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íNDICE

SITUAÇÃO GEOGRÁFICA
Mapa-Múnd i 05 Planta da vila de Santos em 1822 30
Apresentação 06 Planta de Santos em 1878 31
Localização do município no Brasil 07 Centro de Santos - 2007 32
Demografia no Estado de São Paulo 08 Patrimônio histórico-cultural 33
Limites municipais 09 Expansão urbana 34
Região Metropolitana da Baixada Santista 10 Crescimento demográfico 35
Divisão geográfica de Santos 11 Antigos distritos do município de Santos 36

GEOGRAFIA FíSICA GEOGRAFIA HUMANA


Relevo e hipsometria 12 Abairramento 37
Compartimentos geológicos do Estado de São Paulo 14 Planta de zoneamento do município de Santos 38
Geologia 15 Uso e ocupação do solo 40
Solo 16 Econom ia 41
Tipos de vegetação do Estado de São Paulo 17 Porto de Santos 43
Mata Atlântica 18 Inclusão social 44
Vegetação original do município de Santos 18 Qualidade de vida e meio ambiente 45
Aspectos da cobertura vegetal de Santos 19 Áreas protegidas 46
Clima 20 Canais de Santos 47
Hidrografia 22 Turismo 48
Jardim da praia 50 .. _,.~

ASPECTOS HISTÓRICOS Praças de Santos 52


Sistema viário 54
índios e sambaquis 26 Aspectos gerais da população 55
O surgimento da vila de Santos 27
Sítios históricos 28
Planta da vila de Santos em 1798 29 Bibliografia 56

4
LOCALIZAÇÃO DO
REGIÃO SUDESTE
MUNiCíPIO DE SANTOS
~ SÃO PAULO
N
\~~ IMGI MINAS GERAIS

~
~c-J~\~ ~
.
~ RR~Z~
D~
AP] DO BRASil
REPÚBLICA FEDERATIVA
I ES I ESPÍRITO SANTO

(;; AM I PA ~ M~~M
I RJ I RIO DE JANEIRO

_
DIVISAO CULTURAL
~{-~--
DO CONTINENTE AMERICANO
MT

TO If
....,-/ BA

Pl yPE;:'

q
\..(

G SANTOS
Coordenadas Geográficas 9 - RIBEIRÃO PRETO
SAN.TOS l-SÃO PAULO 5 - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS lO-BAURU
do município de SANTOS 2-IGUAPE 6-CAMPINAS 11 - SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Lat. 23° 56' 35" S 3-ILHABELA 7 - PlRAClCABA 12 - ARAÇATUBA
4- SOROCABA 8 - PARANAPANEMA 13 - PRESIDENTE PRUDENTE
Long. 46° 19' 56" O

7
-
SAO PAULO Jales
São José do Rio Preto

DEMOGRAFIA o L

Araçatuba 5
--'" -------------
Franca
Ribeirão Preto

uljj]~

~~(@

Presidente Prudente
Piracicaba
~ --,-'---
/'/' Campinas

-"--
/
/'~ ~~~~<:!.?s Campos

'>

Marília .--/',/
Bauru

[] Abaixo de 25.000 habitantes


[pl[Rl

Entre 25.000 e 50.000 habitantes


D Entre

Entre
50.000

100,000
e 100.000

e 300,000
habitantes

habitantes São Paulo


OCEANO

•• Entre

Entre

Acima de
300.000

500.000
1.000.000
e

e
500,000

1.000,000
habitantes

de habitantes

de habitantes
Registro
Iguape

o
ATLÂNTICO

50
t=---t---t--z:j
100 150

Km
(Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE)

8
REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA
E CIDADES LIMíTROFES AO MUNiCíPIO DE SANTOS
N

DIVISÃO REGIONAL
DO ESTADO DE SÃO PAULO
RM - Região Metropolitana de São Paulo Municípios da Baixada Santista
RA 1 - Região Administrativa de Registro 1 - Peruíbe
RM 2 - Região Metropolitana da Baixada Santista
2 -Itanhaém
RA 3 - Região Administrativa de São José dos Campos
RA 4 - Região Administrativa de Sorocaba 3 - Mongaguá-
RA 5 - Região Administrativa de Campinas 4 - Praia Grande
RA 6 - Região Administrativa de Ribeirão Preto 5 - São Vicente
RA 7 - Região Administrativa de Bauru
RA 8 - Região Administrativa de São José do Rio Preto 6 - Cubalão
CIDADES
RA 9 - Região Administrativa de Araçatuba L1MiTROFES 7 -SANTOS
RA 10 - Região Administrativa de Presidente Prudente
RA 11 - Região Administrativa de Marília 8 - Guarujá
RA 12 - Região Administrativa Central OCEANO 9 - Bertioga
RA 13 - Região Administrativa de Barretos
RA 14 - Região Administrativa de Franca Municipios limilrofes a Santos
localizados na ~\M de São Paulo
ATLÂNTICO
10 - Mogi das Cruzes
sem escala 11 - Santo André

9
I" ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS

REGIÃO METROPOLITANA DA BAIXADA SANTISTA


A Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS)
foi criada pela Lei Complementar Estadual nO815,
de 30 de julho de 1996, durante a gestão do então
governador Mário Covas.

DADOS GERAIS DA RMBS:

ÁREA: 2.373 km2


POPULAÇÃO: 1.625.115 habitantes
DENSIDADE DEMOGRÁFICA: 684,83 hab/km2
CRESCIMENTO DEMOGRÁFICO: 1,97%
PIB PER CAPITA: R$ 14.372,52
N
~

ÁREA POF'ULACIONAl
ANALFABETISMO
IDHM(3)
CRESCIMENTO
315
684,84
RSR$
R$ 8,26%
habfkm'
85.438
8,45%
6,49%
1.567,03
188,13
147
792,49
117.289
,05
17.85
320.383
232.225
23,86
296.368
424.665
61.705
24,28
92,36
RS 5.009,35
RS6.561,81
R$5.363,95
42.525
44.517
20,34
2.194,40
1.601,55
7,36%
3,56%
14,49 482
hablkm~
2,321'0
271
hoblkm'
hablkm'
hablkm~'
146
145
1,11%
0,783
13.173,43
16,09
17,72
8,19%
8,62%
7.065,05
5.173,95
6,31%
19,21 0,792
0,788
0,779
0,796
hablkm'
135
1,64%
3,57%
0,798
hoblkm
0,772
137
4,03%
328
0,32%
MORTAliDADE
24,43 148
hob/km'
5.195,82
581
3.785,37
68.834,99
0,871
9,06% 3,79%
8,38%
PIB
DENSIDADE
SANTOS
POPULAçÃO ANUAl -- Fonte: FundaçAo Sistema Estadual de Análise de Dados ~ SEAOE. 2004 e 2005

(3) ·Indice
INFANTIL",
PERCAPITA<2)
DEMOGRÁFICA
de Desenvolvimento PRAIA Municipal,
Humano GRANDE I2000.
(2) ~Valor do Produto Interno Bruto do municlpio, dividido pelo número de habitantes.

10
II
ATLAS GEOGRAFICO E HISTÓRICO DO MUNIClplO DE SANTOS 11\II1

DIVISÃO GEOGRÁFICA
o município de Santos possui dois sítios geográficos bastante definidos, separados pelo Estuário de Santos: a área
insular ao sul do município, na porção leste da Ilha de São Vicente e a área continental ao norte da ilha.
Observando a paisagem de cada área podemos fazer a seguinte divisão geográfica:

ZONA
LESTE
o VERTENTE
PORTO
Área bastante diversificada, além das atividades portuárias possui comércio
que atende boa parte da Baixada Santista, com presença de residências
de média para baixa renda em direção ao porto e ao Centro.

o VERTENTE
PRAIA
Predominantemente residencial, de média para alta renda, com
atividade comercial local e para atendimento ao turista, bem
como centros de entretenimento e comércio, .além da praia.

ZONA
NOROESTE
o RESIDENCIAL
Residências de baixa para média renda e comércio
local. Área sujeita a enchentes e com carência de
equipamentos de cultura e lazer.

Intensa atividade portuária e retroportuária em


conflito com moradias de baixa renda, com
• INDUSTRIAL notáveis carências sociais.

ZONA DOS
MORROS o Misto residencial, com predominância de moradias de baixa renda
e áreas de Mata Atlântica de encosta. Possui incípíente comércio
local e convive com áreas de risco de escorregamento de terra.

PLANíCIE
o Área de exploração econômica (mineração e portuária)
em conflito com áreas de preservação ambiental (mangues).


CONTINENTAL Incipiente atividade rural e núcleos isolados de habitação de
baixa renda. N

o L
SERRANIA
CONTINENTAL
acesso.de proteção ambiental tombadas
Áreas e protegidas por órgãos públicos ~.~ _ '"
o ----.........
O 1 2 3
1 Área Continental
Km
Área Insular
ambientais e culturais. Apresenta floresta de encosta integra e de difícil ~

, "
II 11
ATLAS GEOGRAFICO f. H!STÚmCO 00 MUNICIPIO DE SANTOS

RELEVO

No município de Santos são observadas três formas de relevo importantes:


HIPSOMETRIA
Escarpa da Serra do Mar: ao norte do município (área continental) eleva-se uma grande
barreira natural representada pela escarpa (terreno íngreme) do Planalto Atlântico, com alti-
tude máxima de 1.182 metros, com esporões (morros unidos a escarpas da Serra do Mar)
no sentido NE-SO denominados Serra do Morrão (divisa com o município de Cubatão), Serra
do Quilombo/Morro das Neves, Morro do Gabriel e outros menores (sentido N-S) entre o Rio N
Trindade e o bairro do Caruara.

Morros isolados: são elevações "desprendidas" do escudo atlântico (diretamente da


escarpa da Serra do Mar). No município de Santos temos o maciço de São Vicente, no centro
t
da ilha do mesmo nome, a oeste da parte insular de Santos, e os morros continentais, como
o Cabrão, da Guarapá e Caité ou Caetê.

Planície costeira: subdividida em planície de inundação e planície arenosa ou de


restinga. A primeira trata-se de baixios inundados conforme o ciclo das marés, formando os
manguezais nivelados ao mar. A segunda é basicamente a planície insular ocupada pela malha
urbana, com 2 metros de altitude, limitada pela praia ao sul, a zona portuária ao norte e a
leste e o maciço de São Vicente a oeste.

N RELEVO
PAULISTA
~ Ví..'(

\
ALTIMETRIA

Om
5m
40m
160 m
280m
~ 400m
520 m

o Planície Litorânea
640 m
760m
880 m
• Planalto Atiântico 1000m
1120m
l!lliIiJ Depressão Periférica o 1 2 > 1120 m
" SANTOS 2 -
Km
O Cuesta Basáltíca

O Planalto da Bacia do Paraná


o 50 100 150
~ Município de Santos '--_.'._-1'.'._-'. --)"--, .. _--..,
Km

12

J
PRINCIPAIS ELEVAÇÕES 1''-7,\
(·L c~<'t SERRA DO MAR
_

1 - Serra do Morrão
-.J. . )!~';'?> Forma de relevo que separa a Planície Costeira do Planalto Atlân-
2 - Morro das Neves

3 - Serra do QuilOmb?
4 - Morro da Guarapa
1182 /...~.
/ •.••.•....
;
i.i)
I e •

tico, formada por uma grande falha geológica (um verdadeiro degrau
que separa os dois sistemas geomorfológicos), recoberta pela Mata
Atlântica (floresta úmida de encosta) e estende-se desde a Região Sul
até o Espírito Santo.
5 - Morro
6 da Gabriel
do Diana / ~/!. !i'~ " ~.' A Serra do Mar também exerce forte influência no clima litorâneo

)<
através da sua altitude, que impede parte da umidade oriunda do Ocea-
8 - Morro Cabeça .de Negro 'I ' .\. •..., )
no Atlântico de passar para o interior. Essa condição torna o litoral mais
9 - Morro do Caetei: .:-:/ chuvoso, pois boa parte da umidade anteparada pela serra precipita-
7 - Monte Cabrão ":'ij;~
se sobre a zona costeira. Este fenômeno é chamado de chuva orográfica
(Mo. da Palmeira e Mo. do palema). " . __/'; ."">,,, '.' ..
10
11 -- Morro
Morros dadElBoa Vista (..
Santos • ri /. '3 '.. "r'i!' l ....
r?' .. /~ ou chuva de relevo, ou, ainda, chuva de montanha.

(Maciço de Sao Vlcente) I // SERRADOMAJ{j ;1:\


De grande valor ecológico, paisagístico, histórico e turístico, a Serra
do Mar, na região, também é responsável pelo abastecimento de água
1 (/ " '. da Baixada Santista. Por isso e por sua biodiversidade, ela deve ser ob-
; ,?'i ""i~
ii" •.•....••. ~

/ < jeto de proteção ambiental, pois representa garantia de qualidade de


vida para as futuras gerações.
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O Decreto Estadual nº 10.251, de 30/8/77, que cria o Parque Esta-
dual da Serra do Mar (PESM), no Estado de São Paulo, é um dos ins-
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DE SANTOS ~s

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Serras e morros
Planície litorânea 1000 m PLANíCIE LITORÂNEA
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MAR
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~ em metros
MORROS ISOLADOS /\ \ PRAIA
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I ÁREA CONTINENTAL
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ESTUÁRIO
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2
Pré-Cambriano
Paleozóica - Carbonífero
Paleozóica - Permiano
Mesozóica - Triássico
Mesozóica - Jurássico
Mesozóica - Cretáceo
Cenozóica - Terciário
Cenozóica - Quaternário
Rochas efusivas basálticas
~ Frente de Cuesta
---",.--I Falha tectônica basculada
o 50 100 150
~ Município de Santos : ! ! -I
~ Km

14
ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO 00 MUNiCíPIO DE SANTOS

GEOLOGIA TRANSGRESSÕES MARINHAS

É a ciência que estuda a formação da Terra, a estrutura da crosta terrestre (Iitosfera), a sedimenta- 085: O nlvel do mar na Baixada Santisla pode ler
se elevado até 10 melros em relação ao
ção de terrenos, o formato externo e as diferentes fases da história física da Terra. nível atual.

Através da geologia pode-se afirmar que o relevo e o solo do município de Santos foram formados
por três eventos geológicos plenamente ativos, ou seja, a dinâmica geológica que construiu as feições do
Planalto Atlântico
terreno ainda continua lentamente a modificar a paisagem.
_ Escarpa maritima e coluvios (Serra do Mar)
Orogênese: é o surgimento da serrania costeira (Serra do Mar e morros isolados) através da eleva- _ Antigas ilhas costeiras

ção do imenso escudo cristalino (bloco de rocha representado pelo Planalto Atlântico, constituído por ro- Oceano Atlântico há 8,000 anos A.P.lttnloalloprtsent~)

chas gnáissicas com inclusões de xistos, ambas rochas metamórficas, consideradas uma das composições
"

geológicas mais antigas do mundo - Pré-Cambriano). Essa elevação gradativa vem ocorrendo desde o j f'"
LIMITES MUNICIPAIS

Período Cretáceo, a partir de uma falha geológica (fratura) que liberou o escudo às forças internas do manto, ., '1I 2 1 - Cubatào
2 - Santos

elevando dia após dia o Planalto Atlântico. í ' 4 3- Guarujá


4 - São Vicente
"5 5 - Praia Grande N
Transgressões e regressões marinhas: é a formação das baixadas litorâneas por acúmulos de
sedimentos marinhos, formando solos predominantemente arenosos. No Quaternário houve quatro trans-
gressões marinhas (invasão das águas oceânicas) alcançando o sopé da Serra do Mar. Durante esses 1__ K;-----:d
O-*L
S

eventos muita areia foi depositada gradativamente até se formar a planície costeira, onde repousa prati-
camente toda a cidade de Santos.
Erosão e deposição de sedimentos: com o processo erosivo, o material retirado das encostas da Outra teoria para explicar as transgressões ocorridas no Quaternário é o
Serra do Mar formou vales aluviais (exemplos: vale do Rio Quilombo e Jurubatuba) e colúvios, sendo que degelo do período interglacial, oU seja, entre as glaciações, causando acentua-
parte do material foi depositada no sopé e parte foi cedida para a formação dos manguezais, que tam- do aumento do nível do mar, invadindo a parte mais baixa do continente, a zona
bém receberam contribuição importante de sedimentos marinhos com o incessante ciclo das marés. costeira.
Portanto, deve ficar claro que existem duas teorias para explicar as trans-
gressões marinhas:
se~!Y\_l?O"~Af! ////// 1 • ERA MESOZOICA
,,=~r.m&":·

/f;//~/ ;,;:f.a::2-:[,(.,~/
-:/.~;N~-'.''t/''1''J.'J;>~'?ff~ 1 - O peso do gelo sobre o continente durante uma glaciação afundaria o
FA~ GEOL6GICA
ROCHA MATRIZ continente, permitindo que a água oceânica invadisse o terreno lito-
(ESCUDO CRISTALINO) ~~~I

râneo, conforme representado na figura ao lado.


