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Resumo
O Esse artigo tem como objetivo fazer uma relação entre o design e modelo de economia
colaborativa, permitindo ao designers e empresas entender como esse modelo alternativo de
negócio funciona e como ele afeta a sociedade amplamente, ao mesmo tempo que permita
compreender as possibilidades e as vantagens na atuação do designer no modelo da economia
colaborativa através do designer colaborativo.
Palavras-chave: Economia Colaborativa, Design, Design Colaborativo
Abstract
This article aims to make a relationship between the design and model of collaborative economy,
allowing designers and companies to understand how this alternative business model works and
how it affects society broadly, while understanding the possibilities and advantages in the
performance of the designer in the model of the collaborative economy through the collaborative
designer.
Keywords: Collaborative Economics, Design, Collaborative Design
1. INTRODUÇÃO
O design tem aplicação em quase tudo no mundo, ao se analisar um espaço é fácil perceber o
quão presente ele está. Todos nós compramos produtos, usamos serviços e vivemos experiências, e
de certo modo o bom design é o que nos impulsiona a fazer isso, pois ele agrega valor através da
valorização da funcionalidade e da estética (VIEIRA, 2004).
Quando se trata de negócios, a aplicação do design, dentro do plano estratégico pode ser
determinante para se alcançar resultado positivos, isso tudo graça as possibilidades que a metodologia
de design carrega.
O design é uma ferramenta imprescindível para empresas de todos os portes e segmentos.
Não é um “artigo de luxo” que só as grandes podem alcançar. É um investimento de ótimo
custo benefício que pode trazer resultados importantes para sua empresa em diversos níveis
(SEBRA RJ, 2016).
As empresas têm cada vez mais buscado centrarem suas estratégias no design e segundo
(STRAFACCI, 2018) isto tem relação com complexidade da tecnologia moderna e dos negócios
modernos. A preocupação já não está somente sobre o produto, mas também na experiência e fatores
intangível relacionados aos consumidor e isso é o reflexo das mudanças no panorama de consumo da
sociedade em geral. Os consumidores estão mais conscientes e estão mais preocupados com a forma
como eles interagem com os produtos e serviços (STRAFACCI, 2018). Com isso ferramentas como
o design thinking tem ganhado espaço, principalmente pela sua metodologia focada na empatia com
o usuário.
Essa preocupação com a experiência e os efeitos emocionais no usuário, tem direcionado o designer a
abordagens que explorem a interação e a forma como os consumidores se conectam e se relacionam entre si e
também com a empresa (STRAFACCI, 2018). Neste contexto o design passa atuar como intermediador,
viabilizando e estreitando essa conexão, seja por meios de novos modelos de negócios inovadores ou criativos.
3. A ECONOMIA COLABORATIVA
O termo economia colaborativa vem cada vez mais sendo falado e o seu significado tem cada
vez mais ganhado importância, apesar de ser um termo relativamente novo, com menos de uma
década, a economia colaborativa acontece desde muito tempo, como por exemplo, no aluguel de um
imóvel, na prática de dar carona entre outros, porém essa modalidade nunca foi tão relevante diante
do panorama da sociedade atual, segundo (SPADA, 2018) a economia colaborativa, surge a partir da
conscientização das emergências ambientais e socais, bem como a preocupação com o consumo
sustentável ou seja, os consumidores se tornaram mais atento aos seus modos de consumo e com a
procedência do que é consumido, ao mesmo tempo em que eles já não buscam ter bens, mas sim o
acesso a eles. O SEBRAE reforça essa a afirmativa apontando essa mudança na visão de consumo,
como impulsionador da economia colaborativa.
A economia colaborativa (compartilhada ou em rede, como também é conhecida) é um
movimento de concretização de uma nova percepção de mundo. Ela representa o
entendimento de que, diante de problemas sociais e ambientais que se agravam cada vez
mais, a divisão deve necessariamente substituir o acúmulo. Trata-se, assim, de uma força que
impacta a forma como vivemos e, principalmente, fazemos negócio (SEBRAE Nacional,
2018).
O mundo está cada vez mais digital e interconectado, a massificação da internet e as tecnologias
móveis se tornaram um dos principais aliados no consumo colaborativo. A internet tem mudado a
forma coma as pessoas lidam em sociedade e junto com a força da colaboração transformações
impactantes ocorreram no mundo e ainda vêm ocorrendo: a facilidade de compartilhar e adquirir
conhecimento, o surgimento de novas empresas e o fechamento de outras e até ditadores foram
removidos do poder, ressalta o (SEBRAE NACIONAL, 2018).
Portanto as possibilidades e benefícios trazidos por essa modalidade são diversas, desde a redução de
custos e maximização dos lucros, aprimoramento de um produto ou serviço, o estreitamento do relacionamento
com o cliente e a conexão de indivíduos com características interdisciplinares, são vantagens que têm atraído
cada vez mais pessoas para esse modelo de negócios. As grandes empresas também já perceberam a relevância
da economia colaborativa na sociedade e isso tem refletido cada vez mais nos engajamentos delas a esse novo
modelo, como é o caso da Uber, da Airbnb, o Kickstater, assim como a pequenos empreendedores inovadores
que buscam um diferencial ao ofertar seus produtos ou serviços, de modo que estejam alinhados com os novos
interesses e a visão do mercado.
4. DESIGN COLABORATIVO
5. CASES DE SUCESSO
Os resultados vindos através economia colaborativa tem sido positivo, refletindo em diversos
cases de sucessos como aponta o (SEBRAE NACIONAL, 2018). Como exemplos de cases de
sucessos no tange o design colaborativo, a empresa camiseteria se destaca pela forma como ela integra
com o consumidor no processo criativo dos seus produtos, e o escritório de design, Pentagram, pela
forma que ele atua abraçando a interdisciplinaridade dos seus colaboradores, para agregar valor e
abranger mais opções de soluções e serviços aos clientes.
