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QUESTÃO 02 (Descritor 2)

3º SIMULADO O FIEL DOM JOSÉ

2ª SÉRIE Era uma vez um príncipe que encontrou numa


sapataria um rapaz tão vivo e simpático que desejou tê-lo
como amigo e companheiro. O rei foi pedir ao sapateiro
que desse seu filho para viver na casa real, e o sapateiro
LÍNGUA cedeu. O rapaz se chamava José e o rei lhe deu o 'dom'.
Todo o mundo no reinado só o conhecia, daí em diante,
por Dom José.
PORTUGUESA O príncipe e Dom José eram inseparáveis nas festas,
passeios e caçadas. O rei tinha uma filha muito bonita mas
invejosa e de mau gênio. Vendo aquela amizade do irmão
BLOCO 3 com Dom José, enciumou-se e planejou desfazer o afeto
que ligava os dois moços.

QUESTÃO 01 (Descritor 1) CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil.


São Paulo: Global, 2014. Fragmento.

ENTREVISTA
No trecho destacado, o pronome “o” refere-se ao
O ensaísta canadense Alberto Manguei, autor de Uma
(A) rei.
História da Leitura, explica por que a palavra escrita é a
(B) filho.
grande ferramenta para entender o mundo.
(C) irmão.
[...]
(D) príncipe.
Veja - Numa época em que predominam as imagens, por
(E) sapateiro.
que a leitura ainda é importante?
Manguei - A atual cultura de imagens é superficialíssima,
COMENTÁRIO DO GABARITO
ao contrário do que acontecia na Idade Média e na
Este descritor avalia a habilidade de identificar quais
Renascença, épocas que também eram marcadas por
palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para
uma forte imagética. Pense, por exemplo, nas imagens
facilitar a continuidade do texto e a compreensão do
veiculadas pela publicidade. Elas captam a nossa atenção
sentido. No trecho em questão, o pronome oblíquo foi
por apenas poucos segundos, sem nos dar chance para
utilizado para substituir o filho do sapateiro, evitando
pensar. Essa é a tendência geral em todos os meios
repetições desnecessárias, facilitando a continuidade do
visivos. Assim, a palavra escrita é, mais do que nunca, a
texto, sendo a alternativa B o gabarito.
nossa principal ferramenta para compreender o mundo. A
grandeza do texto consiste em nos dar a possibilidade de
QUESTÃO 03 (Descritor 3)
refletir e interpretar. Prova disso é que as pessoas estão
lendo cada vez mais, assim como mais livros estão sendo
CONTO: CAPÍTULO DOS CHAPÉUS
publicados a cada ano. Bill Gates, presidente da
Microsoft, propõe uma sociedade sem papel. Mas, para
[...] A sala do dentista tinha já algumas freguesas. Mariana
desenvolver essa ideia, ele publicou um livro. Isso diz
não achou entre elas uma só cara conhecida, e para fugir
alguma coisa.
ao exame das pessoas estranhas, foi para a janela. Da
MENAI, Tania. Entrevista.Veja, 7 de julho de 1999. Disponível em: janela podia gozar a rua, sem atropelo. Recostou-se;
https://www.trabalhosgratuitos.com/Outras/Diversos/Linguagem-E- Sofia veio ter com ela. Alguns chapéus masculinos,
Argumenta%C3%A7%C3%A3o-534269.html.Fragmento. parados, começaram a fitá-las; outros, passando,
faziam a mesma coisa. Mariana aborreceu-se da
De acordo com a explicação do canadense, a grandeza insistência; mas, notando que fitavam principalmente a
do texto consiste na amiga, dissolveu-se-lhe o tédio numa espécie de inveja.

(A) probabilidade de refletir e interpretar. Machado de Assis. Fragmento. Disponível em:


