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ELETROCARDIÓGRAFO
Belém/PA
2018
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1. ELETROCARGIÓGRAFO
Eletrocardiógrafo é um equipamento projetado para coletar a diferença de potencial
presente no corpo devido à atividade cardíaca e apresentá-los de forma gráfica.
Até 2009 a única garantia dada ao médico era a segurança básica, ou seja, itens como
proteção contra choque, descarga de desfibrilador e aterramento eram garantidos quando o
equipamento possuía o certificado pela norma ABNT NBR IEC 60601-2-25 de 2001. Nesse
cenário, ficava sob a reponsabilidade do médico o risco de usar um equipamento que poderia
não ter qualidade suficiente para apresentar corretamente o sinal, prejudicando o diagnóstico.
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Dessa forma, quando é usado um eletrocardiógrafo certificado pela 2-51, o médico tem
a garantia não só da segurança, mas também da qualidade do sinal entregue pelo
eletrocardiógrafo, já que ele foi testado por um laboratório acreditado pelo INMETRO.
Por isso, usar um eletrocardiógrafo certificado pela 2-51 ou 2-25 (2014) é a garantia
legal de que o equipamento usado está conforme as mais recentes normas técnicas e de
acordo com os padrões nacionais e internacionais de qualidade.
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Medidas Automatizadas de ECG: Garante que o algoritmo de medida possui erro
menor que o estipulado. Para o QRS, por exemplo, a diferença da média máxima é de
10ms com desvio padrão máximo de 10ms.
2. FUNCIONAMENTO DO ELETROCARDIÓGRAFO
Filtro Notch;
É necessária alimentação simétrica para os ampOps de +15V e –15V que pode ser
obtido através de um divisor resistivo de uma fonte de 30V. Por se tratar de um equipamento
que vai ser conectado diretamente ao corpo do paciente, a fonte precisa ser isolada por
questões de segurança. Outra opção bastante segura seria alimentar o circuito com duas
baterias de 9V em série e um inversor para gerar a tensão negativa.
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Figura 2: Diagrama em blocos do nosso projeto de eletrocardiógrafo
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Figura 3: Exemplo de eletrodo ECG comum descartável
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Figura 5: Amplificador de Instrumentação
Substituindo os valores:
De acordo com o seu datasheet, o TL074CN possui CMRR típico de 100dB o que
satisfaz este requisito. Repare que Ra é ajustável para que possa compensar a imprecisão
dos resistores.
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Figura 6: Amplificador de Instrumentação com INA133
Ganho = 10;
Observe que a frequência de corte não pode atenuar sinais próximos de 1Hz e até
mesmo um pouco menos que isso para não cortar o sinal desejado. Observe também que
com o ganho anterior somado a este, conseguiremos atingir o ganho total de 1000.
Seguindo as equações:
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De modo que:
Para o ganho:
O resistor R10 não altera a fórmula de ganho do filtro, apenas aumenta a impedância
de entrada do mesmo.
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O que se aproxima bem da nossa especificação. É recomendado não deixar o ganho
total para um único estágio para o circuito não perder estabilidade.
Essa parte é bem simples. Consiste apenas em um filtro passa baixas com as seguintes
características:
Filtro passivo
1ª ordem
fc = 150 Hz
Ganho unitário
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2.5. Filtro rejeita faixa (NOTCH)
Depois de tudo precisamos ainda fazer mais uma coisa: eliminar a interferência de
sinal da rede elétrica. Mas como? Através de um filtro rejeita faixas (Notch) com uma largura
de banda de corte muito estreita que elimine apenas sinais de 60Hz. E para isso utilizaremos
o Notch com topologia conhecida como duplo T, onde são utilizados dois AmpOps
funcionando como buffer.
Nosso Filtro terá as seguintes características:
Frequência a ser eliminada = 60 Hz;
Ganho unitário.
Quanto ao fator de Qualidade Q, determinaremos que seja próximo a 0,8 para que a
largura de banda seja estreita. Segundo a fórmula:
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Figura 9: Filtro Notch
O circuito buzzer é opcional conectado a saída. Serve para “apitar” nos picos de tensão.
Uma ponta de prova do osciloscópio deve ser colocada na saída e outra ponta no terra
para a visualização do gráfico do eletrocardiograma.
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Figura 10: Esquema Elétrico do ECG
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Para realização do Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
4. ELETRODOS DE ECG
4.1 Cardioclipe
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4.3 Eletrodo Descartável
5. Terminações ECG
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6. Cabos ECG
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as respectivas formas de onda do sinal elétrico em cada ponto estão apresentados na Figura
11 (GANONG, 2003).
Figura 11 – Sistema de condução do coração; à esquerda, os potencias de ação típicos para cada parte do
coração, e sua correlação com a atividade elétrica adquirida na pele (ECG).
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Sistema de Purkinje 4,00 m/s
Músculo ventricular 1,00 m/s
ECG pode ser adquirido pela medição da diferença de potencial de um eletrodo,
posicionado em um ponto da pele, até um potencial de referência (registro unipolar) ou
através da diferença de potencial elétrica entre dois eletrodos (registro bipolar). Quando o
sinal de despolarização se move em direção a um eletrodo, causa uma variação positiva no
sinal deste eletrodo e, quando se move na direção oposta, causa uma variação negativa
(GANONG, 2003).
8. SISTEMA DE DERIVAÇÕES
Figura 12 – Sistema de derivações idealizado por Einthoven. (1) Representação visual das formas de onda. (2)
Representação triangular das derivações bipolares de Einthoven. (3) Representação vetorial das derivações
bipolares de Einthoven.
