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Queimando
por você
“Burn for you”
Angela Verdenius
2
Equipe Pégasus
Lançamentos:
Envio: Soryu
Tradução: Fabi
3
Sinopse:
carro quebrou.
4
Comentário da revisora Argay M.
Boa leitura...
5
6
7
Capítulo Um
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interesse, talvez não se excitem por sua constituição, ignorem por
seu corpo plus-size. Atração tinha que contar, certo?
10
O motoqueiro tirou o capacete, passando a mão pelo
cabelo castanho espesso que estava despenteado e mal roçava
a gola da jaqueta. Seu rosto estava barbeado, ela notou quando
ele colocou o capacete no assento. Cautelosamente, deu vários
passos para trás quando o motoqueiro caminhou até ela. Ele era
alto, tinha ombros largos, intimidando em sua roupa de couro,
elevando-se sobre ela. Seus olhos eram azuis acinzentados. Seu
rosto era todo plano forte, o queixo quadrado, a boca firme e
autoridade emanava dele.
— O que aconteceu?
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Ela precisou se esforçar para não dar mais um passo para
trás, forçando-se permanecer parada. Se não quisessem fazer mal
a ela e ela saísse correndo, quão estúpida seria? Tinha jurado que
não deixaria o pânico assumir o controle e manteria essa decisão.
— Exatamente.
— Mmm.
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Scott lançou-lhe um olhar antes de se inclinar sobre o motor
e verificar várias peças e cabos de que ela não tinha ideia. Ryder
fez o mesmo.
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— Está tudo bem, senhora? — perguntou Scott calmamente.
— Você está um pouco pálida.
— Você? Tentou?
— Da última vez que fez isso, Ben levou uma semana para
corrigir o estrago.
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— Eu ainda não liguei, seu idiota.
Scott olhou de relance para ela, mas não disse nada, em vez
disso levantou o braço para perguntar a Kirk. — E então?
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— Feito. — Parando ao lado de Scott, Kirk pegou-a
desprevenida ao abaixar próximo à sua janela aberta. — Senhora,
Ben é o mecânico local na cidade. Vamos levá-la até ele, ok?
— Oh Deus, não!
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Ash segurou o volante com força. — Na verdade, se você
apenas me disser onde é a garagem, eu posso encontrá-la.
— Senhora?
— Sim?
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Ela se sentia tola. Todas as conversas que teve sobre
defender-se enfatizavam a necessidade de estar preparada. Ela
tinha quebrado uma das regras e só estava parcialmente
preparada.
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— Não, sempre acompanhamos todos os visitantes para a
nossa cidade. — Scott apareceu trás dela. — Porque somos muito
educados e acolhedores.
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— Está tudo bem, Ash. — Sua voz profunda era gentil, a
preocupação em seus olhos cinzentos tingidos com curiosidade.
— Eu não te machucarei.
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para sempre. Ela precisava encontrar um lugar barato para ficar e
um emprego. Mesmo um emprego temporário ou parcial seria
ótimo para começar. Estava acostumada a viver de maneira
econômica por toda a sua vida.
— Setecentos dólares?
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— Setecentos dólares incluem a mão de obra, a peça e o
custo de aquisição, que será de até uma semana.
— Nenhum celular?
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— Temo que não. Deixei-o completamente esmagado em
uma lixeira ontem e não consegui substituí-lo. — O que foi
absolutamente estúpido.
— Entendo.
A porta abriu e Ash viu Scott na porta. Ele olhou para ela e
para Ben e vice-versa.
— Tudo resolvido?
— Só um minuto.
— Oh, eu...
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Ela ainda olhava pela janela quando Ben a interrompeu.
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pelos edifícios e entrou em uma rua lateral. Eles passaram por uma
biblioteca e uma piscina e também pela Assembléia Legislativa.
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— Ignore-o. — Julia segurou o braço de Ash. — Ele é mal
humorado na maior parte do tempo.
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hospedes e funcionou bem, embora a maioria das pessoas tenha
um celular agora, então provavelmente cancelarei o telefone
público também. — Finalmente, parando para respirar, Julia abriu
a segunda porta a direita. — Este é o seu quarto.
— É adorável.
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— Fico feliz que tenha gostado. Agora, termine de se instalar
e sinta-se em casa. Há toalhas nas gavetas. O jantar é às seis
horas, então apenas verifique o cardápio e me diga até as
quatro, se estará aqui.
— Hum...
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Julia saiu do quarto, e colocou a cabeça na porta. — E não se
preocupe com Henry. Ele pode ser rude às vezes, mas o coitado
não sabe o que diz. É tudo culpa do meu filho e dos seus amigos.
— Ela saiu antes que Ash perguntasse quem era Henry.
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Não apareceu ninguém da casa, então deu alguns passos e
se aproximou, afastando cuidadosamente o gato da gaiola. O
gato lhe deu um olhar descontente e pulou em cima de uma
velha cadeira para se aconchegar e assistir a cacatua.
— Dê-me um beijo!
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Agora o que será que aconteceu para provocar esse tipo de
reação? Quase todo mundo gostava de ser tocado, de alguma
forma, em algum momento, seja de maneira amigável ou íntima.
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Henry parou, inclinou a cabeça para ela e gritou. — Puta!
— Dê-me um beijo!
— Alguém me chamou?
— Scott?
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Sim, algo com certeza aconteceu a essa mulher e deixou
uma marca mais profunda do que apenas magoa.
— Sim.
— Eu não sabia.
— Sim.
Scott sorriu.
— Há muito tempo?
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— Desde que tinha idade suficiente para me afiliar. Simon e
eu nos afiliamos no mesmo dia, na verdade.
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Capítulo Dois
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O rubor em suas bochechas desapareceu, ficando pálida. O
tremor que sentiu passar por ela não tinha nada a ver com desejo.
— Ash...
— Deixe-me ir.
— Está bem...
— Deixe-me ir!
— Cale-se.
— Bombeiro quente!
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Scott esfregou a nuca, querendo saber o que fazer agora.
Scott sorriu.
49
— Ficará para jantar? Você conheceria a minha nova
hóspede.
— Seja bom.
50
Rezando para que não encontrasse Scott depois de seu
ataque de pânico na tarde anterior, Ash caminhou até a cidade
para encontrar um lugar onde comprar um novo celular.
— Quem?
— Estou surpresa. Ainda assim, ouvi dizer que ele foi pego
com aquela vagabunda, Yvonne. Aquela vadia. — Os lábios de
Dee franziram. — Ryder também. É um vagabundo.
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— Huh. — Ash não sabia o que dizer.
54
— Ótimo. Posso também colocar um pouco de credito nele?
Por favor.
— Na verdade, sim.
— Sim, eu tenho.
55
Saindo do quiosque, Ash voltou para o café, sentando-se no
canto em uma pequena mesa de dois lugares. Pegando o
cardápio, ela o analisou.
— Ah.
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— Tal como Ben.
— Eu estou bem.
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— Eu não tenho notícias suas desde ontem! Estava
preocupada!
— Sim.
— Elissa...
— Bem, eu...
— Aparentemente.
— Você o quê?
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— Nada. Eles só estavam juntos.
— Não minta para mim, Ashley Smythe! Por que todos esses
caras dos serviços de emergência tropeçaram em você? Eles
faziam algum exercício de treinamento de emergência ou algo
do tipo?
— Motoqueiros?
— Ash...
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— Eu estava com medo.
— E?
— Certo. E?
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— Não, você é uma cantora.
— Ok.
— Mãe de quem?
— Scott.
— Tanto faz.
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— Ele te levou até a sua mãe?
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— Bem, eu estou sentada em um café, comendo um bolinho
gostoso, bebendo chá e levando bronca de minha melhor amiga
pelo meu novo celular.
Ash riu.
— Na verdade...
— Sim?
— Sério?
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— Porque não agüentaria tantas lamúrias.
— Pode apostar.
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Ash riu.
— Ok.
Conversar com Elissa sempre lhe fazia bem. A fez sentir como
se estivesse no caminho certo e prometeu a si mesma que não
seria tão estupida novamente. Elissa foi a única que apoiou a sua
decisão de deixar o emprego e ir embora da cidade com a
condição de que manteria contato diário. De alguma forma, Elissa
era a única que entendia sua necessidade de deixar tudo e todos
para trás.
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frequência cardíaca se estabilizou. Reconhecendo Simon, Ash
sorriu levemente quando ele olhou do outro lado.
— Eu realmente apreciei.