"El.Alõ FOItÇA,S mTENNAS 0.0.
Tl!RRA (TECTONISMOI ROCHA MATRIZ
\ 1OI0VI/.lf!NTO TECTONICO CAUSAOO

't~~ 2 - Uma segunda hipótese é que as invasões das águas marinhas ocorre-
ram entre as glaciações (interglaciações), quando o degelo provocaria
a· PERloDO QUATERNÁRIO o aumento do nível do mar. Algo muito semelhante às conseqüência~_
•••••••••••~, ••••'i<, __ ._ ••• _

do Efeito Estufa, porém, este, causado pela ação do homem .


~
o PESO 00 GELO "AI~UNOARIA" o
CONTINENTE ALGUNS METROS Glaciação é um fenômeno climático natural e, ao que tudo indica, cíclico,
PERMITINDO A INVASAo 00 OCEANO
NA ZONA COSTEIRA, CONHECIDAS
COMO TRANSGRESSOes MARINHAS pois existem vestígios de diversas ocorrências em todo planeta Terra, deixa-
dos pelo efeito erosivo das geleiras. Trata-se do resfriamento atmosférico se-
guido do congelamento excessivo dos pólos. Durante as glaciações, grande
parte da água precipitada no planeta era em forma de neve, o que acumulou
grande quantidade de gelo sobre os continentes e congelou grandes porções
~t
~Tl-.
~~\:.S2~ _
PlANALTO ATLÂNTICO
dos oceanos. A Era Cenozóica fica conhecida como a Era do Gelo ou Glacial,

CONTINENTE
PLANtei!! COSTEIRA
1~ quando o Período Quaternário registrou o maior número de glaciações (qua-
tro). Desde o final do período Terciário esse fenômeno assola o planeta.
---------_._._---_._. ----_._~------_._._-_._----_.-
15
I
SOLO

Compõem o município de Santos os seguintes tipos de solos:


Regolito: rocha que sofreu decomposição, comum devido às intempéries tropicais,
gerando sedimentos que repousam sobre a mesma (solo cru). Este solo "recém-formado"
é desprovido de uso agrícola, ou seja, não foi utilizado ainda para este fim. Encontra-
se predominantemente sobre morros e serras.
Coluvial e aluvial: solo formado por sedimentos transportados das encostas de N

t
morros e serras (solo coluvial), ou depositado no passado pelos rios de planalto (solo
aluvial). São encontrados terrenos aluviais nos vales dos rios Ouilombo e Jurubatuba, bem
como depósitos coluviais em todo o sopé da Serra do Mar (ver figura abaixo).
lodo: conhecido também como vasa ou lama. Corresponde a depósito de sedi-
mentos muito finos, acarretando solo instável, pouco compacto. Encontra-se em planí-
cies inundáveis, entre o nível do mar e a "terra firme", por isso, é sujeito a inundações
durante as marés cheias, agregando alto teor salino ao solo. Devido ao grande acúmulo
de matéria orgânica, possui coloração escura e por vezes emana odor fétido, proveniente
do gás sulfídrico gerado no processo de decomposição orgânica (restos de plantas e
animais - crustáceos e outros).
Arenoso: solo de origem marinha, depositado durante as últimas quatro invasões
oceânicas (transgressões marinhas ocorridas no último milhão de anos - Período
Ouaternário), mais precisamente durante o Pleistoceno. Trata-se basicamente de solo
arenoso igual ao que encontramos na faixa de areia da praia.

PERFIL ESQUEMÁTICO DA ESTRUTURA PEDOLÓGICA


DOS MORROS E SERRAS DE SANTOS

SOLO CRU (REGOLITO).


,..- CON~IECIOO Tf..MelÕM COMO
,/ MANTO OE INTEMPERlSMQ
~.
/'
SOlO E FRAGMENTOS DE
ROCNASDECOMPOSTAS
PELO INTEMPERlSf.lO

ROCHAS BASTANTE
FRATURADAS EM FASE
INICIAL DE DECOMPOSIÇAO

MANTO DE INTEMPERISMO OU REGOLlTO


~
CI COLUVIAL E ALUVIAL

CI LODOSO E SALINO

CI ARENOSO DE ORIGEM MARINHA

o 1 2 3
Km

16
II
ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS _I

TIPOS DE VEGETAÇÃO NO ESTADO DE SÃO PAULO

O Estado de São Paulo estava recoberto em


quase sua totalidade pela Mata Atlântica, floresta tro-
pical úmida considerada um dos maiores patrimô- N VEGETAÇÃO
nios nacionais em virtude de sua importância
ambiental e social. ORIGINAL
Com exceção do cerrado (savana brasileira), as ~
outras vegetações Iistadas a seguir compõem o
bioma Mata Atlântica.

Savana: vegetação comumente chamada no


Brasil de cerrado, composta de árvores e arbustos
ressequidos associados a uma vegetação baixa e in-
ferior (gramíneas). As espécies arbustivas possuem
troncos retorcidos, caule grosso e casca espessa. A
paisagem vegetal "aberta" facilita a locomoção en-
tre seus componentes vegetais e rasteiros, permitin- ~
do a prática da pecuária extensiva.
Floresta Estacional Semidecidual: floresta
o Savana

tropical com características peculiares causadas pela Área de tensão ecológica


forte influência do regime pluvial, ou seja, sujeita a
duas estações (uma chuvosa e outra seca), permite
existência de algumas espécies mais resistentes ao
período de secas. Parte da vegetação perde as fo-
lhas durante este período.
• Floresta estaciona I semidecidual

Floresta ombrófila densa

Floresta ombrófila mista


Floresta Ombrófila Densa: conhecida também
por Floresta latifoliada tropical úmida de encosta (re-
D Vegetação litorânea

cebe chuva o ano inteiro), é a vegetação que mais o 50 100-' 150


~ Município de Santos , ! ! j
caracteriza a Mata Atlântica. Trata-se de um ecos- Km
sistema exuberante, de vegetação densa e rica
biodiversidade. Sua existência tem-se relacionado ao
relevo e à umidade proveniente do Oceano Atlântico ..

Floresta Ombrófila Mista: tem características semelhantes às da Floresta Ombrófila Densa, porém, neste caso, com a influência do clima subtropical oriunda do Sul do País verifica-
se a presença de araucárias típicas da mata dos Pinhais, concentrada sobremaneira no Estado do Paraná.

Vegetação litorânea: composta por mangues e restingas. O mangue, vegetação típica dos litorais tropicais, desenvolve-se sobre terreno lodoso em áreas de inundação cíclica das
marés. São vegetais halófitos (de ambiente salino). A mata de restinga ocorre na planície costeira em terreno arenoso, iniciando na praia e dunas (vegetação rasteira e arbustiva) e adentrando
a planície, onde se formam grandes florestas de restingas. Ambos (mangue e restinga) compõem o bioma Mata Atlântica.

Área de Tensão Ecológica: área de encontro entre dois tipos de vegetação convivendo no mesmo espaço. Este fato dificulta sua classificação, pois verifica-se a existência de espé-
r.ies de dois ecossistemas ou mais, ou até espécies endêmicas. Podem também ser chamadas de áreas de transição ou ecótonos.

17
~_ ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS

MATA ATLÂNTICA
VEGETAÇÃO ORIGINAL
Santos está sob o domínio da Mata Atlântica, que pode ser
classificada como floresta tropical sempre verde, floresta úmida
ou simplesmente como floresta tropical. O município se caracte-
riza por dois ecossistemas predominantes: o mangue e a flores-
ta densa tropical úmida de encostas (Floresta Ombrófila Densa).
Ambas integram o bioma Mata Atlântica, apresentando uma das N

t
maiores biodiversidades de espécies da fauna e flora do plane-
ta. A grande quantidade de epífitas, lianas e palmeiras é carac-
terística marcante de uma floresta tropical. É classificada como
floresta higrófila, latifoliada, perene, densa e rica em espécie.
Possui mais de 40% da biodiversidade geral da Terra e mais
de 20% de suas plantas e animais são endêmicos (que só exis-
tem na Mata Atlântica e em nenhum outro lugar do mundo). En-
contra-se extremamente ameaçada. Em 1500, a Mata Atlântica se
estendia por 15 Estados e possuía mais de 1 milhão de km2, cer-
ca de 15% da área do País. No Estado de São Paulo mais de 80%
do território era recoberto por ela. Séculos de exploração madei-
reira, avanço agrícola e crescimento urbano destruíram mais de
90% da mata original.
Acompanha toda a linha costeira oriental brasileira, ou seja,
voltada para o Oceano Atlântico. Este último é responsável pela
umidade necessária, através da chuva orográfica, suficiente para
a manutenção da vida tropical.
É justamente na faixa litorânea de Mata Atlântica que 60%

da população brasileira habita (o Brasil possui cerca de 170 mi-


lhões de habitantes), o que a torna uma das mais ameaçadas,
devido à crescente pressão de ocupação nos centros urbanos am-
plamente concentrados no litoral.
A maior parte do que restou permanece em serras inacessí-
veis ou em solos inaptos à agricultura. No Estado de São Paulo con-
centra-se na Serra do Mar, no vale Ribeira de Iguape e em

D
~ MATA ÚMIDA DE ENCOSTA
pequenos remanescentes no interior paulista.
Até pouco tempo, a Mata Atlântica no Estado de São Paulo MATA DE TRANSiÇÃO RESTINGA-ENCOSTA
não ultrapassava 5% do território, porém, nos últimos anos obser-

D
~MANGUE
vou-se a expansão da cobertura vegetal original movida por leis
ambientais mais rígidas e pela conscientização da população e dos FLORESTA DE RESTINGA
meios produtivos.
o 1 2 3
i
Km

-I
ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNICíPIO DE SANTOS _;

ASPECTOS DA COBERTURA VEGETAL DE SANTOS No município, podemos observá-Ia nos morros de Santos - Insular, nos morros isola-
dos da área continental e na íngreme escarpa da Serra do Mar.

Floresta de Encosta: a Mata Atlântica de Encosta é responsável pelo equilíbrio hídrico Manguezal: considerado o "Berçário do Atlântico", é um dos ecossistemas de maior
e climático da região, além da estabilização das encostas, pois suas raízes funcionam como produtividade, em ambiente de intensa deposição de sedimentos, ou seja, onde a velocidade
fixadoras do solo assentado sobre rocha cristalina íngreme, bem como no controle da água das correntes é reduzida, favorecendo o aumento da concentração de detritos orgânicos e
pluvial em direção aos córregos e rios. Sem as raízes, o poder erosivo das chuvas provocaria sedimentos oriundos do planalto e da Serra do Mar. Localizados na planície de inundação,
constantes escorregamentos, que já ocorrem naturalmente. Estes escorregamentos de terra sobre influência da água salobra (água de salinidade inferior à das águas oceânicas) e semi-
aumentam a ocorrência de inundações devido ao assoreamento, responsável pela diminuição abrigados da ação das ondas, os manguezais de Santos são banhados pelo Canal do Estuá-
da profundidade dos rios, bem como pela redução do calado do Estuário de Santos. rio. Regidos pelo ciclo das marés e pela descarga constante dos rios, ainda funcionam como
As árvores formam um dossel fechado de 20 metros de altura, chegando algumas emer- absorventes de água, evitando inundações.
gentes aos 30 metros. Sua folhagem espessa protege o solo do impacto direto da chuva, Além disso, muitas espécies de peixes têm sua vida inicial neste ambiente, como a tainha,
inibindo o processo erosivo, além de propiciar uma vasta área coberta abrigada do sol, ame- além de abrigar fauna diversificada (aves, ostras, mariscos, caranguejos etc.) e o famoso guará-
nizando bastante a temperatura da região. vermelho, ave migratória que habita os manguezais da região.
Na parte insular de Santos o manguezal resume-se praticamente ao Rio Saboó, enquanto
a porção continental mantém boa parte dos seus mangues principalmente no Canal de
Bertioga, o trecho final dos rios oriundos da Serra do Mar, na Ilha dos Bagres e em boa parte
da Ilha Barnabé.

Mata de Restinga: era aquela que se podia encontrar ao longo das praias de Santos
e no interior da parte insular de Santos. Foi totalmente suprimida pela expansão urbana
da ilha. Esta vegetação desenvolvia-se em solo arenoso, ora em área seca, ora em locais
úmidos, e sua fisionomia variava de acordo com as características do solo e umidade do

I~ MATA ÚMIDA mesmo, que ia desde plantas rasteiras e arbustos (nas dunas praianas, o jundú) até altas
DE ENCOSTA florestas com copas de 10 a 15 metros (áreas secas no interior da ilha, na Floresta de
-t-
Restinga, e nas áreas úmidas, na floresta paludosa).
X -t--t-
I DO-t- MAR xx -t- -t-
-t- -t-
I-

FLORESTA DE TRANSiÇÃO
RESTINGA·ENCOSTA
FLORESTA
DE RESTINGA
MANGUE MANGUE
1- -t- x CANAL
x x DO
-t- x -t- x
x x ESTUÁRIO
x x -t- -t- x
x -t- x>< ><
><

ROCHA MATRIZ 1- x
PLANíCIE
.,., x
-t- DE
><
x
>< 1- -t- INUNDAÇÃO
1_ ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNiCípIO DE SANTOS

CLIMA
MÉDIA MENSAL DO CLIMA SANTISTA

-- -
Clima Tropical (quente e úmido), com temperatura média
anual de 22°C, muito variável no decorrer do dia, com tempera-
tura máxima registrada de 42 °C e mínima inferior a 10°C. A
umidade relativa é de 75% durante a maioria dos dias do ano.
--
'u o.
o
=:
I...
(.»
(l;l
E EO-
li)
l(l;l
o
50
400
350
300
200
450
150
100 15
30
()
20 I-
li)
I...
(l;l
oO-
E
::::J
li)
5 O25
I...
(l;l

O alto índice pluviométrico (acima de 2.000 mm/ano) é


marcante no município, causado por sua localização. A alta umi-
dade proveniente do Oceano Atlântico em forma de nuvens, da
evapotranspiração oriunda dos mángues, braços-de-mar e rios,
promove chuvas durante cerca de 200 dias por ano. A plu-
viosidade é maior na área continental devido ao efeito aparador
da Serra do Mar, que impede que a umidade oceânica ultrapas-
se a escarpa, mantendo o índice pluviométrico entre 3.000 e
4.000 mm/ano. O surgimento da neblina ou cerração também é
freqüente pela dificuldade da umidade em transpor o alto da
serra.

