Certos fatores podem aumentar ou diminuir
a estabilidade de uma suspensão. Por exemplo, polímeros que são adsorvidos podem aumentar a
estabilidade, enquanto um eletrólito pode provocar a floculação de sóis liófobos.
Neste experimento, será estudada a influência de um eletrólito e de um polímero na
estabilidade de um sistema coloidal.
2) Material necessário:
- 1 balão de 125 mL
- 1 condensador de refluxo
- 2 béqueres de 100 mL
- 1 béquer de 250 mL
- 1 funil para filtração
- 1 bastão de vidro
- 7 tubos de ensaios com rolhas rosqueadas
- 1 vidro de relógio
- 1 argola de ferro
- 1 suporte universal
- 2 pedaços de mangueira de látex
- 1 pipeta volumétrica de 5 mL
- 1 pipeta graduada de 10 mL
- 1 pipeta graduada de 5 mL
- manta de aquecimento
- placa de aquecimento
- pera de borracha
- papel de filtro ou algodão
3) Reagentes:
- solução de amido 0,1%
- solução de NaCl 10%
- acetona
- enxofre
4) Técnica experimental:
Pese 0,5 g de enxofre no balão de fundo chato. Adicione 50 mL de acetona. Monte o sistema
de refluxo e aqueça, com manta aquecedora, até que a solução entre em ebulição. Mantenha o
refluxo por 10 min.
Ferva em um bécher, 100 mL de água destilada.
Na capela, com exaustão eficiente e longe de chamas ou faíscas, adicione lentamente a
solução saturada de enxofre, ainda fervendo, sobre a água em ebulição. Utilize luva e fique atento,
pois, a água fervendo pode ser projetada para fora do becher. Ao final da transferência, a acetona se
evapora e o enxofre, insolúvel em água, forma uma suspensão coloidal. Filtre a suspensão .
Prepare os 7 tubos de ensaio numerados e adicione as seguintes soluções:

Tubo Suspensão coloidal (ml) Amido 0,1% (mL) NaCl 10% (mL)
1 5 0 0
2 5 0 1
3 5 1 0
4 5 1 1
5 5 2 1
6 5 3 1
7 5 4 1

Arrolhe os tubos e deixe-os em repouso por 24 h. Observe então as modificações de


turbidez ou cor das soluções em cada tubo, comparando-as com a solução do tubo n° 1. Anote
cuidadosamente as observações. Guarde os tubos por mais 24 h e repita as observações e
anotações. Espere mais 24 h, observe e anote.
Lave os materiais utilizados e retorne com os mesmos para o ármário e gaveta de origem.

5) Cálculos:
Indique quais são as suspensões mais estáveis. Classifique por ordem de estabilidade os
tubos de números 2 a 7.
INVESTIGAÇÃO DA CINÉTICA DA OXIDAÇÃO DO IODETO DE POTASSIO
PELO PERSULFATO
LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO – BANCADA 3- ARMÁRIO 5 – GAVETA 5
Objetivo: Obter a constante de velocidade da reação de oxidação do iodeto pelo persulfato.
1) Teoria:
A reação de oxidação do iodeto pelo persulfato, em solução:

2 KI + K2S2O8 Û I2 + 2 K2SO4

é de segunda ordem e a equação diferencial que lhe é associada pode ser escrita como:
- d[B]/dT = k [A] [B]
onde [A] é a concentração do iodeto e [B] a do persulfato. Na presença de um grande excesso de
iodeto, a reação é de primeira ordem (aparente) pois se tem:
- d[B]/dT = K [B]
onde K = k[A] e é praticamente constante.
A integração da equação anterior leva a:
[B] = [B]o exp (-Kt)

em que [B]o é a concentração inicial de persulfato.


Nesta experiência, verifica-se a validade desta equação e determina-se a constante K.
Acompanha-se a marcha da reação mediante o seguinte artifício: ao sistema reacional,
adiciona-se uma pequena quantidade de tiossulfato de sódio e de solução de goma de amido. O iodo
liberado na oxidação do iodeto reage com o tiossulfato, regenerando o iodeto:
I2 + 2 Na2S2O3 Û 2 NaI + Na2S4O6

Esta reação é muito rápida e, por isso, o tiossulfato é consumido com a mesma velocidade de
formação do iodo, ou seja, com a mesma velocidade de redução do persulfato. Quando todo o
tiossulfato tiver reagido, o iodo que continua a se formar atribui à solução uma coloração azul
característica, graças à goma de amido presente no sistema. O intervalo de tempo que decorre entre
o início da reação e o aparecimento desta coloração corresponde ao tempo necessário para que seja
reduzida uma quantidade de persulfato equivalente à quantidade de tiossulfato adicionada à solução;
um simples cálculo estequiométrico permitirá calcular a concentração de persulfato (B) presente no
tempo t e, desta forma, deterrminar as duas variáveis da equação da cinética da reação.
Nesta experiência, preparam-se diversas soluções com diferentes quantidades de tiossulfato;
desta maneira, podem ser medidos os tempos necessários à redução de quantidades crescentes de
persulfato e investigar, mediante um gráfico, o processo de redução.

