Entender o funcionamento de um computador não é mistério para ninguém,
principalmente para os especialistas no assunto. Porém, tentar descobrir a razão de sua desenfreada evolução, pode ser considerado um fenômeno misterioso. Os fatalistas não vêem com bons olhos essa veloz alternância de capacidade dos computadores. Como sempre, já começam a imaginar a hipótese da máquina um dia dominar a raça humana. Seria, pois, a realização do conhecido chavão: “a criatura volta-se contra o criador”. Por outro lado, outros, os menos pessimistas, afirmam que o computador, por ser uma máquina burra, só atende aos comandos daquele que está à sua frente, nada mais. Não obstante tanta especulação sobre o futuro do computador, o certo é que essa máquina vai se aperfeiçoando mais rápido do que se previu, uma vez que estaria acontecendo uma espécie de “retroalimentação”, ou seja, os novos atributos que são introduzidos ao computador surgem graças justamente ao seu aprimoramento. Pura reação em cadeia. Resta saber se vai haver limite para tudo isso. A capacidade ficou ainda mais ilimitada por causa do advento da nanotecnologia. Graças a esta nova técnica, o computador já poderia caber num alfinete ou em espaço ainda mais microscópico. Em outras palavras, essa corrida sem planejamento já causa preocupação até aos idealizadores. Eles sabem que se a capacidade de criação não tem mais limites, isso se dá justamente devido ao surgimento do computador. A robótica, por exemplo, segundo asseveram os futurólogos, seria o caminho mais curto para a manifestação do computador em termos práticos, quer dizer, para ele agir mais efetivamente contra ou a favor de quem criou. Como se não bastasse, a genética caminha paralelamente à evolução da informática. É neste momento que se tem início a outro vaticínio, o que vai acontecer quando essas duas vertentes se fundirem? Funções orgânicas próprias do ser humano sendo “imitadas” pelo computador? Seria então este o meio dele começar a “pensar” e agir sem precisar da intervenção humana? Sinapses cerebrais sendo replicadas no interior de uma máquina? Poderia ser este o único resultado da união da robótica, genética e nanotecnologia? O mistério se intensifica quando este cenário é visualizado: computadores conscientes manipulando os humanos através de “implantes” inteligentes ou mesmo à distância após dominar a técnica do eletromagnetismo, isto é, ao controlar o éter, essas máquinas captariam ondas mentais, reprogramando-as ao seu desejo. Pode ser que essas sombrias perspectivas nem se realizem. Afinal, é curioso observar que os mal-intencionados – os chamados “hackers”, ou piratas cibernéticos - ainda não conseguiram o domínio total. Tanto é que apesar de suas invasões, e de tantos vírus espalhados, não se ouviu falar de uma tragédia de proporções mundiais. O “bug do milênio”, por exemplo, foi um alarme falso. É o caso de perguntar por que uma bomba atômica, arma química ou biológica, jamais caíram em mãos erradas ou, se isto aconteceu, como o mundo continua “vivo”? Deduz-se, então, que haveria um controle planetário além da compreensão da humanidade? Algo semelhante a um “governo oculto”? Tragédias naturais e não- naturais acontecem desde que o homem passou a ficar mais consciente de suas ações, mas apesar disso, a Terra continua incólume. Poderia ser esta uma premissa de que o ser humano pode ter esperança num futuro menos sinistro? O certo, no mais, é que o homem, sendo ou não governado por entidades ocultas, deve se prevenir, evitando dar um passo maior do que a perna. É o caso de complementar que o homem deve, sim, querer enxergar longe. Antes disso, porém, deve planejar o alcance dessa visão, procurando se prevenir para evitar os percalços que, absolutamente irão atravancar sua caminhada. O avanço do computador é ponto pacífico, mas seus inventores devem começar a pensar em como refrear este ímpeto, imaginando possíveis antídotos para os eventuais e iminentes desvios de roteiro. Caso contrário, o filme “Matrix” deixará de se tornar um obra de ficção.