http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000201.pdf.
(B) publicação de mais livros a cada ano.
(C) veiculação de informações publicitárias.
No trecho destacado, pode-se inferir que:
(D) insólita imagética que marcou a Renascença.
(E) cultura de imagens superficial da Idade Média.
(A) Mariana e Sofia eram atraídas pelos chapéus
masculinos.
COMENTÁRIO DO GABARITO
(B) Os homens se sentiam atraídos por Mariana ao vê-la
Este item contempla o descritor 01 que avalia a habilidade
na janela.
de localizar informações que estejam explícitas no texto,
(C) Os homens olhavam para o local onde Mariana e
ou seja, ao estudante lhe é permitido retomar o texto e
Sofia estavam.
localizar a informação que é pedida claramente no
(D) Os homens que passavam na rua fixavam o olhar em
comando do item. Ao buscar pistas no texto-base fica
Mariana e Sofia.
evidente que “A grandeza do texto consiste em nos dar a
(E) Mariana e Sofia observavam os chapéus masculinos
possibilidade de refletir e interpretar. ” Portanto temos
que passavam na rua.
como gabarito a alternativa A.
COMENTÁRIO DO GABARITO linhas de 11 a 16 enfatizam que as mulheres estão menos
Este descritor avalia a habilidade de o estudante preocupadas em casar-se e priorizam a vida profissional
relacionar informações, inferindo quanto ao sentido de e os estudos.
uma palavra ou expressão no texto. Sendo assim, o
contexto (“chapéus masculinos parados, começaram a QUESTÃO 05 (Descritor 14)
fita-las”) indica o sentido de que os homens estavam
parados fixando o olhar em Mariana e Sofia. Neste caso o O trecho que apresenta uma opinião é
gabarito é a alternativa D.
(A) “[...] a maioria absoluta das mulheres aspira a
Leia o texto e responda às questões 04 e 05. encontrar um companheiro, [...]” (ℓ. 4-5)
(B) “A diferença a que se assiste hoje é que não existe
A VIDA SEM CASAMENTO mais um calendário fixo para que isso aconteça. ” (ℓ.
10-11)
Afinal, o que as mulheres querem? No campo das (C) “A formidável mudança que eclodiu e se consolidou
aspirações femininas mais fundamentais, essa é uma ao longo do último século, [...]” (ℓ. 11-13)
pergunta facílima de responder. Por razões sociais, (D) “As mulheres que dispõem de autonomia econômica
culturais e biológicas, a maioria absoluta das mulheres e vida independente não são mais consideradas
aspira a encontrar um companheiro, casar-se, construir balzaquianas aos 30 anos” (ℓ. 16-18)
5
família e, por intermédio dos filhos, ver cumprido o (E) “Além de fora de moda, o termo pode ser até
imperativo tão profundamente entranhado em seu corpo e ofensivo. ” (ℓ. 28-29)
em sua psique ao longo de centenas de milhares de anos
de história evolutiva. COMENTÁRIO DO GABARITO
10 A diferença a que se assiste hoje é que não existe mais Este descritor avalia a habilidade de o estudante distinguir
o que são afirmações baseadas em valores (opiniões) e
um calendário fixo para que isso aconteça. A formidável
afirmações baseadas em evidências (fatos) presentes no
mudança que eclodiu e se consolidou ao longo do último texto. Se compreendeu que o narrador revela uma opinião
século, com o processo de emancipação feminina, o no trecho: “As mulheres que dispõem de autonomia
acesso à educação e a conquista do controle reprodutivo, econômica e vida independente não são mais
15 permitiu a um número crescente de mulheres adiar a “ consideradas balzaquianas aos 30 anos” (ℓ. 16-18),
programação” materno-familiar. As mulheres que dispõem indicou a alternativa D como gabarito, demonstrando
de autonomia econômica e vida independente não são assim ser um leitor eficaz.
mais consideradas balzaquianas aos 30 anos – apenas
30 anos! -, encalhadas aos 35 e aos 40, reduzidas QUESTÃO 06 (Descritor 6)
20 irremediavelmente à condição de solteironas, quando não
agregadas de baixíssimo status social, melancolicamente TEM ALGO (MUITO) ERRADO NO SEU CELULAR
mexendo tachos de comida para os sobrinhos nas
grandes cozinhas das famílias multinucleares do passado. Série de ficção investiga o lado oculto da vida
Imaginem só chamar de titia uma profissional em pleno conectada – e descobre um futuro tão assustador
25 florescimento, com um ou mais títulos universitários – e quanto verossímil.
um corpinho bem-cuidado que enfrenta com honras o
jeans de cintura baixa ou o biquíni nos intervalos dos Uma pesquisa feita no ano passado descobriu que
compromissos de trabalho. Além de fora de moda, o termo ficamos quase 11h por dia, em média, olhando para telas:
pode ser até ofensivo. O contraponto a esses avanços é do computador, do celular, da TV. Quando não estamos
30 que, quanto mais as mulheres prorrogam o casamento, no trânsito, dormindo, comendo ou tomando banho,
mais se candidatam a uma vida inteira sem alcançá-lo. estamos olhando para uma tela. Mas essa simbiose com
a tecnologia não é só alegria - também pode ter efeitos
Bel Moherdani. Revista Veja. 29 Novembro 2006 (Fragmento) imprevisíveis, e sinistros, sobre nós. Essa é a premissa
de Black Mirror, série cuja nova temporada estreia este
QUESTÃO 04 (Descritor 4) mês. O fluxo ensurdecedor de dados, a ditadura das redes
sociais, o entretenimento obtuso e bruto, a escalada do
Infere-se do texto que as mulheres ódio online e offline - como tudo isso já acontece hoje, e
como pode ficar. Black Mirror é uma pancada. E o mais