N
~

J--
/! ~
~~

~
CLIMA

A alta pluviosidade torna-se um problema nos morros ocu-


pados de Santos, pois aumenta a saturação do solo pouco es-
pesso, desestabilizando a encosta e potencializando o perigo de
escorregamento de terra e rochas, que podem soterrar casas e
vitimar fatalmente os moradores.
Os ventos mais conhecidos na região são o Noroeste (quente

L~~
e seco), o Sudoeste e o Sul (úmido e frio - responsável pelas fren-
tes frias) e o vento quente e úmido do Leste no verão, além das
brisas marítimas e terrais diariamente.
D TROPIC
AL ( erao que
-
v pouco nte e chuvoso
frio). ~ ~
Com a verticalização das moradias na orla da praia, hoje
i e inverno seco
TROPICAL e
ÚMIDO (quen te e muito
Santos não possui uma renovação de ar como antes, já que a
brisa marítima é impedida pelo concreto dos prédios, desta ma-
O··'

:
ChUVOSO).,
rigoroso e c huvasdls
SUBTROPICAL n
uente, inverno
(vetra~Uidasdurante o ano). neira elevando ainda mais a temperatura no interior da ilha (fe-
TROPICAL DE ALTITUDE (verão suave nômeno conhecido como bolsão de calor ou ilha de calor). No
e úmido e inverno rigoroso e seco).
verão, o calor aliado à alta umidade traz bastante desconforto aos
°t------t50 100 150
habitantes.
~ Município de Santos I ~1
Km

I
ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCípIO DE SANTOS _I
N PRECIPITAÇÃO N TEMPERATURA MÉDIA
PLUVIOMÉTRICA JANEIRO
JANEIRO
~i ~

;1

~~

o
O
O
125 a 150 mm/mês
150 a 175 mm/mês
175 a 200 mm/mês
Trópico de
-- - -ê:apric6rnTõ·
•n 17,5°e
18 a 200e
20 a 22 °e
Trópico de
Cap-riêórriíõ---

O
O
•• L

200 a 225 mm/mês 22 a 24°e

O 225 a 250 mm/mês 24 a 26 °e


26 a 28 °e
250 a 300 mm/mês
acima de 300 mm/mês ~. 50 100 150
o 50 100 150 Município de Santos ,
>----.---1--2
(:, Município de Santos
Km Km

-~ N TEMPERATURA MÉDIA
N PRECIPITAÇÃO
JULHO
PLUVIOMÉTRICA
~' . . S'v0.-v~
~ fi JULHO --~
!
-~
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~~ ;
5 a 25 mm/mês
~
úh ~r-~
.. - (""
o 9,5oe
1:r:9E~~.9~
Capricórnio
t _
15 n'l11'I/mês O 10 a 12°e
7.5 a 50 mrn/mês
e••",""" . \
Trópico de ~___ .... m ••••• m ••••• --.7i1I' ~w --"S-
m 12 a 14°e
:'0 n 75 mm(rnOs
'I:, " I no mm(rnO"
/ •
O
14 a 16°e
16a 18°e
10011 I ~', ""n/II'(\,., !!li 18 a 20 °e
• 20 a 22 °e (). 50 100 150
Mllrlli 'pio ill! 1}IIlIIO'j 1----"'7:==7-----2:
hU IOtl l/WI
Km
1(", ~ Munlclplo de Santo

