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Vma Introduc;ao
a Matemcitica
COMISSÃO EDITORIAL
Presidente José Mindlin
\3ibliografia.
ISBN 85-314-0458-4
98-2561 CDD-510
Direitos reservados à
Prefácio . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
2 . Divisibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2 .1 Algoritmo da Divisão . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
2 .2 Numeração . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
2 .3 Ideais e Máximo Divisor Comum . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61
2 .4 O Algoritmo de Euclides . . . . . . . . ......
. . . . . . .. . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
2 .5 Mínimo Múltiplo Comum . . . . . . ...... . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 74
2 .6 O TeoremaFundamental da Aritmética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 77
·
2 .7 A D istribuição dos Primos . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . 87
3. Congruências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97
3.1 Equações Diofantinas Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . 97
3.2 Congruências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10 3
3.3 Resolução de Congruências Lineares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112
3.4 Sistemas de Congruências Lineares ..... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 117
3.5 Os Teoremas de Fermat, Euler e Wilson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12 6
3.6 Inteiros Módulo m . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 135
• Números: Uma Introdução à Matemática
8
Capítulo 1 193
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
Capítulo 2 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 199
Capítulo 3 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 219
Capítulo 4 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . ........ .....
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 233
. . . . . . . .
Capítulo 5 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 237
PREFÁCIO
Os autores
1
NÚMEROS INTEIROS
1.1 INTRODUÇÃO
a + (b + c)=(a + b) + c
a + °= a , para todo a E 7L .
a + (-a) = °
a + b=b + a
a (bc)=(ab) c.
Números Inteiros • 15
1 a= a, para todo aE 7L .
.
se ab = ac , então, b z c.
ab= ba
ce: quando a= 2 ,por exemplo,não existe nenhum inteiro a' tal que 2 a'
= 1 (para considerações mais precisas veja o exercício 7).
Poderíamos nos perguntar ainda por que não colocar, entre os
axiomas da adição, um análogo à propriedade cancelativa A. 7. Não o
fizemos apenas porque é muito fácil demonstrar esse resultado a par
tir dos axiomas.
se a + b a + c, então b
= = c.
DEMONSTRAÇÃO
Se a+ b= a + c, somando o oposto de a a ambos os membros
dessa igualdade,temos que
( - a ) + ( a + b) = ( -a) + ( a + c)
16 • Números: Uma Introdução à Matemática
[ ( -a) + ( a) ] + b= [ ( -a) + ( a) ] + c ,
isto é,
O+b= O+c ,
portall to,
b= c . •
a ( b+ c) = ab+ ac .
1.2.2 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Como a . O + a . O = a ( O + O ) = a· O = a· O + O , comparando o
primeiro e o último termo da cadeia de igualdades acima temos que
a . O,+ a . O = a . O +O .
a· 0= 0. •
1 . 2 . 3 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Se ab = O , usando a proposição anterior podemos escrever essa
igualdade na forma a b = a· O .
Se a = O , a proposição está demonstrada. Se a * O , podemos
usar o axioma A.7 para cancelar e obtemos b = O . •
(i) - ( -a ) a
(ii) ( -a ) ( b ) - ( ab ) = a ( - b )
(iii) ( - a ) ( - b ) ab .
DEMONSTRAÇÃO
Notamos inicialmente que podemos interpretar o axioma A.3
da seguinte forma: o oposto de um elemento a é o único inteiro que
verifica a equação a + x = O .
Para p rovar ( i ) basta observar que a verifi c a a e quação
( -a ) + x = O . Conseqüentemente , a é o oposto de - a ( que é o
elemento indicado por - ( -a ) ) .
Para provar a primeira igualdade de (ii) , basta observar que
( - a ) b é a solução de ab +x= O , já que
a b+ ( - a ) b = [ ( -a ) +a] b = O· b = O .
( - a ) . ( - b ) = - ( a ( - b ) ) = - ( - ( ab ) ) ,
18 • Números: Uma Introdução à Matemática
( -a ) ( -b) = ab . ..
EXERCÍCIOS
(i) ( -1 )a = -a .
(ii) Se a2 = O, então a = O
( iii) Se a2 = a, então a = O ou a = 1
(iv) A equação a+ x = b tem uma única solução em 7L
Por causa dos axiomas AIO, AlI e AI2 diz-se que a relação � é
uma relação de ordem.
Usaremos o símbolo a < b para indicar que a � b , mas a*" b ;
nesse caso, diremos que a é menor que b . No que segue, emprega
remos os termos "positivo" e "negativo" no seu sentido usual, isto é,
para indicar que um certo número é maior ou menor que zero, res
pectivamente. Quando conveniente, usaremos também os símbolos b
� a ou b> a para indicar que a � b ou a < b.
1 .2 . 5 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Se a � O , usando o axioma A. 1 4 podemos somar - a a ambos os
membros e temos
( - a ) + a � ( - a ) + O , isto é, O � - a
EXERCÍCIOS
(i) Ia I � O e Ia I = O se e somente se a = O
(ii) - I a I $; a $; I a I
(iii) l -a I = I a I .
(iv) l ab l = lal lbl .
(v) I a + b I $; I a I + I b I (desigualdade triangular)
(vi) I I a I - IbI I $; I a - bI .
1.2.6 DEFINIÇÃO
1 .2 . 7 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos por absurdo que exista um inteiro a diferente de
O e 1 n essas condições. Assim, o conjun to S == { a E ZL I O < a < 1 } seria
não-vazio e pelo Princípio da Boa Ordem existiria m == min S .
Como m E S temos que m > O em < i. Usando o axioma A.15,
multiplicando por m a segunda desigualdade, obtemos m2 < m . As
sim , m2 > O (verifique) e, como m < 1 , da propriedade transitiva te
mos m2 < 1 . Logo, m2 E S e é menor que seu elemento m ínimo , uma
contradição. •
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que a afirmação não seja verdadeira. Isso significa
que, para todo in teiro positivo n , tem-se que b� na. Assim , o conjun to
S == { b - na I n E ZL, n > O}
para algum r E ZL .
Consideramos então o elemento m'= b-( r+ 1 ) a , que também
pertence a S , e temos
m' = b - ( r+ 1 ) a == ( b- ra ) - a == m - a< m
1 . 2.9 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Seja Aum tal conjunto e seja ainda k E 7L tal que, para todo
a E A, tem-se que k� a. Consideramos então o conjunto
S= { a -kl a EA} .
ria, então, a i E A tal que a I < ao. Somando -ka ambos os membros,
aI - k< a - k= m. Teríamos exibido, assim, um elemento de Smenor
o
que m = min S, uma contradição.
EXERCÍCIOS
então l al = 1.) .
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
exemplo, a, b � O . )
(x) Se a + a + a + a = O , então a = O .
(i) Se a E P e b E P, en tão a + b E P .
(ii) Se a E P e b E P, en tão ab E P .
(iii) Para todo a E 7Z , vale uma e somente uma das seguin tes
possibilidades: a = O ou a E P ou -a E P .
1 . 3 . 1 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que a afirmação seja falsa. Então, o conjunto S '
dos inteiros maiores ou iguais a a que não pertencem a S é não-vazio
(e limitado inferiormen te por a ) . Conforme a proposição 1 . 2 9
. , exis
te m = min S ' .
Como a E S , certamente a < m , logo a� m - 1 < m . Temos
ainda que m - 1 < m = min S' , logo m - 1 � S' , isto é, m - 1 E S.
Conforme (ii ) , teremos então que m = ( m - 1 ) + 1 E S , uma contradi
ção, já que m E S' . •
DEMONSTRAÇÃO
Basta considerar o conjunto S dos inteiros n � a para os quais
A (n) é verdadeira e verificar que está nas condições do teorema ante
rior. Assim, S contém todos os inteiros maiores ou iguais a a e segue
a��. •
1.3.3 EXEMPLO
n (n+ l)
1 + 2 + ... + n =
2
n 1 Deveremos
Assim , nossa afirmação é verdadeira para = .
1 + 2 + ... + k = k(k+l)
-2- .
Somando k + I a ambos os membros dessa igualdade temos
1 .3.4 (
EXEMPLO SOMA DOS TERMOS DE UMA PROGRESSÃO ARITMÉTICA)
a + ( a + r) + ... + ( a + ( n - I ) r ) = n(2a+(n-l)r
-----
2
)
Como efeito, para n = I a fórmula é
a + ( a + r ) + ... + ( a + ( k- l ) r ) = k(2a+(k-l)r
2
)
Somando a + kr a ambos os membros dessa igualdade, temos
demonstrar.
1.3.5 EXEMPLO
s= ( n 2 ) 180°, n � 3" .
n
-
1 .3 . 6 EXEMPLO
Temos que
= 3 ( k2 + 2k + 1 ) + 3k + 6k 2 =
= 3 ( k + 1 ) 2 + 3k + 6 k2
•
a3 r 2 a, . .. , a r a , . . . dlz-se
=
n
=
n-I · uma progressao geometn ca
- .
6. 1 1 .+ 1 n
Provar que
1.2 + 2.3 + ( +l ) + 1 . . n n n
1.3.7 TEOREMA
pertence a S .
Então, S é o conjun to de todos os in teir osmaiores ou iguais a a .
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que a afirmação seja falsa. En tão, o conjunto S '
dos inteiros m aiores ou iguais a a, que não pertencem a S , é não-vazio
e l i m i tado inferiormen te . Conforme a proposição l .2.9 , existe
mo = min S', e pela condição (i) certamen te mo> a, logo mo -1 � a .
Como mo é o menor dos elementos de S', podemos concluir que
os inteiros a , a + 1, ... , mo 1 todos pertencem a S. Logo, aplicando
-
1 .3.8 2 FORMA)
COROLÁRIO ( PRINCÍPIO DE INDUÇÃO COMPLETA - A
k+ 1 = ak + ak_ 1 .
Da hipótese de indução, a afirmação vale, em particular, para
n = k e n = k . Logo, temos
- 1
ak+ 1 < [1]4 k+ [14J k-I [14] k-I [14 +1�) = [14) k-I 114
=
(i) a1 = a .
(ii) Para cada inteiro positivo n , definimos afl+1 = a . afl •
(i) 1 !=1 .
(ii) n! = n [ ( n - 1 ) ! ] para todo inteiro n � 2 .
EXERCÍCIOS
(i) am an am+n ,
=
(*) Note que, sem menção explícita, fizemos uso de definições por recorrência nos
exemplos 1.3.4, 1.3.9 e no exercício 5.
34 • Números: Uma Introdução à Matemática
(*) Lemos, por exemplo, na História da Matemática de Carl B. Boyer (São Paulo,
Edusp e Edgar Blücher, 1974), que, na noite de 23 de novembro de 1654, das
22h30min às 24h30min, Pascal experimentou um êxtase religioso que o levou a
abandonar a ciência pela teologia. Urna noite, em 1658, urna dor de dentes o
impedia de dormir e, para distrair-se, voltou ao estudo da ciclóide. A dor melho
rou milagrosamente e Pascal considerou isso um sinal de que o estudo da mate
mática não desagradava a Deus.
Números Inteiros • 35
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
1 +2 ( - ) +3 ( - ) 2 +... +n ( - )n-
1 1 1 l n+2
(ii) 4 - n -1
= -
2 2 2 2
n+l ) = n+l
1 1
(iii) ( 1 !) ( 1 ! ) ... ( 1
- _ __ _
2 3
(v) n<2" .
13. Seja xum inteiro positivo. Demonstrar que
n
inteiro positivo . Esse teorema é freqüentemente atribuído a Newton,
mas era conhecido há muito tempo pela ciência européia e mesmo
antes por autores orientais, ao menos de forma empírica. A razão pela
qual se associa o nome Newton a esse resultado é que ele conseguiu
• Números: Uma Introdução à Matemádca
36
que data dos primeiros séculos da era cristã e que, segundo a tradição
oral, teria sido composto pelo patriarca Abraão milhares de anos antes
-lemos:
lk] n
, que se lê: combinações de elementos tomados k a k. Não é di
fícil determinar o número.