(A) aspiram ao casamento e querem ter muitos filhos. impressionante é perceber como é real.
(B) evitam o matrimônio para manter sua emancipação.
(C) tendem a adiar o casamento para avançar nos Disponível em: http://www.pesquisamundi.org/2016/09/tem-algo-
estudos e na vida profissional. muito-errado-no-seu-celular.html.
(D) apresentam preocupação em serem chamadas de
balzaquianas por não casarem. O tema do texto é
(E) continuam semelhantes às mesmas de antigamente,
cuidando dos afazeres do lar. (A) a quantidade de tempo que se passa diante de telas.
(B) a pesquisa sobre o lado assustador da internet.
COMENTÁRIO DO GABARITO (C) o descrédito da tecnologia em nosso futuro.
Este item avalia a habilidade de inferir informações (D) o fluxo ensurdecedor de dados na internet.
implícitas no texto, ou seja, informações que não se (E) a estreia da série Black Mirror.
encontram claramente na base textual, porém, podem ser
percebidas pela construção de inferências do leitor em COMENTÁRIO DO GABARITO
relação ao texto. Este descritor avalia a capacidade do estudante em
O gabarito é a alternativa C, pois, o estudante, por meio compreender o sentido global do texto e resumir em uma
de deduções percebe que as ideias apresentadas nas sentença qual seu assunto principal. Levando-se em
consideração as marcas textuais (Essa é a premissa Porém a contribuição europeia é sim, muito grande e
de Black Mirror, série cuja nova temporada estreia este valiosa à nossa cultura, pois chegaram também não só
mês, e o próprio título fazer menção à nova série.) colonizadores espanhóis, portugueses, ingleses,
podemos apontar a alternativa “E” como gabarito. franceses e holandeses, mas também, posteriormente,
imigrantes alemães, italianos, suíços, entre tantos outros.
QUESTÃO 07 (Descritor 7) Também migraram para cá chineses, japoneses, árabes,
colocando ainda mais tempero em nossa sopa cultural.
CUIDADO COM QUE COMPRA! Em meio a esta mescla de tantas influências, como
falar de identidade latino-americana? Melhor nem
Para os moldes atuais, Magdalena Schöttlin não tinha falarmos dela. Melhor pensarmos plural, nas identidades
feito nada de errado, na realidade. Mas em uma vila alemã latino-americanas. Existem muitas semelhanças, porém
de 1708, seu comportamento era ultrajante. A esposa de também profundas diferenças entre países e mesmo entre
34 anos de um tecelão vivia usando um “lenço exagerado regiões dentro de um mesmo Estado nacional. Porém o
no pescoço que não condizia com sua condição de vida, processo político e social dos últimos anos levanta
sendo um flagrante de violação das ordens do governo um potente e possível caminho: a unidade na
sobre vestuário”. diversidade.
Os censores locais, responsáveis por fazer-se cumprir A heterogeneidade não tem que ser um problema, pelo
as leis, já haviam alertado Magdalena duas vezes. Então contrário, deve ser uma virtude, pois é possivelmente a
o pastor dirigiu um sermão de domingo castigando a maior riqueza que temos.
elegância da alfaiataria, se referindo especialmente ao
lenço de Magdalena. Finalmente, os censores TAVEIRA, Vitor. Quem somos, América Latina? Jornal Mundo Jovem,
Porto Alegre, v. 53, n.453, p.16, fevereiro. 2015.Fragmento.
convocaram a pobre mulher diante de todo o conselho da
igreja e ordenaram que ela se explicasse. O argumento que sustenta a tese destacada no texto é o
Quando ela protestou contra a proibição de seu de que
acessório, alegando que havia sido presenteada com o
objeto e que outras pessoas também usavam adornos (A) as culturas dos nativos, somaram-se a europeia,
parecidos, a paciência dos censores acabou. Magdalena formando assim apenas uma cultura.
foi ordenada a parar de usar seu lenço “ostentação” para (B) a heterogeneidade não deve ser um problema, e sim
sempre. Ela também foi sentenciada a pagar 11 Kreuzer- uma virtude, pois é a maior riqueza de um povo.
quase o equivalente a quatro dias de trabalho. (C) a identidade latino-americana formou-se a partir dos
Magdalena é apenas uma entre milhares de povos que vieram da África e de outros continentes.
moradoras das quais as práticas de consumo foram (D) as semelhanças e diferenças existentes entre países
reconstruídas pelo time de historiadores econômicos da e estados podem causar distanciamento entre os
Universidade de Cambridge. As mudanças nos hábitos de povos.
consumo são interessantes não só por suas próprias (E) a violência praticada contra os nativos destruiu a
finalidades, mas também porque podem ter efeitos muito confiança das pessoas que passaram a viver no
mais amplos. mesmo país, mas desconfiando um dos outros.
Revista BBCHistory Brasil, ANO 2 –Nº 8,2015
COMENTÁRIO DO GABARITO
Nesse texto, o autor defende a ideia de que o lenço usado Este descritor avalia a habilidade de o estudante
por Magdalena estabelecer relação entre a tese e os argumentos
oferecidos para sustentá-la. Neste item, ao defender que
(A) tinha uma finalidade democrática. deve haver “unidade na diversidade”, o autor argumenta
(B) violava os padrões da moda atual. que “a heterogeneidade não deve ser vista como um
(C) chamava atenção por ser deselegante. problema”, apontando a alternativa B como gabarito.
(D) era apreciado pela sociedade da época.
(E) representava um símbolo de ostentação. QUESTÃO 09 (Descritor 9)