21
UNIDADES HIDROGRÁFICAS
DE GERENCIAMENTO DE
N RECURSOS HíDRICOS DO
M~ ESTADO DE SÃO PAULO

M(Gl

UGRHl's

1 - Mantiqueira 12 - Baixo Pardo/Grande


2 - Paraíba do Sul 13 - Tietê/Jacaré
3 - Litoral Norte 14 - Alto Paranapanema
4 - Pardo 15 - Turvo/Grande
5 - Piracicaba/JundiaílCapivari 16 - Tietê/Batalha
6 - Alto Tietê 17 - Médio Paranapanema
7 - Baixada Santista 18 - São José dos Dourados
8 - SapucaílGrande 19 - Baixo Tietê <{'\co
~~~
9 - Mogi Guaçu 20 - Aguapeí
10 - Tietê/Sorocaba 21 - Peixe tSv
11 - Ribeira de Iguape/Litoral Sul 22 - Pontal do Paranapanema ~O
G~~
O O 50 100 150

.~
Ll MUNICÍPIO DE SANTOS
rrRi
! !
Km
! !

(Fonte: Plano Estadual de Recursos Hídrícos, Lei nO 9.034/94)

22
,_ AILA;,) lJtUbKAt-It.;U I: HI:iIURICO 00 MUNlCIPIO DE SANTOS

UNIDADES HIDROGRÁFICAS
DE GERENCIAMENTO DE
N RECURSOS HíDRICOS DO
M~ ESTADO DE SÃO PAULO

M(Gl

UGRHl's

1 - Mantiqueira 12 - Baixo Pardo/Grande


2 - Paraíba do Sul 13 - Tietê/Jacaré
3 - Litoral Norte 14 - Alto Paranapanema
4 - Pardo 15 - Turvo/Grande
5 - Piracicaba/Jundiai/Capivari 16 - Tietê/Batalha
6 - Alto Tietê 17 - Médio Paranapanema
7 - Baixada Santista 18 - São José dos Dourados
8 - SapucaílGrande 19 - Baixo Tietê r-~'\\CO
9 - Mogi Guaçu 20 - Aguapeí
1O - Tietê/Sorocaba 21 - Peixe tSv~
11 - Ribeira de Iguape/Litoral Sul 22 - Pontal do Paranapanema

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0° o 50 100 150
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MUNICÍPIO DE SANTOS Km
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(Fonte: Plano Estadual de Recursos Hidricos, Lei nO 9.034/94)

J
ATLAS GEOGRAFICO E HISTÓRICO DO MUNICíPIO DE SANTOS .1111

HIDROGRAFIA
N BACIAS
/ .../""'--.
o Estado de São Paulo está dividido em três grandes bacias hidrográficas bem limitadas ..-J -~._-
HIDROGRÁFICAS
geograficamente: Bacia do Rio Paraná, Bacia Costeira do Sudeste e Bacia Costeira do Leste. -~
"" /f '-(/Id,...--_-S'..~--...r'.'\
Entretanto, para seu gerenciamento, outra divisão foi adotada (ver pág. 22), impulsionada pelo

'
~J (
acirramento dos interesses, muitas vezes conflitantes, sobre o direito de uso e o agravamen- ~- .
to dos impactos ambientais sobre a água. O Estado de São Paulo, em conjunto com os mu- ~
nicípios e representantes da sociedade civil, criaram o Conselho de Recursos Hídricos - CRH, 5" \
com a finalidade de garantir: o uso racional da água (urbano, industrial e agrícola); a maior par-
/ 4...- 1..-,.
ticipação da sociedade nas decisões sobre os recursos hídricos; prioridade na utilização pelas
populações (água potável), bem como otimização de obras e custos em prol da sociedade. ~ "...., (
Para isso, houve a necessidade de subdividir as grandes bacias hidrográficas a fim de
melhorar as tomadas de decisões regionais sobre os recursos hídricos. Essa compartimentação
é conhecida como Unidades Hidrográficas de Gerenciamento dos Recursos Hídricos - UGRHI,
[J 000. ".ro,~ Ica do RIO Paraná
t J

BaCia Costeira do Sud \ -


totalizando 22 unidades no Estado de São Paulo.
O município de Santos está inserido na UGRHI-07 Baixada Santista, como pode ser O BaCia Costeira do Leste
este \" \

observado nas páginas 22 e 24. OCEANO


••••••••
...,... Sentido
devIdo adas águas (escoamento)
Inclinação do terreno (vertente) ATLÂNTICO

OS RIOS DO MUNiCíPIO DE SANTOS ,f. Município de Santos


o 50 WO 150
i-"-.t---"-«r~-~--1
Km

A maioria dos rios santistas pertence à bacia hidrográfica do Atlântico Sul, mais espe-
cificamente à Bacia Costeira do Sudeste, ou seja, são cursos d'água orientados pela verten-
O ESTUÁRIO DE SANTOS
te da Serra do Mar inclinada em direção ao Oceano Atlântico. Alguns possuem sua nascente
na serra ou na borda do planalto e inúmeros contribuintes em meio à vegetação de encosta,
como os rios Quilombo, Jurubatuba, Diana, Trindade e Cabuçu. Com exceção dos dois últi- É um amplo canal de maré circundado de mangues e canais secundários, coletando todos
mos, que deságuam no Canal de Bertioga, os outros desembocam no Canal do Estuário. os rios provenientes da Serra do Mar, com desembocadura principal no bairro da Ponta da
Esses rios no trecho serrano são encachoeirados e rápidos, devido ao desnível de cerca Praia, na Baía de Santos. Tem grande influência marítima, o que torna suas águas salobras
de 800 metros de altitude entre o Planalto Atlântico e a Planície Costeira (Serra do Mar). Por essenciais para manutenção da vida nos manguezais, onde ocorrem a reprodução e o cres-
isso são bastante erosivos, transportando grande carga de sedimentos que serão deposita- cimento de grande parte das espécies marinhas, funcionando ainda como proteção natural
dos na planície, onde os rios tornam-se lentos com a baixa declividade. da linha costeira contra a invasão das marés.
Na planície, os mesmos rios apresentam-se caudalosos e sinuosos, e meandros são Podemos dividir a região estuarina da Baixada Santista em três partes:
facilmente vistos nas áreas de mangue. A baixa velocidade de suas águas permite que o 1) Central: corresponde ao Canal do Estuário (eixo estuarino), que se estende desde o
material arrastado da Serra do Mar repouse na planície, sendo depositado nas margens dos porto da COSIPAaté a Ponta da Praia. Bastante urbanizado, seu trecho final tem importante
rios, em seu leito e em manguezais. função econômica, com a presença do Porto de Santos e intensa passagem de navios. Nele
Rios insulares (esquecidos, subterrâneos e canalizados): Dois rios, Rio do Soldado (antigo se encontra o Largo do Santa Rita e do Caneú e o Canal de Piaçaguera. O Canal do Estuário
Rio Guaranchin), Ribeirão São Bento (antigo Rio do Desterro), Riacho do Itororó (antigo Riacho era conhecido no passado como Canal do Enguaguaçu.
do Carmo), Riacho São Jerônimo, Rio São Jorge, Rio Conrado, Rio Saboó, entre outros. 2) Leste: canal secundário representado pelo Canal de Bertioga ligando o Canal do Es-
Outro elemento geográfico importante da região é o estuário santista que, por se loca- tuário ao mar em Bertioga.
lizar em cotas de baixa altitude, com alguns trechos abaixo do nível do mar, facilita a pene- 3) Oeste: canal secundário derivado do Canal do Estuário junto ao Largo do Caneú.
tração das águas do Atlântico na planície costeira, criando um ambiente fluviomarinho que Corresponde ao Rio Casqueiro, Canal do Barreiro e o Mar Pequeno, desembocando na Barra
favorece a formação do estuário. de São Vicente, com saída para a Baía de Santos.
___ ••• _••~ v_uvnnl IVV L. 11I.:IIVl1llJV UV IVIU~Il..lt'IU Ut :;ANIU~

UGRHI-07 BAIXADA SANTISTA N

24
ti)
G)
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~

Rios

efiO
Rio principais
Rio Sertãozinho
Grande
Itaguaré
Itatinga

Rep.
Rio
Rio Cubatão
Mogi
da Baixada

Rio das de
Perequê
Quilombo
Pilões
Mariana Pedras
Cima
~
Cf>
EIi> e
e
G
el
G> Santista
Rio Diana
Rio Cabuçu
(UGRHI-07)
Vermelho
Jaguareguáva
Guaratuba
Trindade
Jurubatuba
Santo
Crumaú
Perequê
Itapanhaú
Amaro
Mirim

m
SV)
ruru
-
Rio Guaraú
~

D Área da Bacia Hidrográfica da Baixada Santista (UGRHI-07)

D Municípios parcialmente contidos na UGRHI-07

1 - PERUíBE 4 - PRAIA GRANDE 7 - SANTOS


2 -ITANHAÉM 5 - SÃO VICENTE 8 - GUARUJÁ
3- MONGAGUÁ 6 - CUBATÃO 9 - BERTIOGA

o 15 30 45 60
QUILÔMETROS
BACIAS E SUB-BACIAS N

HIDROGRÁFICAS DO o L
MUNiCíPIO DE SANTOS
s

c:=J Área Continental


c:=J Área Insular

r-
Canais de Santos

o 2 3

Km Km

SISTEMA DE DRENAGEM ARTIFICIAL - ÁREA INSULAR SISTEMA DE DRENAGEM NATURAL- ÁREA CONTINENTAL
1-ALEMOA 11-PAQUETÁ 22 - QUILOMBO 33-SANDI
2- SÃO JORGE 12 - CANAL 1A 23 - JURUBATUBA 34 - ILHA BARNABé
3 - BUGRES 13 - CANAIS 1, 8 E 9 24-0NÇA 35-DlANA
4 - JOVINO DE MELO/RETIRO 14 -ITARARé OB8: drenagem totalmente alterada 25-MORRÃO 36-CABRÃO OB8: drenagem praticamente inalterada,
5 - FÁTIMA 15-CANAL2 por retificações, canalizações 26 - PEDREIRA 37 - TRINDADE
16 - CANAL 3 27 - BAGRINHOS
com exceções como as bacias do
6-SABOÓ e desvios que descaracteriza- 38-CABUÇU
17 - CANAL 4 - PORTO 28 - ILHA DOS BAGRES 39 - TRINDADE MIRIM
8andi, Ilha Barnabé e Morrão, que
7 - VALONGO ram o curso natural das águas
8-SÃOBENTO 18 - CANAL 4 - PRAIA 29 - CUMBICA MIRIM 40-IRIRI sofreram certo grau de antropização.
19 - CANAL 5 - PORTO fluviopluviais. 30- NEVES
9 - SÃO JERÓNIMO 41-PERDIDO
20 - CANAL 5 - PRAIA 31 - MADRE DE DEUS 42 - TIO MARIA
10-DOCARMO
21 - CANAIS 6,7 E 10 32 - SANTA CRUZ 43 - IRIRI MACUCO

Fonte: Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMAM

25
1_ ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNiCípIO DE SANTOS

VESTíGIOS DO HOMEM PRIMITIVO


E A OCUPAÇÃO INDíGENA
NO LITORAL SANTISTA
CORRENTES DE POVOAMENTO
Teorias da chegada do amerfndio na Baixada Santisla

@ loc:ll do orI{lem ds migraç40

Correntes Australiana o Malalo-pollnésla: leoriza que as mlgraçOes partiram da Oceênia através


do Oceano Pacifico (canoa poflnéslalhavalana). Há lndlclos ffslcos e culturais de alguns grupos de
••••••••• amarlndlos na reglao merkJlonal da América do Sul correspondentes aos dos homens primitivos da
Cceênl8. Não é cItado que elementos destas migraçOes lanham encontrado o litoral brasileiro.

Corrente AsIAtica: corresponde és migrações de grupos mongóis originários do nordeste asiático,


através do uma passagem terrostre existente entre o Afasca (América do Norte) e o nordeste da
••••••••• Asla em pelo menos duas oportunidades: 28.000 a 10.000 anos atras, durante as glaciaçOes
quaternárles que provocaram o recuo do mar ou o congelamento das águas do estreito de Behrlng,
No sul-sudeste do Brasil, acredita-se em duas grandes (mlgraçOes: a primeira, do homem do
sambaqul, o a segundD dos lupls·guaranls que suprimiram a primeira,

DOMiNIO INDIGENA NO LITORAL


PAULISTA NOS PRIMEIROS ANOS DE
COLONIZAÇÃO PORTUGUESA

o
••••
OOMINIO DOS INolOS GUAIANAZES E TUPINIQUINS

o
O
PLANlclE LITORÂNEA
SAMBAQUIS REMANESCENTES CONHECIDOS
1- ILHA DOS CASQUEIRINHOS


2- SiTIO corIA.PARÁ
OCEANO AfL3,NT.lCO SERRAS E MORROS 3· SfTIO N, 5, DAS NEVES
4- siTIO SANO!
SAMBAQUIS 5 - SiTIO VILA Df ANA

Os sambaquis da Baixada Santista, evidências da ocupação primitiva na região, são dalados entre 4.000 e 8.000 anos atrás. O
Tupiniqulns - aliados aos portugueses mapa acima é uma adaptação de um trabalho feito por Benedito Calixto, denominado Lagamar de Santos, no qual cita: "Vê-se
Tamoios - aliados aos franceses também o lugar onde existiam os principais sambaquis, hoje deslruídos". Nota do autor: os sambaquis numerados são os
remanescentes conhecidos alualmenle. Acredito que os sambaquis índicados por Calixto no Canal de Bertioga ainda estejam
Carij6s - aliados aos espanhóis intactos devido ao seu isolamento, bem como, no fuluro, outros serão enconlrados na região.

26
~I
ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS _I
CAPITANIAS HEREDITÁRIAS -1534 o SURGIMENTO DA VILA DE SANTOS

Com a implantação do sistema de Capitanias Hereditárias


Segundo o Tratado de Tordesilhas pelo rei de Portugal, d. João 111,Martim Afonso de Souza, um
dos 12 donatários, recebeu dois lotes de terra, para iniciar a
c=J Terras pertencentes a Portugal
colonização de lucro compartilhado com a Coroa Portuguesa.
c=J Terras pertencentes a Espanha
Seguiu rumo a Pindorama (nome indígena dado ao Brasil) com
sua esquadra, onde conseguiram apresar quatro naus france-
sas que exploravam o litoral do Brasil.
Conforme o mapa ao lado, é possível perceber que Martim
Capitania Hereditária da
Ilha de S. João - 1504
Afonso dividiu a expedição em várias frentes, sendo que a de
(?
(Fernando de Noronha) Pero Lobo Pinheiro, com 80 homens, desapareceu ao penetrar
~ o litoral de Cananéia em busca de ouro e prata.
:::! I4 - RIO GRANDE
Cf)
W
É importante citar que primeiramente Martim Afonso
Cl
o:: 5 -ITAMARACÁ rumou para o Rio da Prata e somente no retorno estabeleceu
~ a vila de São Vicente.
w 6 - PERNAMBUCO
Cl OU NOVA LUZITÁNIA Participam da expedição Brás Cubas e Pero Lopes de Sou-
a
Cl
7 - BAHIA DE TODOS OS SANTOS za. O primeiro, deixado no Brasil para consolidar a colonização
;:;
~ após o retorno definitivo de Martim Afonso para Portugal, deci-
l- de transferir o Porto de São Vicente, fixado na Ponta da Praia,
aCl 8-ILHÉUS

az para a margem do Largo do Enguaguaçu, ao norte da Ilha Goiaó,


<l:
"~~'.(p muito próximo ao Outeiro de Santa Catarina. Com esse ato, Brás
9 - PORTO SEGURO
15
OC
~"",V't'" Cubas toma a liderança da colonização portuguesa na região.
w
:::<. Desde então, a vila expande-se rumo ao Valongo e a úni-
10 - EsplRITO SANTO
ca ligação com a vila de São Vicente era um caminho que atra-
DONATÁRIOS ~c vessava os morros de Santos. O abastecimento de água era feito
I - Aires da Cunha e João de Barros
2 - Femando Álvares de Andrade
(2? lote) "6' no sopé do Morro do Vigia (Monte Serrat), onde, na época, os
habitantes da vila buscavam água na fonte que ficou conheci-
3 - Antõnio Cardoso de Barros
da como Itororó. -. ,
4 - João de Barros (J? lote)
5 - Pero Lopes de Sow~~ (3? lote) A economia colonial logo ergueu seus primeiros engenhos
G - Duarte Coelho

7 - Francisco Pereira Coutinho de cana-de-açúcar: Madre de Deus, propriedade de Pero de


R - Jorge de Figueiredo Correia Góes, o Engenho dos Erasmos, da família Schetz, e o Engenho
!) - Pero do Campo Tourinho
EXPEDiÇÃO DE MARTIM
de São João, de José Adorno.
I() - Vasco Fernandes Coutinho
1I - Pero de G6es AFONSO DE SOUZA (1530-1532) Assim foi a ocupação portuguesa na região no primeiro
12 - Martim Afonso de SOW.ll(2? lote)
século de colonização, sobre administração de Brás Cubas em
13 - Pcro Lopes de SOl"">!(1 ? lote)
1~ - Martim Afonso de Sow,a (l? lote) 'C:::::::::,Oiogo Leite companhia dos jesuítas que começavam seus trabalhos de
15 - "ero Lopes de Souza (2° lote) ~
~
~
Pero Lobo Pinheiro
Pero Lopes de Souza
---,--------,_.'-,------,_.,.,
Martim Afonso de Souza .... _- J' catequização dos índios. Confrontos com os silvícolas e
erguimento de fortificações são algumas entre tantas histórias
ocorridas durante os primeiros anos da vila de Santos.
1_ ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO 00 MUNiCíPIO DE SANTOS

SíTIOS HISTÓRICOS (SÉCULOS XVI E XVII)

1 - Porto primitivo da Ponta da Praia


2 - Outeirinhos
3 - Vila de Santos e o Porto do Enguaguaçu
4 - Porto das Canoas
5 - Engenho São João
6 - Fonte do Itororó
7 - Morro da Vigia (Monte Serrat)
8 - Engenho dos Erasmos
9 - Vila primitiva de São Vicente
10 - Vila de São Vicente
11 - Porto das Naus e Engenho de Jerônimo Leitão
12 - Porto Geral de Cubatão
13 - Porto Santa Cruz (das Almadias ou Armadias)
14 - Engenho Madre de Deus (Sítio N. S. das Neves)
15 - Ilha Barnabé - habitada por Brás Cubas
16 - Fortim do Pinhão de Vera Cruz
17 - Fortaleza da Barra Grande
18 - Primeiro local onde a expedição de Martim
Afonso de Souza fundeou (praia do Góes)
ILHA DE GUAÍBE o
CAMINHOS
(SANTO AMARO) ~

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CI)
A-
B-
C-
D-
E-
Entrada da barra até o porto da vila de Santos
Via marítima para o Porto Geral de Cubatão
Caminho de São Vicente
Caminho para o Engenho dos Erasmos
Caminho para Itanhaém
Oll"'~~~i.'Ç"bu
F- Caminho da Barra ou do Boqueirão (século XIX)

POSSESSÕES

BAlA
Sesmaria de Brás Cubas . ,
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Sesmaria de Pero Góes


DE Sesmaria de Rui Pinto
