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TEMA 3

HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Considerações gerais

Honorários advocatícios é a denominação que se dá à contraprestação recebida pelo ad-


vogado em razão da atividade profissional desenvolvida, que não decorra de relação de em-
prego (o advogado empregado recebe salário, podendo, também, receber honorários sucum-
benciais).
A Lei nº 8.906/94 (EAOAB) traz uma hipótese em que o advogado trabalhará gratuitamen-
te. Isso ocorrerá quando o advogado defender outro colega em processo originário de ação ou
omissão no exercício da profissão. Entende-se, aqui, que as prerrogativas da advocacia estão
em debate, motivo pelo qual há interesse de toda a classe, e não só daquele profissional. Veja
que o defensor dativo nomeado pela OAB faz a representação do advogado processado disci-
plinarmente por delegação da própria Ordem, constituindo um múnus (e um motivo) extrema-
mente célebre.
O Novo Código de Ética e disciplina passou a tratar da advocacia pro bono no art. 30 e
seus parágrafos. Considera-se advocacia pro bono a prestação gratuita, eventual e voluntária
de serviços jurídicos em favor de instituições sociais sem fins econômicos e aos seus assisti-
dos, sempre que os beneficiários não dispuserem de recursos para a contratação de profissio-
nal.
No exercício da advocacia pro bono, e ao atuar como defensor nomeado, conveniado ou
dativo, o advogado empregará o zelo e a dedicação habituais, de modo que a parte por ele as-
sistida se sinta amparada e confie no seu patrocínio.
A advocacia pro bono pode ser exercida em favor de pessoas naturais que, igualmente,
não dispuserem de recursos para, sem prejuízo do próprio sustento, contratar advogado e não
pode ser utilizada para fins político-partidários ou eleitorais, nem beneficiar instituições que vi-
sem a tais objetivos, ou como instrumento de publicidade para captação de clientela.
O Estatuto da Advocacia e da OAB apresenta três tipos de honorários advocatícios: con-
vencionados, arbitrados judicialmente e sucumbenciais (art. 22).
Os convencionados, como o próprio nome diz, o advogado e o cliente combinam um valor
fixo. O valor fixo é a principal característica deste tipo de honorários. Esse valor fixo pode ser
contratado de forma verbal ou por escrito, mediante o contrato de honorários advocatícios. Re-
comenda-se ao advogado fazer o contrato por escrito, por ser mais seguro, inclusive para fins
de cobrança, como se verá mais abaixo.
Na ausência de combinação entre advogado e cliente sobre o valor dos honorários, os
mesmos serão arbitrados pelo juiz, ou seja, serão fixados por arbitramento judicial, com remu-
neração compatível com o trabalho e o valor econômico da questão. Advirta-se que, mesmo
nesse caso, o valor dos honorários não pode ser inferior ao estabelecido na tabela de honorá-
rios criada por cada Conselho Seccional da OAB.
O art. 22, § 1º, do Estatuto, determina que quando o advogado for indicado para atuar em
causa de pessoa juridicamente necessitada, naqueles casos dos estados que não têm Defen-
soria Pública, ou têm, mas por qualquer motivo está impossibilitada (greve, por exemplo), o
profissional tem direito a receber honorários fixados pelo juiz e pagos pelo Estado.
Os honorários sucumbenciais são aqueles pagos pela parte vencida (parte sucumbente)
ao advogado da parte vencedora.

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Importante lembrar que a Lei nº 13.467/17, que alterou a CLT incluiu a possibilidade de
honorários sucumbenciais ao acrescentar o art. 791-A. Vejamos:

Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão devidos honorários de
sucumbência, fixados entre o mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por
cento) sobre o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito econômico obtido ou,
não sendo possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa. (Incluído pela Lei nº 13.467,
de 2017)
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas
ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - o grau de zelo do profissional; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o lugar de prestação do serviço; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a natureza e a importância da causa; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço. (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência re-
cíproca, vedada a compensação entre os honorários. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não tenha obtido em juízo, ain-
da que em outro processo, créditos capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes
de sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de exigibilidade e somente poderão ser
executadas se, nos dois anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as certifi-
cou, o credor demonstrar que deixou de existir a situação de insuficiência de recursos que justi-
ficou a concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, tais obrigações do bene-
ficiário. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)

Em caso de falecimento do advogado, ou se este vier a se tornar incapaz civilmente, os


honorários de sucumbência, proporcionalmente ao trabalho por ele desenvolvido, são devidos
aos seus sucessores ou representantes legais.
Apesar de o art. 24, § 3º, do Estatuto, estipular que “é nula qualquer disposição, cláusula,
regulamento ou convenção individual ou coletiva que retire do advogado o direito ao recebi-
mento dos honorários de sucumbência”, o STF, na Ação Direta de Inconstitucionalidade nº
1.194-4, declarou o aludido dispositivo inconstitucional.