COMENTÁRIO DO GABARITO A NEGRITUDE COMO BANDEIRA


Este descritor avalia a habilidade de o estudante perceber
qual é a ideia defendida pelo autor. Dessa forma, a leitura Nas últimas décadas do século XX, os negros
atenta do texto indica a alternativa E como gabarito, pois, brasileiros perceberam que a luta iniciada por Castro
essa tese está expressa no primeiro e mais claramente no Alves (ironicamente, um branco) deveria ser levada
segundo parágrafo. adiante. Agora, não mais uma luta pela abolição, mas pelo
fim do preconceito racial e cultura da desigualdade de
QUESTÃO 08 (Descritor 8) oportunidades, da discriminação social. Assim, diversos
grupos organizados, bem como muitos negros de
QUEM SOMOS, AMÉRICA LATINA? destaque na sociedade, têm afirmado sua identidade afro-
brasileira, seja por meio de manifestações de protesto,
Às culturas que aqui já estavam, somou-se a europeia, seja por meio de atividades culturais identificadas com as
acompanhada de um processo colonial repleto de origens africanas. A discussão em torno da igualdade de
violências físicas e simbólicas contra as que aqui viviam oportunidades entre negros e brancos tem se ampliado no
(é importante recordar). Isso sem falar da grande país e chegou à universidade. Hoje, algumas instituições
quantidade de pessoas trazidas da África, o que foi uma têm reservado parte de suas vagas para a população
das maiores brutalidades e vergonhas da humanidade: a negra, o que tem causado polêmicas, inclusive na
escravidão massiva e o comércio internacional de comunidade negra.
pessoas.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- Não tendo com quem entender-se, Raimundo Pelado
77012004000100001.
falava só, e os outros pensavam que ele estava
malucando.
A informação principal do texto é Estava nada! Conversava sozinho e desenhava na
calçada coisas maravilhosas do país de Tatipirun, onde
(A) o combate ao racismo na sociedade. não há cabelos e as pessoas têm um olho preto e outro
(B) as desigualdades entre brancos e negros. azul”.
(C) o preconceito de um branco que deveria ser levado a
diante. RAMOS, Graciliano. Alexandre e outros heróis. Rio de Janeiro: Record,
(D) as vagas reservadas para a população negra nas 1987. In: http://graciliano.com.br/site/obra/a-terra-dos-meninos-pelados-
instituições. 1939.
(E) as discussões a respeito da igualdade entre brancos
e negros. O conflito gerador do enredo se deu pelo fato de

COMENTÁRIO DO GABARITO (A) o Dr. Raimundo Pelado conversar sozinho.