Sesmaria de Francisco Pinto
SANTOS
Sesmaria de Antônio Rodrigues de Almeida
Terras de Martim Afonso de Souza
Sesmarias de Estevam da Costa I Jorge
Ferreira I Pero Lopes de Souza

RIOS PERDIDOS - SANTOS INSULAR


l'or.l:I!taiJ'W

G - Ribeiro do São Bento (antigo Desterro)


H - Ribeiro de São Jerõnimo
I - Ribeiro do Itororó ou do Carmo
J - Rio dos Soldados (antigo Rio Guaranchin)
• •

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I'U!I\:1M>,lo1ub:I

K -Dois Rios

28
III
ATLAS E HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS 1lID!

PMJST1?A DA VILA DE SAN1?OS


EM 1798

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LEGENDA (gratia mantida)
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I - t')rainha 23 -, Mizedcordia
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••\\/r,. 2 - AqllcdllclO de Arcos qu.~ traz 24 - Rua d" Campo
agoa ao Convento de S. Antonio 25 - Palacioprínciplado, para os Governos-
3 - Rua de S. Bento 26 - Rua de tras do C;mno
4 - Rua dos Arcos de S. Antonio 27' - Beco dO' Porto
:5 - $. Antonio 28 - Rua Direita
6 - Porto do Bispo 29 - Bt."Co,do Provcd~)r
7 - Capell.a de N. 5. da, Conceição 30 - Igreja do Camm
8 Rua llo Porto das Can6as 3-1 - Beco dé tras do-Carnlo,
9' - RU<l de 3., Antonio 32 - Beco,do Açoug~
tO - Capdla de N. S. da' Graça 33 - Cadeya
fi Beco do AJ ••arcnga
- 34 - Rua Pequena.
12 - Rmt do Jusmineiro 35 - [,'orte de N., S. do, M'onsarate
f3 - S. Bento 36 -, HospitaJ. dos. Jczui:tas
14 - $,. Francísco,d'e lJoaula 37 - Matriz
15 - Rozado 38' - Rua d~ s. Cath:1l'~na
f 6 - Rua de Goosãl0 Borgcs 39 - Rua dos Quarteis
17' - Rua dos 4 Cantos 40i - Terem e Casa' de l'mnas
18 - Rua da AUhndega 41 - Capdla: de 5. Cathat'ina
19 - Rua da: Praya: 42 - Qulhaõ preto,
20 - Alfandega 43 - Fonte d0 Tororó<
21: - Beco de Maria,Ftanclsc;l 44 - Mon..<;cl1'atc
22 - Rua da' Mí,zcricordia
SEM ESCALA
Fonte: Mapa elaborado' pelo capitão,José COHêu-Rangej:'de Bulhoens. 1:198.

29
lil!!'1II ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO 00 MUNiCípIO DE SANTOS

PLANTA DA VILA DE SANTOS


EM 1822

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DO
ESTUÁRIO
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D TII.lHtll.l'\O~ .'L.\(: \nrço:;.

Fonte: Planla baseada no mapa elaborado por Benedito Calixlo


-Planta da Vi1tade Santos na época da Il'Idependência-1822"

30
N
PLANTA DE SANTOS
~ 1878
CANAL
D o
E s T
U A R I o

1 - Gasômetro 21- Correio


2 - Estação SPR 22 - Complexo do Carmo
3 - Ig. S. Antônio do Valongo 23- Arsenal
4 - Consulado Inglês 24 - Antiga Câmara e cadeia
5 - Igreja da Graça 25 - Telégrafo Oficial
6 - Consulado Belga 26 - Alfândega
7 - Ig. Jesus Maria José 27 - Ponte da Alfândega
8 - Consulado Americano 28 - Fortaleza
9 - Mesa das rendas 29- Quartel
10- Consulado Italiano 30 - Igreja Matriz
11 - Hotel Europa 31 - Casa do Trem Bélico
12 - Praça do Comércio 32 - Outeiro de Santa Catarina
13 - Consulado Alemão 33 - Chafariz da Imperatriz 43 - Telégrafo Nacional
14 - Hotel do Brasil 34 - Esc. Aprendizes de Marinheiro 44 - Estação dos bondes
15 - Hotel Central 35 - Chacara Americana 45 - Consulado Francês
16 - English Bank R.J. 36 - Fabrica de Cal 46 - Consulado Português
17 - Teatro 37 - Hospital Português 47 - Largo Sete de Setembro
18 - Largo da Coroação 38 - Largo do cemitério 48 - Caixa d'agua
19- Escr. Cia. Melhoramentos 39- Cemitério Público 49- Capela N.S. do Monte Serrat
20 - Loja Fraternidade 40 - Cemitério dos Protestantes 50 - Hospital da Misericórdia Adaptado Original
do mapaconfeccíonado{por
reproduzido(por Jules
Lauro Martin
Ribeiro emda 1878
Silva (RIBS)
CENTRO DE SANTOS
2007 N
BAIRRO CENTRO C-1NAL
DO ESTUÁRIO
EDIFíCIOS HISTÓRICOS

PRAÇAS
+
MORROS DE SANTOS

( ··~;;:i TERMINAL SÃO BENTO


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ESTAÇÃO RODOVIÁRIA DE SANTOS
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-
RUA XV DE NOVEMBRO

LINHA DO BONDE TUR(STICO


--- SAlDA E CHEGADA DO BONDE

AMPLIAÇÃO DA LINHA DO BONDE TURíSTICO


LINHA DO BONDE PARA O MONTE SERRAT
LINHAS FÉRREAS
•• TÚNEL RUBENS FERREIRA MARTINS

PRAÇAS
A - PRAÇA L10NS CLUBE

B - PRAÇA DOS ANDRADAS


C - PRAÇA RUI BARBOSA (antigo Largo do Rosário)
O - PRAÇA VISCONDE DE MAUÁ (antigo largo da Coroação)
E - PRAÇA BARÃO DO RIO BRANCO
F - PRAÇA DA REPÚBLICA
G - PRAÇA ANT6NI0 TElES

H - PRAÇA PATRIARCA JOSÉ BONIFÁCIO


I - PRAÇA TENENTE MAURO BATISTA DE MIRANDA

ALGUNS PRÉDIOS DE INTERESSE


HISTÓRICO-ARQU ITETON ICO

1 - Igreja de Santo Antõnio do Valongo 7 - Associação Comercial de Santos 13 - Outeiro de Santa Catarina (FAMS) 19 - Palácio Saturnino de Brito (SABESP) 25 - Palácio da Justiça (Fórum)

2 - Estação Ferroviária do Valongo - SPR 8 - Prédio do Correio e Telégrafos 14 _ Mosteiro de São Bento (MASS) 20 _ Colégio Barnabé 26 -Igreja Matriz (Catedral de Santos)
3 - Ruínas dos casarões do Valongo 9 - Palácio José Bonifácio 15 _ Câmara e Cadeia Antiga 21 - Palácio da Polícia 27 _ Teatro Coliseu Santista

4 - Casa da Frontaria Azulejada 10 - Convento do Carmo 16 _ Ruínas da antiga Santa Casa 22 - Centro Português 28 - Casarâo da "7 de Setembro"
5 - Bolsa Oficíal do Café 11- Receita Federal (antiga Alfândega) 17 - Ruínas do Teatro Guarany 23 - Quartel dos Bombeiros 29 - Mpnte Serrat Casino

6 - Antiga casa de José Bonifácío 12 Casa do Trem Bélico 18-lgreja N. S. do Rosário 24 _ Prédio da Sociedade Humanitária 30 - Igreja de N. S. do Monte Serrat

32
I
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PATRIMÔNIO ~
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HISTÓRICO-CUL TURAL
VIA ANCHIETA
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BENS TOMBADOS PELO CONDEPASA

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AV.~TlNS FONTEs

RELAÇÃO POR ORDEM DE TOMBAMENTO


OE 1990 A 01112/2005

1 - Antlga Casa de Câmara e Cadeia


2 - Casa com Frontaria Azulejada
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S
IA ~ ~ "
3 - Casa do Trem
4 - Igreja da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo
5 - Igreja e Mosteiro de São Bento
6 -
7 -
8 -

10 - O
Fortaleza de São Tia90 ou de São João
Ruinas do Engenho dos Erasmos
Teatro Coliseu
9 - Bolsa Oficial de Café em Santos
sitio remanescente do Outeiro de Santa Catarina
*\
11 - Edificío situado no Largo Marquês de Monte Alegre
12
13
14
-
-
-
Ruínas do Engenho do Rio Qullombo
Parte Remanescente do vale do Quilombo
Escola Estadual Dr. Cesário Bastos
\ ~
15 - Escola Estadual D. Escolástica Rosa
16
17
- Ruinas do antigo Teatro Guarany
- Capela do Monte Serra!
\ Área Continental
18 - Igreja de Santo Antônio do Valongo
19 -lgmja da Ordem Primeira do Carmo
20 - Pantheon dos Andradas
21 - Estação Ferroviária da SPR (Valongo)
22 - Edificio remanescente do Parque Balneário
23 - Imóvel que abriga atualmente a Agência da Caixa Econômica Federal \ _ Area Insular
24 - Monumento a Brás Cubas
25 - Monumento Comemorativo
em Glorificação
da Independência
aos Irmãos Andradas
do Brasil

26 - Edlficio do antigo Banco do Comércio e Indústria de São Paulo


\,~ L Quadrasv.ano
I------~j sistema e
e passeio fronteiriço em tesselas
27 - Cemitério do Paquetá
28 - Murai de autoria do artista plástico Clóvis Graciano
29 - Edificlo denominado "Hospedaria dos Imigrantes" _ - Canais
30 - Corpo principal do ediflcio da antiga Estrada de Ferro Sorocabaoa
(trechos expostos)
31 - Imóvel situado à Rua da Constituição 0.° 278
32 - Imóvel situado à Av, Conselheiro Nébias 0.° 361
33 - Edlficações remanescentes do "SISTEMA COLETOR DE ESGOTO SANITÁRIO"
~ Vias de referência
34 - Imóvel que abriga a "Capitania dos Portos do Estado de São Paulo"
35 - Imóvel situado à Av. Conselheiro Nébias 0.° 586
36 - Imóvel que abriga o "Instituto Histórico e Geográfico de Santos"
37 - Imóvel que abriga a sede do "Centro Português de Santos"
38 - Imóvel situado à Rua Vergueiro Steidel n.o 57
39 - Edifício do Educandário Santista
40 - Imóvel que abriga o Colégio Positivus

ÁREAS DE PROTEÇÃO CULTURAL - APC


Q
D Perímetro das Áreas de Proteção Cultural
Edifícios sob influência das Áreas de Proteção Cultural
RELAÇÃO DOS BENS GRAVADOS
COM NíVEL 2 DE PROTEÇÃO
com diferentes Niveis de Proteção: NPl, NP2 e NP3 FORA DE ÁREA DE PROTEÇÃO CULTURAL
A - RUA DA CONSTITUiÇÃO N.o 551 - ANTIGA FABRICA "A lEONEZA"
B - AV. VICENTE DE CARVALHO N.o 06 - CONDOMINIO EDIFICIO "PARQUE VERDE MAR"
C - AV. BARTOLOMEU DE GUSMÃO N.o 180 - "EDIFICIO ENSEADA"
NfvEIS DE PROTEÇÃO D - AV. WASHINGTON lUIZ N." 570 INCLUI AV. VICENTE DE CARVALHO N.':>54 -"PALACETE SÃO PAULon
E - AV, CONSELHEIRO NÉBIAS N.l> 1241126
F - AV. SÃO FRANCISCO N.O 339, 345 E 351, ESQUINA COM A AV. CONSELHEIRO NI:8IAS N,ll128
NP1 - Preservação integral (interiores e exteriores). G - AV. PRESIDENTE WILSON N.O 91 - "CONDOMINIO PALACETE OLlMPIA"
NP2 - Proteção parcial (somente exteriores: fachadas, volumetria e telhado). H - AV. VICENTE DE CARVALHO N° 10 - "CONDOMINIO EDIFlclO ASTRO"
NP3 - Exige-se apenas respeito a tipologia predominante na quadra. I - RUA JÚLIO CONCEiÇÃO N.O 169 - "CASA DA MADEIRA-

Fonte: Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Santos - CONDEPASA


111II ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCípIO DE SANTOS

EXPANSÃO URBANA
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__ Sítio inicial de ocupação (vila de Santos)

D Período Colonial

• Entre 1820 e 1880

DEntre 1881 e 1910

DEntre 1911 e 1960 BAlA


DE
• A partir da década de 1950 SANTOS

D Aterro efetuado pela Cia. Docas entre 1890 e 1950


~ Expansão portuária após 1950

Adaptado de A Baixada Santista: Aspectos Geográficos, v'/II.

34
ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNiCípIO DE SANTOS _I

Santos torna-se o gargalo da produção agrícola regio-


EVOLUÇÃO URBANA E DEMOGRÁFICA
nal originária dos engenhos da região e da incipiente colhei- 400.000
ta do café no planalto, iniciando, assim, o Ciclo do Café no
(J) 350.000
Com cerca de uma centena de habitantes em 1543, Brás território paulista, que alavanca a economia santista e o cres- ~ 300.000
Cubas ordena a transferência do Porto da Ponta da Praia para cimento urbano da cidade.
~ 250.000
o Lagamar do Enguaguaçu, erguendo a igreja de Santa Catarina. Com a inauguração da Estrada de Ferro São Paulo
I-
Cõ 200.000
Em 1545, com aproximadamente 350 habitantes, o po- Railway Co., em 1867, houve o escoamento mais rápido da ~ 150.000 REPÚBLICA
voado recebe o foro de vila, criando a Casa do Conselho. A produção cafeeira, trazendo mais divisas para a cidade. 100.000 1889
A PARTIR DE

Alfândega é instalada em 1550. Com 10.120 habitantes, em 1871 é implantado o novo 50,000
Na década de 1560 a vila ganha um pelourinho e o For- serviço de água e gás na cidade portuária de Santos.
1901 I 1935 I 1950 I 19'70 I 1991 2006
1
te de Santos, atribuindo certa importância para a vila, que vai Com a proclamação da República, é extinguida a escravi- 1913 1940 1960 1980 2000
se estendendo em direção ao atual bairro do Valongo. dão negra e inicia-se a migração européia para o Brasil, intensi-
No final do século XVI, com cerca de 600 habitantes e ficando a ocupaçãodos morros de Santos,na maioria portugueses,
pouco mais de 100 moradias (incluindo cabanas de indíge- principalmente no final do século XIX e início do século XX.
nas e mestiços), já era intensa a chegada de canoas do Por- Com a construção da Via Anchieta em 1943 e o desen-
to Geral de Cubatão com mercadorias advindas do planalto. volvimento da indústria automobilística na década de 1960,
35,000
A partir de 1765, com a retomada do Ciclo do Açúcar na Santos descobre o turismo de massa, sofrendo grandes trans-
(J) 30.000
província de São Paulo, a população de Santos aumenta w formações na sua arquitetura e malha urbana. Na orla marí-
!2: 25.000 tima, a paisagem é modificada rapidamente, demolindo os
gradativamente, porém sem evoluir fisicamente, ou seja, so-
~ 20.000· antigos casarões dos "barões do café" e dando lugar aos edi-
mente adensando a área já ocupada. Cõ
~ 15.000 fícios altos, na grande maioria para abrigar veranistas.
Durante a proclamação da Independência, em 1822, o
número de habitantes é de 4.781.
J: 10.000 Na década de 1970, a cidade entra em declínio, o desca-
PERíODO IMPERIAL
5.000 so do poder público em relação ao patrimônio arquitetônico e
Em 1827, o "Aterrado de Cubatão" liga Santos a São 1822-1889
Paulo por estrada carroçável (Estrada do Vergueiro), impulsio- 1822 1854 1871 1888 1896 histórico-cultural da cidade e a crescente poluição das praias,
nando o desenvolvimento da vila de Santos quando, em 1839,
PERÍODO
REPUBLICANO
entregues ao abandono, são exemplos da decadência de San-
(~elevada à categoria de cid.ade. tos. A década de 1980 foi de estagnação econômica total.
Na época, as condições sanitárias de Santos já eram Em 1991, o município de Bertioga se emancipa, réduzin-
Com o crescimento econômico, as famílias mais abas-
I)videntes, com os ribeirões servindo de depósito de lixo e do a população santista com a perda de 11.400 habitantes.
tadas da cidade, concentradas no Valongo, mudam-se para
I:SgOtO,e sem água encanada e tratada. Foi na década de 1990 que ocorreram as mudanças
Vila Nova para dar lugar aos armazéns e cocheiras que fo-
Na década de 1850, com uma população de 7.855 ha- que permitiram o ressurgimento de Santos, redescobrindo
ram instalados nos antigos casarões, permitindo a expansão
IlIlantes, a cidade cresce em redor dos quartéis e em dire- da atividade portuária. sua vocação turística, investindo na área social e no meie
ambiente.
I ;10 do Paquetá. Na orla marítima, a elite da cidade mantém suas chá-
caras e casas de verão, onde até então vivia a classe mais Com a retomada da produtividade do porto e o incremen-
pobre, à beira-mar. to turístico, Santos vem elevando-se economicamente cada
3.500 vez mais, com projeções animadoras.
Na década de 1890, o estado sanitário de Santos era
lI) 3.000 péssimo, a cidade tinha cerca de 35.000 habitantes, e as Segundo a SEADE(Fundação Sistema Estadual de Aná-
111

I. 2.500 epidemias castigavam a cidade do "Porto Maldito", tal era a lise de Dados), até 2020 a população santista crescerá cerca
fama que Santos tinha entre os marujos. de 0,64%, equivalente a adição de 2.761 habitantes ao nú-
I', 2.000
.fI 1.500 A partir de 1899, tem início a grande campanha pelo mero atual.
I
, '1.000 saneamento de Santos e em 1905 a Comissão de Saneamen- Este pequeno acréscimo na população permite obter um
PERfoDO COLONIAL
500 1532-1822 to, com Saturnino de Brito, planeja o crescimento da cidade, crescimento econômico, ofertando emprego sem excluir o ex-
iniciando em 1906 a construção dos canais de drenagem que cedente da população. A relação oferta de emprego e nú-
1533 1546 1600 1765 1772 1790 1801 cortam a Ilha de São Vicente do mar até o Canal do Estuário. mero de habitantes torna-se favorável.
!~1 ATLAS E DO DE SANTOS

OS ANTIGOS DISTRITOS ADMINISTRATIVOS DE SANTOS

Distritos são subregiões do município com a finalidade de facilitar a administração muni- Em 30 de junho de 1934 é decretada a criação da Estância Balneária de Guarujá, sendo
cipal central, delegando poderes limitados a uma comunidade que se encontra distante nomeado o dr. Cyro de Mello Pupo como prefeito.
