Академический Документы
Профессиональный Документы
Культура Документы
20160920 CHINA: DEMANDA POR EMPRÉSTIMOS DESABA
1a edição 20160920 12:00 Brasília
MundiWar ainda mantem seu prognóstico de que o pior, na economia mundial, ainda está por vir. Nenhum
sinal sólido que altere este prognóstico emergiu nos indicadores monitorados por MundiWar nas principais
economias globais.
A China continua seu percurso sólido rumo a um "hard landing" (pouso difícil). Seus indicadores apontam
para isto tanto na economia real como na economia financeira. Suas grandes, médias e pequenas
empresas estão enfrentando enormes dificuldades para AUMENTAREM SUA ALAVANCAGEM. A economia
chinesa opera com uma viciante exposição ao crédito, enquanto este é fortemente subsidiado e, pior,
clientelista/cartorial em função da dispersão da malha financeira pelas economias provinciais, mas orgânica
às complexas condições históricas vigentes nestes mercados.
O gráfico 02 nos mostra o comportamento da demanda agregada por crédito pelas pequenas, médias e
grandes empresas. O nível atingido agora nunca foi tão baixo desde 2004. Vemos então no gráfico muito
bem destacado a CRISE INTERMEDIÁRIA DE 2012, a sua recuperação e o posterior mergulho na CRISE
CÍCLICA DE 2014. E o mergulho continua. O mergulho é mais acentuado nas PEQUENAS e MÉDIAS
EMPRESAS do que nas GRANDES. Porém, no agregado, podemos ver que a tendência recessiva é firme.
Esta relativa aversão ao crédito, refletida na sua demanda, pode ter várias leituras, explicações e mesmo
tentativas de legitimação, neste caso oficiais.
As autoridades chinesas estão, publicamente, refreando a economia chinesa no intuito de uma
transformação importante: da ênfase no mercado externo para a ênfase no mercado consumidor interno.
Não parece estar funcionando. Há, claro, uma contradição que até agora não foi superada. Tratase do
núcleo do modelo chinês. MundiWar vê como o fundamento do modelo chinês os preços baixíssimos de
sua mãodeobra, comparativamente aos padrões internacionais. Os dados sistematicamente divulgados
pela OIT mostram claramente este diferencial, que também podemos ver no PIB percapta. MundiWar vê a
seguinte contradição: como desenvolver o mercado interno de consumo sem ferir o fundamento da
competitividade chinesa no exterior que reside exatamente no baixo poder aquisitivo do trabalhador chinês?
Mesmo a formação de um mercado de classe média não poderia compensar a demanda externa por
produtos de consumo final chineses.
A economia chinesa não tem a menor condição agora de fazer esta mudança no seu padrão de
acumulação, que tem como base os baixos salários, baixíssimos.
A estratégia chinesa hoje é o desenvolvimento do projeto da NOVA ROTA DA SEDA. Mas tratase de um
projeto para o longo prazo.
Para a atual conjuntura a China ainda tem que garantir a reprodução de sua economia na retomada das
exportações e na formação bruta de capital.
Neste sentido, a recuperação da economia chinesa irá 'pari passu' com a recuperação cíclica da economia
mundial, ambas ainda na 2a FASE da CRISE CÍCLICA de 2014. Esta 2a FASE que ainda não realizou sua
tarefa cíclica: a GRANDE QUEIMA DE CAPITAIS.
MundiWar acompanha a situação da economia real, ainda em crise, e a situação nas finanças mundiais,
que emite sinais mais e mais alarmantes.