Este descritor avalia a habilidade de o estudante (B) o menino se acostumar com o novo nome.
reconhecer a estrutura e a organização do texto, (C) os vizinhos gritarem e mangarem do menino.
localizando a parte principal e as secundárias que o (D) o Pelado ser muito diferente dos outros meninos.
compõem. No texto em questão, a informação principal (E) os olhos das pessoas de Tatipirun serem diferentes.
consiste em discutir a igualdade entre negros e brancos,
pois afirma: “Agora, não mais uma luta pela abolição, mas COMENTÁRIO DO GABARITO
pelo fim do preconceito racial e cultura da desigualdade Este descritor avalia a habilidade em reconhecer os fatos
de oportunidades, da discriminação social. ”, que causam o conflito ou que motivam as ações das
apresentando, portanto, a alternativa E como gabarito. personagens, originando o enredo do texto.
A narrativa refere-se a um menino que era alvo de
QUESTÃO 10 (Descritor 10) chacotas por ter cabeça pelada, um olho azul e outro
preto. O estudante que consegue perceber que o conflito
A TERRA DOS MENINOS PELADOS gerador do enredo é o fato de o menino ser diferente dos
outros assinala a alternativa D como gabarito.
“Havia um menino diferente dos outros meninos. Tinha
o olho direito preto, o esquerdo azul e a cabeça pelada.
Os vizinhos mangavam dele e gritavam:
 Ô pelado!
Tanto gritaram que ele se acostumou, achou o apelido
certo, deu para se assinar a carvão nas paredes: Dr.
Raimundo Pelado. Era de bom gênio e não se zangava;
mas os garotos dos arredores fugiam ao vê-lo,
escondiam-se por detrás das árvores da rua, mudavam a
voz e perguntavam que fim tinham levado os cabelos dele.
COMENTÁRIO DO GABARITO
LÍNGUA Este descritor estabelece relação causa/consequência
entre partes e elementos do texto. Dessa forma, no texto
“assaltos insólitos”, o estudante verificará que o motivo do
PORTUGUESA dono da casa ter se livrado de toda sorte de tragédia
ocorre em razão dele ter mentido para os assaltantes,
portanto, gabarito é a alternativa C. Para chegar a essa
BLOCO 4 conclusão, basta o estudante associar o corrido principal
“a mentira do dono da casa” com o que isso provocou “a
amenização da situação”.
LEIA O TEXTO E RESPONDA ÀS QUESTÕES 01 E 02.
QUESTÃO 02 (Descritor 12)
ASSALTOS INSÓLITOS
A finalidade do texto é
Assalto não tem graça nenhuma, mas alguns,
contados depois, até que são engraçados. É igual a certos (A) advertir sobre os possíveis lugares em que ocorrem
incidentes de viagem, que, quando acontecem, deixam a assaltos.
gente aborrecidíssimo, mas depois, narrados aos amigos (B) relatar um fato incomum ocorrido com um cidadão.
num jantar, passam a ter sabor de anedota. Uma vez me (C) expor uma opinião sobre um assunto sério.
contaram de um cidadão que foi assaltado em sua casa. (D) instruir o leitor como evitar uma tragédia.
Até aí, nada demais. Tem gente que é assaltada na rua, (E) fazer o leitor refletir sobre um assalto.
no ônibus, no escritório, até dentro de igrejas e hospitais,
mas muitos o são na própria casa. O que não diminui o COMENTÁRIO DO GABARITO
desconforto da situação. Pois lá estava o dito-cujo em sua Este descritor avalia a habilidade de identificar a finalidade
casa, mas vestido em roupa de trabalho, pois resolvera de textos de diferentes gêneros. Para chegar a essa
dar uma pintura na garagem e na cozinha. As crianças conclusão, o estudante deverá entender que cada texto
haviam saído com a mulher para fazer compras e o marido apresenta uma finalidade específica. Portanto, ao término
se entregava a essa terapêutica atividade, quando, da da leitura de “assaltos insólitos”, o estudante verificará
garagem, vê adentrar pelo jardim dois indivíduos que nesse texto é narrado um acontecimento não
suspeitos. corriqueiro vivenciado por um cidadão. Sendo assim,
Mal teve tempo de tomar uma atitude e já ouvia: depreender-se-á que a finalidade do texto em questão é a
— É um assalto, fica quieto senão leva chumbo. Ele já de relatar um fato incomum ocorrido com um cidadão,
se preparava para toda sorte de tragédias quando um dos gabarito, alternativa B.
ladrões pergunta:
— Cadê o patrão? QUESTÃO 03 (Descritor 13)
Num rasgo de criatividade, respondeu:
— Saiu, foi com a família ao mercado, mas já volta. O POETA DA ROÇA
— Então vamos lá dentro, mostre tudo. Fingindo-se,
então, de empregado de si mesmo, e ao mesmo tempo Sou fio das mata, canto da mão grossa,
para livrar sua cara, começou a dizer: Trabáio na roça, de inverno e de estio.
— Se quiserem levar, podem levar tudo, estou me A minha chupana é tapada de barro,
lixando, não gosto desse patrão. Só fumo cigarro de paia de mio.
Paga mal, é um pão-duro. Por que não levam aquele
rádio ali? Olha, se eu fosse vocês levava aquele som Sou poeta das brenhas, não faço o papé
também. Na cozinha tem uma batedeira ótima da patroa. De argun menestré, ou errante cantô
Não querem uns discos? Dinheiro não tem, pois ouvi Que veve vagando, com sua viola,
dizerem que botam tudo no banco, mas ali dentro do Cantando, pachola, à percura de amô.
armário tem uma porção de caixas de bombons, que o Não tenho sabença, pois nunca estudei,
patrão é tarado por bombom. Os ladrões recolheram tudo Apenas eu sei o meu nome assiná.
o que o falso empregado indicou e saíram apressados. Meu pai, coitadinho! Vivia sem cobre,
Daí a pouco chegavam a mulher e os filhos. Sentado na E o fio do pobre não pode estudá.
sala, o marido ria, ria, tanto nervoso quanto aliviado do
próprio assalto que ajudara a fazer contra si mesmo. Meu verso rastero, singelo e sem graça,
Não entra na praça, no rico salão,
SANTANNA, Affonso Romano. PORTA DE COLÉGIO E OUTRAS Meu verso só entra no campo e na roça
CRÔNICAS. São Paulo: Ática 1995. (Coleção Para gostar de ler). Nas pobre paioça, da serra ao sertão.
[...]
QUESTÃO 01 (Descritor 11)
ASSARÉ, Patativa do. Disponível em:
O dono da casa livra-se de toda sorte de tragédias, http://professorarozelia.blogspot.com.br/2011/03/textos-para-trabalhar-
principalmente, porque variacao.html. Fragmento.