territorialmente do centro de tomada de decisões, ou seja, da cidade. Esse distanciamento muitas Em 1948, um plebiscito é realizado no distrito de Cubatão, que tinha aspirações eman-
vezes é motivo de descontentamento popular, o qual eclode, geralmente, em movimentos de cipadoras. No mesmo ano é decretado o desmembramento, elevando-o à categoria de muni-
emancipação, reivindicando o desmembramento e a transformação da região em município. cípio. Em 9 de abril e 1949 é empossado o primeiro prefeito de Cubatão, Armando Cunha.

MUNiCípIO DE SANTOS EM 1933


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D Distritos de Santos
e o ano de emancipação
política dos mesmos

ILV-\.2~(/ ~V-
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P~~~..N..oE ~
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~ ~ J.'

Desta forma, territorialmente, o município de Santos já foi muito maior que a área atual o último desmembramento ocorre com o distrito de Bertioga, em 19 de maio de 1991.
de 271 km2, possuindo no passado 1.038 km2 subdivididos em quatro áreas administrati- Após um processo de emancipação e plebiscito o território é reconhecido oficialmente como
vas: distrito de Santos (distrito Sede), distrito de Guarujá (137 km2), distrito de Cubatão Estância Balneária de Bertioga, com cerca de 11.400 habitantes. No primeiro dia de janeiro
(148 km2) e distrito de Bertioga (482 km2). de 1993, o primeiro prefeito, José Mauro Dedemo Orlandini, tomou posse.
A vila de Guarujá, criada em 1893, após se transformar em Prefeitura Sanitária em 1926,
é incorporada ao município de Santos em 1931.

36
ABAIRRAMENTO
o L
BAIRROS
INSULARES
ZONA LESTE

1- Valongo
2- Centro
3- Paquetá
4- Vila Nova
5- Jabaquara
6- Vila Matias
7- Marapé
8- Vila Belmiro
9- Encruzilhada
c::=J Área Continental
10- Macuco c::=J Área Insular
11 - Campo Grande
12 - José Menino
13-Pompéia
14-Gonzaga
15 - Boqueirão
16 - Embaré
17 - Aparecida
18 - Ponta da Praia BAIRROS - MORROS
19 - Estuário (ÁREA INSULAR)

33 - Monte Serrat
BAIRROS
INSULARES 34- Fontana
ZONA NOROESTE 35 - São Bento
36- Pacheco
20 -Alemoa 37 - Penha
21 - Jardim Piratininga 38- Saboó
22 - Jardim São Manoel 39 - Vila Progresso
23 - Chico de Paula 40 - Jabaquara Porto de Santos
24 - Vila Haddad 41 - Nova Cintra
25- Saboó 42 - Chico de Paula A Porto da Alemoa
26 - Jardim Bom Retiro 43 - Santa Maria B Porto do Saboó
27 - Jardim Santa Maria 44 - Caneleira
28 - Caneleira
BAIRROS C Porto do Valongo
45 - Cachoeira CONTINENTAIS
29 - Jardim Rádio Clube D Porto do Paquetá
46- Embaré
30 - Jardim Castelo 50 - Ilha Diana
E Outeirinhos
47 - Marapé
31 - Areia Branca 48- Santa Terezinha 51 - Monte Cabrão F Porto do Macuco
32 - Vila São Jorge 49- José Menino 52- Caruara G Porto da Ponta da Praia
1_ ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS

PLANTA DE ZONEAMENTO
! ,.'"
".,.,
N

DO MUNiCípIO DE SANTOS
O.~L
~,~ ~
5
(
CJ Área Continental
CJ Área Insular

o 2 3
"l.
J'
Km Km

USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - ÁREA INSULAR USO E OCUPAÇÃO DO SOLO - ÁREA CONTINENTAL
(conforme Lei Complementar n2 312, de 23 de novembro de 1998) (conforme Lei Complementar n2 359, de 25 de novembro de 1999)

c==J
O
Zona da Orla

Zona Intermediária _ OO
__ Zona dos Morros

Zona
Zonade Zona
Suporte
Portuária
I, 11e 111

Urbano I
I e 11 e Urbano
Zona Urbana
D
O
_Zona de Zona
Uso Especial
de Uso
Preservação
Conservação
Agropecuário

O de
Portuária
Suporte
Zona de Preservação
Retroportuária
11
Paisagística

O
Zona Central I e 11

_ Zona Noroeste I, 11e 111 Zona Especial de Interesse Social

Fonte: Secretaria Municipal de Planejamento - SEPLAN

38
ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNICÍPIO DE SANTOS "I

ÁREA INSULAR ZPP - Zona de Preservação Paisagístíca: áreas públicas ou privadas, com condições
naturais importantes para a manutenção do equilíbrio ambiental da área urbana, onde se
pretende desenvolver programas de proteção, de controle da ocupação e manejo, bem como
ZO - Zona da Orla: área caracterizada pela predominância de empreendimentos incentivar a implantação de parques ecológicos e/ou arqueológicos, atividades como educa-
residenciais verticais de uso fixo e de temporada, permeada pela instalação de atividades ção ambiental e turismo monitorado.
recreativas e turísticas onde se pretende, através da regulamentação dos usos e preserva-
ção de áreas exclusivamente residenciais, o incremento de atividades recreativas e turísti-
cas e o incentivo à substituição dos prédios em desaprumo. ÁREA CONTINENTAL
ZI - Zona Intermediária: área residencial de baixa densidade em processo de renova-
ção urbana, onde se pretende incentivar novos modelos de ocupação. Zona Urbana - ZU: tem como meta atividades de desenvolvimento urbano, ocupação

ZCI - Zona Central I: área que agrega o maior número de estabelecimentos comerci-
ordenada e regularização das áreas já consolidadas.

ais e de prestadores de serviços, e o acervo de bens de interesse cultural, objeto de progra- Zona de Suporte Urbano I - ZSUI: compreende áreas degradadas, onde ocorrem ati-
ma de revitalização urbana no qual se pretende incentivar a proteção do patrimônio cultural, vidades extrativistas minerais, que possibilitam a disposição final de resíduos sólidos, e ativi-
a transferência dos usos não conformes, e a instalação do uso residencial. dades de interesse para o desenvolvimento portuário do município.

ZCII - Zona Central 11: caracterizada por ocupação de baixa densidade e comércio Zona de Suporte Urbano 11- ZSU 11:compreende áreas degradadas, onde ocorrem ati-

especializado em determinadas vias, onde se pretende incentivar a renovação urbana e o uso vidades extrativistas minerais e que possibilitam atividades de interesse para o desenvolvi-
residencial. mento turístico do município.

ZNI - Zona Noroeste I: área residencial de baixa densidade e vias comerciais defini- Zona Portuária e Retroportuária - ZPR: possui característica e potencial para instala-
ções rodoviárias, ferroviárias, portuárias, retroportuárias e ligadas às atividades náuticas.
das, onde se pretende incentivar a verticalização e a ocupação dos vazios urbanos com
empreendimentos habitacionais de interesse social.

ZNII - Zona Noroeste 11: área residencial isolada do restante da malha urbana, próxi- ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAl - APA
ma a eixos de trânsito rápido e áreas ocupadas por atividades portuárias, com previsão dos
modelos de ocupação verticalizada e usos não conflitantes com os residenciais. Zona de Uso Especial - ZUE: compreende a área do Parque Estadual da Serra do Mar,
inserida no município de Santos e administrada pelo Governo estadual.
ZNIII - Zona Noroeste 11I: área residencial caracterizada por loteamento de baixa den-
sidade, onde se pretende incentivar conjuntos residenciais verticalizados em áreas passíveis Zona de Preservação - ZP: compreende áreas caracterizadas por ecossistemas do
de ocupação. complexo florestal atlântico, onde as formações permaneceram intactas ou tenha ocorrido
pequena ou mínima intervenção humana. Esta zona de preservação de vida silvestre é
ZMI - Zona dos Morros I: ocupação residencial consolidada por habitações precárias,
dedicada à proteção de ecossistemas, dos recursos genéticos, das populações trad[cionais e
onde se pretende incentivar a renovação urbana, através de conjuntos horizontais, caracteri-
à preservação do ambiente natural, servindo à pesquisa, educação, uso técnico e ciéntífico.
zados como empreendimentos de interesse social.
Zona de Conservação - ZC: compreende áreas com as características do ecossistema,
ZMII - Zona dos Morros 11:ocupação residencial caracterizada por condomínios fecha-
em parte, em estado original, contíguas às definidas como Zona de Preservação - ZP. O ob-
dos e loteamentos de baixa densidade, com legislação mais restritiva. jetivo geral de manejo desta zona de conservação de vida silvestre é a manutenção de um
ZMIII - Zona dos Morros 11I: caracterizada por ocupação residencial e comercial, onde ambiente natural com o mínimo impacto humano, admitindo o uso moderado e auto-susten-
se pretende incentivar a renovação urbana e oficialização das vias para disciplinamento dos tado da biota, regulado de modo a assegurar a manutenção dos ecossistemas naturais.
usos, bem como habitações de interesse social verticalizados. Zona de Uso Agropecuário - ZUA: compreende áreas com ecossistemas parcialmen-
ZPI e ZPII - Zona Portuária I e Zona Portuária li: área interna ao Porto e área te degradados, onde existam ou possam existir atividades agrícolas e pecuárias, empreendi-
retroportuária com intensa circulação de veículos pesados, e caracterizada pela instalação mentos de turismo, lazer e unidades comerciais, cujos usos ou práticas sejam regulados de
de pátios e atividades portuárias impactantes, cuja proposta é minimizar os conflitos exis- acordo com a capacidade de causar degradação ao meio ambiente, de maneira que esteja
tentes com a malha urbana, otimizando a ocupação das áreas internas ao Porto, através de garantida a conservação do solo.
incentivos fiscais. Textos retirados das leis complementares municipais nº 312/98 e 359/99.

39

I
USO E OCUPAÇÃO
DO SOLO PRINCIPAIS ELEVAÇÕES

1 - SERRA DO MORRÃO
2 - SERRA DO QUILOMBO

N 3 - MORRO DAS NEVES


4 - MORRO DA GUARAPÁ
5 - MORRO DA DIA NA
6 - MORRO DO GABRIEL

+
7 - MORRO CABRÃO
8 - MORRO CABEÇA DE NEGRO
9 - MORRO DO CAETÊ
10 - MORROS DE SANTOS (Maciço de São Vicente)

PRINCIPAIS ILHAS

A - ILHA DE SÃO VICENTE (Antiga Goiaó)


B - ILHA URUBUQUEÇABA
C - ILHA DOS BAGRES
D - ILHA BARNABÉ
E - ILHA DIA NA

SERRA DO MAR E MORROS ISOLADOS

PLANlclES COLÚVIO-ALUVIAIS

MANGUEZAL

TERRAÇOS MARINHOS (RESTINGA)

ATERROS ANTIGOS- DÉCADA DE 1960

OCUPAÇÃO RESIDENCIAL E COMERCIAL

ÁREA PREDOMINANTEMENTE COMERCIAL

USO RURAL

ORLA MARíTIMA (PRAIAS E JARDINS)

CORPOS D'ÁGUA

ÁREA PORTUÁRIA
MINERAÇÃO (PEDREIRAS)
o 1,5 3 4,5 6 Km DEPÓSITO DE LIXO
Hiliil
DE ~ ÁREA INDUSTRIAL
ESCALA GRÁFICA
SilNTOS

40
o L ATIVIDADES
ECONÔMICAS
AGROPECUÁRIA. INDÚSTRIA E MINERAÇÃO

Policultura
Monocultura
Culturas de grão
Culturas diversificadas
Culturas diversificadas e criação
Porto de São Sebastião
Criação de gado

~ Celulose
Ferroviária
Aeronáutica
Mecânica
Química
Material
Têxtil
Alimentar
Cimento •I
~••
11 Automotores
elétrico
e calçados
Siderurgia
Petroquímica ~
OCEANO
ATLÂNTICO

''1 Hidrelétricas n
J..
Plataforma de Merluza
(200 km da linha costeira)

ir
1 U
Gás natural o 50 100 150
w Minérios: ferro (Fe), fosfato
1__ ' __

Km
'__ 1

(Ph), bauxita (AI) e calcário (cal).

41
ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCíPIO DE SANTOS

ECONOMIA O município recebe anualmente uma população flutuante de cerca de 1.000.000 de tu-
ristas (incluindo os veranistas).
Durante a temporada de cruzeiros marítimos, no período de 22 de novembro de 2005 a
o Porto de Santos movimentou no ano de 2006 cerca de 75,2 milhões de t (toneladas)
19 de março de 2006, o terminal marítimo de passageiros do Concais, no Porto de Santos,
de cargas, ultrapassando em 4,6% o movimento de 2005. Em 2001, o movimento do Porto
movimentou 354 mil passageiros.
de Santos era de apenas 48,1 milhões de t, ou seja, em cinco anos houve um incremento da
Sem dúvida este setor alavanca outras atividades como a de entretenimento, comércio vare-
movimentação de carga de 56,4%.
jista, serviços (hotelaria e alimentação) e, por conseguinte, o setor imobiliário e a construção civil.
Em 2006 movimentou mais de 1.500.000 de contêineres e adentraram a Barra de San-
tos mais de 5.500 navios.
MOTIVOS QUE ATRAEM OS TURISTAS A SANTOS
O setor privado (médias e grandes empresas ligadas ao porto) investiu cerca de R$ 604
milhões na modernização da infra-estrutura para embarque e descarga de mercadorias em 2006
e ainda foi responsável por 65% do Imposto Sobre Serviços (ISS) do município de Santos. :: r···--.
i
---.---- ...--35%
Somente a Companhia Docas do Estado de São Paulo - CODESP(órgão federal) reco-
lheu aos cofres municipais de Santos em 2006 mais R$ 5,5 milhões em ISS.
===--::
-----_._j
j
Segundo a Secretaria Municipal de Finanças de Santos, cerca de 65% do Produto Inter- E 25 ---.--. .----
no Bruto - PIB gerado em Santos provém da atividade portuária, desmistificando afirmações ~ 30.~~----28%-.
;
20······---·----
!
de que o porto não contribui para o desenvolvimento da região.
Assim, o Porto de Santos historicamente é responsável por boa parte do crescimento
econômico de Santos, impulsionando não somente as atividades portuárias mas os setores ~ ~~r-------·-
- •.•.
de transporte, construção civil, indústria, comércio e o turismo de negócios e marítimo. I 5%

PRINCIPAIS MERCADORIAS MOVIMENTADAS


5 i 3%--
01
A B D E F
.1.......
-...
G
1%

H
6%
I
6%
J
~ GAS LiQUEFEITO
PETRóLEO· GLP (E 01)
DE
A- CLiMA F - BOA INFRA·ESTRUTURA
B - F~RIAS G. PROXIMIDADE COM A CIDADE
1%
C- NEGÓCIO H _ INDICAÇÃO AG~NCIA DE TURISMO

2% (EI
CAr'NE _
-, I ÓLEO 5%
DIESEL IE)
D - PRAIAS
E - VISITAR/AMIGOS/PARENTES
I • ATRATIVOS
J -OUTROS
TURlsTICOS E HISTÓRICOS

FERTILIZA~ r..-_
SAL (Cflbotaoom) ----, -.......- Fonte: Secretaria Municipal de Turismo - SETUR
Base: Fev/2004
8% I --......
2% mlGO 111"'\

OCUPAÇÃO DA
4% i \AÇÚCAR (E)
5% POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA
SUCOS CITRICOS (E) ~. 36%
POR SETOR ECONÔMICO
2% IE)
CAF~ ---- o / "·7·"1 01
10 iJ
Entretonlmento
TONELAGEM REPRESENTADA \ / '''', /
~ 0,9%
NO GRÁFICO 120051 \ / '.,:/
Constr. Civil
34.748.612
EOUIVALE A48% 00 TOTAL DE
FAR~~~S(EI""
Yo~,.,! ,""
/ f ~ 2,7%
CARGAS DO PORTO. QUE FOI OE, (E) EXPORTAÇÃO Transportas
(I) IMPOR"AÇAo ~ 2,9%
71.902.494 SOJA EM Gf<ÀO lEI
22% Atlv. portuárias
•• 4,2%
Porto
~ 4,9%
Fonle: Comptmhlu DotUI;l do Estado de sao Palllo - CODESP

==.
Indústria

Servo Público 11,9%


Outro eixo de desenvolvimento econômico importante ao qual o poder municipal vem
Comércio \ 26,5%
dando ênfase nos últimos anos é o turismo. As ações podem ser vistas na procura da melhoria
Sorvlços
da balneabilidade das praias, nos incentivos fiscais relacionados às construções e sítios de I
O 10 20 30 40 41,6% 50
interesse histórico-cultural-arquitetônico, na manutenção e restauração de equipamentos tu-
PORCENTAGEM
rísticos e culturais, entre outros. Pcnte: NeSI: - Ehtbordçllo SEPLAN I OESOE

42

.1ir
ATLAS GEOGRÁFICOE HISTÓRICO DO MUNIClplO DE SANTOS _I

PORTO DE SANTOS - USO EFETIVO DA ÁREA DA CODESP


,
CANAL mõ 1>IA(AnOEHA

,.".::.>

/
-.:
....,!. ')IAN;;UE
7'
I~~
,8°0"'j/e o' .
LARGO DO
ENGl il\(iUAÇU

CUBATAO ~~
ÁREAS EFETIVAMENTE UTILIZADAS NA
MOVIMENTAÇAO DE CARGA E ARMAZENAMENTO NA
ÁREA DA CODESP NO MUNIClplO DE SANTOS

•••
c=:::>
GRANÊtS

CARGA
L1aulDOs

GERAL
COMBusrlvEIS

CONTEINERIZADA
E PRODUTOS

ou NÂO
QUIMICOS
\'

c=:::> ÁREA OE REV1TAL1ZAÇAo


PRODUTOS PREDOMINANTES
c:v TERMINAL PESQUEIRO
NO PORTO DE SANTOS
c=:::>
o'8
GRANI!IS SOl.lDOS Df ORIGEM VEGETAL E MINERAL, L1qUIDOS DE ORIGEM
VEGETAL, CONT~INERES E CARGAS EM GERAL Marinha
Descarga
Passageiros
Produtos
Granéis
Sucos
Sucos cltricos
TEAÇU dede
para
cUricos
1llquidas
-para e DE
Iorigem
Guerra
Cabotagemdo
aaesteira
IAçúcar ~
Brasil
florestal
granel.
granel (sal)
(combustiveis
em e
~
sacos
(&
Oe
Contêineres aautomóveis