1.4.1 PROPOSIÇÃO
Nas c on di ções acima, tem-se que:
n!
[�] k!(n-k)! .
(*) Ver, por exemplo, A. Kaplan, Sepher Jétzirá, M adrid, Ed. M irach, S.L., 1994, p. 158.
Números Inteiros • 37
DEMONSTRAÇÃO
Faremos a demonstração por indução sobre n.
Se n = 1, os únicos valores possíveis para k são k = O e k = 1. O bvia
mente, um conjunto com um elemento tem um único subconjunto
com O elementos (o vazio) e um único subconjunto com 1 elemento
(ele próprio), donde
l! l!
Temos:
O!( l - O )! I! (I 1)! 1,
= 1e - ---
-
=
[�) = r + s .
elementos. Portanto,
[n-I]
S = k-I .
Segue-se, então, que
• Números: Uma Introdução à Matemática
38
(n- l) ! (n-l) !
=
[�] k!(n-l-k) !
+
(k- l) !(n-k) !'
Como k! = ( k - 1 ) !k e ( n - k ) ! = ( n - k- 1 )! ( n - k ),
podemos escrever as frações acima com denominador comum:
k! (n-k) ! k!(n-k) !
'
(n]n = 1 e
n!
n! (n-n) !
=
1 . •
n(n-l) . . . (n-k+l)
[�] k!
7·6·5
35.
[�] 1·2·3
=
22 . 21
=
= 231 .
1·2
1 . 4 .2 COROlÁRIO
1 . 4 .3 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
Usaremos a primeira forma do Princípio de Indução.
.
n 1 , a fórmula obtida é ( a + b ) 1 [ 1O ] a + [� ] b a + b;
Para = = =
Temos que
Isso mostra que coeficientes eqüidistan tes dos extremos são iguais
no desenvolvimento de ( a + b)n .
Se dispusermos os coeficientes binomiais por filas, correspon
dentes a cada potência, obteremos o seguinte diagrama:
n=O I
n=1 I I
n=2 I 2 I
n=3 I 3 3 I
n=4 I 4 6 4 I
n=5 I 5 10 lO 5 I
Números Inteiros • 41
EXERCÍCIOS
k- 1 Lk
4. (i ) [� ] + ...+ [ � ] [n; ] .
para n � 2 , provar que =
I
�
r..
6. No desenvolvim ento de [ax+
b
_ }
x n , sabe-se que T5 =
945
e ab = - . 3 256x
4
Determinar n , a e b.
[ 5 1 �
ax + <l
)
9. Dado o binômio 3x , determinar ex. e � de modo que
7; I seja independente de xe que o termo central ocupe o déci
mo lugar.
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
b
44 • Números: Uma Introdução à Matemática
b
2
DIVISIBILIDADE
2. 1. 1 DEFINIÇÃO
b a
Usaremos a notação I para indicar que b divide a. A nega
ção dessa afirmação será indicada por bta .
Convém observar que, se b "#
0, o inteiro c nas c ondições da
definição é únic o. De fato, se existisse outro c' tal que bc'= a, teríamos
que bc =bc' e, cancelando, vem que c = c'. O inteiro assim definido
chama-se quociente de a por b e é indicado por
c = a /b = -ab
46 • Números: Uma Introdução à Matemática
Se b I a e a ::;:' O , então I b I � I a I
DEMONSTRAÇÃO
b a,
Se I existe C E � tal que bc a . Tomando módulos em am
=
2.1.3 COROLÁRIO
acd= a
e, como a ::;:' O, podemos cancelar, donde
cd= 1 .
Divisibilidade • 47
a=± b. •
2 . 1 .4 PROPOSIÇÃO
(i) aIa .
(ii ) Se a l b e b i c, então a i c
(iii) Se a I b e c I d, então ac I bd .
(iv) Se a I b e a I c, então a l ( b + c)
(v) Se a I b, então para todo m E 7L, tem-se q ue a I mb .
(vi) Se a I b e a I c, en tão, para todos m, n E 7L, tem-se que
a I (mb + nc)
DEMONSTRAÇÃO
(i) Basta observar que podemos escrever a 1 = a .
EXERCíCIOS
(i) Se a I b, então ( a + c) I ( b + c)
(ii) Se a I b, en tão ac I bc .
(iii) Se a I b, então (- b ) I ( - a) .
( iv) Se a I ( b + c) , então a I b ou a I c .
(i) Se a I b, então ( -a ) I b, a I ( -b ) e ( -a ) I ( -b )
(ii) Se c *" 0 , então a I b se e somente se ac I bc .
2 4 3 7 1 jL
2-º 487
43
40
37
35
2
e temos que 2 437 = 5 . 487 + 2.
Divisibilidade • 49
2 . 1 .5 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Consideremos o seguin te conjunto
s = { a - bx l X E 7L, a - bx ? O} •
a - b ( q + l ) = a - bq - b = r- b ? O ,
DEMONSTRAÇÃO
Mostraremos inicialmen te que podemos determinar q e rquan
do b > O e a é qualquer.
O caso a � O está dado pelo lema anterior.
Se a < O podemos, ainda pelo lema anterior, determinar q ' e r '
tais que
2 . 1 . 8 DEFINIÇÃO
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
1 1
a = b q + r , com - 2" I b I < r � 2" Ib I
' '
(Sugestão: tomar primeiro a = bq' + r com O � r < I b I . Quando
'
O< r �! I b I , tomar r-=r e q= q'; quando ! I b I < r < Ib I,
2 2
'
tomar r = r - I b I e q = q ' + 1 , se b > O ou q = q '- I se b < O . )
(i) 7 1 ( 2 3n -I ) .
(ii) 8 1 ( 3 2n+7 ) .
(iii) 3 1 ( 2 n+(_ I ) n+ l ) .
1 4. Provar que:
17. Sejam a =bq + r e a =(b +1) q ' + r ' , com a, b positivos, O :5: r<
I b I e 0:5: r '< I b+ 11 . Provar que q =q ' se e somente se r� q .
2.2 NUMERAÇÃO
1 3 10 13 20 23 1 00 1 000
Egípcios
I III n nlll nn nnlll ;V !
Sumérios r rrr -< -<ttt -<-< -<-<ttt r- -<t-
2. 2. 1 TEOREMA
O -:;r.J <b
DEMONSTRAÇÃO
(i) Existência
Esse processo pode ser repetido; porém, como cada quociente ob
tido é não negativo e necessariamente menor que o anterior (v erifi-
Divisibilidade • 57
a b% +ro' O'5,ro<b
bql +rI. 0'5,rI <b
bq + r2. 0'5,r2 <b .
2
(ii) Unicidade
n I
a b (rn b - + ... +r2 b +rI) +ro =
I
b (r ' bm- +... r 'b ')
2 +rl +r o.
,
n I I
' bm- +
b - + 000 + r2 b + ri = r m +r' b '
2 + rI
rn o o o
n -2
b (rn b +000 + r ) + ri = 'b m- 2 + 000 + r 2') + r I
b (rm '
2
n -2
ri = r '
I e rn b ' b m-2 + 000 + r '
+ 000 + r2 = r m
2
20202 EXEMPLO
1329 5
32 265 5
29 15 53 5
4 O 03 10 5
3 O 2 5
2 O
Divisibilidade • 59
2. 2. 3 EXEMPLO
85 5 12
015 71 12
3 11 5 12
5 O
Logo,85 5 = (5 �3)1 2
Para obter a expressão de um número escrito em outra base,na
base 10, basta interpretar o significado da expressão.
2. 2. 4 EXEMPLO
EXERCÍCIOS
1. Escrever:
2. Escrever:
rvezes
4. Sejamm= (rn rn _I...ro) b ,m' = (Sn ' S n '_ I'" So) b' Provar que, sen < n ',
então m < m'. Dar um critério para comparar m e m' em geral.
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
Provar que:
tiplo de 5 e um múltiplo de 2 .
Explicitamente, ela afirma que se, n� 3, então a equação JI1 + I' =z"
não tem soluções inteiras.
O próprio Fermat publicou uma demonstração para o caso em
que n =4. No século XVIII, Euler provou que ela é verdadeira também
quando n =3, mas sua demonstração era muito complicada e a valida
de nesse caso só foi completamente aceita quando Gauss deu uma nova
demonstração. O caso em que n=5 foi estudado por Dirichlet, no sécu
lo XIX, e o caso n=7, por Lamé, em 1839.
Lamé propôs uma demonstração geral, introduzindo uma "arit
mética" de certos números complexos, e assumindo implicitamente
que ela tinha as mesmas propriedades da aritmética usual. Isso susci
tou certas dúvidas em Liouville, que as comunicou a Kummer. Este
provou que a pressuposição de Lamé era falsa. Porém, conseguiu res
gatar em parte as idéias envolvidas nessa demonstração e provar que a
conjetura vale quando n é um "primo regular" (a definição desse con
ceito é muito técnica e escapa aos limites deste livro). Esse foi o pri
meiro resultado de caráter geral em relação à conjetura de Fermat.
A questão permaneceu em aberto durante muitíssimo tempo e,
ocasionalmente, alguns matemáticos acreditaram tê-la provado. A his
tória começou a ser solucionada em junho de 19 9 3, quando o mate
mático Andrew Wiles, numa série de três conferências proferidas na
Universidade de Cambridge, anunciou a prova da conjetura. Havia,
porém, uma falha no raciocínio, que levou mais de um ano para ser
corrigida. Finalmente, em 1995, Wiles publicou a demonstração com
pleta em uma revista * . Um dos passos da demonstração foi elaborado
em colaboração com Richard Taylor e publicado como artigo inde
pendente no mesmo volume da revista ** . O conteúdo desses artigos
é altamente técnico e certamente está fora do alcance do leitor destas
notas. Porém, pode ser interessante ler as páginas 449 a 454, em que o
autor conta o processo de descoberta.
(*) A. Wiles, "Elliptic Curves and Fer mat's Last Theorem", Annals oEMath., 141,
3 (1995), pp. 443-551.
(**) A. Wiles e R. Taylor, "Ring-theoretic Properties of Certain Hecke Algebras",
2. 3. 1 DEFINIÇÃO
2.3.2 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
SejaJ um ideal de 7L.
Se J'# {O}, existe pelo menos um inteiro a '# O tal que a E J. Da
condição (ii) da definição de ideal vem que -a E J. Como a e (-a)
pertencem aJ ' podemos afirmar queJcontém inteiros positivos. As
sim, o conjuntoJ+ = {a EJ1a> O } é não-vazio. Pelo Princípio de Boa
Ordem, existe m = mim J+ .
Provaremos queJ é, precisamente, o conjunto dos múltiplos de
m, isto é, J= m7L .
De fato, como m E J, a condição (ii) da definição 2. 3. 1 mostra
que, para todoxE 7L, tem-se que mXEJ, logo, m7L c J Para provar a .
EXERCÍCIOS
2. 3. 3 DEFINIÇÃO
md c ( a, b) = max D ( a, b) .
2. 3. 4 TEOREMA DE BÉZOUT
DEMONSTRAÇÃO
Consideremos o conjunto J= { xa+yb1 x, Y E LZ } . Mostrare
mos que J é um ideal de LZ,. Com efeito, dados a, � E J, eles devem
ser da forma
EXERCÍCIOS
2.3.5 TEOREMA
(i) d I a e di b .
(ii) Se d' I a e d' I b , então d'I d .