68
Dirigindo o caminhão de bombeiros para a estação de
serviço, Simon saltou e foi direto para a cafeteria. Assim que
voltou, Scott abastecia o caminhão.
— Ryder é um vagabundo.
4
Dim Sim são pequenas porções de pasteizinhos cozidos no vapor ou fritos, de recheios variados.
5 Chiko Roll é a versão australiana do Rolinho de Primavera.
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Scott sorriu. — Você falou com Dee novamente.
— Manchado?
— Sim.
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— Não é comida, imbecil. É bebida.
— É cálcio.
— E o chantilly?
Ele sentiu sua boca ficar seca, então tomou outro gole do
café gelado cremoso, enquanto a observava.
— Mmm.
Ele pensou que havia controlado sua expressão, até que viu
Ash arregalando seus olhos, a cautela que imediatamente os
nublou e a maneira que apertava a alça da bolsa, deixando as
juntas brancas.
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Ash estava com medo. Pior, tinha medo dele, e isso o
surpreendeu e o machucou profundamente, quando na verdade,
nem deveria importar.
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— Obrigada. — Bem longe dele agora, ela se entrou no
estacionamento de Ben e diretamente fora de sua vista.
— O que?
— Não. Talvez.
— O que fará?
Uh oh.
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— Não.
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— Oh sim. — Ryder levou alguns segundos pensando nisso,
antes que voltasse sua atenção para Scott. — Então, quem é?
Cheryl?
Scott o olhou.
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Scott embalou sua xícara de café entre as mãos.
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pensamento de Ash ter medo dele, merda, parecia como leite
coalhado em suas entranhas. — De qualquer maneira, isso foi por
água abaixo.
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O silêncio encheu a estação de bombeiro enquanto Scott
olhou para Kirk. Por alguns segundos, ele não sabia o que pensar
ou o que dizer. Ele estava dormente da imprevisibilidade da
declaração.
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O choque que Scott sentiu deu lugar a uma raiva crescente,
que o fez apertar a xícara de café até as juntas ficarem brancas.
Jesus, alguém machucou Ash, forçando-a em um ato que deveria
ser consensual e amoroso, sexy e divertido, para transformá-lo em
algo forçado e violento e definitivamente não consensual era
abominável para sua própria natureza.
— Eu não sei.
— Descubra.
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Sentir-se impotente o deixou mais irritado. — Então, como
posso ajudá-la? Aproximar-me dela?
— O quê?
— Não. Investigação.
Ryder fez uma careta para ele por alguns segundos antes de
rir. Mas não disse mais nada, apenas esvaziou a xícara de café e
se levantou.
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— Sim, porque a ambulância não será polida por conta
própria. — Simon burlou.
84
— Dee. Ash foi para sua loja esta manhã e mencionou a
procura de um trabalho. — Inclinando-se na cadeira, Simon
acrescentou — Acho que terá tempo para trabalhar nela.
85
Capítulo Três
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Ben atendeu aos telefonemas e aos poucos clientes que
apareceram, deixando-a seguir com seu trabalho, o qual ela
estava grata. Ele a apresentou aos agricultores, que acenaram
para ela e voltaram a falar com ele. Convinha-lhe muito bem.
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Oscar não precisou de mais persuasão. Com um miado feliz,
atravessou a varanda e pulou em seu colo, aconchegando-se e
ronronando alegremente enquanto olhava para a escuridão.
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Especialmente Scott. Ela corou um pouco. Ou talvez seria
exceto Scott. Mordendo o lábio inferior, ela olhou para as
pequenas luzes solares em forma de lanternas que ladeavam o
caminho do portão para a estrada. Ele era bonito, não há dúvida
sobre isso, um homem que a fez consciente de si mesma. Ela
franziu a testa. Ou deveria ser autoconsciente? Ela estava bem
até que cruzaram seus olhares pela janela do carro de bombeiro.
Até que viu o jeito que a olhava.
Será? Será que sentiu algo que jamais imaginou que sentiria
novamente? Deus, estaria realmente interessada nele?
91
também não havia como negar que Scott tinha chamado a sua
atenção como nenhum homem havia feito. Não da maneira que
uma mulher acha um homem atraente.
92
Na manhã seguinte, foi até a banca de revistas no caminho
para o trabalho, parando para pegar o jornal. Dee estava em pé
na frente da geladeira com várias caixas de refrigerantes a seus
pés.
— Eu só preciso de uma.
— Sim.
93
— O lugar é um desastre. Necessita explodir e reconstruir.
— Oi — disse Dee.
— Paguem ou saiam.
Dee ignorou. — Você não sabe qual que ele quer, não é?
— Vocês mexem nos gibis para tentar lembrar qual ele disse
que queria e bagunçam as páginas.
— Uh...
— Comigo?
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— Cuidado com a boca e eu não me importo — Dee
respondeu.
— Hum... nada.
— Ryder? O paramédico?
— Obrigada.
Ele parecia bem, não há como negar isso, sorrindo para ela
enquanto corria no local, sua antiga camisa agarrando
amorosamente ao seu torso musculoso e deixando os braços nus,
o bíceps inflando enquanto flexionava os braços, enfatizando a
tatuagem fina de arame farpado que ostentava em seu braço.
Ash olhou por todo o corpo. Uma gota de suor correu para o
lado de seu rosto e ela percebeu que era o calor que emanava
do corpo dele, junto com o brilho de suor em seus braços e
escurecendo a camisa.
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— Sim. — Se sentindo tanto autoconsciente e desconfortável
sob sua consideração, ela olhou para o relógio. — É melhor
começar a me mexer.
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Esse comentário fez Ash observar a mulher mais de perto.
Longo cabelo loiro, magra, bonita, ela era o que a maioria dos
homens parecia querer, e se perguntou se esta mulher esteve com
Scott.
Curiosidade a cutucou.
— Sim, mas depois que Maryanne morreu, ele disse que não
podia suportar a ideia de outra mulher tomar o seu lugar na loja.
Ela dirigia, você sabe, organizando e mantinha tudo atualizado.
Ben é um grande cara, manteve o negócio funcionando, mas
sempre se recusou a contratar alguém, disse que faria ele mesmo.
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— Mas ele me pediu para trabalhar.
— Doze horas.
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é nenhum incômodo. — Ela foi embora com um passo indiferente,
entrando na loja de roupas ao lado.
102
telefone, tentar lidar com encomendas, contas e outros inúmeros
detalhes de funcionamento de um negócio.
Tudo o que ela podia fazer era ter certeza de que ele não
estava arrependido, ele a contratou.
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— Ele te faria boca a boca. — Del sorriu. — Ouvi dizer que ele
é muito bom nisso.
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— Eu prefiro as mulheres — declarou uma voz profunda atrás
delas.
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Ele estava tão perto dela que Ash não poderia deixar de
inalar o seu perfume a cada respiração. Cara, ele tinha um cheiro
bom — sabonete, um cheiro de loção pós-barba, todos limpos do
sexo masculino. Ele estava tão perto dela que o calor de seu
corpo a tentava a inclinar-se para mais perto, aconchegar-se em
sua força e apenas aproveitar seu cheiro e calor. Tão forte, tão
grande, tão seguro. O braço ainda ao redor de sua cintura e sua
mão descansando levemente em seu quadril a fazia sentir-se bem,
e reconfortante e.... Espere. O quê?
Antes que ela decidisse o que fazer, Scott sorriu para ela e se
afastou, tirando a mão de seu quadril, o braço desaparecendo de
sua cintura enquanto caminhava pela porta deixando-a aliviada
e despojada ao mesmo tempo.
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— Sim, Scott é quente, não é? — Del murmurou, movendo-se
a seu lado para olhar através da porta. — Cavalheiresco e muito
sexy. E com essa aparência? Que belo pacote.
— Não.
— Eu sei que você fez isso. — Ele apontou para ela. — Um dia
eu provarei.
— Você descobrirá.
— Espere aí. — Del saiu para a loja. — Vamos nos reunir hoje
à noite, certo?
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— Oh sim. — Scott virou para encará-la. — Minha casa, sete
horas.
— Maravilha.
— Venha. É só a gente.
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— Somos apenas nós, Ash. — A voz suave de Scott, seus
olhos tão quentes, seu sorriso tão reconfortante. — Você já nos
conhece. Eu, Ryder, Kirk, Simon, Dee e Del.
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Percebendo de repente que a loja estava em silêncio, todos
esperando sua resposta, ela sorriu para Scott. — Claro, eu
adoraria. Obrigada.
