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RESUMÃO ESTADO, TERRITÓRIO E REGULAÇÃO:

Introdução:
As comarcas e varas concertam a Justiça no Brasil devido ao nosso ordenamento jurídico
codificado, típico dos países do modelo romano-germânico (leis prescritivas). Será
demonstrado que as duas formas de circunscrição ou divisão (territorial e social) resultam
das relações de Poder que vem em parte dos objetos técnicos (obras criadas pelo homem).
A ligação entre esta divisão e os objetos técnicos produz as normas jurídicas sobre os
indivíduos. Parte delas são jurídicas, por que senão seriam transgredidos. Então temos
normas jurídicas e não-jurídicas (moral, costumes, regras). O Espaço geográfico é
formado por objetos técnicos. É papel da geografia fornecer modelos que explicam de
que forma a sociedade interage com a natureza e como essa interação produz normas
jurídicas; com o intuito de renovar as práticas sociais.
Capítulo 1- A administração territorial da Justiça no Brasil
Comarca: É um termo que aparece na Língua Portuguesa do século XIII, de origem
germânica, formado por: (com + marca) ‘‘ região; confins’’ e comarcar ‘‘limitar com’’
No Brasil o termo designa o território sob jurisdição de um ou mais juízes.
As comarcas apresentam classificações de acordo com seu movimento e degraus da
carreira do Juiz. São a 1º Entrância, 2º Entrância e Entrâncias especiais. Há também, 3º
Entrância e especiais (Santa Catarina, Alagoas e Paraíba) e até mesmo 4º Entrância (No
Maranhão).
Entrância é o grau administrativo das comarcas (depende do número populacional,
eleitores, extensão territorial e número de demanda judicial) e está ligado ao cargo do juiz
que a ocupa. É diferente de Instância (grau de classificação da Comarca). Ou seja, os
limites territoriais de uma comarca são definidos a partir de exigências mínimas, como
número de pessoas, receita tributária e a lei estadual estabelecida para sua criação.
O Estado de Minas Gerais detém o maior número de Comarcas no país. Quanto maior o
número de Comarcas, mais o território é nomeado para o exercício desta função.
A criação das Comarcas é através do processo dialético entre a sociedade e o território. O
Legislador, por exemplo, pode através da Lei dissolver uma comarca caso terminem os
quesitos sociais no local. Trata-se de considerar o território como norma (isto porque parte
do Direito é formado pelo espaço geográfico, assim como parte da geografia é formada
por normas jurídicas e não-jurídicas).
Na administração da Justiça no Brasil, temos o território do Estado, que se divide em
circunscrições, comarcas, distritos e subdistritos.
Hierarquia Administrativa da Justiça no Brasil: critério didático.
A Circunscrição Judiciaria forma-se pela reunião de comarcas, das quais uma será sua
sede.
A comarca forma-se a partir de um ou mais municípios, e tem por sede o município
escolhido.
As Comarcas se subdividem em distritos e subdistritos judiciários. Estes são formados de
um ou mais distritos e subdistritos administrativos criados por Lei. Além destas divisões
temos ainda 5 regiões Judiciárias no Brasil, cada qual com uma ou mais seções judiciarias
representadas por um Tribunal Regional Federal. Esta compartimentação obedece a
lógica da justaposição.
Além das Comarcas, temos as varas (lógica da sobreposição). Ou seja, a estrutura do
território brasileiro normatizado é formado pela sobreposição (varas) e justaposição
(circunscrições, comarcas, distritos, subdistritos).
O Brasil possui cerca de 2.377 Comarcas (lembre-se amigo que estes dados estatísticos
são de 2001). E vale lembrar que esta subdivisão de cada federação pode incluir vários
municípios, ou no caso das grandes cidades, igualar-se ao tamanho dos municípios com
subdivisões de foros devido ao aumento populacional.
Uma curiosidade interessante é que A data da fundação dos TRIBUNAIS ESTADUAIS
DA JUSTIÇA (T.E.J) revela que estes tribunais eram regidos a distância, e eram
chamados de Territórios (grandes áreas onde estavam diversos povos indígenas em
colisão com a expansão recente da civilização, sob a influência do direito romano-
germânico).
Regionalização pelas Varas:
Origem do Termo Vara: Segundo o Dicionário de Símbolos, o termo vara significa sinal
de força de molde vertical, simbolizando o homem enquanto tal, sua superioridade como
chefe e seu poder recebido de cima. O cetro dos governantes ocidentais é na verdade o
modelo reduzido da coluna do mundo que outras civilizações assimilam como o rei e o
sacerdote. Na tradição grega, o cetro simboliza menos a autoridade militar do que o direito
de fazer justiça. Ele pertence a armadura dos marcos consulares.
Nas origens do Direito ocidental, os juízes eram obrigados a conduzir em público sua
autoridade representada por um bastão (vara); que mais tarde veio a ser a área
especializada onde o juiz exerce sua função.
A Comarca e todos seus desdobramentos é uma forte divisão do Território cuja logica se
fundamenta na justaposição. A soma de todas as Comarcas é igual a extensão territorial
de formação socioespacial. No entanto, a Vara forma a Comarca no movimento forense.
Numa Comarca de pequeno porte, há apenas um juiz por todos os processos. Quando o
movimento forense é grande demais, cria-se mais varas, devido ao número grande de
pessoas. O município de São Paulo apresenta em todo o Brasil a condição mais extremada
dessa divisão, dado ao número populacional.
A criação e multiplicação das Varas especializadas se deve a demanda que forma o
território (homens, infraestrutura, instituições, etc.). O geografo famoso Milton Santos
chama isso com o termo Território como Norma: ou seja, o modo como estes elementos
estão presentes em quantidade, arranjo e densidade. Essa concepção é definida como as
três dimensões da norma, que são: comunicacional, burocrática e repressiva. É a norma
além do formalismo logico. O território como norma permite compreender que o uso das
técnicas e relações sociais dos humanos produz normas jurídicas. Por isso, as regiões
concentradas apresentam uma espessura normativa maior que as demais unidades
federativas, pois a densidade normativa acompanha proporcionalmente o volume de
sistemas e objetos técnicos (produtos humanos). Essa dinâmica, segundo o autor, revela
que o espaço geográfico é fonte material e não-formal do Direito.
A concepção de Milton Santos sobre o funcionamento da Justiça e sua administração do
território colocou os juízes no centro do campo analítico, pois seu comportamento,
ideologia e motivações são importantes para entender a realização da Justiça na formação
socioespacial. O aumento por demanda da justiça, comarcas e varas, provoca aumento no
cargo de juízes.
Mas algumas áreas de frágil estrutura, como Acre, Roraima e Amapá, dificultam na
formação do profissional.
Conclusão:
O Estado ultimamente tem se fortalecido na extração de tributos sobre seu território
(formado por empresas, homens, infraestrutura e meio ecológico). Mas atravessa uma
crise de regulação (aumento da violência e desigualdade) devido a inútil forma como lida
com a resolução de conflitos. A crítica que se dá ao Estado, é que o mesmo pensa que
sozinho, baseado na ideia formalista da norma jurídica, pode resolver os diversos
conflitos do território circunscrito (comarcas, varas, distritos e subdistritos). Como
exemplo, as grandes corporações que encontram seus próprios meios de resolver
conflitos, e o Estado colabora com isto; como nas agências de regulação. As empresas
julgando em seu favor podem levar ao ‘‘darwinismo social’’. Outro exemplo, é a
produção informal (normas não-jurídicas) de normas jurídicas como os grupos de
narcotráficos e favelas, que suprem a Justiça na ausência do Estado Brasileiro.

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