DEMONSTRAÇÃO
Seja d= mdc (a, b). Entfio, obviamente dverifica (i), e, na de
monstração do Teorema de Bézout, provamos também que a condi
ção (ii) se verifica.
Reciprocamente, se um inteiro positivo d verifica (i), entfio
dE D ( a, b ). A condição (ii) afirma que, se d ' E D ( a, b ) , entfio
d'I d; logo, d'",; d, donde segue que d é o maior dos divisores co-
muns. Portanto, d= mdc ( a, b) . •
2.3 .6 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Para (i), mostraremos que d I c I verifica as condições (i) e (ii)
do teorema 2. 3. 5 em relação aos inteiros ab e bc.
De fato, como d =mdc ( a, b ) , temos em particular que dia ,
logo, (d I c I) I (ac). Da mesma forma, (d I c I ) I (bc). Ainda, do Teo
rema de Bézout, temos que existem r , s E � tais que d= ra + sb. Logo,
di c 1 =r ( a I c I ) + s( b I c I ) .
a b a b
mdc (a,b) =mdc ( - .c , - .c ) =mdc ( , - ). I c I ,
-
c c c c
isto é, d= xl c I , donde x =d/I c I . •
2. 3. 7 TEOREMA DE EUCLIDES
DEMONSTRAÇÃO
Se mdc ( a, b ) =1, da proposição anterior temos que
mdc ( ac, bc) =I c I .
Agora, obviamente alac e, da hipótese, ai Ix . Conseqüente
mente, usando ( ii) do teorema 2. 3. 5 temos que a I l ei ,
logo al e.
•
2. 3. 8 DEFINIÇÃO
2.3 . 9 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Se a I c, podemos escrever c =a . q . Agora, bI aq emde( a, b) =1.
Do teorema anterior, b I q, isto é, podemos escrever q = br; com TE 7L.
EXERCÍCIOS
(i) mde (a ± b, ab ) = 1 .
(ii) mde ( a + b, a - b ) = 1 ou 2 .
(iii) mde ( a + h a2+ a b + b2) = 1 .
(iv) mde ( a + b, a2- ab + b2) =1 ou 3 .
(v) mde ( 2a + b, a + 2 b) = 1 ou 3 .
(vi) mde ( a + b, a 2 + b 2 ) = 1 ou 2 .
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
2.4.1 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Podemos escrever a = bq + r. XE
D ( a, b ). Então, x l a e
Seja
x I b . Mas r = a - bq e x divide cada um dos somados, logo x I r. Mostra
mos, assim, que D ( a, b ) c D ( b, r ). A iriclusão contrária segue de
forma análoga, donde resulta a igualdade dos conjuntos.
Se os conjuntos são iguais, seus máximos também coincidem,
isto é, mde ( a, b ) =mde ( b, r ) . •
a b% + ri' O�rI<lb l .
b rI q2 + r2 , O�r2<rl·
r2 q3 + r3, O�r3<r2 ·
Finalmente, como r11 I rn � I é fácil ver que mde (rn - I ' rn ) = rn,
logo, mde ( a, b ) = rn . Demonstramos assim que, nesse processo, o
máximo divisor comum de a e b é o último resto diferente de zero.
Usualmente, para dividir a por b utilizamos o seguinte esquema:
a I b
�
Se mudarmos um pouco o esquema para
ql % q� ...... . . ..
..
qn qn 1+
a b rI r2 . .
. rn _2 rn _1 rn
rI r2 r3 .. . ... rn O
2 .4.2 EXEMPLO
3 2 1 4
11 2 8 336 120 96 24
1 20 96 24 O
(1 ) 1 1 28 = 3· 336 +1 20 .
(2) 336 2 . 1 20 + 96 .
(3) 1 20 1 . 96 + 24.
(4) 96 4· 24.
EXERCÍCIOS
d =r 96 + s 1974 + t 858.
2.5.1 DEFINIÇÃO
mmc ( a, b ) = min M+ ( a, b )
2.5. 2 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Usaremos novamente a noção de ideal.
Mostraremos inicialmente que M ( a, b ) é um ideal. De fato,
sejama, � E M ( a, b ). Temos que a I a e a I �; logo, a I (a+�). Da
mesma forma, b I ( a + � ) . A outra condição da definição 2.3 .1 segue
facilmente.
Do teorema 2.3 . 2 , sabemos que M ( a, b) deve ser da forma m7L,
e m que m é precisamente o elemento mínimo d e M+( a, b ), isto é,
m = mmc ( a b ) .
,
2.5.3 TEOREMA
se e somente se m verifica:
(i) a Im, b Im .
(ii) Se a I m' e b I m', então mi m'
76 • Números: Uma Introdução à Matemática
DEMONSTRAÇÃO
2.5.4 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
Consideremos o caso em que a e b são positivos (apenas para
evitar ter que escrever as barras (I I) a cada passo, já que a demonstra
ção seria idêntica). Seja então
ab
x= _ .
d
Queremos provar que x =m e, para isso, bastará provar que x verifica
as condições do teorema 2.5.3.
Escrevendo a =aI de b =bl d, vem, da parte (ii) da proposição
2.3.6, que mde (a I' b1) =1 , e podemos escrever x = a I b. Da mesma
forma, x =abl Segue, então, imediatamente que a I x e b I x, logo, a
•
mme (a, b). Dados a , bE .?L, podemos calcular o mde (a,b) pelo
Algoritmo de Euclides e depois obter
labl
mme(a,b) =
mde (a,b)
Divisibilidade • 77
EXERCÍCIOS
k k Ikl
6. Sejam a e b inteiros positivos. Provar que o número de múlti
plos de a contidos no conjunto { b, 2b, . . . , ab} é igualaomde(a, b) .
2.6.1 DEFINIÇÃO
2.6. 2 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
(i) Se p t a, o único divisor comum positivo de a e p é 1,
donde segue imediatamente a tese.
(ii) Suponhamos quep I ab. Sep I a, a tese está verificada. Em
caso contrário, da parte anterior temos que mdc (p,a) 1, =
2.6.3 COROLÁRIO
DEMONSTRAÇÃO
Segue imediatamente da proposição, usando indução. •
2.6.4 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
Num sentido, o enunciado nada mais é do que a parte (ii) da
proposição 2.6.2.
Para provar a afirmação no outro sentido, vamos raciocinar por
absurdo. Suponhamos que p tenha a propriedade do enunciado mas
não seja primo. Então, Ip I pode ser escrito na forma I pi =a ·b , onde a
e b são divisores próprios positivos, isto é, verificam
2.6.5 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Usaremos a segunda forma do Princípio de Indução.
Para a =2 o enunciado é verdadeiro, já que 2 é, ele próprio,
um número primo. Suponhamos agora que o resultado seja verdadei
ro para todo inteiro b , 2:5: b < a. Mostraremos que também vale para a.
Se a é primo, o lema está demonstrado. Caso contrário, a admite
80 • Números: Uma Introdução à Matemática
um divisor positivo b tal que 1 < b < a . Isto é, a = bc, e temos também
1< c< a . Pela hipótese de indução, b e c podem ser escritos como
produto de primos, na forma
2.6.6 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
No lema anterior, provamos a existência da decomposição. Res
ta apenas provar sua unicidade.
Dado um inteiro a, ele pode admitir, em princípio, mais de uma
decomposição em produto de fatores primos. Chamaremos compri
mento de uma decomposição ao número de fatores que nela compa
recem.
Faremos a demonstração por indução no comprimento de uma
decomposição de a.
Suponhamos que a admita uma decomposição do tipo a = PI'
onde P I é primo, e que vale
DEMONSTRAÇÃO
Temos que a= Elal, onde E = 1 ou E= -1, conforme a seja
positivo ou negativo . Como I a I é positivo , do teorema anterior, temos
que existem primos PI :-::;: P ::;; ••• ::;; Pc tais que
2
82 • Números: Uma Introdução à Matemática
360
4 725
360 23• 32 • 5· 7° .
4 725 2°. 33• 52. 7 .
2. 6.9 COROLÁRIO
d = E� ptl . . . P;'" ,
em que E = ± 1, i= 1, 2
j
.
Divisibilidade • 83
2.6.10 LEMA
n n m . . . .
qam a = PI I p , 'e d =PI I p , ' In teIros pOSItIVOS, on de
m
S· ••• •••
DEMONSTRAÇÃO
Se di a, existe um inteiro positivo e tal que a = de . Escrevendo
r: r
I
e=P I ... Pc" temos que :
Logo , di a . •
2.6.11 TEOREMA
nl n,
PI ... Pc . . . e b =PI I ... Pc' In teIros nas eon d'lçoes
_ m m . .
Sqam a -
.
C1.
�
d= m de (a,b) =p 1 ... Pc , , em queflj=min (nj , m) 1 �i � t ,
DEMONSTRAÇÃO
Bastará provar que os in teiros d e m verificam as condições dos
teoremas 2.3.5 e 2.5.3, respectivamente. Isto seguirá facilmente do uso
repetido do lema anterior. Deixamos a tarefa a cargo do leitor. •
EXERCÍCIOS
2.6.12 PROPOSIÇÃO
p/J/I_ l
p,-1
DEMONSTRAÇÃO
Do lema 2. 6. 10, vem que existem tan tos divisores positivos de a
quan tos números da forma
o + P I + + n) o + P I + +P n2) o+ PI n'
S (P I I ... PI 1 • (P2 2 ... 2 (Pc c + .. . +P c ) .
-
-
• • •
o I n. pnj+I_I .
p.
} +p.
} + ... +p.I=_I
} __ l �l �t .
Pj - 1
Logo,
n.+1 n +1
PII - 1 p,' - 1
s(a) = •
P I -1 p, - l
EXERCÍCIOS
I
5. Seja n? 2 . Provar que, se 2n_ 1 é primo, então 2 n- (2 n - 1) é
perfeito .
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
8. Provar que 4k+ 3 e 5k+ 4 são relativam ente primos, para todo
in teiro k.
1 2 3 á 5 g 7 g � Í0
11 t'l. 13 14 t� tv, 17 tfJ 19 '1.0
'Í.1 '1.'1. 23 Ü 'I.� 'l.g 1.'1 28 29 Z0
31 Z'I. M Z,( ZIS Zg 37 :gg :g� 40
41 4'1. 43 44 41'S 4v, 47 48 4� 1'S0
i1 i'l. 53 i4 il'S iv, �'/I �g 59 60
61 v,'1. v,g �4 v,.íS S� 67 6g 6� '10
71 'li! 73 'lá 'I� '16 11 19 79 80
81 g'l. 83 g,( glS g6 g'll gg 89 �0
91 9'1. 93 9á �IS �6 97 9g �f) 1M
Note que , como ";100 =10, basta riscar múltiplos dos primos 2,
3, 5 e 7.
Uma questão que se apresenta naturalmente é saber se o con
junto dos primos é finito ou se, pelo contrário, a seqüência dos primos
Divisibilidade • 89
2.7. 1 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que o conjunto dos primos positivos seja finito e
sej am P I' p , .. , P esses primos. Consideremos, então, o número
2 n
·
�o. •
(*) O maior primo conhecido, por ocasião da publicação deste livro, foi descober
2.7.2 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Dado n, consideremos a seqüência de inteiros
(n + 1)! + m , com 2 �m �n + 1,
2.7.3 COROLÃRIO
DEMONSTRAÇÃO
Seja Ph o m aior dos primos que são menores que (n+1)! + 2 .
Então, Ph �(n+1)! + l. Do lema anterior, temos ainda que
Ph +
1>
(n+l )! +(n+1) .
f (40) = 40 2 + 40 + 4 1 = 40 (40+ 1 ) + 4 1 = 40 · 4 1 + 4 1 = 41 . 4 1 ,
que não é primo (o leitor poderia se pergun tar como é possível que na
Idade Média se acreditasse nessa afirmação, quando é tão fácil mostrar
que ela é falsa. Nota-se, assim , como é importante ter uma boa notação
para explicitar os problemas ! ) . Aliás, é fácil provar que não existem
polinômios nessas condições.