111
Ela respirou fundo. Ah, não. Oh não, isso não pode
acontecer. Ela não estava pronta para ficar sozinha com um
homem que não conhecia muito bem, não importa o quão
seguro ele parecia. Um grupo era bom, em um grupo estava a
salvo. Ela podia lidar com um grupo. Mas apenas Scott?
112
— Tenho certeza que estou, eu só... — Freneticamente
procurava as palavras certas — Geralmente não aceito carona
de homens que realmente não conheço.
— Sim.
— Que pobreza.
— Amor, hein?
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— Principalmente ódio.
— Se você não quiser que enfie esta revista onde você não
poderá ler, então sugiro que volte para a sua loja.
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Sim, era isso. Só mais um passo. Ela assentiu com a cabeça
para si mesma. Isto era apenas uma reunião de amigos e uma
oferta amigável de carona.
Ok, não era uma oferta, era mais como se não tivesse
escolha, mas ainda assim, foi apenas um gesto amigável. Scott
era um cara legal, todo mundo tinha coisas boas para dizer sobre
ele. Ele tinha sido gentil com ela, sua mãe era dona da pensão, e
pelo amor de Deus, ele era um bombeiro. Com bombeiros estaria
a salvo, certo?
115
Além disso, o pensamento de Scott não fez seu instinto gritar
‗fuja!‘. Não, na verdade fez justamente o contrário e — Ash forçou
seus pensamentos. Não, não vá lá. Definitivamente não está
pronta para ir para lá ainda.
116
quando dito, se preparar para um incêndio, se você ficar, mas
ainda era um pensamento assustador.
— Merda.
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— Apenas dizendo. — disse Billy.
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sentir como se estivesse voando. Ele adorou a liberdade, os sons, a
sensação de deixar as suas preocupações e o momento.
121
Enquanto Scott os cumprimentava, também, os observava.
Com o assunto do fogo em sua mente, se perguntou se um deles
poderia ter feito isso, mas estavam hospedados na pensão e não
acampando. Mas como não podia ter certeza, sorriu
amigavelmente e perguntou: — Decidiram parar de acampar? —
Não objetivando a pergunta a ninguém em particular, observava
as reações.
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Brian olhou para cima de onde estava cortando um pedaço
de carne nobre. — Quem, eu?
Scott assentiu.
— Sim, mas estou ansioso por isso. Nada como a terra nova,
né?
— Ela não se juntou a nós para o jantar, ela vai sair. — Julia
levantou-se, limpando a boca delicadamente com um
guardanapo. — Desculpe.
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— Foi um incêndio. Eu sou um bombeiro. Por que não
bisbilhotaria um pouco?
— Eu pensarei nisso.
— Estou aqui.
— Ei, Ash.
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Cara, ela parecia um colírio para os olhos. A mecha de
cabelo ruivo estava presa em uma trança, pequenas mechas
escapando para dançar ao redor de suas bochechas e a franja
espessa sobre as sobrancelhas. Usava uma blusa rosa clara que
abraçava aqueles seios magníficos, e calças que desciam pelos
quadris deliciosamente arredondados e coxas e um par de tênis
brancos imaculados.
— Obrigado, mãe.
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— Seu orgulho e alegria. — Julia tirou um capacete roxo
brilhante escrito ‗Mãe do Inferno‘ na parte de trás. — Basta dizer
que é maravilhosa e Scott será seu amigo para sempre.
126
Capítulo Quatro
Assim que tirou sua mão Julia colocou a palma da mão nas
costas de Ash e começou a empurrá-la pelo corredor. Ele reprimiu
um sorriso quando Ash olhou ao redor, impotente, suas boas
maneiras a fazendo obedecer ao empurrão de Julia embora com
relutância.
— Hum... olha, não acho que isso é uma boa ideia após...
127
— Crianças? — Ash repetiu.
— Ela quer dizer eu, Kirk, Simon, Ryder, Del e Dee. — sorriu,
desejando mentalmente que ela relaxasse. — Mamãe ainda nos
vê como as crianças.
Scott ficou feliz. Ah, sim, algo em Ash tocou sua mãe e sem
mesmo Ash perceber, Julia a levou para baixo da sua asa. Isso
trabalharia em seu favor, porque sua mãe só reforçaria que bom
era um bom menino, o que o deixou com a tarefa agradável
apenas mostrar que era realmente um garoto muito maroto
quando não estava perto de sua mãe.
128
— Eu tenho que voltar. — Virando-se, Julia viu seu sorriso e
severamente apontou um dedo. — Você se comporte, filho.
Ash assentiu.
Ele sorriu.
— Ash? — Ele rolou a moto para trás até que estava ao nível
dela, seu olhar preso ao dela.
130
Por um segundo, pensou que tivesse forçado além do que
ela toleraria, mas, em seguida, com um súbito passo torto, ela
estava na moto e depois de uma rápida olhada nos pedais, ela
levantou a perna sobre o banco de trás e sentou-se.
Ele não ouviu uma palavra de Ash, mas ela se inclinou com
ele quando saíram para a estrada, virando na direção oposta à
cidade. Então acelerou, o aumento da potência da moto
enchendo-o com satisfação, que só foi superada pela sensação
de Ash subitamente pressionada em suas costas, as mãos ao redor
de sua cintura, os dedos apertando a sua jaqueta de couro
firmemente, suas coxas o abraçando por atrás, cada curva suave
de seu corpo pressionado fortemente nele. Nem mesmo um
131
pedaço de papel poderia escorregar entre seus corpos e
provavelmente precisaria de um pé de cabra para afastá-la dele,
mas Scott se adaptou muito bem a isso.
132
O sorriso que ela deu era hesitante, mas seus olhos brilhavam
e suas bochechas estavam coradas docemente.
— Foi... diferente.
— Foi... refrescante.
133
Macio e sedoso, assim como sua pele quando as costas de
seus dedos acariciaram ao longo de sua bochecha quando
empurrou o cabelo para trás.
134
A porta da frente se fechou, deixando-os sozinhos
novamente.
135
— A verdade dói, companheiro, — Kirk replicou. — Engula.
136
— Não se segure por minha conta. — Pegando várias fatias
de pizza da caixa e colocando-as em um prato de papel, Dee
sentou-se na extremidade do sofá. — Eu bato de volta.
137
Ash estava no sofá ao lado de Del, segurando um prato com
duas fatias de pizza no colo e rindo de alguma coisa que Simon
disse. Deus abençoe seus amigos, eles deixaram o local ao lado
dela livre para ele.
— O que é isso?
138
— Mais do que isso.
— A irmã?
140
— Não se mova ainda — disse Scott baixinho quando viu a
intenção de Ash para acariciá-la. — Tilly precisa terminar sua
inspeção primeiro e ela se irrita quando alguém interrompe sua
rotina.
— Sim.
— Você me ama!
142
— O primeiro é ―Halloween‖ — Kirk informou a Ash. — Espero
que esteja tudo bem com algum horror.
143
dominando e, cada vez que se assustou, sentiu Scott pressionando
brevemente a coxa ou o braço com mais força nela como se em
segurança. De certa forma, foi bom, especialmente quando ele
bateu seu ombro no dela para sussurrar em seu ouvido. — Assista a
isto, Simon derrubará sua bebida. — Com certeza, a heroína do
filme gritou e Simon, tão absorto, estremeceu e uma chapinhada
da cerveja clara sobre o vidro respingou em seu colo.
— Eu penso.
145
Esse pensamento a fez sufocar uma risada e quando ele
olhou interrogativamente para ela, apenas sorriu e olhou de volta
para o filme. Jesus, ela precisava se controlar. Se ele adivinhasse
seus pensamentos, pensaria que era louca. Isso acabaria com
qualquer amizade.
146
Ele olhou para onde seus amigos estavam conversando e
rindo perto de seus veículos antes de voltar sua atenção para ela.
— Existe um problema em te levar para casa?
Aquele sorriso fácil em seus lábios, fez com que as rugas nos
cantos dos olhos aparecessem — Não se preocupe, não é
nenhum trabalho.
147
Pegando o capacete da mesa do corredor, ele entregou a
ela antes de colocar a mão em suas costas.
— Tudo bem?
— Sim.
149
nele, respirando o cheiro combinado de ar fresco e sua jaqueta
de couro.
Quando ela entrou pela porta, ela olhou para ele, a sua
proximidade não produziu o alarme que a perseguia há muito
tempo.