2) Material necessário:
- 10 erlenmeyers de 125 mL
- 3 béqueres de 100 mL
- 2 pipetas volumétricas de 10 mL
- 1 pipeta graduada de 10 mL
- 2 pipetas graduadas de 5 mL
- 2 pêras de borracha
- cronômetro (pedir ao professor)

3) Reagentes:
- solução de amido
- solução aquosa de Na2S2O3 0,01 mol/L
- solução aquosa de KI 0,5 mol/L
- solução aquosa de K2S2O8 0,02 mol/L

4) Técnica experimental:
A partir de soluções de iodeto de potássio 0,5 mol/L, de tiossulfato de sódio 0,01 mol/L, de amido e
de persulfato de potássio 0,02 mol/L, prepare as seguintes soluções, em duas séries de erlenmeyers, conforme o
quadro abaixo:
ERLENMEYERS A ERLENMEYERS B
No KI (mL) Na2S2O3 (mL) Amido (mL) No K2S2O8 (mL) H2O (mL)
1 10 1 2 1 10 9
2 10 2 2 2 10 8
3 10 3 2 3 10 7
4 10 4 2 4 10 6
5 10 5 2 5 10 5
Misture o conteúdo do frasco A1 com o do frasco B1. Dispare o cronômetro no instante da mistura.
Agitando ocasionalmente a solução, fique observando o instante em que aparece uma coloração, que
na maioria das vezes é azul. Anote este tempo como t1.
Repita o procedimento anterior com os outros 4 pares de amostras.
Anote os tempos em que aparece a coloração nos frascos 2, 3, 4 e 5 como t 2, t3, t4 e t5.
Calcule as concentrações do persulfato de potássio (B) presente nos tempos t 1, t2, t3, t4 e t5. a partir do
volume de Na2S2O3 adicionados nos respectivos frascos.
5) Cálculos:
Organize o seguinte quadro:
erlenmeyer Na2S2O3 K2S2O8 Sobra de K2S2O8 [K2S2O8] no tempo
N1 ( mol ) N2 ( mol ) N = N2 - (N1/2) [B] = N / 0,032
1
2
3
4
5
Frasco Tempo de reação [K2S2O3] no tempo Ln ( B / B0)
[B]
1
2
3
4
5

Faça um gráfico de ln [B] contra o tempo. Com auxílio do gráfico, determine a constante
de velocidade K para a reação.
MÉTODO DA FRONTEIRA MÓVEL
LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO – BANCADA 1
Objetivo: Determinar o número de transporte do HCl.