2 . 7 . 4 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que f(x) a[11 ;In + anJ� ] ;111-] + . . . + a] x + a o seja tal
=
nm m-I
a
m o + am-I n o + ... + ai no + ao = p,
temos
x
log x
lim 7t(x)
---
= 1.
x /logx
2=1 + 1 ,
4=2 +2=1 +3 ,
6=3 +3=1 +5 ,
8 =3 +5=1 +7 ,
10 =3 +7=5 +5 .
EXERCÍCIOS
CONGRUÊNCIAS
aX+ b Y= c
15X + 7Y= 1 25 .
3. 1 . 1 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Consideremos o conjunto I de todos os valores que o primeiro
membro pode assumir, isto é,
1= { ax + b y I x , Y E 7Z }
I = d7Z.
3. 1 .2 TEOREMA
c b c a
x = r · -+ -t y = S · d - d t , com t E 7Z.
d d '
DEMONSTRAÇÃO
Se d = ra + sb , multiplicando ambos os membros por ci d
temos que
100 • Núm eros: Um a In trodução à Matemática
[
Logo, Xo r· o = s·
,Y = � �]
é uma solução.
Devemos provar agora que todo par de inteiros da forma dada n o
enunciado é solução e , reciprocam ente , que toda solução é dessa forma.
De fato, dados x = Xo + Q t , Y = Y � t , substituindo na equa-
o- d
d
ção , temos
donde
a ( x' - x
o) = b (yo -y' ) .
, b
x = Xo + - t .
.d
•
Con gruên cias • 101
3. 1 .4 EXEMPLO
x = 20 + 9 t , Y = - 15 - 7 t , tE ZZ .
3. 1 .5 EXEMPLO
1 5 X + 7 Y = 1 25 .
X o 1 · 1 25 = 1 25
=
Yo = - 2. 1 25 = - 250
x = 1 25 + 7 t
y = - 250 - 1 5 t , com tE ZZ .
1 25 + 7 t � O , isto é, t � - 1 7
- 250 - 15 t � O , isto é , t� - 17 .
• Núm eros: Uma In trodução à Matemática
102
x=6 e y=5
EXERCíCIOS
(i) 2X + 3Y = 9 .
(ii) 3X + 5Y =47 .
(iii) 8X + 7Y =3 .
(iv) 47X+ 29Y= 999
3.2 CONGRUÊNCIAS
3.2.1 DEFINIÇÃO
3.2.2 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Sejam
Então,
logo,
m I ( a - b ) se e somente se m I ( rI - r2 ) .
m
O
2,m+2 ...
{ 0, I, 2, 3, 4 } ,
{ 5, 6, 7, 8, 9 } ,
{ 1 2 24 35 -4, 18}.
, , ,
Vamos verificar que, tal como Gauss afirmara, existe uma gran
de semelhança entre as propriedades da congruência e da igualdade.
3.2.3 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
As propriedades (i) e (ii) são de demonstração imediata e ficam
a cargo do leitor.
Para provar (iii), observamos que, se a '= b (mod m) e c '= d
(mod m) , temos que m I ( a - b ) e m I ( b - c ) . Conseqüentemente,
m I ( ( a - b ) + ( b - c ) ) , isto é, m I ( a - c ) , logo a'= c (mod m) .
Con gruên cias • 107
isto é,
m I ( ac - bd ) , donde ac == bd (mod m) .
3.2.4 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Se ac == bc (mod m) , temos que m I ( a - b ) c .
Como mdc ( c, m ) = 1, do Teorema de Euclides (2.3.7) vem
que m I ( a - b ) , donde a == b (mod m) . •
m = k d,
c = k' d ,
tem-se que
3.2.5 EXEMPLO
3.2.6 EXEMPLO
3.2.7 EXEMPLO
Seja
I
a=a)o n + a n_I Ion- +... + aI IO + a o ' com 0�ai�9 para
j = O, 1 , ... , n e an"# O.
Notamos inicialmente que 10 == 1 (mod 3) , conseqüentemen
i
te, temos que lO == 1 (mod 3) , para todo inteiro positivo j , donde,
usando a parte (vi) da proposição 3.2 , temos que
i
IO =-1 (mod 11), se jé impar
i
lO = 1 (mod 11), se jé par .
I
a=anIOn +afl- 11O n-1 +... + alIO + ao == (-I)na n + (-I)n- a D- 1 +
isto é,
11 I ( ( ao + a2 + ... ) - ( ai + a3 + ... ) ) .
3.2.8 EXEMPLO
Agora,
Agora , 1542
= 23 716 , e dividindo por 641 obtemos que
2
154 ;: 640 (mod 641) .
Logo,
EXERCÍCIOS
'
6. Provar que n = n (mod 42) , para todo inteiro n .
3.3.1 TEOREMA
a
Y - d t , tE �.
y=o
3.3.2 x = rbJ+ � t , tE � .
Atribuindo a tos valores t = 0, 1, . . . , d- l , obtemos as soluções
Con gruên cias • J J!J
m 2m d -l
3.3.3 (xo = rbp x/ = rb/ + ' x2 = rb/ + d , ··· , xd_/ = rb/ + d m/ .
d
Mostraremos que toda outra solução é congruente a uma dessas
módulo m. De fato, se
x = rb 1 + �t
é dada por outro valor de t , dividindo t pord podemos escrever
t = q·d + r ' , onde 0:0:;; r ' :o:;;d - l . Logo,
x = rb 1 + � ( qd + r ' ) = rb 1 + � m + m q ,
isto é,
r'
x = rb + m (mod m ) .
1 d
Como 0:0:;; r ' :o:;;d - l ,o segundo membro da congruência acima
é uma das soluções dadas em 3.3.3 .
h
xh = rb 1 + d m
fosse congruente a
xk = rb +
1
� m , módulo m ,
em que 0:0:;; k :O:;; h :o:;;d - l . Teríamos então
rb 1 + � m == rb1 + � m (modm) ,
isto é,
km hm
== (mod m),
d d
logo,
m
ml ( h - k ) '
d
m m
Como O :o:;; h - k < d , temos que O :o:;; ( h - k ) <d = m.
d d
Mas m I ( h - k )
m ,logo ( h - k ) = O e, portanto, h = k.
d
114 • Números: Uma In trodução à Matemática
3. 3.4 TEOREMA
3. 3.5 COROlÁRIO
3.3.6 EXEMPLO
3.3.9 PROPOSIÇÃO
x = rbl + nt, t E 7L .
m
Lembrando que n = ' temos
d
m
x = rbl + t, tE 7L .
d
3.3.1O EXEMPLO
b m
r = 1, bl = =7 en= = 2.
d d
X = 7 (mod 2) ,
Xo = 7 e xI = 7+2=9
EXERCíCIOS
( i) 2 5 X == 1 5 (mod 2 9 ) .
Con gruên cias • 11 7
(i) 4X + 5 1 Y = 9 .
(ii) 1 2X + 25 Y = 331 .
3.4. 1 (i) X == 2 (m od 3)
(ii) X == 3 (mod 5)
(iii) X == 2 (m od 7)
x = 2 + 3y .
y = 2 + 5Z .
x = 2 + 3 ( 2 + 5 Z) = 8 + 1 5 Z
z = -6 + 7t .
x = 8 + 15 (- 6 + 7 t ) = - 82 + 1 05 t
3.4.2 aJ X = b J (m od m J )
a2 X = b2 ( m od m 2 )
3.4.3 X = cl (m od nl)
X = c2 (m od n 2 )
x == c ) (mod n )
X == c 2 (mod n 2 )
DEMONSTRAÇÃO
Imitando a resolução do problema de Sun-Tsu , poderíamos re
solver a primeira congruência, depois substituir a solução na segunda
e assim sucessivamente. Isso daria lugar a muitos cálculos ; seguiremos
então um caminho mais simples, exibindo diretam ente uma solução.
Consideremos o número n n ) n 2 ... nk . Para cada índice i de
=
3. 4. 6 EXEMPLO
Consideremos o sistema
6 X =: 2 (mod 4)
2 X =: 1 (mod 3)
4X=: 2 (mod 7 ) .
Calculam os
dI = m dc ( 6, 4) = 2 ( 1 ) 6 + (-1 ) 4 = 2
d = m dc ( 2 , 3 ) = 1 (-1 ) 2 + ( 1 ) 3 = 1
2
d3 = mdc ( 4 , 7 ) = 1 ( 2 ) 4 + (- 1 ) 7 = 1 .
X =: 2 (mod 2)
X =: - I (mod 3)
X =: 4 (mod 7) .
( 1 ) 21 + (- 1 0 ) 2 1, lo g o , rI = 1 .
(-1 ) 1 4 + (5 ) 3 1 , logo , r2 = - 1 .
(- 1 ) 6 + (1) 7 1 , logo, r3 = - 1 .
Donde
Xo = 2 · 1 ·2 1 + (- 1 ) (- 1 ) 1 4 + 4 (- 1 ) 6 = 32
122 • Núm eros: Uma In trodução à Matemática
x= 32 + 42 t , t E ZZ (verifique!) .
3.4.7 EXEMPLO
x == 2 (mod 2)
X == 3 (mod 5 )
X == 2 (mod 7) .
Determinamos n 3 · 5 · 7 = 1 05 e N) = 35 N2 = 2 1 N =15 .
3
= , ,
Temos:
( 2 ) 3 5 + ( - 2 3 ) 3 = 1 , logo, rI = 2 .
( 1 ) 2 1 + (-4 ) 5 = 1 , logo, r2 = 1 .
( 1 ) 1 5 + ( - 2 ) 7 = 1 , logo, r = 1 .
3
x= 23 + 1 05 t
3.4.8 EXEMPLO
Consideremos o sistema
X - 1 ( m od 4)
X - 2 (mod 6) .
x = - l + 4 Y.
- 1 + 4 Y= 2 ( m od 6) ,
isto é,
4 Y= 3 ( m od 6) .
3.4.9 EXEMPLO
Consideremos o sistema
x =' - 1 ( m od 4)
X =, 3 ( m od 6)
X = -1 + 4Y .
2 Y=, 2 ( mod 3 ) ,
EXERCíCIOS
6. Se de uma cesta com ovos retiramos duas unidades por vez, so
bra um ovo. O m esmo acontece se os ovos são retirados 3 a 3 , 4
a 4 , 5 a 5 ou 6 a 6 . Mas não resta nenhum ovo se retirarmos 7
unidades por vez . Encontrar o menor número possível de ovos.
mente . Dado que os dias mais positivos dos ciclos fisico, mental
e emocional são , respectivamente , o sexto, o sétimo e o oitavo
de cada ciclo, nos primeiros dez anos de vida de uma pessoa,
quan tas vezes os três ciclos estão simultaneamente no ponto
máximo?
(Agrade c e m o s ao prof. Fernando Quadros Gouvêa p o r este
problem a . )
DEMONSTRAÇÃO
Consideremos o conjunto de inteiros
3.5.2 { a , 2a , !Ja , . . . , ( p - I) a } .
3.5.3 { I , 2, !J, . . . , P - 1}
a =: xl (m od p)
2a =: x2 (m od p)
( p - l ) a =: xp _ l (mod p) ,
ou seja,
(p - I ) ! aP - 1 =: (p - I ) ! (mod p) .
a P - 1 =: 1 ( mod p ) •
3.5.4 COROLÁRIO
DEMONSTRAÇÃO
Se p t a , do teorema acima temos que aP - 1 =: 1 ( m od p) ; multipli
cando os m embros dessa congruência por a segue que aP =: a (mod p) .