(A) aconselha a levar o som. No texto, a palavra em destaque apresenta-se como


(B) mostra os objetos da casa.
(C) mente para os assaltantes. (A) um recurso estilístico usado pelo autor.
(D) conta os defeitos do patrão. (B) um desvio equivocado da língua portuguesa.
(E) fazia sua atividade terapêutica. (C) uma palavra de significado regional específico.
(D) uma verbalização coloquial da palavra trabalho.
(E) uma impossibilidade física de o falante pronunciar a medo de dizer porque no momento em que tento falar não
palavra adequadamente. só não exprimo o que sinto como o que sinto se
transforma lentamente no que eu digo.... Sou como você
COMENTÁRIO DO GABARITO me vê.
Este descritor identifica as marcas linguísticas que Posso ser leve como uma brisa ou forte como uma
evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto. A língua ventania, depende de quando e como você me vê passar.
é caracterizada por diferentes formas de verbalização. Em Não me deem fórmulas certas, porque eu não espero
razão disso, há o que se chama de variação linguística. O acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim,
estudante deve entender que esse fenômeno também faz porque vou seguir meu coração. Não me façam ser quem
parte da língua portuguesa. Sendo assim, no poema “O não sou. Não me convidem a ser igual, porque
poeta da roça”, o estudante verificará que a palavra sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade.
registrada “trabáio” é, na verdade, uma das possibilidades Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão.
de verbalização da palavra “trabalho”, com isso, marcará Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a
como gabarito a alternativa D. mesma pra sempre.

QUESTÃO 04 (Descritor 5) LISPECTOR, Clarice. In: Perto do Coração Selvagem.


Disponível em: http://www.citador.pt/textos/nao-sei-dizer-quem-sou-
Leia o texto. clarice-lispector

O termo destacado estabelece relação de

(A) consequência.
(B) conformidade.
(C) comparação.
(D) concessão.
(E) causa.

COMENTÁRIO DO GABARITO
Este descritor avalia a habilidade de estabelecer relações
lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por
conjunções, advérbios, etc. No texto: “É curioso como não
sei dizer quem sou”, o uso do termo destacado “como”, no
contexto que foi utilizado, marca uma relação de
Disponível em: http://www.tribunaribeirao.com.br/site/charge-17-de- conformidade entre as informações apresentadas. Assim,
janeiro-de-2017/. o estudante deverá verificar essa relação lógico-
discursiva proporcionada pelo uso dessa ferramenta
Com a linguagem verbal e não verbal do texto, evidencia- linguística para marcar como gabarito a alternativa B.
se que
QUESTÃO 06 (Descritor 16)
(A) o homem usa o argumento da longevidade da
mulher para explorá-la.
(B) o homem está descansando para aumentar sua
expectativa de vida.
(C) o homem está convencido de que viverá menos que
a esposa.
(D) a mulher está satisfeita em servir o marido.
(E) a mulher concorda com a fala do marido.