O Novo CED reservou um capítulo próprio para tratar dos honorários profissionais (Título I,
Capítulo IX, arts. 48 ao 54). Vejamos:
“Art. 48. A prestação de serviços profissionais por advogado, individualmente ou integrado
em sociedades, será contratada, preferentemente, por escrito.
§ 1º O contrato de prestação de serviços de advocacia não exige forma especial, devendo
estabelecer, porém, com clareza e precisão, o seu objeto, os honorários ajustados, a for-
ma de pagamento, a extensão do patrocínio, esclarecendo se este abrangerá todos os
atos do processo ou limitar-se-á a determinado grau de jurisdição, além de dispor sobre a
hipótese de a causa encerrar-se mediante transação ou acordo.
§ 2º A compensação de créditos, pelo advogado, de importâncias devidas ao cliente, so-
mente será admissível quando o contrato de prestação de serviços a autorizar ou quando

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houver autorização especial do cliente para esse fim, por este firmada.
§ 3º O contrato de prestação de serviços poderá dispor sobre a forma de contratação de
profissionais para serviços auxiliares, bem como sobre o pagamento de custas e emolu-
mentos, os quais, na ausência de disposição em contrário, presumem-se devam ser
atendidos pelo cliente. Caso o contrato preveja que o advogado antecipe tais despesas,
ser-lhe-á lícito reter o respectivo valor atualizado, no ato de prestação de contas, median-
te comprovação documental.
§ 4º As disposições deste capítulo aplicam-se à mediação, à conciliação, à arbitragem ou
a qualquer outro método adequado de solução dos conflitos.
§ 5º É vedada, em qualquer hipótese, a diminuição dos honorários contratados em decor-
rência da solução do litígio por qualquer mecanismo adequado de solução extrajudicial.
§ 6º Deverá o advogado observar o valor mínimo da Tabela de Honorários instituída pelo
respectivo Conselho Seccional onde for realizado o serviço, inclusive aquele referente às
diligências, sob pena de caracterizar-se aviltamento de honorários.
§ 7º O advogado promoverá, preferentemente, de forma destacada a execução dos hono-
rários contratuais ou sucumbenciais.

Art. 49. Os honorários profissionais devem ser fixados com moderação, atendidos os
elementos seguintes:
I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade das questões versadas;
II - o trabalho e o tempo a ser empregados;
III - a possibilidade de ficar o advogado impedido de intervir em outros casos, ou de se
desavir com outros clientes ou terceiros;
IV - o valor da causa, a condição econômica do cliente e o proveito para este resultante
do serviço profissional;
V - o caráter da intervenção, conforme se trate de serviço a cliente eventual, frequente ou
constante;
VI - o lugar da prestação dos serviços, conforme se trate do domicílio do advogado ou de
outro;
VII - a competência do profissional;
VIII - a praxe do foro sobre trabalhos análogos.

Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessa-
riamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbên-
cia, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente.
§ 1º A participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida em caráter
excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfa-
zer o débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento contratual, tal
forma de pagamento.
§ 2º Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas,
os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os
requisitos da moderação e da razoabilidade.

Art. 51. Os honorários da sucumbência e os honorários contratuais, pertencendo ao ad-


vogado que houver atuado na causa, poderão ser por ele executados, assistindo-lhe direi-
to autônomo para promover a execução do capítulo da sentença que os estabelecer ou
para postular, quando for o caso, a expedição de precatório ou requisição de pequeno va-
lor em seu favor.

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§ 1º No caso de substabelecimento, a verba correspondente aos honorários da sucum-
bência será repartida entre o substabelecente e o substabelecido, proporcionalmente à
atuação de cada um no processo ou conforme haja sido entre eles ajustado.
§ 2º Quando for o caso, a Ordem dos Advogados do Brasil ou os seus Tribunais de Ética
e Disciplina poderão ser solicitados a indicar mediador que contribua no sentido de que a
distribuição dos honorários da sucumbência, entre advogados, se faça segundo o critério
estabelecido no § 1º.
§ 3º Nos processos disciplinares que envolverem divergência sobre a percepção de hono-
rários da sucumbência, entre advogados, deverá ser tentada a conciliação destes, preli-
minarmente, pelo relator.

Art. 52. O crédito por honorários advocatícios, seja do advogado autônomo, seja de soci-
edade de advogados, não autoriza o saque de duplicatas ou qualquer outro título de cré-
dito de natureza mercantil, podendo, apenas, ser emitida fatura, quando o cliente assim
pretender, com fundamento no contrato de prestação de serviços, a qual, porém, não po-
derá ser levada a protesto.
Parágrafo único. Pode, todavia, ser levado a protesto o cheque ou a nota promissória
emitido pelo cliente em favor do advogado, depois de frustrada a tentativa de recebimento
amigável.