Se P I a , então p l a P, e conseqüentemente p I ( a P- a ) ; logo,
aP =: a ( mod p) . •
3 . 5 . 5 EXEMPLO
3 . 5 . 6 EXEMPLO
( a + b ) P == aP + b P ( mod p ) .
( a + b ) P == a + b == a P + b P ( mod p ) .
1 � xi � n- l e m dc ( Xi ' n) = 1 ,
A = /l , 5 , 7 , 1 l 1 ,
pois todo outro número entre 1 e 1 1 tem algum fator comum com 1 2,
Agora, dado outro número a tal que m dc ( a, n ) = 1 , considera
mos o conjunto de números
B = { xI a , x2 a , .. , , x t a I '
X I a == x.I (mod n)
i
x a == x.1 (mod n)
2 2
X t a == x.Ie (m od n) ,
a t == 1 ( m od n) .
3 . 5 . 7 DEFINIÇÃO
a $ ( n) == 1 ( mod n) .
3. 5. 9 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Basta observar que isso é um conseqüência imediata do corolário
3 . 3 . 5 (verifique I ) . •
6 · 2 = 1 ( mod p ) .
1 . 1 = 1 (mod 1 1 ) .
2 · 6 = 1 (mod 1 1 ) .
3 · 4 = 1 (mod 1 1 ) .
4 · 3 = 1 (mod 1 1 ) .
5 · 9 = 1 (mod 1 1 ) .
6 · 2 = 1 (mod 1 1 ) .
7 8 = 1 (mod 1 1 ) .
.
8 . 7 = 1 (mod 1 1 ) .
9 · 5 = 1 (mod l I ) .
1 0 . 1 0 = 1 (mod 1 1 ) .
132 • Números: Uma Introdução à Matemática
3.5. 10 LEMA
p-I .
DEMONSTRAÇÃO
Se a E Cé tal que a2 == 1(mod p),temos que p I (a2 -I) , isto é,
p I (a-I) (a+I).
Como p é primo, devemos ter que p I (a-I) ou p I (a+1) .
No primeiro caso, como 1 � a � p-l , temos que 2 � a +1 � P
e que a única possibilidade é a +1 P , logo a=p - 1 .
=
única possibilidade é a= 1 . •
(p - 1 )! +1 == O(mod p).
DEMONSTRAÇÃO
2,3,... , (p -2 )
(p - I )! = - 1 (mod'p) ,
logo,
(p - I )!+I = O (mod p) . •
EXERCÍCIOS
5. Seja p um primo.
10. Sejam a , n inteiros tais que mdc (a,n)= mdc (a-I, n)= 1.
Provar que 1 +a +... +a<P(Il)-l == O (mo d n) .
(i) a= I5! e b= I 7 .
(ii) a= 2 (26!) e b= 29 .
3.6. 1 DEFINIÇÃO
3.6.2 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que a == b (mod m) ; queremos provar que a = b,
isto é, uma igualdade entre conjuntos.
Dado x E a, temos, por definição, que x == a (mod m). Da
propriedade transitiva de congruência (proposição 3.2.3 parte (iii»
e da hipótese, segue imediatamente que x E b. Logo, a c b. A inclu
são de sentido contrário segue de forma análoga.
Reciprocamente, se a= b, como a E a, temos também que
a E b, logo, a == b (mod m). •
3.6. 3 COROLÁRIO
DEMONSTRAÇÃO
Se a n b * <1>, consideremos um inteiro c que pertença a
ambas as classes. Como c E a, temos que c == a (mod m) e, de forma
análoga, c == b (mod m). Portanto, a == b (mod m) e, da proposição
acima, a= b. •
tal que x E a, temos que X= a. Por causa disso, cada inteiro perten
cente a uma dada classe diz-se um representante da classe. Por exem
plo, 10 e -2 são representantes da classe 4 módulo 6.
Consideremos um sistema completo de resíduos módulo m,
por exemplo, os inteiros O, 1, ... , m- 1 e respectivas classes:
0= {O ,± m,± 2 m, ... }
1 = { 1 , 1±m, 1 ±2 m, ... }
õ= {O ,6,-6, 12 , - 12 , ... }
1 = {I , 7 , -5 , 1 3 , - 1 1 ,... }
2= {2 , 8 ,-4 , 14 , - 10 , ... }
3 = {3 , 9 , - 3 , 15 , - 9 , ... }
4= {4 , 10 ,- 2 16, - 8 , ... }
,
5= {5 , 1 1 , - 1 , 17 , -7 , ... }.
fanamos
- - - -
3 +5= 8= 2 ,
3 X 5 15 =3 .
=
a+ b= a+ b ,
a· b = ab .
3.6.4 LEMA
'
Stjam a, a' , b e b ' inteiros tais que a= a e b = b '. Então,
a+ b= a'+ b ' e ab= a'b '.
DEMONSTRAÇÃO
É uma conseqüência imediata das partes (iv) e (vi) da proposi-
ção 3.2. 3 e da proposição 3.6.2. •
EXERCÍCIO
3.6.5 PROPOSIÇÃO
a+(b+c)=(a+b)+c.
a + O = a para to do aE 7L m .
a+(-a )=O .
a+b=b+a.
DEMONSTRAÇÃO
As demonstrações são feitas apoiando-se nos axiomas para as
operações com números inteiros. A título de ilustração, provaremos
P.I e P. 3.
140 • Números: Uma Introdução à Matemática
logo,
a +(b + c) = (a +b ) +c ,
donde,
3.6.6 PROPOSIÇÃO
Em 7L m valem as seguintespropriedades:
a(bC}= ( ab )c .
a. 1= a .
ab= b a .
DEMONSTRAÇÃO
Tal como na proposição anterior, as demonstrações - que dei
xamos como exercício ao leitor - são feitas reduzindo-as ao caso dos
inteiros. •
o leitor deve ter notado que não listamos uma propriedade P.7
que, no paralelismo que estamos fazendo com as propriedades das
operações nos inteiros, corresponderia à propriedade cancelativa . Isso
• Números: Uma Introdução à Matemática
142
ocorreu porque ela não é válida em geral. Com efeito,em 7L6 temos
que 3· 2 = 6 = Õ, 3· 4 = 12 Õ ,logo,3· 2 3.4, porém 2 "i:- 4.
= =
3.6.7 DEHNIÇÃO
3.6.8 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Seja a um divisor de zero e jj "i:- Õ um elemento de 7L111 tal que
a h = Õ . Como a jj = ab = Õ, temos que ab= O(mod m), isto é,
m I ab . Supondo por absurdo que mdc(a, m) = 1 , pelo Teorema de
Euclides (2.3.7) vem que m I b, logo, jj = Õ, uma contradição.
Reciprocamente, suponhamos que mdc (a, m) = d > 1. Va
mos determinar um elemento h"i:- Õ em 7L111 tal que ah O. =
Agora,temos que
Assim,basta tomar b = ml • •
Congruências • 143
3.6.9 COROLÁRIO
3.6.1 0 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos, por absurdo,que m seja composto, isto é, da
forma m= r' s com 1 < r < m, 1 < s< m. Temos,então,que
O= m=r·s,
EXERCÍCIO
2. Em 7L 20 determinar:
'
3.6.11 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos inicialmente que m seja primo, e sejam a, b, c
elementos de ZZ m ' com a"* O, tais que
ab = ac.
En tão a (b - c) = o .
donde b = c .
3.6. 12 DEFINIÇÃO
EXERCÍCIOS
3.6.1 3 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que mdc (a, m) = 1 . Pelo Teorema de Bézout
(2. 3.4) ,temos que existem inteiros r e s tais que ar +ms= 1 .
Tomando classes temos que
- -
1 = ar + ms = ar + ms = a r +iii s= a r+ O S= a . r
Logo, r é o inverso de a .
uma contradição. •
146 • Números: Uma Introdução à Matemática
3.6.14 EXEMPLO
- 9 · (4) + I · ( 37) = 1 .
- - - -
3.6.15 COROLÁRIO
EXERCÍCIOS
3.6. 16 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
É claro que basta interpretar o resultado de 14.5. Daremos, po
rém, uma prova independente para ilustrar como podem ser usados
os resultados desta seção.
Como mde (a,m) = 1 , existe a' tal que a a' = 1 . Então,
x =a' E é solução, pois subsútuindo na equação temos:
-- --
ax= aa'b= lb =b .
isto é,
EXERCÍCIOS
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
(iii) 4 X 7 + 6 X+ 2 = 3X+ 5 X , m = 12 .
-
2 X- 3 Y= 2
- - -
3X+ 2 Y= 3.
(iii) X - X = Õ, m =4.
(i) XP = 4 .
(ii) X2p - XP = 6" .
(iii) X4p-4 - X2p-2 = "5 .
4
NÚMEROS RACIONAIS
4.1.1 DEFINIÇÃO
(i) a= a .
(ii) a = b implica b= a .
(ii) a = b e b= e implica a = e .
4. 1.2 EXEMPLO
4.1.3 EXEMPLO
4.1.4 EXEMPLO
4.1.5 EXEMPLO
4.1.6 EXEMPLO
4.1 .7 DEFINIÇÃO
""'
Em 4.1.4 os pontos equivalen "
tes a um dado ponto p são todos os l\
pontos da circunferência com centro \
O que passa por p. Assim, nesse
\
I
caso, existem infinitas classes de equi
/
valência em 7t : todas as circunferên / 7t
cias com centro O. ./
.".
Em 4.1.5 vemos que cada classe está formada por todas as retas
paralelas auma dada. Em certo sentido, poderíamos dizer que há tan
tas classes em T quantas são as "direções" possíveis.
Números Racionais • 155
�-::--- R
-p--� _
Assim, novamente existem in
--------------
-----
finitas classes de equivalência em 1t :
todas as retas de 1t paralelas a R.
4.1 . 8 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
EXERCÍCIOS
4.2 CONSTRUÇÃO DE Q
4.2.1 DEFINIÇÃO
4.2.2 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Precisamos demonstrar que a nossa relação verifica as três con
dições da definição 4.1.1:
adf= bcE,
bcf= bde,
Números Racionais • 159
donde
abf= bde.
a
- = {(x,y) E 7L X 7L*I ( X, ;1 ==(a, b)}= {(X, ;1 E 7L X 7L*I xb = ya}
b
o sím bolo !!. chama-se uma fração de numerador a e den omi-
n ador b . b
4.2.3 DEFINIÇÃO
4. 2. 4 DEFINIÇÃO
(l +� = ad + bc .
bd
Por exemplo, dado (l= 4 /3 e�= 5 /6, temos que
i... � 5 . 6+3 . 5 = 39
(l+�= + = .
3 6 3.6 18
Note que, em princípio, a definição de soma parece depender
dos representantes escolhidos para (l e�. Assim, por exemplo, na
situação acima també m podemos representar (l e � como
68 15 .
(l=-e�=-
51 18
Dessa forma, ao efetuar a soma teríamos
68 · 18+51 · 15 1989
(l+� =� + � =
51 18 51 . 18 918
Obtivemos por caminhos diferentes resultados aparentemente
diferentes. Para que a definição pretendida seja correta, deveremos
ter que
39 1989
18 918
Isso felizmente acontece, já que 39 · 918 = 35 802 = 18 · 198 9.
Para mostrar que no caso geral a definição anterior independe
dos representantes, provaremos:
4.2.5 LEMA
Sejam aib = a'I b' e cl d= c'I d' números racion ais. Então,
ad + bc a'd' +b'c'
bd b'd'
Números Racionais • 16 1
DEMONSTRAÇÃO
Da hipótese, temos que
ab'= ba',
ed '= de' .
ab'dd'= ba'dd',
ed'bb'= dc'bb' .