150
Pensando que diria algo que não quisesse que mais ninguém
ouvisse, ela não recuou. — Sim?
Covarde.
153
Mas a noite não foi livre de problemas. Ela acordou nas
primeiras horas da manhã de um pesadelo que não teve por
meses, o medo apertando seu coração e as lágrimas em seu
rosto.
154
— Oh sim. Eu consegui alguns trabalhos por algumas
semanas em uma fazenda local. — Brian sorriu.
— Boa sorte.
155
— Brian disse que houve um incêndio em algum lugar por
perto. — Jess pegou algumas fatias de pão.
— É verdade.
156
Sua resposta soou bastante sarcástica, fazendo Ash olhar em
sua direção.
— Trabalho.
157
— Não. — Um flash de consternação atravessou o rosto de
Julia. — Você não está pensando em sair, não é?
158
pratos fizeram as rondas na mesa antes de ser colocados, agora
vazios, de volta na mesa.
— Tudo é possível.
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— Você fez combate a incêndio voluntário antes? — Julia
consultou.
160
— Não, graças a Deus. — Del fez uma careta. — Nada pior
do que ovelhas se queimando. As coitadas ardem e cozinham,
não morrem imediatamente.
— Eu estou bem.
— Entendo.
161
Elas continuaram o resto da curta viagem em silêncio, Del a
deixou na frente da oficina com um alegre — Vejo você na hora
do almoço em Dee.
— Oi, Ash.
— Bom.
Vendo que isso era tudo o que ele diria, Ash mordeu os lábios
e voltou para a recepção. Ela meio que se perguntou se o irritava,
mas ele era um homem de poucas palavras. Tudo o que podia
fazer era garantir que fizesse bem o seu trabalho. Curiosamente,
notou que gostava de trabalhar na oficina de reparação de
automóveis, embora, para ser justo, ela não tinha feito muito
atendimento ao público, Ben preferia que ela organizasse o
arquivo e fizesse a limpeza primeiramente. Mas agora estava
quase tudo pronto, estava pronta para trabalhar com ele e com
os clientes.
162
Na hora do almoço queria saber se pegaria o jeito em tudo.
Ben deixou atender os telefonemas, mas precisava sempre pedir
orientação sobre reservas de carros ou máquinas agrícolas, sem
saber quanto tempo cada levaria a fazer.
— Ok.
— Oito horas?
— E?
— Tem razão.
— Está mostrando?
165
— Ainda me adaptando. — Ash gostava das primas, mas
ainda não as conhecia bem o suficiente para confiar.
— Hein...?
166
— Andar de moto fará isso para você. — Dee fez uma
pausa. — Especialmente na garupa de Scott.
167
— Ryder tem o meu bode. Vamos deixá-lo fora dessa agora.
— Dee virou-se para Ash. — Então conte-nos um pouco sobre
você, Ash.
— Bem, para ser sincera, não sabia que eu viria até aqui.
— Ah, é?
— Não, ela ficou em NSW, mas eu tinha que ligar para ela
todas as noites. Ela me acompanhou. Dessa forma, se algo desse
169
errado ela saberia mais ou menos onde estava. Foi a única razão
para que me deixasse ir sozinha.
170
Ela apenas sorriu.
171
Agora que pensava nisso... Ash mordeu o lábio inferior. Ela
estava fazendo uma tempestade em um copo d‘água?
172
Capítulo Cinco
173
— Ouvi dizer que ficou encalhada na estrada, o carro
quebrou ou algo assim. Os meninos tiveram que consertar seu
carro e levá-la até Ben. Que estupidez, dirigir por aí sozinha. — O
homem de cabelos castanhos tinha um sorriso em sua voz. —
Estava pedindo para ser atacada.
Eles são apenas idiotas. Eles não sabem nada sobre você,
não te conhecem. Ignore-os. É problema deles, não seu.
174
Oh Deus, estava bêbado.
175
— Será que seria tão educada se estivéssemos nos
divertindo? — Brand ri. — Eu aposto que não seria. Aposto que a
faríamos gritar.
176
por experiência que isso só piorava as coisas. — Tire suas mãos
imundas de cima de mim!
Jason se virou para ele, com as mãos estendidas. — Ei, ei, ei,
velho! Tire suas mãos de mim a menos que queira ser preso por
agressão.
177
O lojista se manteve firme, olhando para Jason sem
demonstração de medo.
178
— Eu ficarei bem. — Forçou um sorriso, não importando o
quão frágil se sentia, Ash começou a caminhar pelo corredor. —
Eu pagarei por isso e voltarei para casa.
179
— Realmente, Will, não há necessidade. A pensão não está
longe, uma caminhada me fará bem.
Uma vez fora, Ash olhou ao redor, com medo de ver Jason e
Brand esperando por ela, mas eles não estavam à vista. Ansiosa
para voltar para a pensão caminhou rapidamente, olhando por
cima do seu ombro várias vezes. Algumas pessoas desejaram-lhe
boa noite enquanto fechavam suas lojas, e ela conseguiu sorrir e
agradecer. Mas por dentro tentava imaginar quantas pessoas
sabiam que Ben tinha feito um favor para Scott. Que Scott havia
sentido pena dela e dado a ela o trabalho.
Era como se tudo o que fez não tivesse valor. Seu sentimento
de satisfação, de contentamento, foi por água abaixo, destruído
por palavras cruéis.
— Você acha?
— Ok.
181
—Julia olhou para cima de repente. — Você é a única
cliente agora, todos foram embora. Eu ia sair e visitar minha
amiga, ela não tem estado muito bem ultimamente. Tem
problema se deixá-la sozinha depois do jantar?
Se ela soubesse.
Muito bom.
O dia não tinha sido bom. Parecia que o fogo tinha sido
deliberadamente provocado, fazendo com que ele, Simon, Kirk e
vários outros policiais que gastassem uma boa quantidade de
tempo tentando rastrear o foco do fogo, descobrindo que era
uma lata de combustível e um isqueiro derretido.
183
Incendiários malditos. Agora precisava descobrir quem eram
e se ainda estavam na área. Só esperava que o incendiário fosse
descoberto antes que acendesse um fogo que destruísse mais do
que apenas alguns hectares. Até agora, tiveram sorte, a secura
da vegetação não havia se estabelecido, as chuvas de primavera
manteve as coisas verdes, fazendo que os incêndios fossem fáceis
de conter e apagar. Mas era preciso apenas um para deixar fora
de controle. O dia, as condições do tempo e de combustível
certas e haveria grandes problemas, não menos importante, a
perda de vidas e lares.
184
Smythe. Aquele delicioso corpo se contorcendo debaixo dele, os
grandes seios pressionados em seu peito, aquelas coxas roliças
esfregando nas suas e os quadris exuberantes embalando-o
enquanto a montava.
Sim. Ele queimava por ela agora. Deus, até podia senti-la,
poderia fechar os olhos e....
— Pensei que tivesse ido para casa pela maneira como falou
enquanto estava no chuveiro.
185
— Até você. — Simon sacudiu o dedo. — Ei, eu e Kirk vamos
para o pub tomar uma bebida. Quer vir?
— E o chefe?
Hum, talvez devesse ter ligado para Ash e ver se queria vir,
mas já era tarde e provavelmente já estava na cama lendo ou
dormindo. Esse pensamento trouxe outras questões tentadoras.
Será que ela usa pijamas ou camisolas na cama? Camisolas de
algodão ou seda? Rendas? Fácil de tirar?
187
Enquanto esperava Kirk chegar, ele e Simon estavam em
uma discussão sobre motos, simplesmente relaxando e deixando
de lado as preocupações do dia por algum tempo. Ouvindo
Simon com apenas metade de sua atenção enquanto falava
sobre os méritos de um triciclo contra uma moto de duas rodas,
Scott ouviu um nome ser mencionado que chamou sua atenção.
— Puta metida...
— Que po...
189
— Você tentou forçá-la?
— Pelo que ouvi o que seu irmão dizer, eu diria que ele tem
direito. — Simon olhou-o bem nos olhos, sem vacilar. — Você tem
uma versão diferente que queira me contar?
190
Tranqüilidade se espalhar ao redor da sala, as pessoas se
deslocando para dar espaço entre eles e o grupo à mesa.
191
Enfurecido, Scott rosnou. — Não, isso não é legal. Se escutar
que vocês respiraram na direção de Ash irei atrás de vocês,
idiotas. Entenderam?
192
dele, Simon foi para o outro lado para efetivamente bloquear o
caminho de Scott dos irmãos Dawson.