1) Teoria:
Conhecendo o número de equivalentes de um íon transportado durante a eletrólise, em
função da quantidade total de eletricidade que passa, é possível calcular o número de transporte
deste íon. No método considerado, o transporte de um íon pela ação de um campo elétrico se mede
observando o deslocamento da interface formada entre a solução que contém o íon e uma solução
indicadora. Suponhamos que v (ml) é o volume de solução percorrida pela interface no tempo t
(s) e que durante este tempo a intensidade I (A) da corrente permaneceu constante. Em tais
condições, a quantidade de corrente que passou pelo circuito no tempo t será It Coulombs ou It/F
Faradays.
A fração da quantidade de eletricidade transportada pelo íon será igual ao seu número de
transporte nc e, portanto, o número de equivalentes de cátion transportado através de qualquer
ponto do aparelho será Itnc/F ml. Se a concentração da solução for c equiv/ml, então, o cátion
percorrerá no tempo t um volume de solução Itnc/F ml. Por conseguinte:
v = I t nc/c F nc = c v F / I t (1)
2) Material necessário:
- suporte universal
- garra
- célula de interface móvel
- fonte de corrente contínua
- cronômetro (pedir ao professor)
3) Reagentes:
- HCl 0,1 mol/L
- alaranjado de metila
4) Técnica experimental:
A célula é mostrada na figura anterior. Consta de um capilar graduado contendo a solução de
HCl que estabelece a comunicação entre o anodo de cobre e um catodo de Ag-AgCl. Este último é
introduzido em uma pequena "vasilha eletrolítica" unida ao capilar de modo que a solução mais
densa que se forma em torno do eletrodo de Pt-AgCl não difunda ao capilar. Em determinações
mais precisas pode submergir-se em água o tubo graduado para eliminar o calor gerado durante a
eletrólise e reduzir, assim, as variações térmicas.
A uma porção de ácido 0,1 mol/L se adiciona quantidade suficiente de alaranjado de metila
para que sua cor seja intensa o bastante para permitir observação clara no capilar. Coloca-se esta
solução em contato com o anodo de cobre. Em tais condições, enche-se o tubo com a solução de
HCl, certificando-se que nem na superfície anódica nem nas paredes do capilar fiquem aderidas
bolhas de ar. Une-se a vasilha que contém o eletrodo de Pt-AgCl com o extremo superior do tubo
graduado e se junta mais ácido até completá-la. Por último, coloca-se o eletrodo de Pt-AgCl.
O potencial aplicado à célula deve ser de 6 mA. O anodo se dissolverá e como consequência
da migração dos cátions, a superfície limite entre as soluções de cloreto cúprico ascenderá pelo tubo.
A interface pode ser facilmente observada pela diferença de cor entre as 2 soluções. À medida em
que a experiência avança, aumentará a resistência do eletrólito e para manter-se constante a
intensidade de corrente será preciso aumentar continuamente o potencial aplicado.

5) Cálculos:
Anote os tempos necessários para a interface percorrer um determinado volume (0,1 mL, por
exemplo) e determine o número de transporte do HCl, usando a equação (1).

DETERMINAÇÃO DA ENERGIA DE ATIVAÇÃO DE UMA REAÇÃO QUÍMICA


LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO – BANCADA 2 - ARMÁRIO 1 – GAVETA 1

Objetivo: Determinar a energia de ativação da reação de oxi-redução entre S2O8= e o I-.

1) Teoria:
Um passo importante no processamento de uma reação química é a formação do complexo
ativado. Este complexo é formado pela associação de um certo número de moléculas (esse número
é denominado molecularidade da reação) num passo intermediário da reação. Por exemplo, para
uma reação exotérmica qualquer: A + B Û AB
o complexo ativado pode ser representado por A...B*. O complexo ativado tem uma energia
superior à energia dos reagentes e é denominada energia de ativação (DH).
A constante cinética, k, de uma reação química é função desta energia de ativação e da
temperatura. Segundo Arrhenius, esta relação é dada por:
k = A exp ( - DH/RT)
onde A é uma constante, R é constante dos gases ideais e T a temperatura absoluta.
Neste experimento será determinada a energia de ativação da reação:

S2O8= + 2 I- Û 2 SO4= + I2

Se os íons iodeto estiverem em excesso, a reação química é de 1 ª ordem em relação aos íons
persulfato, sendo possível a determinação da constante cinética.

ln [S2O8=]o - ln [S2O8=]t= k t

2) Material necessário:
- 4 erlenmeyers de 125 mL
- 2 pipetas volumétricas de 20 mL
- 1 pipeta volumétrica de 10 mL
- 1 pipeta graduada de 1 mL
- 1 cronômetro (pedir ao professor)
- 1 termômetro digital
- 1 banho termostático
- 3 bequeres de 100 mL
- 3 peras de borracha

3) Reagentes:

- 2L de solução aquosa de KI 0,5 mol/L


- 1L de solução aquosa de Na2S2O3 0,01 mol/L
- 1L de solução aquosa de K2S2O8 0,02 mol/L
- solução de amido a 1%
- gelo

4) Técnica experimental:
Coloque num erlenmeyer 20 mL de solução de KI e 10 mL de solução de Na 2S2O3 e num
segundo erlenmeyer 20 ml de K2S2O8 e 1 mL de solução de amido. Leve os 2 erlenmeyers ao
banho termostático, que inicialmente, encontra-se a temperatura ambiente. Deixe-os trocando calor
até alcançarem equilíbrio térmico, o que leva, aproximadamente, uns 5 min. Anote a temperatura do
equilíbrio. Misture as 2 soluções, acionando imediatamente o cronômetro e agitando a mistura
rapidamente. Anote o tempo final, quando a solução mudar de cor, que na maioria das vezes, vai de
incolor para azul.
Repita o experimento, em mais quatro temperaturas diferentes, com intervalos de
aproximadamente, 5°C entre elas.
Terminada a parte experimental lave bem os materiais utilizados e os introduza de volta nos
armários e gavetas.