COMENTÁRIO DO GABARITO
Este descritor avalia a habilidade de interpretar texto com
auxílio de material gráfico diverso (propagandas,
quadrinhos, foto, etc.). Na charge em questão, verifica-se
que o homem utiliza o argumento de que a expectativa de Disponível em :https://onsizzle.com/i/que-iss0-amiga-voce-esta-
vida da mulher é maior que a dele e aproveita-se disso bebendo-esse-iogurte-paz-2-1994761.
para explorar a mulher. Ao fazer essa associação, o
estudante verificará que a figura do homem, na linguagem O humor da charge consiste em a
não verbal, apresenta-se bem à vontade. A mulher, por
outro lado, não demonstra ficar satisfeita. Isso tudo foi (A) personagem ainda não ter consumido o iogurte.
provocado em razão da esperteza do marido. O estudante (B) personagem está tomando há duas horas o iogurte.
realizando toda essa associação marcará a alternativa A (C) personagem está consumindo há uma semana o
como gabarito. iogurte.
(D) personagem está admirada, pois a outra ainda bebe
QUESTÃO 05 (Descritor 15) o iogurte.
(E) personagem ter entendido que deve passar uma
É CURIOSO COMO NÃO SEI DIZER QUEM SOU semana tomando o iogurte.
É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer,
sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho
COMENTÁRIO DO GABARITO
Este descritor avalia a habilidade de identificar efeitos de (A) criticar a família da moça.
ironia ou humor em textos variados. Nessa charge, o (B) zombar da beleza da moça.
estudante deverá verificar a interpretação equivocada da (C) debochar do amor da moça.
amiga sobre o consumo do iogurte. Isso, a partir da (D) ironizar a educação da moça.
situação de comunicação, proporcionou o efeito de (E) recriminar a bondade da moça.
humor, logo, para a resposta desse item tem-se como
gabarito a alternativa E. COMENTÁRIO DO GABARITO
Este descritor avalia a habilidade de reconhecer o efeito
QUESTÃO 07 (Descritor 17) de sentido decorrente da escolha de uma determinada
palavra ou expressão. No poema: “Moça linda bem
tratada”, os versos destacados “Burra como uma porta:
TEM TUDO A VER Um amor!”, apresentam-se com uma linguagem
conotativa, a qual, o estudante, verificando o valor dessa
A poesia conotação, deverá entender que o efeito de sentido
tem tudo a ver proporcionado a partir do uso dessa expressão é uma
com a plumagem, o voo, ironia relacionada às características da moça. Se o
e o canto dos pássaros, estudante chegar a essa interpretação marcará como
a veloz acrobacia dos peixes, gabarito a alternativa D.
as cores todas do arco-íris,
o ritmo dos rios e cachoeiras, QUESTÃO 09 (Descritor 19)
o brilho da lua, do sol e das estrelas,
a explosão em verde, em flores e frutos. CHOVE CHUVA

A poesia Chove chuva


- é só abrir os olhos e ver- Chove sem parar (2x)
tem tudo a ver
com tudo. Pois eu vou fazer uma prece
Pra Deus, nosso Senhor
JOSÉ, Elias. Disponível em: Pra chuva parar
http://escrevereprolongarotempo.blogspot.com.br/2010/03/tem-tudo-
ver-elias-jose.html. (Fragmento.)
De molhar o meu divino amor