Somando, vem
e fatorando
donde
4.2 .6 PROPOSIÇÃO
a+O = a
para todo racional a.
a+(-a) = O.
DEMONSTRAÇÃO
Atítulo d e ilu stração, d emonstraremos a propri edad e a ssociativa
da soma . As demai s são deixadas como exercício para o leitor.
Sejam a = ai b , � = cl d e y = el f. Então, calculamos:
m
em 7L (já qu e O O ,V m , m'E 7L *) .
'
m m
EXERCÍCIO
4.2.7 DEFINIÇÃO
r:t
a(-'=-
ae
.
bd
Novamente, a primeira coisa a fa zer seria verificar que a defini
ção acima independe dos representantes. Isso é uma conseqüência do
lema que enunciaremos a seguir, cuja demonstração pode ser feita
imitando a do lema 4.2. 5.
4.2.8 LEMA
ae a'e'
bd b'd'
4.2.9 PROPOSIÇÃO
a(�y)=( a�)y.
164 • Números: Uma 1ntrodução à Matemática
1 .a = a, para todo a em Q .
DEMONSTRAÇÃO
As demonstrações de a.5, a.6 e a.8 são deixadas como exercí
cio. Provaremos apenas a.7.
Dado a = ai b *" O , temos que a *" O (por quê?) , logo, bl a
també m é um número racional. Mostraremos que a-I = bl a. Como
efeito, temos
bl a . ai b = bal ab = abl ab = 1 .
4 .2 .10 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Basta multiplicar ambos os membros de a� a'Y por <rI.
=
4 .2 .11 PROPOSIÇÃO
a (13+'Y) = a� +a'Y.
DEMONSTRAÇÃO
É um exercício para o leitor. •
4 .2 .12 TEOREMA
DEMONSTRAÇÃO
Como � * O sabemos, da proposição 4 .2 .9, parte a.7, que exis
te um inverso de �, isto é , um elemento �-I tal que ��-1 �-I� = 1 .
=
logo,
x = 'Y. •
são números racionais com �::f. O . Porém, nosso problema inicial era
construir um conjunto de números onde uma equação de forma b X = a
com coeficientes in teirostivesse solução.
Bem, o leitor dirá que o problema já está resolvido, pois x = ai b
é solução dessa equação: basta substituir e verificar. De fato, teríamos
b· ai b = a e estamos acostumados a aceitar isso como uma igualdade.
Entretanto, se quisermos ser cuidadosos nas nossas definições,
de veremos notar que o produto de um racional por um inteiro não foi
definido; em princípio, só definimos o produto de um racional por
outro racional. Note que, conforme a definição, um racional é uma
classe de equivalência constituída por pares ordenados de números
inteiros. Assim, num certo sentido, podemos di zer que inteiros e racio
nais são elementos de "nature za" diferente.
Esse impasse pode ser superado se obser varmos que o conjunto
Q contém uma "cópia" de 7Z .
a
Com efeito, seja Zl = { 11 a E 7Z }, que ob viamente é sub-
a E7Z
a b a · l +l · b a+ b
cp(a) +cp(b) = -+- = cp(a+b),
1 1 1.1 1
a b ab ab
cp(a) . cp(b) -
= -' cp(ab) .
1 1 1·1 1
!! . X= �
1 1
faz sentido dizer que sua única solução em Q é
x= �.
b
Daqui em diante, quando não houver perigo de confusão, não
distinguiremos entre os inteiros m e a sua imagem m/I em ?L.
Assim, por exemplo, símbolos como
a a
m · - ou (m )-I -
b b
indicarão respectivamente
m
. � e a/b . (m/l )-I .
1 b
Agora, introduziremos uma relação de ordem em Q e mostra
remos que tem propriedades semelhantes às estudadas em 7Z .
Para isso, observamos inicialmente que todo racional a tem al
gum representante com denominador positivo. Como efeito, dado
a = a/b , se b < O , temos que a també m é represen tado pelo par
(- a)/(-b) (verifique!) e, nesse caso, temos - b> O.
168 • Números: Uma 1ntrodução à Matemática
4.2.13 DEFINlÇÃO*
aib � el d � ad � bc.
4.2.14 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Suponhamos que ad � be. Como b' d' é um inteiro positivo,
multiplicando ambos os membros dessa desigualdade por b' d' , temos,
pelo axioma A.15, que adb' d' � bcb' d' .
Da hipótese, temos que ab' = a' b e ed' = de' . Substituindo
na desigualdade anterior, temos
(* ) Esta definição pode parecer um pouco artificial. Porém, ela é a única que
estende "naturalmente" a ordem de 7l "copiada" da ordem de Z. Mostrare·
m os isso com cuidado na nota do final do capítulo.
Números Racionais • 169
4.2.15 PROPOSIÇÃO
(i) Reflexiva: Para todo racion al ex, tem-se que ex '5, ex.
(ii) Anú-simétrica: Dados ex, � E Q , se ex '5, � e � '5, ex,
en tão ex= �.
(iii) Transitiva: Dados ex,� , yE Q , tem-se que se ex '5, � e
A < y, en t-
t' - ao ex < y ._
DEMONSTRAÇÃO
A título de exemplo, provaremos a parte (iii) e deixaremos a
demonstração das outras afirmações como exercício para o leitor.
Sejam ex= aib , � = cid e y= el f, em que supomos que todos
os denominadores sejam posiúvos.
Se ex '5, � e � '5, y, temos que ad '5, bd e cf '5, de. Mulúplican
do ambos os membros da primeira desigualdade por f e os da segun
da por b , temos
adf'5, bde .
EXERCÍCIO
4.2.16 PROPOSIÇÃO
4.2.17 EXEMPLO
1 1
-- < - (já que 1 m < (m + I ) 1 )
· · ,
m+1 m
1
o que contradiz a minimalidade de m .
DEMONSTRAÇÃO
Sejam ex = ai b e � = cl d , em que b e d são positi vos .
ex+�
Mostraremos que o racional y=
2
y= ad+bc
2 bd
Com ex <�, temos que ad< bc , logo, 2ad< ad + bc . Portan
to, 2adb< (adtbc) b e conseqüentemente
2 bd
DEMONSTRAÇÃO
Sejam a = a ib e � = cid . Como a e � são positivos, pode
mos assumir que os inteiros a , b, c são todos positivos.
Como vale a propriedade arquimediana em 7L, sabemos que
existe um n tal que n (ad ) � bc (veja a proposição l.2. 8 ).
Isso significa precisamente que
EXERCÍCIOS
Provar que, se a = -
a e I-'A =-
C
, então
b d
a
a b ad
c bc .
d
Números Racionais • 173
Nota
ou igual a zero.
Nossa intenção é introduzir a ordem em todo Q de forma que
estenda a ordem que os inteiros induzem em ZZ; em outras palavras,
para racionais da forma
1
a
Assim, a definição razoável seria que um racional IX '" -
b
174 • Números: Uma Introdução à Matemática
a c
ex= -e �=-
b d
com denominadores positivos, diremos que ex � � se O � � - ex, isto é ,
c a
O �
d b
donde
O� bc- ad
bd
EXERCÍCIOS SUPLEMENTARES
APÊNDICE
NÚMERO NATURAL
causa disso, di z-se uma teoria ordina l. Uma outra fundamentação pos
sível seria construir uma teoria cardinal, isto é, formali zar a idéia intui
tiva - que foi também a primeira a ser concebida - de que o número
expressa quantidade . Esse caminho, porém, nos levaria a introdu zir
conceitos da Teoria dos Conjuntos, estendendo em demais estas notas .
Na sua fundamentação, formulada em 1879 na linguagem da
época, Peano admite três conceitos primitivos: número natural, zero
e sucessor, relacionados entre si por cinco axiomas . Indicaremos por
cr (n) o "sucessor" do número n e, como é usual, utilizaremos o sím
bolo O para indicar o zero .
Com essas notações, os axiomas são os seguintes:
(b) Se n E 5, então cr ( n) E 5.
Então, 5 é o conjunto de todos os números naturais .
Então, A= N.
Apêndice: Número Natural • 179
5.1.1 PROPOSIÇÃO
Im (O') = N+
DEMONSTRAÇÃO
Basta considerar o conjunto A = {O} u Im (O'). Obviamente,
OE A e, se n E A, então O' (n) E A (pois O' (n) E Im (O'» .
Logo, pelo axioma P .3, A = N. Assim, dado um natural n E N,
como n E A e n�O, devemos ter nE Im (O'). •
5.1.2 DEFINIÇÃO
5.1 . 3 DEFINIÇÃO
(i) m + O = m.
(ii) m + O' (n) = O' (m + n) .
180 • Números: Uma Introdução à Matemática
5. 1. 4 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Seja A o conjunto de naturais n para os quais a soma m+n
está definida.
Conforme a condição (i) da definição anterior, temos que O E A,
e da condição (ii) temos que, se m+n está definido, então m + a (n)
também está definido ou, em símbolos, se n E A, então a (n) E A.
Do axioma de indução temos que A = N e segue a tese. •
5.1. 5 PROPOSIÇÃO
m + (n + p) = (m + n) + p
DEMONSTRAÇÃO
Seja 50 conjunto dos números naturais p tais que m +(n + p) =
(m +n )+ p , para todo par de naturais m, n . Para demonstrar a
proposição, bastará provar que S = N .
Apêndice: Número Natural • 181
Temos que
Logo, O E S.
5.1.6 PROPOSIÇÃO
m+O= m=O + m
DEMONSTRAÇÃO
A primeira igualdade segue da própria definição.
Para provar a segunda, consideramos o conjunto de naturais
A= {m E N I O+m=m}
Obviamente, O E A.
Ainda, se O+m= m , temos que 0 +o (m)=0(0 + m) = o (m),
logo, verifica-se també m a partir de (ii) do axioma P.3, e temos que
A=N . ,I .
Ainda precisariamos demonstrar queO é o único elemento neu
tro, pois, a priori, nada impede que algum outro natural uverifique
u + m = m + u = m, para todo m.
5.1.7 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Seja u um elemento neutro, e consideremos a soma O+u .
Como u é neutro, por hipótese, temos O + U =O .
Ainda, como provamos que o Oé neutro, temos também O+u= u .
Logo, 0= u .
5.1.8 DEFINIÇÃO
5.1.9 PROPOSIÇÃO
DEMONSTRAÇÃO
Seja A { mE N I O'(m) = 1 +m }
=
5.1.10 PROPOSIÇÃO
m+n=n +m .
Apêndice: Número Natural • J 83
DEMONSTRAÇÃO
Mais uma ve z, usaremos uma técnica semelhante àquela das
proposições anteriores . Consideremos o conjunto
A = {mE N lm + n = n +m,VnE N } .
5.1. 11 DEFINIÇÃO
m·0=0
m · a(n) = m . n + m .
5.1.12 DEFINIÇÃO
EXERCÍCIOS
de números naturais.
2. Provar que
(i) a= b.
(ii) Existe XE N, x;tO, tal que a+x= b .
(iii) Existe yE N, y;t0, tal que a= b +y .
N x N = {(a, b) I a, bE N }
5 .2 .1 DEFINIÇÃO
Por exem plo , not amo s que (4, 6) == (7, 9) , poi s 4+9 =6+7 e ,
d a me sm a form a, (0, 1) == (5, 6), já que 0+6 = 5 +1 .
A segui nte pro po sição , de demo nstr ação muito sim ple s, fic a
como exercício p ar a o leitor .
5.2 .2 PROPOSIÇÃO
(a,b) = { ( x , » E N x N I (x , y) == (a , b) }
5.2.3 DEFINIÇÃO
5.2.4 DEFINIÇÃO
a+� = (a +e , b+d) .
5.2.5 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Da hipótese, temos que
a +b'= a '+b
e+d'= e'+ d .