193
cautela. Verdade, um casal assentiu com aprovação, mas o
choque foi evidente.
194
— Tudo bem, Scott. — Kirk quebrou o silêncio depois de
alguns minutos. — Eu não o culpo por brigar com esses idiotas
inúteis, mas preciso que me prometa que não irá atrás deles assim
que todos se separem hoje à noite.
Ele não gostou. Cada instinto seu gritou para ir atrás de Ash,
pegá-la nos braços e dizer que tudo ficaria bem, que a protegeria.
Mas seus amigos estavam certos, ela provavelmente estaria ferida
e, se ele aparecesse, acordando-a e tentando impor sua
presença, provavelmente perderia qualquer avanço que tivesse
conseguido.
196
Depois de vários minutos de silêncio, Scott olhou para Kirk. —
Você realmente me prenderia?
— Bastardo.
— Sim.
— Hein?
Kirk interrompeu.
197
Simon apontou para outra mesa vazia. — Ben entregou-me
quando saímos.
Mais tarde, deitado na cama lendo com Tilly caída sobre seu
estômago, seu ronronar contente enchendo o ar, seus
pensamentos se voltaram para Ash, se perguntando se ela dormia,
no que ela estava pensando.
— Não se preocupe.
— Realmente.
200
Ele a viu imediatamente. Em pé, não muito longe da gaiola
de Henry, Ash tinha o telefone no ouvido e estava falando, os
braços cruzados sobre sua cintura, os óculos pendendo de sua
mão. Parando, Scott estudou. Cara, ela parecia bem. Todo
aquele cabelo ruivo solto, apenas preso nas laterais com uma
presilha. Um vestido longo — Dee não disse que foi chamado de
maxi ou alguma merda? Ainda era um vestido longo, tanto
quanto ele estava preocupado — cobrindo aquelas curvas
exuberantes. Azul escuro com um pequeno padrão de rosa sobre
ele, o vestido tinha um grande babado na barra. Por cima ela
usava um curto casaco fino de lã azul escuro de mangas três
quartos nos braços arredondados.
201
Mal o pensamento passou pela sua mente e o aqueceu, Ash
se moveu. Obviamente não o notando, ainda tinha a cabeça
baixa quando se virou, apresentando-lhe as costas. Ele não podia
perder a forma como seus ombros estavam curvados, sua própria
postura gritava autoproteção, o jeito que ela parecia quase
enrolar em si mesma, tentando bloquear o mundo.
— Elissa, eu não acho que posso fazer isso. — Ela fez uma
pausa. — Eu preciso dizer a Ben na segunda-feira que estou
renunciando, como posso continuar a trabalhar para ele sabendo
que só me contratou por piedade? Jason e Brand me disseram,
eles sabiam, Elissa. Eles sabiam que Scott teve pena de mim.
Aparentemente, todo mundo sabe. Como posso enfrentá-lo?
Como posso encarar seus amigos? Eu pensei que eles gostassem
de mim, mas não posso suportar a ideia de que era tudo
fingimento. Eu não terei amigos de piedade. Você sabe como
odeio pena. — Outra pausa.
202
que também estava relacionado com ele quase arrancou seu
coração de seu peito.
203
dois, e ele precisava fazer corretamente. De jeito nenhum perderia
essa mulher que passou a significar tanto para ele em tão pouco
tempo. Essa mulher que foi ferida. Esta mulher que estava
determinado a nunca deixar se machucar novamente, enquanto
ele vivesse e respirasse. Esta mulher que ele não deixaria ir.
204
Capítulo Seis
205
amiga. Sentindo-se tão fora de controle que um toque de pânico
começou a engatinhar dentro dela, fazendo-a endurecer e
começar a se afastar. Ou tentar, porque o braço de Scott
permaneceu firmemente em torno de sua cintura.
Mas talvez ele não soubesse, talvez ele não tivesse ouvido
falar... Ash olhou para cima, encontrou seu olhar e ela sabia. Ele
tinha ouvido tudo. Tudo. O que significava que ele tinha a ouvido
falar do estupro. Seu estomago se apertou.
206
— Eu estou aqui por você Ash, — disse calmamente. —
Sempre estarei.
Não querendo agir como uma tola mais do que ela já tinha
feito, colocou os óculos, com as bochechas ainda queimando,
querendo nada mais do que se esconder. Talvez estivesse
levando-a de volta para o seu quarto, certificar-se que ela estava
estabelecida antes de deixá-la? Era o tipo de coisa prestativa que
ele faria.
208
Essa esperança foi extinta quando ele sentou-se nos degraus
nos fundos da casa. Quando olhou dele para os degraus, soltou a
mão suavemente e com um suspiro se sentou ao seu lado.
Assim que ela sentou, ele tirou a mão para que descansasse
em sua coxa, ficando inquieta, especialmente quando sentiu o
flexionar do músculo duro sob a calça jeans. Seus dedos
permaneceram ao redor dos dela.
Pode muito bem ter deixado escapar tudo isso, não era
como se já não soubesse.
Ela esperou, mas quando ele não disse mais nada, ela foi
forçada a olhar novamente para ele. Sua expressão ainda era
calma, mas havia uma tensão definida nos cantos de sua boca.
— Mas...
— Ash.
212
Seu tom profundo a invadiu, a maneira como olhou para
ela, o súbito, inesperado amparo em sua postura quando se
inclinou ainda mais em direção a ela de alguma forma,
inexplicavelmente, puxando-a para ele.
— Não.
214
— Ash, não fique constrangida por um beijo, — disse Scott
em voz baixa. — Eu gostei, você gostou. Nenhum problema.
Ela não sentia isso desde que foi forçada, o pensamento feio
rompeu, fazendo-a sacudir a cabeça.
— Nada.
— É só que...
215
— Não.
— Eu entendo.
217
— Foi uma grande decisão.
— Eu acho que não sabia que não podemos deixar tudo isso
para trás. Eu estava morrendo de medo quando o carro quebrou
e vocês quatro apareceram em suas motos. Isso me fez perceber
quão tola eu tinha sido ao viajar sozinha, o risco que tinha corrido,
que tudo poderia acontecer novamente. De repente, eu não
estava mais no controle, mas tive sorte. — Ela olhou para ele. — Eu
tive muita sorte. Vocês eram seguros, vocês me ajudaram. E, bem,
o resto você sabe.
218
Scott não tirou os olhos dos dela, sua voz era profunda, baixa
e estável. — Eu não julgo as pessoas que fazem o que precisam
fazer. Infelizmente, quem viaja sozinho está em risco, é um fato da
vida e inevitável. Mas você não pode deixar o medo controlar e
também você fez o que precisava fazer. O pensamento do que
poderia acontecer com você, senão tivéssemos a encontrado faz
meu sangue gelar, não vou negar, mas acho que tomar o
controle de sua vida foi uma coisa incrível.
— Provavelmente.
— Sim?
219
Ele se inclinou em direção a ela. — Então, você ficará?
— Isso é bom.
220
Pega no devaneio quente de sua atenção, ela não tinha
certeza se tinha ouvido corretamente. — O quê?
— Saia comigo.
Deus, até um ano atrás ela era tão confiante, mas agora, em
situações como esta, ela foi atormentada por dúvidas.
221
— Tudo. — disse Scott, e tomou sua boca em um beijo mais
profundo que a deixou sem nenhuma dúvida de que estava
falando sério.
222
— Eu quero tudo, Ash, — Scott repetiu constantemente. —
Mas me contentarei se sair comigo primeiro. — Ele fez uma pausa,
um sorriso repentino enrugando os cantos dos olhos. — Diz que sim,
querida, e me tire dessa angústia.
— E é por isso que será ótimo voltar para casa, voltar para
você depois de um dia perigoso assistindo Simon comer no café
vazio. Você poderá me confortar.
223
— Seu besta. — Ash riu.
— Ok.
Havia algo sobre Scott que a fez se sentir do jeito que ela
costumava, feliz e viva. Ele fez isso com tanta facilidade, com o
riso, um olhar, um toque suave.
— O quê?
— Nós não...
225
— Continue.
— Eu vou levar.
226
— Espere, é zero vírgula vinte e cinco mais ou três pontos a
menos que zero?
227
— Eu não.
— Mas ela não me disse nada. — Não, mas com certeza isso
explica os olhares inescrutáveis que me deu nos últimos dias.
228
pois ele já era bombeiro muito antes de chegar à cidade e ele
sabia como cuidar de si mesmo.