5) Cálculos:
Lance em gráfico o log do tempo gasto para a cor da solução tornar-se azul em função do
inverso da temperatura absoluta. Determine a energia de ativação pela inclinação das retas obtidas,
sabendo que:
[d (log t)/d (1/T)] = DH/(2,3 R).
CINÉTICA DE UMA REAÇÃO QUÍMICA POR POLARIMETRIA
LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO – BANCADA 3 – ARMÁRIO 1
Objetivo: Estudar a velocidade de uma reação química por polarimetria e determinar as constantes
cinéticas e o calor de reação.
1) Teoria:
Em meio ácido ou básico, a a-d-glicose (C6H12O6), a-G, sofre uma mutarrotação para a
b-d-glicose, b-G, representada pelo equilíbrio:
k1
a-G Û b-G
k2

Estas formas podem ser distinguidas em um polarímetro, uma vez que elas giram o plano de
uma luz polarizada a ângulos diferentes. A rotação óptica de cada substância é proporcional a sua
concentração c e ao comprimento b do tubo que contém a substância, de modo que:
a = [a] c b/100
onde c é a concentração expressa em g/100 g de solvente, b é dado em dm e [a] é denominado
poder rotatório da substância estudada. Como [a] varia com a temperatura e com o comprimento
de onda da luz polarizada, geralmente trabalha-se a 25° C, usando as raias D do sódio,
25
representando-se o poder rotatório por [a] D . Os poderes rotatórios da a-G e da b-G são,
respectivamente, 111° e 19,2° Se houver mistura, as rotações serão aditivas, isto é, a rotação total é
dada pela soma das rotações individuais de a-G e de b-G, tal que:
a = a + a
T a b
Cineticamente, a reação é de 1ª ordem e se as concentrações de a-G e b-G no tempo zero
são a e b, no tempo t são (a-x) e (b+x), então:
dx/dt = k1 (a-x) - k2 (b+x)

Portanto:
[ae  ao ]
(k1 + k2) t = ln
[a e  a ]
onde a o , a e a e são os ângulos de rotação da mistura no tempo inicial, tempo t e tempo de
equilíbrio, respectivamente.
Conhecendo-se o valor da constante de equilíbrio para a reação (K = 1,75), pode-se calcular
os valores de k1 e k2 independentemente, uma vez que:

K observado K
K = k1/k2 k1 =
1 + K
onde: Kobservado = k1 + k2

2) Material necessário:
- 1 balão volumétrico de 50 mL
- 1 polarímetro
- 1 proveta de 25mL
- 1 béquer de 100 mL
- 1 cronômetro (pedir ao professor)
- 1 termômetro
- 1 bastão de vidro
- 1 espátula

3) Reagentes:

- 30 g de a-d-glicose
- solução aquosa de HCl 0,5 mol/L
- água destilada

4) Técnica experimental:
Acenda a luz do polarímetro e espere alguns minutos.
Coloque água destilada no tubo especial do polarímetro de tal modo que não haja formação
de bolhas de ar. Coloque-o no aparelho e gire o seletor (prisma analisador) até que o ponto de
leitura seja observado. Verifique o zero do aparelho e, se houver desvio, anote-o para futuras
correções. Esvazie o tubo.
Medir, cuidadosamente, a massa de 9,00 g de a-glicose em um béquer de 100 mL de
capacidade e adicione a este 30 mL de água destilada. Com auxílio de um bastão de vidro, agite até
completa dissolução do soluto.
Transfira cuidadosamente este volume para um balão volumétrico de 50 mL de capacidade.
Meça em uma proveta 10 mL de solução aquosa de HCl 0,5 Mol/L e transfira também, para o
interior do balão volumétrico (NESTE MOMENTO A REAÇÃO SE INICIA). Avolumar para 50
mL rapidamente, mas com muita cautela, para evitar acidentes. Agite o balão, por pelo menos, umas
5 vezes e transfira esta solução para o tubo especial do polarímetro, tomando o cuidado para não
deixar bolhas. Determine ao e acione imediatamente o cronômetro. Anote o ângulo de rotação em
intervalos de 2 minutos até ficar constante, que você reconhecerá através de 3 leituras com ângulos
idênticos. Tem-se ae.

5) Cálculos:
[ae  ao ]
Lance em gráfico ln em função do tempo e determine Kobservado. Determine
[a e  a ]
também, k1 e k2.