Art. 53. É lícito ao advogado ou à sociedade de advogados empregar, para o recebimento


de honorários, sistema de cartão de crédito, mediante credenciamento junto a empresa
operadora do ramo.
Parágrafo único. Eventuais ajustes com a empresa operadora que impliquem pagamento
antecipado não afetarão a responsabilidade do advogado perante o cliente, em caso de
rescisão do contrato de prestação de serviços, devendo ser observadas as disposições
deste quanto à hipótese.

Art. 54. Havendo necessidade de promover arbitramento ou cobrança judicial de honorá-


rios, deve o advogado renunciar previamente ao mandato que recebera do cliente em dé-
bito.”

Pacto quota litis

Pacto ou cláusula quota litis é a participação do advogado no resultado ou ganho obtido na


causa. Paulo Lôbo lembra que o direito romano e as Ordenações Filipinas condenavam essa
forma de contratar (obra citada, p. 141). Com razão. Neste caso, o advogado se transforma em
“sócio” do cliente naquela demanda. O advogado, nesta situação, é “quase” parte...

Entretanto, o Código de Ética e Disciplina trouxe a possibilidade de ser feito esse pacto,
desde que estejam presentes as condições do art. 50 e seus parágrafos:
Art. 50. Na hipótese da adoção de cláusula quota litis, os honorários devem ser necessa-
riamente representados por pecúnia e, quando acrescidos dos honorários da sucumbên-
cia, não podem ser superiores às vantagens advindas a favor do cliente.
§ 1º A participação do advogado em bens particulares do cliente só é admitida em caráter
excepcional, quando esse, comprovadamente, não tiver condições pecuniárias de satisfa-
zer o débito de honorários e ajustar com o seu patrono, em instrumento contratual, tal
forma de pagamento.

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§ 2º Quando o objeto do serviço jurídico versar sobre prestações vencidas e vincendas,
os honorários advocatícios poderão incidir sobre o valor de umas e outras, atendidos os
requisitos da moderação e da razoabilidade.

De toda forma, apesar da permissão pelo Código de Ética, todo zelo deve ter o advogado
para que não incorra em infração disciplinar.
Formas judiciais de cobrança
Na hipótese de o constituinte faltar com a obrigação de pagar os honorários ao advogado,
este deve procurar ao máximo resolver a situação amigavelmente. Chegando ao ponto de não
haver mais solução pela forma preliminar, surge a necessidade de se buscar a via judicial. Para
isso, deve o advogado renunciar ao patrocínio da causa e constituir outro advogado para fazer
a cobrança, conforme dispõe o art. 54 do Novo Código de Ética e Disciplina.
O art. 24 do Estatuto determina que o contrato feito por escrito (contrato de honorários ad-
vocatícios) constitui título executivo. Desse modo, o advogado não precisará propor ação de
conhecimento. A cobrança será feita, neste caso, através da execução por quantia certa.
Já quando o advogado contrata de forma verbal, resta claro que não há o que executar,
ensejando, assim, uma ação de cobrança.
Quando for o caso de o advogado juntar aos autos o contrato de honorários advocatícios
antes da expedição do mandado de levantamento ou precatório, deve o juiz determinar que lhe
sejam pagos diretamente, deduzindo o valor respectivo da quantia a ser recebida pelo consti-
tuinte, a não ser que este comprove que já o pagou.
Os honorários incluídos na condenação, seja por arbitramento, seja por sucumbência, per-
tencem ao advogado, tendo o profissional direito autônomo de exigir o cumprimento da senten-
ça, podendo, ainda, solicitar ao juiz que o precatório seja expedido em seu nome, quando for o
caso.
O art. 24 do Estatuto enfatiza que a decisão judicial que fixar ou arbitrar honorários, bem
como o contrato feito por escrito, têm força de título executivo e constituem crédito privilegiado
na falência, concordata, concurso de credores, insolvência civil e liquidação extrajudicial.
Quando o advogado receber um substabelecimento com reserva de poderes, não poderá
cobrar os honorários respectivos sem a intervenção daquele que lhe substabeleceu (art. 26 do
EAOAB).

Prescrição (art. 25, EAOAB)

A ação de cobrança de honorários advocatícios prescreve em 5 (cinco) anos, que serão


contados a partir:
a) do vencimento do contrato, quando houver;
b) do trânsito em julgado da decisão que os fixar ou arbitrar;
c) da finalização do serviço extrajudicial (assessoria, consultoria e direção jurídicas; acom-
panhamento de inquérito policial);
d) da desistência ou transação;
e) da renúncia ou revogação de mandato.

Em 2009, foi acrescentado o art. 25-A, que também trouxe o prazo prescricional de 5 (cin-
co) anos para a ação de prestação de contas das quantias recebidas pelo advogado do seu
cliente, ou de terceiros por conta dele.

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