— Ah...
229
— Meu jovem filho Blake estava no bar na outra noite, —
continuou Elaine. — Quando me contou como Scott
enlouqueceu, eu não podia acreditar. Pensei que você devia ser
‗a mulher‘ para fazê-lo perder a compostura.
Elaine assentiu.
— Eu aposto.
231
Ash queria saber se Ben escutou o que Elaine havia dito, mas
não tinha coragem de perguntar. Além disso, Elaine a fez pensar
em Scott nu e isso foi... inesperado. E um pouco assustador.
— Não se preocupe.
232
Ela encontrou o Land Cruiser estacionado no local indicado
e entrou nele. Pegando a estrada, foi para a estação de
bombeiros, desejando saber se Scott estaria lá. Quando a estação
entrou em vista, viu que o caminhão de bombeiros estava dentro
da estação com as portas rolantes ainda levantadas. Parando ao
lado da estação, trancou o Land Cruiser e entrou pela grande
porta. A porta na parte de trás do corpo de bombeiros estava
fechada e sabia que seria aberta quando necessário para permitir
a saída do caminhão de bombeiros. Havia espaço na estação de
bombeiros para outro caminhão e, pelas poucas manchas de
óleo no chão, havia um outro caminhão de bombeiros ou
pequeno caminhão de bombeiros que havia saído.
233
One 6. Hummm, não se admira que Scott esteja tão musculoso e
em forma.
— Sério?
— Sim.
6
Estação de musculação All in One é uma estação totalmente completa que permite executar
vários tipos de exercícios para peito, costa, tríceps, braços, bíceps, ombro, panturrilhas, oblíquos,
antebraços, adução, abdução, pernas, abdômen, etc.
234
— Mas o divertimento está?
Oh, garoto.
— Ninguém entrará.
236
— Hummm, — disse ele — Língua. Ash, sua garota safada.
237
Inclinando a cabeça, viu o brilho do calor em seus olhos,
antes de fechar os seus em um suspiro suave. Quando seus lábios
tocaram calorosamente em sua bochecha, parando brevemente
em seus lábios, sua língua lambendo o canto da sua boca e
enviando um arrepio de prazer, mas antes que pudesse virar para
oferecer a sua boca, ele abaixou e beijou seu pescoço.
238
seu sangue correr com veemência em suas veias, começando a
queimar por ele.
240
— Sinto muito. Sinto muito. — Pressionando o rosto na curva
do pescoço dele, cheirou seu aroma reconfortante. — Eu sinto
muito.
241
— Não, não estou. — Com o rosto ainda pressionado no
pescoço dele, sua voz foi abafada.
— Eu sei que não fui eu. Eu não faria mal a um fio de cabelo
seu. Mas algo que fiz, no entanto, sem saber, desencadeou uma
memória ruim para você. Eu quero saber o que foi para não
repetir, ok?
243
— Ash. — Seu olhar era firme.
A luz fria deslizou pelo cinza quente habitual dos seus olhos,
fazendo-a estremecer e olhar para longe, mas sua voz
permaneceu suave. — Sinto muito.
Ela não sabia mais o que fazer, mas colocou seus óculos
novamente.
Seu ombro era tão amplo, tão firme sob a sua mão que ela
não podia deixar de flexionar os dedos um pouco. Mas isso não
impediu o constrangimento de passar por ela. Incapaz de
encontrar olhos dele, ela balançou a cabeça.
— Não o quê?
245
tenho certeza que você quer também. Não pode estagnar e não
deixarei. Eu quero saber tudo sobre você, não vou mentir, mas
esperarei você me dizer. Enquanto isso, peço que você não me
esconda nada. Deixe-me saber o que você gosta e o que você
não gosta.
246
Suas palavras fluíam através dela, empurrando as barreiras
que tinha levantado desde o pesadelo, há um ano atrás. Olhando
para Scott, na sinceridade em seus olhos, a honestidade aberta,
sabia que ele falava a verdade.
247
Foi um beijo profundo, não muito carnal, mas não tanto
controlado também e sabia que a deixaria sentir o seu ardor, seu
desejo preencher o seu beijo, enquanto enchia a boca como seu
gosto, seus sentidos com seu perfume, seu corpo com seu calor.
248
— Não irá. — Ele deu um beijo na ponta de seu nariz. —
Agora, é melhor você ir. Eu escuto o petroleiro vindo.
— Petroleiro?
249
Isso a fez olhar para o relógio, um suspiro de horror escapou
dela. — Oh não! Eu preciso voltar! Ben enlouquecerá, estive fora
por tanto tempo!
— Ele pensará que sou uma idiota. — Ela fez uma pausa. —
Talvez seja melhor do que uma puta.
250
Capítulo Sete
Scott viu Ryder passar pela porta, Kirk logo atrás dele
carregando uma caixa.
252
— Esse é Kirk. — Simon falou lentamente. — Ele é o cara
intenso de coração para coração por aqui.
Isso fez com que Ryder fizesse uma careta. — O que ela sabe
sobre isso?
253
— Leva algum tempo. — Kirk mudou a torta para a outra
mão, fazendo uma careta. — Está muito quente.
— Sim.
254
— Não há marcas de mãos em suas bochechas — observou
Ryder. — Isso tem que ser um bom sinal.
— Você sabe.
255
Scott sorriu enquanto ouvia seus amigos trocar insultos de
boa índole.
256
Jesus, ele praticamente queimava por ela em algumas
noites.
257
— Desligando.
— Trabalhador agrícola?
260
— Esses bastardos deveriam ser enforcados e esquartejados.
— Scott deu um passo atrás. — Ok, podemos bem voltar. Já
fizemos tudo o que podíamos aqui.
— Isso foi antes ou depois de ter gritado com você por salvar
aquele cordeiro?
Dee olhou para Del. — Ah, sim, isso fará uma enorme
diferença para Scott.
— Confie em mim, Ash. Pelo que Simon disse, ele te lerá o ato
de motim. Você teve a sorte infeliz de ser vista não muito longe de
um incêndio, correndo em direção a um incêndio, para salvar um
cordeiro.
262
— Isso é o que você pensa.
Oh nossa, isso não podia ser bom. Ash mordeu o lábio. Ele
estava gritando? Se Scott estava gritando era ruim. Muito ruim.
— Tenho certeza que não sei onde ela foi Scott. Sim, lhe
avisarei que está procurando por ela. Sim, pode tentar o telefone
de Dee. Certo. Tchau. — Desligando o telefone, olhou para Ash. —
Oh garota, você está em sérios problemas.
263
— Bem, duas coisas acontecerão — Dee respondeu. — Ele
ficará com mais raiva quanto mais tempo levar para encontrá-la,
ou a encontrará rapidamente e a raiva só durará enquanto te der
o sermão.
264
— O quê?
— Sim.
— Oh garoto.
Del e Ash estavam logo atrás. Ash olhou por cima do ombro
e fez uma careta.
— Oh.
— É um alívio.
268
Huh. Ok, bem, pelo menos não sentia o cheiro de fumaça,
também. Depois de voltar para a cidade, Ben também tinha lido
seu ato de motim por colocar-se em perigo — aparentemente
Jack havia telefonado para lhe entregar — então a mandou para
casa para tomar banho e trocar suas roupas perfumadas de
fumaça e cordeiro. Quando voltou a trabalhar muito mais suave,
ele agiu como se nada tivesse acontecido. Obviamente, com
Ben, uma vez que algo havia sido resolvido, acabava.
— Minha casa.
— Privacidade.
270
fortalecendo e abrindo a porta, saindo assim quando Scott a
alcançou.
271
podia sentir isso. Sua aura pressionada na dela, subjugando-a
para o ponto em que ela não agüentava mais.
272
tremendo ao mesmo tempo em que o respondia. Foi um choque,
mesmo quando olhava para ele. — Eu não fiz nada de errado.
— Eu estava a salvo.
273
dado erradas, você poderia ter se machucado. Queimado.
Morrido.
Com o canto dos olhos, ela podia ver seus bíceps e tríceps
tencionados, distendendo e flexionando quando se inclinou ainda
mais perto, tão perto que podia ver o brilho, o desejo carnal sobre
a raiva, deixando-o furioso, ela sabia. Fazendo-o tentar manter o
controle, fazendo-o querer estar perto e longe ainda, fazendo-o
querer agarrá-la, ainda tendo cuidado. Não havia nenhuma
dúvida em sua mente que Scott não queria perder o controle, que
este pequeno plano dele tinha corrido mal.