No trecho destacado, os travessões foram utilizados para Que é muito lindo


É mais que o infinito
(A) indicar a fala de um personagem. É puro e belo
(B) apresentar a ideia central do texto. Inocente como a flor...
(C) estabelecer uma pausa no discurso do eu lírico.
(D) destacar um diálogo estabelecido entre o eu lírico e Por favor, chuva ruim
a amada. Não molhe mais
(E) mostrar a mudança de discurso do eu lírico para uma O meu amor assim (2x)
personagem.
Chove chuva
COMENTÁRIO DO GABARITO Chove sem parar (2x)
Este descritor avalia a habilidade de reconhecer o efeito (…)
de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras
Disponível em: https://www.letras.mus.br/jorge-ben-
notações. No poema: “Tem tudo a ver”, o eu lírico começa jor/46643/.Fragmento.
a descrever sobre a poesia e faz associações. Depois,
verifica-se o uso de travessões, o que proporciona um No trecho em destaque, observa-se “ch” repetido, esse
efeito de pausa em relação ao ritmo que o poema vinha recurso é utilizado para
sendo desenvolvido, ou seja, o eu lírico estabelece uma
pausa no discurso. O estudante deverá chegar a essa (A) reproduzir na música o fenômeno da chuva.
interpretação para marcar como gabarito a alternativa C. (B) sugerir ao leitor a sonoridade da chuva.
(C) facilitar a memorização da canção.
QUESTÃO 08 (Descritor 18) (D) mostrar a continuidade da chuva.
(E) enfatizar o tema da canção.
MOÇA LINDA BEM TRATADA
COMENTÁRIO DO GABARITO
Moça linda bem tratada, Este descritor avalia a habilidade de reconhecer o efeito
Três séculos de família, de sentido decorrente da exploração de recursos
Burra como uma porta: ortográficos e/ou morfossintáticos. No texto: “Chove
Um amor! chuva”, o estudante deverá verificar que o uso repetitivo
[ ... ] do “ch” foi feito de forma motivacional, pois, como o
ANDRADE. Mário de. Disponível em: http://leaoramos.blogspot.com.br/
poema se trata de chuva, houve uma tentativa de, com o
2007/07/ mrio-de-andrade-moa-linda-trs-sculos-de.html. uso do som do “CH”, sugerir ao leitor a sonoridade da
chuva. Assim, o gabarito desse item é a alternativa B.
No texto, ao utilizar a expressão em destaque, o autor
pretende
QUESTÃO 10 (Descritor 21) Devo lembrar que o conteúdo existente na internet
TEXTO 1 hoje, não é irreal, apesar de abstrato, mas sim o retrato
preciso da realidade em que vivemos, pois nela podemos
INTERNET figurar exatamente o que existe no mundo fora dela. Em
uma internet livre, não é possível manipular a realidade,
Contra! Extremamente contra! em uma pesquisa contratada, por exemplo.
Apesar da INTERNET ser um BEM, não deve ser
considerado um direito fundamental. As pessoas vivem (Disponível em:
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/-
sem internet! /message_boards/message/1702236. Acesso em 27.06.2017).
E, cada vez que algo se transforma em "direito
fundamental", justifica-se a intervenção do estado, Os dois textos divergem no que se refere
fazendo com que, de fato, este direito seja negado às
pessoas. Afinal, nada como a mão do estado para (A) ao tema abordado.
transformar o livre mercado num balcão de negócios, (B) ao fomento de informações falsas.
corrupção, ineficiência... encarecendo o serviço e (C) ao conteúdo irreal que pode ser manipulado na
oferecendo lixo aos cidadãos! internet.
SOU CONTRA! (D) à opinião sobre a internet como um princípio
fundamental.
(Disponível em:
http://arquivo.edemocracia.camara.leg.br/web/internet/forum/- (E) à conduta individual e coletiva dos usuários sobre a
/message_boards/message/1702236. Acesso em 27.06.2017). restrição de informações.

TEXTO 2 COMENTÁRIO DO GABARITO


Este descritor avalia a habilidade de reconhecer posições
INTERNET distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo
fato ou ao mesmo tema. No texto 1, “Internet”, verifica-se
Sim, sou absolutamente a favor. a defesa de que a internet não deve ser considerada como
Considero que a internet, ao ser fornecida ao acesso um direito fundamental, já no texto 2, “Internet”, há uma
universal, por seus criadores e fomentadores, foi opinião contrária a isso. Dessa forma, nota-se que os dois
necessariamente baseada na premissa da liberdade de textos se divergem no que se refere à opinião sobre a
comunicação por indivíduos ao redor do mundo, bem internet como um princípio fundamental. O gabarito desse
como todas as expressões derivadas e respectiva, item, portanto, é a alternativa D.
através de um meio de livre acesso e distribuição sem
restrições peculiares a sua utilização.
O princípio fundamental da internet é justamente ser e
ter, a propriedade de ferramenta para comunicação e
acesso, justo, universal e neutro a toda sociedade
mundial.
Restrições pontuais, por motivos governamentais, de
qualquer espécie, além de maquiar a realidade intrínseca
da conduta individual e coletiva, priva e restringe a
informação e pesquisa, bem como induz a supressão de
modo tendencioso, em benefício de alguns privilegiados,
a fomentar falsas informações.

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