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8.2 Sistema de derivações de Wilson
Um sistema de derivações unipolares foi proposto por Frank Wilson, por volta de 1930,
com o intuito de representar de forma mais fidedigna a atividade elétrica cardíaca. Wilson
propôs seis derivações pré-cordiais, nomeadas de V1 a V6, referenciadas a um terminal
central (MALMIUVO; PLONSEY, 1995). O sistema de derivações pré-cordiais está
representado na Figura 13.
Figura 13 – Sistema de derivações idealizado por Wilson. (1) Eletrodos posicionados no peito e o terminal central
conectando os membros. (2) Detalhe do posicionamento dos eletrodos no peito.
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Figura 14 – Sistema de derivações idealizado por Goldberger. (1) Exemplo da obtenção da derivação aVR pela
desconexão do eletrodo do braço direito. (2) Triângulo demonstrando a forma de obtenção das derivações
aumentadas.
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Figura 15 – Forma de onda de um ECG normal nas derivações de Einthoven (I, II e III), de Goldberger (aVR,
aVL e aVF) e nas derivações precordiais de Wilson (V1, V2, V3, V4, V5 e V6).
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9.2 Onda P
A onda P é gerada no nódulo SA, próximo da veia cava, e está relacionada à
condução elétrica nos átrios. A anormalidade no formato da onda P indica anomalias
presente nos átrios, como a taquicardia paroxística atrial, caracterizada pela inversão da
polaridade da onda P durante o batimento acelerado. A ausência da onda P pode indicar
bloqueio sinoatrial ou taquicardia paroxística nodal A-V (MARIEB, 2004).
9.3 Onda T
A inversão da polaridade da onda T, quando associada a mudanças na forma do
complexo QRS, são um indicativo de contração prematura dos ventrículos (WIDMAIERS et
al., 2006).
9.4 Onda U
Embora a origem da onda U não tenha sido totalmente estabelecida, atribui-se a sua
presença ao potencial de repolarização tardia de regiões do miocárdio ventricular (BERBARI,
2000). A pesquisa com células M apontou uma ligação entre a propagação lenta dos
potenciais de ação nestas células com a presença da onda U. Há indícios da relação entre a
hipopotassemia e mudanças no eletrocardiograma, com o aparecimento de ondas U e
redução na amplitude de ondas T (RIBEIRO et al., 2004).
9.6 Intervalo QT
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A medição do intervalo QT apresenta aplicações práticas na detecção de algumas
cardiopatias como a síndrome do QT longo e a síndrome do QT curto. Seus graus de
dispersão também podem pré-diagnosticar arritmias ventriculares graves e risco de morte
súbita. (MAIA et al., 1998) e (BAUTISTA et al., 2004 apud PETRY et al., 2006, p. 3). O valor
da dispersão temporal do intervalo QT é utilizado em um índice preditivo do risco de morte
súbita, denominado índice da variabilidade do intervalo QT (BERGER et al., 1997).
9.7 Intervalo RR
O tempo entre cada excitação do coração difere levemente entre um pulso e outro. O
intervalo RR é o intervalo de tempo entre duas contrações consecutivas do coração e a
quantificação das flutuações dos ciclos RR normais permite avaliar o perfil autonômico
cardíaco. Baixas variabilidades indicam a existência de depressão da atividade vagal
(ALEXANDER, 1989).
9.8 Intervalo ST
O segmento ST se inicia no ponto de junção J (final do complexo QRS) e prossegue
até o início da onda T, devendo permanecer no mesmo potencial em que se situam o
segmento PR e o segmento TP. Segmentos ST elevados e planos podem indicar infarto do
miocárdio, enquanto segmentos ST inclinados ou deprimidos podem ser indicativos de
isquemia coronariana (GUYTON; HALL, 2002).
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Nas últimas décadas temos presenciado um processo de transformação e de inovação
tecnológica sem precedentes na área da saúde. Como consequência, a diferenciação dos
serviços da saúde em seus subsetores públicos e de mercado é aprofundada.
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Uma avaliação médica deveria ser o primeiro passo para que uma pessoa possa se
iniciar seguramente em uma atividade física, sem riscos à sua saúde. Isto parece,
infelizmente, não ser o exemplo a ser seguido por milhões de praticantes de exercícios
físicos e esportes de todos os tipos por todo o país.
O E.C.G deve ser realizado em repouso e em esforço (Teste ergométrico) a fim de que
se possa avaliar o estado do coração durante o exercício físico, porque uma pessoa pode ter
um E.C.G. de repouso sem alterações, porém quando submetida ao esforço podem aparecer
alterações significativas que possam sugerir doença cardíaca, principalmente isquemia
miocárdica*¹.
Estas informações são coletadas pelo cardiologista e são de grande importância para
quem se inicia num programa de atividade física com segurança e responsabilidade.
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12. REFERÊNCIAS
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CARVALHO, M. K. T. de. Eletrocardiograma resumido. Disponível em:
<http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAg0MAG/eletrocardiograma-resumido> Acesso em:
10 fev. 18
Site Minuto Saudável: Eletrocardiograma (ECG): o que é, para que serve e como é feito o
exame. Disponível em: <https://minutosaudavel.com.br/eletrocardiograma-ecg-o-que-e-para-
que-serve-e-como-e-feito-o-exame/> Acesso em: 15 fev.18