274
eu sequer ouvir que você fez outra vez, eu chegarei até você tão
rápido, Ashley, que não saberá o que aconteceu. Você entende?
Não demorou muito para virar a cabeça até que sua própria
boca estava em seu ouvido. — Ou o quê?
275
tão inebriante, tão assustador de uma forma deliciosamente
debochada.
Tão presa no calor, não sabia quando sua blusa foi aberta,
apenas que a sua pele nua estava subitamente tocando em sua
camisa, o cinto frio da fivela na ondulação suave de sua barriga.
278
As mãos grandes pararam nos quadris, apertando e
suavemente a virou, o frio da mesa contra sua pele era um forte
contraste com o calor do seu corpo pressionando em suas costas,
uma de suas mãos deslizando em sua barriga em marcas quentes.
Presa.
Porque queria que isso fosse bom para ela e para ele, para
esquecer os horrores de seu último encontro sexual e substituí-lo
por algo quente, erótico, tão bom que ela desejaria mais.
280
Seus olhos fecharam, admiração e paixão encheram o seu
rosto mais uma vez. Ele continuava segurando o quadril
generosamente curvo e, lentamente, tão deliciosa e
tortuosamente devagar, deslizou a mão abaixo da ondulação
suave de sua barriga por baixo do elástico da calcinha.
Jesus, ele imaginava que seus seios fossem lindos, mas não
sabia o quanto até que teve uma visão completa deles. Uma
forma de gota natural, pesada, com mamilos rosa, como se
fossem água para um homem sedento.
281
Ele queria prová-los, chupar essas pequenas protuberâncias
profundamente em sua boca e puxá-los até que ela o pedisse
para tomá-la.
282
vindo de seus lábios inchados pelos seus beijos. Agora seus
próprios desejos o encheram, rompendo seu controle, enchendo-o
com calor voraz, labaredas de fogo enchendo seu eixo até que
pulsava quase agonizante. Ele precisava dela. Queria. A tomaria.
Agora.
283
polegares traçando o aumento de suas nádegas e
delicadamente separando-as levemente.
Ash engasgou e ele olhou para cima para ver seus olhos no
reflexo, o ligeiro tremor de sua boca, a incerteza repentina que
pairava por trás do desejo. Ele a estava assustando, ou não muito
longe disso. Controlar seu desejo não foi fácil, mas conseguiu. Fez
por Ash, para si mesmo, para eles.
— Fale comigo.
— É só que...
— Diga-me.
284
— É só que... — Ela lambeu os lábios, fez uma careta. —
Eles... enquanto eles fizeram isso... um deles estava ... estava...
— Scott?
285
Seu corpo ainda ardia de desejo por ela, seu sangue ainda
com crescente veemência em suas veias, seu eixo latejante, mas
ainda assim, perguntou com voz rouca. — Você quer parar?
286
Pensando que ela se sentiria melhor de frente para ele, Scott
começou a recuar, com as mãos na cintura dela se preparando
para girá-la, mas ela o deteve com uma palavra. — Não.
— Sim.
289
Apenas a sensação de seu calor engolindo gradualmente
seu eixo, lentamente o chupando, fez o seu sangue pulsar, suas
bolas latejarem, a dor o inundando de desejo.
291
Quanto mais forte metia nela, os seus gemidos e
choramingos de resposta lasciva eram uma recompensa
inebriante e ele trabalhou duro, bombeado mais rápido,
empurrando vigorosamente, pressionando-a quando o fogo
queimou seu eixo, faíscas dançando ao longo de sua pele para
formigar e atormentar onde a sua pele tocava a dela, deslizava
ao longo dela, o formigamento na base de sua espinha e seu
saco fluindo, surgindo, encontrando na raiz de sua masculinidade
e fluindo através de seu eixo, surgindo por toda a extensão dura,
engrossando para explodir.
E tudo desmoronou.
292
Capítulo Oito
— Bife?
293
— Seu ponto?
Ash sorriu.
296
do beco. — Ela apertou a mão de Scott com a lembrança. —
Alguns dos motoqueiros saíram do pub e fiquei a observá-los,
desejando que eu tivesse ficado mais perto da porta. Isso foi um
grande erro. Eu estava tão ocupada os observando que não notei
que alguns deles estavam do meu outro lado. A próxima coisa
que percebi foi que um deles agarrou meu cabelo e colocou a
mão sobre a minha boca e fui arrastada para o beco. — Ela deu
um pequeno sorriso autodepreciativo. — Achava que ser uma
garota grande daria um pouco de dificuldade, mas havia quatro
deles e uma de mim, então acho que não era realmente muito
uma competição.
297
— Eu sei. — O aperto em sua mão aliviou com as suas
palavras e a voz acalmou-se. — De qualquer forma, vários
bêbados tropeçaram no beco, nos viram e começaram a gritar.
Os motoqueiros fugiram e, então, o meu encontro apareceu lá.
Ele me olhou... — ela engoliu em seco. — Ele só me olhou quando
tentava me levantar e disse ―O que você fez para incentivá-los?
— Sim.
300
isso com ninguém, mas quero te ajudar. Se precisar conversar ou
apenas gritar ou o que quer que seja que faça para lidar com as
más lembranças — se e quando vierem — eu estarei sempre aqui
para você. Você sabe disso, né?
— Sim.
301
No momento em que entrou nela, suas unhas curtas, na
verdade, percorriam as costas em desespero enquanto se
arqueava nele, fazendo-o sibilar de satisfação carnal. O seu nome
era um choro no ar.
302
Ele ainda a abraçou, com o rosto em seu pescoço e então
sentiu sua boca beijar seu pulso antes que se apoiasse nos
cotovelos para olhar para ela.
303
Scott olhou em seu rosto e sorriu largamente. — Você não
quer que saibam que fizemos sexo? Muitas vezes? De muitas
maneiras diferentes?
— Eu entrarei.
304
— Nos veremos hoje à noite. — O olhar dele se deslizou em
seu rosto ficou em seus lábios. — Não use roupa íntima.
— Scott!
O homem ria!
306
Encolhendo-se, Ash tentou acalmá-lo. — Oh merda, Henry.
Quieto! Aqui, olha — Dance papagaio, dance papagaio!
— Oh, não dormi muito bem. — Isso não era realmente uma
mentira. Scott certamente a manteve acordada a maior parte da
noite.
307
— Eu pensei em esticar as pernas antes de tomar banho. —
Usando essa desculpa, Ash foi para a porta. — Falando nisso, vou
indo. Nada como um início precoce para o dia.
Decidindo sair dali o mais rápido possível, Ash foi para seu
quarto, dando um suspiro de alívio quando abriu a porta e entrou.
308
O riso que escapou com a lembrança a fez colocar a mão
sobre a boca, caso alguém passando na porta a ouvisse. Mas não
conseguia esconder a leveza de seus passos quando saiu do
quarto, principalmente porque combinava tão perfeitamente
com a leveza em seu coração.
Seguindo o guia que Ben havia lhe dado, foi capaz de fazer
as reservas dos veículos para serviços e reparos, e na hora do
almoço se sentiu como se tivesse feito um enorme progresso.
— Ele foi muito duro com você? — Del deu uma mordida em
seu sanduíche.
309
Ele a fez chorar, tudo bem, mas novamente não da forma
como suas amigas pensavam. — Não.
Fique calma, fique calma. Ela não pode saber com certeza.
310
Levantando o queixo, olhou suas amigas bem nos olhos.
— Então o que?
— E daí? — Del riu. — Ash, não pareça que você está indo
para nos bater! Está tudo bem, de verdade.
— Eu não...
311
— Sair, sim, mas ele está sério com você, — disse Del. —
Qualquer um com pode ver isso.
— Para Del digo que ser sua prima não muda o fato de que
eu sabia de algo que você não sabia. Para Ash digo que estava
esperando para ver se confessaria.
312
— Ei, — disse Del. — Não é o fim do mundo, Ash. Além disso,
a maioria das pessoas nessa altura está geralmente tomando o
café ou se preparando para o trabalho. Assim, a maioria das
pessoas são os agricultores que não vivem na cidade, porque eles
vivem lá, você sabe, nas fazendas.
— Oi. Ouvi dizer que foi um herói. Você foi visto tentando
apagar o fogo.
313
— Ah não, não realmente. Aconteceu de eu vê-lo e tentei
fazer a coisa certa.
— Um ato de coragem.
— Problema, rapazes?
— Você o conhece?
