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Íris Apfel – Um olhar necessário para terceira idade

1. Introdução

Neste trabalho procura-se apresentar recortes sociais e atuais sobre temáticas como:
envelhecimento, revisão sócio-crítica da velhice, aspectos sociais e comportamentais do
envelhecimento, autoestima em conexão com a moda. A figura da reconhecida designer de
interiores e ícone de moda nonagenária Íris Apfel é aqui utilizada como expressão e objeto da
intersecção de tais temáticas na tentativa de interligar e explicitar de modo claro os temas
abordados. Apesar de temas como idade e moda normalmente trazerem à mente uma ideia de
juventude, talvez como produto do nosso tempo, tais temas podem perfeitamente ser
entendidos ora separadamente, ora em conexão um com o outro.

As primeiras abordagens cientificas sobre a velhice datam do século XVI e cientistas


como Francis Bacon e René Descartes já se preocupavam em analisar o envelhecimento. O
primeiro trabalho científico sobre a velhice conhecido é do médico francês Jean Marie
Charcot, em 1867, intitulado Estudo clínico sobre a senilidade e doenças crônicas, no qual
ele aborda as causas e consequências da velhice em humanos (JUNIOR, 2005). Em 1970 a
preocupação com a integração social de idosos voltou a ser objeto de estudos que focavam em
aspectos físicos, mentais e sociais relacionados ao envelhecimento (CACHIONI, 1999).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a expectativa de vida da população


mundial, que hoje é de 66 anos, passará para 73 anos em 2025. Dentre os países que
apresentam maior longevidade estão: a Islândia, a Itália, o Japão e a Suécia (ZIMERMAN,
2007). No Brasil, a esperança de vida é de 67 anos e, em 2025, a expectativa é que possa
chegar aos 74 anos. Para se ter uma ideia, em 1940, a esperança de vida não passava dos 42
anos e em 1970 era de 60 anos, ou seja, seis anos a menos que hoje. Dois fatores são
responsáveis pelo aumento crescente na população de idosos: redução da natalidade e redução
da morbidez e mortalidade (ZIMERMAN, 2007).

A moda, apesar de ser um tipo de convenção social, forma de expressão estética e de


gostos, apresenta como uma de suas características a silhueta, que leva em conta as formas
assumidas pelo corpo sobre os quais são modelados os decotes dos vestuários pelos estilistas
para a indústria da moda, formas estas que mudam com o passar dos anos. Outros pontos a
serem considerados pelo mercado da moda para a terceira idade é que as características
psicológicas dos indivíduos dessa faixa etária são diferentes, como por exemplo: tendem a ser

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mais racionais do que emocionais; são mais aptos a calcular e avaliar cuidadosamente; tem
conceitos e visões próprias, independente das tendências externas; são mais leais a marcas
(XU e WANG, 2010).

Revisão de literatura

1.1. Íris Apfel – Relevância histórica

Nascida como Iris Barrel, em Astória, um distrito comercial localizado no bairro do


Queens, na cidade de Nova Iorque, em 29 de agosto de 1921 (98 anos). Filha única de Samuel
Barrel e Sadye Barrel, imigrantes judeus de origem russa, que eram comerciantes do ramo de
vidros e espelhos. Iris estudou história da arte, pela Universidade de Nova Iorque, e
frequentou a escola de arte da Universidade do Wisconsin (HODSON, 2007).

Iris Apfel, sobrenome herdado do marido Carl Apfel (nascido em 4 de agosto de 1914
– falecido em 1 de agosto de 2015), apesar de ser símbolo e ícone de moda para a terceira
idade, teve seu interesse despertado pela moda ainda jovem. Ela é reconhecida empresária e
designer de interiores, tendo trabalhado na decoração da Casa Branca, durante o pleito de
diversos presidentes americanos. Ela também é uma palestrante requisitada em encontros e
aulas para estudantes universitários em cursos relacionados à moda e colecionadora de
artigos, que vão de roupas a objetos de decoração interna (RABELO, 2015).

Em 2014, um documentário de 1h 23 mm, dirigido por Albert Maysles, contou a


história de Iris Apfel. O documentário mostra a vida de Iris Apfel, uma mulher singular e
retrata seu entusiasmo pela moda e arte, que encara como um experimento na vida. Um retrato
sobre a criatividade, valores e trabalhos éticos durante a Grande Depressão e a importância de
manter esses mesmos termos em um mundo repleto de glamour.

1.1.1. Conceitos gerais sobre autoestima da terceira idade

A autoestima é o juízo de valor expresso nas atitudes que o indivíduo tem consigo
mesmo, e, consequentemente, com os outros. Deste modo, ter uma autoestima elevada é
importante porque proporciona maior segurança e confiança para o viver a vida.
(MOSQUERA e STOBÄUS, 2006). Esse viver a vida, em idade mais avançada, é uma
consequência que se deve ter das vivências dos ciclos vitais anteriores, de modo a viver a
última fase deste ciclo, com boa qualidade de saúde, tendo em vista a longevidade (SILVA et
al., 2011).