Logo,
5.2.6 PROPOSIÇÃO
a + (- a) = (- a) + a=O.
5.2.7 DEFINIÇÃO
a� = ( a c + bd , ad + bc)
188 • Números: Uma Introdução à Matemática
5. 2 . 8 LEMA
DEMONSTRAÇÃO
Vamo s f azer a demo nstr ação em du as et ap as. Afirm amo s pri
meiro que
a+b' = b+a' .
e , multi plic ando- a por d e troc ando a po sição do s mem bro s, o bte
mo s
bd + a' d= ad +b' d.
do nde
e , multi plic ando- a por a' e troc ando a po sição do s mem bro s, o bte
mo s
a' c' +b' d' + a ' d+b' c � b' c' + a ' d' + b ' d+ a ' c ,
do nde
5.2. 9 PROPOSIÇÃO
(ap) y � a(py) .
190 • Números: Uma 1ntrodução à Matemática
a�= �a.
a (�+y)= a� + ay.
5.2.10 DEFINIÇÃO
5.2.11 PROPOSIÇÃO
aE N � (a, O) E 7.l+ .
DEMONSTRAÇÃO
Veja a r esolução do ex ercício 8 d e 5.1.
EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
NÚMEROS INTEIROS
por definição de a m + 1 •
Exercício 1 1 (i) . Vamos supor, por absurdo, que a < b (se b < a , a
demonstração é análoga) .
Demonstraremos que a < b implica que a n < bn , para todo n
ímpar, o que contraria a hipótese. É claro que a afirmação é verdadei
k 1 k 1
ra para n 1. Suponhamos então que a 2 + < b 2 + , para certo k :?: O .
=
Logo,
o � a 2 (k + l ) + 1 < b 2 (k + l ) +1 ,
a 2 (k + l ) + 1 � O < b 2 (k + l ) + 1 .
Logo,
_ b 2 k + 1 +2 < _ a 2k + 1 +2 ou a 2 ( k + l ) + 1 < b 2 (k + l ) + 1
1 .4 O TEOREMA DO BINÔMIO
Se n =
2 temos:
,
[ ; ] 1 [ � ] . Suponhamos, então, que
=
196 • Núm eros: Uma In trodução à Ma temática
=
[ [ 2 J +[ 3 J +... +[ n J ] +(l+2+... +n)=2 [n+lJ + -
n(n+l)
-
2 2 2 3 2
Exercício 7. Temos
[ 14i J 4 , [2Ji
14
4 . = O, 1, ... , 14
' 1
Exercícios Resolvidos • 197
A.
J
= [14) [ 45 ) i -
e max lmo .
_
.
i
_
. .
.
P e Io exerc lc lo 1, o ma ior coe fiIClente b Inom
' la I e
14
, segu I'do
.
- [7)
Por outro lado, da de sigualdade 5 i 4 i-1 > 5 i-1 4 i (verifique !), temo s
5 8 =
35 -32
� > O ; logo, A s > A 7 .
4 7
198 • Núm eros: Uma In trodução à Ma temática
=
[ � )7 14. 1 3 ... (i+l ) [[ 5 ) i--:!. i (i-l ) . . . 8 ][)
_ �
7 1 4. 1 3 . . . 9 -ª-
. =
4 ( 1 4 -i) ! 4 7·6 ... (1 4 -i+ l) 4 6! 28
( )
5 7 14· 1 3 . . . (i+ 1 ) � 5 ( ) i-7
i (i-l ) . . . 8 i (i-l ) . . . 9·7 3
= "4
( 1 4-1) ! U4
- - ·
7.6 ... (14 -i+ 1) 7'6.5 ... ( 1 4 -i+1) 28
=
J
=
[ �) 7 1 4 . 1 3... (i+ l ) �(5 ) i-: i(i- l ) ... 9 (- 8-7.3/28 ] =
4 ( 1 4 - 1) ! U4 7·6 . . . ( 1 4 - i+ l )
=
[ � ) 7 14. 1 3... (i+l ) n[5 ) i-� i(i-l ) . . . 9 (-35/4)1
4 ( 1 4 -i) ! U4 7·6 . . . ( 1 4 -i+ 1 ) J'
DIVISIBILIDADE
n = 6 q + r , com O � r < 6
Se r = O é claro que 6 I 6 q ( 6 q +1 ) (2 ( 6 q ) +1 ) . Se r = 1 ,
,
Tem-se
Exercícios Resolvidos • 201
1 ·2·3· 4 = 24 5 2 - 1 ,
=
2 · 3 ·4·5 = 1 20 1 1 2 - 1 .
=
( n- I ) n ( n + 1 ) ( n + 2 ) = « n- 1 ) (n+2) + 1 ) 2 - 1 .
« n- I ) ( n+2 ) + 1 ) 2 - 1 « n- l ) ( n+2 ) +2 ) « n- I ) ( n+ 2 ) + l - I )
= =
= ( n- I ) (n- 2 ) (n 2 - n) ( n- I ) n ( n + I ) ( n + 2 ) .
=
a ( a 2- 1 )
( 2k + I ) (4k2 + 4k ) 4k ( 2k + I ) ( k + I ) . Do exercício 5 ,
= =
( a - 2 ) ( a - I ) aa ( a + I ) ( a + 2 ) =
= ( 5k - I ) 5 k ( 5 k + I ) 2 ( 5k +2 ) ( 5k + 3 )
2.2 NUMERAÇÃO
Exercício 4. Temos
'
m ' = s ' bn + . . . + SI b+ so
n '
10k =
[k1) 9
( 9+ 1) k = 9k + k-I + ... + [kk-l) 9 + 1 .
Assim, para todo k? 1 ,vem que lOk = Mk + 1 ,em que M k é múltiplo
de 9. Substituindo em b , vem
x 5q + r, com r 0,1,2, 3
Exercício 9 (i). Basta observar que, se = =
a2 b2 c2
2 1 1
5 1 4
7 1 6
O 1 9
O 4 6
3 4 9
5 6 9
8 9 9
x b
O O
6 4
6 6
9 3
9 7
as possibilidades são
Exercícios Resolvidos • 205
x = O, b = O, a = 9, ou n = 9 O ,
x = O, b = 4, a = 5, ou n = 5 4 ,
x = 9, b = 3, a = 6, ou n = 6 3 ,
x = 9, b = 7, a = 2, ou n = 2 7 .
b= 4, a = 5, ou n = 54 ,
b= 6, a = 3, ou n = 36 ,
b= 6, a = 9, ou n = 96 .
ab · , ab
c =- k ,Isto e, - I c .
d d
mdc ( a I c I , b I c I ) = r I c I = dI c I
n
• Números: Uma Introdução à Matemática
210
9 900
d = md c(a, b) =
-- = 30
330
Sejam a = aI d e b = bI d .
Então,
ab 9 900
aI bI =
2
=
-- = 11 e deve ser
d 330
mmc( a b) , ab
= = aI bI = 240 = 24 3 5 '
. .
mdc (a, b) d2
a+ b = d(al + b l) = 7 · 83 .
(a) Se d 1, então aI + b l
= = 7·83 = 581 , e temos o sistema:
aI b 240 , =
l
aI + b l 581 . =
(b) Se d = 7, tem-se
aI bl = 240 ,
aI + bl = 83
•
Exercícios Resolvidos 21J
aI bl = 240 ,
aI + bl = 7 .
k2ab ab
mmc ( ka, kb) = -- = I kl - = I kl mmc ( a, b)
Ikld d
2p = 2 ( 1 + s ) , isto é, P = 1 + s .
Assim, 1 e s não podem ser ambos ímpares, caso contrário p seria par.
Logo 2 3 I (p + q ) (p- q ) .
P 2 = 3k + 1, q2= 3k ' + 1.
Portanto, 3 I (p2 q 2 ).
_
com X=2h .
Exercício 13. Temos ( 14) 0.1 1001 se e 'somente se 20.1 1001 e 7 0.1
1001. Como 2< 7 , o número de vezes que 7 comparece como fator de
1001 é menor que o número de vezes que 2 comparece. Assim, basta
determinar qual a potência máxima de 7 que divide 100 1 .
Temos 7 I 1001 se e somente se 7 I x , x� 100. Os valores
possíveis para x são então: 7 , 14, 21, 28, 35, 42, 49, 56, 63, 7 0, 7 7 , 84,
91, 98. Os números 49 = 7 2 e 98 = 1·14 = 7 ·7 ·2 , e apenas esses,
contribuem com dois fatores iguais a 7 . Assim, a maior potência de 14
que divide 100 1 é 16 .
s = { 4n + 1 I n E � } •
Consideremos o número
N= 4(p p) + 3
2
•••
vem
p1 1 , um absurdo.
• Números: Uma Introdução à Matemática
216
P I P 2••• P n + 1 x2,
= com x E 7Z .
Então,
s (2 k- 1 . m) = 2 . 2 k- 1 m 2 k
. = • m
Exercícios Resolvidos • 217
l l
Pela parte (i) , vem s (2 k- . m ) = s (2 k- ) s (m) . Calculando, temos
l
s (2 k- ) = 2 k_ 1 Levando esses dados à primeira equação, vem
.
m
Ainda, (2 k-l)m' = m, isto é, 2k =
, + 1 . Substituindo, vem
m
uma contradição.
CONGRUÊNCIAS
= (x2 + 2y2)2 _
4x2y2 =
(a ) x2 + 2y 2 + 2xy = k,
(b) x 2 + 2y 2 - 2xy = 1 .
220 • Números: Uma Introdução à Matemática
2z + 4w = k + 1 .
k+1
x2 = z = _
- 4t '
2
k+l
y2 = w = - + 2t
2
ou (x-y)2 + y2 = 1
Portanto,
x -y = O , Y = 1 ou x - y = 1 , Y = O .
4 2
x + 4y > 5, uma contradição. Asssim, devemos ter I yl = Oou I yl = 1 .
A primeira possibilidade conduz a x2= 5, um absurdo, e a segunda
conduz a I x1 = 1 Assim, as soluções são: x =± 1 , Y =± 1 .
.
IOOx + y - 68 =2(lOOy+ x) ,
Exercícios Resolvidos • 221
98x - 199y =6
Resolvendo, temos
x =-67 . 68 - 199 t ,
Y =-33 . 68 - 98 t .
ou
-68 ·3 367
t<
9 999
ou ainda,
t< -22 .
3.2 CONGRUÊNCIAS
2
em que os P i são primos distintos,1 � i � t . De x2 == O (mod m),vem
P IP •.• Pt I x2, e daí é fácil concluir que PII x, P I x,. . , P t I x .
.
2 2
Como os Pi são primos distintos, vem que P IP
2 pt I x , isto é,
•••
x == O (mod m).
99
4k + 1 � 100 se e somente se 4k�99 se e somente se k�-
3 4
=24 .-
a 2k+1 -I = ( 2 a2k-1)
a2k+1) (
a2k) - 1 = ( .
Exercícios Resolvidos • 223
Exercício 3 (i). É fácil ver que não podemos tomar o mesmo quadra
do como fator de a, a + I e a + 2. Escolhemos, então, para quadra
dos, os números 22, 32 e 5 2 (por quê não 22, 32 e 42?) . Temos
a == O (mod 4) ,
a +I == O (mod 9) ,
a +2 == O (mod 25) .
a == O (mod 5 2) ,
a + 1 == O (mod 3 3) ,
a +2 == O (mod 24 ) .
_(p-1)p
Como 1 + 2 +... + p- 1 - ,vem
2
(p-1) 'p==O (modp).