Lançado pelo designer Rodrigo Davi e seu amigo Fabio Seixas em 2005, o site Camiseteria
(Figura 01), permitia que artistas, designers ou qualquer pessoa, criassem estampas de camisetas e as
submetesse a votação da comunidade durante determinado período, após o tempo de avaliação as
estampas mais votadas passavam a ser fabricadas e vendidas no marketplace do site, sendo os autores
recompensados com prêmios em dinheiro e uma porcentagem nos lucros das vendas (MELLO, 2008).
Com menos de 10 mil reais de investimento inicial, o Camiseteria em menos de três anos
chegou à fatura 137 mil reais por mês, como aponta (MELLO, 2008). Grande parte do sucesso da
plataforma vem da colaboração da comunidade, já que a empresa não conta com um designer ou
estilista, ficando esse papel a cargo dos próprios internautas que fornecem sua criatividade em troca
de remuneração financeira (Figura 02) e satisfação de ver seu trabalho sendo usados pelas pessoas
(MELLO, 2008). Esse modelo de negócio elimina os riscos de não vender determinado produto, além
de reduzir os gastos com pesquisas de mercado, de tendências e contratação de profissional para a
confecção das estampas, já que os próprios consumidores é quem decidem através da votação o que
é interessante para eles. Gerando benefícios não só para a plataforma, mas também para a
comunidade.
Atualmente o Camiseteria se uniu com ao site Moldura Pop, para aumentar sua opção de
produtos, oferecendo aos consumidores além de camisetas originais (Figura 03), pôster, molduras e
canvas personalizados, sendo em grande parte dos produtos dos seu catálogo originados dos
concursos promovidos pela plataforma.
O Estúdio de design Pentagram foi fundado em 1972 por Alan Fletcher, Theo Crosby, Colin
Forbes, Kenneth Grange e Mervyn Kurlansky em Needham Road, Oeste Londrino. Desde a sua
concepção, o estúdio se apoia na colaboração interdisciplinar entre diferentes profissionais no ramo
do design e arquitetura, para aumentar o seu leque de atuação a possibilidade eoferecer aos clientes
maiores opções de serviços (ABC DESIGN, 2010). O estúdio conta com profissionais renomados das
áreas do design gráfico, de produto, de interiores, arquitetura, web e mídias digitais. Os colaboradores
que trabalham nos escritórios do Pentagram têm a autonomia de usarem os recursos compartilhados,
seja eles físicos ou humanos, para trabalharem em projetos individuais, pessoais ou coletivos.
Atualmente o estúdio conta com o total de 23 colaboradores (Figura 04) espalhados pelos
escritórios de Londres, Nova York, San Francisco, Austin e Berlim (Figura 05) e é considerado o
maior estúdio de design do mundo, tendo realizado trabalhos para grandes e importantes parceiros,
com Nike, Tesco, Citibank e United Airlines e outros. O estúdio também já foi responsável por
projetos para o mercado brasileiro, como a criação do branding da marca Melissa em 2018 (Figura
06).
Figura 04 – Colaboradores do Estúdio Pentagram
Fonte: www.pentagram.com
6. Considerações finais
Obeservando os casos de sucessos dentro do modelo de economia colaraborativa, fica claro que esse
modelo de compartilhamento de recursos fisicos e intelectuais promove beneficios tanto para o profissional
ou empresa, quanto para o consumidor. As possibilidades gerada por esse modelo alternativo aliada as
facilidades trazidas com a internet e as tecnologias, tarna-o altamente atrativo e lucrativo. Porém devemos
sempre ter cautela para não distorcer os conceitos da economia colaborativa, que tem em seu pilar a
preocupação com os efeitos ambientais e sociais em detrimento do lucro.
A linha entre o colaborativismo e do coporativismo é tênue, tornando fácil para as empresas se perdere,
nesta questão como vem acontecendo com grandes serviços e produtos que nasceram a partir do conceito do
colaborativismo e atualmente tenderam ir para o lado do corporativismo, sendo assim as empresas passam
aumentar o controle e se tornam mais invasivas com seus colaboradores, passando para o mesmo a sensação
de ser um apenas um empregado do que ser um verdadeiro contribuidor no movimento da empresa. Portanto,
cabe aos novo empreendedores que buscam a economia colaborativa como diferencial, preservar as diretrizes
desse modelo com tantos potenciais, para que os consumidores e os colaboradores continuem a acreditar e a
apostar nos diferenciais da economia colaborativa e nos beneficios trazidos pela mesma.
.
7. Referências
MELLO, Bruno. Camiseteria subverte o mercado da moda e vende o que o consumidor quer.
2008. Disponível em: <https://www.mundodomarketing.com.br/cases/3532/camiseteria-subverte-o-
mercado-da-moda-e-vende-o-que-consumidor-quer.html>. Acesso em: 02 dez. 2018.
NACIONAL, Sebrae. Economia Colaborativa: a tendência que está mudando o mercado. 2018.
Disponível em: <http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/economia-colaborativa-a-
tendencia-que-esta-mudando-o-mercado,49115f4cc443b510VgnVCM1000004c00210aRCRD>.
Acesso em: 01 dez. 2018.
STRAFACCI, Gilberto. Design-Centric Enterprise: Organizações Centradas no Design. 2018.
Disponível em: <https://www.setecnet.com.br/home/design-centric-enterprise-organizacoes-
centradas-no-design/>. Acesso em: 01 dez. 2018.