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As pessoas podem vivenciar experiências que redundem em auto-estima positivas,
outras em negativas. O ideal seria poder chegar a sermos o mais objetivo possível, quer dizer,
realistas, em relação à nossa pessoa, quer aceitando nossas qualidades boas, com a finalidade
de poder cultivá-las, quer criticando-nos realisticamente em nossas limitações, e nossos
defeitos, tentando superá-los (MOSQUERA, 1983).

São traços do que seria uma auto-estima positiva: ter segurança e confiança em si
mesmo; procurar a felicidade; reconhecer nossas qualidades sem maiores vaidades; não
considerar-se superior e nem inferior aos outros; saber admitir limitações e aspectos menos
favoráveis da personalidade; ser aberto e compreensivo; ser capaz de superar os fracassos com
categoria; saber estabelecer relações sociais saudáveis; ser crítico construtivo; e,
principalmente, ser coerente e consequente consigo mesmo e com os outros (MOSQUERA e
STOBÄUS, 2006).

A auto-estima é fundamental para a experiência de vida de uma pessoa. É um aspecto


subjacente da personalidade que afeta o relacionamento interpessoal bem como o humor e a
habilidade para funcionar. Por exemplo, Zung (1967), Bibring (1953), Busse (1954), em
artigo lidando com episódios de depressão em adultos e idosos, apontam a baixa auto-estima
como principal colaborador da depressão. Busse (1954), em artigo sobre episódios de
depressão tanto em jovens adultos como em idosos, concluiu que o principal mecanismo
subjacente a episódios de depressão em idosos pode ser distinto daquele para jovens adultos.
O autor descreveu o processo de depressão em jovens adultos como desvios internos de
impulsos inconscientes que são inaceitáveis para o ego, enquanto que em idosos a depressão
está relacionada a perda de auto-estima. Assim, os sentimentos de inferioridade e as
depressões incipientes que surgem neste momento da vida estão relacionadas às
circunstâncias internas e externas.

1.1.2. Aspectos sociais e comportamentais da terceira idade

1.1.3. A moda e as contribuições para o seguimento da terceira idade

1.2. Elaboração de produto

1.2.1. Inspiração/painel de inspiração

1.2.2. Produto/ Croqui (Conceitual)

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1.2.3. Cartela de cores

1.2.4. Cartela de materiais (sustentáveis e reciclados)

1.3. Produção de moda

2. Objetivos

3. Materiais e métodos

4. Discussão

5. Conclusão (Considerações finais)

Referências bibliográficas

Junior, G.P. Sobre alguns conceitos e características de velhice e terceira idade: uma
abordagem sociológica. Revista Linhas, v.6, n.1, 2005, p.1-14.

Cachioni, M. Universidade da terceira idade: das origens à experiência brasileira. In: Neri,
A.L.; Debert, G.G. (Org.). Velhice e sociedade. Campinas: Papirus, 1999, p. 141-178.

Zimerman, G.I. Velhice: aspectos biopsicossociais. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2007.

Wang, X.; Wu, D. Study on clothing for elderly. Proceedings of the 2010 International
Conference on Information Technology and Scientific Management, 2010, p.56-59.

Hodson, H. 2007. "Anything goes". The Daily Telegraph. London.

Rabelo, R. 2015. A vida de Iris Apfel vira documentário. Acesso em:


https://olhomagi.co/iris-apfel-documentario/ (27/03/2015).

Mosquera, J.J.M.; Stobaus, C.D. (2006). Auto-imagem, auto-estima e auto-realização:


qualidade de vida na universidade. Psic Saúde & Doença, 7(1): 83-8.

Silva, L.W.S.; Santos, R.G.; Squarcini, C.F.R.; Souza, A.L.; Azevedo, M.P.; Barbosa,
F.N.M. Perfil do estilo de vida e autoestima da pessoa idosa. Perspectivas de um programa de
treinamento físico. Revista Temática Kairós Gerontologia, 2011, 14(3):145-166.

Mosquera, J.J.M. Vida Adulta. Personalidade e desenvolvimento (2ª ed.). Porto Alegre:
Sulina, 1983.

Zung, W.W.K. Depression in the Normal Aged, Psychosomatics, 8, pp. 287-292, 1967.

Bibring E. The Mechanism of Depression, Affective Disorders, P. Greenacre, (ed.),


International Universities Press, New York, 1953.

Busse, E.W. The Treatment of Hypochondriasis, Tri-State Medical Journal, 2, pp. 7-12,
1954.

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