— Quem? Brian?
— Sim.
— Como eu disse.
Um pensamento a golpeou.
Bem, era apenas difícil. Ela não podia fazer tudo o que Scott
ordenasse, ainda era dona de si mesma.
— O quê? — Perguntou.
— Sua mãe!
318
— Eu sei a diferença.
— Bolsa de noite?
Calor a banhou.
319
Logo atrás dela, Scott se inclinou diante dela para abri-la,
beijando o seu pescoço enquanto o fazia.
— Sim.
— Não, minha mãe espera que você tenha uma chave para
voltar. Eu espero sexo.
320
Não havia dúvida do tipo de fome ele quis dizer,
especialmente quando piscou e deliberadamente tocou seus
seios com o braço quando voltou. A porta fechou e ela só podia
vê-lo dar passos largos pela frente do carro enquanto fazia com
que a sua libido se comportasse.
— Eu estou bem.
321
— Reação visceral, então?
— Eu mudei de ideia.
322
— E eu disse-lhe que as mulheres não usam vestidos em
motos. — Ele se inclinou para olhá-la. — E você subiu na moto de
vestido.
323
Ash olhou de Ryder para onde a porta fechou atrás de Dee.
— Tem alguma coisa acontecendo entre esses dois.
Surpresa, ela olhou para ele. — Você quer dizer que existe?
Scott riu. — Meio difícil não saber. Sabe-se que eles atacam
faíscas um no outro. Metade da cidade está se perguntando se as
faíscas se transformarão em romance, a outra em um
assassinando o outro.
324
— Isso é horrível. — Ash fez uma pausa. — De que lado você
está?
— Scott!
— Como você pode ser tão doce para mim, mas não para
eles?
Isso era doce, e isso a fez sentir toda quente por dentro, mas
ainda assim...
325
Curiosa, se inclinou para frente. — O que aconteceu?
Ele riu.
326
desejada. Se Dee quisesse contar, ela diria, por sua vez Ash estava
contente em simplesmente sentar e apreciar a refeição e a
companhia de Scott.
— Apenas pensando.
— Sobre?
328
Suas palavras a varreram, enchendo-a com carinho, e pela
primeira vez não se importava sobre o que alguém pudesse
pensar, mesmo que se sentisse um pouco tímida de repente.
— Sério? Agora?
329
Capítulo Nove
330
— Uau, ouví-la dizer isso é música para minha alma. O
homem operou um milagre.
332
Ash ficou radiante. — Sério? Oh, Elissa, você e Moz adorarão
isso aqui. Todo mundo é tão bom e....
333
Isso era algo que ainda não queria discutir com Elissa, pois
primeiro precisava pensar mais no assunto.
334
Sim, ela amava Scott Preston.
335
— Claro.
337
olhou ao redor. Nenhum cão à vista, e estranhamente, os latidos
vinham de um dos galpões.
338
Mas onde estava Jack? Oh Deus, será que estava na sala de
estar no meio do fogo?
Ela não viu o que ele fez, mas viu o movimento de seu braço,
o flash do isqueiro e depois chamas do lado de fora da janela.
341
Com o coração batendo forte, a mente acelerada, o
pânico quase a consumindo, Ash olhou freneticamente ao redor.
342
Deus, eles morreriam. Seria um milagre se sobrevivessem.
343
Ela fez a única coisa que podia. Ela orou. Orou muito por um
milagre.
344
encontrar uma forma de entrar na casa, apesar de seu
treinamento advertir-lhe que não havia entrada segura.
347
Ela precisava dizer a ele, tinha que contar tudo, precisava
avisá-los. Alcançando a máscara de oxigênio, tentou removê-la,
mas Ryder a impediu.
— Brian.
— O quê?
— Brian.
— Por favor...
348
— Nós o pegamos. Pegamos Brian.
— Está tudo bem, baby. — Ele beijou sua testa. — Estou aqui.
349
Olhando ao redor, Ash sorriu ao ver o velho Jack Stanton
sentado em uma cadeira de rodas em sua porta. — Claro.
— É um defeito meu.
350
Ele deu uma risada rouca e tossiu.
— E você suspeitava?
— Sim.
— Onde ficará?
Scott fazia mais do que cuidar dela. Ele a visitava duas vezes
por dia, todos os dias que esteve no hospital, enchendo-a de flores
e pequenos presentes.
— Oi. — Ela fez uma careta. Sua voz ainda estava um pouco
rouca e não era sexy.
— Eu quero.
— Não precisa.
354
Diversão desapareceu de seus olhos, seu olhar ficou intenso.
— Ash, não há um minuto que não agradeça a Deus que esteja
bem.
Ela sabia disso. Todo mundo contou isso a ela — Simon, Kirk,
Ryder, os bombeiros voluntários. Todos que estiveram lá naquele
dia haviam lhe dito. Mas Scott não tinha mencionado isso.
355
— Eu sei que está. Eu te vejo melhorando a cada dia, as
pequenas queimaduras em seus braços curaram, mas então me
lembro como foi por pouco... — Virando a cabeça, esfregou sua
têmpora. — Ash, se alguma coisa acontecesse com você, eu não
sei o que faria.
Ela não sabia o que dizer, então apenas passou uma mão
suavemente em seu cabelo, deslizando os dedos pelas sedosas
mechas castanhas.
357
— Eu disse.
— Absolutamente.
358
Ele realmente não esperava que ela expressasse uma
objeção quando passou pela pensão, satisfeito quando o seu
rosto se iluminou.
359
Levando Tilly para a cozinha, pegou uma grande tigela de
bife da geladeira e colocou-o no chão, dando-lhe um abraço
rápido antes de colocá-la em frente à tigela. — Só me faça um
favor — disse ele. — Não engula com tanta pressa para que não
vomite pela casa. — fez uma pausa. — Não é um som romântico
para o que eu planejei.
Será que ela sabia o que isso provocava nele? Como ele
queimava por ela?
Sua confiança nele era alucinante. Sua ânsia por ele tão
potente. Seus dedos ágeis abriram os botões de sua camisa, suas
mãos empurrando-a sobre seus ombros, mesmo que precisasse
ficar nas pontas dos pés para fazê-lo.
361
Ele observou quando seus cílios grossos levantaram para revelar os
olhos azuis que ficaram para sempre gravados em sua memória.
362
Passando as mãos pelos seus braços, beijou-a até chegar ao
seu ombro. Ele lambeu a área sensível em sua clavícula, descendo
e pressionando beijos até os seios exuberantes. Capturando um
dos bicos rosados em sua boca, mordiscou-o, sentindo Ash
arquear debaixo dele.
363
Scott não perdeu tempo, não se preocupou com sutilezas,
não quando seu pênis endurecia, enchendo de calor, lascas de
fogo enrolando baixo dentro dele. Ele ansiava por ela, como
sempre, ansiava estar profundamente dentro dela, marcá-la com
sua semente, marcá-la por dentro e por fora com tudo o que era.
364
Lambeu-a durante seu orgasmo, aumentando ainda mais
seu desejo, levantou seus quadris várias vezes do colchão
imaginando como seria se estivesse dentro dela. Colocando
profundamente sua língua, sentiu seus espasmos e seu sangue
acelerou, aumentando seu desejo enquanto ela estremecia e
sacudia, o desejo carnal ondulando entre eles, quase fazendo
com que gozasse.
365
Completamente dentro dela, sentiu necessidade de ver o
seu rosto, de vê-la aceitando-o totalmente, então, levantou a
cabeça para olhá-la.
Deus, ela era tão bonita, com a cabeça inclinada para trás,
os pequenos dentes brancos mordendo seus exuberantes lábios...
A cada impulso de seus quadris, cada empurrão suave de seu
eixo invadindo-a, ela agarrava os lençóis, torcendo-os em suas
mãos.
Ele nunca teria o suficiente dela, sua luxúria, seu amor e seu
desejo por ela eram insaciáveis. Beijou sua boca novamente
enquanto empurrou com força, comendo-o avidamente
enquanto a comia.
366
A luxúria o queimava entrelaçada com o calor do sexo, a
ternura do amor, o desejo de um homem por sua mulher. A
urgência o dominando, formigando sua pele, nervos tensos, o
corpo vibrando com voracidade.
367
Então a seguiu em um vórtice de puro desejo fragmentado,
quase irracional, o louco desejo erótico.
Fim
369
Biografia
Website: http://www.angelaverdenius.com/
Blog: http://angelaverdenius.blogspot.com/
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