VARIAÇÃO DA CONDUTIVIDADE COM A CONCENTRAÇÃO


LABORATÓRIO DE GRADUAÇÃO – BANCADA 4 - ARMÁRIO – 4

Objetivo: Determinar a condutividade equivalente à diluição infinita através da equação de Onsager.


1) Teoria:
A condutividade específica x de um condutor se define como o inverso da resistência
específica:


x = [x] = ohm-1cm-1
aR

onde R significa a resistência,  é o comprimento (cm) e a é a seção do condutor (cm2).


A condutividade equivalente, L, se obtém multiplicando a condutividade específica pelo
volume (cm3) que contém 1 equivalente-grama do eletrólito:

L = xv [L] = ohm-1cm2eqg-1
Se c é a concentração da solução em equivalentes-grama por litro, v é igual a 1000/c, e:
L = x 1000/c
Tanto a condutividade específica como a equivalente variam com a concentração. A primeira
aumenta com a concentração até atingir um máximo, enquanto a segunda cresce com a diluição,
alcançando um valor limite, Lo à diluição infinita (concentração zero). A condutividade equivalente
em concentração zero não se confunde com a condutividade do solvente puro, mas significa a
condutividade equivalente da solução quando os íons do eletrólito se acham a distâncias tão grandes
que não subsiste interação.
Para certos eletrólitos, Kolrausch sugeriu a relação empírica:
L = Lo - b'Öc

sendo b' uma constante.


Partindo da equação de Debye-Huckel sobre as soluções eletrolíticas, Onsager deduziu uma
equação semelhante aplicável a soluções diluídas que, para concentrações inferiores a 0,001 mol/L
tem a seguinte forma:
L = Lo - (B1Lo + B2) ÖI

em que B1 e B2 são constantes que dependem da natureza do solvente e da temperatura e I é a força


iônica.
Quando a concentração aumenta, observam-se desvios em relação à equação de Onsager.
Shedlovsky constatou que o valor de Lo calculado pela equação de Onsager não era constante, mas
variável linearmente com a concentração, sugerindo a seguinte equação:
L = Lo - (B1Lo + B2) Öc + b c (1-B1Öc)

Esta relação é aplicável a diversos eletrólitos até uma concentração 0,1 mol/L.
Para eletrólitos fortes, o gráfico da condutividade equivalente vs raiz quadrada da
concentração é linear. Para eletrólitos fracos, a condutividade aumenta rapidamente quando c tende
para zero.
2) Material necessário:
- condutivímetro com eletrodo e termômetro - soluções de KCl 0,1 mol/L
- 1 béquer de 400 mL
- 2 béqueres de 50 mL
- 1 Pisseti
3) Material necessário:
- solução padrão
- solução aquosa de NaCl 1,00 x 10-1 mol/L
- solução aquosa de NaCl 5,00 x 10-2 mol/L
- solução aquosa de NaCl 2,50 x 10-2 mol/L
- solução aquosa de NaCl 1,25 x 10-2 mol/L
- solução aquosa de NaCl 6,25 x 10-3 mol/L
- solução aquosa de NaCl 3,12 x 10-3 mol/L
- solução aquosa de NaCl 1,56 x 10-3 mol/L

4) Técnica experimental:
A calibração da célula de condutividade se efetua com a solução de padrão que acompanha o
instrumento. Encontra-se armazenada no refrigerador.
Lavam-se os eletrodos com água destilada, secando-os delicadamente com lenço de papel..
Coloca-se em um becher de 50 mL, 30 mL de solução padrão.
Dispõem-se os eletrodos no recipiente da célula, permitindo-os que fiquem pelo menos 1 cm
abaixo da superfície. Efetua-se, então a determinação da condutividade específica da solução padrão.
Repete-se a experiência detalhada nos itens anteriores com uma solução 1,56 x 10 -3 mol/L de NaCl e
depois com as outras diluições, sempre da mais diluída para a mais concentrada. Tomar cuidado
especial ao ler o instrumento, pois o submúltiplo da unidade de medida vai variar.
A condutividade equivalente se calcula mediante a utilização da equação empírica de
Shedlovsky para o NaCl:
L = 126,4 - 89,73 Öc + 94,9 c (1 - 0,227 Öc)
5) Cálculos:
Com os valores obtidos, construa um gráfico da condutividade equivalente em função de Öc,
determinando o coeficiente linear da reta. Verifique se este último se coaduna com a equação de
Onsager.
Construa outro gráfico da condutividade equivalente em função de c (equação de
Shedlovsky), extrapolando o seu valor para c = 0. Compare os 2 valores da condutividade
equivalente à diluição infinita.

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