Вы находитесь на странице: 1из 2

:,Èrla ; r: : .

Ì I
! t..1.. '
í.11;.::i:::- .....-i
absolutismo DD P161saÁ*t. ra

&* Absolutismo Essas discussões, apesar do confronco de


posições, reuelam algumas características
Regime político que caÍacterizou as essenciais do absolutismo: centralização do
monarquias da chamada Época Modertta, poder nas mãos de um monarcâ capaz de
entre os séculos XVI e XVII. Nessa nova equilibrar as disputas entre a nobreza e a
forma de organização inscitucional e iurídìca, burguesia, superar diversidades locais e

o rei foi colocado no centro da arena política, promoveÍ a unificação terricorial,


concentrando poderes amplos, â Pertir de um insticucional e administrativa com a criação
longo processo que levou à derrocada do de uma estrutuía burocratizada e
feudalismo e à diminuição do poder do hierarquizada. Tal modelo teve por base a
papado e do Santo Império Romano- monarquia francesa em set momento de
germânico, de origem medieval, na Europa auge: o reinado de Luís XIV (1641-17Í5)'
cristã. Mas, se o absolutismo pode ser cuja expressão "o Estado sou eu" (L'État c'est

considerado uma merca geral das monarquias rnol) resumiria a essência do regime
modernas, suas formas variaram rnuito no absolutista. A comparação com o modelo
temPo e no esPaço. francês acâbou norteândo a historiografia
A análise do significado histórico das dedicada ao absolutismo.
monarquias absolutistas esteve, duÍente Nessa perspectiva, o caso de Portugal é

muito tempo, atrelada ) discussão da preticamente ignorado pela historiografia


transição do feudalismo para o capicalismo, européia. Mas, segundo a rnaioria dos autores

pensados sempre a partir de seus asPectos poÍtugueses, só no século XVIII, durante o


econômicos e das relações do rei com os reinado de D. José I e sob a direção
diferentes grupos sociais envolvidos no centralizada do marquês de Pombal (1750-
processo de formação dos Estados Nacionais. 77), é possível falar em absolucismo
Marx consagrou a interpretação do Estado português. Na verdade, Portugal conheceria,
Moderno como capitalista, voltado para o então, o que ficou conhecido como absolutismo
fortalecimento da burguesia contra a nobreza ilustraào or despotismo esclarecido: tardio e

em fauor do poder real. Dentre os que se permeado por alguns princíPios do


filiaram à posição oposta, o historiador inglês Iluminismo, teria como principal novidade,
Perry Anderson sustentou que o Estado em relação ao absolutismo clássico, a

absolutista, para consolidar seu poder redefinição danatureza do poder do rei,


político e alargar domínios territoriais, transformado em primeiro e maiot "servidor
manteve e ampliou os privilégios da nobreza, do Estado"..Essa mudança no sentido da ação
caracterizando-se como um Estado feudal ou do monarca terminou por forcalecê-lo,
senhorial. Entre os.dois pó1os, historiadores fomentando a centralização política em todos
como Francisco Falcon sugerem que o os lugares que vieram a conhecer essa
Estado absolutista deve ser compreendido em combinação entre Ilustração e absolutismo.
sua dinâmica própria, não redutível quer eo Transformado em maior defensor da
feudalismo que lhe precedeu, queÍ ao "felicidade pública", o monarca ilustrado
capitalismo em gestação, configurando-se reinaria sem limites institucionais, em nome
como Estado típico da transição feudal- do que Pombal operou uma profunda
capitalista. transformação nas escrutuÍas econômicas,
!ç.1 iNx€b-= oo BRAsTL CoLoNrÁL LJ academias

políticas, religiosas e culturais do reino. padroado, reunindo o poder temporal e o


Procurou apuraÍ os mecanismos de controle petroneto das missões e instituições
do comércio; eliminou os poderes de eclesiásticas nos territórios do reino e de
nobiliarquias importantes como a de Aveiro e ultramar.
de Távora; expulsou os iesuítas de Portugal e Assim, pode-se analisar a conformação do
ultramar e enfraqueceu o Santo Ofício, sem absolutismo português em duas fases: uma
contudo aboli-lo, pondo em marcha diversas mais tradicional, marcada pelo padroado e
políticas de secularização do Estado. pelo poder jesuítico e inquisitorial, forjada
Mas limitar o absolutismo português ao no século X\4
cristalizada com D. João
e V
ãespotismo esclarecião alvez seja simplificar o (1706-5o); e outre, mais secularizada e
longo processo de centralização monárquica ilustraãa, que teve seu ponto máximo no
de Portugal. D. João V, por exemplo, reinado de D. José I. Este modelo de
empreendeu importantes mudanças fiscais e absolutismo, apesar dos recuos da Viraãeira,
administrativas nas relações entre a D. Maria 1 (1777-rU6), seria transferido à

metrópole e o Brasil, com o objetivo de América Portuguesa em I8o8 e legado ao


otimìzar o controle sobre o ouro e as pedras príncipe herdeiro, D. Pedro, futuro
preciosas encontradas em Minas desde fins irnperador do Brasil. (]H)
do século XVII. Antes disso, D. Pedro II,
seja como regente, seja como rci (t667-
I/06), esvaziou o poder danobreza 3* RtJe rênr ia s B ibl i ográJi ca s

portuguesâ, dividida desde o fim da União ANDERSON, P. Linbagens do Estaào absolutista.

Ibérica (r 58o-r640).Na verdade, Portugal Trad. São Paulo, Brasiliense, I985; BOXER, Ch.
restâuÍado manteve diversas instituições O império coloníal português (1969). Trad. Lisboa,
criadas no período filipino, fase de crescence Edições 70, r98r; FALCON, F.J. C.A época

burocratização do Estado, a exemplo do pombalina. São Paulo, Atica, 1982; FRANÇA, E.

Conselho da Índia, criado em 16o4, d'O. Portugal na época da Restauraçã.o, São Paulo,
transformado em Conselho ljltramarino em Hucitec, 1997; NOVAIS, Fernando.
1642. Apesar do surgimento de íocos de Portugal e Brasil na críse ào Antigo Sistema

poder locai, como em Vila Viçosa, onde se Colonial (t777-t8o8). São Paulo, Hucitec,

afirmou a dinastia restauradora dos r979.


Braganças, os Felipes legaram a Portugal os
instrumencos de uma política centralizadora
posteriormente adotada. Mesmo no século
XVI, a dinastia de Avis dera importantes 8a Academias
pâssos em direção ao fortalecimenro da
realeza, a exemplo da criação da Inquisição, Eram associações privadas, ou pacrocinadas
err' Í516, ou da incorporação dos territórios pelas monarquias, dedicadas ao cultivo das
das Ordens de Cristo e Santiago aos letras. das artes e das ciências, que se

domínios da Coroa, em 155o, consolidando multiplicaram por toda a Europa, em grande


o poder régio sobre mais da metade do número, nos tempos modernos, inclusive na
território lusitano. D. Manuel obteve pela América Portuguesa. Tomando como modelo
btsla Praecelsae devotionis, de I514, o poder do alguns exemplos da Antiguidade, os

Вам также может понравиться