~ TERMINAL DE PASSAGEIROS I Capitania
6)
fD 0OG
Carga geraldos Portos

~O
eCarga
Conlêineres
Descarga
Sucos
Cabotagem
Icontêineres
automóveis
produtos

(D2 - Trigo,
TEAÇU
sólidos
Açúcar a granel
cltrlcos
eaaautomóveis
inflamáveis)
gerale granel
carga
esteira
Cargagranel
e a grane)
granel
TEAÇU
geral
(trigo)
geral
3 ~ Açúcar em sacos GUARUJÁ
~ AOMtNISTRAÇAO E OFICINAS DA COOESP
~ barrllha, uréia e oulros

BAlA
c=:::> AREA RESTRITA A MARINHA 00 BRASil

GRANt:IS sOUOOS DE ORIGEM VEGETAL

~ P0l10{margom&squcmn)110 munlclplodO GUllrult\


SÃO VICEN'I'E

EXPANSÃO
PORTUÁRIA
NO MUNiCíPIO a granel c: em grande quantidade.
barrilha = designação comercial dos
carbonatos de sódio e de potássio
)~ cabolagem '" navegação mercante em
águas cosleiras de um só pais.
origem norestal '" celulose e outros.
TEAÇU " Terminal de AçUcar.
uróla = subslancia sintélica usada na medicina
e na fabricação de pollmeros.

Ilócadas de A-Alemoa
I II,scimento do B - Saboó
porto santista C - Valongo Descarga para esteira (trigo)
I Carga geral
0- Paquetá
1890 E - Outeirinhos Açúcar em sacos e
a granel
F -Macuco
1900 Contêineres
G - Ponta da Praia
1930 H - Ilha Barnabé Soja. farelos e outros sólidos
1940 Obs: a partir das décadas
a granel de origem vegetal

1950 de 1970 e 1980. as áreas


de expansao portuária
1960 concentram-se nos
municípios de Guarujá e SANTOS
1970 Cubatão.

Fonte: Companhia Docas do Estado de sao Paulo - CODESP

43
um. ATlAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO 00 MUNiCíPIO DE SANTOS

INCLUSÃO SOCIAL

BAIRROS
34
1 -Valongo 33
~
2 - Centro
3 - Paquetá
4 - Vila Nova Área Continental
5 - Jabaquara Área Insular
6 - Vila Matias
7 - Marapé
8 - Vila Belmiro 26 - Jardim Bom Retiro
9 - Encruzilhada 27 - Jardim Santa Maria Porto de Santos
10 - Macuco 28 - Caneleira
11 - Campo Grande 29 - Jardim Rádio Clube
12 - José Menino 30 - Jardim Castelo
13 -Pompéia 31 - Areia Branca
14 - Gonzaga 32 - Vila São Jorge
15 - Boqueirão 33 - Ilha Diana
16 - Embaré 34 - Monte Cabrão
17 - Aparecida 35 - Caruara
18 - Ponta da Praia 36 - Morros de Santos
19 - Estuário
20 - Alemoa [==:J Alta inclusão social
21 - Jardim Piratininga [==:J Faixa intermediária
22 - Jardim São Manoel
23 - Chico de Paula
c:J Baixa exclusão social
24 - Vila Haddad _ Média exclusão social
25 - Saboó _ Alta exclusão social Fonte: Núcleo de Pesquisas Socioeconômicas - NESE. 2004
DO DE

QUALIDADE DE VIDA MEIO AMBIENTE

Atualmente, a qualidade de vida está estreitamente relacionada ao índice de Desenvol- Os principais pontos que geram preocupações e por isso necessitam de maiores aten-
vimento Humano (IDH) e às condições ambientais que cercam o individuo. Assim, resume-se ções no trato com as questões ambientais no município de Santos são: a atividade portuária,
que a qualidade socioambiental é a única capaz de garantir recursos necessários para uma a balneabilidade das praias, a destinação final dos resíduos sólidos, a ocupação de áreas de
preservação e de risco de escorregamento e enchentes.
boa qualidade de vida hoje e para as futuras gerações.
Atividade portuária: sem dúvida o Porto de Santos é de grande importância para o municí-
pio e o País,porém é uma atividade poluidora e que deve ser monitorada. O investimento em con-
INDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO trole e prevenção de fontes poluidoras é essencial para amenização dos conflitos ambientais entre
O índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foi criado pelo PNUD (Programa das Nações o porto e a cidade. Alguns impactos ambientais oriundos desta atividade são: emissão
Unidas para o Desenvolvimento) para medir o padrão de vida da população e conseqüentemente atmosférica de particulados de produtos (soja, trigo, açúcar), vazamentos de óleos de embarca-
ções no Estuário de Santos, concentração de caminhões e, por conseguinte, o aumento da
o nível de desenvolvimento humano dos países a partir da educação, longevidade e renda,
mas também é utilizado para aferir o nível de desenvolvimento humano de municípios (IDHM). emissão de CO2, além de sobrecarregar a malha viária, risco de explosão ou vazamento de pro-
dutos perigosos, bem como a dragagem do leito do Canal do Estuário, entre outros. A expansão
Conforme a Secretaria de Planejamento do Estado de São Paulo, são considerados os
portuária também envolve impactos ambientais irreversíveis devido à supressão dos mangues.
seguintes fatores para se obter o IDHM:
Balneabilidade das praias: está relacionada a três fatores a fim de se garantir a pro-
Taxa de alfabetização de adultos (Santos: 96,47%) teção do maior atrativo turístico da cidade: 1 - o controle do sistema de canais e comportas
Percentual de pessoas com mais de 15 anos capazes de ler e escrever um bilhete sim- que interrompem e direcionam o fluxo das águas de acordo com as marés; 2 - o controle
ples (ou seja, adultos alfabetizados). das fontes poluidoras (efluentes líquidos) do porto; e 3 - a fiscalização de ligações clandes-
Taxa bruta de freqüência à escola (Santos: 98,2%) tinas de esgoto para os canais e a manutenção do sistema de esgoto (estações elevatórias,
Somatório de pessoas (independentementeda idade) que freqüentam os cursos Fundamental, interceptor oceânico, estação de pré-condicionamento e o emissário submarino).
Médio e Superior, dividido pela população na faixa etária de 7 a 22 anos da localidade. Destinação final dos resíduos sólidos: foi fonte de muita polêmica na década de 1990,
Renda per capita (Santos: R$ 1.680,00) quando o Lixão da Alemoa ainda operava (desativado em 2003) sem nenhum cuidado
ambiental, contaminando o solo, o Estuário de Santos e emanando odor fétido além dos li-
Renda média de cada residente no município. Para se chegar a esse valor soma-se a
mites do município, recebendo cerca de 800 toneladas de detritos por dia, sendo impedida a
renda de todos os residentes e divide-se o resultado pelo número de pessoas que moram no
continuidade da operação do lixão pela justiça e órgãos ambientais do Estado de São Paulo.
município (inclusive crianças ou pessoas com renda igual a zero).
Com a implantação do Aterro Sanitário Sitio das Neves, na área continental de Santos, e as
Esperança de vida ao nascer (Santos: 68,1 anos)
ações de correções no lixão desativado, parte do problema foi sanado. O segundo passo é
Número médio de anos que uma pessoa nascida naquela localidade deve viver. O indi-
incentivar e expandir os programas de reaproveitamento, coleta seletiva, e destinação de
cador de longevidade sintetiza as condições de saúde e salubridade daquele local, uma vez resíduos recicláveis às usinas de reciclagem. ,_.
que quanto mais mortes houver nas faixas etárias mais precoces, menor será a expectativa Ocupação de áreas de preservação e de risco: não somente o porto tem tendência
de vida observada no local.
de avançar sobre as áreas de proteção. A população de baixa renda, quando desamparáda
por programas habitacionais, tende a migrar para estas áreas de proteção ambiental. No
O IDHM de Santos do ano de 2000 era 0,871. Entre os 645 municípios do Estado de
passado recente (décadas de 1960 e 1970), grandes levas de migrantes ocuparam mangues
São Paulo sua colocação no ranking estadual era o 5º lugar. Um ótimo desempenho, colo- e encostas atraídos pelo crescimento do porto, do pólo industrial de Cubatão e da constru-
cando Santos entre as cidades com melhor qualidade de vida do Brasil. ção civil em Santos. Essa massa de mão-de-obra barata estabeleceu-se nas encostas do
Na zona da orla da praia, onde se concentram aproximadamente 45% da população morro de Santos e nos baixios e mangues da Zona Noroeste. Com isso, problemas como
(Pompéia, José Menino, Gonzaga, Boqueirão, Aparecida, Embaré e Ponta da Praia), desfruta- enchentes na Zona Noroeste e soterramentos de casas nos morros de Santos foram freqüentes
se de um bom padrão de vida (alta inclusão social). Os bairros da Vila Belmiro e Campo Grande, e ainda causam vítimas todos os anos durante as fortes chuvas nos meses de verão. Sem
que correspondem a 8,9% da população, também têm boa qualidade de vida, entretanto, cerca dúvida este quadro vai além das questões ambientais. Contudo, a Prefeitura vem planejan-
de 40% dos habitantes de Santos ainda anseiam por condições mais favoráveis para alcan- do, através do Programa: Santos Novos Tempos, a solução definitiva para as enchentes na
(;ar melhor padrão de vida. Zona Noroeste, implantando comportas automatizadas, galerias, reservatórios e estações
Verifica-se que o Efeito Borda ou Periferia, comum em várias cidades, também ocorre em elevatórias, bem como, nos morros, será aplicado o Programa de Redução de Riscos Geoló-
Santos, onde a exclusão social aumenta quanto maior for a distância da zona da orla da praia. gicos de Encostas, elaborado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas - IPT.

45
ATLAS E DO DE SANTOS

Parque Estadual da Serra do Mar


ÁREAS PROTEGIDAS
e Decreto Federa! n'J 750/93.

r---]
L-.- Área naturalHistórico,
Patrimônio tombada Arqueológico,
pelo CONOEPHAAT
Artístico- eConselho
Turístico de Defesa do
e Decreto n~ 750/93 J
j'-~~'~l~'~, Nos âmbitos municipal, estadual e federal existem várias leis ambientais que visam à pro-
r-..../
L_J Decreto Federal n~ 750/93.
~
teção e à qualificação do uso de áreas de interesse ambiental. Conheça algumas das princi-
Decreto Federa! n2 750/93 e pais leis que visam assegurar o patrimônio ecológico no município de Santos, principalmente
artigo 197'2 da Constituição do Estado de São Paulo.
na área continental.
Decreto Federal n2 750193 e Código Florestal.

o Decreto Estadual nº 10.251, de 30/8/77, na tentativa de preservar um dos maiores


Ocupação anlrópica.
remanescentes de Mata Atlântica do Brasil, criou, em 1977, o Parque Estadual da Serra do Mar
(PESM), destinado a fins científicos, culturais, educativos e recreativos. Objeto de preservação
permanente, o PESM constitui-se de uma área geográfica delimitada, dotada de atributos na-
N turais relevantes, bens do Estado e destinados ao uso da população, tendo como objetivo pri-
.••Â.~ mordial a preservação da biodiversidade, bem como dos ecossistemas ali inseridos.
o <C!>o-L
Ji_"-
O parque tem cerca de 315 mil hectares, sendo a maior área contínua de Mata Atlântica
preservada do Brasil, que se estende de Itariri, no Litoral Sul do Estado, até a divisa de São
5 Paulo com o Rio de Janeiro.
A Resolução 40, de 617/85, do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológi-
co, Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (CONDEPHAAT),decreta o tombamento da Serra
do Mar e de Paranapiacaba, entendendo a importância ambiental e cultural da Serra do
Mar e de seus elementos históricos. Da mesma forma, o mesmo órgão tombou a Vale
do Quilombo, através da Resolução 60, de 22/10/88 .
.0 Decreto Federal nº 750, de 10/2/93, talvez o mais restritivo e abran-
gente, proibe o corte, a supressão da Mata Atlântica, lembrando que os
mangues, as florestas de restinga e as matas de encostas da região
litorânea são reconhecidas por lei como Mata Atlântica. .
Ainda temos a Constituição do Estado de São Paulo, que
EMISSÃO SUBMARINA DE ESGOTO
no seu artigo 197 considera áreas de preservação permanen-
TRATADO, NA BAlA DE SANTOS tes (APP):os manguezais, as nascentes, os mananciais e matas
- COLETORES E INTERCEPTAOORES DE ESGOTO
ciliares, as áreas estuarinas e as áreas que abriguem exempla-
__ EMISSÁRIO SUBMARINO
res raros da fauna e da flora, bem como aquelas que sirvam come

,..
Continua pelo sistema de esgoto

....
ESTAÇÃO ELEVATÓRIA DE ESGOTO

ESTAÇÃO DE PRÉ-CONDICIONAMENTO
E ESTAÇÃO ELEVATÓRtA PRINCIPAL

ATERRO SANITÁRIO DO SITIO DAS NEVES


DE ESGOTO
!I CUBMÃO~
i,I;:;'1~
~;;1.1d

\--LS:~',,-amm
CJ k... ].
i
local de pouso ou reprodução de aves migratórias.
Há ainda o Código Florestal, Lei Federal nº 4.771, de
do municipio de São Vicente até ser 15/9/65, que declara que as florestas e demais formas de ve-

• J~~~~~.
tançôdo no emissario da Ponta do lIXÃO DESATIVADO DA AlEMOA
••• i
ltaipu, no municipio da Praia Grande. (J getação natural situadas ao longo dos rios ou de qualquer cur-
o
"._---
1
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2 3
PEDREIRAS - ATIVIDADE MINERÁRIA
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$A?VlCENTE
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PONTOI}E'
;lUARUJ' i
I
so d'água, no topo de morros, montes, montanhas e serras, nas
Km encostas ou partes destas, com declividade superior a 450 e nas
ti:::::::~~
___
l.ANçAMENro

~BEHT~.
PARA

v ~~ê/ ~
1

, restingas fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues, são


áreas de preservação permanente.

o SISTEMA DE ESGOTODE SANTOS: por ser uma cidade plana, os esgotos de Santos não podem ser conduzidos por gravidade, através de simples tubulações, necessitando, assim,
de bombeamento efetuado pelas estações elevatórias de esgoto projetadas desde a época de Saturnino de Brito. A SABESPconservou algumas delas e construiu outras. As estações levam
o esgoto até o interceptador oceânico, que o conduz até a estação principal no José Menino, onde uma Estação de Pré-Condicionamento trata o esgoto e o envia ao Emissário Submarino,
de onde é lançado em alto-mar.

46
AILAS E DO DE SANTOS

OS CANAIS DE SANTOS A automatização garante mais rapidez na ação dos técnicos da Prefeitura, possibilitando o controle do nível das águas dos canais,
bem como a lavagem hidráulica dos canais, quando as águas são contidas no canal durante a maré cheia e escoadas na maré baixa,
fazendo que o fluxo do canal para o Estuário carregue todos os detritos que ali existem.
Incorporado hoje ao cotidiano dos santistas Além disso, esse sistema de comportas traz benefícios à balneabilidade das praias de Santos, pois os detritos liberados no Estuário
e à paisagem urbana da cidade, este ano com- durante a "maré de vazão" (da maré alta para baixa) são transportados convenientemente para a Baía de Santos e dali ao mar aberto,
pleta 100 anos desde o primeiro canal cons- onde as condições de dispersão da poluição são mais favoráveis. Poucos percebem o valor ambiental e a melhoria da qualidade de vida
truído, o Canal 01. que esse sistema representa.
Idealizado por Saturnino de Brito (Engº
Chefe da Comissão de Saneamento de Santos),
uma das figuras mais proeminentes na Enge-
nharia Sanitária do País, projetou nove canais de
drenagem e captação de água pluvial aprovei-
/'"C""'',. ~"- /""~
CANAIS DE SANTOS
tando o relevo plano da cidade, separando o sis-
/ '-~---"'---J_ ./ '/(~.~
tema de coleta de esgoto do sistema de coleta
pluvial (canais e rede subterrânea).
Esta rede de canais cortava de norte a sul
(---~~-~--'-l ~ f _~__
\
~~
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a planície de restinga, da praia até o Canal do
Estuário, expulsando a água parada do interior
'-- SACIADO
-:
\
N
da ilha através da renovação das águas efetua-
da pela força das marés. ~A."
- ~-\~~
Na época, os canais, além de evitarem do- . . ~ \
O""ClC ••••
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enças provenientes da "água parada", impedi-


ram as freqüentes inundações que traziam
: \

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JjV"