1P+ 2 P+... + (p- 1)P==
2
Ainda,como (�)
= i !( :� j) ! ,é fácil concluir quep I(�) , para
i
1$; $; P - 1. Assim,
P-l 2
oup I[ ) - 1. Logo,
a2
p -l p-l
Por outro lado,aP-1 ==1 (mod p). Logo,ar == 1 (modp). Como 0:0;;; r<e,
deve ser r =O .
a37 -a==O (mod 7) ,a37 -a==O (mod 13),a37 -a==O (mod 19).
Temos 37 = 5 ·7 + 2 ea7 == a (mod 7) . Logo,a35 = (a7)5 == a5 (mod 7).
Multiplicando por a2 ,vem
Logo, lO n+l -1 = 9a .
n
Seja agora n um natural tal que (p - 1) I (n + 1) , isto é,
n + 1=k (p - 1),para algum k Pelo Teorema de Fermat, 1()p-l= 1
.
n n
Provamos,então,que,se p 'i:- ± 3 e n é qualquer natural tal que
( p- 1) I ( n + 1) ,entãop I a Como existem infinitos naturais nestas
•
n
condições,o exercício está resolvido para p 'i:- 3.
Se p = 3 ,basta usar o critério de divisibilidade por 3 para con
cluir que todo inteiro da seqüência dada,cujo número de algarismos é
múltiplo de 3 ,é divisível por 3 .
basta provar que 18!=-1 (mod 23) e 18!=-1 (mod 29).Para a últi
ma dessas congruências,basta aplicar o Teorema de Wilson.
Também por esse teorema,tem-se: 22!=-1 (mod 23) . Mas
Logo,
Assim,
p-I p-I
Como ( -- )I (p-I ) ,vem que ( - - )I « p-I )! - ( P -I »,
2 2
p-l
ou (p-l)! == (p-I) (mod - - ).
2
p-l -
- -- e Iementos e a unlao e
.-
1 · ( 1)
- · (3 ) · (- 3 ) · 5 · ( -5) .. (p- 2 ) · (- (p- 2 »=
.
0
x (x2 - 1 ) Õ . Como ZZ 5 não tem divisores de zero, deve ser x= Õ
=
ou X 2 0 1. =
5
Pelo Teorema de Fermat, se x:t- Õ, x4 1. Logo, x2 0 (x4) = = =
= 15 1 Assim, todo xE
= . ZZ 5 é solução da equação.
Exercidos Resolvidos • 231
4 tal que Jl 7 - Jl
Exercício 19 (iii). S�ja Jl E ZL Õ . Fatorando, =
6
temos Jl (Jl - I) Õ Assim, Jl Õ ou Jl6 - I
:o- .O ou Jl é divisor de = =
zero em ZL .
4
Se x 6 - I O, por tentativa obtemos x I . Além disso, o único
= =
divisor de zero de ZL
4 é '2 . Mas
x2 -x -"6=(x+2) (x-3)=Õ
Exercício 20 (iii). Seja XE 7L tal que x(4p -4) - x (2p -2) = 5" . Se
- - - P -
x = O , então 5 " O ep o� 5 Se x:f:.
. O ,pelo Teorema de Fermat, deve-
mos ter x (p -l) = I e, portanto,
X(4p -4) _
x (2p -2) = ( x (p -l»4 - (x (p -l»2 = I -I = Õ = 5" ,
o que implica p = 5 necessariamente.
Assim, se p = 5 , todo elemento de 7L 5 é solução. Se p :f:. 5, a
equação não tem solução em ZL .
p
4
NÚMEROS RACIONAIS
4.2 CONSTRUÇÃO DE Q
P2
= a,ou p2 = aq2 .
q2
n+17
ExerClClO 10. Suponhamos que
n_ 4
_ .
Resolvendo em n ,vem
32U + 7 2P - 26 . 3u• 7P
n =
4· 3 u-·I 7H
n + 17
.
As SIm, se
n-4
-
e o quadrado de um raCIOna
. I, n tem a fiorma aCIma.
.
n + 17
=
3 2 u + 7 2 P + 2 . 3 u. 7 P
=
[3 u+ 7 P) 2.
n- 4 3 2 U + 7 2 P-2· 3 U· 7 P 3 u-7 P
17 c- 13d a
5c -6d b
Logo,
c 6a- 13b
= a. .
d 5a- 17 b
= 37 mdc(-c , -d)= 37 .
6a+13b 17 b- 5a
Assim, c=- d= .
d" d'
Procede-se analogamente para expressar a e b em função de
c, de d'.
5
NÚMERO NATURAL
DEMONSTRAÇÃO
Seja A = {Z E N I se a + z =b+ z então a = b } . Obviamente
O E A . Seja então m E A . Mostraremos que cr(m)E A .
Se a +cr (m)= b +cr(m) , entãocr(a+ m ) = cr(b + m ). Como cr é
injetora, vem que a + m = b + m . Como m E A , segue-se que a = b .
Do axioma P. 3, decorre agora que A = N .
(i ) a =b .
(ii) Existe xE N , x"# O , tal que b = a + x.
(iii) Existe yE N , y"#O ,tal que a b + y.
=
238 •
Números: Uma Introdução à Matemática
DEMONSTRAÇÃO
Mostraremos primeiro que não podem ocorrer duas condições
simultaneamente. De fato,se ocorrem (i) e (ii),segue-se que a = a + x,
ou a + O = a + x. Do exercício 4, vem que x = O , uma contradição.
Similarmente, não podem ocorrer (i) e (iii).
Se y ' = O , vale a primeira condição para cr (m) . Se y' :F. O , vale a ter
ceira condição.
Do axioma P. 3, vem que A =N .
(i) a = b,
(ii) a < b,
(iii) b< a .
x , Y E N. Então,
(i) se x # O,x � l .
(ii) x< o(y) se e somente se x $; y .
(iii) o( y) $; x se e somente se y< x .
DEMONSTRAÇÃO
Para (i), suponhamos por absurdo que x < I . Logo,I =x + v,
'
com VE N, v # O . Como v# O , vem que v =o(v') , com V E N.
Substituindo, vem
3. /
I'/il/n ,ios de E/t/rodillri/llim Clrí.I";W André Luiz Baracchilli Celltola e outros
L QG/I:r!l 17. j
/·..'Idmqu[mic(J: })rillu ';os e AjJ!ic(JçÚ(!,'1
José.Jailllc da Cruz EdsonA. Ticianelli (' Ernesto
lO. I'robabilidru/e: UIIl Cur.lo In/mdll/ri/ú, 21. Arqlli/elurrH //0 I!m.li/ (1900-1990)
CarlosA.ll. Dantas litigo Segawa
li. Morld(JgP11l e Si/llll/!I(rio rle I'rore.l.los 22. IJi.I//i/J/li(rio de lI""d,,: M"did".1 d,'
Ill(l1olti(Ji.� e de Si\
, le1JU1S J�ldroUll'f(i}/i("()s /J()sigua/tirule f fJr)breza
Claudio Garcia Rodolfo IIofflll<lIlIl
12. CnJ//o/úo[ogia: P,inl'Í/,;os e A/,lú:ll(ries 23. Ouri".\ e O"drtl"'Il.I: J)" AlIlÍli.\e rie Fo",Ú'r ri
Nelsoll f\.larqucs e Luiz l\1el1lla-Barreto Al/á/i.l" rle Olldrtl"/Il.1
(orgs.) Pedro A. t\lorettill
24. Inlroduçrio ri E,lmlum (! EvoluçrJo E,lelar 43. Gravidez & Nrw.ú"enlo
Wal te r J . Maciel Maria Del izete Ben tivegnCl Spal l i c c i ,
M a r i a Teresa Z u l i ll i da COSIa e
25. Re[.,'itio e Geografia
Marta Maria M e l l e i ro ( o rgs. )
Sandra Le n c i o n i
44. () DüeuTSo Fiaional na TV: Serlu (rJo
26. M US(!1l.\ A coUleIn Moderno
e Sonho em Doses /-/ol!lert/Hílicw
Maria C...e c í l i a França Lou renço
Anna Maria Balogh
2 7. Ener;!,";a Elilrica !Jam o Desenvolvimenlo
45. Do Igxiro rlO Discurso !Jelrl lnjimnfÍliw
Suslenlúvel
Zilda Maria Zapparoli e A n d ré Cam lo n g
Lineu Belico dos Reis e Se m ida Si lve i ra
( o rgs.) 46. Peirolo!,";a Mdrl1!uirjir.'a: /'1",dall/mlm !HlI'fI
fl Inler/ndaçrio de IJiagra was df1 FaS(1
28. A.\1ronolllia: Uma Visrlo Geral do Univet:m
Maria Ang-cla Fo r n o n i Cal l d i ; l , Gergcly
Amftncio C. S. Friaça. E l isabete Dal Pino,
Andres.l u l j o Szabú c Eliane Aparecida
Laerte Sodré J r. e Vera Jaten cn.Perc i r"
Del Lama
( orgs.)
4 7. Carlograjia 'f(muilim: Crulraws dr' Ma!H/I
29. Manual Prúlico de Microbiolo.!,";a /Msica
Marce l l o Mart i n e l l i
Rogério Lacaz-Ruiz
48. Mélodo rle Ehmwnlos Fil/.ilos em A I/(Ui."!
30. TérnicrL' Crnlljm larionr,;s /Iam Dinâmica
de E\lru luras
dos i'luirlos
I l u lll berto L i m a Soriano
Armando de O l ive i ra Fortu n a
49. TécuirfLs l�lelroqllimi(;(lS em Corrostl(}
3/. O s Significados Urbanm
Stephan Wo lynec
Lucrécia d ' Alessio Ferrara
50. TerlllOrlinâmi('a
32. hica em Crnu!lUlaçtio
Walter F. Wreszinski
Pau lo Cesar Masiero
51. Mecânim Quânliw
33. PalologirLl Crtrdíac(L' ria Ceslaçrio A. F. R. de To ledo Piza
Januário de Andr.lde ( org.)
52. Transitórios Elelromfl�f..'1u�liws (1m Sislemfl..\'
34. Um Curso rle Á lgebra Linear de j>oü?nâfl
Flávio U l hoa Coe l h o e Luiz Cera Zanetta j ú n i o r
Mary Lilian Lourenço
53. /'1I1lrlal/wnlos d e Qnímica Ex!""i7llwlal
35. Dinâmica Estocrl.llica e Irreversibilirlrule Maurício Gomes C.onsta n t i n o , G i l Valdo
Tân ia Tom é e M{lrioJosé de Ol ive i ra José da Silva e Pau lo Marcos Donate
36. Novos ln.slrumenlos de Geslt10 54. CU,,\() Jjrl.lico rie Terminolo.!,"; a
A mbienlal Urbana Lidia A l n leida Barros
I-I e l i a n a Com i n Vargas e H e l e n a Ribeiro
55. MrtCTot!col/01/1ia A!Jliaula ti A núlise ria
( o rgs.)
Ero)lomia Urasileira
3 7. Cesltio de Serviços rle Saúrle: CarlosJosé Caetano Racha
/),scenlraliwçtio/Munir:i!Hllizaçüo do SUS
56. Desrobrillrlo o Universo
M.írcia Faria Wcstphal e Eu rico Sam paio
Sue l i M. M. Viegas e Fabio la de O l ive i ra
de A l m eida ( o rgs.)
( o rgs. )
38. Ava!iaçrio e CÚLlsijica[rio rle
5 7. Á rabe e Porlugui?\: Fmwlo.t.,ria Conlrasliva
ReservrL\" Millerrâs
(:om AfJlicaç(lo de Tecnologias
J o rge K.:'1ZUO Yamamoto
Injormatiulfla.\"
39. '1e",;a Quânlica rios Ca1l!!Jos Sal'l AbOli Chall la.l u bran
Marcelo Otavio Cam i n ha Gomes
58. Iniciaçâo a ConceitO.\" de Sistemas l�llergétifos
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