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consigo muitas moléstias. \\
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"'7-t-

Dando continuidade e aprimorando proje-


to de Saturnino de Brito, outros canais surgiram
""",.",.. CANAIS ABERTOS (EXPOSTOS)

SACIADO
'\
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()
o~
MACUCO

••••
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na Zona Noroeste, como o canal da Av. Jovino CANAIS FECHADOS (SUBTERRÂNEOS)

de Meio, seguindo os mesmos princípios e ob-


jetivos dos canais da Zona Leste.
•• COMPORTAS DE CANAIS
- t\>.~\~%
Nos últimos anos o sistema foi aperfeiço- A - Canal 01 da Av. Sen. Pinheiro Machado
ado com a reutilização das antigas comportas B- Canal 01A da Av. Rangel Pestana e Av. Campos Sales E '\_ .
C- Canal 02 da Av. Dr. Bernardino de Campos
dos canais, que regulavam o fluxo durante as D- Canal 03 da Av. Washington Luis ,~

fortes chuvas e durante as marés altas, evitan- E - Canal 04 da Av. Siqueira Campos

do o transbordamento dos canais.


F - Canal 05 da Av. Almirante Cochrane
BAiA DE SANTOS
".-.0 ...
G- Canal 06 da Av. Cel. Joaquim Monlenegro
H- Canal 07 da Av. Prof. Aristóteles Ferreira e Av. Gal. San Martin
••... ~\~
Contudo, além da reativação das compor- I - Canal 08 da Av. Dr. Moura Ribeiro =H I
tas, antes e há muito tempo abandonadas, a J - Canal 09 da Rua Barão de Penedo
K - Canal do trecho final da Av. Afonso Pena ,Iv
Prefeitura municipal vem gradativamente auto- J"
L - Canal da Av. Francisco Manuel \ \ // J
matizando essas comportas, monitorando-as e M-
N-
Canal
Canal
Bom Retiro das ruas Alberlo Carvalho de Vicenzi Secco e Roberlo de Molina Cintra
da Av. Jovino de Meio
\""-~r' ~
operando o fechamento e a abertura das mes- O- Canal Marginal do Rio do Bugre
mas em tempo real, através do Laboratório Am- P - Canal da Av. Hugo Maia
Q- Canal São Jorge da Av. Eleonor Roosevelt
biental do município, instalado no Posto 3, na
11raia do Gonzaga.

47
!.. ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO 00 MUNiCíPIO DE SANTOS

TURISMO
Embarque do Bonde

~,~ N

~,'
O~.""L
S

Área Continental

so)
go
PONTOS TURíSTICOS $eGlll
G
~
GG
EDl
Área Insular

~
O Jardim Botânico Chico Mendes
Casa do Café

Mercado Municipal

Capela N. S. do Monte Serrat


Centro Cultural Patrícia Galvao

Mendes ConvenHon Center

Orquidârio Municipal de Santos

Pça. Cidades Irmãs Sérgio Vieira de Meio


Emissário Submarino

Escola de Esportes

Praça das Bandeiras


Radicais
q
Gins Arte - Posto 4
~ Deck do Pescador
Instituto Histórico e Geográfico de Santos U!l Pler Público Edger Perdigão
• Shopping Center
Pça. Paulo Viriato Correa da Costa 0:1 Mercado de Peixes

D
Pinacoteca Benedito Calixto
~ Museu do Mar
Gibiteca Marcel Rodrigues Paes Gl Vale do Qullombo
Igreja SI. Antônio do Embaré Quadras e sistema viário
€1!l Caminhos do Jurubaluba
Biblioteca Mário Faria
€Il Estáncla Diana
_ Vias de referência
Aquário Municipal de Santos ~ VilaDiana
Museu de Pesca ~ Fazenda Cabuçu _ Canais (trechos expostos)

Fonte: Secretaria Municipal de Turismo

48
._------------_._. ._._-
JARDIM ._.DA._-----------------_.
~
PRAIA __ __ __

ORLA MARíTIMA DE SANTOS


'"

Monumento a

Fonte Nove de Julho Vicenle de Carvalho

Bonde Camarão em Bustos de Lydia Federici e


exposição permanente Maria José Aranha de Rezende

Posto de Salvamento 03 Posto de Salvamento 04


e Laborat6rio de Controle Ambiental e Cfne Arte Posto 4

Monumento ao
Estátua
Surfista
do D E
V Centenário do
Posto de Salvamento 02

\
Descobrimento
e Escolinha de Esportes Radicais
da América
da Prefeitura Municipal de Santos f-\.
Espaço das Cidades--lnnãs Fonte do Surfista
Sérgio Vieira de Meio ~
~

POSIOde Salvamento 01
e Guarda Municipal

Presidente Wilson
Po~ta
da Praia

ILHA URUBUQUEÇABA o'g::l


SOGm

~~
.
]] ~ ~ ~ ~ ~
l . ._. ..
,.. ....
. ]~
.f;j

u u u u u

50
Prédios de valor histórico-arquitetônico-cultural

!
8
g
o"'
\-
1 - Condomínio Palacete Olimpía
2 - Casarão (Agência - Caixa Econômica Federal)
3 _.Atlântico Hotel
4 - Palacete São Paulo
@-

(J J 5 - Condomínio Edifício Parque Verde Mar


o 6 - Condomínio Edifício Astro
7 - Pínacoteca Benedito Calixto
8 - Igreja Santo Antônio do Embaré
9 - Escola D. Escolástica Rosa
10- Edifícío Enseada

I'~ I
....'
Área de lazer com quiosques
e praças de alimentação

Praça e estátua de
Santo Antônio do Embaré Busto de
Joaquim Marques Lisboa
(Alm. marquês de Tamandaré)

Praça De Molay
Posto de Salvamento 06 e
Biblioteca Municipal Mário Faria

Fonte do Sapo

Praça do Maçam

s A
Farol

N:r
o
s
Estátua de João
Posto de Salvamento 05 Octávio dos Santos
e Gibileca Municipal

Busto do Brigadeiro
Rafae! Tabias de Aguiar
Pça. e busto Paulo Viriato Corrêa
da Costa (antiga Ilha da Conveniência)

Monumento aos 500 anos

Monumento aos dos Descobrimentos Portugueses

Imigrantes japoneses

Praça e estátua
da crucificação

Busto do duque Busto do vereador


de Caxias Luiz La Seala

o 150 300 450


•••

II 51
PRAÇAS DE SANTOS

_ Área Continental
Área Insular
1- Pça. João de Moraes Chaves

D
2- Pça. Elos Clubes
3- Pça. Dr. Antônio G. Gonçalves
4- Pça. Dep. Eusébio Rocha
Quadras e sistema viário
5- Pça. Nicolau Geiragire
6- Pça. José Derito 31 - Pça. Ruy Lugo Vina
___ Vias de referência
7- Pça. Gerônimo de La Terza 32 - Pça. Lions Clube
8- Pça. Armando Erbiste 33 - Pça. Manoel de Almeida Canais
9- Pça. dos Ex-Combatentes 34 - Pça. Américo de Souza (trechos expostos)
10 - Pça. Afonso E. Taunay 35 - Pça. Marina de M. S. Silva
11 - Pça. Mal. Eurico de Gaspar Dutra 36 - Pça. Francisco Martins dos Santos
12 - Pça. Prof. José de O. Lopes 37 - Pça. dos Andradas
13 - Pça. da Paz Universal 38 - Pça. Ruy Barbosa
14 - Pça. Dr. Bruno Barbosa 39 - Largo Marquês de Monte Alegre
15 - Pça. Dr. Altino Arantes 40 - Pça. Senador Vergueiro
16 - Pça. Dr. Augusto Cerqueira 41 - Pça. Azevedo Júnior
17 - Pça. Dr. Décio Brandáo Camargo 42 - Pça. Visconde de Mauá
18 - Pça. Espanha 43 - Pça. Barão do Rio Branco
19 - Pça. Prof. Nicanor Ortiz 44 - Pça. da República
20 - Pça. Domingos Auliciho 45 - Pça. Antônio Teles
21 - Pça. Maria Coelho Lopes 46 - Pça. Correia de Meio
22 - Pça. Florival Barleta 47 - Pça. Tenente Mauro B. de Miranda
23- Pça. Eng. José Demar Peres 48 - Pça. Patriarca José Bonifádo
24 - Pça. Estado de Israel 49 - Pça. D.ldilio J. Soares
25 - Pça. Otávio Ribeiro de Araújo 50 - Pça. Cândido Gaffrée
26 - Pça. Francisco Prestes Maia 51 - Pça. Silvério de Souza
27 - Pça. Albertino Moreira 52 - Pça. Nagasaki
28 - Pça. Guadalajara 53 - Pça. Iguatemi Martins
29 - Pça. Guilherme Delius 54 - Pça. Rui Ribeiro Couto
30 - Pça. Santa Paulina 55 - Pça. Belmiro Ribeiro

52
III
ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNICrPIO DE SANTOS _.

56 - Pça. Prof. André Freire Poderíamos alongar ainda mais essa reflexão, mas o impor-
57 - Pça Dr. Dutra Vaz A PRAÇA NO OLHAR DO POVO
tante é que não matemos, por conta da vida sedentária que le-
58 - Largo Dr. Ranulfo Prata
59 - Pça. da Bíblia vamos, a praça dentro de nós.
60 - Pça. Paulo F. Gascon Por definição - segundo o Caldas Aulete - praça é um
61 - Pça. Benedito Jr. Finalizando,é precisolembrar,sem receio de ser feliz, o que Cas-
"espaço com bancos e plantas, geralmente rodeado de ca-
62 - Pça. Olímpio Dutra tro Alves poetizou a respeito desse espaço mágico e democrático:
sas, lojas etc." Contudo, a bem da verdade, essa definição
63 - Pça. Cândido Portinari
64 - Pça. Washington não encerra os vários significados que a praça tem para "A praça é do povo como o céu é do condor."
65 - Pça. das Cidades Irmãs Sérgio Vieira de Meio cada um de nós e para a sociedade em que vivemos. Po- Praf. SebastiãoAugusto Ferreira
66 - Pça. John F. Kennedy rém, é impossível conceber uma cidade sem praça. Ocor-
67 - Pça. João Barbalho e
68 -
69 -
Pça. Benedito Calixto
Pça. Martinho Lutero
re que essa realidade é tão óbvia que consideramos
desnecessária qualquer reflexão ao seu respeito. Todavia, ]~
70 - Pça. Fernandes Pacheco por conta de uma afirmação que já está popularizada, o
71 - Pça. Independência ~'"
72 - Pça. das Bandeiras óbvio é mais difícil de ser percebido. No caso da praça, não
:2
73 - Pça. Rotary porque a desamamos e sim porque a agitação do cotidia- 'E
w
74 - Pça. João Miguel Kodja no global afeta a nossa percepção e um pouquinho da re- o
75 - Pça. dos Expedicionários :g
76 - Pça. Rubens Ferreira Martins
flexão a respeito dela. Se não, vejamos: ~
77 - Pça. Alm. Ant6nio A. Câmara Jr.
Quando crianças, a praça para nós representava um
78 - Pça. Padre Champagnat
79 - Pça. dos Outeirinhos espaço imenso onde brincávamos com relativa segurança e
80 - Pça. Almirante Tamandaré geralmente ensaiávamos os primeiros tombos de bicicleta,
81 - Pça. Prof. Domingos Fushini
patins, patinete, até domarmos os brinquedos com a ajuda
82 - Pça. Palmares
83 - Pça. Guilherme Aralhe conivente dos pais. Para os jovens, casais a praça era essen-
84 - Pça. Cel. Fernandes Prestes cialmente o lugar do namoro e do amasso. OS mais velhos
85 - Pça. Paulo Viriato Correa da Costa
tinham e ainda têm uma relação de descanso e boas lem-
86 - Pça. Santo Ant6nio do Embaré
87 - Pça. Manuel da Nóbrega branças com a mesma. Enfim, só percebemos o nosso caso
88 - Pça. Hipólito Rego de amor com a praça quando paramos para pensar nela.
89 - Pça. Joaquim Murtinho
90 - Largo Waldemar N. Canelas Mas, será que é só isso que uma praça significa para
91 - Pça. Miguel Couto nós, citadinos? Não, definitivamente não, pois a praça sem-
92 - Pça. Abilio Rodrigues Paz
93 - Pça. Visconde de Itaborahy pre será um espaço de lazer e socialização em qualquer lu-
94 - Pça. Praf. Oswaldo G. Martins gar do planeta.
95 - Pça. Visconde de Ouro Preto
96 - Pça. Vereador José Vieira Quem não comemorou, por exemplo, um título do seu
97 - Pça. Nossa Senhora Aparecida time do coração em uma das praças de sua cidade? Quem
98 - Pça. José Domingues Martins não participou, ainda que fosse meia-boca, de um evento
99 - Pça. Dr. Mauricio Fang
100 - Pça. 12 de Maio político (comício, vitórias de seu candidato, atos de protesto
101 - Pça. Winston Churchil etc.), realizados preferencialmente nas praças mais concor- .0 ')([ li
102 - Pça. Conselheiro Sinimbu
-- I
ridas do lugar.
103 - Pça. Engº José Rebouças
104 - Pça. Dona Ida Trilli Gomes dos Santos Não obstante, é preciso também resgatar o significado
105 - Pça. Allan Kardec
histórico que a praça contém, ou seja, através do seu nome .
I\-; _."'"
~
-K...., I~I ,~"'.,\..,k<\
'-- '--
-I. .,... .
A 1('\..;'/ •
106 -
107 -
Pça. Ver. Luiz La Scala
Pça. Dante Alighieri (de personagens e momentos de nossa história), é possível :r~I~-i ••

108 - Pça. Coração de Maria reavivar a memória da cidade e do País. E mais: a praça é o A praça Independência atualmente é palco de
109 - Pça. Franklin Delano Roosevelt que pode ser dito dela. Ela existe para nós mediada pela de- comemorações e protestos dos cidadãos santistas. É um
110 - Pça. N. S. do Carmo
111 - Pça. Almirante Gago Coutinho
nominação que lhe emprestamos. dos principais pontos de referência da cidade de Santos.
SISTEMA VIÁRIO
~o=--------
~
~~ •••••••• ..•••
-A
•••
••
••
•• DESTINOS DAS
TRAVESSIAS
{i
..B:.: PARA GUARUJÁ

A - Vicente de Carvalho (barcas da DERSA)


B - Vicente de Carvalho (catraias)
C - Santa Rosa (balsas da DERSA)
D - Santa Rosa (barcas)
E - N. S. dos Navegantes (catraias)
F - Praia do Góes (catraias)

o 0,5 1 1,5
.....- Arruamento principal
~
.",.,.,- Linha Férrea
•••••• Ciclovia

•••• Travessia Sanlos~Guarujâ

" PRES10f;NTE

SANTOS

q
DE
CONCESSIONÁRIA ECOVIAS
___ Unha férrea
Trocho - área continental de $tio Vicentef

t; ~O:c~v~a_~~~:ec~~~nUe~:t:~
~Ô~:~'sI
Rodovia Cônego Domênico Rangon;
MRS - Loglslica MRS SA (antiga linha Sanlos-Jundiá
operada anteriormente pela RF.F.S A.).
FERROBAN - Ferrovia 8undt::'iranles SA (antiga linha
GUARUJÁ
Santos·Mairinqlle operada anteriormente pola FEPASA). SANTOS
~ lnterligação da Bai)(ada Santista!
Anchieta-Imlgranles. Principais avenidas:

~ antiga
CaminhoEstrada
do Mar
da(Sã~
Maioridade.
Paulo·Cubatão) 1 - Av. Ayrlon Senna;
2 - Av. Nossa Senhora de Fatima;
3 - Av. Conselheiro Nébias;
IlAiA ~ Rodovia Padre José de Anchieta
(São Paulo·Santos). 4 - Av. Presidente Wilson;
DF
5 - Av. Vicente de Carvalho;
SANTOS ~
1.!!9! Rodovia
(São dos Imigrantes
Paulo-São Vicente). 6 - Av. Barlolomeu de Gusmão.

54
ASPECTOS GERAIS DA POPULAçÃO HABITANTES POR BAIRRO
ZONA LESTE

1 ~ Valongo POHIO o ÀREA CONTINENTAL


Área: 271 km2

Insular: 39,4 km2 / Continental: 231,6 km2


2 - COfllro
3 - P;tquoló
11 Vilo Novn
- 22
20 ~\ o VilaDiana

5 ~ Jnboquorn C) Monte Cabrão


6 - Vila Mallos
População fixa: 426.691 habitantes (SEADE-2007) 7 - Marap6
23
O Caruara
8 - Vila Bclmiro 26
População flutuante: 1.000.000 de turistas e veranistas/ano 9 - Encruzilhada
27
10 - Macuco
População rural: 2.236 11 - Campo Grande 201
12 - José Menino 31
Eleitores: 276.251 13 - Pompéia
14 - Gonzaga
15 - 8oqueirão
Densidade demográfica: 16 - Embaré
BAIRROS MORROS
17 - Aparecida
Insular: 10.551,95 hab/km2/ Continental: 9,65 hab/km2 18 - Ponta da Praia 33 - Monto Sorl'nt
19 - Estuário 34 - FOfllonn
Crescimento demográfico anual: 0,32% (2000/2005) ZONA NOROESTE 35 - 51'10 Donto
36 - Pnchoco
20-Alemoa 37 - Ponhn
Taxa de natalidade: 13,6 nascidos por mil habitantes 21 - Jardim Piratininga 30 - S"IJ06
22 - Jardim S~O Manoel 39 - Viln Progrosoo
Taxa de mortalidade infantil: 14,49 por mil crianças nascidas vivas 23 - Chica de Pauta 40 - Jabnquwfl
24 - Vila Haddad 41 - Nova Cinlm • 31.200 a 37.000 hab.
25 - Sab06
Óbitos hospitalares: 606 homens e 490 mulheres 26 - Jardim Bom Reliro
42 - Chlco de PautA
• 24.100 a 31.200 hab.
43 - Snnla Mnrlo
27 - Jardim Santa Maria 44 - CanoloÍfa 15.700 a.24.100 hab.
leitos hospitalares: 1664 (44% são disponíveis ao SUS) 28 - Caneleira 45 - Cnchoolm
I

29 - Jardim Rádio Clube 46 - Eml)l)r6 • 7.700 a 15.700 hab.


Taxa de analfabetismo: 3,56% 30 - Jardim CastelO 47 - MH(;lPO i Oa7.700hab.
31 - Areia Branca 48 - SnnlO Torozlnlla Fontes: NESE - Núcleo de Pesquisas e Estudos SOcloeoonómlcos
Média de anos de estudos da população de 15 a 64 Anos: 9,49 32 - Vila São Jorge 49 - Jos6 Menino da Universidade Santa CecmallBGE: Censo 2000.

População de 18 a 24 anos com Ensino Médio completo: 57,76%


Matrículas
Matriculas
no Ensino Fundamental:
no Ensino Médio: 18.954
48.453
PIRÂMIDE ETÁRIA
Principais atividades econômicas: <{
f- 35
ANOS
20
40 - 24
39
(/J
;:;:
(/J ~w
LL
.<{
C2 25 -- 49
30 34
29
60
50
0-4
10
15-19
5-9
70 - 59
ou 69
-14+ 7,35%
IlIrismo, Comércio e Portuária
8,25%
Ilendimento médio nos empregos ocupados (2003):
10.50% o
I\gropecuária: R$ 710,60 .«
14.13%
s:t
w •...
Indústria: R$ 1.246,42 7.71% o:g
"'o
W.«
Construção Civil: R$ 736,37 7,35% "'''"
~:3
«"
Comércio: R$ 804,60 7.67%
zo
•...a.

wa.
8,73% ~«
Serviços: R$ 1.323,51 ~
8.68%
Ilenda per capita: 4,8 salários mínimos 7,11%
Orçamento municipal: R$ 554.267.000,00 (2004) 6,26%

Aniversário da cidade: 26 de janeiro 6,25%

Gentílico: santista HOMEMS MULHERES

Prefeito atual: João Paulo Tavares Papa HABITANTES


Fonte: IBGE e SEADE/Período 2003-2007) Fonte: Invest Santos/lBGE: Censo 2000.

II 55
U8. ATLAS GEOGRÁFICO E HISTÓRICO DO MUNiCípIO DE SANTOS

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